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Propriedades dos Materiais

Prof. Dr. Gabriel Pietta


Propriedades Mecânicas

• Características do material

– Materiais são submetidos a esforços e cargas quando em


operação

– Importante a escolha do material no projeto para evitar


deformação excessiva e fratura

– Fatores considerados
• Natureza da carga (tração, compressão ou cisalhamento)
• Temperatura de operação
• Tempo de carga aplicada (fração de segundos ou anos)
Propriedades Mecânicas

• Carga: existem 4 maneiras principais segundo as


quais uma carga pode ser aplicada – tração,
compressão, cisalhamento e torção
Propriedades Mecânicas

Corrosão
Propriedades Mecânicas
Propriedades Mecânicas

• Ensaios: um dos ensaios mecânicos de tensão-


deformação mais comuns é executado sob tração.

–Avaliar propriedades mecânicas dos materiais

–Amostra deformada gradativamente


até a fratura

Corpo de Prova
Propriedades Mecânicas

𝐹
• Tensão de engenharia: 𝜎= 𝐴0
[MPa]
onde F é a carga instantânea aplicada em uma direção
perpendicular à amostra e A0 é a área da seção reta original
antes da aplicação de qualquer carga. (1MPa = 106 N/m²)


𝑙𝑖𝑙0 𝑚
• Deformação de engenharia: 𝜖= 𝑙𝑜
[% , 𝑚
]
onde 𝑙𝑜 é p comprimento original e 𝑙𝑖 é o comprimento
instantâneo. A grandeza 𝑙𝑜− 𝑙𝑖 representa oalongamento.
Propriedades Mecânicas

• Tensão-deformação: o grau ao qual uma estrutura se


deforma ou se esforça depende da magnitude de tensão
imposta. Metais submetidos a uma tensão de tração em níveis
relativamente baixos apresentam uma deformação
proporcional, de acordo com a Lei de Hooke

𝜎= 𝐸𝜖
onde a constante 𝐸é o módulo de elasticidade ou módulo de
Young dada em [𝐺𝑃𝑎].

Representa a rigidez ou a resistência do material à deformação


elástica.
Propriedades Mecânicas

Para metais típicos, a magnitude desse módulo varia entre 45


GPae 407 GPa.
Propriedades Mecânicas

Em uma escala atômica, a deformação macroscópica é


manifestada como pequenas alterações no espaçamento entre
os átomos e na extensão dessas ligações. A magnitude do
módulo de elasticidade representa uma medida da resistência à
separação dos átomos adjacentes.

𝑑𝐹
𝐸𝛼
𝑑𝑟
𝑟𝑜
Propriedades Mecânicas

Os valores dos módulos de elasticidade para materiais cerâmicos


são caracteristicamente maiores do que para os metais e para os
polímeros, são menores.

–tipos de ligações atômicas

–influência da temperatura
no módulo de elasticidade
Deformações

• Deformação Elástica: processo de deformação no qual a


tensão e a deformação são proporcionais. Um gráfico de
tensão (ordenada) x deformação (abscissa) é um segmento
linear cuja inclinação corresponde ao módulo deelasticidade.

–Importante parâmetro de projeto no


cálculo de flexões elásticas

–Não é permanente, quando a carga é


liberada a peça volta a sua forma original
Deformações

Em alguns materiais como, por exemplo, ferro fundido cinzento,


concreto e polímeros a porção elástica inicial da curva tensão-
deformação não é linear.

–Adota-se o módulo tangencial

–Inclinação da curva em um
determinado nível de tensão
específico
Deformações

• Anelasticidade: admitiu-se que a deformação elástica é um


processo independente do tempo, i.e., uma tensão aplicada
produz uma deformação instantânea que é recuperada
quando a carga é liberada.

– A deformação elástica permanece após a aplicação de


tensão

– Tempo finito para recuperação completa

– Comportamento mais acentuado nos polímeros


(viscoelasticidade)
Deformações

• Propriedades Elásticas: quando uma tração é impostaa


um corpo de prova de um metal, um alongamento elástico e
uma deformação resultam na direção da tensão aplicada.

Como resultado há uma constrição


nas demais direções laterais, per-
pendiculares à força aplicada.

Coeficiente de Poisson
Deformações

• Coeficiente Poisson

𝜖𝑥
ν= −
𝜖𝑧

– Material isotrópico 𝜖𝑥= 𝜖𝑦

– Valor máximo do coeficiente =0,5

– Metais e outras ligas variam na faixa entre 0,25 e0,35


Deformações

Materiais policristalinos podem ser considerados isotrópicos,


uma vez que a orientação dos grãos é aleatória.

Para esses materiais os módulos de cisalhamento e de


elasticidade estão relacionados entre si

𝐸= 2𝐺(1 + 𝜈)

Os metais, em sua maioria,apresentam

𝐺= 0,4𝐸
Deformações

• Deformação Plástica: para a maioria dos materiais


metálicos, o regime elástico persiste
apenas até deformações de aproxima-
damente 𝜖= 0,005, ou seja,0,5%.

A partir deste ponto a tensão não


é proporcional ao alongamento,
ocorrendo uma deformação
permanente não recuperável. Há
quebra das ligações atômicas e
formação de novas outras ligações.
Deformações

• Escoamento e limite de escoamento: as estruturas são


projetadas para assegurar que apenas uma deformação
elástica irá resultar da aplicação de umatensão

– Desejável o conhecimento do nível de tensão onde a


deformação plástica tem início ou ocorre oescoamento.

– Comportamento distinto de transição elastoplástica

– Determinação dos limites a partir da curva tensão-


deformação
Deformações

• Transição elastoplástica gradual

–Limite de proporcionalidade: ponto


onde ocorre afastamento inicial da
linearidade da curva

–Tensão limite de escoamento: pré-


deformação estabelecida, geralmente,
0,002 de deformação
Deformações

• Transição abrupta

–Transçião elástica não-linear

–Fenômeno do “pico deescoamen-


to descontínuo”

–Limite de escoamento inferior:


Ponto de flutuação de tensão cons-
tante
Deformações

• Limite de resistência à tração: após o escoamento, a


tensão necessária para continuar a deformação plástica em
metais é aumentada até um valor máximo.

“A magnitude da tensão limite de escoamento para um metal


representa uma medida de sua resistência à deformação
plástica. As tensões limites podem variar de 35 𝑀𝑃𝑎 para o
alumínio de baixa resistência até mais de 1400 𝑀𝑃𝑎para aços de
elevada resistência.”

“Os limites de resistência à tração podem variar de 50 𝑀𝑃𝑎para


um alumínio e 3000 𝑀𝑃𝑎para aços de elevada resistência.”
Deformações
Deformações

• Tensão-deformação verdadeira: a diminuição na tensão


necessária para continuar a deformação após o ponto máximo
(M) parece indicar que o material está se tornando maisfraco.

– Aumento de resistência

– Redução da área da
Seção reta

𝐹
– 𝜎𝑣=
𝐴𝑖𝑛𝑠𝑡
Deformações

• Ductilidade: medida do grau de deformação plástica que foi


suportada quando da fratura

–Frágil: material que experimenta pequena ou mesmo


nenhuma deformação

–Dúctil: material que se


deforma plasticamente sem
fraturar
Deformações

A ductilidade pode ser expressa quantitativamente:

– Alongamento percentual:

𝑙𝑓− 𝑙𝑜
𝐴𝐿% = 𝑥100
𝑙𝑜

– Redução de área percentual:

𝐴0 − 𝐴𝑓
𝑅𝐴% = 𝑥100
𝐴0
Deformações

Os materiais frágeis são considerados aqueles que apresentam


uma deformação de fratura inferior a 5%,aproximadamente.
Deformações

A temperatura* tem grande influência na ductilidade


do material. A redução da temperatura aumenta a
fragilidade e a rigidez do material.

Ferro

*módulo de elasticidade insensível àtemperatura


Deformações
Deformações

• Recuperação elástica durante deformação plástica

–Uma parcela da deformação


total é recuperada na forma de
deformação elástica

–Tensão posterior considera a


deformação plástica
Deformações

• Resiliência: capacidade de um material absorver energia


quando ele é deformado elasticamente e depois, com o
descarregamento, ter essaenergia recuperada.

𝐽
– Área sob a curva [ 𝑚 ]3
Fluência

•Com frequência, os materiais são colocados em serviço a


temperaturas elevadas e ficam expostos a tensões mecânicas
estáticas como, por exemplo, rotores e palhetas de turbinas que
experimentam tensões centrífugas e linhas de vapor de alta
pressão.

•Definida como sendo uma deformação permanente e


dependente do tempo.

• Fator de limitação da vida útil da uma peça e é observada em


todos os tipos de materiais, sendo que ela se torna importante
a temperaturas superiores a 0,4 Tf.
Fluência
Fluência
Fluência
Fluência

• Comportamento da fluência: corpo de prova submetido


a uma carga ou tensão constante, onde a medida de
deformação é verificada em função do tempo

– 1)fase primária: taxa de fluência continuamente decres-


cente devido ao aumento da resistência ou encruamento

– 2)fase secundária: regime permanente com taxa de


fluência constante, tendo duração maislonga

– 3)fase terciária: aceleração da taxa de fluência e fratura


Fluência
Fluência
Fluência

• Influência da temperatura
Fluência

• Influência da temperatura
Resistência ao Impacto

• Tenacidade: medida da habilidade de um material em


absorver energia até sua fratura. Para condições de
carregamento dinâmicas e quando em ponto de concentração
de tensão está presente a tenacidade à fratura é averiguada
por um ensaio de impacto
Resistência ao Impacto

• Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Resistência ao Impacto
Fraturas

• Fatores de Projeto / Segurança

– Sempre existirão incertezas na caracterização da


magnitude das cargas aplicadas e de seus níveis de tensão
em condições de serviço

– Estabelecida uma tensão admissível (ou de trabalho)


tomada a partir de um fator de segurança inserido no
limite de escoamento do material

N entre 1,2 e 4,0


Fraturas

– Separação de um corpo em dois ou maispedaços

– Apresentam dois modos : dúctil efrágil

– Duas etapas: a formação e a propagação de trincas

– Estáveis (propagação lenta) ou instáveis (espontânea)

– Medidas preventivas x sem aviso prévio


Fraturas

Modos de fratura
Fraturas

• Dúctil:

–Altamente dúctil

–Metais extremamente macios (Au ePb),


polímeros e vidros inorgânicos

–Redução de 100% da área da seção reta


Fraturas

• Dúctil:

– Tipo mais comum, com a formação de


pescoço
Fraturas
Fraturas
Fraturas
Fraturas

• Dúctil:
– Informação mais detalhada do mecanismo da fatura a
partir de exame microscópico (estudo fractográfico)

Tração Cisalhamento
Fraturas

• Frágil:

– Ocorre sem qualquer deformação apreciável

– Superfície relativamente plana

– Trincas se propagam em alta velocidade


Fraturas
Fraturas
Fraturas

– Irradiam a partir de ponto de origem da trinca em


forma de leque
Fraturas

– Formam “marcas de sargento” em V, apontando para


o ponto de origem datrinca
Fraturas

• Frágil:

– Clivagem
Fraturas

Alumínio Aço de elevada resistência


Fraturas

Quebra sucessiva e repetida de ligações atômicas os longo dos


planos cristalográficos (clivagem)

– Transgranular:
Fraturas

– Intergranular:
Fraturas

• Mecânica da fratura: permite a quantificação das relações


entre as propriedades dos materiais, o nível de tensão, a
presença de defeitos geradores de trincas e os mecanismos de
propagação das trincas.

– Permite antecipar e prevenir falhas estruturais

– Estudo dos fatores de concentração de tensões que


amplificam a tensão aplicada em suas localizações, com
efeito mais significativo nos materiais frágeis
Fraturas
Fraturas
Fadiga
•Uma forma de falha que ocorre em estruturas que estão
sujeitas a tensões dinâmicas oscilante.

•É possível a ocorrência de uma falha em nível de tensão


consideravelmente inferior ao limite de resistência à tração ou
ao limite de escoamento para uma cargaestática.

•Tipo de falha que ocorre após longo período de tensão


repetitiva ou ciclo de deformação.

•É a maior causa individual de falhas em metais,


aproximadamente, 90%.
Fadiga

• Tensões cíclicas: podem ser de natureza axial (tração-


compressão), flexão (dobramento) ou torcional (torção),
apresentadas em três modalidades

Ciclo de
tensões
alternadas
Fadiga

• Tensões cíclicas:
Ciclo de
tensões
repetidas
Fadiga

• Tensões cíclicas:
Ciclo de
tensões
aleatórias
Fadiga

• Tensões cíclicas:
Fadiga

• Curva 𝝈− 𝑵: série de ensaios submetendo um corpo de


provas ao ciclo de tensões, a uma amplitude de tensão
máxima da ordem de 2/3 do limite de resistência à tração em
que o número de ciclos até a falha écontado.

– Existe um nível de tensão limitante, chamado de limite de


resistência à fadiga (limite de durabilidade) abaixo do qual
a falha por fadiga não irá ocorrer

– Esse limite representa o maior valor de tensão oscilante


que não irá causar falhas após um número infinito de
ciclos
Fadiga

Para muitos aços esse limite varia entre 35% e 60% do limite de
resistência à tração
Fadiga

Ligas não ferrosas (Al, Cu e Mg) não possuem limite de


resistência à fadiga e sim uma vida em fadiga após N ciclos
Fadiga

• A falha por fadiga é caracterizada em 3 etapas

– Iniciação da trinca, onde uma pequena trinca se forma


em algum ponto de concentração de tensões

– Propagação da trinca, durante a qual essa trinca avança


em incrementos a cada ciclo de tensões

– Fratura final, que ocorre muito rapidamente uma vez que


a trinca que está avançando tenha atingido seu tamanho
crítico
Fadiga
Fadiga
Fadiga

Superfície de fratura
de um eixo rotativo de
aço que experimentou
falha por fadiga
Fadiga

Superfície de fratura
descreve o ponto onde
a trinca se formou e se
propagou lentamente
e a região onde se pro-
pagou rapidamente
Fadiga

• Fatores que influenciam a vida em fadiga:

– Tensão média
Fadiga

Variáveis de projeto
Tratamento de superfície
Fadiga

• Fatores que influenciam a vida em fadiga:


– Shot peening:
Fadiga

• Fatores que influenciam a vida em fadiga:


– Efeitos do ambiente: ocasionam dois tipos de falhas

 Fadiga Térmica: temperaturas elevadas induzindo


flutuação de tensões térmicas, em virtude de expansão e
contração; variação da tensão mecânica suportada de
uma fonte externa

 Fadiga por Corrosão: ambientes corrosivos


promovem ataque químico ao material, ocasionando a
formação de pequenos pites que servem como pontos
de concentração de tensões e nucleação de trincas
Fadiga
Fadiga
Tensões principais

Prof. Dr. Gabriel Pietta Dias


Tensões principais

• Para a determinação de um projeto adequado, é necessário


determinar onde e em que direção ocorrem as tensões máximas.
Tensões principais
Tensões principais
Tensões principais
Transformação de tensão no plano
Transformação de tensão no plano

Tensões em planos inclinados


Equações gerais de transformação de tensão no plano

OBJETIVO: Transformar as Componentes de tensão normal


componentes de tensão e cisalhamento
normal (σ) e de cisalhamento
(τ) dos eixos x, y para os
eixos coordenados x’, y’ por
meio de equações.

Diagrama de corpo livre


Tensões principais e tensão de cisalhamento máxima no plano

 Para um projeto adequado, é necessário determinar onde e em que


direção ocorrem as tensões máximas!
A partir d a s e q u a ç õ e s d a s t e n s õ e s n o r m a i s e d e c i s a l ha m e n t o desenvolvidas,
p o d e - s e d e t e r m i n a r o s p l a n o s críticos o n d e a s t e n s õ e s a s s u m e m s e u s valores
m á x i m o s . Para tal, d e r i v a - s e a s e q u a ç õ e s e m relação a θ e i g u a l a - s e a ze r o .
C o m e ç a m o s c o m a e q u a ç ã o d a t e n s ã o normal :

PLANO ONDE A TENSÃO NORMAL ÉCRÍTICA!


Da m e s m a f o r m a p a r a a t e n s ã o d e
cisalhamento:

PLANO ONDE A TENSÃO DE CISALHAMENTO ÉCRÍTICA!


As te n s õ e s m á x im a s s ã o d e n o m in a d a s principais e podem
te n s õ e s e n c o n t r a d a s a partir d o â n g u l o θ p d o , ser
p l a n o crítico.

Te n s ã o Média
As te n s õ e s m á x im a s s ã o d e n o m in a d a s principais e podem
te n s õ e s e n c o n t r a d a s a partir d o â n g u l o θ p d o , ser
p l a n o crítico.
Fórmulas – Tensões Principais:

Tensão principal máxima:

Tensão principal mínima:

Tensão de cisalhamento máxima:


Plano da Tensão principal (normal) máxima:

Plano daTensão de cisalhamento máxima:


Tensão média:
Fórmulas – Tensões Principais:

Convenção de sinais:
Critérios de Falha
CRITÉRIOS DE FALHA
INTRODUÇÃO

•Para especificar um material em um projeto de engenharia, deve-se levar em


consideração a intensidade das tensões atuantes.

•Como cada material apresenta uma capacidade própria de resistir a um dado estado
de tensão, torna-se necessária a imposição de um limite superior ao estado de tensão
no material de forma a definir, configurar e prevenir a falha do material

•Os materiais de uso corrente em engenharia podem ser, normalmente, classificados


em dois grandes grupos segundo sua capacidade de deformação, ou seja, frágeis e
dúcteis.

• Quando materiais dúcteis são considerados, a falha é usualmente caracterizada pelo


início do escoamento do material, enquanto nos materiais frágeis, a falha é
caracterizada pela fratura ou ruptura frágil do material
CRITÉRIOS DE FALHA
INTRODUÇÃO

• A avaliação sobre a falha do material torna-se mais complexa quando estão sujeitos a
estados bi e triaxiais de tensões.

• Assim, identificar estados de solicitação que possam exceder a capacidade de


resistência dos materiais é uma tarefa de grande importância para a realização de
projetos seguros.

• É preciso buscar critérios que permitam avaliar se o estado de tensão em um ponto


ultrapassa ou não a resistência do material.

• Serão apresentados alguns critérios de resistência comumente utilizados em


aplicações de engenharia.
CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS DÚCTEIS
Critério de Tresca (Teoria da Máxima Tensão Cisalhante)
• Durante o escoamento ocorre o deslizamento dos cristais constituintes do material
provocado pelas tensões de cisalhamento atuantes no corpo.
• Esse fenômeno é facilmente observado em ensaios experimentais de tração uniaxial
em barras de aço, onde a falha ocorre em um plano inclinado de 45º
• A condição de falha esta relacionada à tensão de cisalhamento resistente do material,
uma vez que a falha ocorre nos planos onde as tensões de cisalhamento são máximas.
CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS DÚCTEIS
Critério de Tresca (Teoria da Máxima Tensão Cisalhante)
• O escoamento do material inicia-se quando a tensão cisalhante máxima absoluta
atuante no material atinge a tensão cisalhante que causa o escoamento.

= tensão de escoamento do material


quando submetido a um ensaio de
tração uniaxial

Condição
Segura

Critério de falha

Estado plano de tensões


CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS DÚCTEIS
Critério de Von Mises (Teoria da Máxima Energia de Distorção )
• Um material quando deformado por um carregamento externo tende a armazenar
energia internamente em todo o seu volume. A energia por unidade de volume do
material e chamada energia de distorção por unidade de volume.

• O escoamento de um material dúctil ocorre quando a energia de distorção por


unidade de volume do material for igual ou superior à energia de distorção por
unidade de volume do material quando ele atinge o escoamento em um ensaio de
tração
CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS DÚCTEIS
Critério de Von Mises (Teoria da Máxima Energia de Distorção )
CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS DÚCTEIS
Critério de Von Mises (Teoria da Máxima Energia de Distorção )

Critério de falha

Condição
Segura

Estado plano de tensões


CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS DÚCTEIS
CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS FRÁGEIS

Critério de Rankine (Teoria da Máxima Tensão Normal )

• Nos materiais frágeis, a ruptura ocorre quando a máxima tensão principal alcança
a resistência última do material.

• Assim, em materiais frágeis submetidos a um ensaio de tração uniaxial, a falha


ocorrerá quando a tração aplicada ultrapassar a tensão última do material, ou
seja, a tensão de ruptura.
CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS FRÁGEIS

Critério de Rankine (Teoria da Máxima Tensão Normal )

• A falha ocorrera quando as tensões principais atuantes no material atingir a


tensão de ruptura.

Critério de falha

Condição
Segura

Estado plano de tensões


CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS FRÁGEIS

Critério de Mohr
• Proposto para a previsão da falha de materiais frágeis que possuem tensões de
resistência diferentes em tração e compressão.

• Para a utilização do critério de ruptura de Mohr, devem ser conhecidas as tensões


últimas do material quando este é submetido a:
CRITÉRIOS DE FALHA PARA MATERIAIS FRÁGEIS

Critério de Mohr

A
C
B

Estado plano de tensões


Comparativo entre critérios

Ensaios experimentais realizados com materiais frágeis e dúcteis


EXERCÍCIOS

d) Assumindo uma tensão de escoamento de 100MPa, determine se a peça falha


segundo os critérios de Tresca e von Mises.
EXERCÍCIOS

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