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Resistência Mecânica

Seleção de Materiais
Prof. João Victor Soares Chagas
Introdução
• Projetos limitados pela deflexão tem o Módulo
de Young como parâmetro-chave.
• Projetos limitados pela plasticidade tem a
resistência mecânica como parâmetro-chave.
Introdução
• A aplicação de um fator de segurança evita que a
tensão de escoamento seja superada, isto é, que
o material se deforme permanentemente.
• É importante associar a resistência mecânica à
diminuição de volume. Quando levamos em conta
a densidade, percebemos que uma diminuição de
volume pode gerar uma redução de peso e,
consequentemente, de custos diretos e indiretos.
Materiais metálicos
• Os ensaios de tração e de torção são os mais
apropriados para cálculo resistência mecânica dos
metais.
• Ensaio de dureza não é amplamente utilizado,
mas fornecem valores que podem ser associados a
tensão de escoamento.
Materiais metálicos
• Ensaio de torção não é comumente utilizado na
determinação da resistência mecânica, apesar de
fornecer valores de parâmetros importantes.
Raramente esse ensaio é requerido em
especificações de materiais, mas seu grande
campo de aplicação são estudos teóricos de
deformação plástica.
Materiais metálicos
• O ensaio de tração é o mais usual para a
determinação da resistência mecânica.
Normalizado pela ASTM, fornece a curva tensão-
deformação, da qual se obtém:
1. Tensão de escoamento.
2. Tensão de ruptura.
3. Alongamento.
4. Redução de área.
Materiais metálicos
• O resultado do ensaio não fornece diretamente as
características de deformação do material porque
é efetuado sob tensão crescente com a dimensão
transversal da amostra variando
continuamente.
Materiais metálicos

Curvas para tensão-deformação verdadeira (1), corrigida para estricção


(2) e de engenharia (3) para o Ni.
Materiais metálicos

Parâmetros de engenharia x parâmetros verdadeiros


Materiais metálicos
• Como na região de deformação plástica o volume
é constante, temos:

• 𝜎𝑟 = 𝜎𝑛 𝜀𝑛 + 1 ; tensão verdadeira.
• 𝜀𝑟 = ln 𝜀𝑛 + 1 ; deformação verdadeira.
Materiais metálicos
• Outro dado importante que pode ser obtido da
curva tensão-deformação é o expoente de
encruamento, um parâmetro que indica a
trabalhabilidade a frio do material.
• O expoente de encruamento é obtido da região de
deformação plástica uniforme, da qual resulta a
expressão:
• 𝜎 = 𝐾𝜀 𝑛 ; K é o coeficiente de resistência e n é
expoente de encruamento.
Materiais metálicos
• Se a expressão anterior for válida, plotando-se a
curva tensão-deformação em coordenadas
logarítmicas obtém-se uma linha reta, e o
expoente de encruamento assume valores no
intervalo de 0 a 1.
Materiais metálicos

σ
ε
Materiais metálicos
• Quanto à conformabilidade a frio, um elevado
valor de K indica necessidade de grandes
esforços de deformação, e valores de n próximos
de zero mostram que não há endurecimento
durante a deformação plástica.
• Vê-se que o expoente de encruamento reduz
com o aumento da resistência.
Materiais metálicos

O efeito do aumento da temperatura de revenimento reflete-se na


diminuição da resistência (expressa em termos de K) e no aumento de
n.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• Mecanismos de endurecimento:
• A faixa de valores ocupada pela tensão de
escoamento dos materiais metálicos é muito larga,
de 20 a 20000 MPa. Mesmo em famílias
específicas, a faixa de variação ainda é muito alta.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• A amplitude de valores reflete o elevado número
de ligas metálicas disponíveis, mas para cada
composição a variação de tensão de
escoamento também é muito grande,
traduzindo assim o efeito dos vários mecanismos
de endurecimento disponíveis.
Materiais metálicos
• No gráfico anterior, vemos que o aumento do
teor de Cu acarreta aumento da tensão de
escoamento e, para cada composição, a variação
da tensão de escoamento é muito pronunciada.
• A liga recozida (O) apresenta uma diferença de
440% na tensão de escoamento em relação a liga
solubilizada e tratada termicamente (T6).
Materiais metálicos
• O segundo gráfico, para ligas de Al e Al puro são
muito representativos pois ilustra dois dos quatro
mecanismos de endurecimento dos metais e ligas:
precipitação e deformação a frio.
Materiais metálicos
• Existem 4 principais mecanismos de
endurecimento das ligas metálicas:
• Deformação a frio.
• Formação de solução sólida.
• Controle de tamanho de grão.
• Precipitação.
Materiais metálicos
• Endurecimento por deformação a frio:
• A deformação a frio de um cristal induz um
aumento na densidade de discordâncias do
mesmo. O aumento de densidade de discordâncias
gera a redução da mobilidade das mesmas.
• Isto é, o encruamento é o aumento de resistência
mecânica através da restrição da mobilidade de
discordâncias causada pela deformação a frio.
Materiais metálicos
• O efeito do encruamento é muito pronunciado em
aços baixo carbono, onde a tensão de escoameto
aumenta mais que 6x.
• É importante lembrar que o efeito da deformação
a frio pode ou não ser vantajoso. O primeiro caso
ocorre quando o objetivo do tratamento é o
aumento da resistência mecânica de metais
puros ou ligas não tratáveis termicamente.
Materiais metálicos
• O prejuízo advém durante operações de
conformação a frio – estampagem profunda,
laminação, etc. -, em que recozimentos final ou
intermermediário se fazem necessários para
aliviar os efeitos do endurecimento.
Efeito do aumento da
densidade de discordância
com a porcentagem de
trabalho a frio em uma liga de
Ta-W.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• Endurecimento por solução sólida:
• Elementos de liga em solução provocam aumento
na tensão de escoamento. Isso ocorre tanto na
solução sólida substitucional quanto na
intersticial, porém de forma mais acentuada na
segunda.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• O mecanismo de endurecimento por solução
sólida se baseia na interação entre os
obstáculos (átomos de soluto) e as
discordâncias.
• Os parâmetros a serem controlados na solução
sólida é a densidade de átomos de soluto e a
energia de interação obstáculo-defeito.
Materiais metálicos
• Endurecimento por precipitação de uma
segunda fase:
• Talvez seja o mecanismo de aumento de
resistência mais utilizado.
• Podemos tratar a precipitação como o
fenômeno e o tratamento térmico como o
recurso físico para sua realização.
Materiais metálicos
• Esquematizando essa sequência, temos:
1. Escolha da liga:
É possível prever o que acontece quando se
acrescenta um soluto B a um solvente A, isto é,
origina-se uma liga metálica.
Existem as Regras de Hume-Rothery, que ajudam a
predizer o comportamento das ligas, determinando a
extensão das soluções sólidas primárias e a forma
das curvas solidus e liquidus.
Materiais metálicos
• Associando o conhecimento teórico prévio com
dados experimentais, é possível produzir os
diagramas de equilíbrio de fases.

α β
α β
α+β
Materiais metálicos
2. Precipitação:
No diagrama de fase anterior, destaca-se as
composições 𝑐1 e 𝑐2 . 𝒄𝟏 está inteiramente no campo
da solução sólida α. 𝒄𝟐 atravessa tanto o campo de
solução α quanto α + β. Dessa maneira, 𝒄𝟏 define
uma liga não endurecível por precipitação, ao
contrário de 𝒄𝟐 .
Materiais metálicos
• Submetendo-se as ligas citadas anteriormente a
um tratamento térmico de envelhecimento,
obtemos os seguintes resultados:
Materiais metálicos
• Para C1 o resultado é nulo. Como sua
composição está compreendida inteiramente na
região de solução sólida não há precipitado algum.
• Para C2, porém, o resultado do tratamento
térmico é a nucleação e o crescimento de β
disperso em α.
Materiais metálicos
• A fase precipitada passa a interferir no
movimento das discordâncias, reduzindo sua
mobilidade e, consequentemente, a ductilidade do
material.
• O parâmetro de interesse, além da natureza dos
precipitados e da interface com a matriz, é o grau
de dispersão dos mesmos, que deve ser
suficientemente fino ao ponto de aumentar a
resistência, mas não acarretar queda excessiva na
ductilidade.
Materiais metálicos
• A magnitude do efeito de endurecimento por
precipitação depende do grau de dispersão das
partículas (λ). Quanto menor for a temperatura
de precipitação, maior será a taxa de nucleação
das partículas, portanto, menor é o λ. Por outro
lado, a mobilidade é lenta em baixas
temperaturas.
Materiais metálicos
• Esse comportamento pode ser representado em
gráfico, correlacionando a temperatura com a
taxa de nucleação (isto é, número de núcleos dos
quais se originam os precipitados).
• Essa representação descreve a origem das curvas
TTT – temperatura, tempo, transformação.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• Para altas temperaturas (fator cinético alto, fator
termodinâmico baixo), são necessários longos
tempos para precipitação ou transformação de
fases.
• Em baixas temperaturas (fator cinético baixo,
fator termodinâmico alto) também são
necessários longos períodos para que os
fenômenos mencionados ocorram.
Materiais metálicos
• As velocidades maiores correspondem a uma
faixa intermediária de temperaturas,
justamente aquela na qual a relação entre fator
cinético e termodinâmico é otimizado.
Materiais metálicos
3. Tratamento térmico:
O fênomeno da precipitação se manifesta pela
aplicação de tratamento térmico ao material. Essa
operação é em geral precedida por aquecimento que
visa dissolver qualquer precipitação grosseira
formada em estágios anteriores, por exemplo,
durante a solidificação – processo de solubilização.
Materiais metálicos
• Os problemas de tratamento térmico são
essencialmente tecnológicos; os parâmetros mais
importantes são controle e homogeneidade de
temperatura, arranjo das peças no forno com o
fim de evitar distorções, produtividade e
eventual controle de atmosfera.
Materiais metálicos
• Os precipitados geralmente são ricos em
átomos de soluto. Portanto, esses átomos devem
se mover na solução sólida e dirigir-se para o
núcleo dos precipitados, promovendo assim sua
formação e crescimento.
• Os efeitos cinético e termodinâmico no
contexto do endurecimento por precipitação são
muito bem exemplificados pela liga de Al AA6061.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• Das curvas resulta que a tensão de escoamento
máxima e o tempo para que esse máximo seja
alcançado dependem da temperatura.
• Vemos que é possível esquematizar um diagrama
TTT a partir do conhecimento da cinética de
precipitação da liga.
Materiais metálicos
• Correlacionando os gráficos anteriores,
concluímos:
• Quanto menor a temperatura, menor a cinética.
• O maior efeito de endurecimento para tempos
razoáveis de tratamento é alcançado para 149°C, isto
é, uma temperatura intermediária (λ pequeno).
• Para altas temperaturas, a resistência mecânica
máxima é rapidamente alcançada, mas seu valor é
modesto (λ grande).
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• Endurecimento por solução sólida – Têmpera:
• Os mecanismos que aumentam a resistência
mecânica tem o inconveniente de diminuir a
tenacidade.
• Nos aços, o método de endurecimento por solução
sólida é a têmpera.
Materiais metálicos
• O tratamento térmico de têmpera consiste em um
resfriamento rápido, no qual não há tempo
suficiente para que os átomos de carbono migrem
e formem os precipitados de 𝐹𝑒3 𝐶.
• Nesse caso, os átomos continuam dispersos na
estrutura de Fe-α e, desse modo, a estrutura CCC
do Fe é fortemente distorcida, dificultando a
movimentação das discordâncias.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• Como os aços não são utilizados em seu estado
temperado, deve-se proceder a um revenimento
para “abrandar as propriedades”.
• O aumento no teor de C, além de reduzir a
tenacidade, também influencia na soldabilidade
do aço.
Materiais metálicos
• Endurecimento por controle de tamanho de
grão:
• Contrastando com os métodos anteriores, o
controle do tamanho de grão beneficia tanto a
resistência mecânica quanto a tenacidade.
• As fronteiras entre os grãos agem como
obstáculos aos movimentos das discordâncias.
Se o policristal tem muitos grãos, também tem
mais fronteiras, isto é, é mais resistente.
Materiais metálicos
Materiais metálicos
Materiais metálicos
• A redução do tamanho de grão é o método mais
“nobre” para melhorar as propriedades
mecânicas dos aços.
• Uma maneira de se obter essa redução do
tamanho de grão é adicionando elementos de
liga que retardem o aumento do mesmo.
Materiais metálicos
• O controle do tamanho de grão é um bônus
extra da precipitação, pois as partículas de
precipitado podem retardar o crescimento dos
grãos bloqueando o movimento de seus
contornos.
• O diamêtro máximo do grão é inversamente
proporcional a fração volumétrica dos
precipitados.
Materiais metálicos
• O processo de soldagem evidencia a influência
do tamanho de grão na resistência mecânica.
• O oxigênio, devido à baixíssima solubilidade na
austenita, aparece sempre na forma combinada
em depósitos de solda. Disso resulta grande
quantidade de inclusões de oxigênio na solda.
Materiais metálicos
• Quanto maior é o teor de oxigênio no processo,
maior é a fração volumétrica do oxigênio
precipitado, portanto, menor será o tamanho
de grão austenítico devido a formação de
inclusões.
Materiais poliméricos
• A unidade fundamental é a macromolécula,
composta por vários monômeros. Os
monômeros se unem em ligações primárias,
fortes, covalentes.
• O peso molecular pouco influência na resistência
mecânica, mas controla outras propriedades de
ruptura (rigidez, por exemplo). Aumentando-se o
peso molecular, aumenta-se a tenacidade.
Materiais poliméricos
• As forças entre cadeias são mais fracas, do tipo de
Van Der Waals. Em muitos polímeros, contudo,
essas ligações intermoleculares podem ser
mais fortes (covalentes), tal como nos termofixos
com estrutura tridimensional.
• Os polímeros podem ter estrutura cristalina,
amorfa ou híbrida. As regiões cristalinas
tendem a aumentar a rigidez e a resistência, já
as não-cristalinas são responsáveis pela
elasticidade e tenacidade.
Materiais poliméricos
• Elastômeros: as forças intermoleculares são
baixas e, assim, praticamente não há barreiras
para rotação das cadeias em torno das
ligações. O módulo de elasticidade tende a ser
baixo, da ordem de 1 a 10 MPa.
Materiais poliméricos
• Termoplásticos: as forças entre as cadeias e as
barreiras à rotação em torno das ligações são bem
maiores do que nos elastômeros. Para
temperatura ambiente, sua rigidez é de 0,4 a 4
GPa.
• A temperaturas acima da Tg, a rigidez dos
polímeros amorfos torna-se similar a dos
elastômeros. Porém, a temperaturas criogênicas a
rigidez pode aumentar ainda mais.
Materiais poliméricos
• Termofixos: cadeias não são lineares como nos
termoplásticos, mas exibem arranjo
tridimensional.
• A densidade de ligações cruzadas é maior, o
que confere maior rigidez (6 a 10 Gpa). Esses
materiais são frágeis devido ao alto grau de
ligações cruzadas e ao arranjo tridimensional.
Materiais poliméricos
• Os termofixos são usados especialmente como
adesivos para laminados ou como matriz em
combinação com cargas de vários tipos: fibras
orgânicas ou inorgânicas, tecidos ou asbesto.
• São menos afetados por variações de
temperatura, mas não podem ser reprocessados
pois se decompõem.
Materiais poliméricos
• Os materiais poliméricos são caracterizados pela
rigidez baixa. Por esse motivo, o critério de
projeto utilizado é quase sempre o de deflexão e
não o de deformação plástica. A resistência
mecânica passa a ser limitante no caso dos
compósitos, os quais alcançam valores de
resistência próximos aos das ligas metálicas.
Materiais cerâmicos e Vidros
• Em temperatura ambiente, a maioria das
cerâmicas é frágil e exibe comportamento
elástico até o ponto da fratura. Ainda assim, a
resistência desses materiais a fratura é bem
menor que a resistência teórica.
Materiais cerâmicos e Vidros
• Em materiais cerâmicos, a discrepância entre
resistência real e teórica é devido a presença
de microtrincas, tanto superficiais quanto
internas, conhecidas como trincas de Griffith.
• Estas microtrincas agem como concentradores
de tensão, de modo que a tensão no ápice da
trinca pode exceder muitamente a aplicada.
Materiais cerâmicos e Vidros
Materiais cerâmicos e Vidros
• Um exemplo claro disso é a diferença entre a
resistência a tração do MgO policristalino (194
Mpa) e do monocristalino (1100 Mpa), que
evidencia o efeito das irregularidades internas,
associadas aos contornos de grão.
Materiais cerâmicos e Vidros
• Para a maior parte dos materiais, a propriedade
mais representativa da resistência mecânica é a
resistência em tração, devido à premissa de que
em quase todos os casos a falha ocorre por
esforços de tração.
• Para metais, a resistência a tração e a resistência a
compressão são valores similares, o que não
acontece para materiais cerâmicos (vide tabela
anterior).
Materiais cerâmicos e Vidros
• A seguir, veremos três métodos de ensaio cuja
discussão conjunta deve ilustrar as dificuldades
de ensaio e de interpretação de resultados da
resistência mecânica em cerâmicas: ensaio de
tração, ensaio de flexão e ensaio de
compressão.
Materiais cerâmicos e Vidros
• O ensaio de tração seria o ideal, mas há
dificuldades de ajuste entre a amostra e o corpo
de prova, fazendo com que cargas não-axiais não
possam ser totalmente evitadas.
• Outro problema reside na dificuldade de se
usinar corpos de prova de seção perfeitamente
circular no caso de cerâmicas de alta dureza.
Materiais cerâmicos e Vidros
• O ensaio de flexão fornece o Módulo de Ruptura
(MOR) ou de flexão. O formato de corpo de prova
é uma simples barra de seção quadrada, de fácil
manufatura. Pode-se fazer o ensaio de flexão
em 3 ou em 4 pontos.
Materiais cerâmicos e Vidros
Materiais cerâmicos e Vidros
• No ensaio de flexão em 3 pontos, a carga de
tração máxima ocorre ao longo de uma linha
na superfície superior do corpo de prova,
enquanto para o ensaio em quatro pontos a carga
máxima ocorre em um plano.
Materiais cerâmicos e Vidros
• Na primeira variante do ensaio, a probabilidade
de a maior trinca do corpo de prova estar
exatamente na linha de tensão máxima é
pequena; tal não acontece quando a amostra é
apoiada em quatro pontos. Consequentemente,
apoio em quatro pontos fornece valores MOR
menores.
Materiais cerâmicos e Vidros
• É importante destacar que o ensaio de flexão é
muito sensível no que diz respeito ao
posicionamento dos apoios. Por exemplo, um
erro de 1,2% no posicionamento dos roletes de
carregamento gera diferença de 10% no valor do
MOR.
Materiais cerâmicos e Vidros
• O ensaio de compressão diametral, também
denominado “Brazilian Test” é simples, como
mostrado na figura:
Materiais cerâmicos e Vidros
• Nesse ensaio é importante evitar fratura
localizada e incipiente no ponto de contato
entre o corpo de prova e as superfícies de
aplicação de tensão, o que é conseguido pela
interposição de materiais dúcteis, como folhas
de cobre. O método é descrito na norma ASTM
C496.
Materiais cerâmicos e Vidros
• As considerações feitas até aqui mostram que
valores de resistência mecânica de materiais
cerâmicos não devem ser tomados com o mesmo
grau de confiança que se atribui às propriedades
mecânicas de ligas metálicas. O método de
ensaio tem grande influência, o que é
evidenciado pela tabela a seguir:
Materiais cerâmicos e Vidros
Projeto limitado por deformação plástica
• Utilizamos a tensão de escoamento para
representar a resistência mecânica do material.
Isto é, quando o projeto é limitado por
deformação plástica, o parâmetro a ser
otimizado é a tensão de escoamento.
Mapa de resistência e densidade para
vários materiais. Estão incluídas
linhas-guia para diferentes situações
de carregamento.
Projeto limitado por deformação plástica
• Qualquer linha traçada paralelamente à linha-
guia, adequada ao modo de carregamento em
questão, passa sobre materiais com a mesma
relação resistência/peso. Materiais acima dessa
linha tem desempenho melhor e materiais abaixo,
desempenho pior.
• Os métodos de análise e comparação através do
Mapa de Ashby e dos Índices de Mérito segue a
mesma metodologia proposta para projeto
limitado por deformação elástica.
FIM!

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