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Diagnóstico Urbano

Seminário Estatuto da Cidade e PDU Vitória

Docente: Anna Karine de Queiroz C. Belinni


Disciplina: Diagnóstico Urbano
Do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios

Fonte: Rossi, 2021


ESTATUTO DA CIDADE

Do Parcelamento, Edificação ou Utilização


Compulsórios

Art. 5o Lei municipal específica para área incluída § 4o Os prazos a que se refere o caput não
no plano diretor poderá determinar o parcelamento, poderão ser inferiores a:
a edificação ou a utilização compulsórios do solo I – um ano, a partir da notificação, para que
urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, seja protocolado o projeto no órgão municipal
devendo fixar as condições e os prazos para competente;
implementação da referida obrigação. II – dois anos, a partir da aprovação do
§ 1o Considera-se subutilizado o imóvel: projeto, para iniciar as obras do
I – cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo empreendimento.
definido no plano diretor ou em legislação dele § 5o Em empreendimentos de grande porte,
decorrente; em caráter excepcional, a lei municipal
II – (Vetado). específica a que se refere o caput poderá
§ 2o O proprietário será notificado pelo Poder prever a conclusão em etapas, assegurando-
Executivo municipal para o cumprimento da se que o projeto aprovado compreenda o
obrigação, devendo a notificação ser averbada no empreendimento como um todo.
cartório de registro de imóveis. Art. 6o A transmissão do imóvel, por ato inter
§ 3o A notificação far-se-á: vivos ou causa mortis, posterior à data da
I – por funcionário do órgão competente do Poder notificação, transfere as obrigações de
Público municipal, ao proprietário do imóvel ou, no parcelamento, edificação ou utilização
caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha previstas no art. 5o desta Lei, sem
poderes de gerência geral ou administração; interrupção de quaisquer prazos.
II – por edital quando frustrada, por três vezes, a
tentativa de notificação na forma prevista pelo
inciso I.
ESTATUTO DA CIDADE
COMENTADO

A manutenção de terrenos vazios ou ociosos,


inseridos na área urbanizada, à espera de uma
valorização futura que beneficia apenas seus
proprietários, diminui os espaços disponíveis na
cidade para a moradia e as atividades econômicas
necessárias para o desenvolvimento de toda a
sociedade, especialmente para os grupos
economicamente vulneráveis.
PDU VITÓRIA
Art. 224 São passíveis de parcelamento, edificação § 4º Caracterizam-se como subutilizados os
ou utilização compulsórios, nos termos do artigo imóveis edificados cuja efetiva ocupação
182 da Constituição Federal e dos artigos 5º e 6º represente percentual menor que 50% (cinquenta
da Lei Federal nº 10.257, de 2001, os imóveis por cento) da área edificada.
edificados ou não, subutilizados e não utilizados § 5º Exclui-se da classificação do caput deste
conforme definidos nesta Lei. artigo os imóveis que estejam desocupados em
§ 1º Consideram-se não edificados as glebas ou virtude de litígio judicial, desde que comprovada a
lotes que não tenham edificações aprovadas impossibilidade de utilização do mesmo, exceto
perante o Município ou que tenham sido aprovadas aqueles em litígio há 25 anos ou mais e esgotadas
há mais de 3 anos e não tenham sido executadas. as negociações entre as partes ao ser apresentada
§ 2º Consideram-se subutilizadas as glebas ou a possibilidade de desapropriação.
lotes que não alcançarem o coeficiente de Art. 225 Ficam identificadas para aplicação do
aproveitamento mínimo definido nesta parcelamento, edificação e utilização compulsórios
Lei, conforme sua zona de situação. as áreas inseridas na Macrozona de
§ 3º Consideram-se não utilizados os imóveis que, Reestruturação, na Zona Especial de Interesse
mesmo atingindo o coeficiente de aproveitamento Urbanístico do Centro Histórico (ZEIU 1) e as
mínimo, estejam em ruínas, ofereçam riscos à demarcadas como Zona Especial de Interesse
salubridade ou segurança da população, tenham Social 02 - ZEIS/02.
sido objeto de demolição, embargo, abandono, Parágrafo Único. Serão indicadas outras áreas
desabamento, paralisação por mais de 3 anos da sujeitas ao parcelamento, edificação e utilização
execução de projeto regularmente aprovado, compulsórios através de Lei especifica, bem como
sujeitos em todos os casos à comprovação da os casos de não incidência do instrumento e o
desocupação por meio de consulta às sistema de participação e controle social em sua
concessionárias de serviços essenciais como água gestão.
e energia.
Art. 226 Imóveis caracterizados como não § 2º Nos casos em que o proprietário não resida
edificados, subutilizados e não utilizados, nos em Vitória, fica autorizada a notificação do
termos desta Lei, não serão passíveis de proprietário por carta registrada no local de seu
parcelamento, edificação e utilização compulsórios domicílio fiscal identificado para o Município.
nas seguintes situações: § 3º Após frustradas três tentativas de notificação,
I - Quando localizados integralmente em ZPAs; pessoal ou por carta com aviso de recebimento, a
II - Quando não atingirem o coeficiente de notificação será realizada por edital publicado em
aproveitamento mínimo em decorrência de Diário Oficial do Município.
restrições da legislação ambiental ou de restrições Art. 228 Procedida a notificação sem apresentação
edilícias impostas em razão da paisagem urbana; tempestiva de recurso ou no caso de não serem
III - Quando tratar-se de áreas não edificadas acolhidos os argumentos a afastarem a incidência
vinculadas ao exercício de atividades, incluídas as do instrumento de parcelamento, edificação e
vagas de estacionamento exigíveis nos termos das utilização compulsórios, o Executivo Municipal fará
normas urbanísticas; a averbação dos termos da notificação à margem
IV - Quando tratar-se de imóveis tombados ou de da matrícula ou outro título de domínio do imóvel.
interesse de preservação. Art. 229 Após averbada a notificação à margem da
Art. 227 Caracterizada a hipótese de parcelamento, matrícula ou outro título de domínio do imóvel,
edificação e utilização compulsórios, será o deverão ser observados os seguintes prazos:
proprietário do imóvel notificado pessoalmente por I - 1 (um) ano para apresentação de documento
funcionário do Município, sendo facultado ao que comprove, alternativamente:
notificado recorrer da decisão de enquadramento a) haver utilização do imóvel nos últimos 8 meses;
de seu imóvel, em até 20 dias, em requerimento b) protocolo de pedido de aprovação de
próprio, protocolizado perante o parcelamento do solo ou de edificação nova,
Município. condominial ou não, não se configurando o mero
§ 1º Caso a propriedade do imóvel pertença à desdobro do lote como meio hábil para caracterizar
pessoa jurídica, deverá ser notificado quem seu parcelamento;
detenha expressos poderes por sua administração, II - 2 anos para o início das obras, após a
o qual também será responsável por eventual aprovação do projeto;
recurso da notificação.
III - 5 anos para conclusão da obra, após seu início. Art. 233 O descumprimento de qualquer dos
Parágrafo Único. A solicitação e emissão de prazos previstos nesta Lei para o parcelamento,
diretrizes não se caracterizam como protocolo do edificação ou utilização compulsórios, contados
pedido de aprovação de parcelamento do solo ou a partir da averbação da notificação no cartório
de edificação. de registro de imóveis, acarretará na aplicação
Art. 230 Caberá ao do IPTU progressivo no tempo.
Município informar sobre o ônus de parcelamento, Ficam identificadas para aplicação do
edificação e utilização compulsórios incidente nos parcelamento, edificação e utilização
seus documentos oficiais emitidos, em especial, compulsórios as áreas inseridas na Macrozona
quando da realização de consulta prévia, após de Reestruturação, na Zona Especial de
averbação da notificação no registro de imóveis. Interesse Urbanístico do Centro Histórico (ZEIU
Parágrafo Único. O ônus do parcelamento, 1) e as demarcadas como Zona Especial de
edificação e utilização compulsórios incidente no Interesse Social 02 - ZEIS/02.
imóvel persiste, independentemente de - Macrozona de Reestruturação: caracterizada
transmissão do imóvel por ato "inter vivos" ou pela menor disponibilidade de
"causa mortis", sem interrupção de quaisquer infraestrutura urbana e maior carência de áreas
prazos. destinadas a equipamentos públicos e ao lazer
Art. 231 Fica facultado aos proprietários dos da população, sendo direcionada à promoção de
imóveis notificados para o parcelamento, edificação melhores condições de infraestrutura, serviços e
e utilização compulsórios propor ao Poder equipamentos públicos e privados, bem como
Executivo Municipal a celebração do consórcio áreas verdes e de lazer.
imobiliário, nos termos desta lei. - Zona Especial de Interesse Urbanístico do
Art. 232 O Município, por meio de regulamentação, Centro Histórico (ZEIU 1):
definirá as formas de organização, realização e a. compatibilizar o incremento na ocupação
priorização das notificações, competências de urbana com as características do
gestão e averbação das notificações, bem como sistema viário e com a disponibilidade futura de
manterá permanente avaliação do cumprimento infraestrutura urbana;
dos prazos estabelecidos para o instrumento.
b. preservar os locais de interesse ambiental e a h. introduzir novas dinâmicas urbanas.
configuração da paisagem urbana; - Zona Especial de Interesse Social 02 -
c. promover a reabilitação urbana a partir de ZEIS/02: caracterizada por imóveis públicos ou
melhorias na infraestrutura de particulares edificados ou não, não utilizados ou
saneamento básico, drenagem, iluminação, subutilizados, dotados parcialmente de
espaços públicos, áreas verdes e nas condições de infraestrutura e serviços urbanos, necessários à
mobilidade e acessibilidade urbanas, implantação de Empreendimento Habitacional
especialmente nos locais com maior precariedade; de Interesse Social – EHIS, com respectivos
d. incentivar o aproveitamento de edifícios não equipamentos comunitários e urbanização
utilizados para a produção de novas habitações de complementar adequados, que poderão ser
interesse social; objeto de parcelamento, edificação ou utilização
e. preservar o patrimônio histórico cultural compulsórios.
promovendo usos compatíveis, incentivando e O descumprimento de qualquer dos prazos
orientando a recuperação dos imóveis de interesse previstos nesta Lei para o parcelamento,
de preservação; edificação ou utilização compulsórios, contados
f. fomentar a visitação da área; a partir da averbação da notificação no cartório
g. fomentar atividades econômicas na área, de registro de imóveis, acarretará na aplicação
promovendo o desenvolvimento social e humano; do IPTU progressivo no tempo.
Do IPTU progressivo no tempo

Fonte: Rossi, 2021


ESTATUTO DA CIDADE ESTATUTO DA CIDADE
Art. 7o Em caso de descumprimento das COMENTADO
condições e dos prazos previstos na forma do Para compelir o proprietário a cumprir a
caput do art. 5o desta Lei, ou não sendo cumpridas obrigação estabelecida, seja ela parcelamento,
as etapas previstas no § 5o do art. 5o desta Lei, o edificação ou utilização compulsórios, o Estatuto
Município procederá à aplicação do imposto sobre da Cidade fornece ao Município o IPTU
a propriedade predial e territorial urbana (IPTU) progressivo.
progressivo no tempo, mediante a majoração da O IPTU é um imposto devido pelos proprietários
alíquota pelo prazo de cinco anos consecutivos. ou possuidores de imóveis urbanos, sendo
§ 1o O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano calculado como uma porcentagem do valor de
será fixado na lei específica a que se refere o caput mercado do imóvel. O Estatuto da Cidade
do art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o permite que o Município aumente
valor referente ao ano anterior, respeitada a progressivamente, ao longo dos anos, a alíquota
alíquota máxima de quinze por cento. do IPTU para aqueles imóveis cujos
§ 2o Caso a obrigação de parcelar, edificar ou proprietários não obedecerem aos prazos
utilizar não esteja atendida em cinco anos, o fixados para o parcelamento, edificação ou
Município manterá a cobrança pela alíquota utilização compulsórios. É uma maneira de
máxima, até que se cumpra a referida obrigação, penalizar a retenção do imóvel para fins de
garantida a prerrogativa prevista no art. 8o. especulação da valorização imobiliária, fazendo
§ 3o É vedada a concessão de isenções ou de com que essa espera, sem nenhum benefício
anistia relativas à tributação progressiva de que para a cidade, se torne inviável
trata este artigo. economicamente. Neste caso, o IPTU
progressivo é empregado mais pelo caráter de
sanção do que de arrecadação.
Para garantir a eficácia do instrumento, o
Estatuto da Cidade vedou a concessão de
isenções ou anistias.
PDU VITÓRIA
Art. 235. O IPTU progressivo no tempo obriga o Poder Executivo Municipal a aplicar
alíquotas progressivas de IPTU, majoradas anualmente, pelo prazo de 5 (cinco) anos
consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar,
conforme o caso.
§1º O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será duas vezes o valor referente ao ano
anterior, respeitada a alíquota máxima de quinze por cento.
§2º O Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida
obrigação, garantida a prerrogativa da possibilidade do Município proceder a desapropriação
do imóvel, mediante pagamento em títulos da dívida pública.
§3º É vedada a concessão de isenções, de anistia ou negociação de débito relativas à
tributação progressiva de que trata este artigo.
Da desapropriação com pagamento em títulos

Fonte: Rossi, 2021


ESTATUTO DA CIDADE
Art. 8o Decorridos cinco anos de cobrança do § 5o O aproveitamento do imóvel poderá ser
IPTU progressivo sem que o proprietário tenha efetivado diretamente pelo Poder
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação Público ou por meio de alienação ou concessão
ou utilização, o Município poderá proceder à a terceiros, observando-se, nesses casos, o
desapropriação do imóvel, com pagamento em devido procedimento licitatório.
títulos da dívida pública. § 6o Ficam mantidas para o adquirente de
§ 1o Os títulos da dívida pública terão prévia imóvel nos termos do § 5o as mesmas
aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados obrigações de parcelamento, edificação ou
no prazo de até dez anos, em prestações anuais, utilização previstas no art. 5o desta Lei.
iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e os juros legais de seis por cento ao
ano.
§ 2o O valor real da indenização:
I – refletirá o valor da base de cálculo do IPTU,
descontado o montante incorporado em função de
obras realizadas pelo Poder Público na área onde o
mesmo se localiza após a notificação de que trata o
§ 2o do art. 5o desta Lei;
II – não computará expectativas de ganhos, lucros
cessantes e juros compensatórios.
§ 3o Os títulos de que trata este artigo não terão
poder liberatório para pagamento de tributos.
§ 4o O Município procederá ao adequado
aproveitamento do imóvel no prazo máximo de
cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao
patrimônio público.
ESTATUTO DA CIDADE
COMENTADO
A propriedade, como qualquer direito fundamental, Outra relevante diferença, ligada também ao
pode ser limitada e até mesmo objeto de uma caráter de sanção dessa modalidade de
intervenção supressiva. A Constituição Federal, desapropriação, é o valor da indenização. Esse
conferindo ao Estado o poder de retirar um bem de valor, em regra, corresponde ao valor de
seu proprietário, possibilita a desapropriação em mercado. Na desapropriação para fins urbanos,
razão de utilidade e interesse público ou por fala-se em valor real, que corresponde à base
interesse social, mas exige a justa e prévia de cálculo para o IPTU, descontado o montante
indenização em dinheiro. decorrente dos investimentos públicos na área
Como exceções a essa regra geral, a Constituição do imóvel. Essa forma de cálculo concretiza a
Federal prevê outras duas modalidades de diretriz sobre a justa distribuição dos benefícios
desapropriação, intrinsecamente relacionadas à da urbanização, expressa no artigo 2º do
função social da propriedade: a desapropriação Estatuto da Cidade. Além disso, para o cálculo
para fins de reforma urbana e a desapropriação do valor real não podem ser computadas as
para fins de reforma agrária, ambas com caráter de expectativas de ganho, lucros cessantes e juros
sanção. compensatórios.
O Estatuto da Cidade regula a desapropriação para A desapropriação para fins de reforma urbana só
fins urbanos. Por meio dessa modalidade, o Poder pode ser realizada se o proprietário, compelido a
Público Municipal pune o proprietário que não deu dar adequada utilização ao imóvel, não o fez
a seu imóvel a função social estabelecida no Plano após os cinco anos de aplicação do IPTU
Diretor. Diferentemente das desapropriações por progressivo no tempo.
utilidade e interesse público e interesse social, na
desapropriação para fins de reforma urbana o
pagamento é realizado por meio de títulos da dívida
pública, resgatáveis num prazo de dez anos.
A desapropriação pressupõe, portanto, uma sequência de ações: primeiro, o Poder Público
Municipal, nos termos da lei municipal, notifica o proprietário para parcelar, edificar ou utilizar o
imóvel; decorrido o prazo estipulado na notificação e seguindo os procedimentos legais, sem que
o proprietário cumpra com a determinação, o Município pode aumentar anualmente a alíquota do
IPTU, por um prazo de cinco anos, na forma do art. 7º do Estatuto da Cidade e da lei municipal;
somente após a aplicação desses instrumentos, o Município pode valer-se da desapropriação
para fins de reforma urbana.
A vinculação da desapropriação sanção, regulada pelo Estatuto da Cidade, à função social da
propriedade obriga também o Poder Público a dar destinação adequada ao imóvel após a
desapropriação. Se isto não for feito, o Prefeito e os demais agentes públicos envolvidos incorrem
em improbidade administrativa, conforme o artigo 52, II do Estatuto da Cidade. Improbidade
administrativa significa ato contrário ao dever do agente público de atuar com honestidade e
decência. Um ato de improbidade administrativa não é um crime em sua acepção legal, mas
quem incorre em improbidade está sujeito a sanções que podem ocasionar a suspensão dos
direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade de bens e ressarcimento ao erário1.
PDU VITÓRIA
Art. 235 Decorridos 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o proprietário tenha
cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, o município poderá
proceder a desapropriação do imóvel com pagamento em títulos da dívida pública.
§ 1º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão resgatados no
prazo de até dez anos em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da
indenização e juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.
§ 2º O valor real da indenização refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante
incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público nos casos em que este firmar consórcio
imobiliário.
§ 3º O valor real da indenização não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
compensatórios.
Art. 236 O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de cinco anos,
contados a partir de sua incorporação ao patrimônio público.
Parágrafo Único. O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou
por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando- Se, nesses casos, o devido procedimento
licitatório e as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização incidentes no imóvel.

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