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CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Esquema 1: Esquema 2:
EXECUÇÃO SINCRÉTICA EXECUÇÃO AUTÔNOMA
- FASE DE CUMPRIMENTO
DE SENTENÇA
Título Executivo Judicial – Título Executivo
Aquele que vem da Extrajudicial (CPC, 784)
Jurisdição - Rol está no
Art. 515 CPC obs. Sentença
Arbitral é título executivo
judicial
Inicia-se mediante Inicia-se mediante Petição
requerimento simples da Inicial
parte interessada (CPC,
523 e 524)
Intimação do executado Citação do executado para
para o cumprimento da o cumprimento (3 DIAS)
obrigação (CPC, 513)
Não admite o Admite o parcelamento ou
parcelamento artigo 916 moratória legal do artigo
do CPC 916, CPC (30% + 6x)
Principal instrumento para Principal instrumento para
o executado oferecer o executado oferecer
resistência: Impugnação resistência: Embargos à
execução

ESQUEMA 1:
1. Título Executivo Judicial – Rol taxativo 515
2. Autor – Requerimento simples
3. Juiz – Admissibilidade do requerimento
4. Intimação do Executado
5. 15 dias para o pagamento voluntário
6. Não pagou voluntariamente aplica-se multa de
10% + Honorário Adv. 10% + Protesto no cartório
7. O executado tem 15 dias para apresentar
Impugnação
8. Se mesmo assim ele não pagar vai haver Execução
Forçada (Penhora, Avaliação do Oficial de Justiça
dos bens, Depósito)
9. Fase expropriatória
ESQUEMA 2:
1. Título executivo extrajudicial – Lei diz o que é
2. Credor faz uma petição inicial iniciando a sua
execução autônoma
3. O juiz faz a juízo de admissibilidade (positivo -
citação do executado)
4. Pagamento em 3 dias (ELE PODE PEDIR
PARCELAMENTO - fixa os honorários em 10%
podendo chegar em 20%) (Se eu pago em 3 dias
tenho a redução honorária diminuída pela metade)
5. Oferecer resistência: EMBARGOS À EXECUÇÃO, 15
dias contados do mandado de citação cumprido
6. Se eu não pago teremos a penhora dos bens a
avaliação e se for o caso o transporte desses bens
para o depósito. (EXECUÇÃO FORÇADA)
7. Depois de executado os bens – FASE
EXPROPRIATÓRIA - leilão...
PROCESSO SINCRÉTICO
Crise de Certeza jurídica
Fase Cognitiva

Petição inicial até a sentença (título


executivo judicial)

Trânsito em julgado

Obrigação exequenda CERTA, LIQUIDA E


EXIGÍVEL

Sentença ilíquida: investigação do valor


Fase de Liquidação

Não obrigatória

Requerimento até a decisão interlocutória


(regar geral)

Obrigação CERTA, LÍQUIDA e EXIGÍVEL

Crise de inadimplemento
Fase de cumprimento de Sentença:
I- Requerimento simples
II- Prazo para pagmento involuntário ou
impugnação.
III- Etapa ou fase de execução forçada;
IV- Fase expropriatóra
V- Sentença

Liquidação da Sentença: vou discutir o valor da


obrigação devida, o “quantum” e não a obrigação.
Sentença líquida (Fase de conhecimento)

Arbitramento (prova técnica), Procedimento comum


(fato novo) (Fase de liquidação 509-512) - Natureza
cognitiva, admite instrução probatória
Sentença, Obrigação certa, LÍQUIDA e exigível (Fase de
Cumprimento de Sentença)

Súmula 344 do STJ: “A liquidação por forma diversa da


estabelecida na sentença não ofende a coisa julgada.”
ATENÇÃO: Art. 509, §4°- Princípio da fidelidade ao
título: não posso modificar a sentença, é obter o
quantum debeatur ou extensão da obrigação devida.
Na Ação Civil Pública, os lesados devem entrar com
uma Ação de liquidação sozinha caso queiram receber
os danos causados, onde devem ser apresentadas
provas.
 Não se admite sentença ilíquida no Juizado
Especial
Títulos executivos judiciais
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a exigibilidade de
obrigação de pagar quantia, de fazer, de não fazer ou de entregar coisa;

II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;

III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de qualquer natureza;

IV - o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação ao inventariante,


aos herdeiros e aos sucessores a título singular ou universal;

V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas, emolumentos ou honorários


tiverem sido aprovados por decisão judicial;

VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;

VII - a sentença arbitral;

VIII - a sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça;

IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão do exequatur à carta


rogatória pelo Superior Tribunal de Justiça; (Nos títulos especiais o devedor será
CITADO) - EXCEÇÃO
COMPETÊNCIA
O cumprimento da sentença efetuar-se-á perante:

I - os tribunais, nas causas de sua competência originária;

II - o juízo que decidiu a causa no primeiro grau de jurisdição;

III - o juízo cível competente, quando se tratar de sentença penal condenatória, de


sentença arbitral, de sentença estrangeira ou de acórdão proferido pelo Tribunal
Marítimo. (HOMOLAGAÇÃO - STJ, CUMPRIMENTO – JF DE 1° INSTANCIA)

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o exequente poderá optar pelo
juízo do atual domicílio do executado, pelo juízo do local onde se encontrem os
bens sujeitos à execução ou pelo juízo do local onde deva ser executada a
obrigação de fazer ou de não fazer, casos em que a remessa dos autos do processo
será solicitada ao juízo de origem.

 O EXEQUENTE PODE ESCOLHER

IMPUGNAÇÃO
1. PI (Fase cognitiva)
2. SENTENÇA
(obrigação Pecuniária/certa/líquida/exigível)
3. Trânsito em julgado
4. Requerimento (Fase executiva)
5. Juiz determina intimação do executado
6. Sem pagamento em 15 dias
7. Multa 10%, honorário 10%, cartório de protestos
8. Ele quer questionar
9. Impugnação - Incidente processual:
a) Por meio de Petição
b) Aplicação do 229 do CPC – prazo em dobro
c) Matérias que podem ser alegadas:
1. Excesso de execução (não pode fazer alegação
genérica)
2. Inconstitucionalidade superveniente (STF)
Antes do trânsito em julgado o STF declarou a norma x
inconstitucional (obrigação é inexequível) e deve ser
alegada na impugnação
Se a inconstitucionalidade for proferida depois do
trânsito em julgado: Ação rescisória.
d) Impugnação não tem efeito suspensivo automático
(ope legis), mas posso pedir o efeito suspensivo
(ope iudicis) fazer o requerimento e fundamentar e
garantir o juízo.
EMBARGOS A EXECUÇÃO
15 dias a partir da Citação
Por meio de Petição
1. Quem opõe é o executado (devedor)
2. É distribuído por dependência
3. Juiz convoca o embargado em 15 dias
4. Instrução probatória
5. Sentença
NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO AUTOMÁTICO
 Para dois executados não conto prazo em dobro
Impugnação ao cumprimento Embargos à Execução
de Sentença
Mecanismo de resistência utilizado Mecanismo de resistência utilizado
pelo executado no cumprimento de pelo executado na execução
sentença (título executivo judicial) autônoma.
Prazo de 15 dias depois de Prazo de 15 dias a contar da
transcorrido o prazo de 15 dias juntada do mandado de citação
para o cumprimento voluntário da cumprido
obrigação.
Admite a dobra do prazo. NÃO admite a dobra do prazo.
Cognição horizontal restrita em Cognição horizontal ampla,
virtude de pré-existência de uma primeira vez que o demandado se
fase cognitiva. manifesta no processo.
Regra geral, a decisão que julga a Regra geral, a decisão que julga os
impugnação é interlocutória, é embargos à execução é a sentença
recorrível por agravo de recorrível da apelação.
instrumento.
Não possui efeito suspensivo oper Não possui efeito suspensivo oper
legis(automático), mas poderá ter legis(automático), mas poderá ter
efeito suspensivo oper judicis, efeito suspensivo oper judicis,
desde que: desde que:
- Pedido expresso - Pedido expresso
- Fundamentação relevante e - Demonstrar os requisitos
demonstração que o para a concessão da tutela
prosseguimento da execução provisória
pode causar ao executado - Garantir o juízo com
grave dano de difícil penhora, caução ou depósito.
reparação
- Garantir o juízo com
penhora, caução ou depósito.
Natureza jurídica: incidente do Natureza jurídica: o processo
processo. incidente.

Cumprimento de Sentença invertido


- Quando o devedor entra com o cumprimento de
sentença.
- O valor que falta vai ser cobrado multa e
honorários advocatícios.
Cumprimento provisório:
Se desenvolve como o cumprimento definitivo, só que
antes do trânsito em julgado.
Cumprimento provisório de sentença (obrigação
pecuniária):
1. Sentença condenatória - Título Executivo judicial
2. Recurso de Apelação SEM efeito suspensivo
3. Petição de cumprimento provisório de sentença
4. Intimação do executado para o cumprimento da
obrigação ou impugnação.
5. Se ele não paga multa de 10% e honorários de
10%, NÃO cabe protesto.
6. O executado pode suspender a multa se depositar
o valor todo do processo.
7. Execução forçada: a) Penhora b) Avaliação c)
Depósito
8. CAUÇÃO do Exequente
9. Fase expropriatória
10. Recurso não acolhido: conversão de execução
provisória em definitiva
DISPENSA DE CAUÇÃO
 Quem promove execução provisório tem
responsabilidade objetiva se causar danos
responde independente de culpa ou dolo.
Art. 521. A caução poderá ser dispensada nos casos em que:

I - o crédito for de natureza alimentar, independentemente de sua origem;

II - o credor demonstrar situação de necessidade;

III – pender o agravo do art. 1.042;

IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em consonância com súmula da


jurisprudência do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em
conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos repetitivos.

Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa resultar
manifesto risco de grave dano de difícil ou incerta reparação.

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA - EXECUÇÃO DE


ALIMENTOS
- Título executivo judicial
1. Requerimento
2. Juiz intima o executado para efetuar o pagamento
ou impugnar
3. Se não paga multa 10%, honorário 10% e
protesto.
4. Penhora – 833 CPC, §2° (Caderneta de poupança
até 40 sm, salário do devedor, único imóvel do
devedor)
5. Fase expropriatória (desconto na folha de
pagamento do executado)
RITO DA COERÇÃO PESSOAL - Prisão
1. Requerimento do exequente
2. Intimado pessoalmente para pagar em 3 dias,
provar que já pagou ou justificar a impossibilidade
de pagar.
3. Protesto do título por determinação judicial, Prisão
civil de 1-3 meses, regime fechado e separação
dos presos comuns.
4. Transcorrido o prazo de prisão o executado é solto,
mas continua devendo, porque a prisão não quita
a dívida.
ALIMENTOS INDENIZATIVOS OU RESSARCITÓRIOS
 Decorre da responsabilidade Civil
1. Ação de indenização - Alimentos indenizativos
(Não cabe prisão civil)
2. Sentença (posso pedir bloqueio patrimonial,
desconto na folha de pagamento, pagamento seja
feito de uma só vez)
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA ENVOLVENDO
OBRIGAÇÃO PECUNIÁRIA EM FACE DA FAZENDA
PÚBLICA
1. Sentença cível indenizatória (obrigação pecuniária)
- Executada: Fazenda pública (lembrar do 496)
2. Requerimento de cumprimento de sentença nos
mesmos autos - Indenização da Fazenda pública
(não incide multa de 10%, nem protesto)
3. Impugnação: 30 dias, não apresentação ou
impugnação.
 Pagamento mediante precatórios ou RPV
(requisição de pequeno valor)
 O advogado pode receber a parte dele separado?
Sim
Precatórios:
Fila normal
Fila especial: alimentos e honorários
RPV:
Crédito federal - até 60 salários mínimos
Crédito estadual - até 40 salários mínimos
Municipal - até 20 salários mínimos
DF – 10 salários mínimos
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA, ENVOLVENDO
OBRIGAÇÃO DE FAZER, NÃO FAZER E DE ENTREGAR
COISA
Obrigação de fazer/não fazer
Obrigação de entregar coisa
 Tutela específica da obrigação - obter o resultado
prático equivalente
 Medidas executivos por sub-rogação
(substituição): penhora, expropriação na obrigação
pecuniária, busca e apreensão de for bem móvel,
imissão na posse se for imóvel, contratação de um
terceiro para fazer, exceto obrigação
personalíssima.
 Medidas coercitivas indiretas: pressão no devedor
para que ele cumpra.
Encorajadoras: que estimulam o cumprimento da
obrigação. Ex. Mimo para o devedor.
Desencorajadoras típicas: piora a situação. Ex. Prisão
civil, multa diária.
Desencorajadoras atípicas: não está previsto
expressamente. Ex. Confiscar CNH, passaporte.
EXECUÇÃO AUTÔNOMA DE TÍTULO EXECUTIVO
EXTRAJUDICIAL
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:

I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque;

II - a escritura pública ou outro documento público assinado pelo devedor;

III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;

IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério Público, pela Defensoria


Pública, pela Advocacia Pública, pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou
mediador credenciado por tribunal;

V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou outro direito real de garantia e
aquele garantido por caução;

VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;

VII - o crédito decorrente de foro e laudêmio;

VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como


de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;

IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios, correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;

X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou extraordinárias de condomínio edilício,


previstas na respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que
documentalmente comprovadas;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro relativa a valores de
emolumentos e demais despesas devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas
estabelecidas em lei;

XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir força
executiva.

§ 1º A propositura de qualquer ação relativa a débito constante de título executivo não inibe
o credor de promover-lhe a execução.

§ 2º Os títulos executivos extrajudiciais oriundos de país estrangeiro não dependem de


homologação para serem executados.

§ 3º O título estrangeiro só terá eficácia executiva quando satisfeitos os requisitos de


formação exigidos pela lei do lugar de sua celebração e quando o Brasil for indicado como o
lugar de cumprimento da obrigação.

Art. 785. A existência de título executivo extrajudicial não impede a parte de optar pelo
processo de conhecimento, a fim de obter título executivo judicial.

ACORDO EXTRAJUDICIAL
1. Inadimplemento
2. Petição Inicial de execução autônoma
3. Posso pedir a Certidão de Execução
4. Juiz faz o juízo de admissibilidade e fixa Honorários
de 10%
5. Citação do executado:
 Pagamento em 3 dias - Sanção premial
 Parcelamento ou moratória legal (30%+6x)
 Embargos à execução
6. Se eu não pago haverá penhora/avaliação/depósito
Certidão de Execução: posso averbar onde o executado
tem bens ex. RI, Detran. evitando fraude contra a
execução, devendo ser informado ao juiz as averbações, é
uma forma de garantir uma futura penhora. O juiz poderá
cancelar as averbações entendidas excessivas.
Atos atentatórios a dignidade da justiça:
 Fraude a execução
 Devedor se opõe a execução
 Dificulta a penhora
 Resiste as ordens judiciais
 Devedor não indica ao juiz quais são e onde estão
seus bens
Consequência: punição pecuniária ($), o juiz fixará multa,
de até 20%.

Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: Rol


exemplificativo

I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no
respectivo registro público, se houver;

II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de


execução, na forma do art. 828;

III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato
de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;

IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor


ação capaz de reduzi-lo à insolvência;

V - nos demais casos expressos em lei.


§ 1º A alienação em fraude à execução é ineficaz em relação ao exequente.

§ 2º No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de
provar que adotou as cautelas necessárias para a aquisição, mediante a exibição das certidões
pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.
§ 3º Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a fraude à execução verifica-se a
partir da citação da parte cuja personalidade se pretende desconsiderar.

§ 4º Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se
quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.

PROCEDIMENTO EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO


EXTRAJUDICIAL (OBRIGAÇÃO DE PAGAR QUANTIA CERTA)
1. Petição Inicial
2. Intimação de terceiros atingidos pela cosntrição
patrimonial (duas intimações)
3. Emenda a PI – 15 dias
4. Honorários Advocatícios de 10% (até 20%)
5. Citação do Executado
Art. 782. Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos,
e o oficial de justiça os cumprirá.

§ 1º O oficial de justiça poderá cumprir os atos executivos determinados pelo juiz


também nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na
mesma região metropolitana.

POSSIBILIDADES PARA O EXECUTADO


Pagamento integral – extingue a execução
Sanção premial – pagamento até 3° dia reduz verba
advocatícia pela metade
Pagamento parcial - execução forçada prossegue pelo
valor remanescente
Parcelamento ou moratória legal – 30% + 6 x,
mediante petição e guia de pagamento de 30%.
O não pagamento das prestações, acarreta em multa de
10%.
Quem opta pelo parcelamento abre mão dos Embargos à
execução.
 Não se aplica ao cumprimento de sentença
Embargos à execução (15 dias) - regra geral, a contar
da juntada de mandado de citação cumprido.
ARRESTO EXECUTIVO
 Se o oficial de justiça não encontrar o executado,
arrastar-lhe bens que bastem para garantir a
execução.
ARRESTO ON LINE OU ELETRONICO
Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação
financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato
ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema
eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional,
que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado,
limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.

§ 1º No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o


juiz determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o
que deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo.

§ 2º Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será


intimado na pessoa de seu advogado ou, não o tendo, pessoalmente.

§ 3º Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que:

I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis;

II - ainda remanesce indisponibilidade excessiva de ativos financeiros.

§ 4º Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3º, o juiz


determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade irregular ou
excessiva, a ser cumprido pela instituição financeira em 24 (vinte e quatro)
horas.

PENHORA
Art. 833. São impenhoráveis: (MUITO IMPORTANTE)

I - os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à


execução; (cláusula de inalienabilidade)

II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a


residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as
necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
(obedecer ao princípio da utilidade da execução) (alguns bens não podem ser
impenhoráveis pelo princípio da menor onerosidade ao devedor, dignidade da
pessoa humana e mínimo existencial)

III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado,


salvo se de elevado valor;

IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os


proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem
como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao
sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e
os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º; (exceção: alimentos)
(outro exemplo: aluguel)

V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou


outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;

VI - o seguro de vida;

VII - os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas


forem penhoradas;

VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada
pela família;

IX - os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação


compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40


(quarenta) salários-mínimos;

XI - os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político,


nos termos da lei;

XII - os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime


de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao


próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição. (ex. IPTU,
financiamento imobiliário, taxa condominial)
§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de
penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de
sua origem, bem como às importâncias excedentes a 50 (cinquenta)
salários-mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art.
528, § 8º, e no art. 529. (MUITO IMPORTANTE) (alimentos de família e
alimentos indenizativos) (se ganho + de 50 mil pode ser utilizado para o
pagamento de qualquer dívida)

Exceções:
Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil,
fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:

II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à


aquisição do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do
respectivo contrato;

III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do


seu coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal,
observadas as hipóteses em que ambos responderão pela dívida; (resguardar a
meação dela, pelo valor de avaliação)

IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas


em função do imóvel familiar;

V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo
casal ou pela entidade familiar;

VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença
penal condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.

VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação. (fiador)


VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.

Ordem preferencial de penhora:


Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:

I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição


financeira;

II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com


cotação em mercado;

III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;


IV - veículos de via terrestre;

V - bens imóveis;

VI - bens móveis em geral;

VII - semoventes;

VIII - navios e aeronaves;

IX - ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

X - percentual do faturamento de empresa devedora;

XI - pedras e metais preciosos;

XII - direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de


alienação fiduciária em garantia;

XIII - outros direitos.

§ 1º É prioritária a penhora em dinheiro, podendo o juiz, nas demais


hipóteses, alterar a ordem prevista no caput de acordo com as circunstâncias
do caso concreto.

§ 2º Para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança


bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do
débito constante da inicial, acrescido de trinta por cento.

§ 3º Na execução de crédito com garantia real, a penhora recairá sobre a


coisa dada em garantia, e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este
também será intimado da penhora.

Espécies de penhora:
 Penhora de créditos
 Penhora das quotas ou das Ações de sociedades personificadas
 Penhora de empresa, de outros estabelecimentos e de
semoventes
 Penhora de percentual de faturamento da empresa
 Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel

Avaliação dos bens:


 Será feita pelo oficial de justiça
Art. 871. Não se procederá à avaliação quando:
I - uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra;

II - se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, comprovada


por certidão ou publicação no órgão oficial;

III - se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito


negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, comprovada por
certidão ou publicação no órgão oficial;

IV - se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado


possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de
anúncios de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem
fizer a nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipótese do inciso I deste artigo, a avaliação poderá ser
realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem.

Art. 873. É admitida nova avaliação quando:

I - qualquer das partes arguir, fundamentadamente, a ocorrência de erro na avaliação ou


dolo do avaliador;

II - se verificar, posteriormente à avaliação, que houve majoração ou diminuição no valor


do bem;

III - o juiz tiver fundada dúvida sobre o valor atribuído ao bem na primeira avaliação.

Parágrafo único. Aplica-se o art. 480 à nova avaliação prevista no inciso III do caput
deste artigo.

FASE EXPROPRIATÓRIA
1. ADJUCAÇÃO - Forma preferencial - (tomar a
coisa pra si/ficar com a coisa)
 Bem paga toda a dívida - extingue-se a execução
 Bem paga só uma parcela da dívida - execução
segue pelo remanescente
 Bem paga só uma parcela da dívida - credor pode
depositar a diferença em juízo
Quem pode adjudicar? 876 e 889 CPC
2. ALIENAÇÃO
A) Por iniciativa particular (Respeitar o valor da avaliação)
- Corretor
B) Por hasta pública - LEILÃO JUDICIAL – Leiloeiro
público:
B1 - Leilão eletrônico (preferencialmente)
B2 - Leilão presencial
Edital – 886
Preço vil - não poderá ser leiloado o bem por preço vil, não
poderá ser leiloado por menos de 50% do valor da
avaliação.
Quem pode ser arrematante?
Art. 890. Pode oferecer lance quem estiver na livre administração de seus bens, com
exceção:

I - dos tutores, dos curadores, dos testamenteiros, dos administradores ou dos


liquidantes, quanto aos bens confiados à sua guarda e à sua responsabilidade;

II - dos mandatários, quanto aos bens de cuja administração ou alienação estejam


encarregados;

III - do juiz, do membro do Ministério Público e da Defensoria Pública, do escrivão, do


chefe de secretaria e dos demais servidores e auxiliares da justiça, em relação aos bens
e direitos objeto de alienação na localidade onde servirem ou a que se estender a sua
autoridade;

IV - dos servidores públicos em geral, quanto aos bens ou aos direitos da pessoa
jurídica a que servirem ou que estejam sob sua administração direta ou indireta;

V - dos leiloeiros e seus prepostos, quanto aos bens de cuja venda estejam
encarregados;

VI - dos advogados de qualquer das partes.

Vícios na arrematação?
Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo
arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e
irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado
ou a ação autônoma de que trata o § 4º deste artigo, assegurada a possibilidade de
reparação pelos prejuízos sofridos.

§ 1º Ressalvadas outras situações previstas neste Código, a arrematação poderá, no


entanto, ser:
I - invalidada, quando realizada por preço vil ou com outro vício;

II - considerada ineficaz, se não observado o disposto no art. 804;

III - resolvida, se não for pago o preço ou se não for prestada a caução.

§ 2º O juiz decidirá acerca das situações referidas no § 1º, se for provocado em até 10
(dez) dias após o aperfeiçoamento da arrematação.

§ 3º Passado o prazo previsto no § 2º sem que tenha havido alegação de qualquer das
situações previstas no § 1º, será expedida a carta de arrematação e, conforme o caso, a
ordem de entrega ou mandado de imissão na posse.

§ 4º Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a invalidação


da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo processo o
arrematante figurará como litisconsorte necessário.

§ 5º O arrematante poderá desistir da arrematação, sendo-lhe imediatamente devolvido


o depósito que tiver feito:

I - se provar, nos 10 (dez) dias seguintes, a existência de ônus real ou gravame não
mencionado no edital;

II - se, antes de expedida a carta de arrematação ou a ordem de entrega, o executado


alegar alguma das situações previstas no § 1º ;

III - uma vez citado para responder a ação autônoma de que trata o § 4º deste artigo,
desde que apresente a desistência no prazo de que dispõe para responder a essa ação.

§ 6º Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de vício


com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante ser
condenado, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de
multa, a ser fixada pelo juiz e devida ao exequente, em montante não superior a vinte
por cento do valor atualizado do bem.

Suspensão do processo de execução e prescrição


intercorrente
Vícios na arrematação?
Art. 921. Suspende-se a execução:

I - nas hipóteses dos arts. 313 e 315, no que couber;

II - no todo ou em parte, quando recebidos com efeito suspensivo os embargos à


execução;

III - quando não for localizado o executado ou bens penhoráveis;


IV - se a alienação dos bens penhorados não se realizar por falta de licitantes e o
exequente, em 15 (quinze) dias, não requerer a adjudicação nem indicar outros bens
penhoráveis;

V - quando concedido o parcelamento de que trata o art. 916 .

§ 1º Na hipótese do inciso III, o juiz suspenderá a execução pelo prazo de 1 (um) ano,
durante o qual se suspenderá a prescrição.

§ 2º Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano sem que seja localizado o executado ou
que sejam encontrados bens penhoráveis, o juiz ordenará o arquivamento dos autos.

§ 3º Os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer


tempo forem encontrados bens penhoráveis.

§ 4º O termo inicial da prescrição no curso do processo será a ciência da primeira


tentativa infrutífera de localização do devedor ou de bens penhoráveis, e será suspensa,
por uma única vez, pelo prazo máximo previsto no § 1º deste artigo.

§ 4º-A A efetiva citação, intimação do devedor ou constrição de bens penhoráveis


interrompe o prazo de prescrição, que não corre pelo tempo necessário à citação e à
intimação do devedor, bem como para as formalidades da constrição patrimonial, se
necessária, desde que o credor cumpra os prazos previstos na lei processual ou fixados
pelo juiz.

§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício,


reconhecer a prescrição no curso do processo e extingui-lo, sem ônus para as partes.

§ 6º A alegação de nulidade quanto ao procedimento previsto neste artigo somente


será conhecida caso demonstrada a ocorrência de efetivo prejuízo, que será presumido
apenas em caso de inexistência da intimação de que trata o § 4º deste artigo.

§ 7º Aplica-se o disposto neste artigo ao cumprimento de sentença de que trata o art.


523 deste Código.

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