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7 Como proceder no caso de existir no mesmo imóvel entre as mesmas partes contratos que misture
aspectos de arrendamento e parceria.
Art. 6º Ocorrendo entre as mesmas partes e num mesmo imóvel rural avenças de arrendamento e de
parceria, serão celebrados contratos distintos, cada qual regendo-se pelas normas especificas estabelecidas
no Estatuto da Terra, na Lei nº 4.947-66 e neste Regulamento.
8 Que tratamento deve se dar a um contrato Agrário escrito que contenha disposições contrárias ao
estatuto da terra e seu decreto regulamentador?
Art. 2º Todos os contratos agrários reger-se-ão pelas normas do presente Regulamento, as quais serão de
obrigatória aplicação em todo o território nacional e irrenunciáveis os direitos e vantagens nelas instituídos.
Parágrafo único. Qualquer estipulação contratual que contrarie as normas estabelecidas neste artigo, será
nula de pleno direito e de nenhum efeito.
*as cláusulas são nulas de pleno direito.
*anula-se a disposição contratual e não a clausula de contrato.
9 Que tratamento deve se dar a um contrato Agrário verbal em que se verifique que as partes
acordaram disposições contrárias ao estatuto da terra e seu decreto regulamentador?
Art. 11. Os contratos de arrendamento e de parceria poderão ser escritos ou verbais. Nos contratos verbais
presume-se como ajustadas as cláusulas obrigatórias estabelecidas no art. 13 deste Regulamento.
Art. 2º Todos os contratos agrários reger-se-ão pelas normas do presente Regulamento, as quais serão de
obrigatória aplicação em todo o território nacional e irrenunciáveis os direitos e vantagens nelas instituídos.
Parágrafo único. Qualquer estipulação contratual que contrarie as normas estabelecidas neste artigo, será
nula de pleno direito e de nenhum efeito. (o contrato oral teve nova nuance a partir do NCPC)
11 Há algum limite de valor para que os contratos agrários possam ser provados em juízo por
testemunhas?
Art. 14. Os contratos agrários, qualquer que seja o seu valor e sua forma poderão ser provados por
testemunhas.
É válido provar com qualquer valor
12 Faça uma rápida análise de legalidade do art. 17, § 1º do Decreto 59566/66, em virtude do disposto
no Estatuto da Terra, comparado com o novo Código Civil e as disposições constitucionais da ordem
econômica e social.
É legal, porque a lei dispõe assim. Deve-se considerar a hipossuficiência do arrendatário (??). É o
posicionamento que está sendo aplicado.
Inconstitucional porque o direito de propriedade no caso de desapropriação, deve ser um valor justo. Então
recolher os impostos vinculados com o valor do aluguel incentiva arrecadar dinheiro. Se um declara menos
para o governo, o arrendatário também quer pagar menos. Essa lei não foi recepcionada pela CF, mas
também não foi declarada inconstitucional. Ela não se encaixa no ordenamento atual de acordo com o direito
tributário (lei específica criará tributos). É uma penalidade tributária, ou seja, reduzir o valor do aluguel porque
não foi declarado o valor correto.
Isso faz com que o arrendante declare o valor real do imóvel, pois deste modo, ajudaria o Governo a
arrecadar.
13 Que condições o arrendatário deve cumprir para ter preferência na renovação do seu
arrendamento?
Os deveres do arrendatário são: pagar pontualmente o valor do arrendamento, as obrigações trabalhistas e
previdenciárias; conservar o imóvel, assim como o recebeu; preservar a fauna, a flora e os mananciais
hídricos; manter o imóvel livre de invasões e turbações e devolver os bens recebidos, assim como os recebeu
e se houver animais, deverá devolver no mesmo número, espécie e valor.
14 Quais as condições para que o arrendatário seja indenizado das benfeitorias por ele acrescidas no
imóvel?
Art. 25. O arrendatário, no término do contrato, terá direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis
(não precisa notificar) – são indenizada ambas. Quanto às voluptuárias, somente será indenizado se sua
construção for expressamente autorizada pelo arrendador.
1) Patrício é o proprietário da terra, que havia combinado com João por escrito que lhe arrendaria para
o cultivo de hortaliças, mediante o pagamento de renda mensal de R$1.000,00. As terras de Patrício
não possuíam benfeitorias, nem eram aradas. Após tomar posse da terra, João iniciou os trabalhos de
limpeza da área e preparação do solo, tendo desistido do empreendimento após o 3º mês, alegando
que Patrício não lhe teria fornecido as condições adequadas ao cultivo que pretendia fazer,
abandonando a terra. Em pedidos contrapostos, Patrício requer a rescisão do contrato mais a
cobrança dos 3 meses que não foram pagos, e João requer indenização pelas despesas que teve na
tentativa de preparo do solo. Dê a solução ao caso.
Resposta: João não terá direito segundo art. 27 do decreto 59.566: Art. 27. O inadimplemento das
obrigações assumidas por qualquer das partes, e a inobservância de cláusula asseguradora dos recursos
naturais, prevista no art. 13, inciso II, letra "c", deste Regulamento, dará lugar facultativamente à rescisão do
contrato, ficando a parte inadimplente obrigada a ressarcir a outra das perdas e danos causados.
Art. 7º Para os efeitos deste Regulamento entende-se por exploração direta, aquela em que o beneficiário da
exploração assume riscos do empreendimento, custeando despesas necessárias.
§ 1º Denomina-se Cultivador Direto aquele que exerce atividade de exploração na forma deste artigo.
§ 2º Os arrendatários serão sempre admitidos como cultivadores diretos.
-Qual a natureza jurídica do pedido contraposto: ação do réu contra o pedido do autor.
-Art. 32 do decreto
-Art. 40 e 41 do decreto – obrigações do arrendador e do arrendatário
2) Seu Juca comprou uma fazenda de gado com excelentes pastagens e toda a infra-estrutura
necessária e adequada à atividade, embora não tivesse uma cabeça de gado. Contratou com Roberto,
grande empresário da cidade, que este compraria 1.000 bezerros machos da raça nelore com idade
entre 6 e 8 meses, desmamados, para que ficassem apascentados na nova fazenda, onde Seu Juca
iria deles cuidar e zelar, com objetivo de engorda, e ao final do contrato eles repartiriam o peso
excedente do inicial. O contrato foi firmado pelo prazo de 36 meses, mas, dado esse tempo, Seu Juca
diz que o gado ainda não está finalizado e que precisa de mais 2 anos para “chegar ao ponto”.
Roberto foi quem pediu a partilha imediata, com a venda antecipada do gado ao frigorífico local,
alegando risco de prejuízo no preço da arroba. Terá sucesso?
Resposta: sim, pois o contrato venceu, e roberto não tem intenção de renova-lo. O contrato é de parceria e o
prazo é de 3 anos. Art. 96, I do Estatuto da terra. Art. 37 do decreto.
Art. 13, II, b.
Manterá decisão, pois a lei está aquém da realidade. Estando sem efetividade.
3) José e sua família são meeiros de Antônio numa lavoura de 5.000 pés de café conilon que
plantaram nas terras deste último há 3 anos. Nesse período, José e sua família residiram no imóvel,
em casa cedida por Antônio, e plantaram nos arredores legumes, hortaliças, raízes e tubérculos que
utilizaram para consumo próprio, vendendo o excedente na feira livre da cidade. Os filhos de José
também se beneficiaram este tempo todo das frutíferas existentes em toda a propriedade de Antônio.
Tendo havido desavença pessoal entre as partes, Antônio requereu a rescisão do contrato e
reintegração de posse em face de José, a fim de reaver o imóvel, alegando que, como não havia nada
contratado por escrito, o prazo mínimo de 3 anos havia sido respeitado. Terá sucesso?
Resposta: sim, pois o caso de parceria a lei estipula prazo mínimo de 3 anos. Art. 13, II, b.
Art. 13. Nos contratos agrários, qualquer que seja a sua forma, contarão obrigatoriamente, clausulas que
assegurem a conservação dos recursos naturais e a proteção social e econômica dos arrendatários e dos
parceiros-outorgados a saber (Art. 13, incisos III e V da Lei nº 4.947-66);
I - Proibição de renúncia dos direitos ou vantagens estabelecidas em Leis ou Regulamentos, por parte dos
arrendatários e parceiros-outorgados (art.13, inciso IV da Lei número 4.947-66);
II - Observância das seguintes normas, visando a conservação dos recursos naturais:
a) prazos mínimos, na forma da alínea " b ", do inciso XI, do art. 95 e da alínea " b ", do inciso V, do art. 96 do
Estatuto da Terra:
- De 3 (três), anos nos casos de arrendamento em que ocorra atividade de exploração de lavoura temporária
e ou de pecuária de pequeno e médio porte; ou em todos os casos de parceria;
- De 5 (cinco), anos nos casos de arrendamento em que ocorra atividade de exploração de lavoura
permanente e ou de pecuária de grande porte para cria, recria, engorda ou extração de matérias primas de
origem animal;
- De 7 (sete), anos nos casos em que ocorra atividade de exploração florestal;
CONTRATO: de parceria
TEMPO: 3 anos
OBJETO DO CONTRATO: 5000 pés de café (lavoura permanente).
DECISÃO:
Observações
produto: é extraído do principal, eliminando o principal. (lavoura temporária)
fruto: é extraído do principal, mas o principal permanece. (lavoura permanente)
Pecuária: boi, bode, carneiro,
Hortigranjeiro: animais confinados
3. Em relação à indenização pelas benfeitorias em desapropriação por interesse social para fins de
reforma agrária é válida a avaliação feita pela média de pesquisas realizadas em imóveis na região?
Por quê?
Não, pois o Critério pode levar a resultados afrontosos ao texto constitucional, quando o valor das
benfeitorias pode igualar ou superar o valor do imóvel e dessa forma o valor da terra nua pode não ser
indenizado.
8. O imóvel desmembrado no registro imobiliário em partes que constituem cada uma pequenas e
médias propriedades, então doadas a donatários distintos mas pertencentes ao mesmo grupo familiar
e assim explorado em comum e indivisamente é imune à desapropriação para reforma agrária?
Não basta o desmembramento do registro imobiliário em matrículas distintas qualificadas como pequenas ou
médias propriedades rurais sem que se proceda, no ‘mundo dos fatos’, à exploração econômica autônoma de
cada uma dessas novas unidades registradas.
9. A ocupação de imóvel rural por movimento social organizado quando atinge somente extensão
ínfima da propriedade justifica a improdutividade verificada pelo INCRA?
A partir do julgamento do MS 24.764, o Plenário do STF passou a entender que a ocupação de extensão
ínfima da propriedade, se representativa para a sua administração, é justificativa para a improdutividade do
imóvel.
10. Jazidas de minerais como areia, pedras preciosas ou não, e cascalho são indenizáveis em
desapropriação por reforma agrária? Por quê?
“Desapropriação. Jazidas de minerais: indenização. Jazidas de minerais, areia, pedras e cascalho: não são
indenizáveis, salvo existência de concessão de lavra.
“Rios públicos. As margens dos rios navegáveis são do domínio público e, por isso,não são indenizáveis no
processo de desapropriação. Jazidas situadas nessas margens, não manifestadas e sem concessão ou
autorização para serem exploradas, também não são indenizáveis.” (RE 59.737,
Não são indenizáveis, salvo
11. Tem eficácia a notificação de vistoria do imóvel para fins de reforma agrária realizada apenas a um
dos cônjuges?
“Desapropriação: processo administrativo: notificação da conclusão dos trabalhos de vistoria: eficácia se
endereçada a correspondência ao domicílio dos proprietários e lá recebida, ainda que por pessoa distinta.
Não gera nulidade a falta de notificação da esposa do proprietário, se notificado o cônjuge varão:
inaplicabilidade do art. 10, I, do CPC, relativo às ações que versem sobre direitos reais imobiliários:
precedentes.” (MS 24.443).
12. Tem o arrendatário de imóvel rural declarado de interesse social para fins de reforma agrária
legitimidade ativa para impetrar Mandado de Segurança contra o ato declaratório?
“O arrendatário não tem legitimidade ativa para propor mandado de segurança contra decreto de
desapropriação para fins de reforma agrária por ser a relação jurídica, na hipótese de arrendamento, fundada
em direito pessoal e não real. Precedente.” (MS 24.843-AgR).
13. Qual o prazo prescricional para a ação de desapropriação indireta segundo o STJ?
A prescrição, para fins de indenização por desapropriação indireta, é vintenária, e não quinquenal, conforme
inteligência da súmula 119 do STJ.
INSTITUTOS AGRÁRIOS
2. Quais os requisitos para que a propriedade da terra cumpra sua função social?
R: De acordo com o art. 186 da CF, a função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: I –
aproveitamento racional e adequado; II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e
preservação do meio ambiente; III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho; IV –
exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos seus trabalhadores.
R: de acordo com o Art. 4º, I, da Lei 4.504, "Imóvel Rural", é o prédio rústico, de área contínua qualquer que
seja a sua localização que se destina à exploração extrativa agrícola, pecuária ou agro-industrial, quer
através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa privada. Existe o imóvel e ele é
individuado (infungível)
R: o seu critério será o da DESTINAÇÃO (independetemente da localização), Para fins civis será
DESTINAÇÃO e LOCALIZAÇÃO. Pelo critério tributário será pela LOCALIZAÇÃO.
5. De que forma devem ser utilizados os critérios de caracterização do imóvel rural após a
Constituição Federal de 1988?
R: Atendendo aos fins sociais, sob pena de desapropriação por interesse social (art. 184 da CF), devendo
atender aos requisitos do Art. 186: I - aproveitamento racional e adequado; II - utilização adequada dos
recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; III - observância das disposições que regulam
as relações de trabalho; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
6. Que imóveis são insuscetíveis de desapropriação por interesse social para fins de reforma
agrária segundo o Estatuto da Terra e também a Constituição Federal?
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o
cumprimento dos requisitos relativos a sua função social.
7. Qual a finalidade do módulo rural?
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10. Que critérios objetivos deve o imóvel obedecer para ser classificado como empresa rural?
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17. Que regra prescreve o chamado princípio da indivisibilidade do imóvel rural?
R:
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21. Mencione três exceções à regra da indivisibilidade do imóvel rural em área inferior à fração
mínima de parcelamento.
R: Poderá ocorrer por: Anexação ao prédio Confrontante (quando a alienação da área se destine à anexação,
ao prédio rústico, confrontante, desde que o imóvel do qual se desmembre permaneça com área igual ou
superior a fração mínima de parcelamento); Mudança da Destinação do Imóvel (quando a mudança tiver
objetivo qualquer outra atividade que não a agrária, ou seja, urbano, não se aplicando assim o art. 65 do
Estatuto da Terra); Desapropriação por necessidade ou utilidade pública ( de acordo com o art. 1.228, §3º do
CC)
R:
R:
24. As formas públicas de parcelamento do imóvel rural devem obedecer à regra da indivisibilidade
do mesmo em área inferior à fração mínima de parcelamento?
R:
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Segundo o Estatuto da Terra:
Outra Classificação:
Modelos a serem adotados na Reforma agrária: Pequena propriedade Familiar e Empresa Rural
Segundo a Constituição os institutos são: pequena propriedade / média propriedade / propriedade produtiva
Pequena Propriedade: 1 a 4 modulos fiscais (conforme 8.629)