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ESCRITURA PÚBLICA

(PARTE 2)
Escritura Pública de Imóvel Rural
Art. 22, § 1º da Lei n. 4.947/66 - Sem apresentação do Certificado
de Cadastro, não poderão os proprietários, a partir da data a que se
refere este artigo, sob pena de nulidade, desmembrar, arrendar,
hipotecar, vender ou prometer em venda imóveis rurais.
§3º - A apresentação do Certificado de Cadastro de Imóvel Rural -
CCIR, exigida no caput deste artigo e nos §§ 1o e 2o, far-se-á, sempre,
acompanhada da prova de quitação do Imposto sobre a
Propriedade Territorial Rural - ITR, correspondente aos últimos
cinco exercícios, ressalvados os casos de inexigibilidade e dispensa
previstos no art. 20 da Lei no 9.393, de 19 de dezembro de 1996.
CCIR – INCRA

EMISSÃO
Escritura Pública de Imóvel Rural
Art. 65 da Lei 4.504/64 - O imóvel rural não é divisível em áreas de
dimensão inferior à constitutiva do módulo de propriedade rural.
Exceção – Dec. 62.504/68
Art 2º Os desmembramentos de imóvel rural que visem a constituir
unidades com destinação diversa daquela referida no Inciso I do
Artigo 4º da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, não estão
sujeitos às disposições do Art. 65 da mesma lei e do
Art. 11 do Decreto-lei nº 57, de 18 de novembro de 1966, desde que,
comprovadamente, se destinem a um dos seguintes fins: I -
Desmembramentos decorrentes de desapropriação por necessidade
ou utilidade pública (...).
Escritura Pública de Imóvel Rural
Art. 65 da Lei 4.504/64 - O imóvel rural não é divisível em áreas de
dimensão inferior à constitutiva do módulo de propriedade rural.
Exceção – Dec. 62.504/68
Art. 2º II - Desmembramentos de iniciativa particular que visem a
atender interesses de Ordem Pública na zona rural, tais como:
a) Os destinados a instalação de estabelecimentos comerciais,
quais sejam: 1 - postos de abastecimento de combustível, oficinas
mecânicas, garagens e similares; 2 - lojas, armazéns, restaurantes,
hotéis e similares; 3 - silos, depósitos e similares. Etc.
-
MÓDULO RURAL
De acordo com o Estatuto da Terra (Lei nº 4.504/64), no art. 4º,
incisos III e II, entende-se por Módulo Rural como a área rural
fixada afim de atender às necessidades de uma propriedade familiar,
um imóvel que possa ser diretamente explorado por uma família para
lhes garantir a subsistência e viabilizar sua progressão
socioeconômica. Em outras palavras, trata-se de uma unidade de
medida agrária, expressa em hectares, que busca refletir a
interdependência entre a dimensão, a situação geográfica do imóvel
rural, a forma e as condições do seu aproveitamento econômico.

O módulo rural determina a Fração Mínima de Parcelamento (FMP), que


corresponde à área mínima que pode ser fracionada no Registro de
Imóveis, para constituição de um novo imóvel rural.
Escritura Pública de Imóvel Rural
Art. 65 da Lei 4.504/64 - O imóvel rural não é divisível em
áreas de dimensão inferior à constitutiva do módulo de
propriedade rural.
Exceção – Desdobro – Se o desdobro de um lote rural for
realizado para posterior unificação seja inferior à fração
mínima de parcelamento, desde que o remanescente seja
superior.
- Usucapião; Desapropriação.
Escritura Pública de Imóvel Rural
Decreto 74.965/74 – Aquisição de Imóvel Rural por
Estrangeiro
Art. 3º Na aquisição de imóvel rural por pessoa estrangeira, física ou
jurídica, é da essência do ato a escritura pública.
Art. 5º A soma das áreas rurais pertencentes a pessoas estrangeiras,
físicas ou jurídicas, não poderá ultrapassar 1/4 (um quarto) da
superfície dos Municípios onde se situem comprovada por certidão do
Registro de Imóveis, com base no livro auxiliar de que trata o artigo 15.
§ 1º As pessoas de mesma nacionalidade não poderão ser proprietárias,
em cada Município, de mais de 40% (quarenta por cento) do limite
fixado neste artigo.
Escritura Pública de Imóvel Rural
Decreto 74.965/74 – Aquisição de Imóvel Rural por
Estrangeiro

§ 2º Ficam excluídas das restrições deste artigo as aquisições de


áreas rurais:
I - Inferiores a 3 (três) módulos;
III - Quando o adquirente tiver filho brasileiro ou for casado com
pessoa brasileira sob o regime de comunhão de bens.
Escritura Pública de Imóvel Rural
Decreto 74.965/74 – Aquisição de Imóvel Rural por
Estrangeiro
Art. 7º A aquisição de imóvel rural por pessoa física estrangeira
não poderá exceder a 50 (cinquenta) módulos de exploração
indefinida, em área contínua ou descontínua.
§ 1º Quando se tratar de imóvel com área não superior a 3 (três)
módulos, a aquisição será livre, independendo de qualquer
autorização ou licença, ressalvadas as exigências gerais
determinadas em lei.
Escritura Pública de Imóvel Rural
Decreto 74.965/74 – Aquisição de Imóvel Rural por
Estrangeiro
§ 2º A aquisição de imóvel rural entre 3 (três) e 50 (cinquenta)
módulos de exploração indefinida dependerá de autorização do
INCRA, ressalvado o disposto no artigo 2º.
§ 3º Dependerá também de autorização a aquisição de mais de um
imóvel, com área não superior a três módulos, feita por uma
pessoa física.
§ 4º A autorização para aquisição por pessoa física condicionar-se-
á, se o imóvel for de área superior a 20 (vinte) módulos, à
aprovação do projeto de exploração correspondente.
Lei 11.441/2007 - Inventário

Art. 1º Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á


ao inventário judicial; se todos forem capazes e concordes,
poderá fazer-se o inventário e a partilha por escritura pública, a
qual constituirá título hábil para o registro imobiliário.
Parágrafo único. O tabelião somente lavrará a escritura pública se
todas as partes interessadas estiverem assistidas por advogado
comum ou advogados de cada uma delas, cuja qualificação e
assinatura constarão do ato notarial.
Escritura Pública
Lei 11.441/2007 - Separação/Divórcio
Art. 3º A separação consensual e o divórcio consensual, não
havendo filhos menores ou incapazes do casal e
observados os requisitos legais quanto aos prazos, poderão
ser realizados por escritura pública, da qual constarão as
disposições relativas à descrição e à partilha dos bens
comuns e à pensão alimentícia e, ainda, ao acordo quanto à
retomada pelo cônjuge de seu nome de solteiro ou à
manutenção do nome adotado quando se deu o casamento.
Escritura Pública
Lei 11.441/2007 - Inventário/Separação/Divórcio
§ 1o A escritura não depende de homologação judicial e constitui
título hábil para o registro civil e o registro de imóveis.
§ 2o O tabelião somente lavrará a escritura se os contratantes
estiverem assistidos por advogado comum ou advogados de cada
um deles, cuja qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
§ 3o A escritura e demais atos notariais serão gratuitos àqueles que
se declararem pobres sob as penas da lei.
Escritura Pública
Artigo 733 da Lei nº 13.105 de 16 de Março de 2015
Art. 733. O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção
consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos
incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados
por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o
art. 731 .
§ 1º A escritura não depende de homologação judicial e constitui título
hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de
importância depositada em instituições financeiras.
§ 2º O tabelião somente lavrará a escritura se os interessados
estiverem assistidos por advogado ou por defensor público, cuja
qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
ATA NOTARIAL
“Instrumento público através do qual o notário capta,
por seus sentidos, uma determinada situação, um
determinado fato, e o traslada para seus livros de
notas ou para outro documento.” BRANDELLI,
Leonardo.
ATA NOTARIAL
A ata notarial ganhou destaque com o novo Código de
Processo Civil (2015), no capítulo que trata das provas:
“Art. 384. A existência e o modo de existir de algum
fato podem ser atestados ou documentados, a
requerimento do interessado, mediante ata lavrada
por tabelião. Parágrafo único. Dados representados
por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos
poderão constar da ata notarial.”
ATA NOTARIAL
Para que serve uma ata notarial?
- A ata notarial serve para pré-constituir prova de fatos, cujo
testemunho do tabelião, com fé pública, confere a
veracidade da prova para qualquer fim, inclusive
judicialmente. Tem a força de provar a integridade e a
veracidade de fato, atribuir autenticidade, fixar a data e
hora, assim como comprovar, inclusive, a existência do
conteúdo ofensivo/criminoso – Instrumento legal para a
“usucapião extrajudicial”.

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