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FUNDIÇÃO

O que é?
Processo tecnológico que consiste em aquecer um metal até o vazar numacavidade (com duas
meias moldações)

É um processo que permite pelas mais complexas, em praticamente todos os tipos de ligas de
metal, por exemplo:

 Ferro
 Alumínio - jantes
 Cobre - torneiras
 Magnésio - volantes
 Zinco - puxadores
 Niquel - aeronáutica
 Cobalto - medicina
 Titânio - ptóteses
 Ouro - ourivesaria
 Prata – ouriversaria

É um processo muito flexível, permite grandes séries e pequenas séries (por exemplo, os sinos
das igrejas)

Tipos de moldação:
 Permanentes – em metal, para vazar milhares de peças (fundição em coquilha,
injetada). Estas moldações são fabricadas por CNC.
 Material Cerâmico – para vazar uma única peça desfazem-se e regenera-se o material
cerâmica (fundição em areia, por cera perdida, moldação em gesso)

Componentes que são necessários para realizar uma peça fundida:


 Meia moldação inferior, meia moldação superior
 Macho: define o interior da peça
 Sistema de gitagem: facilita a chegada do metal à moldação (através de um funil, de
um canal de descida e de um canal de distribuição)
 Canais de saída de ar

As moldações podem ser:

• Metálicas: que permitem vazar milhares de peças (fundição em coquilha ou injetada)


• Material cerâmico (fundição em areia ou em cera perdida)

Exemplo de uma peça em moldação em areia (elementos necessários: molde, caixa de machos,
caixilhos com pinos guia para garantir alinhamento)

1. Descarga sobre o meio molde de areia NOTA: meio molde


2. Compressão com sistema hidráulico, colocação e superior + meio molde
compactação da areia, este passo da resistência inferior = placa molde
mecânica
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3. Inverter a placa molde e calcar de novo
4. Desmoldar ambas as moldações (devem ser cumpridos os ângulos relativamente ao
plano de aportagem (saídas) que costumam ser de 3 4 ou 5 graus, que permitem o
desmolde sem derrubamento
5. Montar sobre a meia moldação inferior, colocar o macho e a moldação no imprenso
para depois ser possível formar a peça

Extra: Por vezes, existe um peso que se coloca por cima para a moldação não abrir durante a
operação de vazamento.

Exemplo da fundição de um tubo curvo oco

1. Placa molde superior e inferior com respetivos imprensos


2. As caixas de macho fazem o oco, para dar forma ao tubo
3. A peça é limpa por remalhagem, toda a areia que ficou colada é assim retirada
4. As moldações de moldação por areia são destruídas após cada peça, passa por um
sistema vibratório que a desfaz e permite fazer mais moldações para outras peças
5. Cortam-se também os alimentadores que serão reaproveitados

Extra: Muitas vezes, as peças depois de fabricadas sofrem fresagem para as dimensões ficarem
perfeitas.

É possível fabricar pás de turbinas por fundição por cera perdida, mas têm de aguentar pressões
elevadíssimas, daí que os cristais que as formam sejam unidirecionais (resistindo à fluência)

Para além do sistema de gitagem tem também alimentadores que evitam falhas volumétricas
resultantes da contração da liga na solidificação (evitam rechupes)

Estes alimentadores podem estar revestidos de uma camisa exotérmica (magnésio liberta calor
o que atrasa a solidifação) que permite que o alimentador solidifique mais tarde.

Podem ser adicionadas nervuras, zonas de baixa massividade e que evitam a formação de
rechupes

Exemplo: um pistão de um carro tem de aguentar altas temperaturas, daí que as ligas tenham
elevada concentração de silício

Fundição injetada: velocidades de enchimento muito altas. As moldações são metalicas e


aguentam bem a erosão. Séries de 100000 peças, moldes muito grandes para peças muito
pequenas (devido à pressão e à compactação posterior)

Fundição em coquilha, por vezes, é necessário máquinas designadas por coquilhadoras (que
libertam uma tinta isolante)

Materiais mais usados: FF cinzento -> FF dúctil -> Alumínio -> Aço

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Boas propriedades de fundição
 BOA COLABILIDADE
 BAIXA CONTRAÇÃO NA SOLIDIFICAÇÃO

Baixa contração: permite o fabrico de peças sem rechupes

Colabilidade: é a capacidade de encher a moldação e de preencher detalhes. É diferente da


fluidez porque esta pode medir-se e aumenta sempre com o aumento de temperatura.
Enquanto a colabilidade tem uma tendência assintórica.

Depende da viscosidade, da densidade e do calor específico mássico. Mede-se através do teste


da espiral (literalmente verter metal para a espiral e ver quão longe chega)

Mais colabilidade com ligas eutécticas.

Alumínio (baixa colabilidade) mas Alumínio combinado com silício, cobre e níquel (alta
colabilidade). Peças finas e mais baratas

O ponto de fusão também influencia a colabilidade: apesa de fundir a temperaturas mais


baixas, as ligas de aluminio sliio precisam de muita energia.

Mingas teóricas = alpha * delta T

Delta T = Tfusao – Tamb

As mingas são impedidas daí que os seus valores sejam muito inferiores aos valores teóricos.
Por exemplo, os alimentadores e a axissimetria contribui para o não empenamento da peça.

Materiais usados
FF cinzento

 Baixa resistência
 Pouco dúctil
 Muito alta condutividade térmica
 Alta resistência ao desgaste
 Elevada coeficiene de amortecimento de vibrações
 Temperatura de fusão alta, mas não muito alta
 Orinia peças: finas, sem rechupes

No final as peças podem sofrer um banho de ferro e silício, ou seja FF dúctil nodular que confere
mais resistência à peça.

Estas duas ligas são 80% do consumo mundial

Alumínio

O seu uso está a crescer devido à sua baixa densidade, as peças de alumínio são muito mais
leves. A diminuição dos automóveis a combustível leva a um maior consumo de ligas de
alumínio. Em termos de volume são mais comprados, porque são menos densas. Mas têm
outras características interessantes:

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• Resistentes à corrosão
• Elevada resistência mecânica
• Elevada ductilidade
• Elevada tenacidade

Aços são pouco usados para a fundição, muito caras, má colabilidade, grande tendência para
rechupes.

FFC FFD AL
Colabilidade excelente Colabilidade razoável Boa colabilidade
Contração na solidificação Contração na solidificação Contração na solidificação
baixa relativamente baixa baixa
Baixo custo Custo mais elevado do que Mais caro
FFC
Processamento simples Processamento mais difícil -
Resistência mecênica baixa Resistência mecânica Resistência mecânica
elevada elevada
Coeficiente de - -
amortecimento a vibrações
Resistência ao desgaste - Elevada resistência à
corrosão
Ductilidade nula Elevada ductilidade Elevada ductilidade
Tenacidade nula Elevada tenacidade -
Condutividade térmica alta - Baixa densidade

A tendência será de aumentar as ligas de alumínio e de magnésio em vez de FF. A fundição é


uma indústria muito poluente

Como obter uma peça fundida?


Com caixa de machos, moldações em areia ou metálicass, fechamos e vazamos o material
líquido. Quando os moldes são feitos de areia só é possível produzir peças em séries pequenas.
Quando são milhares de moldações de areia não dá madeira

Passos:

1. Fazer uma cavidade aproximada da forma da peça


2. Fundir o metal em que a peça vai ser executada
3. Vazar o metal fundido para a cavidade
4. Após solidificação proceder à desmoldação
5. Operações de acabamento
a. Cortar os canais de enchimento
b. Cortar os alimentadores
c. Acabamento da peça

Fundição injetada/coquilha: geralmente as ferramentas são maquinadas por arranque de apara.

Quando as ligas injetadas são muito quentes é necessário ligas de aço que resistam à
temperatura. Quando o ponto de fusão é baixo, só conseguem aguentar cerca de 400.000
peças.

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Regras de traçado
 Definir processo de fundição e respetiva liga.
 Contactar fornecedores (devido a conrtações, saídas, espessuras)
 Definir planos de aportação simples (para separar as duas meias moldações) o mais
cedo possível
 Dar saídas francas para o desmolde
 Usar espessuras uniformes ou gradativamente crescentes no sentido dos
alimentadores (evitar rechupes)
 Prever mingas (temos de compensar a contração no estaado sólido)
 Prever sobrespessuras para maquinagem, geralmente muito grandes na fundição em
areia, mais baixas em fundição de coquilha.
 Evitar esquinas vivas reentrantes nas peças, senão dá-se fissuração a quente. Assim,
devemos usar um raio de concordânica da mesma ordem de grandeza da espessura
 Evistar zonas massivas isoladas (porque é difícil de implementar alimentadores)
 Evitar utilização de machos

Diferentes tipos de moldação


Moldação: cavidade onde vai ser vazado o metal no estado líquido o qual, após solidificação,
constitui a peça fundida que pretendemos

 Moldação em areia: areia verde, areia autosecativa, areia de machos, em carapaça,


aglomerada com cimento
 Moldação em gesso
 Moldação por cera perdida
 Moldação por processos especiais
 Moldação metálica ou permanente: coquilha por gravidade (coquilhas rotativas, baixa
pressão), por fundição injetada, para centrifugação

1. Moldações não permanentes


Moldação em areia (Tfusão 1700º)

Dá para vazar qualquer tipo de ligas especialmente com temperaturas de fusão


elevadas; É um processo muito económico com baixo impacto ambiental; Uma moldação só dá
para um único vazamento, mas é facil de fazer 600 moldações/hora; Depois do vazamento e da
solidificação do metal destrói-se a moldação (e for areia esta é normalmente reutilizável
noutras moldações); A precisão dimensional é baixa e a rugosidade é elevada.

Moldação em areia verde

A areia é o material mais utilizado. Formada por areia aglomerada por argila+água+aditivos.
Material muito refratário e barato.

Constituição: areia de base (sílica) + ligante (bentonite) + água + alguns aditivos

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Processos de calcação: manual, pneumático, projeção por turbina rotativa, prensagem
(máquinas primitivas), batidas e prensagem com vibrações (máquinas atuais), moldação por
impacto.

Moldação para centrifugação

Processo utilizado para peças de revolução. A moldação pode ser ou não metálica. Durante o
vazamento, a moldação roda em torno de um eixo projetando o material contra as paredes de
moldação. Processo indicado para obtenção de peça com furo cilíndrico sem necessidade de
machos

Moldação em gesso

Processo indicado para obter peças complexas e com boa precisão dimensional. Não pode ser
utilizado com ligsa ferrosas e de magnésio, porque reage com elas.

Moldação por cera perdida

Grande precisão dimensional. O molde é de cera e não precisa de ser feito em 2 partes, porque
para o retirar basta liquefazer a cera.

Fases do processo:

1. Modelo
2. Injeção de cera
3. Modelo em cera
4. Construção do cacho em cera
5. Imersão em borbotina
6. Pulverização com partículas cerâmicas
7. Descerificação
8. Sinerização e pré-aquecimento
9. Vazamento da liga metálica
10. Abate da carapaça
11. Corte de gitos, alimentadores e acabamento
12. Peça final

Moldação em areia autosecativa

Indicado para peças de grandes dimensões ou de formas complexas. Areia aglomerada+óleos


e resinas. Material usado no fabrico de machos. Usa a mesma areia de base que a areia verde.
Como ligante usa uma resina que endurece com catalisador. A mistura deve ser feita num
misturador contínuo. Calcação simples (tábua). A regeneração é feita por queima.

2. Moldações permanentes
Moldação Metálica (Coquilha e injeção)
É possível fazer o vazamento de um grande número de peças (20000/30000); Indicada somente
na produção de grandes séries (custo elevado); limitada ao vazamento de ligas de baixo ponto
de fusão (Al, Zn, Cu); Grande precisão dimensional; Bom acabamento superficial;

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Pressões até 200mBar (processos: gravidade, coquilhas rotativas, baixa pressão)

Diminui a turbulência gerada durante o limitações relativamente à geometria das


enchimento pela queda do material de peças
grandes alturas
Todo o ar presente no interior da coquilha é elevados custos das ferramentas
removido
Sendo a velocidade de enchimento baixa, como temos de usar tintas nos moldes, os
respingos na cavidade são evitados acabamentos superficiais ficam prejudicados
Favorece a solidificação progressiva artavés necessidade do controlo da velocidade
do direcionamento da solidificação pois o
metal mais quente fica na região superior e
na região dos alimentadores no fim do
enchimento

Baixa pressão (características específicas deste processo)

Boa qualidade metalúrgica devido ao Requer tazas de produção consideráveis


controlo da velocidade de enchimento e à devido ao elevado investimento (não
baixa turbulência compensa em séries pequenas)
Versatilidade quanto ao tipo de ligas Cadências de produção média, inferiores às
da fundição injetada
Peças complexas e secções finas (possível Dificuldade de acesso ao metal armazenado
utilização de machos em areia) no cadinho
Excelente controlo dos parâmetros do Podem surgir contaminantes devido ao
processo, aumentando a taxa de produção arrasto de óxidos e impurezas, assim usam-
se tubos cerâmicos
Permite o vazamento em vácuo ou por Utilizado para ligas leves ou de cobre
contra pessão
Elevado rendimento na utilização do metal
fundido
Possível em pequenos ou grande volumes
Poucas impurezas, devido ao facto da coluna
de enchimento estar posicionada numa zona
central

Fundição Injetada convencional

Restrita a séries grandes/muito grandes devido ao elevado custo das moldações.


Extrema rigidez, grande volume das moldações e muita complexidade. Arranque lento do
processo. Processo mais económico, poucos acabamentos, baixas espessuras, excelente
rugosidade, máxima precisão. Só aplicável até 1000ªC. Microestrutura muito fina, máxima

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Máxima precisão dimensional Apenas dá para ligas com baixo ponto de
fusão, devido aos aços das moldações
Mínima rugosidade Só pode ser usado em séries muito grandes
Mínima espessura possível, o que resulta nas As peças têm ar colapsado devido à
peças mais económicas possíveis turbulência gerada pelas elevadas
velocidades de enchimento e pelas pressões
de compactação
Excelentes propriedades de resistência A ductilidade e tenacidade das peças é muito
mecânica baixa, o que não permite a utilização para
peças que envolvam segurança!!!
Grandes cadências de produção, devido às -
elevadas velocidades
Pouca geração de poeiras -
Grande produtividade -
resistência, ductilidade e tenacidade quase nulas. Baixo impacto ambiental, quase sempre
automatizado com robots para compensar o investimento.

Pressões até 1000mBar (processor: máquinas de camara quente, máquinas de câmara fria)

Moldes e Caixas de Machos


Os materiais mais usados são a madeira, os materiais poliméricos e ligas metálicas. A escolha
depende de: proecsso de moldação, número de peças a produzir, complexidade da peça

Macho

Fabrico das caixas dos machos: mesmos materiais usados no fabrico do molde (madeira, resina,
metal); normalmente executado em duas partes para facilitar a retirada do macho. Incluir as
cavidades que vão corresponder às saliências no macho para encaixar nas saliências da
moldação.

Produção dos machos:

• Calcação manual (machos grandes ou de forma complicada)


• Por disparo (máquinas disparadoras de machos, mais usual)
• Por gravidade e contacto com parede quente (processo Shell)

Material do Macho

Madeira Alumínio Aço Plástico


Maquinabilidade **** *** ** ***
Resistência ao * *** **** *
desgaste
Resistência à ** *** **** ***
rotura
Densidade **** *** * ***
Separação **** * ** **
Resistência a **** **** * ****
corrosão

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Absorção da * **** **** ****
humidade
Séries pequenas 20.000/30.000 Centenas de 2000/3000
milhares de peças

Formas e dimensões dos moldes

Peça ≠ Moldes

Inteira Têm plano de aportação


Não tem Têm de ter saídas, sobreespessuras, mingas
Cavidades prensas
Não tem Sistemas de gitagem
Não tem Sistema de alimentadores

Extra: é importante corrigir as peças para ter as dimensões desejadas.

Super extra: A sobreespessura tem de ser maior do que a tolerância

NOTA: por vezes, gasta-se mais


em metal de sistema de gitagem e
alimentadores do que em peça

Fabrico do molde

O molde é geralmente em madeira, resina ou metal. Também executado em duas partes. Inclui
saliências de modo a reproduzir as cavidades onde vão encaixar as saliências do macho.

Saídas

Para facilitar a desmoldação, são necessários ângulos

Tipo de molde Saída Ângulo Utilização


Correspondente
Sem saída 0,2 0° Colunas e gitos de
mais de 2m
0,5 0° Moldes metálicos
nas paredes altas
Pequena saída 1 0°
Saída normal 2 1°
Saída acentuada 5 2° Cavados nas placas
moldes

Mingas

O que são? Contração da peça durante o arrefecimento. Assim, isto deve ser tido em conta e
devemos calcular o aumento dimensional a dar ao molde para compensar a minga. O valor das
mingas depende:

• Liga a vazar
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• Do material da moldação
• Forma a obter
• Presença de machos

Sobre-espessura de maquinagem

Aumento dimensional em certas zonas do molde para posterior maquinagem das peças obtidas
de modo a obter uma melhor tolerância dimensional e acabamento. O valor da sobreespessura
depende de:

• Dimensões e formas da peça


• Precisão do processo de moldação

Deve-se temtar colocar as zonas mais exigentes da peça na zona inferior da moldação, sendo
que os eventuais defeitos são mais acentuados na parte superior

Sistema de Gitagem

Conjunto de canais para condução do líquido até à cavidade.

Sistema de alimentação

São cavidades onde vai estar metal líquido para compensar eventuais contrações do metal quer
no estado líquido quer durante a solidificação. Evira rechupes

Posicionamento das duas moldações

As moldações são feitas em caixilhos metálicos para facilitar a sua manipulação. O


posicionamento é feito através de casquilhos e pinos guia.

Precisão dimensional

Depende de: processo de moldação, forma das pelas, estado do molde

Dimensão da peça (mm) Tolerância da peça bruta de Sobre-espessura (mm)


fusão (mm)
<200 +- 1.5 3
250 a 400 +- 3 5
400 a 750 +- 5 8
>750 +- 6.5 9.5 a 12

Fornos de fusão:

• Cadinho
o Gás natural
o Muito baixo rendimento
o Ex: alumínio/cobre
• Indução (+ de 90%)
o Bobine de cobre onde é aplicado uma baixa tensão, formam-se correntes sob o
efeito joule, o que resulta em altos rendimentos. Fusões sem contacto com
gases resultantes da combustão, menos contaminação de banhos

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o 1% ou 2% costuma perder-se, O2 e N2 gerão óxidos que se podem dissolver no
metal. Muitas vezes é necessário tratamentos específicos para a desoxidação,
devido a porosidades gasosas. Podem gerar-se inclusões nas ligas.
o Perigo! O hidrogénio, se não for reduzido por desgaseificação, vai provocar
deterioração e geram-se porosidades
• Reverbero
o O calor por gás natural é libertado e funciona com reflexo do calor.
o Trabalham em contínuo, o arrefecimento e aquecimento constante provocaria
fissuras no refratário
o Rendimentos térmicos atos

FF Cinzento FF Dúctil
Resistência mecânica ** ****
Rigidez * *
Fadiga * **
Condutividade Térmica * *
Dureza * **
Coeficiente de *** *
amortecimento de vibração
Alumínio tem uma densidade de 2,7 daí que tenha muito potencial de crescimento

PRINCIPAIS DEFEITOS
Enquanto uma peça pode ser corrigida após outros processos de fabrico, depois de fundida uma
peça com defeito fica inútil

 Rechupes (resultantes de contração)


 Processo Mal Cheio (falta de colabilidade, moldação fria)
 Porosidades gasosas (gases mal dissolvidos na fundição do metal)
 Oxidação e destacamentos cerâmicos

FF cinzento: quase não contrai devido à compensação relacionada à expansão da grafite. A liga
pode ter contração nula. Até poderia não precisar de alimentadores, mas é mais seguro.

Rechupes

Como minimizar? Através de alimentadores. O rechupe passa para o alimentador que depois é
cortado. Estes são colocados nas zonas mais espessas da peça. Os micro rechupes nas
cavidades interdendríticas são muito difíceis de eliminar.

Posição:

 lateralmente NOTA: a espessura deve ser


 no topo, mais eficientes mas são mais difíceis de cortar. uniforme ou gradativamente
Contacto com a atmosfera crescente na direção dos
alimentadores
 em contacto
 cegos: não são tão eficientes

Temperatura

 quente: recebe metal do ataque e do canal de descida


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 frio: não recebe o metal diretamente

Extra: Pode ser adicionado um macho cerâmico no alimentador para solidificar mais tarde
porque o macho absorve calor.

Podem ser adicionados compostos para atrasar a solidificação:

 isolantes
 exotérmicos (libertam calor, por exemplo o magnésio)

Mal cheio/Mal ligado

Este defeito pode ter diversas causas, sendo raro em peças produzidas em grandes séries:

 Erro de projeto (incumprimento de uma regra de traçado, por exemplo espessura


mínima)
 Falha de colabilidade do metal (má escolha do mesmo)
 Metal demasiado frio (colabilidade aumenta com o aumento de temperatura)
 Baixa velocidade de vazamento
 Baixa Temperatura de vazamento
 Interrupção do vazamento e solidificação precoce
 Má uniao de duas partes da peça

Inclusões

Podem ser mitigadas com limpeza e filtragem, o uso de espumas cerâmicas que retêm
impurezas podem ajudar.

Características deste defeito: são normalmente não metálicos

Causas deste defeito: temperaturas muito elevadas e os óxidos podem contribuir para a sua
formação. Podem derivar do material do forno, material refratário origina uma reação com o
metal e o metal reage com o ar. A turbulência também pode ser prejudicial, bem como a junção
de areia

Problemas deste defeito: são falhas e são prejudiciais porque são como buracos e provocam
concentração de tensões.

Porosidades Gasosas

Durante a fusão, são alcançadas elevadas temperaturas e geram óxidos que geram inclusões
mas também dissolvem gases:

 Hidrogénio: se não for retirado durante o vazamento vai causar arrefecimento e causar
bolhas. Retira-se com desgaseificação (rotor e vácuo com injeção de argon)
 Oxigénio: tem de ser retirado com processos de desoxidação, juntando elementos com
grande afinidade com o Oxigénio (Sílica, aluminio e titânio)
 Dióxido de carbono: poderá vir dos machos

Estes problemas são tão graves que pedem a fusão e o vazaento em vácuo. Mas mesmo que
não haja O2 nem H2, algum ar pode ficar retido na injeção devido à moldação ser sem escape
de ar

Contração no estado líquido e na mudança de estado

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Resulta em rechupes (macro, micro e na superfície). Podem ser corrigidos, como já foi referido
anteriormente por alimentadores

Fissuração a quente (solução: raios de concordância)

Acontece no caso de esquinas vivas reentrantes porque estas levam a concentração de tensões
ou de calor. Resulta em solidificação tardia, o que pode levar à desintegridade.

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