O documento discute os direitos e responsabilidades dos serviços notariais e de registro no Brasil. Apresenta as leis que regulamentam a atividade destes serviços e define os papéis dos tabeliães, notários e registradores. Também explica os princípios e procedimentos dos registros civis de pessoas naturais, como nascimentos e casamentos.
O documento discute os direitos e responsabilidades dos serviços notariais e de registro no Brasil. Apresenta as leis que regulamentam a atividade destes serviços e define os papéis dos tabeliães, notários e registradores. Também explica os princípios e procedimentos dos registros civis de pessoas naturais, como nascimentos e casamentos.
O documento discute os direitos e responsabilidades dos serviços notariais e de registro no Brasil. Apresenta as leis que regulamentam a atividade destes serviços e define os papéis dos tabeliães, notários e registradores. Também explica os princípios e procedimentos dos registros civis de pessoas naturais, como nascimentos e casamentos.
se sabe é que é uma atividade pública com remuneração privada, pagamento por emolumentos. LEI 8.935/94 - Trata da regularização e organização da atividade notarial, conhecida como “Lei dos Cartórios”. Art. 5º Os titulares de serviços notariais e de registro são os: I - Tabeliães de notas; II - Tabeliães e oficiais de registro de contratos marítimos; III - tabeliães de protesto de títulos; IV - Oficiais de registro de imóveis; V - Oficiais de registro de títulos e documentos e civis das pessoas jurídicas; VI - Oficiais de registro civis das pessoas naturais e de interdições e tutelas; VII - oficiais de registro de distribuição. Responsabilidade Civil do Notário e Registrador: Os cartórios não possuem personalidade jurídica, quem está vinculado é a pessoa do tabelião. Responsabilidade civil SUBJETIVA e SUBSIDIÁRIA. (comprovar dolo ou culpa) RE 842. 846: O Estado responde de maneira objetiva, o particular entra contra o Estado, e o Estado entra com ação de regresso contra o delegatário. Aplica-se o CDC nas ações de indenização? “o código de defesa do consumidor aplica-se à atividade notarial” A REMUNERAÇÃO: EMOLUMENTOS Taxas de utilização dos serviços notarias. (Facultatividade) Taxas - é um valor padrão. “Art. 28. Os notários e oficiais de registro gozam de independência no exercício de suas atribuições, têm direito à percepção dos emolumentos integrais pelos atos praticados na serventia e só perderão a delegação nas hipóteses previstas em lei.” DISCIPLINA LEGISLATIVA Constituição Federal Lei 8.935/94 - Lei orgânica dos notários e registradores Lei 6.015/73 - Lei dos Registros públicos Notário, Registrador e Tabelião - Qual a diferença? - São duas funções distintas que se complementam, mas não se confundem. Tabelião: recebe manifestações de vontade e concede a elas a formalização adequada. Atua provocado pela vontade de alguém, quando lavra uma escritura, reconhece uma firma e atua em um tabelionato específico. Obs. Ata notarial – comprova a existência de um fato com o “testemunho formal” do tabelião. Notário: aquele que atua em um tabelionato praticando por ordem de um tabelião atos notariais. Todo tabelião é um notário, mas nem todo notário é tabelião. Ex. Escreventes. Existem atos privativos do Tabelião. Ex. Testamento. Para tais atos há em toda serventia um substituto do tabelião, a quem é permitido atuar na ausência do tabelião, ou nos atos que este estiver impedido. Registrador: é aquele que lança/assenta nos livros os títulos privados ou públicos, adequadamente lavrados em sede notarial para catalogá-los nos livros registrais próprios. ATRIBUTOS DA ATIVIDADE NOTARIAL E REGISTRAL Art. 1º Serviços notariais e de registro são os de organização técnica e administrativa destinados a garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos. AUTENTICIDADE: o ato deve ser praticado por um delegatário regulamente investido, dotado de fé pública. (pressupõe a boa-fé) Presume-se boa-fé em relação a formalização dos atos e não ao conteúdo. SEGURANÇA: os notários e registradores atuam, em quase todos os atos de forma vinculada, e não discricionária, A lei rege ponto por ponto todos os requisitos dos atos notariais e registrais. Ex. Certidão de nascimento segue um modelo atualmente produzido pelo CNJ. GARANTIA: ora se eu tenho um ato que é autêntico emanado de agente público que representa o estado que lavra o ato seguindo rigorosamente os preceitos legais que regulam sua atuação presume-se válido e verdadeiro. EFICÁCIA: É aptidão que um ato tem para produzir seus efeitos. Os atos registrais tem 5 tipos de eficácia. 1. Eficácia constitutiva: elemento criador de direito. Ex. Registro de propriedade imobiliária, registro de pessoa jurídica. 2. Eficácia modificativa: quando um ato registral opera mudança na natureza de um direito existente. Ex. Condomínio edilício. 3. Eficácia extintiva: quando o registro serve para extinguir direito existente. Ex. Renúncia de direito de propriedade. 4. Eficácia de perpetuidade: quando o registro serve para que um documento não se perca com o tempo, ele fica transcrito em um ato registral. PUBLICIDADE: É dela que decorre a chamada oponibilidade erga omnes, é inerente ao ato registral. Sistema de transcrição: vigorou até a lei de registros públicos (73) tinha que transcrever para o livro registral todo o conteúdo do instrumento público ou particular apresentado. Sistema de inscrição: a partir de 73, um registro por extrato, resumido, deve-se buscar no título os elementos essenciais indicados pela lei e transportar apenas esses elementos para o livro registral Obs. No registro de títulos e documentos, há uma faculdade instituída pela lei, pode o registrador optar por um sistema ou outro. PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DOS REGISTROS PÚBLICOS Princípio da Instância: O registrador, como regra, não deve praticar atos de ofício, deve sempre ser provocado pelo particular. Exceções: Abertura de matrícula imobiliária Princípio da impessoalidade: o registrador não pode atuar de forma parcial para proteger o interesse de uma das partes, deve limitar-se a recepção da vontade e confecção do título e ao registro do mesmo. Ex. Impedimentos e incompatibilidade. Princípio da territorialidade: A delegação do oficial de registro foi municipalizada, ou seja, quando o tabelião presta concurso recebe uma delegação para atuar no município. Obs. Tabelião não tem comarca. Territorialidade ampla: O tabelião, o oficial do RCPJ, oficial do RTD e os tabeliães de protestos podem atuar de forma livre dentro do município para o qual recebeu a delegação Territorialidade restrita: Os oficiais do RI e do RCPN apesar de receberem delegação para atuar em um município a atuação deles é restrita a uma determinada CIRCUNSCRIÇÃO. Princípio da cindibilidade: um determinado título pode apresentar variados negócios jurídicos que nem sempre serão direcionados ao mesmo serviço registral Princípio da legalidade: atos vinculados, tem que se pautar na lei Princípio da especialidade: o notário deve especificar tudo o que faz, para que não exista confusão. Princípio da fé pública registral: os notários e registradores presentam o estado, logo seus atos gozam presunção de veracidade. Princípio da não sucedaneidade dos órgãos registrais: cada serviço registral tem uma atribuição específica, de modo que um órgão registral não pode substituir o outro e em suas atribuições. - Não vamos confundir substituição de atribuição com cumulação. REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS Primeiro ato: Nascimento: nasceu uma criança os pais tem 15 dias para registra-la no local de domicílio dos pais, ou no local de nascimento da criança. Admite-se o prazo de 3 meses quando a residência dos pais forma mais de 30 km do cartório. Índio: o registro poderá ser feito em livro da repartição federal encarregada da sua proteção Obs. Não é mais exigida a intervenção judicial para o caso do registro fora do prazo de crianças acima de 12 anos, somente se o oficial desconfiar das informações prestadas. Os legitimados para promover de nascimento são preferencialmente os pais, e subsidiariamente o parente mais próximo - não mais o pai, o pai e a mãe No caso de impedimento de um dos pais, outro terá o prazo prorrogado de 45 dias. Obs. O registro de filhos é ato personalíssimo, então não é exigida capacidade civil plena destes, somente do parente mais próximo (tem que ter capacidade civil). Na falta de um parente os administradores de hospitais, médicos ou parteiras que estão assistindo o parto podem fazer o registro. Pessoa idônea da casa em que ocorrer, sendo fora da residência da mãe. As pessoas encarregadas da guarda do menor. - Menor em situação irregular Abandono de menor pós parto: não se tem identificação dos pais, a criança normalmente é encaminhada ao hospital, e posteriormente o juízo da vara da infância e da juventude e encaminha o ofício determinando a realização do registro do exposto. - Até que ocorra a adoção, quando não haverá alteração registral. Nome civil: Prenome (escolha dos pais) + Patronímico (sobrenome, apelidos de família) Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis a expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não conformarem com a recusa, este submeterá o caso ao juiz. O interessado, no primeiro ano após ter atingido a maioridade poderá pessoalmente ou por procurador, alterar o nome, desde que não prejudique os apelidos da família, averbando-se a alteração que será publicada pela imprensa. A lei permite a inserção em seu nome civil do nome comercial, aquele utilizado profissionalmente. Ex. Pelé, Xuxa, Lula. O nome civil na União estável: o companheiro pode incluir no seu nome civil o nome de família do outro o mesmo nome é dado ao enteado. Igualdade entre os filhos. Em caso de divórcio os cônjuges podem optar por seguir com o nome de casado os voltar a utilizar o nome anteriormente utilizado. A alteração de nome em cirurgia de transgenitalização - Atualmente o entendimento jurisprudencial é pela possibilidade de alteração mesmo sem cirurgia. Segundo ato: Casamento civil: foi definitivamente afastado pela jurisprudência o requisito da distinção sexual, foi também superado a ideia de que o casamento é um contrato, é um ato jurídico bilateral. (é fonte de deveres e não de obrigação) Habilitação: procedimento preliminar (em regra), que se processa no RCPN do domicílio de qualquer dos interessados, para verificar a inexistência de impedimentos, uma vez comprovada a idade núbil (16 anos). Uma vez constatado que os nubentes estão aptos ao casamento, o oficial de registro vai publicar os “proclamas”, que são editais afixados nas dependências cartorárias de ambos os nubentes, além de publicação na imprensa oficial, para que terceiros possam oferecer impugnação. LIVROS D – LIVRO DE REGISTRO DE PROCLAMAS - específico para esse fim. Passado o prazo para o procedimento precisar passar pelo MP. (no RJ não precisa passar pelo MP) Expedida a habilitação os nubentes te 90 dias para casar: A partir daí os nubentes tem 3 opções: 1) Celebrar o casamento civil perante o próprio serviço registral que realizou a habilitação. 2) Celebrar o assamento civil em outra circunscrição em qualquer município no Brasil, ou até mesmo em qualquer repartição consular - será registrado o casamento civil no local da CELEBRAÇÃO e não no local da habilitação. 3) Celebrar o casamento religioso que como já está precedido de habilitação, poderá ser posteriormente registrado. Os efeitos retroagem a data do ato. O casamento é um ato Solene e formal: primeiro acontece o ritual e depois se procede o registro. É o ritual que faz os nubentes casados e não o registro. A celebração pode ocorrer dentro do serviço registral ou em qualquer outro lugar. Só precisa observar as regras. 1) O local escolhido, seja qual ele for, durante o momento da celebração, deve permanecer de portas abertas. 2) Se, até de brincadeira, um dos nubentes no momento da aceitação disser NÃO, mesmo que se retrate no momento seguinte, o oficial deve encerrar a celebração. 3) Se no momento da celebração alguém apresentar um impedimento, o celebrante terá que emitir um juízo de valor. Se considerar que a intenção é apenas tumulto deve consignar isso e dar sequência, mas se entender que é sério deve suspender a celebração. 4) A autoridade natural para promover o casamento é o juiz de paz. II - Justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. - Profissionais que compõe o poder judiciário - a norma constitucional é pouco seguida.
5) Casamento por procuração, sempre por instrumento
público. 6) Se o casamento se der na mesma circunscrição onde aconteceu a habilitação, o oficial vai registra-lo no livro B e emitir certidão, depois vai anotar na habilitação e realização do casamento. Se o casamento acontecer em outra circunscrição, o oficial do local do casamento deve encaminhar uma “carta protocolo” para o serviço registral onde foi feita a habilitação. 7) Se os nubentes forem solteiros, o oficial também deve encaminhar ao RCPN onde está registrado o nascimento de ambos para que seja feita a anotação de casamento – evitar a bigamia. Casamento religioso com efeitos civis: pode ser precedido de habilitação ou não. Casamento nuncupativo: Um dos contraentes está em iminente risco de morte, não tem celebrante, seis testemunhas sem vínculo de parentesco (até o terceiro grau) com os nubentes, habilitação judicial. Terceiro ato: Óbito: Vale antes de tudo lembrar que óbito é diferente de morte (morte civil, presunção de morte) Só há duas possibilidades para se proceder um registro de óbito: 1) Quando há corpo (ou parte dele), desde que devidamente identificado. 2) Morte presumida. O art. 77 da lei 6.015/71- nenhum sepultamento será realizado sem apresentação da competente certidão de óbito extraída do registro que deve ser lavrada a vista do competente atestado médico. Lei 8.501/92, prevê a possibilidade de os estabelecimentos médicos no caso de mortes não violentas de indigentes, encaminharem os cadáveres para as faculdades de medicina. Art. 79 da lei 6.015/73: Quem tem legitimidade para a declaração de óbito. Como o óbito interessa muito mais ao estado do que ao indivíduo, a lei é bastante abrangente em relação a quem pode declarar o óbito. Art. 80 da lei 6.015/73 - Requisitos para a certidão de óbito. 1) A hora, se possível, dia, mês e ano de falecimento 2) Lugar do falecimento, com indicação precisa 3) O prenome, nome, sexo, idade, cor, estado, profissão, naturalidade, domicílio e residência do morto. 4) Se era casado, o nome do cônjuge sobrevivente, mesmo quando desquitado, se viúvo, o do cônjuge pré-defunto, e o cartório de casamento de ambos os casos. 5) Os nomes, prenomes, profissão, naturalidade e residência dos pais. 6) Se faleceu com testamento conhecido 7) Se deixou filhos, nome e idade de cada um 8) Se a morte foi natural ou violenta e a causa conhecida, com o nome dos atestantes 9) Lugar do sepultamento 10) Se deixou bens e herdeiros menores ou interditos 11) Se era eleitor 12) Outras informações relativas aos números de inscrições. Ex. PIS/PASEP, INSS O oficial de registro comunicará o óbito à Receita Federal e secretaria de Segurança Pública da unidade da federação que tenha emitido a cédula de identidade, exceto se, em razão da idade do falecido essa informação for manifestamente desnecessária. EMACIPANPAÇÃO Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I – pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II – pelo casamento; III – pelo exercício de emprego público efetivo; IV – pela colação de grau em curso de ensino superior; V – pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.”
Tem como se emancipar por meio de instrumento público
em cartório. Registro Civil de Pessoas Naturais, o próprio tem eficácia CONSTITUTIVA. O ato do registro antecipa a capacidade civil é a exceção da eficácia meramente declaratória. INTERDIÇÃO Tem natureza meramente declaratória A interdição é feita por sentença judicial O curador tem 8 dias para registrar no RCPN a Sentença de interdição AUSÊNCIA Serve somente para um regime especial de administração dos bens da pessoa que desapareceu Não altera a capacidade do indivíduo Mediante Sentença abre o registro de ausência, é chamado de Curatela dos bens do desaparecido. É aberta a sucessão provisória que vai ser averbada no registro de ausência quando a pessoa não aparece OPÇÃO DE NACIONALIDADE Pais que estão a serviço e tem filho no exterior: são brasileiros natos Pais que não estão a serviço: podem registrar no consulado, também são brasileiros natos Quando tenho filho de brasileiro, os pais NÃO estão a serviço e essa criança não foi registrada no consulado: quando ela vem ao Brasil ela tem a OPÇÃO da cidadania brasileira, ela vai procurar a justiça federal de seu domicílio e se manifestar optando pela nacionalidade brasileira. O juiz prolata a sentença e essa sentença vai ser levado ao RCPN para registro no livro- E. Livro a nascimento Livro b casamento Livro b auxiliar casamento religioso com efeitos civis Livro c óbitos Livro c auxiliar natimortos Livro d registro de proclamas-habilitações Livro e demais atos ao estado civil (união estável) REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS A regra é a natureza constitutiva Concede as pessoas jurídicas a personalidade jurídica Quem registra no RCPJ? - Sociedades civis, salvo as anônimas - As associações - As fundações (direito privado) - Organizações religiosas - Partidos políticos Quem registra na Junta? - S.A - Cooperativa Sociedades de advogados são registradas na OAB No RCPJ efetuado o registro no prazo ele retroage a data da assinatura do título pelas partes. Caso registrados os estatutos e contratos no prazo de 30 dias, a contar da assinatura, tem eficácia retroativa a data da assinatura. Existem algumas pessoas jurídicas que precisam de autorização ou aprovação governamental para se constituir. (é um requisito registral) Autorização: juízo de conveniência e oportunidade (discricionariedade). Ex. Bancos e instituições financeiras. Aprovação: Ato vinculado, uma vez cumprido os requisitos o Estado não pode negar autorização. A lei prevê que a sociedade precisa de autorização prévia para ser procedido o Registro. Exceção: Partidos Políticos (eles devem primeiro adquirir existência na forma da lei civil, para DEPOIS buscarem a aprovação junto ao TSE.) DECAI em três anos o direito de anular a constituição das pessoas jurídicas de direito privado, contados da data do registro. Em casos de fraude, a anulação poderá se dar a qualquer tempo. Precisa registar as filiais? PRECISAM, de um novo registro, a cada filial em um novo município, vai ser um registro duplo. Vai ser necessário o registro no RCPJ do município que registrou primeiro, e no RCPJ do município da filial. O RCPJ, não tem atuação vinculada à divisão de zona e circunscrição, pode registrar pessoa jurídica de qualquer lugar do município. Matrícula: tipo específico de jornais, revistas, programas de rádio. (isso vigorou até 4 anos atrás, o STF declarou a inconstitucionalidade) Livro A: para registro de contratos sociais e estatutos Livro B: Registro das Antigas matrículas de veículos de imprensa. REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS Atos sujeitos ao registro no RTD: Dar publicidade, oponibilidade erga ominis 1º) os contratos de locação de bens imóveis, ressalvados aqueles de competência do registro de imóveis para averbação da cláusula de vigência e para efeito do direito de preferência no caso de alienação do imóvel locado, nos termos do disposto nos art. 8º e art. 33 da Lei nº 8.245, de 18 de outubro de 1991, respectivamente para registro da cláusula de vigência e de preferência no caso de alienação do imóvel locado; 3º) as cartas de fiança, em geral, feitas por instrumento particular, seja qual for a natureza do compromisso por elas abonado; 4º) os contratos de locação de serviços não atribuídos a outras repartições; 5º) os contratos de compra e venda em prestações, com reserva de domínio ou não, qualquer que seja a forma de que se revistam, e os contratos de alienação ou de promessas de venda referentes a bens móveis; (exclusivo para bens móveis) 6º) todos os documentos de procedência estrangeira, acompanhados das respectivas traduções, para produzirem efeitos em repartições da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios ou em qualquer instância, juízo ou tribunal; (exceção, se foi registrado no consulado do local onde o documento foi produzido) 7º) as quitações, recibos e contratos de compra e venda de automóveis, bem como o penhor destes, qualquer que seja a forma que revistam; (muita gente não cumpre, mas em regra os contratos de compra e venda do Detran devem ser registrados) 8º) os atos administrativos expedidos para cumprimento de decisões judiciais, sem trânsito em julgado, pelas quais for determinada a entrega, pelas alfândegas e mesas de renda, de bens e mercadorias procedentes do exterior. (não tem mais aplicabilidade) 9º) os instrumentos de sub-rogação e de dação em pagamento; 10º) a cessão de direitos e de créditos, a reserva de domínio, o arrendamento mercantil de bens móveis e a alienação fiduciária de bens móveis; e (cessão de direito hereditário não é registrado no RI, apesar de ser bem imóvel, o registro é no RTD) 11º) as constrições judiciais ou administrativas sobre bens móveis corpóreos e sobre direitos de crédito. Rol exemplificativo LIVROS Livro A: Livro de protocolo – apontamento de todos os títulos e documentos e papeis apresentados por registro e averbações. Livro B: Registro integral de títulos e documentos – se destina a transcrição fidedigna do conteúdo registral do título e documento. Livro C: Registro por inscrição - Registro resumido de títulos e documentos. Livro D: Indicador pessoal – identificar e elencar as pessoas que por ventura tenham figurado em título e documento e papeis levados a registro naquela serventia. REGISTRO DE IMÓVEIS Qual a função do R.I? Ministrar prova segura e certa do estado jurídico da propriedade privada e pública. É um sistema de publicidade plena e absoluta em relação as variadas situações jurídicas que envolvem os imóveis. Com a finalidade de trazer SEGURANÇA a coletividade. Registro de documentos: registro o documento apresentado, com a declaração unilateral, sem garantia do conteúdo. Ex. EUA. Contratação privada: Valoriza o contrato e a relação obrigacional, somente depois se verifica o direito real envolvido. Ex. Inglaterra. Registro de direitos: Não se registra o título, mas o direito. Ex. Brasil. Sistemas Registrais Imobiliários Transcrição: inteiro teor do título. Ex. Convenção de condomínio Inscrição: Registro por extrato, sistema adotado como regra pela lei. Sistema de registro real: obrigatoriedade de matrícula. A figura principal é o imóvel. Sistema registral de publicidade plena e pública. No RGI, para o acesso ilimitado e irrestrito de toda a coletividade, a qualquer tempo, aos elementos catalogados, quer através de informações, quer através de certidões. Importante, porque no protesto de títulos o acesso é limitado a cinco anos (direito ao esquecimento) Sistema de registros declaratórios e constitutivos: alguns possuem o condão de criar direito (ex. Usufruto, propriedade), outros é meramente declarativo para publicidade (ex. Usucapião) Sistema de registro abstrato: O registro enquanto não cancelado continua produzindo efeitos, mesmo que a relação obrigacional que o original tenha sido desfeito. MODALIDADES DE REGISTROS IMOBILIÁRIOS Modalidade comum: pressupõe-se a existência de um título jurídico que será prenotado ao registro, após sua respectiva análise. (presunção relativa de propriedade) Registro Torrens: é um registro que a lei determina apenas para imóveis rurais, tem um rigor muito forte, após o registro pelo sistema comum é preciso ingressar com uma ação específica, confere presunção absoluta de propriedade a quem tiver seu certificado. PRINCÍPIOS INFORMATIVOS DOS REGISTROS IMOBILIÁRIOS Princípio de Instancia: é preciso que haja iniciativa do interessado, o oficial não pode efetuar de ofício. EXCEÇÕES: abertura de matrícula, alteração de nome de logradouro, anotações e etc. Princípio da Taxatividade/tipicidade registral: só podem ser objetos de registro as situações que a lei preveja. Exceção: não se aplica a averbação. Princípio da unicidade matricial: cada unidade imobiliária terá sua própria matrícula. Princípio da eficácia pré determinada: a lei deverá sempre estabelecer os casos dos registros com eficácia, modificativa, declaratória ou extintiva. Princípio da qualificação registral: o oficial vai realizar uma análise prévia e formal do ato ou negócio para qualificar o título. Prazo legal de 3 a 30 dias. Princípio da exclusividade da força probante: tratando-se de aquisição de imóvel por ato inter vivos, não existe outra forma de prova se não o registro imobiliário. Princípio da legitimidade do direito do titular: ele confere uma presunção relativa em favor do titular constante no título. Princípio da continuidade: Cadeia de titularidade. Se o objeto é objeto de sucessivas transmissões somente poderá transmitir o atual titular do domínio, não pode haver hiato na cadeia sucessória. LIVROS Livro 1 – Livro de Protocolo de títulos: onde todos os títulos apresentados para registro devem receber um número de protocolo, garantindo pela prenotação prioridade no registro, pelo prazo de 30 dias;
Livro 2 – Livro de Matrículas: local onde são inscritas todas as
informações do imóvel, p. ex., transmissões, constrições, garantias e etc.
Livro 3 – Livro de Registro Auxiliar: onde são registrados todos os títulos
não diretamente relacionados aos imóveis e, os legalmente exigidos.
Livro 4 – Livro de Indicador Real: é um índice de todos os imóveis
registrados na serventia, com indicação da numeração do respectivo registro e com referência aos números de ordem dos outros livros.
Livro 5 – Livro de Indicador pessoal: onde devem ser incluídos todos os
dados pessoais das pessoas constantes nos registros, como um índice de consulta, por ordem alfabética. Livro 6 – Cadastro de aquisição de imóvel rural por estrangeiro.