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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE RIO PRETO – UNIRP

Antonio Vinicius Barbosa da Silva

Código: 20186407

Código de Processo Civil

TRABALHO SEMESTRAL

Questão 1) Como vemos no dia a dia é totalmente cabível que tendo a falta de
pagamento de aluguel e outros encargos, acarretem na rescisão do contrato e
posteriormente o despejo do inquilino, sendo preciso que o locador acione o
judiciário para dar prosseguimento ao despejo.
Conforme o ART 59, parágrafo 1º, inciso IX, da Lei 8.245/91, não
havendo qualquer uma das modalidades de garantias contratuais e também
quando não estiver nas modalidades do artigo 37 da lei, de regência, irá ensejar
o direito da concessão de liminar para a desocupação do imóvel desde que
prestada a caução para que de forma mais rápida por ato judicial, volte a posse
da coisa (imóvel) para a pessoa a quem pertence por direito.
Os pedidos liminares são feitos quando há urgência em algum assunto
e então abre esta possibilidade de adquirir, até mesmo antes do julgamento final
garantindo a um direito que possa perder. Essa urgência é fundamental já que
cada mês que se passa com o locatário no imóvel vai aumentando cada vez mais
os débitos ocasionando várias divergências em prejuízo do credor. Dessa forma,
nos entendimentos jurisprudenciais a concessão da liminar é imperativa desde
que sempre presentes seus requisitos.
As liminares de natureza tutelam de evidencia consiste em direito certo
e liquido do locador e vemos que nos contratos de locação é garantido por fiança,
em tese não seria concedido uma liminar para a desocupação já que possuem
esta garantia, visto isso o artigo 37 vem e diz que será possível, sim, a
decretação antecipada do despejo do locatário inadimplente, nos contratos de
locação que estiverem desprovidos das garantias, sempre que houver
demonstração do risco de dano à parte.
Desta forma é cabível a medida liminar inaudita altera parte, conforme
a natureza de evidencia e também cabível de natureza de tutela de urgência
prevista no artigo 300 do CPC .

Questão 2) Para o fiador se eximir de tal responsabilidade é necessário que tal


matéria esteja prevista em nosso Código e principalmente na lei especifica da lei
do inquilinato que é a que irá prevalecer neste caso, já que estamos tratando de
ação renovatória de locação comercial. Se formos pelo lado do nosso Código de
processo Civil, o artigo 513, parágrafo 5º do CPC dispõe que é notório a
impossibilidade do fiador na fase de cumprimento de sentença quando ele não
estiver participado da fase de conhecimento ou seja não seria possível esta
modificação da inclusão do polo passivo na fase de cumprimento de sentença,
já que esta ação do judiciário violaria os princípios fundamentais da ampla
defesa. Inclusive temos a sumula 268 do STJ que prevê no caso do fiador não
integrado na relação processual não respondera pela execução.
Mas por se tratar ação renovatórias de locação utilizamos a lei do
inquilinado como base principal já que é a lei que vigora os direitos dos inquilinos
e nesta lei é necessário que deva fixar alguns documentos que devemos adestrar
no processo para seguimento e um deles é a indicação do fiador, o que torna
possível que eles sejam incluídos no cumprimento de sentença, e levando em
consideração o artigo art. 39 da Lei de locação, só é possível o fiador exonera-
se de sua responsabilidade após o termino da locação que estende até a
devolutiva devolução do imóvel.
Visto isto a alguns cenários que o fiador pode seguir, sendo
devidamente estabelecido em contrato, o fiador pode manifestar sua intenção de
desoneração da fiança consequentemente exonerando-se de suas
responsabilidades. No artigo 40 inciso X da lei de locação prevê que o locador
pode exigir um novo fiador nos casos de prorrogação da locação e mesmo sendo
devidamente notificada pelo fiador sua intenção de exonera-se posteriormente
notificando o locador e ficando estes obrigados pela responsabilidade da fiança
no lapso temporal de 120 dias.
Questão 3) De acordo com o artigo 62 (Lei nº 8.245/91), inciso III quando o
pagamento descrito não for integral o locatário será autorizado a complementar
o valor em 10 dias e não 15 dias como dito no enunciado da questão e este ônus
dependera, naturalmente de requerimento do locador já que o valor será
apresentado atualizado e integral. E caso o locatário deixar de depositar o valor
devido neste prazo estabelecido e nada contestar acerca da alegação de que o
valor não é integral, o locador irá requerer a liberação da parcela.
Visto isto o locatário tem o direito de purgar a mora e evitar a rescisão
do contrato de locação em casos de não pagamento do aluguel, encargos ou
acessórios. Assim como os fiadores não respondem pelo termino do contrato,
eles do mesmo modo que o devedor poderá evitar a resolução do contrato porem
os valores serão atualizados das dívidas, e este valor de deposito deverá estar
além do valor cobrado já que com o passar do tempo acarreta correções, juros
custas processuais e até honorários.

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