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Os processos especiais de fundição conseguem a sua maior precisão à custa de uma maoir qualidade na
obtenção das cavidades moldantes. Isto consegue-se utilizando técnicas especiais, modelos de melhor
qualidade, mais precisos, matrizes mais bem executados, assim como, recorrendo-se também à
equipamentos, materiais mais avançados.
As técnicas de Fundição de Precisão permitem vazar ligas de alumínio, de níquel, de magnésio, de cobre,
de cobre-berílio, de bronze-silício, latão ao silício, ligas resistentes ao calor, além do aço e do aço
inoxidável.
Podem ser obtidas peças estruturais para turbinas a gás, máquinas operatrizes, para as indústrias
aeronáutica e automobilística; equipamentos médicos, odontológicos, ópticos, aeroespaciais, de
processamento de dados, etc.
Dentre os processos especiais de fundição, capazes de oferecr melhor de acabamento, destacam-se os
seguintes:
Processo Shell Moulding, Fundição em Carapaças, Processo K (Kroning)…
Fundição com Modelos de Cera Perdida, Microfusão, Investment Casting…
Fundição em Coquilhas com Vazamento por Gravidade.
Fundição sob Pressão:
Com Vazamento Injectado (Altas Pressões).
Com Vazamento Centrifugado – Fundição Centrífuga ou Centrifugada.
A fundição de precisão é indicada para aplicações bem específicas que compensam os altos custos de
produção.
Em muitos casos, as peças obtidas por técnicas de fundição de precisão chegam a dispensar a usinagem
devido à qualidade da superfície obtida.
Mesmo quando a usinagem faz-se necessária, exige um acabamento mínimo, reduzindo assim os custos de
produção.
A escolha do processo é determinada principalmente pelo tipo e quantidade de peças que se pretende
obter. ➪ Assim, se se querer produzir uma peça fundida com peso máximo até 5 kg, formato complexo,
melhor acabamento da superfície e tolerâncias mais estreitas das suas medidas, ou seja, um produto
com características aliadas à qualidade do produto usinado, será recomendável usar um processo de
fundição de precisão.
O que diferencia um processo do outro é tanto o modo como o metal líquido é vazado (pode ser por
gravidade ou sob pressão), assim como o tipo de material utilizado para confeccionar a moldação (em
moldações em areia ou metálicas) e modelos.
Vantagens:
1. Maior precisão, tolerâncias dimensionais mais apertadas, maior rigor de forma. As peças obtidas
atingem boa precisão dimensional (±0,25 mm).
2. Menor rugosidade superficial → Bom acabamento superficial (rugosidade até 2,5 μm).
3. Rapidez de fabrico (das moldações e das peças). A taxa de produção é superior à da fundição em areia,
entre 5 e 200 peças por hora.
4. Redução do volume das misturas de moldação.
5. Moldações leves (devido à sua pequena espessura) e facilidade de manuseiamento.
6. Capacidade de armazenamento das carapaças.
7. Estabilidade dimensional das moldações (carapaças).
8. Facilidade de liberação de gases durante a solidificação (devido à extrema porosidade das carapaças).
9. Mecanizável e automatizável → Processo indicado para a producão em série e em massa…
Desvantagens:
Custo elevado das areias pré-revestidas com resinas de cura à quente (termoendurecíveis).
Areias (misturas de moldação) usadas não são recicláveis.
Custo elevado das placas-modelo metálicas.
Limitação do processo a peças que normalmente variam de 0,1 a 10 kg, (ou por vezes com menos de
25 kg), por causa da dificuldade em manusear as carapaças de grandes dimensões…
A sequência de fabrico de uma peça por este processo obedece os seguintes passos essenciais:
A placa-modelo metálica aquecida (200°C) é colocada sobre uma caixa basculante contendo areia
aglomerada (revestida) com resina termoendurecível e aditivos.
A caixa é basculada em 180° e a mistura, em contacto com a superfície da placa-modelo aquecida,
começa a criar presa (amolecer) e endurecer.
Após um tempo suficiente para que se forme uma casca (com ≈ 5 mm) aderida a placa-modelo, a
caixa é novamente basculada (para a posição inicial).
A placa-modelo e a casca semicurada são aquecidas (entre 350 a 400°C) por tempo suficiente para que
a cura da resina se complete e se aumente a sua resitência mecânica.
A carapaça é retirada da placa-modelo.
A cavidade moldante é obtida pela junção de duas partes (cascas) por meio de cola, grampos…
Em seguida vaza-se o metal líquido na moldação, que após a solidificação é destruída para a retirada
da peça.
Obs:
As placas-modelo usadas neste processo são elaboradas de Bronze, de ligas de Alumínio e de Ferro
Fundido Cinzento (Perlítico). Recomenda-se que as paredes dos modelos não seja inferior a 12mm para
que possam conservar o calor necessário para formar a carapaça.
Nos casos em que fôr necessário o uso de machos, estes devem ser elaborados de mistura prérevestida
com resina termoendurecível e pelo método da caixa quente.
2. Fundição de Precisão Com Modelos de Cera Perdida
Por causa das características deste processo, ele também é chamado de fundição por moldagem em cera
perdida.
A cera, que não se assemelha àquela que se usa para os soalhos é derretida e depois é injectada
dentro das matrizes para formar os modelos.
A moldação é produzida mergulhando o cacho de modelos numa pasta ou lama refractária auto
secativa feita com areia muito fina de sílica ou zircónio, misturada com um aglomerante composto por
água, silicato de sódio e/ou silicato de etilo.
Em cada mergulho do cacho de modelos, uma certa camada de lama adere sobre ele e endure em
contato com o ar. A espessura desejada da camada de lama refractária sobre o cacho de modelos será
função da sua viscisidade e do número de mergulhos.
A carapaça formada é levada à um segundo aquecimento para consolidar ainda mais o seu
endurecimento/resistência e garantir que a moldação propriamente dita possa receber o metal líquido
que será vazado por gravidade, centrifugação ou a vácuo.
Assim que a peça se solidifica, a moldação é quebrada para que as peças fundidas sejam retiradas.
3. Fundição em Coquilhas
Em moldações metálicas ou permanentes, também chamadas de matrizes ou coquilhas, o vazamento pode ser:
➪ Por gravidade.
➪ Sob pressão:
DESVANTAGENS:
Altos custos do equipamento (coquilha) e da mão-de-obra.
Leva-se muito tempo antes do primeiro vazamento (elaboração/preparação da coquilha).
Limitação da vida útil das coquilhas para fundição de metais com alta temperatura de fusão.
Limitação do tamanho, da forma e complexidade da peça para permitir a sua fácil retirada da coquilha.
Pode proporcionar têmpera ao ar indesejável das peças obtidas por causa da desmoldadação feita na
faixa das temperaturas de têmpera…
3.2. FUNDIÇÃO SOB PRESSÃO
Nesse processo o metal líquido é vazado sob pressão, o que garante o preenchimento da matriz.
Podem ser usados machos de metal para as partes ocas (furos e/ou reentrâncias).
A pressão deve ser mantida até à total solidificação do metal.
I. Fundição Injectada
Este vazamento é automatizado e realizado em máquinas de câmara quente e de câmara fria.
Além das vantagens para o vazamento em coquilhas em geral, a fundição injectada tem outras adicionais:
Pode processar peças com secções finas (0,5 mm) e geometrias complexas devido à pressão que
garante o efectivo preenchimento da cavidade.
É economicamente vantajoso para a produção de grandes lotes (em massa).
Desvantagens:
Além das desvantagens para o vazamento em coquilhas em geral, a fundição injectada tem outras adicionais:
Limitação a ligas não ferrosas de alta fluidez.
Limitação no tamanho da peça devido a capacidade do equipamento.
Pode haver dificuldade para a saída dos gases, o que pode gerar porosidades.
Vantagens:
Permite obter peças com camadas superficiais mais compactas e com grãos finos.
A solidificação do metal vazado sob fortes forças centrífugas também permite obter peças sem rechupes
de contracção e sem porosidades.
Não se gasta muito metal com elementos de gitagem.
O processo pode produzir peças de grandes dimensões e com várias formas cilíndricas ou simétricas.
Apresenta boa produtividade, até 50 peças por hora.
Rendimento entre 90 e 100% do metal líquido, devido a ausência de canais e massalotes.
Permite a produção de tubos bimetálicos…
Limitações:
As peças obtidas apresentam heterogeneidade das propriedades mecânicas ao longo dos seus raios.
A segregação dos constituintes é aumentada pela centrifugação.
O equipamento usado é de alto custo.
As superfícies livres internas das peças obtidas apresentam diámetros não exactos e acumulação de
inclusões não metálicas (segregadas).
Há restrição na geometria das peças…