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DIREITOS REAIS
DAS SERVIDÕES
MODALIDADES
ͫ Servidão continuada: ela é contínua e subsiste de forma ininterrupta independentemente
da atuação humana. Exemplo: servidão de ventilação.
ͫ Servidão descontinuada: para que a servidão ocorra, é necessária a atuação humana.
Exemplo: servidão de retirada de água.
ͫ Servidão positiva: o prédio dominante fica autorizado a praticar atos sobre o prédio
serviente. Exemplo: servidão de passagem.
ͫ Servidão negativa: o prédio serviente se submete ao não fazer, ou seja, renuncia um
direito. Exemplo: servidão de não construir acima de determinada altura.
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis.
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á a dez anos se o possuidor
houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços
de caráter produtivo.
Enunciado nº 251
O prazo máximo para o usucapião extraordinário de servidões deve ser de 15 anos, em
conformidade com o sistema geral de usucapião previsto no Código Civil.
Nas provas de delegado, devemos ficar atentos ao enunciado da questão. Se estiver
presente a cópia do art. 1.379 ipsis litteris e ele trouxer o prazo prescricional de 20 anos,
a assertiva estará correta, uma vez que, este dispositivo ainda está em vigor. Por outro
lado, a questão pode abordar a crítica doutrinária existente entre os prazos prescricionais
dos arts. 1.379 e 1.238 do Código Civil.
ͫ Por sentença em ação de divisão e demarcação de terras: vinculada à sentença judicial,
a servidão pode ser proveniente da ação de divisão e demarcação de terras.
ͫ Por declaração unilateral de vontade: para melhor compreensão, observe o exemplo a
seguir:
EXEMPLO: Maria possui dois terrenos “A” e “B” com um prédio em cada terreno. Por algum motivo, Maria esta-
belece uma serventia do imóvel B em benefício do A. Alguns anos depois, Maria vende o terreno “B” para o João.
Nesse contexto, essa serventia estabelecida por Maria anteriormente irá se tornar em uma servidão.
DO USUFRUTO
É um direito real de gozo ou fruição. O sujeito tem o direito de usar e fruir temporariamente de
uma coisa alheia. Além disso, o usufruto possui duas partes: (i) o usufrutuário e o (ii) nu-proprietário.
USUFRUTUÁRIA NU-PROPRIETÁRIO
Direito de usar e gozar da coisa alheia Disposição e reinvindicação da coisa
CARACTERÍSTICAS
ͫ Oponibilidade erga omnes: oponível contra qualquer pessoa.
ͫ Direito de sequela: direito do credor de perseguição àquele bem.
ͫ Não admite a possibilidade de alienação, todavia o seu exercício pode ser cedido a título
oneroso ou gratuito (art. 1.393, CC):
Art. 1.393. Não se pode transferir o usufruto por alienação; mas o seu exercício pode ceder-se
por título gratuito ou oneroso.
ͫ Caráter temporário: o usufruto vai perdurar por tempo determinado.
ATENÇÃO! Se o usufruto for constituído em benefício de uma pessoa jurídica, o prazo máximo, de acordo com
o Código Civil, é de 30 anos (art. 1410, III, CC).
CONSTITUIÇÃO DO USUFRUTO
ͫ Negócio jurídico (contrato de doação ou um testamento): cumpre esclarecer que
o usufruto por contrato de doação pode acontecer por alienação (há a alienação do usu-
fruto e há a retenção da nua propriedade) ou retenção (retém-se o usufruto e aliena-se
a nua-propriedade). Observe que essas formas de contrato de doação são contrárias.
Direitos Reais 5
USUFRUTO POR CONTRATO POR ALIENAÇÃO USUFRUTO POR CONTRATO POR RETENÇÃO
Alienação do usufruto Retém-se o usufruto
ͫ Usucapião: aplicam-se as regras da usucapião ordinária – art. 1.242 (10 anos) – e extraor-
dinária – art. 1.238 (15 anos).
Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestada-
mente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos.
Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição, possuir como seu
um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa-fé; podendo
requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro
no Cartório de Registro de Imóveis.
ͫ Imposição legal: ocorre quando, por exemplo, os pais têm o usufruto dos bens dos filhos
(art. 1.689, I, do CC).
Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar:
I - são usufrutuários dos bens dos filhos;
OBJETO
São objetos do usufruto os (i) bens móveis e (ii) imóveis. Os acessórios do bem, em regra,
também são objeto (princípio da Gravitação Jurídica).