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Revisão Turbo |35º Exame de Ordem

Processo Civil

Prof. Leonardo Fetter


Prof.ª Tatiane Kipper

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Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem
Processo Civil

Queridos alunos,

Cada material da Revisão Turbo foi preparado com


muito carinho para que você possa absorver, de forma
rápida, conteúdos de qualidade!

Lembre-se: o seu sonho também é o nosso!


Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo!

Com carinho,
Equipe Ceisc ♥

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1. Jurisdição, Ação, Rito/Procedimento

1.1 Jurisdição
A jurisdição é o poder-dever do Estado de compor/solucionar litígios. Assim,
considerando as regras inerentes ao Estado Democrático de Direito, faz-se necessário identificar
quem possui esse poder-dever, quem possui a responsabilidade de não deixar que os
cidadãos, por suas próprias mãos, busquem solucionar um conflito de interesses.
O Poder Judiciário é responsável pela jurisdição, o Poder Judiciário está investido em
jurisdição. Compreende-se que esta função jurisdicional é delegada ao Poder Judiciário pelo
Estado. Ainda, fala-se em poder-dever, uma vez que, o Poder Judiciário não pode abrir mão
dessa responsabilidade. Quando um conflito de interesses é levado até o Poder Judiciário, ele
tem a obrigação de resolver, ele não pode negar a solução do litígio.
Cabeção, importante: O exercício da jurisdição (este poder/dever de compor litígios) é
inerte – ou seja, para ser exercido existe a necessidade de provocação (o juiz não tem autonomia
para agir por conta própria, ou seja, de ofício, deve necessariamente ser provocado pela parte
interessada, conforme o artigo 2º do CPC). É o chamado de princípio da ação ou da demanda,
ou princípio da iniciativa da parte.

1.2 Ação
A forma adequada do cidadão provocar o Poder Judiciário, retirando-o da sua inércia, é a
ação, ou seja, é através da ação, que o Poder Judiciário sai da sua inércia e passa a exercer
a jurisdição, o poder-dever de solucionar conflitos de interesses.
O chamado direito de Ação é abstrato (e não concreto), ou seja, para entrar com uma
ação o autor não precisa ter o direito material garantido (perfeitamente possível, dessa forma,
que uma ação seja julgada improcedente – pensar diferente se chegaria no absurdo de dizer que

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o autor somente poderia entrar com a ação se fosse ganhar – ou seja, o direito de ação para ser
exercido deveria ser concreto).
Importante: O sistema processual brasileiro definiu dois tipos de ação: Ação de
Conhecimento e Ação de Execução. Apenas essas, então, são ações possíveis de serem
apresentadas com o objetivo de busca a prestação jurisdicional.

1.3 Rito ou Procedimento


Frise-se, já de início, que rito ou procedimento são sinônimos. E, de forma bem objetiva e
simples, o rito/procedimento nada mais é do que a forma (regras) estabelecida pela lei processual
para o tramitar da ação perante o Poder Judiciário. Ou seja, a lei define a soma de atos
processuais que deverão acontecer entre o início (petição inicial) e o fim da ação (sentença).
Importante: Identificado o pedido (a pretensão que a parte vai levar ao Poder Judiciário),
será possível identificar o rito pelo qual este pedido vai tramitar perante o Poder Judiciário.
Mas qual a forma desta identificação?
*Para todos verem: esquema

PROCEDIMENTO ESPECIAL

•Todos os pedidos que vão tramitar utilizando ou respeitando um rito/procedimento


especial devem ter previsão expressa no CPC, a partir do art. 539. Cabeção,
importante: também pode haver previsão em lei especial, como por exemplo a Lei de
Alimentos, a qual prevê procedimento especial para o pedido de alimentos.

PROCEDIMENTO COMUM

• O uso deste também é definido pelo pedido, mas de uma forma ainda mais simples:
para todos os pedidos que não tiverem previsão de uso do procedimento especial,
será utilizado o procedimento comum.

2. Intervenção de Terceiros

São formas de intervenção de terceiros, classificadas no CPC:

Veja o esquema na página a seguir...

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*Para todos verem: esquema

Da Assistência (arts. 119 a 124 do CPC)

Denunciação da lide (arts. 125 a 129 do CPC)

Chamamento ao processo (arts. 130 a 132 do CPC)

Do Incidente da Desconsideração da Personalidade Jurídica (arts. 133 a 137 do


CPC)

Do Amicus curiae (art. 138 do CPC)

A assistência trata-se de uma intervenção voluntária, em que um terceiro interessado no


conteúdo da sentença intervém no processo a fim de assistir e ajudar a parte com a qual tenha
relação jurídica.
A denunciação da lide é a intervenção originada pela iniciativa de uma das partes, que
será chamado de denunciante, cujo objetivo é garantir o direito de regresso no caso de
improcedência do processo.
Cabeção, importante!
Esse direito de regresso somente será julgado pelo juiz se o denunciante perder a ação
principal. Se a denunciação não for feita, ou for indeferida (ou não for permitida), o direito de
regresso pode ser buscado em ação autônoma – art. 124, §1º do CPC.
O chamamento ao processo ocorre quando o réu chama a integrar o polo passivo da
demanda (apenas em processos de conhecimento) os demais devedores da mesma dívida,
configurando o litisconsórcio passivo.
O incidente da desconsideração da personalidade jurídica tem como finalidade a
responsabilização das pessoas físicas, sócias de empresas, pelos atos da pessoa jurídica. Os
requisitos para as relações civis são: abuso de poder, confusão patrimonial ou desvio de
finalidade, conforme art. 50 do CC, bem como aqueles inseridos no CDC (art. 28).
O amicus curiae tem como finalidade auxiliar na formação de convencimento do juiz.
Para que seja admitido o Amicus Curie, deverá ser observada a relevância da matéria, a

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especificidade do tema objeto da demanda e a repercussão social da controvérsia.

3. Audiência de Mediação/Conciliação

De acordo com o artigo 334 do CPC, o juiz ao receber a petição - não sendo caso de
improcedência liminar ou indeferimento - deverá designar a audiência de conciliação ou
mediação com antecedência mínima de 30 dias, sendo que o réu terá que ser citado, pelo menos
20 dias antes da audiência.
Lembrando que, para não ocorrer a audiência ambas as partes deverão demonstrar
desinteresse (o autor deve afirmar na petição inicial e o réu até 10 dias antes da audiência, por
simples petição) – art. 334, §4º, I do CPC.
A audiência também não será realizada se o juiz, ao receber a inicial, entender que
não é o caso de autocomposição – situação em que mandará citar o réu para contestar.
Ocorrendo a audiência, o comparecimento das partes é obrigatório, sob pena de ato
atentatório contra à dignidade da justiça e sob pena de multa de 2% da vantagem econômica
pretendia ou do valor da causa, na forma do art. 334, §8º do CPC.
As partes devem comparecer e estarem acompanhadas de seus respectivos advogados
ou defensores públicos (art. 334, § 9º do CPC)
Contudo, se a parte não puder comparecer, poderá ser representada por seu advogado,
desde que tenha procuração com poderes específicos (art. 334, §10 do CPC).

4. Sentença, Coisa Julgada e Ação Rescisória

4.1 Sentença
A sentença é ato do juiz que extingue o processo (art. 316 do CPC) com ou sem resolução
do mérito (art. 485 e 487, do CPC).

Veja o esquema na página a seguir...

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*Para todos verem: esquema

SENTENÇA TERMINATIVA SENTENÇA DE MÉRITO

Que põe fim ao processo, sem resolver São as sentenças que decidem o
o mérito, conforme o artigo 485, do mérito da questão, todo ou em parte,
CPC, o direito a ação permanece, decisão com resolução do mérito,
mesmo após proferida a sentença. segundo o artigo 487, do CPC.

O magistrado, após a publicação da sentença, não poderá mais alterá-la (art. 494 e 505,
do CPC).
Extinção do processo sem resolução de mérito – art. 485.
A extinção regulada pelo art. 485 do CPC terá como fundamento as circunstâncias listadas
nos incisos de tal dispositivo.

Cabeção, importante!
• A extinção sem resolução do mérito não gera coisa julgada material (art. 502 do CPC)
e não impede que o autor entre novamente com a mesma ação (art. 486 do CPC).
• Identificar os conceitos de perempção (art. 486, §3º do CPC), Litispendência
(art.337, §§ 1º, 2º e 3º do CPC) e coisa julgada (art. 337, §§ 1º e 4º, art. 502 do CPC).
• A desistência da ação, como causa de extinção sem resolução do mérito, pode ser
apresentada até a sentença (art. 485, §5º do CPC) – antes do oferecimento da
contestação sem necessidade de consentimento do réu; se o pedido ocorrer depois da
contestação, será necessário o consentimento do réu (art. 485, §4º do CPC).
• Quando ocorre o falecimento do titular do direito intransmissível, o direito se extingue
com a pessoa do titular, conforme o inciso IX do art. 485 do CPC (no entanto, quando
o direito for transmissível aplica-se o art. 110, sem a extinção, mas sim com a sucessão
da parte falecida pelos seus herdeiros ou sucessores).

Extinção do processo com resolução de mérito – art. 487 do CPC.


No artigo 487, inciso I do CPC, encontra-se a forma mais completa de extinção da causa
com resolução do mérito, ocorre quando o juiz acolhe ou rejeita (no todo ou em parte) o pedido
formulado na ação (petição inicial) ou na reconvenção. O inciso II do artigo 487 do CPC traz a
resolução do mérito também quando o juiz reconhecer a prescrição ou a decadência (importante

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observar que o dispositivo autoriza ao juízo o reconhecimento da prescrição ou da decadência


de ofício). E, por fim, também haverá resolução do mérito quando o juiz homologar o
reconhecimento do pedido (art. 487, III, “a” do CPC), transação (art. 487, III, “b” do CPC) e a
renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção (art. 487, III, “c” do CPC).
A sentença possui limites que, se não respeitados, provocam sua nulidade, são as
chamadas sentenças ultra petita, citra petita e extra petita. Sentença extra petita é aquela
que o juiz julga pedido que não foi proposto pelo autor. Sentença ultra petita é aquela que o juiz
condena o réu em quantidade superior à pedida. A sentença infra ou citra petita é quando o
juiz deixa de apreciar algum pedido da parte, quando houver cumulação de pedidos.

4.2 Coisa Julgada


A coisa julgada é o efeito que atinge a decisão de mérito não mais sujeita a recurso,
tornando-a imutável e indiscutível – art. 502 do CPC.
A decisão sem mérito (art. 485 do CPC) não mais sujeita a recurso gera a denominada
coisa julgada formal (a qual permite que se promova uma nova ação discutindo e buscando os
mesmos pedidos – art. 486 do CPC).
Cabeção, importante:
• Nenhum juiz pode decidir questões já decididas anteriormente (efeito da coisa julgada)
– todavia, existe exceções previstas nos incisos do art. 505, I e II do CPC. A coisa
julgada não atinge terceiros (que não participaram do processo) – art. 506 do CPC.
• Não é permitido as partes discutirem novamente questões já decididas e preclusas
(art. 507 do CPC).

4.3 Ação Rescisória


A ação rescisória é a forma de atacar a coisa julgada – somente ataca decisões de mérito,
sendo permitida apenas e tão somente se fundamentada nos casos do art. 966 do CPC. De outra
forma, emergem situações de exceção, conforme o art. 966, §2º do CPC, em que será rescindível
a decisão transitada em julgado que, embora não seja de mérito, impeça:

*Para todos verem: esquema

II) Admissibilidade do recurso


I) Nova propositura da demanda;
correspondente.

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Ainda, pode ser proposta no prazo de dois anos a partir do trânsito em julgado (art. 975
do CPC). A competência para julgar a rescisória é do Tribunal – a denominada competência
originária.

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5. Recursos pelo Código de Processo Civil

• Os recursos atacam decisão judicial, com o objetivo, em tese de reformar ou invalidar


ou suprir um vício.
• O CPC traz o rol dos recursos cabíveis no artigo 994 do CPC.

*Para todos verem: esquemas

Apelação

Agravo de instrumento

Agravo interno
art. 994 do CPC

Agravo em recurso especial e agravo


em recurso extraordinário
Recursos:

Embargos de declaração

Embargos de divergência

Recurso especial

Recurso extraordinário

Recurso ordinário

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Decisões
recorríveis

Decisão do
juiz Decisão de
Sentença Acórdão monocrática do
1º interlocutória
relator
grau

Decisões interlocutórias e sentenças Decisões monocráticas e acórdãos

• Juiz de 1º grau • Pronunciamentos dos Tribunais

Cuidado: Art. 1.001 do CPC - Dos despachos não cabe recurso.


Obs: Tem ainda a decisão do presidente ou vice-presidente do tribunal de origem, que
inadmitirRecurso Especial ou Recurso Extraordinário, conforme 1.042 do CPC.

6. Recurso de Apelação

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Artigos 1.009 a 1.014 do Código de Processo Civil.

Cabimento: Recurso cabível contra sentença. Sentença, conforme conceito do artigo 203,
§1º do CPC é pronunciamento judicial de Primeiro grau, que, ressalvadas as previsões expressas
dos procedimentos especiais, coloca fim à fase cognitiva do procedimento comum ou extingue a
execução, seja sem resolução de mérito (art. 485 do CPC) ou com resolução de mérito (art. 487
do CPC).
Atenção: pode haver sentença antes mesmo da citação.
Por exemplo: improcedência liminar do pedido, indeferimento da petição inicial e sentença
de extinção do processo por desistência.

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Preliminar de apelação: Na fase de conhecimento, as questões resolvidas em decisões


interlocutórias que não admitam agravo de instrumento não precluem, devendo ser atacadas em
preliminar de apelação ou nas contrarrazões, conforme previsão do art. 1.009, §1º do CPC.
Cuidado: Qualquer matéria prevista no artigo 1.015 do CPC, se decidida na sentença, é
atacada por recurso de apelação, conforme art. 1.009, §3º do CPC.
Cuidado: O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela
provisória é impugnável na apelação, conforme art. 1.013, §5º do CPC.
Efeito Regressivo:
• Possibilidade de retratação, no prazo de cinco dias.
• No CPC se admite a retratação no recurso de apelação em três situações específicas:

*Para todos verem: tabela

Art. 331 do CPC Indeferimento da petição inicial

Art. 332,§3º do CPC Improcedência liminar do pedido

Art. 485, §7º do CPC Extinção do processo sem resolução de mérito

Efeito suspensivo: Suspende a eficácia da decisão recorrida.


De regra, pelo CPC, o único recurso que possui efeito suspensivo automático é a
apelação, conforme art. 1.012 do CPC.
Exceção: no recurso de apelação, não há efeito suspensivo nas decisões listadas no
art. 1.012, §1º, do CPC e caso uma lei especial tenha tal previsão:

*Para todos verem: tabela

Inciso I Homologa divisão ou demarcação de terras


Inciso II Condena a pagar alimentos
Extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os
Inciso III embargos do executado

Inciso IV Julga procedente o pedido de instituição de arbitragem


Inciso V Confirma, concede ou revoga tutela provisória
Inciso VI Decreta a interdição

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Nas hipóteses em que o recurso de apelação não tenha efeito suspensivo automático, a
parte pode requerê-lo, demonstrando a probabilidade de provimento do recurso e risco de dano
grave de difícil ou impossível reparação, conforme o artigo 1.012, §4º, e o artigo 995, parágrafo
único, ambos do CPC.
Do julgamento do incidente de resolução de demandas repetitivas (vários processos
discutindo a mesma matéria de direito) cabe recurso especial, se ferir lei federal, ou recurso
extraordinário, se ferir norma constitucional. Nesses casos, os recursos terão efeito suspensivo
automático, conforme artigo 987, §1º, do CPC.

7. Agravo de Instrumento

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Artigos 1.015 a 1.020 do Código de Processo Civil.

Recurso adequado para atacar as decisões interlocutórias proferidas pelo juiz de primeiro
grau, conforme previsão do artigo 1.015 do CPC. Conforme o referido artigo, cabe agravo de
instrumento das decisõesinterlocutórias que versarem sobre:
*Para todos verem: tabela

Inciso I Tutelas provisórias

Inciso II Mérito do processo

Inciso III Rejeição da alegação de convenção de arbitragem

Inciso IV Incidente de desconsideração da personalidade jurídica

Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de


Inciso V sua revogação

Inciso VI Exibição ou posse de documento ou coisa

Inciso VII Exclusão de litisconsorte

Inciso VIII Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio

Inciso IX Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros

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Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos


Inciso X
à execução

Inciso XI Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §1º

Inciso XII VETADO

Inciso XIII Outros casos expressamente referidos em lei

Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias


Par. Único proferidasna fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de
sentença, no processo de execução e no processo de inventário

Cuidado: O STJ em novembro de 2018 manifestou entendimento de que a taxatividade do


artigo 1.015 é mitigada, sendo que quando for urgente ou inútil esperar até a sentença para
impugnar em preliminar de apelação a decisão interlocutória proferida na fase de conhecimento,
caberá agravo de instrumento, mesmo que a decisão proferida na fase de conhecimento não
esteja no rol do artigo 1.015 do CPC.

8. Embargos de Declaração

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Artigo 1.022 A 1.026 do Código de Processo Civil.

Cabimento: Atacam qualquer decisão judicial. Recurso adequado para sanar vício de
contradição, obscuridade, omissão ou erro material. Interrompem o prazo para interpor qualquer
recurso. O prazo é de 05 dias. Lembrar que os embargos de declaração podem ser opostos para
fins de pré-questionamento.

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9. Agravo Interno

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Artigo 1.021 do Código de Processo Civil.

Cabimento: Recurso adequado para atacar decisão monocrática do relator, nos termos
do artigo 1.021 do CPC. Observar, ainda, que cabe agravo interno ainda de outras situações
expressas no CPC, tais como por exemplo, art. 1.030, §2º c/c I e III; parágrafo único do artigo
136 do CPC; 1.035, §7º do CPC; 1.036, §3; 1.037, §13º, II do CPC;
Há possibilidade de retratação, depois de oportunizadas as contrarrazões. Não havendo
retratação, o recurso é julgado pelo órgão colegiado (que proferirá acordão), consoante art.
Cabimento
1.021, §2º, do CPC.

10. Recurso Ordinário

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Artigo 1.027 e 1.028 do Código de Processo Civil e Artigos 102, II, e 105, II, da
Constituição Federal.

Cabimento: Pode ser julgado pelo STF OU STJ.


Conforme o CPC, caberá ao STF (art. 1.027, I do CPC) o julgamento do recurso ordinário
quando a decisão for denegatória de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas
data e for em competência originária dos tribunais superiores. Ainda, conforme o inciso II, alínea
“a” do art. 1.027 do CPC, compete ao STJ o julgamento do recurso ordinário quando a decisão
for denegatória de mandado de segurança em competência originária proferida pelo TJ ou TRF.
O recurso ordinário pode atacar sentença, desde que envolva as partes referidas no inciso
II do art. 109 da CF, consoante art. 1.027, II, alínea b, do CPC, ou seja, os processos em que

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forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município


ou pessoa residente ou domiciliada no País. Neste caso, o recurso ordinário será julgado pelo
STJ.

11. Recurso Especial e Extraordinário

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Recurso Especial – art. 105, III da CF;


Recurso Extraordinário – art. 102, III da CF;
O CPC a partir do art. 1.029 a 1.035 estabelece o procedimento do recurso especial
e do recurso extraordinário.

Procedimento: Será interposto perante o Presidente ou o Vice-Presidente do Tribunal


recorrido que proferiu o acórdão que feriu a lei federal (RECURSO ESPECIAL) ou a norma
constitucional (RECURSO EXTRAORDINÁRIO). A parte contrária é intimada para oferecer
contrarrazões no prazo de 15 dias, sendo realizado o juízo de admissibilidade pelo Presidente
ou Vice-Presidente do tribunal recorrido, podendo tomar uma das condutas do art. 1.030 do CPC.
O recurso especial é julgado pelo STJ e o recurso extraordinário julgado pelo
STF.Interposto perante o Presidente ou Vice-Presidente do Tribunal Recorrido e não admitindo
o recurso, caberá agravo em recurso especial ou agravo em recurso extraordinário, salvo
quando a decisão estiver fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos. Nesse caso, será agravo interno
(art. 1.030, §2º, do CPC).
Exemplo: Julgamento de recursos repetitivos (vários recursos especiais ou
extraordinários versando sobre a mesma matéria de direito). O acórdão do Tribunal de Justiça
está de acordo com o entendimento firmado no julgamento desses recursos repetitivos. Por tal
razão, foi inadmitido o RECURSO ESPECIAL pelo Presidente do Tribunal recorrido. Nesse caso,
o recurso adequado não será agravo em recurso especial, mas agravo interno.

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12. Consignação em Pagamento

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Arts. 334 e seguintes do CC;


Arts. 539 a 549 do CPC.

Cabimento: O Código de Processo Civil não traz as hipóteses em que cabe a


consignação em pagamento, e sim o Código Civil, por exemplo, nas situações do art. 335 do
CC. O CPC prevê que a consignação pode ser de coisa ou de quantia em dinheiro. E, quando
for de quantia em dinheiro, pode ser feita mediante ação ou procedimento extrajudicial em
estabelecimento bancário oficial no local do pagamento.
A consignação em pagamento é um procedimento especial previsto no CPC, com o intuito
de extinguir a obrigação e liberar o devedor.

13. Ação Monitória

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Arts. 700 a 702 do CPC.

Cabimento: O art. 700 do CPC estabelece que a ação monitória pode ser proposta por
aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de
exigir do devedor capaz:
• O pagamento de quantia em dinheiro;
• A entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel;
• O adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.
Lembre-se de que, a PROVA ESCRITA, pode consistir em prova oral documentada,

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produzida antecipadamente nos termos do art. 381 do CPC, conforme o artigo 700, §1º do CPC.
Lembre-se de que o meio de defesa do Réu na ação monitória não é contestação, e, sim,
Embargos à Ação Monitória (embargos monitórios).

14. Oposição

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Arts. 682 a 686 do CPC.

Cabimento: Utilizada por terceiro, quando este pretender, no todo ou em parte, a coisa
ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer
oposição contra ambos.
Cuidado: As partes na ação de oposição são chamadas de opoente (quem propõe a
oposição) e opostos (em face de quem se opõe a oposição, sendo os autores e réus do processo
principal).

15. Embargos de Terceiros

*Para todos verem: tabela

Previsão legal

Arts. 674 a 681 do CPC.

Os embargos de terceiro é ajuizado por terceiro, que então não sendo parte no processo,
sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito
incompatível com o ato constritivo, que poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por
meio de embargos de terceiro. Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive
fiduciário, ou possuidor.

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Ainda, conforme o § 2º do art. 674 do CPC, considera-se terceiro, para ajuizamento dos
embargos:
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua
meação, ressalvado o disposto no art. 843 ;
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da
alienação realizada em fraude à execução;
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da
personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real
de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios
respectivos.

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Caderno de Questões – Processo Civil
Leonardo Fetter e Tatiane Kipper

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1) FGV - 2022 - OAB - 35º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Paolo e Ana Sávia, casados há mais de 10 anos, sob o regime de comunhão parcial de bens, constituíram, ao longo
do casamento, um enorme patrimônio que contava com carros de luxo, mansões, fazendas, dentre outros bens.
Certo dia, por conta de uma compra e venda realizada 5 anos após o casamento, Paolo é citado em uma ação que
versa sobre direito real imobiliário. Ana Sávia, ao saber do fato, vai até seu advogado e questiona se ela deveria ser
citada, pois envolve patrimônio familiar.
Sobre o assunto, o advogado responde corretamente que, no caso em apreço,

A) Ana Sávia deve ser citada, pois existe litisconsórcio passivo necessário entre os cônjuges em ação que verse
sobre direito real imobiliário, mesmo que casados sob o regime de separação absoluta de bens.
B) Ana Sávia não deve ser citada, pois existe litisconsórcio passivo facultativo entre os cônjuges em ação que
verse sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.
C) Ana Sávia não deve ser citada, pois não existe litisconsórcio passivo necessário entre os cônjuges em ação
que verse sobre direito real imobiliário.
D) Ana Sávia deve ser citada, pois existe litisconsórcio passivo necessário entre os cônjuges em ação que verse
sobre direito real imobiliário, salvo quando casados sob o regime de separação absoluta de bens.

2) FGV - 2022 - OAB - 35º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Paulo Filho pretende ajuizar uma ação de cobrança em face de Arnaldo José, tendo em vista um contrato de compra
e venda firmado entre ambos. As alegações de fato propostas por Paulo podem ser comprovadas apenas
documentalmente, e existe uma tese firmada em julgamento de casos repetitivos. Ao questionar seu advogado sobre
sua pretensão, Paulo Filho buscou saber se existia a possibilidade de que lhe fosse concedida uma tutela de
evidência, com o intuito de sanar o problema da forma mais célere.
Como advogado(a) de Paulo, assinale a afirmativa correta.

A) A tutela da evidência será concedida, caso seja demonstrado o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo, quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver tese
firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante.
B) A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo, somente quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto
propósito protelatório da parte.
C) A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo, quando as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante.
D) A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo, somente quando a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos
fatos constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida razoável.

3) FGV - 2021 - OAB - 33º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Joana, em decorrência de diversos problemas conjugais, decidiu se divorciar de Marcelo. Contudo, em razão da
resistência do cônjuge em consentir com sua decisão, foi preciso propor ação de divórcio. Após distribuída a ação,
o juiz determinou a emenda da petição inicial, tendo em vista a ausência de cópia da certidão do casamento
celebrado entre as partes, dentre os documentos anexados à inicial. Considerando o caso narrado e as disposições
legais a respeito da ausência de documentos indispensáveis à propositura da ação, assinale a afirmativa correta.

A) Ausente documento indispensável à propositura da ação, a petição inicial deve ser indeferida de imediato.
B) A certidão de casamento é documento indispensável à propositura de qualquer ação. Constatando-se sua
ausência, deve o autor ser intimado para emendar ou completar a inicial no prazo de 5 (cinco) dias.
C) Ausente documento indispensável à propositura da ação, o autor deve ser intimado para emendar ou
completar a inicial no prazo de 15 (quinze) dias.
D) A ausência de documento indispensável à propositura da ação configura hipótese de improcedência liminar.

4) FGV - 2021 - OAB - 32º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Patrícia aluga seu escritório profissional no edifício Law Offices, tendo ajuizado ação em face de sua locadora, a fim
de rever o valor do aluguel. Aberto prazo para a apresentação de réplica, ficou silente a parte autora. O juiz, ao
examinar os autos para prolação da sentença, verificou não ter constado o nome do patrono da autora da publicação

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do despacho para oferta de réplica. Entretanto, não foi determinada a repetição do ato, e o pedido foi julgado
procedente. Sobre o processo em questão, assinale a afirmativa correta.

A) Se a ré alegar, em sede de apelação, a irregularidade da intimação para apresentação de réplica, deverá ser
pronunciada a nulidade.
B) Não havia necessidade de repetição da intimação para apresentação de réplica, já que o mérito foi decidido
em favor da parte autora.
C) Caso tivesse sido reconhecida a irregularidade da intimação para apresentação de réplica, caberia ao juiz
retomar o processo do seu início, determinando novamente a citação da ré.
D) Independentemente de ter havido ou não prejuízo à parte autora, a intimação deveria ter sido repetida, sob
pena de ofensa ao princípio do contraditório.

5) FGV - 2021 - OAB - 32º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Em virtude do inadimplemento do pagamento de uma nota promissória, o Banco Mais Dinheiro ajuizou ação de
execução por título extrajudicial em face do Supermercado Baratão. Citado o réu, não houve o pagamento da dívida,
tampouco foram encontrados bens penhoráveis. Em consequência, o exequente requereu a penhora de 100% do
faturamento do executado, o que foi deferido pela juíza responsável pelo processo, sob o fundamento de que se
tratava de dívida muito elevada. O executado interpôs agravo de instrumento impugnando essa decisão. Sobre tais
fatos, assinale a afirmativa correta.

A) O agravante tem razão, na medida em que a penhora da integralidade do faturamento tornaria inviável o
exercício da atividade empresarial.
B) O agravante não tem razão, uma vez que a penhora do faturamento equivale à penhora de dinheiro e é a
primeira na ordem de preferência legal, o que autoriza a construção da integralidade do faturamento.
C) O agravo deve ser provido, pois o faturamento de empresa executada é impenhorável.
D) O agravo deve ser desprovido, visto que não existe limite para o percentual do faturamento a ser objeto de
penhora, cabendo ao juiz sua fixação no percentual necessário para a imediata satisfação da execução.

6) FGV - 2020 - OAB - 31º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


Bruno ajuizou contra Flávio ação de execução de título executivo extrajudicial, com base em instrumento particular,
firmado por duas testemunhas, para obter o pagamento forçado de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Devidamente
citado, Flávio prestou, em juízo, garantia integral do valor executado e opôs embargos à execução dentro do prazo
legal, alegando, preliminarmente, a incompetência relativa do juízo da execução e, no mérito, que o exequente
pleiteia quantia superior à do título (excesso de execução). No entanto, em seus embargos à execução, embora
tenha alegado excesso de execução, Flávio não apontou o valor que entendia ser correto, tampouco apresentou
cálculo com o demonstrativo discriminado e atualizado do valor em questão. Considerando essa situação hipotética,
assinale a afirmativa correta.

A) Os embargos à execução devem ser liminarmente rejeitados, sem resolução do mérito, porquanto Flávio não
demonstrou adequadamente o excesso de execução, ao deixar de apontar o valor que entendia correto e de
apresentar cálculo com o demonstrativo discriminado e atualizado do valor em questão.
B) O juiz deverá rejeitar as alegações de incompetência relativa do juízo e de excesso de execução deduzidas
por Flávio, por não constituírem matérias passíveis de alegação em sede de embargos à execução.
C) Os embargos à execução serão processados para a apreciação da alegação de incompetência relativa do
juízo, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução, tendo em vista que Flávio não indicou o
valor que entendia correto para a execução, não apresentando o cálculo discriminado e atualizado do valor em
questão.
D) O juiz deverá processar e julgar os embargos à execução em sua integralidade, não surtindo qualquer efeito
a falta de indicação do valor alegado como excesso e a ausência de apresentação de cálculo discriminado e
atualizado do valor em questão, uma vez que os embargos foram apresentados dentro do prazo legal.

7) FGV - 2021 - OAB - 33º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


A corretora de seguros XYZ ajuizou ação de cobrança em face da Alegria Assistência Médica, pugnando pelo
pagamento da taxa de comissão de corretagem que a segunda se recusa a pagar, apesar de a autora estar
prestando devidamente serviços de corretagem.
O juízo de primeiro grau julgou pela procedência do pedido, na mesma oportunidade concedendo tutela antecipada,

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para que a Alegria faça os pagamentos da comissão devida mensalmente.


Nessa circunstância, o(a) advogado(a) da Alegria Assistência Médica, buscando imediatamente suspender os
efeitos da sentença, deve

A) interpor Recurso Extraordinário, no prazo de 15 dias úteis, para que o Supremo Tribunal Federal reforme
asentença e pleiteando efeito suspensivo.
B) interpor Apelação Cível, no prazo de 15 dias úteis, objetivando a reforma da sentença, e pleitear efeito
suspensivo diretamente ao tribunal, por pedido próprio, durante a tramitação da apelação em primeiro grau.
C) impetrar Mandado de Segurança contra a decisão que reputa ilegal, tendo como autoridade coatora o
juízosentenciante, para sustar os efeitos da sentença.
D) interpor Agravo de Instrumento, no prazo de 15 dias úteis, para reforma da tutela antecipada.

8) FGV - 2022 - OAB - 34º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


João Eustáquio, após passar por situação vexatória promovida por Lucia Helena, decide procurar um advogado.
Após narrar os fatos, o advogado de João Eustáquio promove uma ação indenizatória em face de Lucia Helena, no
Juizado Especial Cível de Sousa/PB.
Lucia Helena, devidamente representada por seu advogado, apresenta contestação de forma oral, bem como
apresenta uma reconvenção contra João Eustáquio.
João Eustáquio, indignado com tal situação, questiona se é válida a defesa processual promovida por Lucia Helena.
Como advogado de João Eustáquio, nos termos da Lei nº 9.099/95, assinale a afirmativa correta.

A) A contestação pode ser apresentada de forma oral, porém não se admitirá a apresentação de reconvenção.
B) A contestação não pode ser apresentada de forma oral, sendo somente permitida de forma escrita. Além
disso, não se admitirá a apresentação de reconvenção.
C) A reconvenção pode ser apresentada, prezando pelo princípio da eventualidade, porém a contestação deve
ser feita de forma escrita.
D) A contestação pode ser apresentada de forma oral, bem como é cabível a apresentação de reconvenção.

9) FGV - 2021 - OAB - 33º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase


O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, se deparando com pedido de instauração de Incidente de
Resolução de Demandas Repetitivas (IRDR) para solucionar as causas de um acidente aéreo com numerosas
vítimas, que demandaria a realização de prova pericial para aferir se houve falha elétrica ou se algum outro fator
causou a queda da aeronave, designou sessão de julgamento para análise colegiada a respeito do cabimento do
incidente.
A respeito da referida análise quanto ao cabimento e às consequências da instauração, assinale a afirmativa
correta.

A) O IRDR é cabível, e, uma vez admitida sua instauração, não haverá a suspensão dos processos ajuizados
pelas múltiplas vítimas, e o entendimento firmado no IRDR apenas será aplicável aos processos que venham a
ser ajuizados após a sua prolação.
B) O IRDR não é cabível, uma vez que a técnica processual visa apenas a resolver controvérsia sobre questão
unicamente de direito, seja processual ou material.
C) A instauração do IRDR é possível, uma vez que visa a resolver controvérsia sobre questão de fato, com o
objetivo de permitir a realização de prova pericial única, tal como na hipótese concreta.
D) Não é possível instaurar o IRDR, que apenas é cabível em primeira instância e nos tribunais superiores.

10) FGV - 2017 - OAB - 24º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase
Arthur ajuizou ação perante o Juizado Especial Cível da Comarca do Rio de Janeiro, com o objetivo de obter
reparação por danos materiais, em razão de falha na prestação de serviços pela sociedade empresária Consultex.
A sentença de improcedência dos pedidos iniciais foi publicada, mas não apreciou juridicamente um argumento
relevante suscitado na inicial, desconsiderando, em sua fundamentação, importante prova do nexo de causalidade.
Arthur pretende opor embargos de declaração para ver sanada tal omissão.
Diante de tal cenário, assinale a afirmativa correta.

A) Arthur poderá opor embargos de declaração, suspendendo o prazo para interposição de recurso para a Turma
Recursal.

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B) Os embargos não interrompem ou suspendem o prazo para interposição de recurso para a Turma Recursal,
de modo que Arthur deverá optar entre os embargos ou o recurso, sob pena de preclusão.
C) Eventuais embargos de declaração interpostos por Arthur interromperão o prazo para interposição de recurso
para a Turma Recursal.
D) Arthur não deverá interpor embargos de declaração pois estes não são cabíveis no âmbito de Juizados
Especiais.

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Gabaritos das questões:

1-D 2-C 3-C 4-B 5-A 6-C 7-B 8-A 9-B 10 - C

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