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Guilherme Pedrozo
Prof. Matheus De Gregori
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Revisão Turbo | 35° Exame da Ordem
Direito Tributário
Queridos alunos,
Com carinho,
Equipe Ceisc ♥
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Direito Tributário
1. Conceito de Tributo
Art. 3º, do CTN. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nelase possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
Prevista em lei
Exceção:
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Direito Tributário
Imposto sobre
Contribuição Empréstimo Imposto
grandes
social residual compulsório residual
fortunas
Lembre-se que a Medida provisória não pode atuar em matéria reservada à lei
complementar, logo não poderá criar estes 4 tributos e muito menos editar normas gerais de
direito tributário, como por exemplo: regrais gerais sobre prescrição e decadência (art. 146, III, B
da CF).
2. Competência Tributária
A Constituição Federal não cria tributos, mas outorga poderes aos entes (União, Distrito
Federal, Estados e Municípios) para que estes criem.
Poderão ser criadas as seguintes espécies tributárias:
Somente a União pode criar novo imposto (residual) e nova fonte de custeio para
seguridade social (residual).
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A competência para criar, majorar, excluir e/ou reduzir, esta será indelegável.
STF: Alterar prazo de pagamento também poderá ser feito por ato do poder
executivo.
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Princípio da Irretroatividade
4. Imunidades
Imunidade Isenção
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4.1 Específicas
Podem ser de qualquer espécie tributária (caso concreto/caso certo). Estão espalhadas
por toda a CF.
Exemplo: as entidades de assistência social sem fins lucrativos (por exemplo, Sistema S)
não irão pagar contribuição de seguridade social (Contribuição Patronal, PIS/COFINS).
4.2 Genéricas
Somente de impostos. Estão apenas no artigo abaixo citado e estarão de forma genérica
em nossa Constituição.
São espécies de imunidade genéricas:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - Instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das
entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência
social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais
ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas
brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo
na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.
4.2.1 Templos
Não haverá incidência de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços que estejam em
nome do templo e que sejam revertidos ao cumprimento de sua finalidade essencial na forma do
artigo 150, §4º da CF.
Atenção: § 1º-A O imposto previsto no inciso I (IPTU) do caput deste artigo não incide
sobre templos de qualquer culto, ainda que as entidades abrangidas pela imunidade de que trata
a alínea "b" do inciso VI do caput do art. 150 desta Constituição sejam apenas locatárias do bem
imóvel.
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Direito Tributário
destinados à impressão destes, desde que transmitam pensamento e não possuam cunho
publicitário.
STF: livros eletrônicos (e-books) e seus readers (suportes de leitura) também tem
imunidade na forma da SV 57 do STF.
Mas é importante que se diga: aqui a imunidade será apenas no tocante ao objeto e não
sobre eventual renda auferida com a venda do objeto ou imóvel pertencente à fábrica do jornal.
E para gozarem da imunidade quais são os requisitos necessários que devem ser
observados: transmitir um pensamento e ter uma ideia formalmente orientada
independentemente do conteúdo. Portanto, inclusive as revistas com apelo sexual gozarão desta
imunidade.
E as revistas com finalidade de marketing, que desejam prioritariamente vender produtos?
Estas revistas não gozarão de imunidade, muito menos o papel destinado à impressão destas
revistas publicitárias.
5. Obrigação Tributária
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Direito Tributário
Sujeito passivo
Terceiro. Porém terá vínculo
com fato gerador e sua
Responsável
responsabilidade deverá estar
em lei expressa
Contrato particular relativo à responsabilidade pelo pagamento de tributos não poderá ser
oposto contra à Fazenda Pública, bem como não poderá servir para modificar a definição legal
do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Duas ou mais pessoas poderão ser solidariamente obrigadas ao pagamento de um único
tributo? Sim, desde que haja vínculo/interesse comum na situação que constitua o fato gerador
(solidários).
E se uma destas pessoas gozar de isenção tributária em razão de condição especial? Os
demais continuarão devedores pelo saldo devedor de forma solidária.
6. Domicílio Tributário
Local dos
atos/fatos que
Pessoa física Residência Trabalho
deram origem
ao fato gerador
Pode o domicílio fiscal eleito pelo sujeito passivo ser recusado pelo fisco, desde que
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Direito Tributário
7. Compensação
Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação em
cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos
tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra
a Fazenda pública. (Vide Decreto nº 7.212, de 2010)
Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a lei determinará, para os
efeitosdeste artigo, a apuração do seu montante, não podendo, porém, cominar redução
maior que a correspondente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer
entre a data da compensação e a do vencimento.
Ocorrerá o direito a compensar quando duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e
devedor uma da outra. Agora, não bastará para ocorrer a compensação ter crédito e débito, mas
também faz-se necessário a existência de norma específica do ente competente que estipule as
condições e garantias, observando o teor do artigo 170 do CTN.
Cuidado com a Súmula 212 do STJ que foi revogada em razão de decisão do STF. Logo,
poderá ocorrer liminarmente a concessão do direito de compensação.
8. Remissão
Art. 172. A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - À situação econômica do sujeito passivo;
II - Ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto a matéria de fato;
III - À diminuta importância do crédito tributário;
IV - A considerações de equidade, em relação com as características pessoais ou
materiais docaso;
V - A condições peculiares a determinada região do território da entidade tributante.
Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido,
aplicando-se,quando cabível, o disposto no artigo 155.
9. Anistia
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Direito Tributário
Art. 130. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade,
o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação
de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa
dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre
o respectivo preço.
Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou
incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato
pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou
sob firma individual.
Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer
título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e
continuar arespectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou
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Reza o artigo 184 do CTN que sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados
bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos
bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa
falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláu-sula de inalienabilidade ou impenhorabilidade,
seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, excetua-dos unicamente os bens e
rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.
Na forma do artigo supracitado, o crédito tributário poderá servir-se, via de regra, de
quaisquer bens do devedor para a satisfação do crédito, inclusive aquelas gravadas com cláusula
de inalienabilidade ou impenhorabilidade. Entretanto, os bens descritos no artigo 833 do CPC e
na lei 8.009/1990 (único bem imóvel – família) serão impenhoráveis.
Mas tenha cuidado, visto que na própria lei 8.009/1990 (art. 3º, IV) temos uma exceção à
impenhorabilida-de por dívida fiscal, visto que quando o crédito tributário for oriundo do bem
imóvel, ele poderá ser penhorado para pagamento destes débitos (exemplo: IPTU, Taxa,
Contribuição de Melhoria).
Ainda, quanto as disposições legais sobre a garantia, é importante referir o artigo 185 do
CTN: que presu-me-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo,
por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente
inscrito como dívida ativa.
Reza o artigo acima que será presumida fraude toda vez que ocorrer alienação (venda)
de bens com a fina-lidade de não pagar tributo. O lapso temporal para definição da referida fraude
é a inscrição em dívida ativa. Ainda, afirma o parágrafo único do referido artigo que apenas não
será considerado fraude se o devedor conservar bens suficientes para à satisfação do crédito
tributário.
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Direito Tributário
A obrigação tributária principal (de pagar) nasce com o fato gerador. Contudo, esse vínculo
obrigacional ainda é um mero dever: incerto, ilíquido e, portanto, inexigível pelo fisco. Sendo assim, é
necessário um procedimento administrativo que “transforme” essa obrigação tributária em crédito tributário.
Então, é preciso dar certeza e liquidez para que a obrigação de pagar se torne crédito, passando assim a
ser exigível.
O que é “exigibilidade”? É a possiblidade de cobrança administrativa pelo fisco.
E como é constituído o crédito? Através do Lançamento Tributário.
O CTN, no art. 142, define lançamento como procedimento administrativo “tendente a verificar a
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade
cabível”.
Note que se trata de atividade administrativa (não é legislativa nem jurisdicional), privativa da
autoridade competente de cada ente (auditor fiscal, por exemplo).
Nessa atividade de lançamento:
1. Determina-se a matéria tributável (certeza);
2. Calcula-se o montante do tributo devido (liquidez);
3. Identifica-se o sujeito passivo (quem deve);
4. Se for o caso, propõe-se multa.
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OBRIGAÇÃO
HIPÓTESE DE FATO LANÇAMENTO CRÉDITO
TRIBUTÁRIA
INCIDÊNCIA GERADOR TRIBUTÁRIO TRIBUTÁRIO
PRINCIPAL
Se houver um intervalo de tempo entre o fato gerador e o lançamento, qual legislação devemos
aplicar? Ora, a legislação que vigia quando nasceu a obrigação. Ou seja, a legislação do momento do fato
gerador. Conforme art. 144 do CTN, “o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da
obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Além
disso, quando o valor tributário esteja expresso em moeda estrangeira, no lançamento far-se-á sua
conversão em moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador da obrigação, conforme art.
143 do CTN.
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Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui
o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
Importante saber que, caso o sujeito passivo não realize os atos a seu encargo, nas hipóteses de
lançamento por declaração ou por homologação, será cabível o lançamento de ofício ou suplementar. Ou
seja: o lançamento de ofício caberá, subsidiariamente, mesmo quando não for a regra.
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Direito Tributário
Após constituído o crédito tributário, este estará dotado de exigibilidade. Ou seja, pode ser cobrado
pelo fisco, através de notificação e prazo para pagamento. Contudo, algumas situações suspendem a
referida exigibilidade do crédito, impedindo, temporariamente, a cobrança administrativa ou judicial deste
crédito. O crédito continua vivo, mas não poderá ser cobrado enquanto vigente alguma das causas de
suspensão de sua exigibilidade.
Por força do art. 146, III, b, da CF/1988, as hipóteses de suspensão da exigibilidade devem ser
tratadas por lei complementar. Essas hipóteses estão listadas no CTN, no art. 151. São cinco causas, muito
cobradas no Exame de Ordem:
*Para todos verem: esquema
SUSPENSÃO DA
EXIGIBILIDADE DO
CT
São situações que impedem a execução fiscal, mas não o lançamento. Ou seja, caso uma dessas
causas ocorra antes mesmo de o crédito estar constituído (uma liminar preventiva, por exemplo), ainda
assim será possível ao fisco realizar o lançamento do crédito, que desde logo estará com exigibilidade
suspensa. Isso porque há prazo para o fisco realizar o lançamento (decadência), que segue correndo
enquanto a exigibilidade está suspensa. A prescrição, por outro lado, não transcorre durante o período de
suspensão da exigibilidade do CT, uma vez que o fisco está impedido de propor a execução fiscal.
Vejamos brevemente as hipóteses acima listadas:
1) Moratória: trata-se de dilação do prazo para pagamento do tributo. Ou seja, aumenta-se o prazo
para pagar um tributo já constituído. Durante esse prazo, a exigibilidade está suspensa. Pode ser concedida
em caráter geral (para número indeterminado de contribuintes, sem exigência de autorização individual), ou
em caráter individual (exige requisitos, que serão conferidos pela autoridade competente, que confirmará
por despacho o direito ao benefício fiscal do contribuinte, individualmente). Costuma ser utilizada como
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medida política, para incentivo de determinado setor ou para amenizar crises econômicas ou calamidades.
Exige lei em sentido estrito, do ente competente, para sua concessão. Há, contudo, a possibilidade de a
União conceder moratória de tributos estaduais e municipais, desde que faça o mesmo com seus tributos,
na forma do art. 152, I, b, do CTN.
2) Depósito do montante integral: trata-se de uma garantia prestada ao credor, pelo devedor.
Atenção: depositar, aqui, não significa “pagar”. Significa garantir ao credor (fazenda pública) de que o valor
exigido está “reservado”, caso o contribuinte perca a discussão. É uma faculdade (opção) do contribuinte,
caso deseje a suspensão da exigibilidade enquanto discute judicialmente o crédito. Apesar de poder ser
feito também na via administrativa, não há necessidade, uma vez que o recurso administrativo, por si só,
suspende a exigibilidade do crédito. O depósito precisa ser integral (de todo o valor exigido) e em dinheiro,
e não pode ser obrigatório como condição de acesso ao processo administrativo ou judicial (salvo na ação
de consignação em pagamento, como veremos adiante).
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A extinção do crédito tributário representa o fim da relação obrigacional entre o fisco e o contribuinte.
São várias as situações que representam essa extinção, e estão listadas no art. 156 do CTN. Assim como
na suspensão, as causas de extinção do crédito tributário só podem ser modificadas por lei complementar,
por força do art. 146, III, b, da CF/88. Nesse sentido, a Súmula Vinculante nº 8, que declarou como
inconstitucionais leis ordinárias que tratavam de prescrição e decadência, visto que apenas lei
complementar pode tratar de normas gerais de direito tributário.
Contudo, é importante saber que já decidiu o STF (ADI 2405/02) pela possibilidade de previsão
de outras formas de extinção do crédito pelos entes federados, desde que não afrontem a CF/88. Pelo
entendimento do Supremo, portanto, o art. 156 do CTN não é um rol taxativo. A exemplo, temos que a
dação em pagamento de bens móveis pode ser prevista como forma de extinção, embora não prevista no
CTN:
Não há reserva de Lei Complementar Federal para tratar de novas hipóteses de suspensão e
extinção de créditos tributários. Possibilidade de o Estado-Membro estabelecer regras específicas
de quitação de seus próprios créditos tributários. (STF, ADI 2405/19)
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•Pagamento
•Compensação
•Transação
•Remissão
EXTINÇÃO DO •Prescrição e a decadência
CRÉDITO •Conversão de depósito em renda
TRIBUTÁRIO •Pagamento antecipado e a homologação do lançamento
•Consignação em pagamento
•Decisão administrativa irreformável
•Decisão judicial passada em julgado
•Dação em pagamento em bens imóveis
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compensação, caso seja do seu interesse. O Mandado de Segurança é instrumento hábil para declarar o
direito à compensação. Contudo, não será possível convalidar compensação já feita através de MS,
conforme entendimento do STJ.
Súmula 213 do STJ: O mandado de segurança constitui ação adequada para a declaração do direito
à compensação tributária.
Súmula 460 do STJ: É incabível o mandado de segurança para convalidar a compensação tributária
realizada pelo contribuinte.
Súmula 461 do STJ: O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por
compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.
A transação nada mais é do que um “acordo”. Forma de extinção do crédito por concessões
recíprocas. Os descontos concedidos por pagamento antecipado são exemplos disso: o fisco renuncia a
uma parte do valor do tributo, e o contribuinte abre mão do prazo maior que tinha para pagá-lo. A transação
somente poderá ser realizada mediante lei específica do ente competente, em que tal norma delimitará as
condições para a realização da transação. Caberá a transação, a ser feita pela autoridade competente, em
litígios judiciais ou administrativos.
A remissão é uma forma de “perdão” da dívida. A extinção do crédito se dá sem nenhuma
contrapartida ao fisco, que dispensa gratuitamente o seu crédito. Pode abarcar tributo e multa tributária.
Igualmente, só pode ser concedida por lei específica do ente competente, conforme art. 150, § 6 o, da CF/88.
Só é possível em relação a créditos já constituídos, não pode ser concedida para créditos futuros. Entre as
causas que autorizam a remissão, estão a diminuta importância do crédito tributário, considerações de
equidade, em relação com as características pessoais ou materiais do caso, e condições peculiares a
determinada região do território da entidade tributante. A remissão será concedida por despacho
fundamentado, de forma individual, ou geral, devendo utilizar-se dos parâmetros da moratória para sua
realização.
A conversão de depósito em renda é simples: após derrota do contribuinte que realizou depósito
para garantir o crédito (suspendendo a exigibilidade), ou de penhora de dinheiro em processo judicial, a
autoridade judicial determina a destinação do depósito para a Fazenda Pública vencedora, extinguindo o
crédito tributário que estava em discussão.
A consignação em pagamento é situação em que o contribuinte entende devido o tributo e quer
pagar, mas não está conseguindo. Pode parecer estranho, mas é isso mesmo: o credor, fazenda pública,
está em mora. Conforme art. 164 do CTN, a importância de crédito tributário pode ser consignada
judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos de (1) recusa de recebimento, ou subordinação deste ao
pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória, (2) de
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Art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco)
anos, contados:
I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado;
II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento
anteriormente efetuado.
Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do
prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário
pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.
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Art. 150, § 4º, do CTN: Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado,
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a
ocorrência de dolo, fraude ou simulação.
Feito o pagamento parcial, por exemplo, em 01/06/2022, desde esse dia começa o prazo
decadencial para que o fisco constitua o restante, corrigindo o lançamento parcial. Decairá desse direito,
estando tacitamente homologado esse pagamento parcial, no caso, em 01/06/2027.
Mas e se houver dolo, fraude ou simulação? Aí estaremos diante da regra geral da contagem,
prevista no art. 173, I, do CTN, ou seja, primeiro dia do exercício subsequente àquele em que ocorreu o fato
gerador.
Mas e se não houver pagamento antecipado ou declaração? Aí, também, estaremos diante da
regra geral prevista no art. 173, I, do CTN.
Súmula 555 do STJ: Quando não houver declaração do débito, o prazo decadencial quinquenal
para o Fisco constituir o crédito tributário conta-se exclusivamente na forma do art. 173, I, do CTN,
nos casos em que a legislação atribui ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem
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Súmula 436 do STJ:A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendo débito fiscal constitui
o crédito tributário, dispensada qualquer outra providência por parte do fisco.
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prescrita seja voluntariamente paga, no direito civil, não haverá direito à restituição do valor. No direito
tributário, sim.
Trata-se também de prazo quinquenal (cinco anos), previsto no CTN da seguinte forma:
Art. 174. A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data
da sua constituição definitiva.
Parágrafo único. A prescrição se interrompe:
I – pelo despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal;
II - pelo protesto judicial;
III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor;
IV - por qualquer ato inequívoco ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do débito
pelo devedor.
Decadência Prescrição
Constituição Execução
definitiva fiscal
É possível prescrição após proposta a execução fiscal? Sim, chama-se prescrição intercorrente.
O despacho do juiz que ordena a citação em execução fiscal interrompe a prescrição. Porém, caso
não encontrado o sujeito passivo (citação infrutífera) ou não encontrados bens, o Juiz suspenderá o
processo por 01 (um) ano. Conforme art. 40 da Lei 6.830/80 (LEF), após passados mais 05 anos sem
sucesso na citação ou penhora de bens, ocorrerá a prescrição intercorrente!
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DECADÊNCIA PRESCRIÇÃO
Perda do direito de constituir Perda da pretensão executória fiscal:
o crédito tributário possibilidade de cobrar o crédito tributário
em juízo
Lançamento extemporâneo Execução fiscal extemporânea
Prazo inicia em 01 de janeiro do ano Prazo inicia na constituição definitiva do
seguinte ao fato gerador (regra) ou na crédito
data do fato gerador
Prazo não interrompe Prazo interrompe
05 anos 05 anos
gera direito à restituição gera direito à restituição
As formas de exclusão do crédito tributário estão dispostas no art. 175 do CTN e são apenas duas:
a isenção e a anistia. Elas impedem a constituição do crédito (o lançamento). São dispensas legais da
obrigação principal, ou seja, necessitam de lei do ente competente para o tributo. Trata-se de benefícios
fiscais, medidas de desoneração concedidas pela vontade política do ente tributante.
Importante: e exclusão do crédito (isenção ou anistia) apenas dispensa da obrigação principal,
mantendo-se o contribuinte com os deveres relativos às obrigações acessórias do tributo isentado ou
da multa anistiada. Vejamos os detalhes de cada uma das modalidades.
15.1 Isenção
A isenção é a dispensa legal do pagamento de tributo. Aplica-se apenas para tributo, não para
as multas tributárias decorrentes de infrações. Difere da imunidade tributária, que é hipótese de não-
incidência prevista na Constituição, enquanto as isenções serão sempre previstas em norma
infraconstitucional.
Ainda quando prevista em contrato, a isenção é sempre decorrente de lei que especifique as
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condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo
de sua duração, conforme art. 176 do CTN. Segundo o mesmo artigo, a isenção pode ser restrita a
determinada região do território da entidade tributante, em virtude de condições a ela peculiares. Assim,
poderá o ente competente determinar apenas uma região que gozará da dispensa do dever de pagar tributo.
A isenção pode ser revogada?
Através de Lei, sim! Exceto quando concedida por prazo certo e em razão determinadas condições.
Nesse caso, as chamadas isenções onerosas ou por prazo determinado não podem ser revogadas a
qualquer tempo, em nome da segurança jurídica e boa-fé do contribuinte, conforme art. 178 do CTN e
Súmula 544 do STF.
A revogação da isenção precisa observar o princípio da anterioridade?
A concessão da isenção, por ser benéfica, pode ter efeitos imediatos. Contudo, sua revogação, por
ser entendida como “aumento indireto de tributo”, necessita aguardar as anterioridades, conforme
entendimento fixado pelo STF:
Súmula 436 do STJ: O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do Imposto
de Renda, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da doença nem
da recidiva da enfermidade.
Muito importante: no caso específico do ICMS, as isenções ou benefícios fiscais, além de lei
autorizativa do Estado, precisam ser precedidas de autorização através de Convênio do CONFAZ
(Conselho Nacional de Política Fazendária), órgão com representação de todos os Estados, que deve
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aprovar por unanimidade a concessão do benefício. Trata-se de exigência do artigo 155, § 2 o, XII, g, da
CF/88, bem como da LC 24/75, que visa evitar ou mitigar os efeitos da chamada “guerra fiscal” entre os
Estados brasileiros.
15.2 Anistia
A anistia é a dispensa legal do pagamento de multa, através do “perdão” de fatos que configuram
infração tributária.
Através de lei, o ente competente exclui o crédito que poderia ser constituído a partir de infrações
cometidas, dispensando o sujeito passivo da multa tributária.
Só há anistia de infrações, jamais de tributos, e só poderá incidir sobre fatos pretéritos (infrações
cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede), sendo impossível “perdoar por antecedência”.
Conforme art. 180 do CTN, a anistia não abrange: a) “aos atos qualificados em lei como crimes ou
contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação
pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele” e, b) “salvo disposição em contrário, às infrações
resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas”.
A anistia poderá ser realizada sobre apenas parte de determinado território e/ou região, sendo
possível, portanto, a delimitação da extensão do referido instituto. Ademais, assim como as isenções, a
anistia poderá ser concedida em caráter geral ou individual, na forma do art. 181 do CTN.
Lembre-se: igualmente à moratória e à isenção, na forma do art. 182 do CTN, a anistia, quando
não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em
requerimento no qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos
requisitos previstos em lei para sua concessão.
ISENÇÃO ANISTIA
Dispensa do tributo Dispensa da multa (infração)
Apenas para fatos posteriores Apenas para fatos pretéritos
Exige Lei Exige Lei
Caráter geral ou individual Caráter geral ou individual
Exclusão do crédito tributário Exclusão do crédito tributário
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A) Como os rendimentos foram obtidos no exterior, o Fisco Federal não possui competência para cobrá-los;
sendo assim, Rodrigo não deve declará-los.
B) Como os rendimentos foram tributados no exterior, Rodrigo não deve declará-los, sob pena de bitributação.
C) Rodrigo não está obrigado a declarar e recolher o IRPF, uma vez que os rendimentos obtidos no exterior
estão alcançados por imunidade.
D) Os rendimentos de Rodrigo deverão ser declarados e tributados, uma vez que, tratando-se de residente
fiscal no Brasil, a tributação do imposto sobre a renda independe da origem dos rendimentos.
A) Mário pagará imposto de renda, já que o valor recebido tem natureza salarial.
B) Mário não pagará imposto de renda, já que se trata de verba especial.
C) Mario não pagará imposto de renda, já que o valor recebido tem caráter indenizatório.
D) Mário pagará imposto de renda, em homenagem ao princípio da isonomia.
3) FGV - 2016 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XX - Primeira Fase (Reaplicação Salvador/BA)
O Chefe do Poder Executivo da União, acreditando ser esta a melhor estratégia econômica para estimular o mercado
interno brasileiro, decide reduzir a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre alguns produtos.
Neste cenário, você é consultado sobre os parâmetros constitucionais dirigidos àquele imposto. Assim, você
afirmaria que, a respeito do IPI, o Art. 153, § 3º, da CRFB/88, estabelece que:
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A) É autorizada a sua cobrança sobre bens importados do exterior por pessoa física que tenha intuito de
comercializá-los, mas é vedada a sua incidência quando esses bens, importados do exterior, são destinados
ao consumo próprio da pessoa natural.
B) Ele tem função precipuamente fiscal, podendo ser seletivo em função da essencialidade, incide sobre o valor
agregado, em obediência ao princípio da não cumulatividade, mas não incide sobre o ouro, quando definido em
lei como ativo financeiro.
C) Ele incide sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis
líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica, assim como nas prestações de serviço de radiodifusão
sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.
D) Suas alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação são estabelecidas por
meio de resolução do Senado Federal, por iniciativa do seu Presidente ou de um terço dos Senadores da
casa, com aprovação dada pela maioria absoluta de seus membros.
A) É possível tal cobrança, pois a constituição de direito real de garantia sobre bens imóveis, por ato inter vivos,
é uma das hipóteses de incidência do ITBI.
B) O contribuinte do ITBI, nesse caso, não seria Maria dos Santos, mas sim a instituição bancária em favor de
quem a garantia real será constituída.
C) O tabelião atua como responsável por substituição tributária, recolhendo, no lugar do contribuinte, o ITBI
devido em favor do Município Z nessa constituição de direitos reais de garantia.
D) Não é possível exigir ITBI sobre direitos reais de garantia sobre imóveis.
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