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ILMA.

SENHORA OFICIALA DO TABELIONATO DO 8º OFÍCIO DE NOTAS DA COMARCA DE


SALVADOR/BA

XXXXXX, brasileiro, casado, aposentado, RG XXX SSP/BA, inscrito no CPF sob nº


XXXXXXXXXX casado em regime de comunhão parcial de bens, desde 28/10/1987, com
IRACI LIMA DA CONCEIÇÃO, brasileira, RG 0409336521, inscrita no CPF sob o nº
400.522.575-68, residentes e domiciliados Beco João do Boi, 01A Caminho de Areia,
Salvador/BA, CEP 40440-210, onde têm domicílio, vêm e nos termos do art. 4º, inciso VII,
§ 3º, do provimento 65 do CNJ c/c o art. 425, inciso VI, do Código de Processo Civil
Brasileiro, a(o) ADVOGADO(A) do REQUERENTE, DRA. XXXXXXXX brasileira, estado civil,
inscrita na OAB/xxx sob o número 1xxx.xxx, CPF/MF sob número xxx.xxx.xxx-xx, com
endereço profissional sito à XXXXX; XXXX XXXX, XXX sala XXX, XXX, xxxx0-0xx, Salvador,
Bahia, endereço eletrônico: XXXXXX, vem à presença de Vossa Senhoria, pelas advogadas
que esta subscreve, conforme instrumentos particulares de procuração em anexo,
consubstanciado no art. 1.238 do Código Civil Brasileiro, para requerer USUCAPIÃO
EXTRAJUDICIAL.

I – DA ESPÉCIE DE USUCAPIÃO PRETENDIDA E DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

A espécie da usucapião pretendida é a (TIPO DE USUCAPIÃo), no prazo e nas


condições previstas no caput do art. (DESCREVER O ARGIGO QUE CORRESPONDE) do
Código Civil Brasileiro, sendo certo que os REQUERENTES possuem a posse mansa,
ininterrupta e sem oposição do imóvel usucapiendo há mais de XXXXX anos, conforme
será demonstrado adiante.
II – DO CADASTRO NO MUNICÍPIO, DO REGISTRO IMOBILIÁRIO E DAS CARACTERÍSTICAS
DO IMÓVEL USUCAPIENDO

O imóvel usucapiendo constitui-se localizado em área urbana na XXXXX, Bonfim,


Penha, imóvel com inscrição no censo imobiliário municipal sob o XXXXX, medindo a área
de XXX (XXX), as seguintes dimensões da casa com dimensão frontal de XXX metros de
frente para a rua Beco João do Boi, e com dimensão lateral esquerda de XXX metros para
a Travessa João do Boi, ao fundo mede XX metros limitando-se com a casa de nº XXX, e do
lado direito mede XXX metro limitando-se com a casa de nº 1A, encerrando uma área total
do terreno (nº 01) de XX m², tudo em conformidade com a planta, memorial descritivo e
anotação de responsabilidade técnica – ART, como consta anexo. (§ 5º Será dispensada a
apresentação de planta e memorial descritivo se o imóvel usucapiendo for unidade
autônoma de condomínio edilício ou loteamento regularmente instituído, bastando que o
requerimento faça menção à descrição constante da respectiva matrícula.)

Pelos REQUERENTES é apresentando, para comprovação do seu lapso temporal de


posse, os seguintes documentos:

1- COMPROVANTES DE PAGAMENTO DO IPTU DO IMÓVEL OU CERTIDÃO


DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DO IPTU (ou FORO ANUAL quando se tratar
de domínio útil ou imóvel aforado ou enfitêutico): Prefeitura Municipal de
Salvador Estado da Bahia – em nome de XXXXXX, sendo o valor total
recolhido de R$ XXX

2- DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA: Declarações anuais de imposto


de renda apresentadas à Secretaria da Receita Federal do Brasil, do
exercício de 20XXXX, onde o declarou ter a posse do referido imóvel;

3- COMPROVANTES relativos ao pagamento de água, energia e telefone,


comprovando a posse no imóvel;

4- XXXXXXXXX: foi apresentada ainda a planta atualizada do imóvel, com


memorial descritivo e anotação de responsabilidade técnica – ART – CREA
nº XXXX- D, assinada pelo engenheiro responsável Jackson XXXXX da Silva,
em data de XXXX.
III – DA FORMA DE AQUISIÇÃO, DO TEMPO E DAS CARACTERÍSTICAS DA POSSE DOS
REQUERENTES E DE SEUS ANTECESSORES

O imóvel usucapiendo foi adquirido pelos REQUERENTES através de escritura lavrada em


15/10/1997 pelo cedente XXXXX como consta anexo a escritura pública de venda de
benfeitoria com sessão de direitos de posse de terreno.

Para fins de identificação dos possuidores anteriores, apresenta-se abaixo os


respectivos dados de qualificação:

a) XXXXXX, brasileiro, casado, engenheiro mecânico, residente e domiciliado nesta capital;

b) XXXXX solteira, maior; XXXX, solteira, maior; XXXX, casado, escrituário, todos
brasileiros, residentes e domiciliados nesta capital.

IV – DO “ANIMUS DOMINI” E DA “APARÊNCIA DE DONO”

Um dos requisitos qualificativos imprescindíveis para a caracterização da posse “ad


usucapionem” é o “animus domini”, que se traduz em “ânimo de dono”.

Assim, necessário consignar que o exercício da posse dos REQUERENTES se reveste


do "ânimo de dono", sendo certo que os mesmos possuem a coisa como própria, agindo
como donos e senhores da coisa (animus rem sibi habendi), sendo responsáveis por todos
os tributos e demais obrigações que recaem sobre o bem, zelando, ainda, pela sua
conservação.

Além disso, os REQUERENTES possuem aparência de donos e senhores da coisa,


sendo reconhecidos na vizinhança como os legítimos proprietários do imóvel
usucapiendo, conforme se depreende dos termos de declaração em anexo.

V – DAS ASSINATURAS NA PLANTA, NO MEMORIAL DESCRITIVO E NA ART, E DA


POSSIBILIDADE DE NOTIFICAR POR CORREIOS E/OU POR VIA DE EDITAL (§ 5º Será
dispensada a apresentação de planta e memorial descritivo se o imóvel usucapiendo for
unidade autônoma de condomínio edilício ou loteamento regularmente instituído,
bastando que o requerimento faça menção à descrição constante da respectiva
matrícula.)

Esclarecem os REQUERENTES sobre a impossibilidade de recolhimento das


assinaturas de todos os titulares de direitos registrados ou averbados na matrícula do
imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes ou pelos ocupantes a
qualquer título, conforme estabelece o art. 4º, inciso II do provimento 65/2.017 do CNJ.

Por essa razão, em consonância com o permissivo contido nos §§ 2º e 3º do art. 4º,
bem como no art. 10º, caput, e §§ 3º e 6º, do provimento 65/2.017 do CNJ, requerem o
suprimento de tais assinaturas através da notificação de todos aqueles eventualmente
interessados no presente requerimento de Usucapião. Vejamos:

Art. 4º O requerimento será assinado por advogado ou por defensor público constituído
pelo requerente e instruído com os seguintes documentos:

§ 2º O requerimento será instruído com tantas cópias quantas forem os titulares de


direitos reais ou de outros direitos registrados sobre o imóvel usucapiendo e os
proprietários confinantes ou ocupantes cujas assinaturas não constem da planta nem do
memorial descritivo referidos no inciso II deste artigo.

§ 3º O documento oferecido em cópia poderá, no requerimento, ser declarado autêntico


pelo advogado ou pelo defensor público, sob sua responsabilidade pessoal, sendo
dispensada a apresentação de cópias autenticadas.

Art. 10. Se a planta mencionada no inciso II do caput do art. 4º deste provimento não
estiver assinada pelos titulares dos direitos registrados ou averbados na matrícula do
imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis confinantes ou ocupantes a qualquer
título e não for apresentado documento autônomo de anuência expressa, eles serão
notificados pelo oficial de registro de imóveis ou por intermédio do oficial de registro de
títulos e documentos para que manifestem consentimento no prazo de quinze dias,
considerando-se sua inércia como concordância.
§ 3º A notificação poderá ser realizada por carta com aviso de recebimento, devendo vir
acompanhada de cópia do requerimento inicial e da ata notarial, bem como de cópia da
planta e do memorial descritivo e dos demais documentos que a instruíram.

§ 6º Se a planta não estiver assinada por algum confrontante, este será notificado pelo
oficial de registro de imóveis mediante carta com aviso de recebimento, para manifestar-
se no prazo de quinze dias, aplicando-se ao que couber o disposto nos §§ 2º e seguintes
do art. 213 e seguintes da LRP.

Outrossim, nos termos do § 13 do art. 216-A da Lei de Registros Públicos, caso não
sejam encontrados quaisquer dos notificandos, ou caso estejam em local incerto e não
sabido, pugnam os REQUERENTES pela NOTIFICAÇÃO EDITALÍCIA, mediante publicação em
jornal local de grande circulação. Veja-se:

Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o pedido de reconhecimento


extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do
registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a
requerimento do interessado, representado por advogado, instruído com:

[...]

§ 2o Se a planta não contiver a assinatura de qualquer um dos titulares de direitos


registrados ou averbados na matrícula do imóvel usucapiendo ou na matrícula dos imóveis
confinantes, o titular será notificado pelo registrador competente, pessoalmente ou pelo
correio com aviso de recebimento, para manifestar consentimento expresso em quinze
dias, interpretado o silêncio como concordância. (Redação dada pela Lei nº 13.465, de
2017)

[...]

§ 13. Para efeito do § 2o deste artigo, caso não seja encontrado o notificando ou caso ele
esteja em lugar incerto ou não sabido, tal fato será certificado pelo registrador, que
deverá promover a sua notificação por edital mediante publicação, por duas vezes, em
jornal local de grande circulação, pelo prazo de quinze dias cada um, interpretado o
silêncio do notificando como concordância. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)

VII – DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Tratando-se de uma das formas originárias de aquisição da propriedade (fato que


não envolve transmissão imobiliária), não há se falar em obrigação tributária, tampouco
na necessidade de recolhimento dos impostos ITBI ou ITCMD para registro da Usucapião.

VIII – DAS CERTIDÕES JUDICIAIS

Neste ato, os REQUERENTES apresentam as certidões negativas tributárias e dos


distribuidores da Justiça Estadual e da Justiça Federal.

IX – DO PEDIDO E DOS REQUERIMENTOS

Como visto, o exercício da posse mansa, pacífica, exclusiva e contínua do imóvel


usucapiendo, por período superior a 15 anos, com "animus domini", configura a legítima
posse “ad usucapionem” dos REQUERENTES. Razão pela qual, de acordo com a
documentação autêntica apresentada, preenchem os requisitos legais necessários para a
obtenção da declaração de domínio aqui pretendida.

Diante disso, requerem:

a) A prenotação, a autuação e o processamento do presente requerimento


extrajudicial de Usucapião;
b) Notificação dos titulares registrais do domínio do imóvel, e eventuais titulares
de direitos reais e de outros direitos registrados ou averbados na matrícula do imóvel
usucapiendo, para manifestarem o que entenderem de direito, em quinze dias,
interpretado o silêncio como concordância, conforme redação do § 2º do art. 216-A da Lei
de Registros Publicos (6.015/73), alterado pela LEI Nº 13.465, DE 11 DE JULHO DE 2017.

Outrossim, nos termos do § 13 do art. 216-A da Lei de Registros Públicos, considerando


que os titulares registrais do imóvel encontram-se em local incerto e não sabido, requer
NOTIFICAÇÃO DOS MESMOS POR EDITAL, mediante publicação em jornal local de grande
circulação, ou pelo meio eletrônico eventualmente disponível.

c) Notificação dos OCUPANTES E/OU PROPRIETÁRIOS dos imóveis contíguos


conforme determina o § 2º do art. 4º do Provimento 65/2017 do CNJ, para manifestarem
o que entenderem de direito, em quinze dias, interpretando-se o silêncio como
concordância, conforme redação do § 2º do art. 216-A da Lei de Registros Públicos
(6.015/73), alterado pela LEI Nº 13.465, DE 11 DE JULHO DE 2017, sendo eles:

1) xxxxx xxxx xxxxxxxx xx xxxxx, CPF xxx.xxx.xxx-xx, estado civil,


proprietário/possuidor/ocupante do imóvel confrontante à direita do imóvel usucapiendo,
na (endereço completo com CEP). Endereço para notificação: (endereço completo com
CEP);

2) xxxxx xxxx xxxxxxxx xx xxxxx, CPF xxx.xxx.xxx-xx, estado civil,


proprietário/possuidor/ocupante do imóvel confrontante à esquerda do imóvel
usucapiendo, na (endereço completo com CEP). Endereço para notificação: (endereço
completo com CEP);

3) xxxxx xxxx xxxxxxxx xx xxxxx, CPF xxx.xxx.xxx-xx, estado civil,


proprietário/possuidor/ocupante do imóvel confrontante aos fundos do imóvel
usucapiendo, na (endereço completo com CEP). Endereço para notificação: (endereço
completo com CEP);

Outrossim, nos termos do § 13 do art. 216-A da Lei de Registros públicos, caso não
sejam encontrados quaisquer dos notificandos, ou caso estejam em local incerto e não
sabido, os REQUERENTES pugnam pela NOTIFICAÇÃO DOS MESMOS POR EDITAL,
mediante publicação em jornal local de grande circulação, ou pelo meio eletrônico
eventualmente disponível.

4) Promova a cientificação, pelos Correios, com aviso de recebimento, das


Fazendas Públicas (União, Estado e Município) para que, no mesmo prazo legal de 15 dias,
se manifestem sobre o presente requerimento, devendo constar no teor da notificação
que o silêncio importará em concordância;

5) Após a cientificação dos interessados, promova esta serventia a publicação de


edital em meio eletrônico, para a ciência de eventuais terceiros interessados, que poderão
se manifestar em 15 dias;

6) Entendendo pela necessidade de outras diligências, para certificação e


comprovação dos atos e dos fatos que fundamentam esse pedido, que se proceda às
diligências que julgar necessárias;

7) Transcorrido o prazo da publicação do edital, não havendo pendência de


notificações ou diligências, e achando-se em ordem a documentação, requer o
deferimento do pedido, para que se proceda com o registro da aquisição da propriedade
pela usucapião, abrindo-se matrícula para o imóvel usucapiendo em nome dos
REQUERENTES, com a descrição contida na planta e no memorial descritivo apresentados;

Salvador, XX de XXXXXXXXX de 20xxxx.

Advogado (a)
ADVOGADO – OAB/ sob o número xxxx.xxxxx

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