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Superfície
O direito de superfície substituiu a antiga enfiteuse.
O proprietário pode conceder a outrem o direito de
construir ou de plantar em seu terreno, por tempo
determinado, mediante escritura pública devidamente
registrada no Cartório de Registro de Imóveis, segundo
o art. 1.369.
Direitos Reais na Coisa Alheia
Servidão
O termo “servidão” tem origem na palavra latina
servitudo, de servus, reportando-nos a um sentido de
subserviência, de submissão.
Por meio desse instituto real, um prédio proporciona
utilidade a outro, gravando o último, que é do domínio
de outra pessoa. Em suma, a servidão reapresenta um
tapete de concessão em benefício de outro proprietário.
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Usufruto
É o direito conferido a alguém, durante certo tempo, de
gozar ou fruir de um bem cuja propriedade pertence a
outrem.
O usufruto pode ser apontado como o direito real de
gozo ou fruição por excelência, pois há a divisão
igualitária dos atributos da propriedade (GRUD) entre
as partes envolvidas.
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Partes do usufruto
Como primeira parte, há o usufrutuário que, como o
próprio nome já diz, tem os atributos de usar (ou
utilizar) e fruir (ou gozar) a coisa – GU.
Repise-se que esses são os atributos diretos, que
formam o domínio útil.
O usufrutuário mantém a posse direta sobre o bem,
tendo o contato corpóreo imediato.
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Extinção do usufruto
O usufruto extingue-se, cancelando-se o registro no
Cartório de Registro de Imóveis:
pela renúncia ou morte do usufrutuário;
pelo termo de sua duração;
pela cessação do motivo de que se origina;
pela consolidação;
pelo não uso, ou não fruição, da coisa em que o usufruto
recai.
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Classificação
• Classificação quanto ao objeto que recai
O usufruto próprio ou regular é aquele que recai
sobre bens infungíveis e inconsumíveis.
Ao final, o usufrutuário deve restituir os bens que
recebeu.
Por outra via, o usufruto impróprio, irregular ou
quase usufruto recai sobre bens fungíveis e
consumíveis.
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Uso
O direito real de uso pode ser constituído de forma
gratuita ou onerosa, havendo a cessão apenas do
atributo de utilizar a coisa, seja ela móvel ou imóvel (o
U do GRUD).
São partes do direito real em comento:
a) o proprietário, aquele que faz a cessão real da coisa;
b) o usuário, que tem o direito personalíssimo de uso ou
utilização da coisa.
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Habitação
O direito real de habitação constitui o mais restrito dos
direitos reais de fruição, eis que apenas é cedida uma
parte do atributo de usar, qual seja, o direito de habitar o
imóvel (fração do U do GRUD).
São partes da habitação:
a) o proprietário, que transmite o direito;
b) o habitante, que tem o direito de moradia em seu
benefício.
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Laje
O direito real de laje ingressou no ordenamento jurídico
brasileiro através da Medida Provisória 759 de
dezembro de 2016, que deu origem à Lei 13.465 de 11
de julho de 2017. O reconhecimento legislativo deste
direito real trouxe a possibilidade de regularização de
muitas situações que existem de fato, porém de difícil
solução registral.
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Partes do penhor:
Devedor pignoratício: aquele que dá a coisa em
garantia, proprietário do bem, tendo a dívida em seu
desfavor.
Credor pignoratício: que tem o crédito e o direito real
de garantia a seu favor.
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Extinção do Penhor:
Art. 1.436 CC: Extingue-se o penhor:
I - extinguindo-se a obrigação;
II - perecendo a coisa;
III - renunciando o credor;
IV - confundindo-se na mesma pessoa as qualidades de
credor e de dono da coisa;
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Espécies de Penhor:
Penhor Rural;
Penhor Agrícola;
Penhor Pecuário;
Penhor Industrial e Mercantil;
Penhor de Direitos e Títulos de Crédito;
Penhor de Veículos;
Penhor Legal.
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Hipoteca
Para Gomes (2004), a hipoteca é um direito real de
garantia em virtude do qual um bem imóvel, que
continua em poder do devedor, assegura ao credor,
precipuamente, o pagamento de uma dívida.
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Registro da Hipoteca
Art. 1.492 CC: As hipotecas serão registradas no
cartório do lugar do imóvel, ou no de cada um deles, se
o título se referir a mais de um.
Parágrafo único. Compete aos interessados, exibido o
título, requerer o registro da hipoteca.
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Extinção da Hipoteca
Art. 1.499 CC: A hipoteca extingue-se:
I - pela extinção da obrigação principal;
II - pelo perecimento da coisa;
III - pela resolução da propriedade;
IV - pela renúncia do credor;
V - pela remição;
VI - pela arrematação ou adjudicação.
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Anticrese
A anticrese é um direito real de garantia pouco usual no
Brasil, sendo certo que houve propostas de sua retirada
quando da elaboração do Código Civil Brasileiro de
2002.
Partes da anticrese:
a) o devedor anticrético – aquele que dá o imóvel em
garantia, transferindo a posse ao credor;
b) o credor anticrético – recebe o imóvel em garantia,
ficando com a sua posse e dele retirando os seus frutos.
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