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LEI COMPLEMENTAR Nº 2.635 GOIANÉSIA, 23 DE DEZEMBRO DE 2008.

DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE OBRAS E


EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE
GOIANÉSIA E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

A CÂMARA MUNICIPAL DE GOIANÉSIA,


Estado de Goiás, aprova e eu PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GOIANÉSIA, sanciono a
seguinte lei:

PARTE I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E DO LICENCIAMENTO

LIVRO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - Este Código está em consonância com o Plano Diretor


Democrático de Goianésia e o Processo de Planejamento Urbano do Município de Goianésia, bem
como com a legislação urbanística decorrente.

CAPÍTULO I
DOS CONCEITOS

Art. 2º - Este Código disciplina os procedimentos administrativos,


executivos e fiscais das obras e edificações no território do Município de Goianésia, constituindo se
em atividades edilícias, de qualquer natureza e domínio, com observância de padrões de segurança,
higiene, conforto e salubridade para seus usuários e demais cidadãos, sem colocar em risco os bens,
a saúde ou a vida de pessoas.

§ 1º Entende-se por obra a realização de trabalho em imóvel, que implique na modificação do perfil
do terreno, desde sua preparação, seu início e até sua conclusão ou ainda, qualquer intervenção cujo
resultado altere seu estado físico para área já parcelada.

§ 2º Entende-se por edificação a realização de uma obra destinada a receber qualquer atividade
humana, materiais, equipamentos ou instalações diferenciadas.

§ 3º Entende-se por projeto legal o projeto de arquitetura apto a obter Licença e Alvará de
Construção e cujo detalhamento resultará no projeto executivo.

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Art. 3º - Para a execução, ampliação ou instalação de obra ou de
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, exigir-se-á:

I - anuência prévia dos órgãos de controle e política ambiental quando da aprovação do projeto, nos
termos da legislação pertinente;

II - estudo prévio de impacto ambiental, nos termos constitucionais e da legislação municipal


específica.

Art. 4º - Para as edificações já existentes, serão permitidas obras de


reconstrução, reforma, ampliação e demolição desde que atendam as disposições deste Código.

Art. 5º - Os termos técnicos utilizados neste Código encontram-se


definidos no Anexo I, Glossário, parte integrante desta Lei.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS

Art. 6º - O presente Código tem por objeto:

I. disciplinar os assuntos que envolvem as atividades edilícias;

II estabelecer direitos e responsabilidades do Município, do proprietário ou do possuidor de imóvel


e do profissional habilitado, partes atuantes nas atividades edilícias;

III estabelecer diretrizes básicas e mínimas de conforto, aspectos de segurança edilícia e salubridade
a serem atendidas nas obras e edificações;

IV estabelecer critérios a serem atendidos nas obras, construções de novas edificações e na


preservação, manutenção e intervenção em edificações existentes.

Parágrafo único. Faz parte integrante desta lei os anexos, enumerados de I a IV.

CAPÍTULO III
DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES

SEÇÃO I
DO MUNICÍPIO

Art. 7º - A Prefeitura aprovará, licenciará e fiscalizará a execução,


utilização e manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade das obras e
edificações com o objetivo exclusivo de verificar a observância da presente lei, bem como de outras
de esferas administrativas superiores, sempre que o interesse público assim o exigir, não se
responsabilizando por qualquer sinistro ou acidente decorrente de deficiência de projeto, execução
ou utilização das edificações.

SEÇÃO II
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DO PROPRIETÁRIO

Art. 8º - Proprietário do imóvel é a pessoa física ou jurídica portadora


do título de propriedade em seu nome e devidamente registrado no Cartório de Registro Imobiliário.

Art. 9º - Mediante prévio conhecimento e consentimento do


Município, é direito do proprietário a promoção e execução de obras em seu imóvel, respeitados o
direito de vizinhança, as normas deste Código de Obras e Edificações, a legislação municipal
referente ao uso e ocupação do solo e a legislação estadual e federal correlata, desde que assistido
por profissional legalmente habilitado em conformidade com a legislação federal.

Art. 10 - O proprietário do imóvel ou seu sucessor a qualquer título, é


responsável pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do terreno e
suas edificações, bem como pela observância das disposições deste Código de Obras e Edificações
e demais legislações municipais referente ao uso e ocupação do solo, concedendo ao Município
acesso a todas as informações necessárias para a manutenção e atualização cadastral do seu imóvel.

Art. 11 - A análise de documentos em conformidade com este Código


de Obras e Edificações, dependerá da apresentação do Título de Propriedade registrado no Cartório
de Registro de Imóveis, respondendo o proprietário pela sua veracidade, não reconhecendo o
Município, ao aceitá-lo, o direito de propriedade.

SEÇÃO III
DO POSSUIDOR

Art. 12 - Possuidor é a pessoa física ou jurídica, bem como seu


sucessor a qualquer título, que tenha de fato o exercício pleno ou não do direito de usar o imóvel
objeto do procedimento administrativo.

Art. 13 - Mediante prévio conhecimento e consentimento do


Município, é direito do possuidor a promoção e execução de obras no imóvel, respeitados o direito
de vizinhança, as disposições deste Código de Obras e Edificações, a legislação municipal referente
ao uso e ocupação do solo e a legislação estadual e federal correlata, desde que assistido por
profissional legalmente habilitado em conformidade com a legislação federal.

Art. 14 - Para exercer o direito previsto no artigo anterior, o possuidor


deverá apresentar qualquer dos seguintes documentos:

a) contrato, com autorização expressa do proprietário;

b) compromisso de compra e venda devidamente registrado no Cartório de Registro de Imóveis;

c) contrato representativo da relação obrigacional, ou relação de direito existente entre o


proprietário e o possuidor direto;

d) certidão do Cartório do Registro Imobiliário contendo as características do imóvel, quando o


requerente possuir escritura definitiva sem registro;

e) quando for possuidor “ad usucapionem” com ou sem justo título ou ação em andamento, deverá
ser apresentado conjuntamente à certidão de registro de imóveis e a cópia da ação de usucapião.

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§ 1º - Quando o contrato apresentado não descrever suficientemente as características físicas, as
dimensões e a área do imóvel, será exigida a Certidão do Registro Imobiliário e, não suprindo esta
os quesitos citados, poderá ser apresentada planta de levantamento topográfico planialtimétrico
executado por profissional legalmente habilitado.

§ 2º - O requerente, em qualquer caso, responde civil e criminalmente pela veracidade do


documento apresentado, não implicando sua aceitação em reconhecimento, por parte do Município,
do direito de propriedade sobre o imóvel.

Art. 15 - O possuidor, ou seu sucessor a qualquer título é responsável


pela manutenção das condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel e suas
edificações, bem como pela observância das disposições deste Código de Obras e Edificações e
legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo, concedendo ao Município acesso a todas
as informações necessárias para a manutenção e atualização cadastral do seu imóvel.

SEÇÃO IV
DO PROFISSIONAL

Art. 16 - Considera-se profissional liberal para os fins deste Código:


aquele devidamente habilitado junto ao órgão federal fiscalizador do exercício profissional,
podendo atuar como pessoa física ou como responsável técnico por pessoa jurídica respeitada as
atribuições e limitações.

Art. 17 - É obrigatória a participação de profissional legalmente


habilitado na elaboração de projetos, na execução de obras e na elaboração de pareceres técnicos,
sempre que assim o exigir a legislação federal relativa ao exercício profissional, ou a critério do
Município, sempre que entender conveniente, ainda que a legislação federal não o exija.

§ 1º - A atuação do profissional legalmente habilitado está condicionada à demonstração de que se


encontra em pleno gozo de seus direitos profissionais, em conformidade com a legislação federal.

§ 2º - O profissional legalmente habilitado torna-se responsável perante a Municipalidade no ato do


protocolo do pedido de aprovação de projeto ou do início dos trabalhos no imóvel.

Art. 18 - Somente profissionais ou empresas legalmente habilitadas


podem projetar, orientar, administrar, executar e responsabilizar-se tecnicamente por qualquer obra
no Município.

§ 1º - As pessoas físicas ou jurídicas que se dediquem a projetar, administrar ou executar obras de


construção civil no Município deverão solicitar inscrição em cadastro próprio da Prefeitura,
mediante requerimento à autoridade municipal competente, acompanhado da prova de registro no
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) ou da certidão de registro de
seus atos constitutivos na Junta Comercial ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

§ 2º - Para cumprir o disposto no caput deste artigo, os profissionais e empresas devem estar com
sua situação regular no que se refere ao recolhimento dos tributos e taxas.

Art. 19 - O profissional legalmente habilitado poderá atuar como


Autor de projeto, como Executor de obra ou em ambos os casos, se assim preferir.

§ 1º - Para os efeitos deste Código de Obras e Edificações, é considerado Autor o profissional


legalmente habilitado responsável pela elaboração de projetos, que responderá pelas peças gráficas,

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descritivas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho.

§ 2º - Para os efeitos deste Código de Obras e Edificações, é considerado Executor o profissional ou


empresa legalmente habilitados, que se responsabiliza pela execução ou direção técnica de obras,
desde o seu início até sua total conclusão, e que responde pela sua correta execução e adequado
emprego de materiais, em observância às Normas Técnicas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas ou outras normas técnicas aplicáveis, às disposições deste Código de Obras e Edificações,
à legislação municipal referente ao uso e ocupação do solo e a legislação estadual e federal
aplicáveis.

Parágrafo único – O Autor e o Executor de Obras assumem a total responsabilidade pelo trabalho
de implantação da obra, inclusive quanto à observância das Normas Técnicas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas ou outras normas técnicas aplicáveis, da legislação municipal
referente ao uso e ocupação do solo e da legislação estadual e federal aplicáveis, respondendo
inclusive pela garantia das condições mínimas de higiene, habitabilidade, segurança e estabilidade
da edificação.

Art. 20 - A Prefeitura Municipal deverá comunicar por escrito, o


CREA sobre eventuais irregularidades quanto ao exercício profissional, bem como quanto ao
exercício ilegal da profissão do engenheiro, do arquiteto e do agrônomo, figurando como
interessada junto ao órgão fiscalizador do exercício profissional.

Art. 21 - A substituição ou transferência de profissional é permitida,


facultando-se ao novo profissional a responsabilidade pela parte já executada, a partir do estágio da
transferência através de laudos técnicos de constatação e sem prejuízo da responsabilidade do
profissional anterior.

§ 1º - Na eventualidade de haver a substituição do responsável técnico de uma obra, durante a sua


execução, deverá o substituído comunicar o fato, por escrito, à Prefeitura Municipal, relatando o
estágio em que a mesma se encontra.

§ 2º - É obrigatória a substituição do profissional responsável técnico em caso de impedimento de


atuação.

§ 3º - A obra deverá permanecer paralisada quando a baixa e a assunção de Responsabilidade


Técnica ocorrer em épocas distintas.

Art. 22 - A Prefeitura Municipal não reconhecerá direitos autorais ou


pessoais, decorrentes da aceitação de transferência de responsabilidade técnica ou da solicitação de
alteração de projeto.

LIVRO II
DOS ATOS E PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS

Art. 23 - As atividades edilícias no Município de Goianésia serão


reguladas através de ações administrativas, na seguinte seqüência:

I. alvará de Autorização;

II. licenciamento;

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III. alvará de Construção;

IV. certidão de Habite-se;

V. alvará de Demolição;

VI. revogação e Anulação do Ato Administrativo.

Art. 24 - Toda obra ou demolição a ser realizada no Município de


Goianésia, deverá obter autorização ou licenciamento a requerimento da parte interessada.

Art. 25 - Para efeito de fiscalização, a regularidade da obra e da


edificação será comprovada por meio da apresentação do Alvará de Autorização, do Alvará de
Demolição, do Alvará de Construção e conferência do projeto licenciado.

Parágrafo único. Deverá ser mantido na obra o projeto aprovado e/ou chancelado com o(s)
respectivo(s) alvará(s), podendo ser cópias sem rasura.

CAPÍTULO I
ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO

Art. 26 - Consiste em documento autorizativo a ser expedido pela


prefeitura, prévio e obrigatório para instalação de equipamentos, instalações diferenciadas,
elementos urbanos, realização de obras temporárias ou não e micro reformas, podendo ser
concedida concomitantemente à solicitação do licenciamento, a requerimento da parte interessada,
materializando-se no Alvará de Autorização.

Parágrafo único. Para o caso previsto neste artigo, o Alvará de Autorização expirar-se-á no prazo
de 01 (um) ano, contados a partir de sua emissão, se não for iniciada a respectiva obra, admitida sua
renovação, a critério do Órgão Municipal competente.

Art. 27 - Será objeto de Alvará de Autorização:

I. fechamento ou tapumes – Proteção provisória, destinada ao tapamento de obras;

II. canteiro de obras - Espaço físico destinado a receber equipamentos, materiais, instalações e
atividades necessárias à execução de uma obra;

III. movimento de terra - Todo e qualquer serviço relativo a nivelamento e aterro com alteração
topográfica superior a 1,20m (um metro e vinte), escavação ou corte de terreno ou área, e que não
constituam parte integrante de projeto legal em aprovação;

IV. equipamentos ou instalações diferenciados e elementos urbanos - Obra ou construção com


características excepcionais àquelas conceituadas neste Código e que envolvem processos edilícios,
tais como: instalações comerciais de material removível locadas em lote exclusivo, edificação
transitória para amostra e exposição, torres de transmissão, estações elevatórias, caixas d’água,
quadras esportivas, máquinas elevatórias especiais e monumentos, obeliscos, coretos, bustos, dentre
outros, situados em logradouros públicos;

V. micro reforma – Obra em edificação existente na qual não haja supressão ou acréscimo de área e
de pavimento com pequenas intervenções, tais como: reparos para conservação do imóvel, troca de

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acabamentos, de cobertura, de instalações elétricas e hidráulicas. Considera-se, ainda, como Micro
Reforma, as modificações na compartimentação interna e/ou fachadas em edificação de qualquer
natureza, sem alteração na categoria de uso instalada, assim como adequação do espaço das
edificações comerciais para mudança de atividade econômica, não sendo admitidas como micro
reformas:

a) modificação em edificação residencial existente para adequação do espaço para uso de outra
natureza, neste caso, tratando-se de reforma;

b) modificação em edificação comercial existente com atividade econômica única para adequação
do espaço para várias atividades econômicas, neste caso, tratando-se de reforma;

c) modificação em Postos de Abastecimentos e Serviços em Automóveis existente para adequação


do espaço para uso de outra natureza, neste caso, tratando-se de reforma.

Parágrafo Único - Excetua-se do Alvará de Autorização a obra micro reforma realizada em


habitação unifamiliar e unidade edificada com área construída máxima de 600m²(seiscentos metros
quadrados).

CAPÍTULO II
LICENCIAMENTO

Art. 28 - O processo de licenciamento consiste no exame, avaliação e


aprovação do projeto apresentado, materializando-se na chancela do mesmo.

Art. 29 - O Licenciamento consiste em ato obrigatório, destinado a


comprovar a adequação do projeto apresentado às normas deste Código e da legislação urbanística
em vigor.

Art. 30 - Serão objetos de Licenciamento:

I. muro de arrimo - qualquer sistema de escoramento e contenção de terreno, movimentado ou não,


passível de desmoronamento, e que não constituam parte integrante de projeto legal em aprovação;

II. obras e/ou serviços em logradouros públicos - qualquer tipo de intervenção sobre os logradouros
públicos;

III. edificação nova - edificação a ser implantada pela primeira vez ou após a ocorrência de
demolição total;

IV. reconstrução - recomposição de uma edificação licenciada, ou parte desta, após avaria,
reconstituindo a sua forma original, mediante vistoria fiscal que comprove o dano;

V. modificação sem acréscimo ou reforma - obra com mudança de categoria de uso, que não se
enquadre no disposto no inciso V, do art. 27, deste Código, na qual não haja acréscimo de área e/ou
pavimento, podendo ocorrer modificações em seu todo ou em partes, quanto à sua
compartimentação interna, estrutura interna e/ou externa e/ou fachadas, em obra licenciada,
edificação existente aprovada ou edificação regularizada por lei específica.

VI. modificação com acréscimo – qualquer acréscimo de área construída em projeto ou obra
regularmente licenciados.

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SEÇÃO I
DA APROVAÇÃO DE PROJETOS

Art. 31 - Para obter aprovação do Município, o requerente deverá


apresentar os seguintes documentos:

I. título de propriedade do imóvel ou compromisso de venda e compra;

II. certidão negativa de tributos municipais relativo ao imóvel;

III. 03 (três) vias do projeto arquitetônico da obra, contendo:

a) planta baixa de cada pavimento que comportar a construção, determinando a destinação de cada
compartimento, sua dimensão, sua área e inclusive dos vãos de iluminação e ventilação, garagens e
áreas de estacionamento;

b) elevação das fachadas voltadas para a via pública;

c) cortes transversal e longitudinal da construção, com as dimensões verticais;

d) planta de cobertura com as indicações da inclinação do telhado e do tipo de telha;

e) planta de situação, caracterizando o lote pelas suas dimensões, à distância à esquina próxima, a
indicação de, pelo menos duas ruas adjacentes, a orientação magnética, a posição do meio-fio, dos
postes, da arborização, do acesso para veículos no passeio público e de rios, canais, córregos e
outros elementos que possam orientar a decisão das autoridades municipais;

f) planta de localização, caracterizando a construção no lote, indicando sua posição em relação às


divisas, devidamente cotadas, bem como as outras construções eventualmente existentes no mesmo,
indicação da numeração do lote a ser construído e dos lotes vizinhos e a orientação magnética;

g) memorial descritivo da obra;

h) quadro estatístico em local adequado, onde conste:

1. área do terreno;

2. área da edificação existente, quando for o caso;

3. área a ser edificada;

4. taxa de ocupação;

5. índice de aproveitamento;

6. legenda ou carimbos;

7. natureza e local da obra;

8. nome do proprietário;

9. nome do autor do projeto: assinatura, título e número da carteira profissional;

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10. indicação dos desenhos (com as respectivas escalas, contidos em cada folha do projeto).

IV - anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de todos os projetos das instalações e da


execução da obra;

V - projeto de prevenção contra incêndios, aprovado pelo Corpo de Bombeiros, se for o caso;

VI - Habite-se da edificação existente ou alvará de licença de obra já iniciada.

§ 1º - As pranchas serão apresentadas em, no mínimo, 03 (três) jogos completos e assinado pelo
responsável técnico, devidamente identificado.

§ 2º - Após o exame e a aprovação dos projetos, 02 (duas) cópias do jogo de pranchas do projeto
arquitetônico serão devolvidas ao requerente, junto com o Alvará de Licença para Execução de
Obras, e a outra, arquivada na Prefeitura.

Art. 32 - Todas as peças gráficas deverão ser apresentadas em escala.

§ 1º - As escalas mínimas exigidas são:

I - 1:500, para plantas de situação e localização;

II - 1:100, para plantas baixas, fachadas e cortes;

III - 1:200, para coberturas.

§ 1º - As escalas não dispensarão as cotas.

§ 2º - Nos projetos para construção de edificações de grandes proporções, as escalas mencionadas


poderão ser alteradas, devendo ser previamente consultado o setor de aprovação de projetos da
Prefeitura Municipal.

Art. 33 - Nas obras de reforma, reconstrução ou ampliação, os


projetos serão apresentados com indicações precisas e convencionados, que possibilitem a perfeita
identificação das partes a conservar, a demolir, ampliar, de acordo com as seguintes convenções de
cores:

I - Cor natural da cópia do projeto para partes existentes e a conservar;

II - Cor amarela, para as partes a serem demolidas;

III - Cor vermelha, para as partes novas e acrescidas.

Parágrafo único - Nos casos de que trata o caput deste artigo, a planta baixa conterá os
compartimentos existentes, com a respectiva denominação ou destinação, mostrando a relação de
funcionamento dos mesmos com as partes a serem edificadas, ampliadas ou reformadas.

Art. 34 - O órgão competente da Prefeitura fará, no prazo máximo de


vinte dias úteis, o exame detalhado dos elementos que compõem o projeto, devendo as eventuais
exigências adicionais e incorreções técnicas decorrentes deste exame ser feitas através de
“comunique-se” e as correções deverão ser feitas pelo interessado, sob pena de indeferimento do
pedido.

§ 1º - Não sendo atendidas as exigências no prazo máximo de trinta dias, o processo será indeferido.

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§ 2º - O projeto de uma construção será examinado em função da utilização lógica da mesma e não
apenas pela sua denominação em planta.

§ 3° - A Prefeitura poderá recusar aprovação de projetos que apresentem em sua organização


deficiências quanto à higiene e ao conforto dos moradores.

Art. 35 – Quando da aprovação do projeto de edificações de uso


público ou coletivo deverão ser observadas as regras contidas no Decreto nº. 5.296 de 02 de
dezembro de 2007 que regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de
dezembro de 2000 e NBR 9050 da ABNT que estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá
outras providências.

Art. 36 - Deverá ser ouvida a Organização de Saúde do Estado ou a


Secretaria de Saúde do município, quando se tratar de construções destinadas à produção ou
manipulação de gênero alimentício ou matadouros, bem como estabelecimentos hospitalares e
congêneres.

Parágrafo Único - As atividades que possam ser causadoras de poluição ou qualquer tipo de
ameaça ao meio ambiente deverão passar por análise em órgão especializado para exame e
aprovação, exigindo-se quando for o caso Estudo de Impacto à Vizinhança – ETV.

Art. 37 - Após aprovação do projeto e comprovado o pagamento das


taxas, a Prefeitura fornecerá alvará de construção.

SEÇÃO II
DA MODIFICAÇÃO DE PROJETO APROVADO

Art. 38 - Após o licenciamento da obra, o projeto somente poderá ser


alterado mediante autorização do Município, devendo o mesmo ser submetido à nova aprovação e,
se for o caso, à emissão de novo Alvará de Construção.

Parágrafo único - Os prazos para a análise do projeto alterado e para a emissão do novo Alvará de
Construção, quando for o caso, são os estabelecidos no artigo 42 e 43 desta Lei.

Art. 39 - Para as alterações referidas no artigo anterior, iniciada ou


não a obra, deverá o requerente:

I - submeter o projeto alterado à nova aprovação, não sendo devida nova Taxa de Licença para
Execução de Obras e nem o pagamento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN),
se a alteração não implicar em acréscimo de área;

II - submeter o projeto alterado à nova aprovação, sendo devida a Taxa de Licença para Execução
de Obras e o pagamento do ISSQN sobre o acréscimo de área da obra;

III - nos casos em que a alteração pretendida implicar em descaracterização do projeto


anteriormente aprovado, deverá o interessado requerer o cancelamento do Alvará de Licença
expedido e dar início a um novo processo de aprovação, com o recolhimento da Taxa de Licença e
do ISSQN sobre a diferença de área a maior, quando for o caso.

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CAPÍTULO III
ALVARÁ DE CONSTRUÇÃO

Art. 40 - Consiste na autorização para início de obra, conforme


projeto aprovado, materializando-se no Alvará de Construção.

Art. 41 – O Alvará de Construção será emitido conforme o projeto


aprovado, podendo ser requeridos, simultaneamente, a aprovação do projeto e o Alvará de
Construção.

Art. 42 - O prazo para liberação do Alvará será de vinte dias úteis,


contados do protocolo.

Art. 43 - O prazo máximo de validade do Alvará de Construção será


de dois anos, contados a partir da data da sua expedição e, se a obra não for iniciada ou caso
iniciada não for concluída dentro do prazo e não houver alterações no projeto será ressalvado ao
interessado requerer revalidação por igual período, desde que não tenha ocorrido modificações na
legislação urbanística do município.

§ 1º - Uma vez aprovado o projeto arquitetônico e concedido o Alvará de Construção, o respectivo


proprietário tem a garantia perante o Município da execução do mesmo, dentro do período
estipulado no artigo anterior, não estando sujeito ao atendimento de alterações legais ulteriores a ele
pertinentes, desde que a obra já tenha se iniciado.

§ 2º - A obra será considerada iniciada, a fim de aplicar-se o disposto no parágrafo anterior, quando
a fundação estiver totalmente executada, inclusive o baldrame.

Parágrafo Único - As obras que por sua natureza exigirem prazos superiores para construção,
poderão ter o prazo previsto no caput deste artigo, ampliado, mediante o exame do cronograma pela
Prefeitura.

Art. 44 - O Alvará de Construção será concedido mediante:

I – requerimento de licenciamento de obra solicitado pelo proprietário do imóvel, contendo o nome


e número da inscrição do CREA do profissional habilitado e/ou responsável pela execução dos
serviços, conforme anexo II da presente Lei;

II - apresentação do título de propriedade ou contrato de compra e venda;

III - certidão de uso do solo, quando a edificação se destinar a fins não residenciais;

IV - pagamento da taxa de licenciamento para a execução dos serviços;

V - apresentação do projeto arquitetônico aprovado pelo órgão competente do Município, conforme


exigências estipuladas na da Seção I do Capítulo II da presente Lei.

Art. 45 - As taxas cobradas para a aprovação e licenciamento da


construção e outras taxas afins serão aquelas previstas no Código Tributário do Município.

Art. 46 - A fim de comprovar o licenciamento da obra para efeitos de


fiscalização, o Alvará de Construção será mantido no local de sua execução juntamente com o
projeto aprovado.

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Art. 47 - O Alvará de Construção será emitido sempre em nome do
proprietário do terreno ou do possuidor direto, de acordo com o título apresentado que acompanha o
processo e, uma vez emitido, não poderá ser alterado.

Art. 48 - Se o proprietário da obra não for o proprietário do terreno, a


Prefeitura exigirá prova de acordo entre ambos.

Art. 49 - Para efeitos desta lei será dispensada a apresentação de


projeto ficando, contudo, sujeita a concessão do Alvará de Construção, a construção de edificações
destinadas a habitação e pequenas reformas com as seguintes características:

I - Ter área de construção igual ou inferior a 70,00m² (setenta metros quadrados);

II - Não possuir estrutura especial, nem exigir cálculos estruturais;

III - Para as edificações situadas na zona rural e que não sejam superiores a 80,00m² (oitenta metros
quadrados);

Parágrafo único - Para concessão de licença aos casos previstos neste artigo, serão exigidos
croquis contendo dimensões e área traçada em formulários fornecidos pela Prefeitura Municipal,
conforme anexo IV a presente Lei.

Art. 50 - Na hipótese do inciso I do artigo 49 o projeto será


dispensado somente quando se destinar a primeira e única habitação do proprietário ou possuidor.

CAPÍTULO IV
CERTIDÃO DE HABITE-SE

Art. 51 - Uma obra é considerada concluída quando tiver condições


de habitabilidade, devendo estar em funcionamento as instalações hidrosanitárias, elétricas e de
prevenção contra incêndios, conforme cada caso.

Art. 52 - Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja


procedida à vistoria pela Prefeitura e expedida a respectivo Habite-se.

§ 1º - A vistoria deverá ser requerida pelo proprietário ou pelo profissional responsável, no prazo
máximo de trinta dias após a conclusão da obra, anexando, para tanto:

I - requerimento encaminhado ao Prefeito Municipal solicitando o Habite-se, indicando o número


do Alvará de Licença para Execução de Obras; conforme modelo, Anexo III;

II - Habite-se, expedido pelo Serviço de Vigilância Sanitária do Município, se couber;

III - laudo de vistoria de segurança contra incêndios, expedido pelo setor competente do Corpo de
Bombeiros, para os casos em que a lei exija um sistema de prevenção contra incêndios.

§ 2º - A não solicitação de vistoria da obra no prazo previsto no § 1° deste artigo, bem como a
utilização da obra nestas condições, implicará na aplicação aos responsáveis das multas previstas
nos incisos VII e VIII do artigo 234 desta Lei.

§ 3º - O prazo para realização de vistoria pelo órgão competente será de 8 (oito) dias úteis, contados
a partir da data do protocolo do requerimento;
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§ 4º - No ato em que o proprietário da obra requerer o respectivo Habite-se, será cobrada a Taxa de
Licença de Habite-se, conforme dispõe o Código Tributário do Município.

Art. 53 - Só será concedido Habite-se parcial, após vistoria da


Prefeitura, nos seguintes casos:

I - quando se tratar de obra composta de parte comercial e residencial (uso misto), e puder ser
utilizada cada parte independente da outra;

II - quando se tratar de mais de uma edificação no mesmo lote.

Art. 54 - Por ocasião da vistoria, se for constatado que a edificação


não foi construída ou foi aumentada, reconstruída ou reformada em desacordo com o projeto
aprovado, o responsável técnico bem como o proprietário serão autuados de acordo com as
disposições deste Código e obrigados a:

I - regularizar o projeto, caso as alterações possam ser aprovadas;

II - fazer a demolição ou as modificações necessárias para adequar a obra ao projeto aprovado.

Art. 55 - Procedida a vistoria e constatado que a obra foi realizada em


consonância com o projeto aprovado, obriga-se a Prefeitura a expedir o "habite-se" no prazo de 20
(vinte) dias úteis, a partir da data da entrada do requerimento.

§ 1º - Por ocasião da vistoria, os passeios fronteiriços deverão estar pavimentados de acordo com as
normas que regulam a matéria.

§ 2º - Se, por ocasião da vistoria, for constatada a existência de outra obra no lote, exigir-se-á a
regularização da mesma, sob pena de não ser concedida a Licença de Habite-se da obra requerida.

CAPÍTULO V
ALVARÁ DE DEMOLIÇÃO

Art. 56 - A demolição de qualquer edificação só poderá ser feita


mediante solicitação e aprovação do Município, salvo a demolição de muros com altura inferior a
três metros, em sua maior dimensão vertical.

§ 1º - Para demolições em edificações que tiver mais de dois pavimentos ou mais de oito metros de
altura será exigida a responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

§ 2º - No pedido de licença para demolição, deverá constar o prazo de execução, o qual poderá ser
prorrogado, atendendo solicitação justificada do interessado e a juízo do órgão municipal
competente.

§ 3º - Caso a demolição não seja concluída dentro do prazo, o responsável estará sujeito às multas
previstas no inciso X do artigo 234 desta Lei.

Art. 57 - A demolição total ou parcial das construções poderá ser


imposta pela Prefeitura nos seguintes casos:

a) quando a obra for clandestina, entendendo-se por tal, aquela que for executada sem alvará de
licenciamento de construção;
13
b) quando julgada com risco iminente de caráter público e o proprietário não quiser tomar as
providências que a Prefeitura determinar para sua segurança.

CAPÍTULO VI

REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO

Art. 58 - A revogação da licença ou autorização ocorrerá mediante


processo administrativo, resguardados os direitos adquiridos dos administrados.

Art. 59 - A licença ou autorização para execução de obra será anulada


quando verificada ilegalidade na sua emissão, mediante o devido processo legal, operando efeito
retroativo a data de sua emissão.

LIVRO III
DA PREPARAÇÃO E DO INÍCIO DA OBRA

CAPÍTULO I
DAS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS

SEÇÃO I
DOS TAPUMES E DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA

Art. 60 - Toda e qualquer construção, reforma ou demolição deverá,


durante a execução, estar obrigatoriamente protegida por tapumes que garantam a segurança de
quem transita pelo logradouro.

Art. 61 - Os tapumes e andaimes não poderão ter mais que metade da


largura do respectivo passeio, deixando a outra parte inteiramente livre e desimpedida para os
transeuntes.

§ 1º - A parte livre do passeio não poderá ser inferior a 1,20m (um metro e vinte centímetros),
exceto em casos especiais em que a largura total do passeio inviabilizar a aplicação deste
dispositivo, sendo vedada sua utilização, ainda que temporária, como canteiro de obras ou para
carga e descarga de materiais de construção.

§ 2º - Poderá ser feito o tapume, em forma de galeria, por cima da calçada, deixando-se uma altura
livre de, no mínimo, 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

§ 3º - Os tapumes somente poderão ser colocados após a expedição pelo Município do Alvará de
Licença para Execução de Obras ou da Licença para Demolição.

§ 4º - Os andaimes, para construção de edifícios acima de 3 (três) pavimentos , sendo o térreo mais
02 (dois), deverão ser protegidos por tela ou proteção similar, de acordo com a legislação de
Segurança e Medicina do Trabalho e as normas específicas vigentes.

§ 5º - Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a arborização da rua, a iluminação

14
pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito e outras instalações de interesse
público.

Art. 62 - É proibida a permanência de qualquer material de construção


nas vias e logradouros públicos, bem como a utilização desses espaços como canteiro de obras ou
depósito de entulhos.

SEÇÃO II
PLATAFORMAS DE SEGURANÇA E VEDAÇÃO EXTERNA DAS OBRAS

Art. 63 - É obrigatória a instalação de proteção onde houver risco de


queda ou projeção de objetos ou materiais sobre imóveis vizinhos, logradouro ou áreas públicas, em
função de processos construtivos.

Parágrafo único. A proteção de que trata o caput deste artigo, deverá atender os requisitos da
Norma Regulamentadora 18 (NR-18) do Ministério do Trabalho ou leis correlatas.

SEÇÃO III
DO MOVIMENTO DE TERRA E DO MURO DE ARRIMO

Art. 64 - Quando o desnível do terreno, edificado ou não, em relação


ao logradouro ou aos terrenos vizinhos for superior a 1,00m (um metro), ou ainda em caso de
ameaça de desabamento, será obrigatória a construção de muros de sustentação ou outra solução
técnica para a contenção do solo.

Art. 65 - Caso ocorra a paralisação das atividades de movimentação


de terras e/ou construção do muro de arrimo, deverão ser tomadas providências para a estabilização
da área movimentada.

SEÇÃO IV
DAS OBRAS PARALISADAS

Art. 66 - Quando uma construção ficar paralisada por mais de 90


(noventa) dias, o proprietário fica obrigado a proceder à respectiva comunicação ao órgão público e:

I - providenciar o fechamento do terreno no alinhamento do logradouro;

II - remover andaimes e tapumes, eventualmente existentes, deixando o passeio em perfeitas


condições de uso;

III - determinar todas as providências necessárias para que a obra não resulte em perigo à segurança
pública, conforme dispõe o presente Capítulo.

15
LIVRO IV
DO PROJETO LEGAL

TÍTULO I
DAS NORMAS GENÉRICAS DA EDIFICAÇÃO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 67 - As edificações deverão atender ao seguinte:

I. Terão área de iluminação e ventilação conforme o disposto no Capítulo VII da Parte I, Livro IV,
Título I desta lei;

II. Quando houver mais de uma edificação no lote, as mesmas atenderão ao seguinte:

a) cada edificação deverá atender às demais especificações desta lei;

b) caso sejam paredes cegas deverão obedecer a distância mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) entre as edificações;

c) caso tenham aberturas deverão obedecer à distância mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros) entre as edificações;

d) todas as edificações obedecerão às determinações fixadas para a zona quanto ao uso e ocupação
do solo conforme a Lei do Plano Diretor Democrático de Goianésia.

§ 1º - Os fechamentos que constituírem divisas laterais ou de fundo, deverão ter altura máxima de
2,20m (dois metros e vinte centímetros) em relação ao nível do terreno mais alto.

§ 2º - Nos lotes de esquina é obrigatório o chanfro nos muros e ou grades nas esquinas afastando-se
de cada lado, 3m (três metros) do alinhamento do logradouro público e ligando-se os dois pontos
conformando uma diagonal, quando não existir medidas para o chanfro no projeto do loteamento.

§ 3º – Não é permitida a disposição de nenhum tipo de abertura nos chanfros.

Art. 68 - As edificações localizadas em lotes de esquina terão, em


uma de suas testadas, afastamento frontal mínimo de acordo com os parâmetros estabelecidos no
Plano Diretor, referente ao zoneamento, uso e ocupação do solo urbano, podendo na outra, este
afastamento ser reduzido pela metade.

Art. 69 - Não serão aprovadas pelo Município as edificações,


localizadas em esquinas, cujas fachadas terminarem em aresta viva.

Art. 70 - As fundações, estruturas, lajes, coberturas, paredes e


acabamentos serão projetados, calculados e executados, de acordo com as respectivas normas
técnicas oficiais.

Art. 71 - As fundações, os componentes estruturais, as coberturas e as


paredes serão completamente independentes das edificações vizinhas já existentes e deverão sofrer
interrupção na linha da divisa.

16
Art. 72 - Todos os componentes das edificações, inclusive as
fundações, fossa, sumidouro e poço simples ou artesiano, deverão estar dentro dos limites do
terreno, não podendo, em nenhuma hipótese, avançar sobre o passeio público ou sobre os imóveis
vizinhos.

§ 1º É proibido, sob qualquer forma ou pretexto, a invasão, obstrução e ocupação de logradouros


e/ou áreas públicas municipais.

§ 2º Os beirais, seja qual for o caso, deverão distar das divisas laterais e de fundo no mínimo 0,60m
(sessenta centímetros).

§ 3º As águas pluviais provenientes das coberturas deverão escoar dentro dos limites do terreno, não
sendo permitido o desaguamento diretamente sobre os lotes vizinhos ou logradouros.

§ 4º Nas edificações implantadas nas divisas laterais e de fundo e no alinhamento dos lotes, as
águas pluviais provenientes dos telhados, marquises e outros, deverão ser captadas em calhas e
condutores para captação em poço de recarga para alimentação do lençol freático ou para seu
reaproveitamento e, em ultima instância, para despejo nas sarjetas do logradouro, passando sob os
passeios ou escoando dentro do terreno;

§ 5º Não será permitido o despejo de águas pluviais na rede de esgoto, nem o despejo de esgotos ou
de águas residuais e de lavagens nas sarjetas dos logradouros ou em galerias de águas pluviais.

§ 6º Admite-se a utilização de escoamento natural de águas pluviais utilizando os imóveis vizinhos.

CAPÍTULO II
DOS PASSEIOS E MUROS

Art. 73 - Em áreas de propriedade do Município, será obrigatória, pela


Prefeitura Municipal, a construção dos passeios dos logradouros em toda a extensão das testadas
dos terrenos.

§ 1° - Ao logradouro não dotado de meio-fio, poderá ser executada a construção de passeio


provisório de largura mínima de 75 cm (setenta e cinco centímetros), sendo exigida a substituição
deste passeio pelo definitivo, desde que seja colocado meio-fio no logradouro.

Art. 74 - Os proprietários dos imóveis que tenham frente para


logradouros públicos dotados de meio-fio e pavimentação são obrigados a pavimentar e manter em
bom estado os passeios em frente aos seus lotes.

Art. 75 - Na implantação dos passeios a que se refere o artigo anterior


deverão ser observadas as seguintes exigências:

I - os passeios deverão apresentar uma inclinação do alinhamento predial em direção ao meio-fio


para escoamento das águas pluviais, de três por cento;

II - na zona predominante residencial, os passeios terão largura estabelecida no projeto do


loteamento aprovado, com faixas destinadas à permeabilização do solo de no máximo 50%
(cinqüenta por cento) da largura total obedecendo a uma largura mínima do passeio de 1,20m (um
metro e vinte centímetros);

17
III - ao redor das árvores existentes nos passeios nas zonas predominantes não-residenciais, deverá
existir uma área livre de qualquer pavimentação, destinada à infiltração de água, formando um
quadrado de, no mínimo, 0,60m (sessenta centímetros) ;

IV - a pavimentação dos passeios poderá ser em concreto com espessura mínima de 5 cm, ladrilho
antiderrapante ou materiais similares.

Art. 76 - Não será permitida a construção de qualquer mureta ao redor


das árvores dos passeios, sendo que as já existentes deverão ser removidas pelos proprietários dos
imóveis correspondentes.

Art. 77 - Quando os passeios se encontrarem em mau estado de


conservação, o Município intimará os proprietários a consertá-los, no prazo máximo de noventa
dias.

Art. 78 - Fica expressamente proibida a construção de qualquer


elemento sobre os passeios, tais como degraus, rampas, postes ou variações bruscas, abaixo ou
acima do nível dos mesmos, para darem acesso às edificações ou às áreas de estacionamento de
veículos no interior dos lotes, assim como sacadas ou outros avanços de construções.

CAPÍTULO III
DAS ESCADAS, RAMPAS E ELEVADORES

Art. 79 - O tipo de escada coletiva a ser adotado para edificação é


definido pelo uso e número de pavimentos da mesma, de acordo com o Regulamento de Prevenção
de Incêndios e a Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Art. 80 - Não será permitida escada em leque em prédios de mais de


dois pavimentos.

§ 1º - Nas escadas em leque será obrigatória a largura mínima de 0,07m (sete centímetros) junto ao
bordo interior do degrau.

§ 2º - A altura máxima dos degraus será de 0,19m (dezenove centímetros) e a largura mínima do
mesmo será de 0,25m (vinte e cinco centímetros), sendo que a relação entre estas duas dimensões
deverá estar de acordo com a fórmula 2 h + b = 63cm a 64cm, onde "h" é a altura do degrau e "b", a
largura.

Art. 81 - Sempre que a altura a vencer for superior a 3,20m (três


metros e vinte centímetros), será obrigatório intercalar um patamar com a extensão mínima de
0,80m (oitenta centímetros).

Art. 82 - As rampas deverão ter inclinação máxima de 12,5 % ou 1:8 e


atender as determinações contidas na NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 83 - No projeto, instalação, manutenção, cálculo de tráfego e casa


de máquinas de elevadores deverão ser observados as normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT relativas ao assunto.

Art. 84 - Será obrigatória a instalação de elevador para edificações


com mais de 04 (quatro) pavimentos, ou seja, térreo mais 3 (três) pavimentos.

18
Art. 85 - O hall de acesso aos elevadores deverá sempre ter ligação
que possibilite a utilização da escada, em todos os andares.

Parágrafo único - O acesso à casa de máquinas dos elevadores deverá ser através de corredores,
passagens ou espaços de uso comum do edifício.

CAPÍTULO IV
DAS MARQUISES E TOLDOS

Art. 86 - Serão permitidas marquises na testada das edificações desde


que:

I - todos os elementos estruturais ou decorativos tenham cota igual ou superior a 3,00m (três
metros) referida ao nível do passeio;

II - não prejudiquem a arborização e a iluminação pública e não ocultem as placas de nomenclatura


e outras de identificação oficial de logradouros;

III - sejam impermeabilizadas e providas de dispositivos que impeçam a queda de água sobre o
passeio, com os condutores devendo ser embutidos na parede, comunicando-se com a sarjeta.

IV – a marquise não seja utilizada como varanda do pavimento superior.

Art. 87 - As marquises deverão ter a dimensão de, no máximo, 1,50m


(um metro e cinqüenta centímetros), desde que esta medida não ultrapasse a metade do passeio e
altura livre mínima de 3,00m (três metros) entre o passeio e sua parte inferior.

Art. 88 - Será permitida a colocação de toldos ou passagens cobertas,


sobre os passeios e recuos fronteiriços a prédios comerciais, desde que não apoiados no passeio.

Parágrafo único - O pedido de licença para instalação dos equipamentos previstos no caput deste
artigo, será necessariamente acompanhado de croquis e planta de situação.

CAPÍTULO V
DA CIRCULAÇÃO HORIZONTAL – CORREDORES

Art. 89 - Os corredores de acesso a edifícios terão dimensões mínimas


de:

I- 0,80m (oitenta centímetros) de largura mínima no caso de uso privativo;

II- 1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura mínima, no caso de uso comum;

III- 2,00m (dois metros) em edificações destinadas a local de reunião para até 200 (duzentas)
pessoas, devendo ser acrescida de 1,00cm (um centímetro) por pessoa que exceder este número;

IV - Pé-direito de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros).

Art. 90 - Todo corredor que tiver mais de 10,00m² (dez metros


quadrados) de área, deverá ter iluminação natural e ventilação permanente adequada conforme
19
regras de iluminação e ventilação.

Art. 91 - Além das demais disposições deverão atender as


determinações contidas na NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

CAPÍTULO VI
DA CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTIMENTOS

Art. 92 - Para os efeitos desta Lei, os compartimentos das edificações


são classificados como de:

I - permanência prolongada: dormitórios, sala de jantar, de estar, de visitas, de espera, de música, de


jogos, de costura, de estudo e leitura, de trabalho, cozinhas e copas;

II - utilização transitória: vestíbulos, acessos, corredores, passagens, escadas, sanitários e vestiários,


despensas, depósitos e lavanderias de uso doméstico;

III - utilização especial: aqueles que, pela sua destinação, não se enquadrem nas demais
classificações.

Art. 93- - Compartimentos para outras destinações ou denominações


não indicadas nos artigos precedentes deste Capítulo ou que apresentem peculiaridades especiais,
deverão atender às exigências de higiene, salubridade e conforto correspondentes à função ou
atividade.

Art. 94 - Os dormitórios e banheiros não poderão ter comunicação


direta com cozinhas, despensas ou depósitos.

CAPÍTULO VII
DA ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Art. 95 - Os compartimentos das edificações serão iluminados e


ventilados mediante aberturas para áreas de iluminação e ventilação.

§ 1º Nenhuma das aberturas para iluminação e ventilação naturais da edificação poderá distar das
divisas do lote, menos de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

§ 2º As paredes sem iluminação e ventilação deverão ser dispostas de forma contígua ao imóvel
vizinho, ou então deverá afastar-se 75cm (setenta e cinco centímetros).

§ 3º As janelas cuja visão não incida sobre a linha divisória, bem como as perpendiculares, não
poderão ser abertas a menos 0,75m (setenta e cinco centímetros).

§ 4º As pérgulas serão permitidas, podendo ocupar os espaços destinados à iluminação e ventilação,


quando coincidente com a laje de cobertura do pavimento térreo, do mezanino ou primeiro
pavimento.

§ 5 º As disposições deste artigo não abrangem as aberturas para luz ou ventilação, não maiores de
0,10mx0,20m (dez centímetros de largura sobre vinte centímetros de comprimento) e construídas a
mais de 2,00m (dois metros) de altura do piso.

20
Art. 96 - Nenhum compartimento será iluminado e ventilado através
de outro compartimento fechado, salvo os casos previstos neta lei.

§ 1º Os compartimentos fechados poderão ser iluminados e ventilados por compartimentos


avarandados.

§ 2 º A superfície das aberturas destinadas a iluminação e ventilação de um compartimento através


da varanda será calculada considerando-se a soma das áreas dos respectivos pisos, não se
admitindo, neste caso, que a varanda tenha mais de 3,00m (três metros) de distância horizontal entre
a abertura de iluminação e ventilação e a borda externa da construção.

§ 3º O quarto de serviçal, banheiros, depósitos e similares poderão ser iluminados e ventilados pela
área de serviço, exceto quando esta for iluminada e ventilada por poço de ventilação.

§ 4º Poderá existir iluminação e ventilação por forro falso, em compartimentos fechados contíguos,
desde que respeitado o pé-direito mínimo, estabelecido por este Código para os compartimentos das
edificações.

§ 5º Será permitida a utilização de processos mecânicos e artificiais de iluminação e de ventilação,


iluminação zenital, exaustão mecânica e dutos nos seguintes compartimentos: corredores, quartos
de vestir, depósitos e banheiros.

Art. 97 - Os compartimentos destinados à cozinha, copa, quarto de


serviçal, área de serviço, banheiro, quarto de vestir ou “closet” e depósito, poderão ser iluminados e
ventilados por poço de ventilação descoberto, e atendidas as seguintes exigências:

I. o diâmetro (D) do círculo inscrito será considerado livre de qualquer obstáculo, inclusive beirais;

II. ter acesso para possibilitar sua inspeção;

III. quando em edificações com até 3 ( três) pavimentos:

a) permitir a inscrição de um círculo com diâmetro (D), mínimo de 1,50m (um vírgula cinqüenta
metros);

b) quando o poço de ventilação servir exclusivamente para banheiros ou sanitários, o círculo


inscrito será admitido com diâmetro mínimo de 0,80m (oitenta centímetros).

IV. acima de 3 (três) pavimentos deverá permitir a inscrição de um circulo cujo diâmetro ( D ) seja
calculado pela fórmula:

D = 1,50m + 0,20 (N – 3 ) onde N é o número de pavimentos da edificação e, em qualquer caso, ter


no mínimo área de 7,00m² (sete metros quadrados).

§ 1º O pavimento térreo, quando em pilotis, não será computado como pavimento.

§ 2º Não será admitido escalonamento.

SEÇÃO I
DAS DIMENSÕES DAS ABERTURAS

Art. 98 - Nos compartimentos de permanência prolongada, os vãos


21
destinados à iluminação e ventilação deverão ter área mínima de 1/6 (um sexto) da área do piso do
compartimento.

Art. 99 - Nos compartimentos de permanência transitória, os vãos


destinados à iluminação e ventilação deverão ter área mínima de 1/8 (um oitavo) da área do piso do
compartimento.

Art. 100 - Quando houver a iluminação e ventilação zenital deverá


obedecer às áreas mínimas estabelecidas nos artigos 98 e 99 desta Lei.

Art. 101 – Para efeito de ventilação dos compartimentos, as aberturas


deverão ser dotadas de dispositivos que permitam a renovação do ar em pelo menos 50% (cinquenta
por cento) da área exigida para iluminação.

Art. 102 – Em nenhuma hipótese, a área das aberturas destinadas a


iluminar qualquer compartimento deverá ser inferior a 0,25m² (vinte e cinco centímetros
quadrados).

Art. 103 - Os compartimentos especiais que, em face das suas


características vinculadas a destinação, não deve ter aberturas diretas para o exterior, deverão
apresentar, condições adequadas segundo as normas técnicas oficiais de iluminação e ventilação,
bem como, se for o caso, controle de temperatura e grau de umidade do ar.

Art. 104 - Para casos de ventilação e iluminação não previstos nesta


Lei, deverá ser apresentado projeto detalhado da solução adotada que será analisado pelo órgão
competente da Prefeitura, que acatará ou não.

TÍTULO II
DAS NORMAS DA EDIFICAÇÃO POR CATEGORIA DE USO

CAPÍTULO I
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 105 - As edificações residenciais, tanto verticais como


horizontais, classificam-se em:

I – unifamiliares – considera-se habitações unifamiliares aquelas definidas por uma unidade


habitacional, em edificação para a qual corresponda lote exclusivo.

II – multifamiliares - considera-se habitações multifamiliares aquelas definidas por mais de uma


unidade habitacional, para a qual corresponda lote exclusivo e classificam-se em:

a) multifamiliar geminada;

b) multifamiliar vertical;

c) multifamiliar horizontal.

22
Art. 106 - Toda habitação deverá dispor, pelo menos, de um
dormitório, uma cozinha e um compartimento sanitário.

Art. 107 - As salas, dormitórios e cozinhas das habitações deverão


apresentar áreas não inferiores as seguintes:

I – salas: 8m² (oito metros quadrados)

II – dormitórios:

a) quando se tratar de um único além da sala: 12,00m² (doze metros quadrados);

b) quando se tratar de dois: 10,00m² (dez metros quadrados) para cada um;

c) quando se tratar de três ou mais: 10,00m² (dez metros quadrado) para um deles, 8,00m² (oito
metros quadrados) para cada um dos demais, menos um, que se poderá admitir com 6,00m²
(seis metros quadrados);

d) quando se tratar de sala-dormitório: 16,00m² (dezesseis metros quadrados);

e) quartos de vestir, quando conjugados a dormitórios: 2,50m² (dois metros e cinquenta


centímetros quadrados);

f) dormitórios de empregadas: 6,00m² (seis metros quadrados).

III – Cozinhas: 6,00m² (metros quadrados)

Art. 108 – As cozinhas terão pisos revestidos de material liso,


resistente e impermeável e paredes revestidas até a altura de 1,50m (um metro e cinquenta
centímetros) no mínimo.

Parágrafo único – nas cozinhas deverá ser assegurada ventilação permanente.

Art. 109 – Em toda habitação deverá haver pelo menos um


compartimento provido de bacia sanitária, lavatório e chuveiro, com:

I – área não inferior a 2,00m² (dois metros quadrados);

II – paredes revestidas até a altura de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros), no mínimo, e os
pisos revestidos de material liso, resistente, impermeável e lavável.

Parágrafo único – Nestes compartimentos deverão ser asseguradas ventilação e iluminação


permanente.

Art. 110 – Os pés-direitos mínimos serão os seguintes:

I – salas e dormitórios: 2,70m (dois metros e setenta centímetros);

II – garagens: 2,30m (dois metros e trinta centímetros);

III – demais compartimentos: 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros).

Parágrafo único – Os compartimentos localizados em subsolos e porões deverão atender aos


requisitos acima, segundo o seu destino.

23
SEÇÃO II
MULTIFAMILIAR GEMINADA

Art. 111 - Consideram-se residências geminadas duas unidades de


moradia, dispondo cada uma de acesso exclusivo para o logradouro, com paredes externas total ou
parcialmente contíguas ou comuns.

§ 1º - O lote das residências geminadas só poderá ser desmembrado quando cada unidade tiver as
dimensões mínimas estabelecidas pela Lei de Parcelamento do Solo.

§ 2º - As paredes comuns das casas geminadas deverão ser de alvenaria, alcançando a altura da
cobertura e com espessura mínima de 0,20m (vinte centímetros).

SEÇÃO III
MULTIFAMILIAR VERTICAL

Art. 112 - A iluminação e ventilação nos compartimentos em prédios


obedecerão ao disposto no Capítulo VII da Parte I, Livro IV, Título I, desta Lei.

Art. 113 - A ventilação e iluminação de compartimentos de


permanência prolongada que forem feitas através de poços de ventilação ou prisma deverão atender
as seguintes condições mínimas:

I - em se tratando de aberturas:

a) até dois pavimentos (térreo e mais um pavimento), 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros) de
diâmetro de círculo circunscrito para banheiro e 2,50m (dois metro e cinqüenta centímetros) de
diâmetro de círculo circunscrito para dormitórios;

b) até quatro pavimentos (térreo e mais três pavimentos), 3m (três metros) de diâmetro de círculo
circunscrito;

§ 1º - Para o caso de aberturas em ângulos para as divisas laterais, observar-se-á como mínima a
distância de 3m (três metros) perpendicular à metade da dimensão horizontal da abertura até a
divisa.

§ 2º - Não serão permitidas, em qualquer caso, aberturas distando menos de 1,50m (um metro e
cinqüenta centímetros) da divisa.

§ 3º - Os poços de ventilação e primas deverão ser visitáveis na sua base.

Art. 114 - O projeto deverá prever a existência de pelo menos uma


vaga de estacionamento de veículos correspondente a cada unidade habitacional.

SEÇÃO IV
MULTIFAMILIAR HORIZONTAL

24
Art. 115 – A implantação de Habitação Multifamiliar Horizontal será
efetuada de acordo com as disposições da presente seção, somente sendo admitidas em imóveis com
área máxima de 20.000m² (vinte mil metros quadrados) e frente para a via oficial de circulação
existente.

§ 1° – Para fins do disposto nesta seção, considera-se Habitação Multifamiliar Horizontal o


conjunto de habitações dispondo, obrigatoriamente, de espaços de utilização comum, caracterizados
como bens em condomínio do conjunto, cujo acesso se dá através de via de circulação de veículos,
a qual deverá articular-se em único ponto com uma única via oficial de circulação existente,
podendo, ainda, o acesso as habitações ser feito, por via de circulação de pedestres.

§ 2° - A implantação da Habitação Multifamiliar Horizontal só será permitida nas áreas dentro do


perímetro urbano de Goianésia devendo harmonizar-se com o sistema viário ditado pelo Plano
Original da Cidade aprovado em 1958, vedada a união de uma ou mais quadras quando gerar o
impedimento a circulação em via local já existente.

Art. 116 – Da área total do projeto de Habitação Multifamiliar


Horizontal, deverão ser destinadas áreas para sistema viário e áreas de lazer.

Parágrafo Único – As áreas de lazer referidas no “caput” deste artigo, que serão implantadas sobre
terreno natural, deverão:

a) corresponder, no mínimo, a 5% (cinco por cento) da área total do terreno destinado à implantação
da Habitação Multifamiliar Horizontal.

b) ser ajardinadas e arborizadas, possibilitando sua utilização pelos moradores.

Art. 117 – Nos projetos de Habitação Multifamiliar Horizontal as vias


internas de circulação de veículos deverão ter uma largura mínima de 10m (dez metros) e leito
carrocável de 7m (metros).

§ 1º – Em casos especiais com vias de circulação de no máximo 40 (quarenta) metros de


comprimento, a largura poderá ser reduzida para 8m (oito metros) e leito carroçavel de 5m (cinco
metros).

§ 2º – Os passeios somente serão exigidos entre o leito carroçavel da via interna de circulação de
veículos e testada de lotes ou unidades habitacionais, e deverão ter no mínimo, 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros) de largura.

§ 3º – As vias internas de circulação de veículos deverão possuir um ou mais espaços para


manobras e retorno de veículos.

Art. 118 – O projeto das edificações da Habitação Multifamiliar


Horizontal deverá obedecer a legislação existente.

§ 1º – Sua fração ideal será de no mínimo 180,00m² (cento e oitenta metros quadrados), sendo o
resultado da divisão área do terreno pelo mínimo de unidades residenciais.

§ 2º – Nos loteamentos definidos em lei Municipal, sujeitos à normas de ocupação do solo para
edificações, as Habitações Multifamiliares Horizontais, independentemente de sua altura junto às
divisas laterais do terreno, ficarão condicionadas a afastamento mínimo de 3,00m (três metros) de
recuo frontal, 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de recuo lateral quando houver abertura e
1,50m (um metro e cinquenta centímetros) de recuo de fundos.

25
§ 3º – afastamento entre as edificações da Habitação Multifamiliar Horizontal, separadas por via de
circulação de veículos, por via de circulação de pedestre ou por área de lazer, medindo entre a
projeção destas edificações, deverá ser, no mínimo, igual à altura da fachada mais alta.

§ 4º – Deverão ser previstas, no interior da Habitação Multifamiliar Horizontal, vagas para


estacionamento, na proporção de 1 (uma) vaga para cada unidade habitacional autônoma.

§ 5º – O pavimento superior das unidades habitacionais autônomas não poderá avançar sobre a via
interna de circulação de veículos ou de pedestres.

§ 6º – A altura máxima das edificações na Habitação Multifamiliar Horizontal, medida entre a via
de acesso à edificação e o ponto mais alto da cobertura, será, no máximo, igual a 9,00 (nove)
metros.

§ 7º – O acesso a Habitação Multifamiliar Horizontal, deverá ser fechado ao público através de


gradil, portão ou outro dispositivo podendo dispor de guarita:

Art. 119 – O projeto de Habitação Multifamiliar Horizontal,


submetido pelo interessado à aprovação da Prefeitura, deverá atender o conjunto de exigências
legais para as edificações e ao seguinte:

I – planta da área com o levantamento planialtimétrico na escala 1/250, em (três) vias, assinadas
pelo proprietário e pelo profissional responsável, contendo:

a) planta de situação;

b) curvas de nível de metro em metro;

c) via de acesso à área com indicação de larguras;

d) norte verdadeiro ou magnético;

e) limites da área, representados de acordo com os títulos de propriedade.

II – plano geral da Habitação Multifamiliar Horizontal, na escala 1:250 em 3 (três) vias assinadas
pelo profissional habilitado contendo:

a) curvas de nível de metro em metro;

b) identificação, dimensionamento e numeração, em planta, de vias de circulação, quadras, áreas de


lazer, lotes, unidades habitacionais autônomas e seus respectivos terrenos vinculados.

c) norte verdadeiro ou magnético;

d) indicação das dimensões das divisas da área, de acordo com os títulos de propriedade;

e) indicação, em quadro, da área total do terreno, da área do sistema viário, das áreas de lazer e do
número de lotes ou unidades habitacionais.

III – planta de todos os pavimentos, corte transversal e longitudinal, fachada frontal e planta de
cobertura das unidades habitacionais autônomas, em escala mínima de 1:100.

Art. 120 – Os projetos das obras de infra-estrutura, a serem


executadas na Habitação Multifamiliar Horizontal deverão conter:

26
I – projeto de guias e pavimentação das vias

II – Projeto completo do sistema de alimentação e distribuição de água potável, aprovado pelo órgão
competente;

III – Projeto completo da rede de águas servidas;

IV – Projeto de paisagismo e arborização para as áreas de lazer e passeios;

V – memorial descritivo de todos os projetos apresentados.

SEÇÃO V
DAS HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL

Art. 121 – Considera-se Habitação de Interesse Social - HIS, aquela


destinada à população com renda familiar mensal limitada a 3(três) salários mínimos, produzida
diretamente pelo poder público municipal ou com expressa anuência.

Art. 122 – O projeto e a execução de habitações de interesse social,


embora devam observar as disposições relativas à aprovação gozarão, em caráter excepcional, das
permissões especiais estabelecidas nesta seção.

Art. 123 – No projeto e construção da casa de interesse social serão


admitidos os seguintes mínimos:

I – pé direito de 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) em todas as peças;

II – área útil de 6,00m² ( seis metros quadrados) nos quartos, desde que um, pelo menos, tenha
8,00m² (oito metros quadrados);

III – área útil de 4,00m² (quatro metros quadrados) na cozinha;

IV - área útil de 2,00m² (dois metros quadrados) no compartimento sanitário.

Art. 124 – Todas as paredes poderão ser de meio tijolo de espessura e


assentes com barro ou saibro, desde que:

I – sejam revestidas com argamassa de cal e areia;

II – haja impermeabilização entre os alicerces e as paredes;

III – os alicerces tenham espessura de um tijolo e sejam feitas com argamassa adequada.

Art. 125 – A barra impermeável nas paredes, com 1,50m (um metro e
cinquenta centímetros) de altura, no mínimo, será obrigatório somente no compartimento sanitário.
Na cozinha deverá ser feito pelo menos rodamão de ladrilho ou de argamassa de cimento.

Art. 126 – É obrigatória a ligação do prédio às redes urbanas de água


e esgoto e, na falta destas a construção de poço, com instalação de bomba e reservatório de 500lts
(quinhentos litros), no mínimo, com canalização para cozinha e instalação sanitária, bem como é
obrigatória a instalação de fossa séptica.

27
CAPÍTULO II
ATIVIDADE COMERCIAL, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO, INDÚSTRIA E USO
INSTITUCIONAL

SEÇÃO I
DOS PRÉDIOS DE ESCRITÓRIOS

Art. 127 - As edificações destinadas a escritórios, consultórios e


estúdios de caráter profissional, além das demais disposições desta Lei, deverão possuir, no hall de
entrada, local destinado à instalação de portaria, quando a edificação contar com mais de dez salas.

Art. 128 – Prédios com até cinco salas, deverão ter no mínimo um
sanitário individualizado por sexo adaptado para portadores de necessidades especiais, conforme
NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 129 – Acima de cinco salas, as mesmas deverão ter,


obrigatoriamente, sanitários privativos.

Art. 130 - As salas tratadas nesta seção devem satisfazer às exigências


de compartimentos de permanência prolongada.

SEÇÃO II
DAS SALAS COMERCIAIS E LOJAS

Art. 131 - Além das disposições do presente Código que lhes forem
aplicáveis, as edificações destinadas a salas comerciais e as lojas deverão ser dotadas de:

I - instalações sanitárias privativas em lojas ou salas com área superior a 20m² (vinte metros
quadrados);

II - instalações sanitárias separadas para cada sexo, calculadas na razão de um sanitário por sexo
para cada 200m² (duzentos metros quadrados) ou fração de área útil.

Art. 132 - As lojas agrupadas em conjuntos, galerias, centros


comerciais, além de atender as demais disposições desta Lei a elas aplicáveis, deverão possuir área
mínima de 12m² (doze metros quadrados);

SEÇÃO III
LANCHONETES, BARES, CONFEITARIAS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES.

Art.133 - Nos bares e lanchonetes, as áreas dos compartimentos


destinados à venda ou à realização de refeições ligeiras, deverão ter no mínimo 12,00m² (doze
metros quadrados) e forma tal que permita, no plano do piso, a inscrição de um círculo com
diâmetro mínimo de 3,00m (três metros).

Parágrafo Único - Os compartimentos ou ambientes que possam ser utilizados para venda ou
consumo de alimentos apresentando área cujo total seja superior a 40,00m² (quarenta metros
quadrados), deverão satisfazer às seguintes exigências:

a) dispor de aberturas externas, pelo menos em duas faces ou de instalação de renovação de ar;

28
b) possuir um compartimento para despensa ou depósito de gêneros alimentícios, que satisfaça, para
efeito de ventilação e iluminação, as condições estabelecidas para os compartimentos de
permanência transitória esteja ligado diretamente à cozinha e, tendo área mínima de 4,00m2 (quatro
metros quadrados).

Art. 134 - As instalações sanitárias para o público e os funcionários


terão no mínimo um sanitário individualizado por sexo adaptado para portadores de necessidades
especiais, conforme NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

SEÇÃO IV
DOS RESTAURANTES

Art. 135 - Nos restaurantes, os salões de refeições deverão ter área de


no mínimo 30,00m2 (trinta metros quadrados), podendo cada sub-compartimento ter área mínima
de 8,00m2 (oito metros quadrados).

Art. 136 - Se os compartimentos de consumo de alimentos não


dispuserem de aberturas externas pelo menos em duas faces, deverão ter instalação de renovação de
ar.

Art. 137 - Além da parte destinada a consumação, os restaurantes


deverão dispor:

I - de cozinha - cuja área que não será inferior a 5,00m2 (cinco metros quadrados), deverá
corresponder à relação mínima de 1:10 (um por dez) da área total dos compartimentos que possam
ser utilizados para consumo. As cozinhas não poderão ter comunicação direta com o salão de
refeições;

II - de copa - com área equivalente a 1/3 (um terço) da área da cozinha, com um mínimo de 3,00m2
(três metros quadrados);

III - opcionalmente, de um compartimento para despensa ou depósito de gêneros alimentícios, que


deverá satisfazer às condições exigidas para compartimentos de permanência transitória, estar
ligado diretamente à cozinha e ter área mínima de 4,00m2 (quatro metros quadrados).

Art. 138 - As instalações sanitárias para o uso do público deverão ter


sanitários individualizados por sexo adaptado para portadores de necessidades especiais, conforme
NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas, sendo que a proporção utilizada será de
um lavatório e um sanitário a cada 85,00m² (oitenta e cinco metros quadrados) da área total do salão
de refeições.

Art. 139 - As instalações sanitárias para os funcionários, não poderão


ter comunicação direta com os compartimentos de preparo e venda de alimentos, nem com os
depósitos dos produtos e salões de refeições.

SEÇÃO V
DOS SUPERMERCADOS

29
Art. 140 - Os supermercados, qual seja, aqueles estabelecimentos que
possuírem área construída igual ou superior a 600m² (seiscentos metros quadrados), além das
exigências desta Lei que lhes forem aplicáveis, deverão ser dotados de:

I - compartimento independente do salão, com ventilação e iluminação, que sirva para depósito de
mercadorias;

II - no mínimo dois sanitários separados por cada sexo e adaptados para portadores de necessidades
especiais, conforme NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas;

III - compartimento especial destinado a depósito de lixo, localizado em situação que permita sua
fácil remoção, com capacidade para lixo acumulado por, pelo menos, dois dias, devendo ser
perfeitamente iluminado e ventilado pela parte superior, com paredes e pisos revestidos de material
impermeável e dotado de torneira e ralo para lavagens;

IV - vestiários destinados aos funcionários, separados para cada sexo, adaptados para portadores de
necessidades especiais, com armários individuais, no caso de estabelecimentos com mais de dez
empregados;

V – reserva técnica de área para estacionamento e área de serviço de carga e descarga de acordo
com o estabelecido no Quadro 5: Área de reserva técnica destinada a estacionamento de veículos e
Quadro 6: Área de serviço de carga e descarga do Plano Diretor Democrático de Goianésia.

SEÇÃO VI
EDIFICAÇÕES DE HOSPEDAGEM

Art.141 – As edificações de hospedagem, além das demais


especificações desta lei, deverão possuir local para acondicionamento de resíduos sólidos, situado
no primeiro pavimento, com acesso pela entrada de serviço.

Art.142 - Os edifícios de hospedagem se destinam à hospedagem de


permanência temporária, e classificam-se em:

I - hotéis;

II – pensionatos e casas de pensão;

III – motéis;

IV – albergues e similares

Art. 143 - Quando se constituírem em edificações mistas, os hotéis,


pensionatos e similares terão sempre acesso próprio, independente e fisicamente separado do acesso
de uso comum ou coletivo do edifício.

Art. 144 - Os edifícios de hotéis, pensionatos, casa de pensão, motéis,


e similares deverão dispor, no mínimo, de compartimentos, ambientes ou locais para:

I - recepção ou espera;

II - quartos de hóspedes;

III - acesso e circulação de pessoas;

30
IV - sanitários;

V - serviços;

VI - acessos e estacionamentos de veículos.

Art. 145 – O dimensionamento da área para estacionamento de


veículos deverá obedecer o Quadro 5: Área de reserva técnica destinada a estacionamento da Lei do
Plano Diretor Democrático,

SUBSEÇÃO I
HOTEL

Art. 146 – As edificações destinadas a hotéis deverão atender aos


seguintes requisitos:

I - unidades de hospedagem com área mínima, nos quartos para 2 leitos, de 10,00m² ( dez metros
quadrados) e 7,50m² (sete metros e cinquenta centímetros quadrados) nos quartos para 1 leito com
largura mínima de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros)

II – portaria e hall com área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados) dotados de instalações
sanitárias para o uso público, separados por sexo, adaptadas para portadores de necessidades
especiais conforme NBR 9050 da ABNT;

III – salão de refeições com área mínima equivalente a 1,00m² (um metro quadrado) para cada
unidade de hospedagem, sendo, no mínimo igual a 10m² (dez metros quadrados).

IV – cozinha com área mínima igual a 4m² (quatro metros quadrados).

V – guarda de bagagens em local apropriado com área mínima de 1,50m² (um metro e cinqüenta
centímetros quadrados);

VI – local para acondicionamento de resíduos sólidos situado no pavimento térreo, com acesso pela
entrada de serviço;

VII - vestiários e instalações sanitárias por funcionários, separada por sexo;

VIII - entrada de serviço separada da entrada de hospedes;

IX - unidades de hospedagem providas com banheiro com área mínima de 2,50m² (dois metros e
cinqüenta centímetros quadrados).

SUBSEÇÃO II
PENSIONATOS, CASA DE PENSÃO E ALBERGUES

Art. 147 – As edificações destinadas a pensionatos, casas de pensão e


albergues deverão atender aos seguintes requisitos:

I – quartos para 2 (dois) leitos, 8,00m² (oito metros quadrados) e 6,00m² (seis metros quadrados)

31
nos quartos para 1 leito com largura mínima de 2,00m² (dois metros quadrados);

II – quando os dormitórios forem para mais de 2 (dois) leitos, acrescentar, 4,00m² (quatro metros
quadrados) para cada leito a mais;

III – terem, no mínimo, um conjunto sanitário, constituído de lavatório, bacia e chuveiro para cada 5
(cinco) leitos;

IV – os dormitórios que não dispuseram de instalações sanitárias privativas, deverão possuir


lavatórios;

V – sala de estar e sala de refeições com área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados) e largura
mínima de 2,00m² (dois metros quadrados);

SUBSEÇÃO III
MOTÉIS

Art. 148 - Os motéis se caracterizam pelo estacionamento dos


veículos próximos às respectivas unidades distintas e autônomas destinadas a hospedagem, devendo
satisfazer às seguintes exigências:

I - terão cada unidade distinta e autônoma para hospedar, constituída de:

a) quarto com área de 5,00m² (cinco metros quadrados) quando destinados a uma pessoa ou com
área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados) quando destinado a duas pessoas e forma tal que
permita, no plano de piso, a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de 2,00m (dois metros) e
2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), respectivamente;

b) instalação sanitária dispondo, pelo menos, de lavatório, vaso sanitário e chuveiro, em


compartimento cuja área não seja inferior a 2,00m2 (dois metros quadrados).

II - terão compartimentos para recepção, escritório e registro (portaria), com área mínima de
8,00m2 (oito metros quadrados) e forma tal que permita, no plano do piso, a inscrição de um círculo
com diâmetro mínimo de 2,00m (dois metros);

III - terão espaço para acesso e estacionamento de veículos na proporção mínima de uma vaga para
cada unidade distinta e autônoma que possa ser utilizada para hospedagem.

Art. 149 - Se o motel tiver serviço de refeição, deverá ser provido


ainda de:

I - compartimento para refeições e cozinha, ligados entre si. Cada um desses compartimentos
deverá:

a) ter área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados), se o total das áreas dos compartimentos, que
possam ser utilizadas para hospedagem, for igual ou inferior a 250,00m2 (duzentos e cinqüenta
metros quadrados);

b) ter a área mínima fixada na alínea anterior acrescida de 1,00m2 (um metro quadrado) para cada
35,00m2 (trinta e cinco metros quadrados) ou fração, de área total dos compartimentos para

32
hospedagem que exceder de 250,00m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados).

II - compartimentos para copa, despensa e lavanderia, cada um com área de 4,00m2 (quatro metros
quadrados), a qual será acrescida de 1,00m2 (um metro quadrado) para cada 70,00m2 (setenta
metros quadrados) ou fração da área total dos compartimentos para hospedagem que exceder a
250,00m2 (duzentos e cinqüenta metros quadrados).

Parágrafo único - Para fins de localização de motéis, deverão ser observadas as disposições da Lei
do Plano Diretor Democrático.

SEÇÃO VII
DOS POSTOS DE SERVIÇOS AUTOMOBILÍSTICOS

Art. 150 - Os postos de serviço automobilísticos destinam-se a


serviços de abastecimento, lubrificação, lavagem e lavagem automática, que podem ser exercidos
em conjunto ou isoladamente.

Art. 151 - Os tanques de combustível deverão guardar afastamentos


mínimos de 5m (cinco metros) do alinhamento e de 5m (cinco metros) das divisas do terreno.

Art. 152 - Deverão existir ralos com grades em todo o alinhamento


voltado para o passeio público.

Art. 153 - Os postos deverão dispor, pelo menos, de compartimentos,


ambientes ou locais para:

I - acesso e circulação de veículos;

II - acesso e circulação de abastecimento e/ou lubrificação;

III - administração;

IV - sanitários.

Art. 154 - Aos postos aplicar-se-ão:

I – rebaixamento de meios-fios no mínimo de cinqüenta por cento do comprimento da testada, não


podendo ocorrer no trecho correspondente à curva de concordância das ruas, na distância mínima de
três metros;

II – distância de, no mínimo, duzentos metros lineares dos limites de escolas, hospitais, casas de
saúde, asilos, unidades militares, igrejas, creches e supermercados;

III – distância de, no mínimo, quinhentos metros lineares ao longo das testadas de uma mesma via
entre um e outro posto, com tolerância de dez por cento;

IV – observância das exigências contidas na lei do zoneamento do uso e da ocupação do solo


urbano, na legislação do meio ambiente e legislação do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás.

V - o acesso de veículos deverá ter sinalização de advertência para os que transitam no passeio;

VI - quaisquer aparelhos ou equipamentos, tais como bombas para abastecimento, conjuntos para

33
teste e medição, elevadores, bem como as valas para troca de óleo, deverão ficar pelo menos a
4,50m (quatro metros e cinqüenta centímetros) dos alinhamentos do imóvel, sem prejuízo da
observância de recuos maiores exigidos para o local;

VII. a posição e as dimensões dos aparelhos ou equipamentos, dos boxes de lavagem, bem como
outras construções ou instalações deverão ser adequadas a sua finalidade, oferecer a necessária
segurança e ainda possibilitar a correta movimentação ou parada de veículos;

VIII - as bombas para abastecimento deverão observar a distância mínima de 4,00m (quatro metros)
de qualquer ponto da edificação e das divisas laterais e de fundo;

IX - os pisos das áreas de acesso, circulação, abastecimento e serviços, bem como boxes de
lavagem deverão ser impermeáveis, refratários ao desgaste e ao solvente e anti-derrapantes, ter
declividade mínima de 1 % (um por cento). Serão dotados de ralos para o escoamento das águas de
lavagem e de torneiras de água corrente.

Art. 155 - O pé-direito será fixado de acordo com o tipo de


equipamento utilizado, observando o mínimo de 5,00m (cinco metros).

Art. 156 - Os postos de serviços automobilísticos deverão dispor de


instalações ou construções de tal forma que os vizinhos ou logradouros públicos não sejam
atingidos pelos ruídos, vapores, jatos e aspersão de água ou óleo originado dos serviços de
abastecimento, lubrificação ou lavagem.

Parágrafo único - As instalações e depósitos de combustíveis de inflamáveis deverão atender as


normas próprias estabelecidas na Lei de Posturas do Município.

Art. 157 - As eventuais instalações de bares ou lanchonetes nos postos de serviços automobilísticos
deverão atender as exigências das respectivas normas específicas.

SEÇÃO VIII
DAS GARAGENS DE ESTACIONAMENTO

Art. 158 - As garagens de estacionamento, além das exigências que


lhes couberem nesta Lei, atenderão os seguintes critérios:

I - terão rampas com largura mínima de 3 m (três metros) e declividade máxima de 23% (vinte e
três por cento);

II - terão sinalização visual de entrada e saída de veículos, junto ao logradouro;

III - terão assegurada a ventilação permanente;

IV - a entrada e saída de veículos ficarão a uma distância mínima de 6m (seis metros) da esquina
dos logradouros, contados a partir do seu alinhamento predial.

Art. 159 - O Município poderá negar licença para construção de


edifícios de estacionamento, toda vez que julgar inconveniente a ampliação da circulação de
veículos na via pública naquele local.

34
SEÇÃO IX
DEPÓSITOS DE INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 160 - Os edifícios e instalações de inflamáveis e explosivos


destinam-se à fabricação, manipulação ou depósito de combustíveis, inflamáveis ou explosivos, uns
e outros em estado sólido, líquido ou gasoso.

§ l° - Consideram-se inflamáveis, de forma exemplificativa:

I - algodão;

II - fósforo e materiais fosforados;

III - gasolina e demais derivados do petróleo;

IV - éteres, álcoois, aguardente e óleos em geral;

V - carburetos, alcatrão e matérias betuminosas líquidas;

VI - toda e qualquer outra substância que tenha seu ponto de inflamabilidade abaixo de 135 C°.

§ 2° - Consideram-se explosivos, de forma exemplificativa:

I - fogos de artifícios;

II - nitroglicerina e seus compostos e derivados;

III - pólvora e algodão pólvora;

IV - espoletas e estopins;

V - fulminados, cloratos, formiatos e congêneres;

VI - cartuchos de guerra, caça e minas;

VII - corpos de composição química definida ou as misturas de compostos químicos que, sob a ação
do calor, atrito, choque, faísca elétrica ou qualquer outra causa, possam produzir reações
exotérmicas instantâneas dando como resultado a formação de gases superaquecidos, ou, cuja
pressão seja suficiente para destruir ou danificar pessoas ou coisas.

§ 3° - Segundo suas características e finalidades, as edificações ou instalações de que trata esta


Seção classificam-se em:

a) fábricas ou depósitos de inflamáveis;

b) fábricas ou depósitos de explosivos;

c) fábricas ou depósitos de produtos químicos agressivos;

§ 4° - Além das exigências desta Seção as edificações ou instalações deverão observar as normas
técnicas oficiais e as normas especiais emanadas da autoridade competente.

§ 5° - Não estão sujeitos às exigências desta Seção os reservatórios de combustíveis que fizerem
parte integrante dos motores de combustão interna, ficando a eles aderentes, bem como as

35
autoclaves destinadas à fusão de materiais gordurosos, limpeza e instalações congêneres, desde que
apresentem capacidade limitada e condições adequadas fixadas pelas normas técnicas oficiais.

Art. 161 - Sem prejuízo do disposto no parágrafo 2º. do artigo


anterior, nenhuma fábrica ou depósito de inflamável explosivo ou produto químico agressivo poderá
ser construído ou instalado sem prévio exame e pronunciamento das autoridades competentes,
especialmente quanto à localização; ao isolamento e às condições especiais de construção, dos
equipamentos ou instalações, bem como sobre as quantidades máximas de cada espécie.

§ l° - A construção ou instalação de estabelecimentos onde se pretenda comercializar inflamáveis,


explosivos, produtos químicos agressivos, iniciadores de munições ou materiais similares ficam
igualmente sujeitos a todas as exigências deste artigo.

§ 2° - A Prefeitura poderá, a qualquer tempo, ordenar a execução de obras e serviços ou a adoção


das providências consideradas necessárias à proteção das pessoas, propriedades e logradouros
públicos.

§ 3° - O pedido de aprovação do projeto deverá ser instruído com a especificação da instalação,


mencionando o tipo de inflamável, a natureza e a capacidade dos tanques ou recipientes, aparelhos
de sinalização, assim como todo o aparelhamento ou maquinário a ser empregado na instalação.

§ 4° - A aprovação do projeto por parte da Prefeitura ficará condicionada à prévia aprovação do


Corpo de Bombeiros.

Art. 162 - Devido à sua natureza, as edificações e instalações somente


poderão ocupar imóvel de uso exclusivo, completamente isolado e afastado de edificações ou
instalações vizinhas, bem como do alinhamento dos logradouros públicos.

§ l° - As edificações ou instalações, sem prejuízo do estabelecido na lei de zoneamento, ficarão


afastadas:

a) no mínimo 4,00m (quatro metros) entre si ou de quaisquer outras edificações e ainda das divisas
do imóvel;

b) no mínimo 10,00m (dez metros) do alinhamento dos logradouros.

§ 2° - Para quantidades superiores a 10.000kg (dez mil quilogramas) ou 100,00m³ (cem metros
cúbicos), os afastamentos serão de 15,00m (quinze metros) no mínimo.

§ 3° - As edificações destinadas exclusivamente à administração, poderão obedecer ao recuo


mínimo de 3,00m (três metros).

Art. 163 - As edificações deverão conter, pelo menos,


compartimentos, instalações ou locais para:

I - recepção, espera ou atendimento público;

II - acesso e circulação de pessoas;

III - armazenagem;

IV - serviços, inclusive de segurança;

V - sanitários e serviços;

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VI - vestiário;

VII - pátio de carga, descarga e estacionamento.

§ l° - Se houver fabricação ou manipulação, o estabelecimento deverá conter ainda compartimentos,


ambientes ou locais para:

a) armazenagem da matéria-prima;

b) trabalho;

c) administração;

d) refeitórios

§ 2° - As atividades previstas nos itens V e VI deste artigo e nas letras "a", "b", "c" e "d" do § 1°
deverão ser exercidas em compartimento próprio e exclusivo, separado dos demais.

Art. 164 - Aplicam-se às atividades de que trata esta Seção,


devidamente ajustadas às características de cada caso, as normas do Art. 176, bem como, se houver
edificações para trabalhos de manutenção, reparos, transformação, beneficiamento ou para
armazenagem, as disposições dos artigos 177, 178, 180 da presente lei.

Art. 165 - Observar-se-á ainda o seguinte:

I - O acesso ao estabelecimento será feito através de um só portão, com dimensão suficiente para
entrada e saída de veículos; poderá haver mais de um portão, destinado ao acesso de pessoas,
localizado junto à recepção ou portaria;

II - será obrigatória a instalação de aparelhos de alarme de incêndio, ligados ao local da recepção do


vigia ou guarda;

III - haverá instalações e equipamentos especiais de proteção ao fogo, que levarão em conta a
natureza dos materiais de combustão, do material a ser utilizado como extintor, bem como as
instalações elétricas e industriais previstas, tudo de acordo com as normas da autoridade
competente;

IV - os edifícios, pavilhões ou locais destinados a manipulação, transformação, reparos,


beneficiamento ou armazenagem de matérias-primas ou produtos serão protegidos contra descargas
elétricas atmosféricas, os tanques metálicos e as armaduras de concreto armado serão ligados
eletricamente à terra ;

V - haverá suprimento de água sob pressão, proveniente da rede urbana ou de fonte própria; os
reservatórios terão capacidade proporcional à área total da construção, bem como ao volume e
natureza do material armazenado ou manipulado.

VI - o pedido de aprovação das instalações, além das demais normas pertinentes, deverá ser
acompanhado dos seguintes elementos:

a) planta de localização, na qual deverá constar a edificação, a implantação do maquinário, as


canalizações, quando houver, e a posição dos recipientes e dos tanques;

b) especificação da instalação, mencionando o tipo de produto químico, explosivo ou inflamável, a


natureza e a capacidade dos tanques ou recipientes, os dispositivos de proteção contra incêndio,
aparelhos de sinalização, assim como todo aparelhamento ou maquinário empregado na instalação;
37
VII - os depósitos de explosivos deverão estar localizados fora da macrozona urbana e, ainda,
manter um afastamento mínimo de 50m (cinqüenta metros) das divisas do terreno em que se
situarem, observando todas as exigências fixadas pelas autoridades competentes encarregadas do
seu controle;

VIII - terão cobertura impermeável e incombustível, apresentando vigamento não combustível;

IX - serão dotados de pára-raios;

X - suas canalizações e equipamentos deverão, ainda, atender às normas da Associação Brasileira de


Normas Técnicas.

Parágrafo único - Nas zonas de isolamento, obtidas de acordo com o inciso II do caput deste
artigo, deverão ser levantados taludes de terra de, no mínimo, 2m (dois metros) de altura, onde
serão plantadas árvores para formação de uma cortina florestal de proteção.

Art. 166 - Qualquer edifício onde tenham de ser armazenados mais de


2.000 (dois mil litros) de líquidos inflamáveis em recipientes não selados, deverá ter,
obrigatoriamente, suas janelas providas de vidros fixos armados em caixilhos metálicos que
garantam a ventilação permanente.

Art. 167 - Nos compartimentos ou locais destinados às seções,


manipulação, reparos, transformação, beneficiamento ou armazenagem de matéria-prima ou
produtos, acondicionados em vasilhames ou não, serão observadas as seguintes condições:

I - o pé-direito não será inferior a 4,00m (quatro metros) nem superior a 6,00m (seis metros) e a
área de cada compartimento, pavilhão ou local não era inferior a 60,00m2 (sessenta metros
quadrados), nem deverá apresentar dimensões no plano horizontal, inferior a 6,00m (seis metros);

II - os compartimentos ou locais integrantes da mesma seção serão separados dos pertencentes a


outros por meio:

a) de paredes com resistência ao fogo de 4 (quatro) horas no mínimo, e que deverão elevar-se no
mínimo até 1,00m (um metro) acima da cobertura, calha ou rufo;

b) de completa interrupção dos beirais, vigas, terças e outros elementos constitutivos do teto ou da
cobertura.

III - as faces internas das paredes do compartimento serão de material liso, impermeável e
incombustível;

IV - o piso será constituído de uma camada de, no mínimo 0,07m (sete centímetros) de concreto,
com superfície lisa, impermeabilizada e isenta de fendas ou trincas, e terá declividade mínima de
1% (um por cento) e máxima de 3% (três por cento) sendo provido de sistema de drenos, para
escoamento e recolhimento dos líquidos;

V - as portas de comunicação entre as seções ou de comunicação destas com os outros ambientes ou


compartimentos, terão resistência ao fogo de 1h30 min (uma hora e trinta minutos) no mínimo.
Serão do tipo corta fogo e dotadas de dispositivo de fechamento automático protegido contra
entraves ao seu funcionamento;

VI - as portas para o exterior deverão abrir no sentido de saída dos pavilhões.

Art. 168 - As edificações e instalações de que trata a presente seção,

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além do disposto nos artigos constantes do mesmo, deverão obedecer às normas técnicas oficiais
referentes à matéria.

Art. 169 - Os depósitos de produtos químicos, inflamáveis e


explosivos deverão obedecer às seguintes condições:

I - o pedido de aprovação das instalações, além das demais normas pertinentes, deverá ser
acompanhado dos seguintes elementos:

a) planta de localização, na qual deverá constar a edificação, a implantação do maquinário, as


canalizações, quando houver, e a posição dos recipientes e dos tanques;

b) especificação da instalação, mencionando o tipo de produto químico, explosivo ou inflamável, a


natureza e a capacidade dos tanques ou recipientes, os dispositivos de proteção contra incêndio,
aparelhos de sinalização, assim como todo aparelhamento ou maquinário empregado na instalação;

Art. 170 - Quando o material puder ocasionar a produção de vapores


ou gases e o local for fechado, deverá haver ventilação permanente adicional, mediante aberturas
situadas ao nível do piso e do teto, em oposição às portas e janelas.

Parágrafo único - A soma das áreas das aberturas de que trata o caput deste artigo não poderá ser
inferior a 1,20m² (um metro e vinte centímetros quadrados) da área do compartimento, podendo
cada abertura ter área que contenha, pelo menos, um círculo de 0,30m (trinta centímetros) de
diâmetro.

SEÇÃO X
OFICINAS E INDÚSTRIAS

SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 171 - Para a construção, reforma ou adaptação de prédios para


uso industrial, além das exigências deste Código, deve-se observar o disposto na legislação federal,
estadual e municipal pertinente.

Parágrafo único - Para fins de localização de atividades industriais, deverão ser rigorosamente
observadas as disposições da Lei do Plano Diretor Democrático de Goianésia.

Art. 172 - As edificações destinadas a fins industriais sujeitam-se às


seguintes exigências:

I - possuir instalações sanitárias compatíveis com o exigido na legislação federal relativa à


segurança e medicina do trabalho;

II - ter as fontes ou equipamentos geradores de calor ou dispositivos onde se concentra o mesmo,


convenientemente dotados de isolamento térmico;

III - quando houver chaminé, a mesma deverá estar a 5m (cinco metros) acima de qualquer
edificação situada num raio de 50m (cinqüenta metros), considerada a altura da edificação com a
cota do forro do último pavimento;

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IV - quando a atividade a ser desenvolvida no local de trabalho for incompatível com a ventilação e
iluminação naturais essas deverão ser obtidas por meios artificiais;

V - os espaços destinados à copa, cozinha, despensa, refeitório, ambulatório e lazer não poderão ter
comunicação direta com o local de trabalho, vestiário e sanitários.

Art. 173 - Os edifícios e instalações de oficinas e indústrias destinam-


se às atividades de manutenção, consertos ou confecções, bem como de extração, transformação,
beneficiamento ou desdobramento de materiais.

Art. 174 - Conforme suas características e finalidades as oficinas e


indústrias classificam-se em:

I - oficinas;

II - indústrias em geral;

III - indústrias de produtos alimentícios;

IV - indústrias químicas e farmacêuticas;

V - indústrias extrativas.

Parágrafo Único - Quando as edificações se destinarem a mais de uma das finalidades


mencionadas neste artigo deverão obedecer às exigências das respectivas normas específicas.

Art. 175 - As edificações para oficinas e indústrias deverão dispor,


pelo menos, de compartimentos, ambientes ou locais para:

I – recepção, espera ou atendimento do público;

II - acesso e circulação de pessoas;

III - trabalho;

IV - armazenagem;

V - administração e serviços;

VI - sanitários;

VII - vestiários;

VIII - acesso e estacionamento de veículos;

IX - pátio de carga e descarga.

Art. 176 - A soma das áreas dos compartimentos destinados à


recepção, atendimento do público, espera, escritório ou administração, serviços e outros fins de
permanência prolongada, quando houver, não será inferior a 40,00m2 (quarenta metros quadrados),
podendo cada um ter área mínima de 6,00m2 (seis metros quadrados).

Art. 177 - Os estabelecimentos deverão dispor, mediante acessos por


espaços de uso comum ou coletivo de:

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I - instalações sanitárias para uso dos empregados, não podendo ter comunicação direta com o local
de trabalho;

II - compartimentos para vestiários na proporção mínima de 1,00m² (um metro quadrado) para cada
100,00m2 (cem metros quadrados) ou fração da área total de construção, respeitada, para cada
compartimento, a área mínima de 3,00m² (três metros quadrados);

III - depósitos de material de limpeza, de consertos e outros fins, com área mínima de 2,00m² (dois
metros quadrados).

Art. 178 - As oficinas e indústrias com área total de construção


superior a 1.000,00m² (mil metros quadrados) deverão ainda dispor de:

I - compartimento de refeições por funcionário, respeitada a área mínima de 8,00m² (oito metros
quadrados), dotadas de lavatórios na proporção mínima de 1(um) para cada 20,00m² (vinte metros
quadrados) ou fração da área do compartimento, quando distarem mais de 50,00 (cinqüenta metros)
das instalações sanitárias;

II - copa cozinha com área, em conjunto, na proporção mínima de 1,00m² (um metro quadrado) para
cada funcionário respeitada a área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados);

III - despensa ou depósito de gêneros alimentícios, respeitada a área mínima de 4,00m² (quatro
metros quadrados).

Art. 179 - A estrutura, as paredes e os pavimentos da edificação


deverão ser de material resistente a 4 (quatro) horas de fogo, no mínimo. As paredes situadas nas
divisas do imóvel deverão elevar-se pelo menos, 1,00m (um metro) acima das coberturas.

§ l° - Eventuais compartimentos, ambientes ou locais de equipamento, manipulação ou


armazenagem que apresentem características inflamáveis ou explosivas, deverão satisfazer as
exigências da Seção IX destinados a inflamáveis e explosivos.

§ 2°. - Conforme a natureza dos equipamentos de processamento da matéria prima ou do produto


utilizado deverá ser previstas instalações especiais de proteção ao fogo, tais como chuveiros e
alarmes automáticos de acordo com as normas técnicas oficiais.

Art. 180 - As aberturas para iluminação e ventilação dos


compartimentos de trabalho ou atividades terão área correspondente a pelo menos 1/6 (um sexto) da
área do compartimento, que deverá satisfazer as condições de permanência prolongada.

§ l°. - Quando forem utilizadas na iluminação estruturas tipo Shed, as aberturas deverão ficar
voltadas para direção situada entre os rumos do quadrante S e E.

§ 2°. - No mínimo 60% (sessenta por cento) da área exigida para abertura de iluminação deverão
permitir a ventilação natural permanente.

§ 3°. - Quando a atividade exercida no local exigir o fechamento das aberturas para o exterior, o
compartimento deverá dispor de instalações de renovação de ar ou de ar condicionado,

Art. 181 - Nas edificações destinadas a oficinas e indústrias, deverão


ser observadas as seguintes condições:

I - as chaminés industriais deverão ter altura que ultrapasse, no mínimo de 5,00m (cinco metros) á
edificação mais alta, em um raio de 50,00m (cinqüenta metros) e dispor de câmaras de lavagem dos

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gases de combustão e detentoras de fagulhas;

II - os espaços de circulação das pessoas e dos materiais, de instalação das máquinas e


equipamentos de armazenagem das matérias-primas e produtos, e de trabalho ou atividades serão
dispostos e dimensionados de forma a que sejam respeitadas as normas de proteção à segurança e à
higiene dos empregados;

§ 1°. - Serão obedecidas as normas técnicas oficiais, em especial as que dispõem, respectivamente,
sobre condições de segurança e higiene, controle da poluição interna e externa, isolamento e
condicionamento acústico, de transmissão de vibrações e de disposição e tratamento dos resíduos.

SUBSEÇÃO II
OFICINAS

Art. 182 - Os edifícios de oficinas destinam-se, entre outras, às


seguintes atividades:

I - serralharia;

II - mecânica, consertos e reparos de veículos e máquinas;

III - recauchutagem de pneus;

IV - usina de concreto ou asfalto;

V - gráfica, tipografia e litografia;

VI - estúdios de TV, rádio e comunicações;

VII - estúdio cinematográfico e fotográfico;

VIII - artigos de couro;

IX - lavanderia e tinturaria industrial;

X - carpintaria;

XI - oficina de montagem de equipamento elétrico e eletrônico.

Art. 183- Os edifícios destinados às atividades relacionadas no artigo


anterior quando tiverem área total de construção inferior a 200,00m² (duzentos metros quadrados),
estarão dispensados do estabelecido nos artigos 175 e 176, no item II do artigo 177 e no artigo 179,
devendo dispor de compartimentos para administração e serviço com área mínima de 6,00m² (seis
metros quadrados).

Art. 184 - Os edifícios de oficinas deverão obedecer ainda às


seguintes disposições, além das estabelecidas na seção anterior:

I - as oficinas de manutenção, reparo ou conserto de veículos deverão dispor de espaços adequados


para o recolhimento de todos os veículos no local de trabalho ou de espera dentro do imóvel;

II - se a oficina possuir serviços de pintura, estes deverão ser executados em compartimento próprio

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e com equipamento adequado para proteção dos empregados e para evitar a dispersão, para setores
vizinhos, das emulsões de tinta, solventes e outros produtos.

III - as oficinas de reparo ou conserto de veículos e máquinas agrícolas deverão dispor de espaço
para recolhimento ou espera de todos eles dentro do imóvel, bem como para a execução dos
serviços nos mesmos;

IV – os despejos nos quais sejam feitos lavagem ou lubrificação deverão passar por instalação
retentora de graxa e caixa de areia aprovada pelo órgão competente.

Art. 185 - Quando existirem nas oficinas serviços de lavagem,


abastecimento e lubrificação, estes deverão obedecer às normas relativas a postos de serviços
automobilísticos.

Art. 186 - As oficinas deverão ter pé-direito mínimo de 5,00m (cinco


metros), salvo os compartimentos destinados à administração, almoxarifado, vestiário e sanitários.

SUBSEÇÃO III
INDÚSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Art. 187 - Nas edificações destinadas a atividade de indústrias


alimentícias, os compartimentos para fabricação, manipulação, acondicionamento, depósito de
matérias-primas ou de produtos alimentícios, bem como para atividades acessórias deverão
satisfazer os seguintes requisitos:

I - terão piso e paredes, pilares ou colunas revestidos de material durável, liso, impermeável e
resistente a freqüentes lavagens até a altura mínima de 2,00m (dois metros);

II - deverão dispor de pia com água corrente e de ralo para escoamento de água de lavagem do piso;

III - os depósitos ou despensas de matéria-prima deverão estar diretamente ligados ao


compartimento do trabalho e ter área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados)

IV - terão instalações de renovação de ar com capacidade mínima de renovação do volume de ar do


compartimento por hora, ou sistema equivalente;

V - terão portas com dispositivos adequados que as mantenham permanentemente fechadas.

§ l° - Os compartimentos destinados a venda, atendimento público ou consumação deverão ter, pelo


menos, pia com água corrente e o piso conforme disposto no item I do artigo anterior.

§ 2° - Os depósitos de material de limpeza, consertos e outros fins, bem como os eventuais


compartimentos para pernoite de empregados ou vigias e a residência do zelador não poderão estar
em comum com os compartimentos destinados à consumação, cozinha, fabrico, manipulação,
depósito de matéria prima ou gêneros e guarda de produtos acabados, nem ter com estes
comunicação direta.

Art. 188 - As edificações para a fabricação de pão, massas e


congêneres deverão ter, ainda, instalações, compartimentos ou locais para:

I - recebimento e depósito de matéria-prima;

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II - fabricação;

III - acondicionamento;

IV - expedição;

V - depósito de combustível

Parágrafo Único - As edificações de que trata este artigo deverão obedecer ainda aos seguintes
requisitos:

a) os depósitos de matéria-prima ou de produtos ficarão contíguos aos locais de trabalho e


observarão os mesmos requisitos exigidos para estes;

b) os depósitos de combustível deverão ficar em local separado dos locais de trabalho e dos
depósitos de gêneros alimentícios e instalados de modo a que não prejudiquem a higiene e o asseio
das instalações;

c) nas fábricas de massas ou congêneres, a secagem dos produtos será feita por meio de estufa ou de
câmara de secagem.

Art. 189 - As edificações para as fábricas de gelo deverão satisfazer


ainda às seguintes exigências:

I - terão compartimentos ou locais destinados exclusivamente à instalação de máquinas;

II - os acessos às câmaras de refrigeração deverão ser feitos por meio de antecâmaras.

Art. 190 - As edificações para a torrefação de café somente poderão


ser usadas para esse fim, não sendo permitida no local nenhuma outra atividade ainda que
relacionada com produtos alimentícios.

§ 1° - As edificações de que trata este artigo deverão conter ainda instalações, compartimentos ou
locais para:

I - recebimento e depósito de matéria-prima;

II - torrefação;

III – moagem e acondicionamento;

IV - expedição;

V - depósito de combustível.

§ 2° - As edificações serão providas de chaminés, na forma prevista no item I do artigo 182,


devidamente munidas de aparelhos de aspiração e retenção de fuligem de películas ou resíduos da
torrefação de café, bem como de dispositivos para retenção do odor característico.

SEÇÃO XI
DAS EDIFICAÇÕES INSTITUCIONAIS E DOS PRÉDIOS DE USO PÚBLICO

SUBSEÇÃO I

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DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 191 - As edificações institucionais ou destinadas ao uso pelo


público deverão possuir obras que facilitem o acesso e circulação nas suas dependências a pessoas
portadoras de deficiência física.

§ 1º - As rampas de acesso para deficientes físicos devem ter piso não escorregadio, corrimão e
guarda-corpo.

§ 2º - Cada edifício público ou de uso pelo público deverá conter, pelo menos, um sanitário para
cada sexo, adaptado ao uso do deficiente físico, devendo ter área que permita a circulação de
cadeira de rodas.

§ 3º - Deverá ser prevista, no mínimo, uma vaga de estacionamento exclusivo para veículos
utilizados por pessoas portadoras de necessidades especiais.

SUBSEÇÃO II
DOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

Art. 192 - Os edifícios de estabelecimento de ensino destinam-se a


realização de atividades de formação da população.

Art. 193 - As edificações destinadas a estabelecimentos de ensino


além das disposições desta Lei, deverão atender às seguintes exigências:

I - não deverão ser construídos em terrenos com acesso pela Avenida Contorno, devido à sua
característica de via estrutural com tráfego de velocidade, incompatível com acesso de crianças e
jovens;

II - distância de, no mínimo, duzentos metros lineares de postos de combustíveis, medindo-se a


distância entre o ponto da instalação do reservatório do combustível e o terreno da escola;

III - possuir locais de recreação que, quando cobertos, sejam devidamente isolados, ventilados e
iluminados;

IV - ter instalações sanitárias, observado o seguinte:

a) masculino:

1. um vaso para cada cinqüenta alunos;

2. um mictório para cada vinte e cinco alunos;

3. um lavatório para cada cinqüenta alunos.

b) feminino:

1. um vaso para cada vinte alunas;

2. um lavatório para cada cinqüenta alunas.

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V - ter um bebedouro de água potável para cada setenta alunos;

VI - ter chuveiros quando houver vestiário para educação física.

VII - possuir as adaptações necessárias para permitir o acesso de pessoas portadoras de deficiência;

Art. 194- Em qualquer hipótese, a distância de qualquer compartimento


do conjunto pedagógico até a instalação sanitária e o vestiário não deverá ser superior a 50,00m
(cinqüenta metros).

Art. 195 - Os edifícios destinados a estabelecimentos de ensino serão


constituídos pelo conjunto administrativo, conjunto de serviços gerais e conjunto pedagógico e
deverão dispor, pelo menos, de compartimentos ambientes ou locais para:

I - conjunto administrativo:

a) recepção, espera ou atendimento;

b) diretoria;

c) secretaria;

d) reunião.

II - conjunto de serviços gerais:

a) sanitários para alunos e empregados;

b) refeições e/ou lanches;

c) outros serviços como depósitos de limpeza, consertos;

III - conjunto pedagógico, construído conforme programação específica de cada modalidade de


ensino por:

a) sala de aulas expositivas;

b) salas especiais (artes plásticas, laboratórios, bibliotecas, etc.);

c) área de esporte e recreação.

Parágrafo Único - No cálculo das áreas mínimas exigidas para os compartimentos, ambientes ou
locais do conjunto pedagógico será considerada a capacidade máxima da escola por período.

Art. 196 - Os edifícios destinados a estabelecimentos de ensino terão


obrigatoriamente, próximo à porta de ingresso, um compartimento, ambiente ou local de recepção
ou atendimento ao público em geral, com área mínima de 12,00m² (doze metros quadrados).

Art. 197 - As áreas de acesso e circulação deverão satisfazer os


seguintes requisitos:

I - os locais de ingresso e saída terão largura mínima de 3,00m (três metros);

II - os espaços de acesso e circulação de pessoas como vestíbulos, corredores, passagens de uso


comum ou coletivo, terão largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros); ·.

46
III - as escadas de uso comum ou coletivo terão largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros) e degraus com largura mínima de 0,32m (trinta e dois centímetros) e altura máxima de
0,16m (dezesseis centímetros), sendo que a relação entre as duas dimensões deverá estar de acordo
com a formula 2h + b = 63cm a 64cm, onde “h” é altura do degrau e “b” largura do degrau;

IV - as rampas de uso comum ou coletivo terão largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta
centímetros) e declividade máxima de 12% (doze por cento).

Art. 198 - Os edifícios destinados a estabelecimentos de ensino


deverão dispor de instalações sanitárias para uso dos alunos e dos empregados, em números
correspondentes ao total da área construída e dos andares servidos, devendo ficar próximas do local
destinado à prática de esportes e recreação e terão obrigatoriamente, em anexo, compartimento para
vestiário com área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados);

Art. 199 - Os edifícios de que trata esta Lei deverão contar com
acesso pelas áreas de uso comum ou coletivo, pelo menos, aos seguintes compartimentos:

I - refeitório e/ou cantina, copa e cozinha tendo, em conjunto, área na proporção mínima de 1,00m²
(um metro quadrado) para cada 40,00m² (quarenta metros quadrados) ou fração da área total dos
compartimentos do conjunto pedagógico. Em qualquer caso, haverá pelo menos um compartimento
com área mínima de 8,00m² (oito metros quadrados);

II - despensa ou depósito de gêneros com área na proporção mínima de 1,00m² (um metro
quadrado) para cada 8,00m² (oitenta metros quadrados) ou fração da área total mencionada no item
anterior. Em qualquer caso haverá pelo menos um compartimento com área mínima de 4,00m²
(quatro metros quadrados);

III - depósito de material de limpeza, consertos e outros fins, com área mínima de 4,00m² (quatro
metros quadrados), quando a área total de construção for igual ou superior a 250,00m² (duzentos e
cinqüenta metros quadrados), a área mínima do depósito poderá ser reduzida para 2,00m² (dois
metros quadrados);

IV - salas para professores com área mínima de 14,00m² (quatorze metros quadrados).

Art. 200 - Os compartimentos do conjunto pedagógico atenderão as


seguintes exigências:

I - a relação entre a área da abertura iluminada e do piso do compartimento não será inferior a 1/5
(um quinto);

II - não terá profundidade superior a duas vezes a largura;

III - terão pé-direito de 3,00m (três metros), no mínimo.

§ 1 ° - Nas salas de aula é obrigatória a iluminação unilateral pela esquerda dos alunos, sendo
admitida à iluminação zenital quando adequadamente disposta e devidamente protegida contra
ofuscamento.

§ 2° - Eventuais compartimentos, ambientes ou locais de equipamento, manipulação ou


armazenagem que apresentem características inflamáveis ou explosivas, deverão satisfazer às
exigências do órgão Estadual e Federal competentes.

§ 3° - Conforme a natureza dos equipamentos de processamento da matéria prima ou do produto


utilizado deverá ser previstas instalações de proteção ao fogo tais como chuveiro e alarmes

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automáticos de acordo com as normas técnicas oficiais.

Art. 201 - Os edifícios de escola deverão dispor de local de reunião,


como anfiteatro ou auditório, com área correspondente ao número previsto de alunos multiplicado
por 0,50m² (zero vírgula cinqüenta metros quadrados). Junto a este haverá instalações sanitárias
para alunos.

Art. 202 - Além do disposto nesta Subseção deverão ser observadas as


especificações adicionais constantes da Legislação Estadual.

SUBSEÇÃO III
DOS LOCAIS DE REUNIÃO E DE ESPETÁCULOS

Art. 203 - As edificações destinadas a locais de reunião são os que se


destinam a prática de atos de natureza esportiva, recreativa, social, cultural ou religiosa e que, para
tanto, comportem a reunião de numerosas pessoas.

Art. 204 - São considerados locais de reunião:

I – estádios, ginásios esportivos;

II – auditórios, hall de convenções, salões de exposições;

III - cinemas;

IV - teatros;

V – circos;

VI – parques de diversão;

VI - templos religiosos;

Art. 205 - As partes destinadas ao uso pelo público, em geral, terão


que prever:

I - acesso e circulação;

II - condições de visibilidade;

III - espaçamento entre filas e séries de assentos;

IV - instalações sanitárias;

V - lotação.

Art. 206 - Além das exigências constantes deste Código, sujeitam-se


às seguintes:

I - dispor de local de espera para o público com área mínima de 1m² (um metro quadrado) para cada
oito pessoas da lotação prevista;

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II - quando houver guichês para venda de ingresso, estes deverão estar situados de tal forma a evitar
filas do público no logradouro;

III - as pequenas diferenças de nível existentes nas circulações deverão ser vencidas por meio de
rampas, não podendo ser intercalados degraus nas passagens e corredores de saída;

IV - as portas de acesso ao recinto deverão distar um mínimo de 3m (três metros) da entrada da


edificação, quando esta se situar no alinhamento dos logradouros;

V - as portas de saída abrir-se-ão para fora e serão do tipo corte-fogo e lisas, sem nenhum tipo de
saliência ou relevo que possam vir a ferir os usuários;

VI - os vãos de entrada e saída deverão ser independentes e ter largura mínima de 2,00m (dois
metros);

VII - possuir dispositivos de sinalização das saídas de emergência;

VIII - dispor de instalações sanitárias separadas por sexo, de acordo com o cálculo de lotação.

Art. 207 - Os locais citados no artigo anterior, quando destinados à


realização de espetáculos, divertimentos ou atividades que tornem indispensável o fechamento das
aberturas para o exterior, serão dotados de instalações de ar condicionado.

Art. 208 – As sala de espetáculo e auditórios serão construídos com


materiais incombustíveis.

Art. 209 - Só serão permitidas salas de espetáculo no pavimento


térreo e no imediatamente superior, ou inferior, devendo em qualquer caso, ser assegurado o rápido
escoamento dos espectadores.

Art. 210 – As portas de saída das salas de espetáculo, deverão


obrigatoriamente abrir para o lado de fora, e ter na sua totalidade a largura correspondente a 1cm
por pessoa prevista para a lotação, sendo o mínimo de 2,00m por vão.

Art. 211 – Os corredores de saída atenderão ao mesmo critério do


artigo anterior.

Parágrafo único. Quando houver rampas, sua declividade deverá atender ao disposto na NBR 9050
da Associação Brasileira de Normas Técnicas, serão revestidas de material não escorregadio. A
largura das rampas será a mesma exigida para escadas.

Art. 212 – As escadas terão largura não inferior a 1,50m e deverão


apresentar lances retos de 18 degraus, no máximo, entre os quais se intercalarão patamares de
1,50m de extensão, no mínimo, não podendo apresentar trechos em leque.

§ 1º - quando o número de pessoas que por elas devem transitar for superior a 150, a largura
aumentará a razão de 8 mm por pessoa excedente.

§ 2º - os degraus não terão piso inferior a 0,30m e nem espelho superior a 0,16m, sendo que a
relação entre as duas dimensões deverá estar de acordo com a formula 2h + b = 63cm a 64cm, onde
“h” é altura do degrau e “b” largura do degrau;

§ 3º - o número de escadas será de 2 (dois), no mínimo, dirigidas para saídas autônomas.

Art. 213 – As sala de espetáculos serão dotadas de dispositivos


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mecânicos, que darão renovação constante de ar, com capacidade mínima de 13,00m³ de ar exterior,
por pessoa e por hora.

§ 1º - quando instalado sistema de ar condicionado será obedecida à norma da Associação Brasileira


de Normas Técnicas.

§ 2º - em qualquer caso, será obrigatória a instalação de equipamentos de reserva.

Art. 214 – As cabines de projeção de cinemas deverão satisfazer as


seguintes condições:

I - área mínima de 12,00m², pé direito de 3,00m;

II - porta de abrir para fora e construção de material incombustível;

III - ventilação natural ou por dispositivos mecânicos;

IV - instalação sanitária.

Art. 215 – Os camarins deverão ter área não inferior a 4,00m² e serão
dotados de ventilação natural ou por dispositivos mecânicos.

Parágrafo Único – Os camarins individuais ou coletivos serão separados para cada sexo e servidos
por instalações com bacias sanitárias, chuveiros e lavatórios na proporção de 1conjunto, para cada 5
camarins individuais ou para cada 20,00 m² de camarim coletivo.

Art. 216 – As instalações sanitárias destinadas ao público nos


cinemas, teatros e auditórios, serão separadas por sexo independentes para cada ordem de
localidade.

Parágrafo Único – Deverão conter, no mínimo, uma bacia sanitária para cada 100 (cem) pessoas,
um lavatório e um mictório para cada 200 (duzentas) pessoas, admitindo-se igualdade entre o
número de homens e mulheres.

Art. 217 – Deverão ser instalados bebedouros, fora das instalações


sanitárias para uso dos freqüentadores, na proporção de um para cada 300 (trezentas) pessoas.

Art. 218 – As paredes dos cinemas, teatros, auditórios e locais


similares, na parte interna deverão receber revestimento ou pintura lisa, impermeável e resistente,
até a altura de 2,00m. Outros revestimentos poderão ser aceitos, a critério da autoridade sanitária,
tendo em vista a categoria do estabelecimento.

Art. 219 – Os circos, parques de diversões e estabelecimentos


congêneres deverão possuir instalações provisórias, independentes para cada sexo, na proporção
mínima de uma bacia sanitária e um mictório para cada 200 (duzentos) freqüentadores em
compartimentos separados.

§ 1º - na construção dessas instalações sanitárias poderá ser permitido o emprego de madeira e de


outros materiais em placas, devendo o piso receber revestimento liso e impermeável.

§ 2º - será obrigatório a remoção das instalações sanitárias construídas nos termos do parágrafo
anterior, e o aterro das fossas, por ocasião da cessação das atividades que a elas deram origem.

Art. 220 – Sobre as aberturas de saída das salas de espetáculo


propriamente ditas é obrigatória à instalação de luz de emergência.
50
Art. 221 – Consideram-se locais de reunião para fins religiosos os
seguintes:

I – templos religiosos e salões de cultos;

II – salões de agremiações religiosas.

Art. 222 – As edificações de que trata o artigo anterior deverão


atender, além das normas e especificações gerais para edificações, mais os seguintes requisitos:

I – as aberturas de ingresso e saída em número de dois, no mínimo, não terão largura menor que 2
metros e deverão abrir para fora e serem autônomas;

II – o local de reunião ou de culto deverá ter:

a) pé direito não inferior a 4,00m (quatro metros);

b) área do recinto dimensionada segundo a lotação máxima prevista;

c) ventilação natural por dispositivos mecânicos capaz de proporcionar suficiente renovação de ar


exterior.

Parágrafo Único – quando instalado sistema de condicionamento de ar, este deverá obedecer às
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 223 – As edificações destinadas a locais de reuniões para fins


religiosos, deverão dispor, além das privativas, instalações sanitárias para eventual uso dos
freqüentadores, separadas por sexo, com acessos, independentes, e constante, pelo menos de:

I - um compartimento para homens, contendo bacia sanitária, mictório e lavatório;

II - um compartimento para mulheres, contendo duas bacias sanitárias.

Parágrafo Único – Quando abrigarem outras atividades anexas, como escolas, pensionatos ou
residências, deverá satisfazer as exigências próprias da respectiva norma específica.

SUBSEÇÃO IV
DOS ESTABELECIMENTOS ASSISTÊNCIAS DE SAÚDE

Art. 224 - As edificações destinadas a estabelecimentos de saúde


devem obedecer às condições estabelecidas na Resolução – RDC nº. 50, de 21 de fevereiro de 2002
elaborada pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, bem como às disposições deste
Código que lhes forem aplicáveis.

PARTE II
DAS AÇÕES FISCAIS

LIVRO I
DA FISCALIZAÇÃO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES E DOS PROCEDIMENTOS FISCAIS

CAPÍTULO I
DA FISCALIZAÇÃO
51
Art. 225 - A fiscalização das obras será exercida pelo órgão
competente da Prefeitura Municipal, com o objetivo de:

I - reprimir a execução de obras não licenciadas;

II - sanar as irregularidades que se verificarem nas licenciadas.

Art. 226 - Será considerado infrator, nos termos desta Lei:

I - aquele que cometer ou concorrer de qualquer modo para a prática de infração;

II - os encarregados pelo cumprimento do disposto neste Código que, tendo conhecimento da


infração, deixarem de autuar o infrator.

Art. 227 - A licença concedida com infração aos dispositivos deste


Código será cassada pela autoridade competente, que promoverá a imediata apuração de
responsabilidade e aplicará as penalidades cabíveis ao servidor responsável pela outorga.

Art. 228 - Quando da aplicação das penalidades previstas nesta Lei,


serão considerados agravantes:

I - impedir ou dificultar a ação fiscalizadora da Prefeitura;

II - reincidir em infrações às normas desta Lei e da Legislação de Uso e da Ocupação do Solo.

SEÇÃO ÚNICA
DAS NOTIFICAÇÕES E AUTUAÇÕES

Art. 229 - Compete à fiscalização do Município notificar e autuar as


infrações a esta Lei, endereçando-as ao proprietário da obra e ao responsável técnico.

§ 1º - O proprietário da obra e o responsável técnico terão o prazo de dez dias para cumprir a
notificação prevista no § 3º deste artigo.

§ 2º - Adotado o prazo fixado na notificação, sem que a mesma seja atendida, lavrar-se-á o auto da
infração.

§ 3º - A notificação será expedida visando:

I - ao cumprimento de alguma exigência acessória contida em processo;

II - à regularização do projeto, da obra ou de partes destes;

III - exigir a observância do cumprimento de outras disposições desta Lei.

Art. 230 - Não caberá notificação, devendo o infrator ser


imediatamente autuado, quando:

I - iniciar obra sem o Alvará de Licença para Construção e sem o pagamento dos tributos devidos;

52
II - forem falseadas cotas e indicações do projeto ou quaisquer elementos do processo;

III - as obras forem executadas em desacordo com o projeto aprovado;

IV - não for obedecido o embargo imposto pelo Município;

V - decorridos trinta dias da conclusão da obra, não for solicitada a vistoria.

Art. 231 - O auto de infração conterá, obrigatoriamente:

I - dia, mês, ano e lugar em que foi lavrado;

II - nome e assinatura do fiscal que o lavrou;

III - nome e endereço do infrator;

IV - fato que constituiu a infração;

V - valor da multa.

Art. 232 - Quando o autuado não se encontrar no local da infração ou


se recusar a assinar o respectivo auto, o autuante anotará neste o fato, que deverá ser firmado por
duas testemunhas.

Parágrafo único - No caso previsto no caput deste artigo, a primeira via do auto de infração será
remetida ao infrator pelo correio, com aviso de recebimento, ou publicado no placard do Município,
ou órgão assim declarado.

CAPÍTULO II
DAS PENALIDADES

Art. 233 - Aos infratores das disposições desta Lei, sem prejuízo de
outras sanções a que estiverem sujeitos, poderão ser aplicadas as seguintes penalidades:

I - multa;

II - embargo de obra;

III - interdição de edificação ou dependência;

IV - apreensão de materiais e equipamentos;

V - demolição compulsória parcial ou total da obra.

§ 1º - A imposição das penalidades não se sujeita à ordem em que estão relacionadas nos incisos do
caput deste artigo.

§ 2º - A aplicação das penalidades constantes dos incisos II, III e IV do caput deste artigo não afasta
a obrigação do pagamento da multa.

53
SEÇÃO I
DAS MULTAS

Art. 234 - A multa prevista no inciso I do caput do artigo anterior,


será calculada em Unidade Municipal de Referência - UMR, de acordo com o que segue:

I - início da obra sem o Alvará de Licença para Construção: 220 (duzentos e vinte) UMR;

II - execução da obra em desacordo com o projeto aprovado e licenciado: 220 (duzentos e vinte)
UMR;

III - inobservância das prescrições sobre andaimes e tapumes: 100 (cem) UMR;

IV - falta dos projetos e do Alvará de Licença para Construção no local da obra: 100 (cem) UMR;

V - obstrução ou utilização de material de construção ou de entulhos em passeios e demais


logradouros públicos: 220 (duzentos e vinte) UMR;

VI - desobediência ao embargo: 400 (quatrocentos) UMR;

VII - falta da solicitação de vistoria por conclusão da obra: 55 (cinqüenta e cinco) UMR;

VIII - ocupação da edificação sem o "Habite-se": 55 (cinqüenta e cinco) UMR, sendo cancelada a
multa em caso de regularização em quinze dias;

IX - continuidade da execução da obra depois de vencido o Alvará de Licença para Construção, sem
a solicitação de prorrogação: 55 (cinqüenta e cinco) UMR;

X - continuidade de demolições após vencimento do prazo sem a solicitação de prorrogação: 55


(cinqüenta e cinco) UMR por dia de exercício irregular;

XI – inobservância as prescrições estabelecidas no artigo 78 desta Lei: 220 (duzentos e vinte) UMR.

§ 1º - Na reincidência de uma mesma infração serão aplicadas as multas em dobro.

§ 2º - O prazo para pagamento das multas será de quinze dias, a contar da data da autuação.

§ 3º - As infrações omissas neste artigo serão punidas com multas que podem variar de 55
(cinqüenta e cinco) a 550 (quinhentos e cinqüenta) UMR, a juízo do órgão competente da
Municipalidade, sempre levando em conta a maior ou menor gravidade da infração, as suas
circunstâncias e os antecedentes do infrator.

Art. 235 - A multa será cobrada judicialmente se o infrator se recusar


a pagá-la no prazo legal.

Parágrafo único - Os infratores que estiverem em débito relativo a multa não paga, não poderão
receber quaisquer quantias ou créditos que tiverem com a Prefeitura, participar de licitações,
celebrar contratos ou termos de qualquer natureza ou transacionar, a qualquer título, com a
administração municipal.

SEÇÃO II
DO EMBARGO DE OBRA

54
Art. 236 - Qualquer edificação ou obra existente seja de reparo,
reconstrução, reforma ou construção será embargada sem prejuízo das multas e outras penalidades,
quando:

I - estiver sendo executada sem o Alvará de Licença para Construção, nos casos em que o mesmo
for necessário;

II - for desrespeitado o respectivo projeto;

III - o proprietário ou responsável pela obra, recusar-se a atender as notificações da fiscalização


municipal;

IV - for à obra iniciada sem a responsabilidade de profissional habilitado, matriculado e quite com o
Município;

V - estiver em risco sua estabilidade, com perigo para o público ou para as pessoas que a executam,
devidamente comprovado por perícia de profissional habilitado;

VI - não for observado o alinhamento;

VII - estiver sendo executada em loteamento não aprovado pelo Município.

Art. 237 - Para embargar uma obra, deverá o fiscal ou servidor


credenciado pelo Município lavrar o auto de embargo, que conterá:

I - os motivos do embargo;

II - as medidas que deverão ser tomadas pelo responsável;

III - a data da autuação;

IV - o local da obra;

V - a assinatura do servidor credenciado;

VI - a assinatura:

a) do proprietário;

b) de duas testemunhas, nos termos do disposto no caput do artigo 232 e seu parágrafo único.

§ 1º - O embargo somente será levantado após o cumprimento das exigências consignadas no auto
do embargo.

§ 2º - Se não houver alternativa de regularização da obra, após o embargo seguir-se-á a demolição


total ou parcial da mesma.

SEÇÃO III
DA INTERDIÇÃO

55
Art. 238 - Uma obra ou qualquer de suas dependências poderá ser
interditada, com impedimento de sua ocupação, quando:

I - prosseguimento de obra embargada;

II - ameaçar a segurança e a estabilidade das construções próximas, devidamente comprovadas por


perícia de profissional habilitado;

III - o seu andamento oferecer riscos para o público ou para as pessoas que nela trabalha
devidamente comprovado por perícia de profissional habilitado;

IV - se for utilizada para fim diverso do declarado no projeto aprovado e este uso não for condizente
com o disposto na Lei de Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo.

Art. 239 - Constatada a infração que autorize a interdição, o


proprietário da edificação será intimado a regularizar a situação num prazo máximo de noventa
dias.

Parágrafo único - O prazo estabelecido no caput deste artigo não prevalecerá para os casos em que
a infração constatada oferecer riscos para a segurança dos usuários da edificação, devendo ser
estabelecidos novos prazos em função do grau de risco apresentado.

Art. 240 - Não atendida a intimação no prazo assinalado, será


expedido auto de interdição da edificação ou da dependência, que permanecerá interditada até a
regularização da infração e o pagamento da multa cabível.

Art. 241 - O processo de interdição será efetuado em formulário


próprio e seguirá o disposto nos artigos 232 e 237 desta Lei.

Parágrafo Único - Enquanto interditada é proibida a qualquer título, o ingresso de pessoas na obra
ou edificação; exceto aquelas credenciadas por autoridade competente.

Art. 242 - A apreensão de materiais e equipamentos dar-se-á quando


não cumprida a interdição, lavrando-se o Termo de Apreensão de Materiais.

SEÇÃO IV
DA DEMOLIÇÃO

Art. 243 - Será imposta demolição total ou parcial, ressalvado o


disposto no artigo seguinte, quando a obra:

I - for clandestina, entendendo-se por tal a que estiver sendo executada sem Alvará de Licença para
Construção;

II - for executada em desacordo com o projeto aprovado, nos seus elementos essenciais;

III - for julgada com risco de caráter público, e o proprietário não quiser tomar as providências que
o Município determinar para a sua segurança;

IV - ameace ruína e o proprietário não atender, no prazo fixado pela Prefeitura, a determinação para
demoli-la ou repará-la.

56
Art. 244 - A demolição não será imposta nos casos dos incisos I e II
do artigo anterior, se o proprietário, submeter ao Município o projeto da construção, demonstrar
que:

I - a mesma preenche os requisitos regulamentares;

II - embora não os preenchendo, sejam executadas modificações que possibilitem, de acordo com a
legislação em vigor, o enquadramento da mesma.

Parágrafo único - Na hipótese deste artigo, após a verificação da obra e do projeto das
modificações, será expedido pela Prefeitura o respectivo Alvará de Licença para Construção,
mediante pagamento prévio da multa e emolumentos devidos.

Art. 245 - A penalidade de cassação de licença para construir a


edificação será aplicada ao proprietário nos seguintes casos:

I - quando for modificado projeto aprovado pelo órgão competente da Prefeitura, sem ser solicitada
ao mesmo à aprovação das modificações consideradas necessárias através de projeto modificativo;

II - quando forem executados serviços em desacordo com os dispositivos desta lei.

Parágrafo único - Serão incorporadas negativamente ao histórico do profissional ou firma co-


responsável as infrações enumeradas neste artigo, o fato de cassação de licença para construir, sem
prejuízo das penalidades a que estiverem sujeitos.

Art. 246 - Prescrito o prazo estabelecido para conclusão dos serviços,


a Prefeitura, através do Órgão técnico competente, executará a demolição cobrando as despesas dela
decorrentes, acrescidas de 30% (trinta por cento) do seu valor, como taxa de administração e sem
prejuízo da aplicação da multa estipuladas nesta Lei.

Art. 247 - Realizada a vistoria e constatado iminente risco de


desabamento, poderá a Prefeitura executar a demolição sem prévia anuência do proprietário,
cobrando-se-lhe as despesas mencionadas no artigo anterior.

Art. 248 - Toda obra iniciada sem a devida licença em áreas de


domínio público, ou em terrenos do domínio da União, será sumariamente demolida, imputando-se
ao infrator as despesas decorrentes.

CAPÍTULO III
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS IMPOSTAS AOS PROFISSIONAIS

Art. 249 - Além das penalidades previstas pela legislação federal


pertinente, os profissionais registrados no Município, ficam sujeitos às seguintes sanções:

I - suspensão da matrícula no Município, pelo prazo de um a seis meses, quando:

a) apresentarem projetos em evidente desacordo com o local ou falsearem medidas, cotas e demais
indicações do desenho;

b) executarem obras em desacordo com o projeto aprovado;

c) modificarem os projetos aprovados sem a necessária licença;

57
d) falsearem cálculos, especificações e memórias, em evidente desacordo com o Projeto;

e) acobertarem o exercício ilegal da profissão;

f) revelarem imperícia na execução de qualquer obra, verificada esta por comissão de técnicos
nomeados pelo Chefe do Executivo municipal;

g) iniciarem a obra sem projeto aprovado e sem licença;

h) entravarem ou impedirem o andamento dos trabalhos da fiscalização.

II - suspensão da matrícula pelo prazo de seis a doze meses, quando houver reincidência na falta
que tenha ocasionado suspensão de um a seis meses.

Art. 250 - As suspensões serão impostas mediante ofício ao


interessado, assinado pelo Prefeito Municipal e pelo responsável do órgão competente da
Municipalidade.

Parágrafo único - O Município deverá comunicar a infração ao Conselho Regional de Engenharia,


Arquitetura e Agronomia (CREA).

Art. 251 - O profissional cuja matrícula estiver suspensa não poderá


encaminhar projeto ou iniciar obra de qualquer natureza, nem prosseguir na execução da obra que
ocasionou a suspensão, enquanto não findar o prazo desta.

Parágrafo único – O proprietário será obrigado a efetuar a substituição do profissional quando


houver a aplicação da penalidade estipuladas nos artigos anteriores para conclusão da obra
embargada.

SEÇÃO ÚNICA
DOS RECURSOS

Art. 252 - Caberá recurso ao Prefeito Municipal, por parte do infrator,


no prazo de quinze dias, na forma da legislação vigente, após a data da imposição da penalidade.

Art. 253 - O recurso de que trata o artigo anterior deverá ser julgado
no prazo de trinta dias, contados da data de sua apresentação ou interposição.

Parágrafo único - Durante a vigência do prazo de que trata o caput deste artigo, fica vedado ao
profissional dar seqüência à obra que deu motivo à suspensão.

Art. 254 - Caso o recurso seja julgado favoravelmente ao infrator,


serão suspensas as penalidades impostas.

CAPÍTULO IV
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

SEÇÃO I
DO AUTO DE INFRAÇÃO

58
Art. 255 - O Auto de Infração será lavrado pelo servidor público
municipal encarregado da fiscalização, em formulário oficial, em três vias, e deverá conter:

I - o endereço da obra;

II - o número e a data do Alvará de Licença, caso haja;

III - o nome do proprietário e do responsável técnico;

IV - a descrição da ocorrência que constitui a infração a este Código;

V - a multa aplicada;

VI - a intimação para a correção da irregularidade, dentro do prazo firmado;

VII - a notificação de defesa dentro do prazo legal;

VIII - a identificação e assinatura do autuante, do autuado e das testemunhas, quando as houver.

§ 1º - A primeira via do auto será entregue ao autuado e a segunda via servirá para abertura de
processo administrativo, permanecendo a última no talonário próprio, em poder do agente de
fiscalização.

§ 2º - As omissões ou incorreções do auto de infração não acarretam a sua nulidade se do processo


constar elementos suficientes para a identificação da infração e do infrator.

§ 3º - No caso da ausência do autuado ou de sua recusa em assinar o Auto de Infração, o autuante


fará menção desses fatos no Auto, colhendo a assinatura de pelo menos duas testemunhas.

SEÇÃO II
DOS AUTOS DE EMBARGO, DE INTERDIÇÃO, DE DEMOLIÇÃO E DE APREENSÃO
DE MATERIAS E EQUIPAMENTOS.

Art. 256 - Os Autos de Embargo, de Interdição, de Demolição ou de


Apreensão de Materias e Equipamentos serão lavrados pelo agente de fiscalização, após a decisão
da autoridade competente e obedecerá às disposições da Seção anterior.

SEÇÃO III
DA DEFESA DO AUTUADO

Art. 257 - O autuado terá o prazo de quinze dias para apresentar


defesa contra a autuação, contados da data do recebimento da notificação.

Art. 258 - A defesa far-se-á através de expediente encaminhado ao


Prefeito Municipal, via protocolo, facultada a juntada de documentos que, se existirem, será
anexada ao processo administrativo iniciado pelo órgão competente do Município.

59
SEÇÃO IV
DA DECISÃO ADMINISTRATIVA

Art. 259 - Instruído o processo administrativo, uma vez decorrido o


prazo para apresentação da defesa, será imediatamente encaminhado à autoridade imediatamente
superior àquela que aplicou a penalidade.

§ 1º - Se entender necessário, a autoridade competente poderá determinar a realização de diligência


para esclarecer questão duvidosa, bem como solicitar o parecer da Assessoria Jurídica.

§ 2º - Da decisão administrativa a que se refere este artigo será lavrado relatório contendo a decisão
final.

Art. 260 - A decisão definitiva, quando mantiver a autuação, produz


os seguintes efeitos, conforme o caso:

I - autoriza a inscrição das multas em dívida ativa e a subseqüente cobrança judicial;

II - autoriza a demolição total ou parcial do imóvel;

III - mantém o embargo da obra ou a sua interdição até a correção da irregularidade constatada.

Art. 261 - A decisão de tornar insubsistente a autuação produz os


seguintes efeitos, conforme o caso:

I - suspende a cobrança da multa ou autoriza a devolução da mesma para os casos em que haja sido
recolhida, no prazo de dez dias após requerê-la;

II - suspende a demolição do imóvel;

III - retira o embargo ou a interdição da obra.

SEÇÃO V
DO RECURSO

Art. 262 - Da decisão de primeira instância caberá recurso ao Prefeito,


sem efeito suspensivo, no prazo de cinco dias.

Art. 263 - O recurso far-se-á por petição, facultada a juntada de


documentos.

Parágrafo único - É vedado interpor, através de uma só petição, recursos referentes a mais de uma
decisão, ainda que versem sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo quando as
decisões forem proferidas em um único processo.

Art. 264 - Nenhum recurso será recebido se não estiver acompanhado


de comprovante do pagamento da multa aplicada, quando cabível.

Art. 265 - A decisão do Prefeito é irrecorrível e será publicada no


diário oficial do Município ou em veículo de comunicação assim declarado.

60
PARTE III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 266 - Para construção, ampliação ou reforma de edificações e o


desenvolvimento de outras atividades capazes de causar, sob qualquer forma, degradação ao meio
ambiente, será exigida, a critério do órgão competente do Município, anuência prévia dos órgãos de
controle e política ambiental, quando da aprovação do projeto, de acordo com o disposto na
legislação municipal.

Art. 267 - As regulamentações necessárias à implantação e


ajustamento do presente Código, desde que resguardadas as formulações e as diretrizes aprovadas,
serão procedidas pelo órgão municipal de planejamento, através de resoluções homologadas pelo
Prefeito.

Art. 268 - O Poder Executivo expedirá os atos administrativos que se


fizerem necessários à fiel observância das disposições deste Código.

Art. 269 - Os prazos previstos neste Código serão contados em dias


corridos, excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.

§ 1º - Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil se o vencimento coincidir com dia de
feriado, com dia em que não houve expediente no setor competente ou que o expediente tenha sido
encerrado antes do horário normal.

§ 2º - Os prazos somente começam a contar a partir do primeiro dia útil após a notificação.

Art. 270 - As resoluções e normas de ordem técnica da ABNT


(Associação Brasileira de Normas Técnicas), do CONFEA (Conselho Federal de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia), do CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia),
do Código de Posturas do Município, a Legislação Estadual do Corpo de Bombeiros e Plano Diretor
Democrático de Goianésia constituir-se-ão em instrumentos complementares à presente Lei.

Art. 271 - Os casos omissos no presente Código serão analisados e


julgados pelo órgão competente do Município, com base na legislação municipal, estadual e federal
que rege a matéria.

Art. 272 - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

GABINETE DO PREFEITO DO MUNICÍPIO DE GOIANÉSIA, Estado de Goiás, em xx de


xxxx de xxxx

Otávio Lage de Siqueira Filho


Prefeito do Município de Goianésia

61
ANEXO I

GLOSSÁRIO

Afastamento: Distância entre a construção e as divisas do lote em que está localizada, podendo ser
frontal, lateral ou de fundos.

Alinhamento: Linha divisória legal entre lote e logradouro público.

Alvará de Conclusão ou Habite-se: Documento expedido pela Prefeitura reconhecendo o


empreendimento em condições de ser utilizado.

Área Aberta: Superfície não edificada do lote ou terreno ou descoberta da edificação, interligada
com o logradouro público ou particular em pelo menos um dos lados.

Área Livre: Superfície não edificada do lote ou terreno.

Área Ocupada: Superfície definida pela projeção horizontal da edificação sobre o terreno.

Alvará de Construção: Documento expedido pela Prefeitura que autoriza a execução de obras
sujeitas à sua fiscalização.

Ampliação: Alteração no sentido de tornar maior a construção.

Andaime: Obra provisória destinada a suster operários e materiais durante a execução da obra.

Apartamento: Unidade autônoma de moradia em edificação multifamiliar.

Área de Recuo: Espaço livre e desembaraçado em toda a altura da edificação.

Área Útil: Superfície utilizável de uma edificação, excluídas as paredes.

Auto de Infração: é o instrumento descritivo de ocorrência que, por sua natureza, características e
demais aspectos peculiares, denote o cometimento de irregularidades que constituam infração a
dispositivos da lei.

Baldrame: Viga de concreto ou madeira que corre sobre fundações ou pilares para apoiar o
assoalho.

Beiral: Prolongamento do telhado, além da prumada das paredes.

Compartimento: Cada uma das divisões de uma edificação.

Croqui: Esboço preliminar de um projeto.

Declividade: Relação percentual entre a diferença das cotas altimétricas de dois pontos e a sua
distância horizontal.

Demolição: Deitar abaixo, deitar por terra qualquer construção.

62
Dependência de uso comum: Conjunto de dependências de edificação que poderão ser utilizadas
em comum por todos ou por parte dos titulares de direito das unidades de moradia.

Dependências de uso privativo: Conjunto de dependências de uma unidade de moradia, cuja


utilização é reservada aos respectivos titulares de direito.

Divisa: Linha limítrofe de um lote ou terreno.

Embargo de Obra: Ato administrativo que visa impedir a continuidade de uma obra que não
atende a dispositivos legais, ocasionando à paralisação das obras de construção civil.

Iluminação Zenital: Aquela natural, feita através de abertura localizada na parte superior do
compartimento, guarnecida ou não com dispositivos adequados.

Interdição: Ato administrativo que visa impedir o ingresso de pessoas não autorizadas em obra ou
utilização de edificação concluída ou existente.

Índice de Aproveitamento: Relação entre a área total de construção e a área de superfície do lote.

Pé Direito: Altura vertical livre entre o piso e o teto ou forro de um compartimento.

Poço de Exaustão: Componente da edificação por onde se processa a condução de ar e tiragem de


fumaça e, ou gases tóxicos.

Quadra: Área limitada por três ou mais logradouros adjacentes.

Reconstrução: Construir de novo, no mesmo lugar e na forma primitiva, qualquer obra, em parte
ou no todo.

Recuo: Distância entre o limite externo da área ocupada por edificação e divisa do lote.

Reforma: Obra destinada a estabilizar e ou alterar uma edificação, não implicando no aumento de
sua área construída total.

Taxa de Ocupação: Relação entre a área do terreno ocupada pela edificação e a área total do
terreno.

Testada: É a linha que separa o logradouro público da propriedade particular.

Unidade de Moradia: Conjunto de compartimentos de uso privativo de uma família. No caso de


edifícios coincide com apartamento.

Vestíbulo: Espaço entre a porta e o acesso à escada, no interior de edificações.

63
ANEXO II

MODELO DE REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO DE OBRA

Ao Exmo. Senhor Prefeito Municipal de Goianésia

________________________________________________________, proprietário do imóvel


situado à Rua/Av. ________________________, Quadra ________, Lote _______, Setor
___________________,Goianésia - GO., vem requerer de V.S.a o LICENCIAMENTO DA OBRA
a ser edificada na localidade acima descrita, sob a responsabilidade técnica de
_________________________________________, inscrito no CREA sob o nº ________________.
Nestes Termos,
P. Deferimento

Goianésia, _______de _______________de 20_____.

Assinatura do Proprietário

64
ANEXO III

MODELO DE REQUERIMENTO DE CERTIDÃO DE HABITE-SE

Ao Exmo. Senhor Prefeito do Município de Goianésia.

_______________________________________________________ residente na Rua


___________________________, nº ________, Setor _____________, Município de
__________________, vem mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, requerer a
expedição do HABITE-SE da obra situada a Rua ____________________________, Lote
_________, Quadra ___________, Setor______________________ aprovada pelo processo de
aprovação nº ________/____, com alvará de construção nº ________/____.

Área da Construção (m²):____________________________

Goianésia,_______de ______________de 20 ______

Assinatura do Proprietário
65
Obs: Juntar cópia da Alvará de Construção

ANEXO IV

66
67

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