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Testes
▪ Resistência à tração
▪ Resistência à compressão
▪ Resistência à cisalhamento
▪ Resistência ao choque
▪ Resistência ao desgaste
▪ Resistência à fadiga
▪ Dureza
Ensaios de Tração
Um dos ensaios mecânicos de tensão-deformação
mais comuns é conduzido sob tração.
Uma amostra é deformada, geralmente até a sua fratura, mediante uma carga de tração gradativamente crescente e que
é aplicada uniaxialmente ao longo do eixo mais comprido do corpo de prova.
Durante os ensaios, a deformação fica confinada à região central, mais estreita, do corpo de prova.
Esquema de Máquina Para Ensaio de Tração
Partes Básicas
➢ Sistema de aplicação de carga;
A0
Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a deformação (variação dimensional).
➢ Podem ser usados também ensaios de compressão, por convenção a força compressiva é considerada como sendo
negativa, e então as deformações compressivas são também negativas.
Os ensaios de tração são mais comuns, pois são mais fáceis de serem
executados, além disso, o ensaio de tração pode ser usado para avaliar
diversas propriedades mecânicas dos materiais.
Ensaios de compressão são utilizados em materiais que são frágeis sob
tração.
A0
F= força paralela às faces superior e inferior (N); A0= área das faces (m2);
𝑟 = tensão cisalhante [Pa= N/m2];
Deformação Elástica
O processo de deformação no qual a tensão e a deformação são proporcionais.
A tensão e a deformação são proporcionais entre si, de acordo com a relação.
Lei de Hooke
σ = E.ε
E = módulo de elasticidade ou módulo de Young (GPa (109N/m2) ou psi)
O módulo de elasticidade pode ser considerado como sendo uma rigidez, ou uma resistência do material à deformação
elástica. Quanto maior esse módulo, mais rígido é o material, ou menor será a deformação elástica que irá resultar da
aplicação de uma dada tensão.
Deformação Elástica –
Comportamento não-linear
A maioria dos materiais apresenta relação linear entre e quando
submetidos a uma tensão de tração relativamente baixa.
Alguns materiais como, ferro fundido cinzento, concreto e muitos polímeros, a parte elástica da curva tensão-
deformação não é linear.
Para comportamentos não-linear, são usados módulo tangente ou módulo secante.
- Considerações gerais
➢ Em uma escala atômica, a deformação elástica macroscópica é manifestada
como pequenas alterações no espaçamento interatômico e no alongamento
das ligações interatômicas. Portanto, a magnitude do módulo de elasticidade
representa uma medida das forças de ligação interatômicas.
Curva força interatômica –separação interatômica
Espaçamento de equilíbrio
Para materiais isotrópicos, os módulos de elasticidade e cisalhamento estão relacionados entre si e com o coeficiente de
Poisson de acordo com a expressão:
E= 2G(1+ν)
Para a maioria dos metais, G equivale a aproximadamente
0,4E.
Propriedades de Tração
Para a maioria dos materiais metálicos, o regime elástico permanece apenas até deformações de aproximadamente
0,005. À medida que o material é deformado além deste ponto, a deformação não é mais proporcional à tensão,
ocorrendo uma deformação permanente não recuperável, ou deformação plástica.
A partir de uma perspectiva atômica, a deformação plástica corresponde à quebra de ligações com os átomos vizinhos
originais e em seguida formação de novas ligações com novos átomos vizinhos.
Com a remoção da tensão, eles não retornam às suas posições originais.
A maioria das estruturas são projetadas para assegurar que resulte
apenas uma deformação elástica quando estiver sobre tensão.
É desejável conhecer o nível de tensão onde a deformação plástica tem o
seu início, ou onde ocorre o fenômeno de escoamento.
Para materiais que possuem uma transição gradual de deformação
elástica para deformação plástica
❑ O ponto de escoamento pode ser determinado como o ponto onde ocorre o afastamento inicial da linearidade na curva
tensão-deformação, esse ponto é chamado de limite de proporcionalidade (ponto P).
Como o limite de proporcionalidade não pode ser determinado com
precisão, foi estabelecido a seguinte convenção:
❑ Uma linha reta é construída paralelamente à porção elástica da curva tensão-deformação, a partir de uma pré-
deformação específica, geralmente de 0,002.
❖ A tensão correspondente à interseção desta linha com a curva tensão-deformação é definida como sendo o limite de
escoamento ( e).
➢ O limite de escoamento representa a tensão a partir da qual a deformação plástica passa a ser significativa.
❑ Alguns aços e outros materiais exibem uma transição elástica-plástica muito bem definida, e ocorre de forma abrupta,
conhecido por fenômeno do pico de escoamento descontínuo.
No limite de escoamento superior, a deformação plástica tem seu início, com uma diminuição real na tensão.
A deformação que se segue flutua ligeiramente em torno de um valor de tensão ligeiramente constante, conhecido por
limite de escoamento inferior, subsequentemente a tensão aumenta com o aumento da deformação.
Para metais com este comportamento, a tensão limite de escoamento é tomada como sendo a tensão média associada ao
limite de escoamento inferior.
O limite de resistência à tração (LRT) é
a tensão no ponto máximo da curva
tensão- deformação. Essa tensão
corresponde à tensão máxima que pode
ser sustentada por uma estrutura que se
encontra sob tração
Toda deformação até este ponto é uniforme ao longo da região
estreita do corpo de prova que se encontra sob tração.
A partir da tensão máxima uma pequena constrição, ou
pescoço, começa a se formar em algum ponto determinado
, e toda a deformação subsequente fica confinada neste pescoç
❑ Os valores de LRT podem variar desde 50 MPa para o Al até 3000 MPa para aços de elevada resistência.
❑ Para fins de projeto, utiliza-se o limite de escoamento, pois no instante em que a tensão correspondente ao LRT chega a
ser aplicada, a estrutura já experimentou tanta deformação plástica que já se tornou inútil.
A ductilidade representa uma medida do grau de deformação plástica que foi suportado até o momento da fratura.
Um material que experimenta uma deformação plástica muito pequena ou mesmo nenhuma deformação plástica até a sua
fratura é chamado de frágil (ex: materiais cerâmicos).
Material que experimenta uma grande deformação plástica até a sua
fratura é chamado de dúctil.
A ductilidade pode ser expressa quantitativamente pelo alongamento percentual ou pela redução de área percentual (ou
estricção):
onde lf = comprimento no momento da fratura l -l0
Uma vez que uma proporção significativa da deformação x100
plástica no momento da fratura está confinada à região
do pescoço, a magnitude do AL% dependerá do
comprimento útil do corpo-de-prova.
Quanto menor for o valor de l0, maior será a fração do alongamento total relativa ao pescoço (maior AL%)
.
A ductilidade pode ser expressa quantitativamente
pelo alongamento percentual ou pela redução de
área percentual (ou estricção):
onde Af= área da seção reta no ponto de fratura
Corresponde à redução na área da seção reta do corpo no ponto da fratura;
Os materiais dúcteis sofrem grande redução na área da seção reta antes
da ruptura;Os valores para a redução percentual na área são
independentes tanto de 𝑙0 como de 𝐴0.
Efeito da Temperatura
A ductilidade aumenta com a temperatura, no entanto a magnitude do módulo de elasticidade, do limite de escoamento e
do limite de resistência à tração diminuem com o aumento da temperatura.
Ex.: Comportamento tensão-deformação para o ferro.
A resiliência é a capacidade de um material absorver energia quando ele é deformado elasticamente e depois, com a
remoção da carga, permitir a recuperação dessa energia.
O módulo de resiliência (Ur) representa a energia de deformação por unidade de volume (J/m3 = Pa) exigida para
tencionar um material até o seu limite de escoamento, ou seja, representa a área sob a curva tensão- deformação até o
limite de escoamento:
Representa a área sob a curva tensão-deformação até o limite de escoamento:
𝗌𝑒
σ σ2e
𝑈𝑟 = න 𝜎𝑑𝜀 Ur = σ eε e = σe e =
0
Considerando uma região elástica linear:
Onde:
e= deformação no momento do escoamento.
SI – (J/m3 ou Pa)
Os materiais resiliêntes são aqueles que possuem limites
de escoamento elevados e módulos de elasticidade pequenos.
A tenacidade é uma medida da habilidade de um material em absorver energia até a sua fratura.
É medida pela área sob a curva tensão–deformação até o ponto de fratura (para uma situação estática).
Para que um material seja tenaz ele deve apresentar tanto resistência quanto ductilidade e frequentemente materiais
dúcteis são mais tenazes que materiais frágeis.
❖ Embora o material frágil tenha maior limite de escoamento e maior LRT, ele possui menor tenacidade do que o material
dúctil.
SI – (J/m3 ou Pa)
A geometria do corpo-de-prova, assim como a maneira como a carga é
aplicada, são fatores importantes nas determinações da tenacidade.
Para uma situação estática, a tenacidade pode ser determinada a partir
dos resultados de um ensaio tensão-deformação em tração.
Para condições de carregamento dinâmicas e quando um entalhe está presente, a tenacidade ao entalhe é averiguada
pelo uso de um ensaio de impacto;
A tenacidade pode ser medida através de um ensaio de
resistência ao impacto (ensaio Charpy)
Um pêndulo de haste rígida é solto de uma altura conhecida e choca-se
com o corpo de prova (de tamanho e forma padronizados), provocando
sua fratura.
A diferença de energia potencial corresponde à energia absorvida
durante a fratura.
Um dos objetivos do ensaio de resistência ao impacto
é avaliar a resistência do material em diferentes
temperaturas:
Influência do teor de carbono sobre o comportamento da energia Charpy em função da
temperatura para o aço.
Quanto menor o teor de C, menor é a temperatura
de transição dúctil-frágil. Com o aumento do teor
de C, o aço torna-se mais frágil e a energia
absorvida na fratura por impacto diminui.
A diminuição na tensão necessária para continuar a deformação após o
ponto máximo M parece indicar que o material esta se tornando mais
fraco. Na realidade a sua resistência esta aumentando, porém a área de
seção transversal está diminuindo rapidamente na região do
empescoçamento, onde a deformação está ocorrendo.
A tensão nominal é dada com base na área da seção transversal original antes de qualquer deformação e não leva em
conta essa diminuição de área na região do pescoço.
A tensão verdadeira 𝜎𝑉 é definida como: F
Onde: Ai = área da seção transversal σV =
instantânea. Deformação verdadeira 𝜀𝑉 i
é definida por:
Onde:li= comprimento no instante da medida
Após a formação do “pescoço”:
Paralelamente à formação do pescoço está a
introdução de um estado de tensões complexo
no interior da região do pescoço (isto é, a
existência de outros componentes de tensão
além da tensão axial). Como consequência
disso, a tensão corrigida (axial) no interior do
pescoço é ligeiramente inferior àquela tensão
calculada a partir da carga aplicada e da área da
seção reta do pescoço.
F
σV =
i
Tensão Verdadeira e Deformação Verdade
Se não ocorre variação no volume durante a deformação, ou seja, se
As tensões e deformações verdadeiras e de engenharia são relacionadas
de acordo com: σV = σ(1+ε)
São válidas somente até o surgimento do “pescoço”. A0l0 = Aili
𝐹𝑐
εV = ln(1+ε)
𝐴𝑖
A dureza é uma medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada (por exemplo, uma pequena
impressão ou um risco). Pode também ser definida como a resistência de um material à penetração em sua superfície.
Avaliação qualitativa - Escala de Mohs, Varia entre 1, na
extremidade macia da escala, para o talco, até 10, para o
diamante.
Ex: mineral de dureza 5 risca o de dureza 4 e é riscado pelo de dureza 6.
Avaliação quantitativa:
Um pequeno penetrador é forçado contra a superfície do material a ser
testado, sob condições controladas de carga e taxa de aplicação.
Faz-se a medida da profundidade ou do tamanho da impressão resultante,
a qual por sua vez é relacionada a um número índice de dureza; quanto
mais macio o material, maior e mais profunda é a impressão e menor é o
número índice de dureza. O penetrador é normalmente feito de aço
temperado, carbeto de tungstênio ou diamante.
Dureza Rockwell
Carga menor 10 Kg
Índice de dureza Diferença na profundidade
de penetração.