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7. O Direito de Preferência
E por fim:
Art. 46. Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou
superior a trinta meses, a resolução do contrato ocorrerá findo o
prazo estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
Além dos requisitos exigidos pelo art. 282 do Código de Processo Civil, a
ação renovatória exige que sejam obervados outros pontos, tosdos elencados
nos incisos I a III do artigo em estudo.
Art. 56. Nos demais casos de locação não residencial, o contrato por
prazo determinado cessa, de pleno direito, findo o prazo
estipulado, independentemente de notificação ou aviso.
Ações de Despejo
Ação Revisional
Ação Renovatória
Vamos explicá-los!
Sobre as férias forenses, o inciso I está em desuso. Está cada vez mais
difícil serem deferidas as férias coletivas nos Estados. O que é frequente são os
prazos processuais serem suspensos entre a data do natal e a data do ano
novo. Contudo, os processos continuam a tramitar. De qualquer forma, fica
estipulado que os processos que envolvam locação tramitam normalmente
durante as férias forenses.
No caso dessa ação, para fins de prova, não tem outro jeito: basta ler o
procedimento e revisá-los sempre que puder! E tal procedimento é o seguinte:
I - a petição inicial, além dos requisitos exigidos pelo art. 282 do Código
de Processo Civil, deverá especificar os aluguéis e acessórios da locação
com indicação dos respectivos valores;
Na sentença o Juiz irá decidir qual é o justo valor do aluguel. Pode ser
que ele decida que o valor correto quando do ajuizamento da demanda seria
de R$ 60.000,00. Esse valor deveria ser pago pelo locatário desde dezembro
de 2015. Após o trânsito em julgado, o locador poderá descontar o que foi
pago de aluguel provisório e cobrar as diferenças corrigidas de uma só vez.
Esse novo valor fixado na sentença também respeita o reajuste estipulado no
contrato. Neste caso, os R$ 60.000,00 seriam ajustados em abril de 2016,
abril de 2017, etc. Isso deve ser observado no cálculo das diferenças.
O autor pode pedir, na petição inicial, que seja fixado na sentença outra
data ou índice de reajuste dos aluguéis e demais encargos. Geralmente a data
ou mês da citação do réu é que fica definido como nova data de reajuste.
Pode ocorrer que o locatário não esteja preparado para pagar o valor que
o locador está pleiteando ou o valor que o perito judicial apurou como sendo
justo. Nesse caso, a melhor solução para ambas as partes é um acordo para
que o locatário desocupe o imóvel dentro de um prazo razoável. Isso evita que
o locatário não pague o aluguel, ficando inadimplente, e evita que o locador
tenha que ajuizar demanda de despejo por falta de pagamento.
São elas:
Art. 71. Além dos demais requisitos exigidos no art. 282 do Código de
Processo Civil, a petição inicial da ação renovatória deverá ser
instruída com:
(...)
Art. 75. Na hipótese do inciso III do art. 72, a sentença fixará desde
logo a indenização devida ao locatário em conseqüência da não
prorrogação da locação, solidariamente devida pelo locador e o
proponente.
Vamos às nulidades!
11. Nulidades
Beleza?
(D) O locatário terá direito à renovação do contrato, por igual prazo, desde
que, cumulativamente, o contrato a renovar tenha sido celebrado por escrito e
com prazo determinado, o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos
(E) Do direito à renovação decai aquele que não propuser a ação no interregno
de dois anos, no máximo, até um ano, no mínimo, anteriores à data da
finalização do prazo do contrato em vigor.
Comentário:
Item A – O art. 52, inciso II, da Lei do Inquilinato nos ensina que o locador não
estará obrigado a renovar o contrato se o imóvel vier a ser utilizado por ele
próprio ou para transferência de fundo de comércio existente há mais de um
ano, sendo detentor da maioria do capital o locador, seu cônjuge, ascendente
ou descendente.
Item B – Vamos lá! De acordo com o que versa o art. 54, §1º, alínea “a’ da Lei
nº 8.245/91, nas relações entre lojistas e empreendedores de shopping
center, o empreendedor não poderá cobrar do locatário em shopping
center as despesas referidas nas alíneas a, b e d do parágrafo único do art.
22. Que despesas são essas? Vamos aos dispositivos do art. 22 citados:
Item C – É verdade e foi o que comentamos no item “A”. O art. 52, inciso II, da
Lei do Inquilinato nos ensina que o locador não estará obrigado a renovar o
contrato se o imóvel vier a ser utilizado por ele próprio ou para transferência de
fundo de comércio existente há mais de um ano, sendo detentor da maioria do
capital o locador, seu cônjuge, ascendente ou descendente.
Comentário:
Item A – Não só por esse motivo! Quando ajustada verbalmente ou por escrito
e como prazo inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação
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(Errado)
(D) poderá exercer seu direito à aquisição do imóvel locado que foi alienado,
mesmo que o adquirente seja um dos condôminos do imóvel.
(E) não poderá exercer seu direito de preferência se a alienação se der por
dação em pagamento, doação ou permuta.
Comentário:
(C) Nas locações ajustadas por escrito e por prazo igual ou superior a trinta
meses, a resolução do contrato só ocorrerá, ao fim do prazo estipulado, se o
locador notificar previamente o locatário.
(D) O contrato de locação não residencial, que se encontre vigorando por prazo
indeterminado, pode ser denunciado por escrito, pelo locador, concedidos ao
locatário trinta dias para a desocupação.
(E) Quando a locação for ajustada verbalmente ou por escrito e com prazo
inferior a trinta meses, o locador, findo o prazo estabelecido, poderá retomar
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Comentário:
Item B – Não é bem assim que fuciona a coisa! Segundo o art. 50 da Lei do
Inquilinato, na locação para temporada, Findo o prazo ajustado, se o locatário
permanecer no imóvel sem oposição do locador por mais de trinta dias,
presumir-se-á prorrogada a locação por tempo indeterminado, não mais
sendo exigível o pagamento antecipado do aluguel e dos encargos. (Errado)
Item E – Não, não! Quando ajustada verbalmente ou por escrito e como prazo
inferior a trinta meses, findo o prazo estabelecido, a locação prorroga-se
automaticamente, por prazo indeterminado, somente podendo ser
retomado o imóvel:
(D) Não havendo acordo, o locador ou locatário, após dois anos de vigência do
contrato ou do acordo anteriormente realizado, poderão pedir revisão judicial
do aluguel, a fim de ajustá - lo ao preço de mercado.
Comentário:
Item A – Veja como essa regra é bem cobrada! Você já sabe que o direito de
preferência (ou de preempção) do locatário caducará se não manifestada, de
maneira inequívoca, sua aceitação integral à proposta, no prazo de 30 dias
(art. 28). (Errado)
(Certo)
Item D – Mais um item que revisa a aula passada! E esse está errado por um
detalhe básico e maldoso! Não havendo acordo, o locador ou locatário, após
três dois anos de vigência do contrato ou do acordo anteriormente realizado,
poderão pedir revisão judicial do aluguel, a fim de ajustá-lo ao preço de
mercado (art. 19). (Errado)
(B) o contrato deverá ser firmado por escrito e com prazo determinado, não
podendo ser inferior a 5 (cinco) anos.
Comentário:
Item B - Essa regra não se aplica à locação não residencial do tipo "construção
sob medida". Vimos aqui que, nesses casos, o locador (investidor) e o locatário
podem livremente pactuar as cláusulas do contrato. O locador fica responsável
pela entrega do imóvel em perfeitas condições de uso. Em troca, o locatário
deve permanecer no imóvel por um período pagando aluguéis com um valor
predeterminado para aquisição do bem.
O contrato “built to suit” é por prazo determinado, como diz o art. 54-
A, “caput”, e pela parte final do art. 8º, a vigência da locação dependerá,
portanto, de cláusula de vigência averbada na matrícula do imóvel, para se ter
afastado o direito do adquirente de denunciar tal contrato.
(Errado)
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Item E - Se não ficou bem claro, esclareço agora: de fato, essa vedação existe
(art. 37), mas apenas para os contratos de locação comum, ok? Ela não
cabe para os contratos do tipo built-to-suit ou build-to-suit. Não confunda!
Comentário 19:
Gabarito: Certo
Comentário 20:
Opa, o que é isso?! Claro que há previsão legal sim para o exercício do
direito de renovação do contrato de locação do imóvel para os sócios restantes.
De acordo com o art. 51, §3º, da Lei do Inquilinato, dissolvida a sociedade
comercial por morte de um dos sócios, o sócio sobrevivente fica sub-
rogado no direito a renovação, desde que continue no mesmo ramo.
Gabarito: Errado
(B) o direito de preferência incidirá sobre a totalidade dos bens que sejam
objeto da alienação, no caso de haver alienação de mais de uma unidade
imobiliária.
(C) o locador não tem legitimidade para o registro do contrato de locação com
cláusula de vigência, em caso de alienação.
Comentário:
***
Grande abraço, bons estudos e desejamos que tenha uma excelente prova!