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MARCOS SALOMÃO
SEMANA DO REGISTRO DE IMÓVEIS DESCOMPLICADO
Lei n° 5.868/72
Art. 8º - Para fins de transmissão, a qualquer título, na forma do Art. 65
da Lei número 4.504, de 30 de novembro de 1964, nenhum imóvel rural
poderá ser desmembrado ou dividido em área de tamanho inferior à do
módulo calculado para o imóvel ou da fração mínima de parcelamento
fixado no § 1º deste artigo, prevalecendo a de menor área.
(...)
§ 4°. O disposto neste artigo não se aplica:
I - aos casos em que a alienação da área destine-se comprovadamente a
sua anexação ao prédio rústico, confrontante, desde que o imóvel do
qual se desmembre permaneça com área igual ou superior à fração
mínima do parcelamento;
II - à emissão de concessão de direito real de uso ou título de domínio
em programas de regularização fundiária de interesse social em áreas
rurais, incluindo-se as situadas na Amazônia Legal;
III - aos imóveis rurais cujos proprietários sejam enquadrados como
agricultor familiar nos termos da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006;
ou
IV - ao imóvel rural que tenha sido incorporado à zona urbana do
Município.
§ 5º. O disposto neste artigo aplica-se também às transações celebradas
até esta data e ainda não registradas em Cartório, desde que se
enquadrem nas condições e requisitos ora estabelecidos.
Decreto n° 62.504/68
Art 2º Os desmembramentos de imóvel rural que visem a constituir
unidades com destinação diversa daquela referida no Inciso I do Artigo
4º da Lei nº 4.504, de 30 de novembro de 1964, não estão sujeitos às
disposições do Art. 65 da mesma lei e do Art. 11 do Decreto-lei nº 57,
de 18 de novembro de 1966, desde que, comprovadamente, se destinem
a um dos seguintes fins:
→ Deve-se observar a FMP para evitar o parcelamento irregular do solo – não pode
fazer escritura pública ou registrar nesses casos.
→ Várias chácaras com áreas menores que a fração mínima de parcelamento podem
se transformar em núcleo urbano informal consolidado – podendo ser aplicada a
REURB, Lei 13.465/17.
→ Não é possível fazer usucapião em imóveis do Sistema Financeiro de Habitação,
aqueles da CAIXA, pois estão afetados à finalidade pública. IMÓVEIS
PÚBLICOS NÃO PODEM SER USUCAPIDOS.
Parcelamento do solo urbano – é fatiar o terreno, a gleba. Pode ser pelos procedimentos:
1 - Loteamento – é a subdivisão da gleba em lotes que serão destinados a edificação e à
venda, com ABERTURA de novas vias de circulação com logradouros públicos, com
áreas entregues ao Poder Público (Município). Cada Município cria a porcentagem da
área que será entregue. O Município cria as diretrizes para cada loteamento. O Município
precisa aprovar o projeto (com mapa, memorial descritivo) e após a aprovação esse
projeto é levado ao Registro de Imóveis. Assim, depois da qualificação positiva feita pelo
oficial, registra o loteamento e somente depois os lotes serão vendidos.
***Direito real – relação com a coisa, gera direito de sequela, de buscar o imóvel. Gera
segurança jurídica.
→ ATENÇÃO: Alguns Estados, como São Paulo, dispensa a escritura pública desde
que quitada a promessa de compra e venda – art. 26, § 6o, Lei 6.766/79. Isso vale
para o loteamento.
→ Esse contrato de promessa de compra e venda, do loteamento e também da
incorporação, possui a cláusula de irretratabilidade – não permite o credor se
arrepender. Os imóveis que não são de loteamento, que já estão no mercado,
podem conter a cláusula de retratabilidade.
2 - Desdobro – depende de lei municipal para determinar até quantos lotes poderá ser
desdobrado, procedimento mais simples, menos burocrático, sendo necessária a
autorização da prefeitura, com mapa, memorial descritivo assinado por profissional
habilitado e ART apenas, levado ao Registro de Imóveis. O Município vai determinar
qual a metragem mínima do lote, respeitando a Lei 6766/79. Não pode burlar a lei do
parcelamento do solo e depois requerer usucapião. A usucapião de lotes irregulares é
exceção.
CONDOMÍNIOS
- Condomínio Edilício – edificações com parte de propriedade exclusiva e parte que são
de propriedade comum (com respectiva fração ideal no solo e nas partes comuns).
COMPRA E VENDA
DOAÇÃO
A doação está muito ligada ao instituto do direito real de usufruto. Muito comum a doação
do imóvel (nua-propriedade) e reserva do usufruto.
O usufruto não pode ser alienado. O usufrutuário pode locar o bem imóvel, ou seja, tirar
os frutos e usar.
É possível comprar imóvel que tenha usufruto? SIM, compra-se a nua-propriedade, mas
permanece o usufruto. A compra só do usufruto NÃO É POSSÍVEL.
CC, Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no
momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
CC, Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da
herança, constituindo a legítima.
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