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Prof.

Matheus Carvalho
Prof. Matheus De Gregori
Prof.ª Maria Valentina de Moraes
Prof.ª Franciele Kühl
Queridos alunos,

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Equipe Ceisc ♥
Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem
Direito Administrativo

*Para todos verem: quadro

INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE:


FUNDAMENTOS CONSTITUCIONAIS

A intervenção na propriedade decorre do poder de polícia, de forma a restringir o direito


da propriedade.

O poder de polícia é exercido pela Administração Pública quando na sua função


administrativa, limita o exercício de direitos individuais, bem como o uso, gozo e disposição
da propriedade, na busca do interesse da coletividade (art. 78 do CTN).

A intervenção do Estado no direito de propriedade também decorre do princípio basilar da


supremacia do interesse público sobre o interesse privado.

As intervenções na propriedade podem decorrer da prática de ilegalidade no exercício do


domínio.

Desapropriação de bens em razão de utilidade ou necessidade pública ou


mesmo por motivo de interesse social, desde que mediante o pagamento de
Art. 5°, indenização prévia, justa e em dinheiro.
da CF/88
Requisição administrativa, em casos de iminente perigo público, assegurada
ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.

Desapropriação especial urbana será cabível quando um determinado


Art. 182 da
imóvel urbano não cumprir a função social da propriedade, definida no plano
CF/88
diretor da cidade.

Art. 184 da Desapropriação especial rural desde que seja demonstrado o


CF/88 descumprimento da função social da propriedade pelo particular.

Prevê a possibilidade de expropriação de bens imóveis utilizados na


Art. 243,
plantação de psicotrópicos ou para exploração de trabalho escravo, assim
da CF/88
como de bens móveis utilizados para o tráfico de drogas e entorpecentes.

MODALIDADES DE INTERVENÇÃO

Intervenção O Estado transfere para si a propriedade de terceiro, suprimindo o direito de

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Supressiva propriedade anteriormente existente.

Por necessidade pública.

Em casos excepcionais não gera indenização.

Intervenção O Estado impõe restrições e condicionamentos ao uso da propriedade pelo


Restritiva terceiro, sem, contudo, lhe retirar o direito de propriedade.

DESAPROPRIAÇÃO

O ente público determina a retirada de bem privado do seu proprietário, para que esse
faça parte do patrimônio público, sempre embasado nas necessidades coletivas, mediante
o pagamento de indenização, previamente definida, de forma justa ao proprietário.

É forma originária de aquisição da propriedade.

Qualquer direito real que recaía sobre o bem fica sub-rogado no valor da indenização.

Caso ocorra o pagamento da indenização a particular não proprietário, este fato não enseja
em nulidade, podendo o proprietário requerer o pagamento da mesma, sem o retorno do
bem ao seu domínio.

A doutrina e jurisprudência costumam apontar a desapropriação como situação


excepcional

Depende da existência de uma situação de utilidade ou necessidade


Desapropriação
pública, ou, ainda, da demonstração de uma hipótese de interesse social
comum
(XXIV, do art. 5°, CF/88)

Precedida de pagamento de valor indenizatório prévio, justo e em


dinheiro.

Valor de mercado + danos emergentes + lucros cessantes


com correção monetária.

Se a desapropriação for efetivada na via judicial, a estes


Desapropriação
valores serão acrescidos os honorários advocatícios e,
comum Justa quando couber, os juros moratórios e compensatórios.

Somente serão indenizadas as melhorias feitas até a data da


declaração de utilidade pública ou interesse social, com
exceção das benfeitorias úteis e necessárias, pagas ainda
que executadas após esta data.

STJ Em caso de divergência entre a área registrada e a área real


do imóvel, a indenização será calculada somente sobre o

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espaço constante no registro.

Aprovado por lei municipal.

Deve ser revisto a cada dez anos, pelo menos.

O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento


anual deverão incorporar as diretrizes e as prioridades nele
contidas.

Na sua elaboração e fiscalização da implementação deve ser


garantida a promoção de audiências públicas e debates, a
publicidade e o acesso de qualquer interessado aos
Plano
documentos e informações produzidos.
diretor
Obrigatório para todas as cidades que possuam mais de vinte
mil habitantes, nas cidades que sejam integrantes de regiões
metropolitanas ou aglomerações urbanas, assim como nas
áreas de especial interesse turístico e nos municípios
inseridos na área de influência de empreendimentos ou
atividades com significativo impacto ambiental de âmbito
regional ou nacional e nas cidades incluídas no cadastro
nacional de Municípios com áreas suscetíveis à ocorrência
de deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas ou
processos geológicos ou hidrológicos correlatos.

Se não for cumprida a função social prevista no plano diretor da cidade,


algumas restrições serão instituídas pelo poder público municipal.

Restrições São sucessivas e gradativas.

Com notificação averbada no Cartório de


Registro de Imóveis e realizada por funcionário
do órgão competente do Poder Público
municipal, ao proprietário do imóvel ou, no
caso de este ser pessoa jurídica, a quem tenha
poderes de gerência geral ou administração,
ou, por edital, somente quando for frustrada,
Parcelamento por três vezes, a tentativa de notificação
Desapropriação
especial urbana
Restrições ou edificação pessoal.
compulsórios
Notificado, o proprietário terá 1 (um) ano para
apresentar o projeto, protocolando-o no órgão
competente, e, contados da apresentação do
projeto, terá 2 (dois) anos para começar as
obras do empreendimento com vistas a
conferir função social à propriedade nos
moldes do § 4º do art. 5º da Lei 10.257/01.

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Novo proprietário se sub-roga em todas as


obrigações.

Mediante a majoração da alíquota, pelo prazo


de cinco anos consecutivos, limitada a 15%.

A maioria da doutrina entende, que o limite


Aplicação de aqui é temporal para a progressividade do
imposto sobre tributo (art. 7º, §2º, da lei 10.257/01).
a propriedade
predial e
territorial Medida coercitiva e sancionatória.
urbana
progressivo no Nesta situação, o IPTU é tributo de caráter
tempo extrafiscal.

De um ano para o outro, o máximo que se


pode acrescentar na alíquota é 100% do valor
anterior.

Com pagamento de indenização mediante a


entrega de títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal,
com prazo de resgate de até 10 (dez) anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os
Decretação da juros legais de 6% a.a.
desapropriação
especial É desapropriação sanção.
urbana
A indenização justa refletirá o valor da base de
cálculo do IPTU, descontado o montante
incorporado em função de obras realizadas
pelo Poder Público na área onde se localiza e
não computará expectativas de ganhos, lucros
cessantes e juros compensatórios.

Após tudo isso, o Município deverá aproveitar o imóvel no


prazo máximo de cinco anos, diretamente pelo Poder Público
ou por meio de alienação ou concessão a terceiros.

Caso o proprietário não cumpra a função social do imóvel


rural, compete à União desapropriar por interesse social, para
fins de Reforma Agrária, o referido imóvel, mediante prévia e
Lei
justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula
4.504/64 de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até
vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será definida em lei.

É necessário um decreto declarando o imóvel como de

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interesse social.

A propriedade da terra desempenha integralmente a sua


função social quando simultaneamente favorece o bem-estar
dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam,
assim como de suas famílias, mantém níveis satisfatórios de
produtividade, assegura a conservação dos recursos naturais
e observa as disposições legais que regulam as justas
Desapropriação relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem (art.
especial rural 186, da CF/88)

As benfeitorias úteis e necessárias anteriores à declaração


expropriatória, serão indenizadas em dinheiro.

A LC n. 76/93 estabelece o procedimento contraditório


especial.
Função
social A destinação à Reforma Agrária é imperativa.

O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da


dívida agrária, assim como o montante de recursos para
atender ao programa de reforma agrária.

Estarão isentas de impostos federais, estaduais e municipais,


as operações de transferência de imóveis desapropriados
para fins de reforma agrária.

Não podem Terrenos produtivos, mesmo sem função


ser social.
expropriados
(art. 185, A pequena e média propriedade rural, desde
CF/88)
que o proprietário não possua outra

Desapropriação específica, que, a lei não prevê o pagamento de qualquer


espécie de indenização.

Utilizados
Bens O poder público deverá revertê-los a fundos
para o tráfico
móveis de drogas especiais de natureza específica
Desapropriação
confisco Utilizados
para
plantação de
Bens psicotrópicos Serão destinados à reforma agrária e a
imóveis ilícitos e para programas de habitação popular
a exploração
de trabalho
escravo

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É vedada a incorporação destes bens ao patrimônio público.

As plantas psicotrópicas são elencadas no rol emitido pelo órgão sanitário


competente do Ministério da Saúde.

ATENÇÃO! O STF entende que todo o terreno será desapropriado, ainda


que a plantação se restrinja a uma parcela da propriedade.

Seu procedimento segue um rito especial, regulamentado pela lei


8.257/91.
Desapropriação
confisco
A União é quem deverá propor a ação.

O Juiz determinará a citação dos expropriados, no prazo de cinco dias,


nomeando, neste ato, o perito que terá oito dias de prazo para entregar o
laudo em cartório.

É determinada unilateralmente pelo poder público, mediante a


edição de lei, e visa a satisfazer os interesses da sociedade.

É uma restrição de caráter geral, não atingindo um bem


especificamente, mas sim todos os proprietários que estiverem
na situação descrita na norma.

Decorrem do exercício do poder de polícia do Estado, limitando


o uso da propriedade.

Produz efeitos ex nunc, não retroagindo para atingir pessoas e


propriedades que respeitavam a situação anterior.

O Estatuto da Cidade (Lei 10.257/2001) define


algumas regras que são exemplos de limitação.
Limitação O art. 25, da Lei 10.257/01 criou o Direito de
administrativa Preempção (direito de preferência), que confere
ao Poder Público municipal, preferência para
aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação
onerosa entre particulares.

Direito de Frise-se que a lei poderá determinar a incidência


preempção do direito por, no máximo cinco anos e após este,
apenas depois de um ano de carência será
admitida nova lei acerca deste direito na mesma
área.

O poder público será notificado pelo particular,


sendo-lhe concedido o prazo de trinta dias para
definir se possui, ou não, interesse na aquisição do
bem, nos termos da proposta formulada pelo
particular.

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Se não houver manifestação do Estado, no prazo,


o particular poderá vendê-lo, nos mesmos termos
da proposta apresentada ao Estado, a qualquer
pessoa interessada.

Após a venda, o proprietário deve apresentar ao


Município, em trinta dias, cópia do instrumento
público de alienação do imóvel.

Não respeitado o direito de preempção, a


alienação indevida será nula, podendo o Estado
adquirir o bem pelo valor da transação ou pelo
valor venal do bem, o que for mais baixo.

Por não gerar danos específicos, não enseja o


dever de indenização do proprietário do bem,
inicialmente.

Vem reconhecendo este direito,


mormente nos casos em que a
Indenização
aquisição do bem pelo particular se
Entendimento dê antes da existência da restrição.
do STJ
No entanto, deve-se aplicar a
prescrição quinquenal próprias das
ações contra a fazenda pública.

Sempre que, a pretexto de instituir uma limitação


administrativa, o ente estatal torne impossível a
Entendimen utilização do bem pelo proprietário, a medida, na
to do STJ verdade, se configurará uma situação de
desapropriação indireta, ensejando o dever de
indenizar ao poder público.

Recairá sempre sobre bens imóveis determinados e,


necessariamente, deve ser registrada, no Cartório de Registro
de Imóveis, para que produza efeitos erga omnes.

O instituto se configura na utilização de um bem privado pelo


ente estatal para a prestação de um determinado serviço
Servidão público ou execução de atividade de interesse público.
administrativa
Restrição com natureza de direito real na coisa alheia.

Pode-se determinar a existência de um prédio serviente.

O interesse público é dominante.

Afeta o caráter exclusivo da propriedade.

Decorre do poder de polícia do Estado, que sujeita o direito de

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propriedade dos cidadãos ao cumprimento de sua função


social.

Conforme o art. 40, do Decreto-Lei 3.365/41, caso a medida


enseje um prejuízo ao proprietário, será devida a indenização
prévia.

O concessionário de serviços públicos pode instituir servidão,


após a efetivação de declaração de interesse público pelo ente
estatal nos moldes do art. 18, XII, da lei 8.987/95.

Para doutrina majoritária é possível a incidência


Bens de servidão administrativa sobre bens públicos,
Públicos desde que seja respeitada a “hierarquia
federativa”.
Constituiçã
oe Procedida mediante a expedição de um ato
extinção da
servidão
declaratório, informando o interesse na utilização
administrati do bem e posterior execução
va

Forma de proteção ao meio ambiente, no que tange aos


aspectos do patrimônio histórico, artístico e cultural.

Define regras de forma a evitar a destruição do bem.

Decreto-Lei 25/37 regula no âmbito federal o instituto.

Concorrente entre os entes federativos.

Bem de interesse local: será tombado pelo


município.

Bem de interesse regional: sofrerá tombamento


Competência
efetivado pelo estado.
Tombamento
Bem de interesse nacional: o tombamento é de
competência da União.

ATENÇÃO! Todos os entes federativos podem


praticar o ato e o mesmo bem pode sofrer mais de
um tombamento.

A União expede normas gerais; os estados e o


distrito federal expedem normas específicas, não
Competência
legislativa
havendo competência legislativa atribuída aos
entes municipais nos moldes do inciso IX, art. 30,
CF/88.

IPHAN - autarquia federal que toma as medidas necessárias à

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proteção dos bens.

Decorre da solicitação do proprietário


ou concorda com o tombamento
Voluntário
iniciado por iniciativa do poder
Tombamento público.
Tombamento pode ser:
Quando o proprietário se recusar a
Compulsório anuir, devendo ser instaurado
procedimento administrativo.

É expedida norma abstrata, atingindo


Geral uma quantidade indeterminada de
bens.

Incide sobre bem especificado no


Individual
ato.

Ocorre ao final do procedimento,


Definitivo mediante transcrição no registro do
Tombament
Tombamento o pode ser:
imóvel.

É medida cautelar administrativa no


bojo do processo administrativo de
Provisório
tombamento, para garantir o
resultado prático do processo.

Total Recai sobre todo o bem.


Tombamento
Parcial Recai sobre parte do bem.

Podem ser eles bens móveis ou imóveis.

Para os bens incorpóreos, existe a previsão de registro nos


órgãos de proteção ao Patrimônio Histórico Artístico e Cultural,
não lhe impondo as exigências decorrentes do tombamento.

Doutrina majoritária se posiciona no sentido de que


Bens objetos
de a restrição a bens públicos é indevida.
tombamento
No entanto, o tombamento não retira a propriedade
Bens do bem, sendo irrelevante, nestes casos, que o
públicos proprietário do bem seja o poder público.

Decreto-Lei
O tombamento dos bens
25/37 pertencentes aos entes federativos
se fará de ofício, por ordem do diretor

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do Serviço do Patrimônio Histórico e


Artístico Nacional.

O ente deverá ser notificado.

Excluem-se do patrimônio histórico e artístico nacional, não


podendo ser, portanto, objeto de tombamento as obras de
origem estrangeira que pertençam às representações
diplomáticas ou consulares acreditadas no país; que adornem
quaisquer veículos pertencentes a empresas estrangeiras, que
façam carreira no país; que pertençam a casas de comércio de
objetos históricos ou artísticos; que sejam trazidas para
exposições comemorativas, educativas ou comerciais ou que
sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente
para adorno dos respectivos estabelecimentos.

O direito de preferência, nas


Obrigações
Obrigações Direito de alienações extrajudiciais, foi extinto
decorrentes do
de fazer preferência pelo art. 1.072, I do Código de
tombamento
Processo Civil.

No entanto, a preferência se mantém


somente em casos de alienações
judiciais, consoante dispõe o art. 892,
Direito de § 3º do CPC.
preferência
ATENÇÃO! O proprietário da coisa
tombada pode gravá-la livremente
(penhor, anticrese ou hipoteca).

Dever de O proprietário deve conservar o bem


conservação da forma como se encontra.

Se não tiver condições financeiras de


Obrigações
Tombamento decorrentes do
Obrigações realizar a conservação, deverá
de fazer informar ao poder público (art. 19, do
tombamento
Dever de Decreto-Lei 25/37).
comunicaçã
o em caso Deve o proprietário comunicar ao
de extravio Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, dentro do prazo de
cinco dias, sob pena de multa de dez
por cento sobre o valor da coisa.

A legislação determina que os


negociantes de antiguidades, de
Registro
especial obras de arte de qualquer natureza,
de manuscritos e livros antigos ou
raros são obrigados a um registro

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especial no Serviço do Patrimônio


Histórico e Artístico Nacional,
cumprindo-lhes, outrossim,
apresentar semestralmente ao órgão
relações completas das coisas
históricas e artísticas que possuírem.

Não é possível tirar o bem do país,


salvo, por curto período de tempo,
para fim de intercâmbio cultural, a
juízo do Conselho Consultivo do
Retirada Serviço do Patrimônio Histórico e
do país Artístico Nacional.
Obrigações
Exportação do bem enseja o
de não
fazer sequestro e multa de cinquenta por
cento do valor da coisa.

Qualquer reforma a ser realizada na


propriedade depende de autorização
Não
destruição
do Estado, sob pena de multa no
valor de cinquenta por cento do dano
causado.

O proprietário do bem tem que tolerar


Obrigação
de tolerar
Fiscalização a fiscalização pelo Poder Público (art.
20, do Decreto-lei 25/37).

ATENÇÃO! O vizinho não pode impedir a visualização e nem


o acesso ao bem tombado pois trata-se de forma de servidão
instituída por lei.

Como regra, o tombamento é intervenção na propriedade que


não gera direito à indenização, pois não configura um efetivo
prejuízo ao proprietário.
Indenização
A indenização é cabível quando ensejar esvaziamento do valor
econômico do bem, configurando uma verdadeira
desapropriação indireta.

Também será passível de indenização, quando o tombamento


Indenização
ensejar gastos desproporcionais para a manutenção do bem.
Tombamento
O tombamento é efetivado mediante procedimento
Procedimento administrativo, respeitando o contraditório e a ampla defesa,
ressalvados os casos de tombamento voluntário.

Ocupação Intervenção por meio da qual o ente público utiliza um determinado bem
temporária privado por prazo determinado, para satisfazer necessidades de interesse

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público, podendo se dar de forma gratuita ou remunerada.

O art. 36 dispõe que o Estado poderá temporariamente utilizar


bens privados vizinhos às obras públicas como meio de apoio,
para alocação do maquinário e assentamento dos funcionários
Decreto lei da obra.
3.365/41

Necessita de ato declaratório informando a necessidade


pública na utilização do bem e posterior execução da medida.

Ocupação temporária de bens privados para que se faça a


pesquisa e escavação, sempre que houver indícios de se tratar
de sítio arqueológico.
Lei 3.924/61

Deve ser lavrado um auto, antes do início dos estudos, no qual


se descreva o aspecto exato do local nos moldes do art. 14.

Quando os serviços são essenciais, pode a Administração


Pública ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal
Lei de e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da
Licitação necessidade de acautelar apuração administrativa de faltas
contratuais pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão
do contrato administrativo.

Há possibilidade de ocupação dos bens da concessionária


Lei 8.987/95
para evitar a paralisação dos serviços públicos prestados.

Não deve ser o instituto utilizado em casos nos quais a utilização do bem se
Ocupação dê em razão de situação de iminente perigo.
temporária
A princípio não será devida.

Indenização Mas se a utilização do bem pelo poder público causar prejuízos


ao proprietário, deverá ser garantida a reparação destes
danos.

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1. Atos Administrativos

➔ Discricionariedade: margem de liberdade, conferida pelo legislador, para que o


agente público avalie a conveniência e a oportunidade para prática do ato.
• Lei autoriza = ato discricionário.
• Lei determina = ato vinculado.
➔ Teoria dos Motivos Determinantes: Controle administrativo e judicial (de
legalidade) relativo à existência e à pertinência ou adequação dos motivos – fático e legal – que
a administração pública declarou como causa determinante da prática de um ato.
➔ Atos administrativos e LINDB (DL 4657/42)
• Não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam
consideradas as consequências práticas da decisão;
• Motivação deve demonstrar necessidade e a adequação da medida imposta ou da
invalidação de ato, contrato, etc., inclusive em face das possíveis alternativas;
• Decisão que decretar a invalidação de ato deve indicar de modo expresso
consequências jurídicas e administrativas;
• Decisão sobre regularidade de conduta ou validade de ato, contrato, etc., serão
consideradas as circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou
condicionado a ação do agente;
• Revisão de ato, contrato etc. cuja produção já se houver completado levará em
conta as orientações gerais da época: vedada invalidação com base em mudança
posterior de orientação geral.

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2. Extinção dos Atos Administrativos

*Para todos verem: quadro

ANULAÇÃO REVOGAÇÃO CASSAÇÃO CADUCIDADE


Controle Controle de mérito Beneficiário deixa de Ato perde
de legalidade (conveniência e cumprir requisitos fundamento legal
oportunidade) atos
discricionários
Administração ou APENAS Mudança Mudança na
judiciário (5 anos, administração nos fatos legislação
salvo má-fé) (ilegalidade
superveniente)
Ato inválido Ato válido Causa Causa
(nulo ou anulável) superveniente superveniente

Retroage Não retroage Não ocorre Precisa ser


(ex tunc) (ex nunc) automaticamente declarada

3. Licitações

Fundamento constitucional: CF/88.

Art. 37, inciso XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços,
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que
assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que
estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos
termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Lei nº 14.133/21 (Nova Lei de Licitações e Contratos administrativos).

➔ Fases do procedimento de Licitação

Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes FASES, em sequência:


I - preparatória;
II - de divulgação do edital de licitação;
III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso; IV - de julgamento;
V - de habilitação;
VI - recursal;
VII - dehomologação.

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*Para todos verem: esquema

APRESENTAÇÃO
DIVULGAÇÃO
PREPARATÓRIA DE PROPOSTAS E JULGAMENTO HABILITAÇÃO RECURSAL HOMOLOGAÇÃO
DO EDITAL
LANCES

➔ Modalidades de Licitação

Art. 28. Modalidades:


I - pregão;
II - concorrência;
III - concurso;
IV - leilão;
V - diálogo competitivo.

Procedimento, em regra, será eletrônico.


É VEDADA a criação de outras modalidades de licitação ou combinação de modalidades.
• Pregão: obrigatória para aquisição de bens e serviços comuns, cujo critério de
julgamento poderá ser o de menor preço ou o de maior desconto;
• Concorrência: contratação de bens e serviços especiais e de obras e serviços
comuns e especiais de engenharia, cujo critério de julgamento poderá ser: a) menor
preço; b) melhor técnica ou conteúdo artístico; c) técnica e preço; d) maior retorno
econômico; e) maior desconto;
• Concurso: escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, cujo critério de
julgamento será o de melhor técnica ou conteúdo artístico, e para concessão de
prêmio ou remuneração ao vencedor;
• Leilão: alienação de bens imóveis ou de bens móveis inservíveis ou legalmente
apreendidos a quem oferecer o maior lance;
• Diálogo Competitivo: modalidade de licitação para contratação de obras, serviços
e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes
previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver
uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os
licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos.

➔ Contratação direta (sem licitação):

Veja o esquema na página a seguir..

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*Para todos verem: esquemas

É possível licitar
Inviabilidade de
competição
Lei autoriza não
licitar
Licitação é Dispensa
Inexigibilidade "impossível"
Discricionária

Rol
exemplificativo
Rol taxativo

Art. 74. É inexigível a licitação quando inviável a competição, em especial nos casos de:
I - aquisição de materiais, de equipamentos ou de gêneros ou contratação de serviços
com [fornecedor] exclusivo;
II - contratação de profissional do setor artístico, diretamente ou por meio de empresário
exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública;
III - contratação dos seguintes serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória especialização,
vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação:
• Pareceres, perícias, projetos básicos ou executivos;
• Consultorias técnicas e auditorias fiscalização,
• Supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
• Defesa de causas judiciais, etc.
IV - objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento;
V - aquisição ou locação de imóvel cujas características de instalações e de localização
tornem necessária sua escolha.

Art. 75. Dispensável a licitação, alguns exemplos:


• Até R$ 108.040,82 - obras e serviços de engenharia;
• Até R$ 54.020,41 - outros serviços e compras;
• Licitação “DESERTA” ou “FRACASSADA”, mantendo condições definidas em edital de

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licitaçãorealizada há menos de 1 (um) ano;


• CASOS DE EMERGÊNCIA OU DE CALAMIDADE PÚBLICA, situação que possa
ocasionar prejuízo ou comprometer a continuidade dos serviços públicos ou a
segurança de pessoas, PRAZO MÁXIMO DE 1 (UM) ANO.

➔ Revogação ou Anulação da licitação:


*Para todos verem: esquemas

Fato
superveniente Vício insanável

Interesse
público Ilegalidade

Revogação Anulação
Total apenas Total ou parcial

Vedada após Possível


assinatura do mesmo após
contrato contrato

➔ Procedimentos Auxiliares
Sistema de registro de preços: conjunto de procedimentos para realização, mediante
contratação direta ou licitação nas modalidades pregão ou concorrência, de registro formal
de preços relativos a prestação de serviços, a obras e a aquisição e locação de bens para
contratações futuras.

4. Contratos Administrativos

É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas


compras ou o de prestação de serviços de pronto pagamento (até R$ 10 mil).
• Prerrogativas da Administração (art. 104).
Essas são as cláusulas exorbitantes. Ex: alteração e extinção unilateral do contrato.

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• Prazo serviços contínuos: 5+5 anos.


Prazo indeterminado: administração pública como usuária de serviço público prestado em
monopólio.

➔ Hipóteses de alteração dos contratos


Teoria Da Imprevisão: Para restabelecer o equilíbrio econômico-financeiro inicial do
contrato em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe ou em decorrência de fatos
imprevisíveis ou previsíveis de consequências incalculáveis, que inviabilizem a execução do
contrato tal como pactuado, respeitada, em qualquer caso, a repartição objetiva de risco
estabelecida no contrato.

➔ Hipóteses de extinção dos contratos


Unilateral (pela administração): motivação + contraditório.
Contratado terá direito à extinção:
• Supressão além do limite do art. 124;
• Suspensão de execução acima de 3 meses;
• Repetidas suspensões que totalizem 90 dias úteis;
• Atraso superior a 2 meses no pagamento;
• Não liberação de área, local ou objeto, para execução de obra, serviço ou
fornecimento, etc.
Aplicação das sanções não exclui, em hipótese alguma, a obrigação de reparação integral
do dano causado à Administração Pública.

5. Agentes Públicos

Veja o esquema na página a seguir...

19
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*Para todos verem: esquema

Agentes públicos

Agentes Particulares
Agentes Agentes
em
políticos militares administrativos
colaboração

Mandato eletivo + Em algum


secretários/ Forças Armadas +
momento exercem
ministros + alto polícias militares +
função +
escalão PJ. MP. bombeiros
particulares
TC. militares
serviço público

Servidores
Servidores públicos Empregados públicos
temporários (contrato
(Estatutários) (celetistas) CLT
prazo determinado)
art. 37, IX, CF Lei n.º 8.112/90

Cargo Cargo em Emprego


Público Comissão Público

6. Concurso Público

Tratando-se de concurso público de agentes administrativos, que se submetem ao regime


jurídico da lei n.º 8.112 (servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações
públicas federais), é vedada a abertura de novo concurso público enquanto ainda existirem
candidatos aprovados em concurso com prazo não expirado. Em se tratando de agentes públicos
não submetidos a essa lei (os agentes militares, por exemplo), valido é o dispositivo

20
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constitucional, cabendo a abertura de novo concurso.


Importante o destaque a outros artigos aplicáveis aos concursos públicos: o artigo 5º, §2º,
da Lei n.º 8.112, e a Lei n.º 12.990/2014 dispõem sobre as reservas de vagas em concursos
públicos, disciplinando as porcentagens de vagas destinadas a pessoas com deficiência, em
atribuições compatíveis, e a pessoas negras. Vejamos:

Súmula importante:

Súmula 683, STF: O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima
em face do art. 7º, XXX, da CF/88, quando possa ser justificado pela natureza das
atribuições do cargo a ser preenchido.

Reservas legais em concursos públicos:

Lei n.º 8.112/90:


Art. 5º, § 2o: Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever
em concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com
a deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte
por cento) das vagas oferecidas no concurso;

Lei n.º 12.990:


Art. 1º Ficam reservadas aos negros 20% (vinte por cento) das vagas oferecidas nos
concursos públicos para provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da
administração pública federal, das autarquias, das fundações públicas, das empresas
públicas e das sociedades de economia mista controladas pela União, na forma desta Lei.

Duas súmulas importantes do Superior Tribunal de Justiça sobre reservas para pessoas
com deficiência:

Súmula 377/STJ: O portador de visão monocular tem direito de concorrer, em concurso


público, às vagas reservadas aos deficientes.

Súmula 552/STJ: O portador de surdez unilateral não se qualifica como pessoa com
deficiência para o fim de disputar as vagas reservadas em concursos públicos.

7. Poder de Polícia

Art. 78, CTN. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que,
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou
abstenção de fato, em razão de interessepúblico concernente à segurança, à higiene, à
ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade
pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

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Características/atributos:
*Para todos verem: esquema

Discricionariedade
• Oportunidade/conveniência ao aplicar

Auto-executoriedade
• Execução direta de suas decisões

Coercibilidade
• Imposição das medidas

Atenção: poder de polícia é delegável?


Em regra, não, a exceção é no que se refere a atos materiais:
Normatizar e sancionar: não cabe.
Consentir (licença, alvará, autorização) e fiscalizar: cabe.

Tese de repercussão geral STF: É constitucional a delegação do poder de polícia, por


meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta
de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de
atuação própria do Estado e em regime não concorrencial.

8. Extinção da concessão

A Concessão, ainda que possua prazo determinado, possui outras possibilidades de


extinção: Termo final do prazo, rescisão, anulação, caducidade, encampação e falência ou
extinção da concessionária. Cabe tratar um pouco sobre cada uma delas, elencadas no artigo
35 da lei n.º 8.987.

Art. 35. Extingue-se a concessão por:


I - advento do termo contratual;
II - encampação;
III - caducidade;
IV - rescisão;
V - anulação; e
VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do
titular, no caso de empresa individual.

22
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Direito Administrativo

➔ Advento do termo contratual:


É o fim do contrato em razão da chegada do prazo determinado, desvinculando-se o
concessionário da prestação do serviço público. Como bem destaca Carvalho Filho (2021, p.
442) “ainda que extinto o contrato, responde o concessionário pelos atos praticados quando
ainda vigente o ajuste. Na verdade, o advento do termo final não pode significar
um status integral de irresponsabilidade administrativa e civil do concessionário”.
➔ Rescisão:
Como traz o artigo 39 da Lei n.º 8.987 “o contrato de concessão poderá ser rescindido por
iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder
concedente, mediante ação judicial especialmente intentada para esse fim”, destacando o
parágrafo único desse dispositivo a impossibilidade de que a prestação dos serviços públicos
seja interrompida até sentença judicial transitada em julgado.
➔ Anulação:
Podendo ocorrer pela via administrativa ou judicial, a anulação se dá quando existente
vício de legalidade no contrato). Assim, “Presente o vício, há presumida lesão ao patrimônio
público, o que permite o ajuizamento de ação popular para postular-se a anulação do ajuste”
(CARVALHO FILHO, 2021, p. 443).
➔ Caducidade:
De forma inversa à rescisão, a caducidade ocorre quando há a “rescisão” unilateral da
Administração por descumprimento das cláusulas contratuais por parte da concessionária,
podendo ser ato vinculado (artigo 27, Lei n.º 8.987) ou discricionário (artigo 38, Lei n.º 8.987).
Deve-se observar, como procedimento:
• Comunicação à concessionária sobre o descumprimento e determinação de prazo
para correção;
• Instauração de procedimento administrativo para apuração, com garantia da ampla
defesa e contraditório;
• Apurada a inadimplência da concessionária, será declarada a caducidade da
concessão por meio de decreto expedido pelo Chefe do Poder Executivo (CARVALHO
FILHO, 2021).

Caducidade – ato vinculado:

Art. 27. A transferência de concessão ou do controle societário da concessionária sem


prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão.

23
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Caducidade – ato discricionário:

Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder


concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções
contratuais, respeitadas as disposições deste artigo, do art. 27, e as normas
convencionadas entre as partes.
§ 1o A caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando:
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base as
normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou
regulamentares concernentes à concessão;
III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as hipóteses
decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para
manter a adequada prestação do serviço concedido;
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos
prazos;
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de
regularizar a prestação do serviço; e
VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento
e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da
concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

➔ Encampação:
Como definido no artigo 37 da Lei n.º 8.987, a encampação refere-se à retomada, por
parte da Administração Pública, da prestação do serviço público. Faz-se necessária autorização
legislativa e indenização prévia.
➔ Extinção da concessionária:
A extinção da concessionária por falência ou extinção da empresa ou, ainda, falecimento
ou incapacidade do titular, ocorre, como pontua Carvalho Filho (2021, p. 447) “pela singela razão
de que fica inviável a execução do serviço público objeto do ajuste”, retornando a prestação do
serviço público o concedente, até nova concessão.

24
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9. Organização da Administração Pública

*Para todos verem: esquemas

Particulares que prestam


Administração direta Administração indireta
serviço público
• Permissionárias • União • Autarquias
• Concessionárias • Estados • Fundações públicas
• Autorizatários • Distrito Federal • Sociedade de economia mista
• Municípios • Empressa pública
• Órgãos • Associação Pública

Descentralização Desconcentração
Descentralização
Ato unilateral (no caso de Criação de órgão
autorização) e contrato Novo ente
administrativo (no caso de Especialização interna
Criada ou autorizada por lei
concessão e permissão) Não tem personalidade
Tem personalidade jurídica
Tem personalidade jurídica jurídica

Pessoa jurídica de direito público

Autarquia e Fundação
Lei específica
Pública de Direito Público

A própria lei é o ato constitutivo


Criação

Pessoa jurídica de direito privado

Fundação Pública de Direito Lei específica apenas autoriza


Privado/ S.E.M/ E.P

Deve o Poder Executivo


providenciar a sua criação no
registro público.

25
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Atenção: Como já foi cobrado diversas vezes pela banca, é muito importante o estudo da
lei das Estatais, dos consórcios públicos e das principais características das Agências
Reguladoras, então vou indicar alguns artigos para leitura:
• Lei 13.303/2016: artigos 2º, 3º, 4º, 5º, 11, 12, 13, 17, 29, 30, 38, 47, 49, 51, 54, 59
e 83.
• Lei 9.986/2000: artigos 3º, 4º, 5º, 6º, 8º, 8º-A, 8º-B, 9º e art. 2º da Lei 13.848/19.
• Lei 11.107/2005: artigos 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 11.

10. Entidades Paraestatais

* Para todos verem: quadro comparativo

Forma de Observação
Entidade e lei convênio ou Principal observação comum a
parceria todos
OS
(OrganizaçãoSocial) Contrato de gestão Entidades de iniciativa privada, Sem fins
Lei 9.637/98 sem fins lucrativos e que lucrativos;
prestam serviço de interesse
público. Não faz parte da
OSCIP Administração
(Organização da A grande diferença é que as
Termo de Pública direta ou
Sociedade Civil de OS absorveram serviços do
parceria indireta;
Interesse Público)
Estado e asOSCIP são
Lei 9.790/99
entidades que buscam fomento Recebe fomento
e se enquadram nos requisitos (incentivo) do
da lei. Estado;

26
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São instituídas por servidores Presta atividade


EA públicos sob forma de de interesse
(Entidades deapoio) Convênio, contrato, fundação, associação ou social;
Lei 8.958/94 acordo. cooperativa com a finalidade
de apoiar projetos de ensino, Sujeito a
pesquisa, extensão, etc. controle da
Administração
SSA Pública;
(Serviços Sociais Lei específica para Entidades como: Sesi, Senai,
Autônomos) Serviço não
cada entidade. Senac, Sesc, etc.
Lei específica para exclusivo
cada entidade. do Estado.

OSC Termo de
(Organizações da colaboração ou São as demais entidades que
Sociedade Civil) termo de fomento buscam parceria com o Estado
Lei 13.019/2014 e ouacordo de para conseguir fomento.
13.243/16. cooperação.

11. Responsabilidade Civil do Estado

11.1 Teoria do Risco Administrativo: Responsabilidade objetiva

*Para todos verem: esquema

Culpa exclusiva da
Caso fortuito Força maior vítima (se a vítima
Excludentes (imprevisível) (natureza) concorre com o dano,
o ônus é repartido)

11.2 Teoria do Risco Integral: Dano ambiental, atividade nuclear, queda


de aeronave por ato de guerra ou ato terrorista.
• Não há excludentes.

27
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*Para todos verem: pirâmide entre Estado, Vítima e Agente

Estado

Ação de regresso:
responsabilidade
subjetiva

Vítima Agente

11.3 Responsabilidade Subjetiva: aquela que exige a comprovação do


dolo ou culpa.
• Omissão genérica
• Estatais que exploram atividade econômica
Algumas teses de repercussão geral do STF e jurisprudêcia importante do STJ que podem
ser objeto da prova:
* Para todos verem: quadro comparativo

Teses de repercussão geral do STF


777 RE O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e
842846 registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem 27/02/2019
dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o
responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de
improbidade administrativa.
1055 RE É objetiva a Responsabilidade Civil do Estado em relação a
1209429 profissional da imprensa ferido por agentes policiais durante
cobertura jornalística, em manifestações em que haja tumulto ou
conflitos entre policiais e manifestantes. Cabe a excludente da
responsabilidade da culpa exclusiva da vítima, nas hipóteses em 10/06/2021
que o profissional de imprensa descumprir ostensiva e clara
advertência sobre acesso a áreas delimitadas, em que haja grave
risco à sua integridade física.
512 RE O Estado responde subsidiariamente por danos materiais
662405 causados a candidatos em concurso público organizado por 29/06/2020
pessoa jurídica de direito privado (art. 37, § 6º, da CRFB/88),
quando os exames são cancelados por indícios de fraude.
362 RE Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se
608880 caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos
decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema 08/09/2020

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prisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o


momento da fuga e a conduta praticada.
366 RE Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado
136861 por danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é
necessário que exista a violação de um dever jurídico específico 11/03/2020
de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para
funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de
conhecimento do poder público eventuais irregularidades
praticadas pelo particular.

Precedente do STJ

O hospital que deixa de fornecer o mínimo serviço de segurança, contribuindo de forma determinante e
específica para homicídio praticado em suas dependências, responde objetivamente pela conduta omissiva.
(REsp 1.708.325-RS, Rel. Min. Og Fernandes, Segunda Turma, por unanimidade, julgado em 24/05/2022).

O prazo prescricional para ações indenizatórias em face da pessoa jurídica de direito


público ou de direito privado prestadora de serviço público é de 5 anos, todavia, atente-se para
a súmula 647 do STJ: “São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais
decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos.”

12. Improbidade Administrativa

Art. 37 da CF. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do DistritoFederal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

*Para todos verem: quadro

Atos de improbidade
Art. 9º Constitui ato de Art. 10. Constitui ato de
improbidade administrativa improbidade administrativa que Art. 11. Constitui ato de
importando em enriquecimento causa lesão ao erário qualquer ação improbidade administrativa que
ilícito auferir, mediante a práticade ou omissão dolosa, que enseje, atenta contra os princípios da
ato doloso, qualquer tipo de efetiva e comprovadamente, perda administração pública a ação ou
vantagem patrimonial indevida em patrimonial, desvio, apropriação, omissão dolosa que viole os
razão do exercício de cargo,de malbaratamento ou dilapidação dos deveres de honestidade, de
mandato, de função, de emprego bens ou haveres das entidades imparcialidade e de legalidade [...]
ou de atividade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei [...]
referidas no art. 1ºdesta Lei [...]

29
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Perda dos bens ou valores Perda dos bens ou valores


acrescidos ilicitamente ao acrescidos ilicitamente ao
patrimônio, perda da função patrimônio, se concorrer esta Pagamento de multa civil de até
pública, suspensão dos direitos circunstância, perda da função 24 (vinte e quatro) vezes o valor
políticos até 14 (catorze) anos, pública, suspensão dos direitos da remuneração percebida pelo
pagamento de multa civil políticos até 12 (doze) anos, agente e proibição de contratar
equivalente ao valor do acréscimo pagamento de multa civil com o poder público ou de
patrimonial e proibição de equivalente ao valor do dano e receber benefícios ou incentivos
contratar com o poder público ou proibição de contratar com o poder fiscais ou creditícios, direta ou
de receber benefícios ou público ou de receber benefícios ou indiretamente, ainda que por
incentivos fiscaisou creditícios, incentivos fiscaisou creditícios, intermédio de pessoa jurídica da
direta ou indiretamente, ainda que direta ou indiretamente, ainda que qual seja sócio majoritário, pelo
por intermédio de pessoa jurídica por intermédio de pessoa jurídica prazo não superior a 4 (quatro)
da qual seja sócio majoritário, da qual seja sócio majoritário, anos.
pelo prazo não superior a 14 pelo prazo não superior a 12
(catorze) anos. (doze) anos.

Prescrição: Tema sensível e que sofreu diversas alterações com as Lei nº 14.230/2021.
Se antes o prazo de prescrição era (basicamente) de cinco anos, agora o prazo é de 8 anos
para prescrição. O objetivo da prescrição é dar estabilidade às relações jurídicas.
Nos parágrafos do artigo 23 da LIA há previsões de suspensão e interrupção de prazo
prescricional. Uma novidade na nova redação da LIA é que, agora, haverá possibilidade da
chamada prescrição intercorrente no prazo de 4 anos, ou seja, prescrição que ocorre no
decorrer do processo judicial: “§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia
da interrupção, pela metade do prazo previsto no caput deste artigo”.

13. Compliance

13.1 Atos lesivos


Atos que atentem contra:
• Patrimônio público nacional ou estrangeiro;
• Contra princípios da administração;
• Compromissos internacionais assumidos pelo Brasil.

Veja o esquema na página a seguir...

30
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13.2 Responsabilidade
*Para todos verem: esquema

Responsabilidade

Objetiva Subjetiva

Pessoas jurídicas Dirigentes ou


administradores

Ou de qualquer pessoa
natural que participe como
autora, coautora ou partícipe

13.3 Sanções
Esfera Administrativa:

Art. 6º. Na esfera administrativa, serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas


responsáveis pelos atos lesivos previstos nesta Lei as seguintes sanções:
I - multa, no valor de 0,1% (um décimo por cento) a 20% (vinte por cento) do faturamento
bruto do último exercício anterior ao da instauração do processo administrativo, excluídos
os tributos, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua
estimação; e
II - publicação extraordinária da decisão condenatória.

Esfera Judicial:

Art. 19. Em razão da prática de atos previstos no art. 5º desta Lei, a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, por meio das respectivas Advocacias Públicas ou órgãos
de representação judicial,ou equivalentes, e o Ministério Público, poderão ajuizar ação com
vistas à aplicação das seguintessanções às pessoas jurídicas infratoras:
I - perdimento dos bens, direitos ou valores que representem vantagem ou proveito
direta ouindiretamente obtidos da infração, ressalvado o direito do lesado ou de terceiro
de boa-fé;
II - suspensão ou interdição parcial de suas atividades;
III - dissolução compulsória da pessoa jurídica;
IV - proibição de receber incentivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de
órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras públicas ou controladas pelo
poder público, peloprazo mínimo de 1 (um) e máximo de 5 (cinco) anos.

31
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14. Controle da Administração Pública

O controle é o instrumento jurídico de fiscalização sobre a atuação dos agentes, órgãos e


entidades da Administração Pública.

*Para todos verem: esquema

Atos eivados de
Poder-dever Anular
vício/ilegais
Administração
Atos legais, por
Pode Revogar conveniência ou
oportunidade

*Para todos verem: quadro

Mandado de Segurança, Habeas Corpus, Ação Civil Pública, Ação Popular,


Ações de controle Mandado de Injunção, Habeas Data, Ação de ImprobidadeAdministrativa,
Ação Direta de Inconstitucionalidade
Prazo para anular Regra é de 5 anos - prazo DECADENCIAL

Hierárquico próprio: Hierárquico impróprio: Obs: No Brasil não é


para a autoridade para outra autoridade não exigido esgotamentoda via
Recurso superior àquela que é superior àquela que administrativapara acesso
praticou o ato ocorrido. praticou o ato recorrido. ao Poder Judiciário
Exige previsão legal. (art 5º, XXXV, da CF)

No controle externo realizado pelo Poder Legislativo, com auxílio do Tribunal de Contas,
tenha cuidado com o artigo 71 da Constituição Federação, especificamente com inciso III:

Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a
qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões,
ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
concessório.

32
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15. Processo Administrativo Federal

O processo administrativo não depende de forma determinada, a não ser que esteja
expressamente previsto em lei, isso se dá em razão do princípio da informalismo aplicado aos
processos administrativos (art. 22). O processo administrativo é composto pelas seguintes fases:
a) Instauração: de ofício ou a pedido; com observância aos requisitos do artigo 6º,
motivação,possibilidade de vários pedidos em um único requerimento (art. 8º);
b) Instrução: princípio da oficialidade, que não afasta as iniciativas dos interessados (art.
29);vedada as provas obtidas ilicitamente (art. 30), sendo admissível prova emprestada
(591 doSTJ); com possibilidade de juntar documentos, pareceres, requerer diligências
(art. 38); possibilidade de medida acautelatória (art. 45); relatório feito pelo órgão
processante.
c) Decisão: dever de decidir (art. 48) no prazo de 30 dias, salvo prorrogação motivada (art.
49).

Pareceres em processos administrativos: Quando for obrigatório um órgão consultivo


ser ouvido (art. 41), o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de 15 dias, salvo norma
especial ou comprovada necessidade de maior prazo. Se o parecer é obrigatório e vinculante,
o processo NÃO terá seguimento até a respectiva apresentação, sendo responsabilizado quem
deu causa aoatraso por descumprimento do prazo. Entretanto, se o parecer é obrigatório, mas
NÃOé vinculante, e deixar de ser emitido no prazo, o processo PODERÁ prosseguir e ser
decidido, sem prejuízo das responsabilidades de quem se omitiu.
Das decisões administrativas cabe recurso, podemos aqui dizer que há segundainstância
administrativa. Os recursos na Lei nº 9.784/99 são possíveis nos casos de legalidade ou mérito.
Trata-se de recurso hierárquico, isso porque ele dirigido a autoridade que proferiu a decisão e,
se não reconsiderar no prazo de cinco dias, deve encaminhá-lo para autoridade superior (art.
56, §1º).
O artigo 57 estabelece o limite de três instâncias administrativas aos recursos:

Veja o esquema na página a seguir...

33
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*Para todos verem: esquema

Recurso - 3ª instância
administrativa

Recurso - 2ª instância
administrativa

Decisão recorrida

Não confunda, recurso, revisão e reconsideração. Recurso administrativo é


endereçado para a autoridade hierarquicamente superior àquela que proferiu a decisão. Pedido
de reconsideração pode ser feito uma única vez para a própria autoridade que proferiu a
decisão. O recurso e pedido de reconsideração são feitos no próprio processo administrativo em
andamento. Já o pedido de revisão ocorre quando o processo administrativo já foi encerrado,
mas surgem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a abertura de
processo administrativo novamente, para tratar sobre a inadequação da sanção aplicada.
Cuidado, o reformatio in pejus (art. 65) só pode ocorrer no recurso, não pode ocorrer na
revisão.

16. Bens Públicos

16.1 Classificação
*Para todos verem: quadro

Bens de uso comum do


Bens de uso especial Bens dominicais
povo

• São bens que todos • São destinados às • São os que pertencem


podem usar, como as instalações e aos ao acervo do poder
ruas e praças. serviços públicos, como público, sem destinação
os prédios das especial.
repartições ou escolas
públicas.

34
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16.2 Características
Inalienabilidade: Significa que bens públicos não podem ser vendidos livremente, mas
essa regra não é absoluta! Os bens de uso especial e os bens de uso comum são inalienáveis
(são bens fora do comércio), essa é a regra.
Impenhorabilidade: Os bens públicos não podem ser objeto de uma constrição judicial, de
uma execução. Nãopoder ser objeto de garantia.
Imprescritibilidade: Trata-se da prescrição aquisitivas (usucapião). Nesse sentido, os
bens públicos não podem ser adquiridos pela posse mansa e pacífica por determinado espaço
de tempo continuado, nos moldes da legislação civil.
Importante salientar que a imprescritibilidade atinge inclusive os bens não afetados, não
sendo estes, também, passíveis de usucapião (art. 183, §3º e 191, parágrafo único, ambos da
Constituição Federal).
Não onerabilidade: Os bens públicos não podem ser objetos de direito real de garantia, ou
seja, não fica sujeito à instituição de penhor, anticrese ou hipoteca para garantir débitos do ente
estatal.

35
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36
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1) FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase


Otacílio, novo prefeito do Município Kappa, acredita que o controle interno é uma das principais ferramentas da
função administrativa, razão pela qual determinou o levantamento de dados nos mais diversos setores da
Administração local, a fim de apurar se os atos administrativos até então praticados continham vícios, bem como se
ainda atendiam ao interesse público. Diante dos resultados de tal apuração, Otacílio deverá

A) revogar os atos administrativos que contenham vícios insanáveis, ainda que com base em valores jurídicos
abstratos.
B) convalidar os atos administrativos que apresentem vícios sanáveis, mesmo que acarretem lesão ao interesse
público.
C) desconsiderar as circunstâncias jurídicas e administrativas que houvessem imposto, limitado ou
condicionado a conduta do agente nas decisões sobre a regularidade de ato administrativo.
D) indicar, de modo expresso, as consequências jurídicas e administrativas da invalidação de ato administrativo.

2) FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase


Determinado Estado da Federação passa por grave problema devido à superlotação de sua população carcerária,
tendo os órgãos de inteligência estatal verificado a possibilidade de rebelião e fuga dos apenados. Visando ao
atendimento do princípio constitucional da dignidade da pessoa humana e tendo em vista a configurada situação de
grave e iminente risco à segurança pública, o ente federativo instaurou processo administrativo e, em seguida,
procedeu à contratação, mediante inexigibilidade de licitação, de certa sociedade empresária para a execução de
obras de ampliação e reforma de seu principal estabelecimento penal. Diante das disposições da Lei nº 8.666/93,
no que tange à obrigatoriedade de licitação, o Estado contratante agiu

A) corretamente, diante da impossibilidade fática de licitação decorrente do iminente risco de rebelião e grave
perturbação da ordem pública.
B) corretamente, haja vista que, apesar de ser possível a licitação, seu demorado trâmite procedimental
acarretaria risco à ordem social.
C) erradamente, eis que as circunstâncias do caso concreto autorizariam a dispensa de licitação, observados
os trâmites legais.
D) erradamente, uma vez que a prévia licitação é obrigatória na espécie, diante das circunstâncias do caso
concreto.

3) FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXVII - Primeira Fase


Após a contratação, sob o regime de empreitada por preço unitário, da sociedade empresária Faz de Tudo Ltda.
para a construção do novo edifício-sede de uma agência reguladora, a Administração verifica que os quantitativos
constantes da planilha orçamentária da licitação – e replicados pela contratada – são insuficientes para executar o
empreendimento tal como projetado. Por isso, será necessário aumentar as quantidades de alguns serviços. Em
termos financeiros, o acréscimo será de 20% – que corresponde a R$ 2.000.000,00 – em relação ao valor inicial
atualizado do contrato.
Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta.

A) O acréscimo de serviços poderá ser combinado apenas verbalmente, não sendo necessária sua redução a
termo.
B) Por se tratar de cláusula exorbitante, mesmo que a sociedade empresária Faz de Tudo Ltda. não concorde
com o acréscimo, a alteração poderá ser determinada unilateralmente pela Administração.
C) O contratado só está obrigado a aceitar os acréscimos de até 15% (quinze por cento) em relação ao valor
inicial atualizado do contrato; superado esse limite, a alteração só pode ocorrer com o consentimento da
sociedade empresária Faz de Tudo Ltda.
D) Diante da deficiência do projeto básico, a Administração deve obrigatoriamente anular o contrato após serem
oportunizados o contraditório e a ampla defesa à sociedade empresária Faz de Tudo Ltda.

4) FGV - 2021 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXIII - Primeira Fase


Luciano, proprietário de um terreno localizado no Município Ômega, viajou para o exterior, pelo período de 8 meses,
para realizar curso de especialização profissional. Quando retornou de viagem, verificou que o Município, sem
expedir qualquer notificação, de forma irregular e ilícita, invadiu sua propriedade e construiu uma escola, em

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Direito Administrativo

verdadeiro apossamento administrativo. As aulas na nova escola municipal já se iniciaram há dois meses e
verificasse a evidente impossibilidade de se reverter a situação sem ensejar prejuízos aos interesses da coletividade.
Ao buscar assistência jurídica junto a conhecido escritório de advocacia, foi manejada em favor de Luciano ação de

A) indenização por retrocessão, por abuso de poder da municipalidade, que gera direito à justa e imediata
indenização, exigível quando do trânsito em julgado da ação.
B) indenização por desapropriação indireta, que visa à justa e posterior indenização, a ser paga por meio de
precatório.
C) reintegração de posse por tredestinação ilícita, por desvio de finalidade, que visa à justa e posterior
indenização, a ser paga por meio de precatório.
D) interdito proibitório por desvio de finalidade, que gera direito à justa e imediata indenização, exigível quando
do trânsito em julgado da ação.

5) FGV – 2019 - OAB - XXX Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Flávio, oficial de justiça de determinado Tribunal Regional Federal, no exercício de suas atribuições, ao se dirigir
para uma diligência, foi surpreendido por intenso tiroteio. Em razão disso, Flávio adentrou clandestinamente o imóvel
de Júlia, sendo que permaneceu no local sem determinação judicial, por longo período e contra a vontade da
proprietária. Diante da configuração de crime previsto na Lei de Abuso de Autoridade, Flávio foi denunciado no
âmbito criminal, sendo certo que, após o devido processo legal, ele foi absolvido, em decorrência da caracterização
de estado de necessidade, operando-se o trânsito em julgado da sentença. Paralelamente, foi instaurado processo
administrativo disciplinar, para fins de obter a responsabilização de Flávio pela respectiva falta funcional.
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

A) O reconhecimento de que Flávio praticou o ato de abuso de autoridade em estado de necessidade na


decisão prolatada na esfera penal faz coisa julgada no âmbito administrativo-disciplinar.
B) A existência de ação penal por abuso de autoridade em face de Flávio deveria ter impedido a instauração
do processo administrativo disciplinar, pois não é admitida duplicidade de responsabilização.
C) A sentença penal que absolveu Flávio não pode repercutir na esfera administrativa-disciplinar, uma vez que
a sentença absolutória criminal somente pode refletir em outras esferas nas hipóteses de negativa de autoria.
D) Não é possível aplicar penalidade administrativa-disciplinar a Flávio, na medida em que toda sentença
absolutória penal vincula o controle pela Administração Pública, ainda que o fundamento criminal seja a
ausência de prova.

6) FGV – 2020 - OAB - XXXI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Maria foi contratada, temporariamente, sem a realização de concurso público, para exercer o cargo de professora
substituta em entidade autárquica federal, em decorrência do grande número de professores do quadro permanente
em gozo de licença. A contratação foi objeto de prorrogação, de modo que Maria permaneceu em exercício por mais
três anos, período durante o qual recebeu muitos elogios. Em razão disso, alunos, pais e colegas de trabalho
levaram à direção da autarquia o pedido de criação de um cargo em comissão de professora, para que Maria fosse
nomeada para ocupá-lo e continuasse a ali lecionar. Avalie a situação hipotética apresentada e, na qualidade de
advogado(a), assinale a afirmativa correta.

A) Não é possível a criação de um cargo em comissão de professora, visto que tais cargos destinam-se apenas
às funções de direção, chefia e assessoramento.
B) É adequada a criação de um cargo em comissão para que Maria prolongue suas atividades como professora
na entidade administrativa, diante do justificado interesse público.
C) Maria tem estabilidade porque exerceu a função de professora por mais de três anos consecutivos, tornando
desnecessária a criação de um cargo em comissão para que ela continue como professora na entidade
autárquica.
D) Não é necessária a criação de um cargo em comissão para que Maria permaneça exercendo a função de
professora, porque a contratação temporária pode ser prorrogada por tempo indeterminado.

7) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Maria foi aprovada em concurso para o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, mas,
após ter adquirido a estabilidade, foi demitida sem a observância das normas relativas ao processo administrativo
disciplinar. Em razão disso, Maria ajuizou ação anulatória do ato demissional, na qual obteve êxito por meio de

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decisão jurisdicional transitada em julgado. Nesse interregno, contudo, Alfredo, também regularmente aprovado em
concurso e estável, foi promovido e passou a ocupar o cargo que era de Maria.
Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta.

A) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá importar na sua reintegração ao cargo anterior,
considerando que está ocupado por Alfredo.
B) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, independentemente da existência e necessidade do cargo
que ocupava, deverá ser posta em disponibilidade.
C) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que ocupava anteriormente, diante da ilicitude de seu ato
demissional.
D) Em decorrência da invalidade do ato demissional, Maria deve ser reintegrada ao cargo que ocupava e Alfredo
deverá ser reconduzido para o cargo de origem.

8) FGV – 2021 - OAB - XXXII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Amadeu, assim que concluiu o ensino médio, inscreveu-se e foi aprovado em concurso público para o cargo de
técnico administrativo do quadro permanente de determinado Tribunal Regional Federal, cargo em que alcançou a
estabilidade, após o preenchimento dos respectivos requisitos legais. Enquanto estava no exercício das funções
desse cargo, Amadeu cursou e concluiu a Faculdade de Direito, razão pela qual decidiu prestar concurso público e
foi aprovado para ingressar como advogado de certa sociedade de economia mista federal, que recebe recursos da
União para o seu custeio geral. Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta.

A) Amadeu poderá acumular o cargo no Tribunal com o emprego na sociedade de economia mista federal, se
houver compatibilidade de horários.
B) A estabilidade já alcançada por Amadeu estende-se à sociedade de economia mista, considerando-se que
aquela se consuma no serviço público, e não no cargo.
C) Amadeu, ao ser contratado pela sociedade de economia mista, continua submetido ao teto remuneratório do
serviço público federal.
D) Amadeu poderia ser transferido para integrar os quadros da sociedade de economia mista sem a realização
de novo concurso público.

9) FGV – 2019 - OAB - XXVIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um sistema de esgotamento sanitário. O
Governo Federal repassou recursos ao ente local, ficando o município encarregado da licitação e da contratação da
sociedade empresária responsável pelas obras. Após um certame conturbado, cercado de denúncias de
favorecimento e conduzido sob a estreita supervisão do prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale
Tudo Ltda. Em escutas telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o direcionamento
da licitação para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do
Município Alfa. Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço contratado.
Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta.

A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o emprego dos recursos em questão, pois, a partir do
momento em que ocorre a transferência de titularidade dos valores, encerra-se a jurisdição da Corte de Contas
Federal.
B) O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da licitude do certame, configurando ato de
improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Pública e, por isso, sujeita os
agentespúblicos somente à perda da função pública e ao pagamento de multa civil.
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de improbidade, de forma que terceiros, como é o caso
da sociedade empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, por consequência, imunes à
eventualcondenação ao ressarcimento do erário causado pelo superfaturamento.
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou prejuízo ao erário, os agentes públicos
envolvidos e a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento do dano, sem
prejuízo de outras medidas, como a proibição de contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por
um prazo determinado.

10) FGV – 2018 - OAB - XXVII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para a realização de atividades de relevante

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interesse econômico. Para tanto, fez editar a respectiva lei autorizativa e promoveu a inscrição dos respectivos atos
constitutivos no registro competente. Após a devida estruturação, tal entidade administrativa está em vias de iniciar
suas atividades.
Acerca dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a), assinale a afirmativa correta.

A) A participação de outras pessoas de direito público interno, na constituição do capital social da entidade
administrativa, é permitida, desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União.
B) A União não poderia ter promovido a inscrição dos atos constitutivos no registro competente, na medida em
quea criação de tal entidade administrativa decorre diretamente da lei.
C) A entidade administrativa em análise constitui uma pessoa jurídica de direito público, que não poderá contar
comprivilégios fiscais e trabalhistas.
D) Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços para a entidade administrativa, em regra, não
precisam ser precedidos de licitação.

11) FGV – 2018 - OAB - XXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Em uma movimentada rodovia concedida pela União a uma empresa privada, um veículo particular colidiu com
outro, deixando diversos destroços espalhados pela faixa de rolamento. Um dos objetos deixados sobre a pista
cortou o pneu de um terceiro automóvel, causando a colisão deste em uma mureta de proteção.
Com base no fragmento acima, assinale a afirmativa correta.

A) A concessionária deve responder objetivamente pelos danos causados, com fundamento na teoria do risco
administrativo.
B) Em nenhuma hipótese a concessionária poderá ser responsabilizada pelo evento danoso.
C) A concessionária responde pelos danos materiais causados ao terceiro veículo, com fundamento na teoria do
risco integral, isto é, ficou comprovado que o dano foi causado por culpa exclusiva de terceiro ou por força maior
D) O proprietário do terceiro automóvel só será reparado pelos danos materiais caso demonstre a culpa da
concessionária, caracterizada, por exemplo, pela demora excessiva em promover a limpeza da rodovia.

12) FGV – 2022 - OAB - XXXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Na semana passada, o Ministério Público ajuizou ação em desfavor de Odorico, prefeito do Município Delta, em
decorrência da prática de ato doloso de improbidade que causou enriquecimento ilícito. Após os devidos trâmites
processuais, o Juízo de primeiro grau verificou a configuração dos elementos caracterizadores da improbidade,
incluindo o dolo específico, razão pela qual aplicou as penalidades cominadas na legislação.
Sobre as penalidades aplicadas ao prefeito Odorico, assinale a afirmativa correta.

A) É cabível a execução provisória da penalidade de perda da função pública, com seu imediato afastamento do
cargo.
B) Poderia ser aplicada a penalidade de suspensão de direitos políticos por prazo superior a quinze anos, em
razão da presença de dolo específico.
C) O Juízo de primeiro grau não poderia cumular as penalidades de suspensão dos direitos políticos e de
proibição de contratar com a Administração, sob pena de bis in idem.
D) O Juízo de primeiro grau poderia cumular a determinação de ressarcimento integral ao erário com a aplicação
da penalidade de multa equivalente ao valor do acréscimo patrimonial.

13) FGV – 2022 - OAB - XXXVI Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
A Associação Gama é uma instituição religiosa que se dedica à promoção da assistência social e almeja obter
recursos financeiros junto ao governo federal a fim de fomentar suas atividades. Para tanto, seus representantes
acreditam que a melhor alternativa é a qualificação como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público –
OSCIP, razão pela qual procuram você, como advogado(a), a fim de esclarecer as peculiaridades relacionadas à
legislação de regência (Lei nº 9.790/99). Acerca da situação hipotética apresentada, assinale a afirmativa correta.

A) A qualificação da Associação Gama como OSCIP é ato discricionário, que deve ser pleiteado junto ao
Ministério da Justiça.
B) Após a sua qualificação como OSCIP, a Associação Gama deverá formalizar contrato de gestão com a

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Direito Administrativo

Administração Pública para a transferência de recursos financeiros.


C) A Associação Gama não poderá ser qualificada como OSCIP, pois as instituições religiosas não são passíveis
de tal qualificação.
D) O estatuto social da Associação Gama precisa vedar a participação de servidores públicos na composição de
conselho ou diretoria, a fim de que ela possa ser qualificada como OSCIP.

14) FGV – 2021 - OAB - XXXIII Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
A sociedade empresária Espertinha praticou atos de corrupção contra determinada organização pública
internacional, mediante oferecimento de suborno para a obtenção de vantagens indevidas. Em razão disso, a
Controladoria Geral da União (CGU) instaurou procedimento administrativo para apurar a responsabilização
administrativa de tal sociedade. Considerando o disposto na Lei nº 12.846/13 (Lei Anticorrupção), assinale a
afirmativa correta.

A) Não é possível a responsabilização administrativa da sociedade empresária Espertinha por atos de corrupção
praticados contra organização pública internacional.
B) A responsabilização administrativa pela CGU não necessita da caracterização do elemento subjetivo na
conduta da sociedade empresária Espertinha, pois tal responsabilidade é objetiva.
C) A aplicação de penalidades administrativas pela CGU depende da responsabilização individual de pessoa
natural, na figura de sócio ou dirigente da sociedade empresária Espertinha.
D) O processo administrativo instaurado pela CGU poderá resultar na aplicação das penalidades de multa e de
dissolução compulsória da sociedade empresária Espertinha.

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Direito Administrativo

Gabaritos das questões:

1-D 2-C 3-B 4-B 5-A 6-A 7-D 8-C 9-D 10 - A

11 - A 12 - D 13 - C 14 - B

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no de Questões – Direito Administrativo
Franciele Kühl, Maria Valentina de Moraes e Matheus DeGregori

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