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Na Forma Tácita, que seja resultado de todos os sinais ou atos externos, não
destinados a manifestar à vontade, mas que a manifestam, acidentalmente, por
incompatíveis com a vontade diversa. Assim, o silêncio como forma de declaração
da vontade de contratar.
O art. 92 do ET dispõe:
“§ 8º Para prova dos contratos (verbais e tácitos) previstos neste artigo, será
permitida a produção de testemunhas. A ausência de contrato não poderá elidir a
aplicação dos princípios estabelecidos neste Capítulo e nas normas regulamentares.”
2. CARACTERÍSTICAS
No Estatuto da Terra, não é o USO do direito real (art. 1.412, CC), mas é um
uso decorrente da relação ex locato (arrendamento rural) ou ex societate (parceria
rural), podendo dispor sobre essa fruição.
Assim, o arrendatário ou parceiro não pode tirar da coisa mais do que lhe
permite, não podendo cortar árvores, escavar terreno entre outros.
“Art. 92, ET § 9º Para solução dos casos omissos na presente Lei, prevalecerá
o disposto no Código Civil.”
4. DIREITO DE PREFERÊNCIA
Art. 92, ET § 3º No caso de alienação do imóvel arrendado, o arrendatário terá preferência
para adquiri-lo em igualdade de condições, devendo o proprietário dar-lhe conhecimento da venda,
a fim de que possa exercitar o direito de perempção dentro de 30 dias, a contar da notificação judicial
ou comprovadamente efetuada, mediante recibo.
§ 4° O arrendatário a quem não se notificar a venda poderá, depositando o preço, haver para
si o imóvel arrendado, se o requerer no prazo de 6 meses, a contar da transcrição do ato de alienação
no Registro de Imóveis.
O rigorismo legal impõe normas obrigatórias que esses contratos devem ter
para gozar dos benefícios do ET.
Caso ocorra Caso Fortuito ou Força Maior, que ocasione a perda total do
objeto do contrato agrário, este se resolve, sem qualquer ressarcimento de perdas e
danos, inclusive clausula penal ou multas. Exemplo: Destruição completa da colheita
de frutos, decorrentes de inundações, incêndios entre outros, o contrato fica sem objeto,
isto é, desaparecem os motivos do arrendamento ou da parceria.
6. IMPOSSIBILILDADE DE RENÚNCIA
7. ALUGUEL DO ARRENDAMENTO
Forma prescrita e não defesa em lei. Como nem todos cumprem a palavra
empenhada, as partes podem estabelecer normas que, infringidas, rescindam o
contrato, além das estabelecidas pelo ET. Contudo, NÃO PODE HAVER
CLAUSULA DE PERPETUIDADE. A TEMPORALIDADE é essencial dos contratos
agrários.
8. CLAUSULA PENAL
Em qualquer hipótese, o culpado pela rescisão poderá responder por perdas
e danos, mesmo sem estipulação expressa de cláusula penal no contrato. Todavia,
quando ocorrer, o valor da cominação na clausula penal não pode exceder o da
obrigação principal (renda do imóvel durante o prazo legal).
RESCISÃO: o contratante infringe uma norma legal ou comete uma infração grave
de obrigação contratual.
Pode ocorrer que o imóvel seja divisível, mas o seu uso é indivisível.
Exemplo: propriedade destinada exclusivamente à agricultura, embora seja divisível a terra, o seu
uso não pode ter divisão para a exploração de atividade pecuária ou outra qualquer atividade de
exploração fora da agricultura.
a) Arrendamento e parceria;
b) Parceria e arrendamento;
1.2.1. Comodato
VIII - Nos casos de pedido de retomada, permitidos e previstos em lei e neste regulamento,
comprovada em Juízo a sinceridade do pedido;
Parágrafo único. No caso do inciso III, poderá o arrendatário devedor evitar a rescisão do contrato e o
consequente despejo, requerendo no prazo da contestação da ação de despejo, seja-lhe admitido o
pagamento do aluguel ou renda e encargos devidos, as custas do processo e os honorários do
advogado do arrendador, fixados de plano pelo Juiz. O pagamento deverá ser realizado no prazo que
o Juiz determinar, não excedente de 30 (trinta) dias, contados da data da entrega em cartório do
mandado de citação devidamente cumprido, procedendo-se a depósito, em caso de recusa.
1.2.2. Depósito
1.2.3. Usufruto
II - presume-se feito, no prazo mínimo de três anos, o arrendamento por tempo indeterminado,
observada a regra do item anterior;
III - o arrendatário, para iniciar qualquer cultura cujos frutos não possam ser recolhidos antes de
terminado o prazo de arrendamento, deverá ajustar, previamente, com o arrendador a forma de
pagamento do uso da terra por esse prazo excedente;
V - os direitos assegurados no inciso IV do caput deste artigo não prevalecerão se, no prazo de 6 (seis)
meses antes do vencimento do contrato, o proprietário, por via de notificação extrajudicial, declarar
sua intenção de retomar o imóvel para explorá-lo diretamente ou por intermédio de descendente seu;
VII - poderá ser acertada, entre o proprietário e arrendatário, cláusula que permita a substituição de
área arrendada por outra equivalente no mesmo imóvel rural, desde que respeitadas as condições de
arrendamento e os direitos do arrendatário;
VIII - o arrendatário, ao termo do contrato, tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e
úteis; será indenizado das benfeitorias voluptuárias quando autorizadas pelo proprietário do solo; e,
enquanto o arrendatário não for indenizado das benfeitorias necessárias e úteis, poderá permanecer
no imóvel, no uso e gozo das vantagens por ele oferecidas, nos termos do contrato de arrendamento e
das disposições do inciso I deste artigo;
IX - constando do contrato de arrendamento animais de cria, de corte ou de trabalho, cuja forma de
restituição não tenha sido expressamente regulada, o arrendatário é obrigado, findo ou rescindido o
contrato, a restituí-los em igual número, espécie e valor;
X - o arrendatário não responderá por qualquer deterioração ou prejuízo a que não tiver dado causa;
b) prazos mínimos de arrendamento e limites de vigência para os vários tipos de atividades agrícolas;
XII - a remuneração do arrendamento, sob qualquer forma de pagamento, não poderá ser superior a
15% (quinze por cento) do valor cadastral do imóvel, incluídas as benfeitorias que entrarem na
composição do contrato, salvo se o arrendamento for parcial e recair apenas em glebas selecionadas
para fins de exploração intensiva de alta rentabilidade, caso em que a remuneração poderá ir até o
limite de 30% (trinta por cento).
XIII - a todo aquele que ocupar, sob qualquer forma de arrendamento, por mais de cinco anos, um
imóvel rural desapropriado, em área prioritária de Reforma Agrária, é assegurado o direito
preferencial de acesso à terra ..Vetado...
D) Distrato ou rescisão;
2.1. CONCEITO
DECRETO 59.566/66
Art. 3º Parceria Rural é o contrato agrário pelo qual uma pessoa se obriga a ceder à outra,
por tempo determinado ou não, o uso especifico de imóvel rural, de parte ou partes do mesmo,
incluindo, ou não, benfeitorias, outros bens e ou facilidades, com o objetivo de nele ser exercida
atividade de exploração agrícola, pecuária, agroindustrial, extrativa vegetal ou mista; e ou lhe
entrega animais para cria, recria, invernagem, engorda ou extração de matérias primas de origem
animal, mediante partilha de riscos do caso fortuito e da força maior do empreendimento rural, e
dos frutos, produtos ou lucros havidos nas proporções que estipularem, observados os limites
percentuais da lei (artigo 96, VI do Estatuto da Terra).
Parágrafo único. para os fins deste Regulamento denomina-se parceiro outorgante, o cedente,
proprietário ou não, que entrega os bens; e parceiro-outorgado, a pessoa ou o conjunto familiar,
representado pelo seu chefe, que os recebe para os fins próprios das modalidades de parcerias
definidas no art. 5º.
Nem toda comunidade é sociedade; parceria não é sociedade, nem tão pouco o
parceiro é sócio.
Segundo art. 96, inc. III, ET, salvo disposição contrário expressa no contrato, as
despesas de tratamento e criação de animais, correrão por conta do parceiro tratador
e criador. O mencionado artigo, em seu inciso V, contempla as disposições
contratuais OBRIGATÓRIAS:
Art. 96, ET - V - no Regulamento desta Lei, serão complementadas, conforme o caso, as
seguintes condições, que constarão, obrigatoriamente, dos contratos de parceria agrícola, pecuária,
agroindustrial ou extrativa:
c) direito e oportunidade de dispor dos frutos ou produtos repartidos da seguinte forma (art.
96, inciso V, letra “f” do Estatuto da Terra):
- nenhuma das partes poderá dispor dos frutos ou dos frutos ou produtos havidos antes de
efetuada a partilha, devendo o parceiro-outorgado avisar o parceiro-outorgante, com a necessária
antecedência, da data em que iniciará a colheita ou repartição dos produtos pecuários;
Como medida preventiva, a partilha feita dos frutos entre os parceiros deve
ter documentação.
BENFEITORIAS VOLUPTUÁRIAS
Por fazer parte da vida rural, não se pode fugir do exame os contratos não
previstos no Estatuto da Terra, ou seja, os contratos atípicos, considerando que o
Poder Judiciário é por inúmeras vezes chamado a solucionar, devendo aplicar o
direito civil (comum) no concernente a objeto e vontade.
1.1 PASTOREIO
É aplicado as regras da locação comum no Código Civil (CC), bem como não
há limite de prazo e nem de aluguel. Também não cria direito à renovação ou
preferência com base no ET, por ser em razão de questões transitórias a celebração do
contrato de pastagem.
1.3. CAMBÃO
O Contrato de Cambão não é permitido pelo ET, pois é uma sobra direita da
escravidão, ainda em pleno vigor em determinados locais no Brasil.
O ITR incide sobre a propriedade do imóvel rural, definida no art. 4º, I, do ET.
A exceção das pequenas glebas de terra, definidas em Lei, que são isentas quando as
explore, só ou com sua família, o proprietário que não possua outro imóvel (art. 153,
§4º, CF/88).
Uma reforma agrária sem medidas de política agrária é quase impossível num
país em desenvolvimento, porque não basta distribuir a terra, se faz necessário que o
Estado dê as condições econômicas e financeiras aos colonos para garantia do pleno
emprego e o aumento da produtividade.