Imobiliário no Brasil
a) demarcação;
b) exploração;
c) confirmação.
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“Sesmarias são propriamente as
dadas de terras, casses (casas
de campo ou granjearias), ou
pardieiros, que foram, ou são de
alguns senhorios, e que já em
outro tempo foram lavradas e
aproveitadas, e agora não são.”
(Ordenações Manuelinas (1521),
Livro IV, título 67; Ordenações
Filipinas (1595), Livro IV, título 43)
3
Regulação de terras em Portugal:
4
Outorga das sesmarias
Martim Afonso de Souza (1530)
Concessão das sesmarias em caráter
vitalício e hereditário.
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Documento de outorga das sesmarias: Carta do
Governador Geral, com selo do Reino de Portugal.
Regime de aforamento: Foi instituído em 1695 com a
expedição da Ordem Real que determinou a imposição de
foros sobre as sesmarias, a serem cobrados de modo
proporcional à extensão e qualidade das novas
concessões de terras. A partir de 1780, as sesmarias
passam a registrar cláusula anual de foro, e o sesmeiro
reconhecido como foreiro (titular do domínio útil).
Documento de confirmação: Certidão legal e autêntica
dada pelo Governador Geral de que a demarcação da
sesmaria havia sido feita e a sentença passado em
julgado. 6
Instituição dos terrenos de marinha: Ordem Régia de
D. João VI, de 1811, determinou que a distância de 15
braças (33 metros) de “tudo o que toca a água do mar
e acresce sobre ela” continua sendo de propriedade da
Coroa Portuguesa, para uso do seu “serviço público”.
Pena de comisso: Os sesmeiros que não provassem a
demarcação judicial e a efetiva exploração das terras,
perderiam os direitos de posse e aforamento, que
podiam ser transferidos a terceiros ou devolvida ao
domínio público (terras devolutas).
Regime das sesmarias: Requisito do processo para a
legalização de terras, da posse e da propriedade.
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PERÍODO DO IMPÉRIO: A Constituição de 1824
reconhece a propriedade particular e a posse
originárias do regime de sesmarias, cujas concessões
cessaram a partir de 1822.
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LEI ORÇAMENTÁRIA 317/1843
Criação do Registro Geral de
Hipotecas, com a finalidade de
proteger o crédito concedido por
bancos mediante garantia de
propriedades rurais.
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• Devem ser averbadas no Registro Geral das Hipotecas,
as baixas ou extinções das hipotecas nele registradas; a
sua substituição ou transferência para outro devedor ou
credor, ou para outros bens, e qualquer outra alteração
ou novação do contrato, ou obrigação hipotecária. (art.
18).
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Título originário da propriedade
(art. 11)
28
Registro paroquial das terras sob regime de posse
(Registro do Vigário)
(art. 13)
• O Governo organizou por freguesias o registro
das terras possuídas, a partir das declarações
feitas pelos respectivos possuidores, impondo
multas e penas àqueles que deixarem de fazer
nos prazos marcados as ditas declarações, ou as
fizerem inexatas.
30
Lei 1.237/1864
Reforma da legislação hipotecária e instituição
do registro de ônus reais
a) Disciplinou o registro geral para a transcrição dos
títulos de transmissão dos imóveis susceptíveis de
hipoteca e a instituição de ônus reais.
b) Regulamentou as modalidades de hipotecas legal e
convencional e o procedimento para a sua inscrição;
c) Estabeleceu que a transmissão da propriedade não
se operava, com relação a terceiros, senão pela
transcrição do título no registro imobiliário;
d) Regulamentou mais detalhadamente a prenotação
para garantir a prioridade na constituição das
hipotecas.
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Princípios da legislação hipotecária
(arts. 1º e 2º)
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Natureza jurídica da hipoteca
(art. 2º)
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Objeto da hipoteca
(art. 2º, § 1º)
• Somente podem ser objeto de hipoteca:
a) Os imóveis;
b) Os acessórios dos imóveis;
c) Os escravos e animais pertencentes às propriedades
agrícolas, que forem especificados no contrato,
sendo com as mesmas propriedades;
d) O domínio direto dos bens enfitêuticos;
e) O domínio útil dos bens enfitêuticos independente
da licença do senhorio, o qual não perde, no caso de
alienação, o direito de opção.
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Princípios hipotecários
(art. 2º, §§ 4º, 5º e 6º)
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Tipos de hipotecas
(arts. 3º e 4º)
o Hipoteca Legal
o Hipoteca Convencional
HIPOTECA LEGAL É aquela constituída por força de lei,
para a proteção de determinados interesses:
• bens da mulher casada;
• bens provenientes de herança, legado, ou doação;
• da Fazenda Pública, sobre os imóveis dos seus
tesoureiros;
• ao Estado e aos ofendidos ou seus herdeiros, sobre os
imóveis do criminoso. 36
HIPOTECA CONVENCIONAL Resulta de acordo de
vontades em que o devedor constitui sobre um imóvel
determinado garantia real em favor do credor.
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Da transcrição
(Art. 8º)
40
Da inscrição das hipotecas
(Art. 9.º)
41
Requisitos da inscrição da hipoteca
(art. 9º, § 24)
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Da extinção da hipoteca e cancelamento das
transcrições e inscrições
(art. 11)
Extinção da hipoteca:
1) extinção da obrigação principal;
2) destruição da coisa hipotecada;
3) renúncia do credor;
4) remissão;
5) sentença passada em julgado.
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Averbação da extinção da hipoteca
(art. 11, § 6.º )
A extinção das hipotecas só começa a ter efeito
depois de averbada no competente registro, e só
poderá ser atendida em Juízo á vista da certidão
do averbamento.
Cancelamento da hipoteca
(art. 12)
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Objeto da hipoteca
(art. 2º, § 1º)
a) Os imóveis;
b) Os acessórios dos imóveis;
c) Os animais pertencentes às propriedades agrícolas;
d) O domínio direto dos bens enfitêuticos;
e) O domínio útil dos bens enfitêuticos, independente da
licença do senhorio;
f) Os engenhos centrais, fábricas, usinas e oficinas,
abrangendo os edifícios e maquinismos;
g) As estradas de ferro, compreendendo todos os seus
imóveis, acessórios, material fixo e rodante.
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Regulamento do Decreto nº 169-A/1890: Decreto nº
370, de 02/05/1890.
INAUGURAÇÃO DO REGISTRO GERAL NAS NOVAS
COMARCAS: O Registro Geral previsto na Lei 1237/1864
e no Decreto 169-A/1890, continuará nas comarcas onde
atualmente funciona, e será estabelecido em todas as
novas dentro de 8 dias, depois da instalação delas.
• Nas comarcas de mais de um juiz de direito, presidirá á
instalação do registro o Juiz da 1ª Vara Cível.
• Desde a instalação do registro geral, nos termos da Lei
1237/1864, realizam-se todos os effeitos resultantes
do registro dos títulos, que pela lei são sujeitos a esta
formalidade, para valer contra terceiros.
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Código Civil de 1916
50
Modos de aquisição da propriedade imóvel
(CC, 1916, art. 530)
II - Pela acessão.
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Aquisição pela transcrição do título
(arts. 531 e 532)
• Ficavam sujeitos à transcrição os títulos translativos
da propriedade imóvel, por ato entre vivos.
• Deviam ser também transcritos:
a) os julgados, pelos quais, nas ações divisórias, se
puser termo a indivisão;
b) as sentenças, que nos inventários e partilhas,
adjudicarem bens de raiz em pagamento das dívidas
da herança;
c) a arrematação e as adjudicações em hasta pública.
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Eficácia e momento da transcrição
(arts. 533 e 534)
53
Aquisição por acessão
(Art. 536)
54
Do usucapião
(art. 550)
55
Usucapião por justo título
(art. 551)
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Da perda da propriedade imóvel
(art. 586)
1) Pela alienação.
2) Pela renúncia.
3) Pelo abandono
4) Pelo perecimento do imóvel.
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Desapropriação
(art. 590)
d) A exploração de minas.
59
Modalidades atuais de Desapropriação
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Dos direitos reais sobre coisas alheias
(art. 674)
São direitos reais, além da propriedade:
1) A enfiteuse.
2) As servidões.
3) O usufruto.
4) O uso.
5) A habitação.
6) As rendas constituídas sobre imóveis.
7) O penhor.
8) A anticrese.
9) A hipoteca.
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Registro de Imóveis
(arts. 856 a 862)
Art. 856. O registro de imóveis compreende:
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Normas de registro público complementares ao
Código de 1916
• Lei 4.827/1924 – Organizou a atividade do registro
imobiliário de acordo com o sistema do Código Civil de
1916, e implantou o procedimento de registro de
títulos judiciais.
• Decreto 18.542/1928 – Estabeleceu o princípio da
continuidade registral e a necessidade de prova de
domínio do alienante.
• Decreto 4.857/1939 – Ampliou as exigências para o
registro das escrituras públicas e títulos judiciais, como
requisito para a autenticidade, segurança e validade
dos atos jurídicos imobiliários.
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