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ELEGIBILIDADE E INELEGIBLIDADE
1 ELEGIBILIDADE ................................................................................................................................................... 3
1.1 Condições de Elegibilidade ........................................................................................................................ 3
1.1.1 Condições Próprias ..................................................................................................................................... 3
1.1.2 Momento para aferição das condições de elegibilidade ................................................................... 7
2 INELEGIBILIDADE ............................................................................................................................................... 7
2.1 Classificação das Inelegibilidades .............................................................................................................. 9
2.1.1 Inelegibilidades Constitucionais ........................................................................................................ 9
2.1.2 Desincompatibilização ..................................................................................................................... 11
2.2 Inelegibilidades Infraconstitucionais ....................................................................................................... 13
3 DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO .................................................................................................. 25
4 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA ................................................................................................................................ 26
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ATUALIZADO EM 21/03/2023
ELEGIBILIDADE E INELEGIBILIDADE
1 ELEGIBILIDADE
A elegibilidade é a aptidão para ser eleito, ou seja, é a condição adquirida pelo cidadão para receber
votos nas eleições. Aquele que é elegível, portanto, detém capacidade eleitoral passiva.
Portanto, as condições de elegibilidade são requisitos positivos, devem estar presentes para que o
cidadão se candidate. Por outro lado, e simultaneamente, as hipóteses de inelegibilidade são requisitos
negativos, o que importa afirmar que não podem estar presentes para que o cidadão concorra a cargos eletivos.
As condições de elegibilidade estão previstas na Constituição Federal e na legislação eleitoral como um
todo, tal como a Lei das Eleições e o Código Eleitoral. A Lei das Eleições é lei ordinária, já o Código Eleitoral, na
parte que trata das condições de elegibilidade, também é norma ordinária.
Já as hipóteses de inelegibilidade estão previstas na Constituição e em Lei Complementar, apenas. Não
se admite a fixação de hipóteses de inelegibilidade em leis ordinárias. Por quê? Porque a Constituição Federal
exige que as hipóteses de inelegibilidade sejam editadas por lei complementar. Desse modo, a Lei de
Inelegibilidade é uma lei complementar.
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As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos,
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos
eventos anteriormente citados.
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c) alistamento eleitoral: é conditio sine qua non para a aquisição da cidadania, sendo provada por meio do
título eleitoral;
d) domicílio eleitoral: somente se pode concorrer às eleições na circunscrição eleitoral em que for
domiciliado há pelo menos seis meses;
*#AJUDAMARCINHO #NOVIDADELEGISLATIVA: ALTERAÇÕES NA LEI 9.504/97
Qual é o prazo mínimo de domicílio eleitoral necessário?
ANTES: para concorrer às eleições, o candidato deveria possuir domicílio eleitoral na respectiva
circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito.
AGORA: esse prazo mínimo de domicílio eleitoral foi reduzido para 6 meses.
e) filiação partidária: decorre da opção por uma “democracia partidária” e consiste no vínculo jurídico
estabelecido entre um cidadão e a entidade partidária. Prova-se mediante consulta ao banco de dados da
Justiça Eleitoral e, havendo omissão, o TSE permite a demonstração por outros meios desde que não se
trate de processo de registro de candidatura, no qual há exigência de prova robusta.
#DEOLHONOGANCHO: para concorrer às eleições, o candidato deve estar com a filiação deferida pelo partido
político no mínimo seis meses antes da data da eleição, exigindo-se o mesmo prazo para filiação partidária (art.
9º da Lei das Eleições).
*(Atualizado em 28/06/2020) #DEOLHONAJURIS
Mesmo com a situação de calamidade pública decorrente da covid-19, são constitucionais e devem ser
mantidos os prazos para filiação partidária e desincompatibilização previstos na legislação para a as eleições
municipais de 2020. STF. Plenário. ADI 6359 Ref-MC/DF, Rel. Min. Rosa Weber, julgado em 14/5/2020 (Info 977).
Tal requisito (filiação partidária por no mínimo seis meses) será exigido para toda e qualquer
candidatura?
Sim, em toda e qualquer candidatura! Contudo, o prazo mínimo de filiação poderá ser flexibilizado. A
filiação partidária poderá ser inexigível ou, ao menos, o tempo de filiação flexibilizado em relação a
determinados agentes públicos:
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a) daqueles em relação aos quais não se exige filiação partidária prévia. Nesse caso haverá apenas o registro
da candidatura pelo partido, após prévia escolha em convenção partidária; e
b) daqueles que deverão se filiar ao partido político no prazo da desincompatibilização, vale dizer, seis
meses antes do pleito.
O primeiro grupo trata da elegibilidade do militar. A CF, no art. 14, § 8º dividiu os militares da seguinte
forma:
➢ Militares com menos de 10 anos de carreira
Tais militares, para concorrerem às eleições, devem ser afastar definitivamente do cargo militar
ocupado. Tradicionalmente, o TSE sempre entendeu que o afastamento definitivo só deve ocorrer quando o
registro de candidatura tiver sido deferido, o que pode ocorrer até 20 dias antes das eleições. Neste caso, o
militar participará da convenção do partido, e terá seu registro feito perante a Justiça Eleitoral requerido,
mesmo que não seja filiado a partido político. O registro de candidatura sendo deferido levará ao afastamento
do militar, quando então será ele filiado ao partido político.
“Consulta realizada por deputado federal. Elegibilidade dos militares. Questionamento a respeito de qual
momento o militar que não exerce cargo de comando deve se afastar de suas atividades para concorrer a cargo
eletivo. Resposta. Afastamento a ser verificado no momento em que requerido o registro de candidatura. 1. In
casu, questiona-se qual o momento em que o militar elegível que não exerce função de comando deverá estar
afastado de suas atividades para concorrer a cargo eletivo. 2. O prazo fixado pelo Estatuto dos Militares para a
agregação do militar em geral há de ser compreendido como o momento em que é requerido o Registro de
Candidatura, tendo em vista que, com a reforma da Lei Eleitoral em 2009, a condição de candidato é obtida com
a formalização do pedido de registro, e não após o seu deferimento pela Justiça Eleitoral, o que garantirá ao
candidato militar a realização de todos os atos de campanha, mesmo que seu registro esteja ainda em
discussão. 3. Consulta respondida na linha de que o militar elegível que não ocupe função de comando deverá
estar afastado do serviço ativo no momento em que for requerido o seu Registro de Candidatura.”
(Ac. de 20.2.2018 na CTA 60106664, rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho.)
Diante de tal situação, o TSE entende que o militar com mais de 10 anos de atividade, ainda que não
filiado, deverá participar normalmente das convenções, sendo o registro de sua candidatura requerido
normalmente pelo partido político. Após tal requerimento, havendo o deferimento, o militar será agregado,
sem deixar de ser militar. Estamos, portanto, diante da única hipótese em que é possível a candidatura a
mandato eletivo, sem estar filiado a partido político.
#NÃOCONFUNDIR: a candidatura avulsa continua sendo impossível. O militar somente pode concorrer, pois,
apesar de não estar filiado, sua candidatura se fará por intermédio do partido político. Assim, essa hipótese não
é considerada candidatura avulsa. Caso eleito, o militar passará a inatividade e deverá se filiar ao partido político
para exercer o mandato.
#OLHAOGANCHO: Essa situação dos 18 anos exigidos para vereador sempre foi motivo de discussão na
doutrina, vez que a Lei das Eleições previa que a idade mínima somente seria exigida na data da posse. Nesse
cenário, era possível que menor de 18 anos concorresse às eleições, e acabasse por praticar condutas tipificadas
como crimes eleitorais para os quais havia o entendimento de que prevalecia a competência da Vara da Infância
e Juventude, por se tratar de atos infracionais. Com a minirreforma eleitoral de 2015, a legislação eleitoral
passou a prever que para o cargo de vereador, a idade mínima deverá ser observada no último dia possível para
o registro da candidatura. Assim, a regra é de que a idade mínima somente seja verificada na data da posse,
ressalvada a hipótese de cargos que exijam a idade mínima de 18 anos, quando estes requisitos deverão ser
observados na data do registro da candidatura.
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#DEOLHONAJURIS: segundo o TSE, mesmo o emancipado civilmente precisa demonstrar a idade mínima. Não
obstante, é possível que o cargo seja ocupado, excepcionalmente, por quem não detém a idade mínima, como
ocorre no caso de impedimento ou vacância do presidente, em que será chamado ao exercício da Presidência o
presidente da Câmara, cuja idade poderá ser de 21 anos.
Por fim, quando se adquire a plena elegibilidade? Aos 35 anos! A plena exigibilidade significa a
capacidade do cidadão de concorrer a quaisquer cargos eletivos. Se o cidadão estiver alistado, preencher todas
as condições de elegibilidade, somente atingirá a plena elegibilidade quando puder candidatar-se aos cargos de
Presidente da República e de Senado Federal, conforme disciplina nossa CF (art. 14, §3º, VI, a).
2 INELEGIBILIDADE
A inelegibilidade é o conjunto de causas que impedem o exercício da capacidade eleitoral passiva. Daí se afirma
que o TSE segue a teoria tradicionalista da Inelegibilidade, segundo o qual a inelegibilidade a e elegibilidade são
institutos distintos.
INELEGIBILIDADE NATUREZA
SANÇÃO CONSTITUTIVA
INELEGIBILIDADE NATUREZA
NATA DECLARATÓRIA
*#ATENÇÃO: Admite-se a RCED (Recurso contra a Expedição do Diploma) em razão de inelegibilidade posterior
ao pleito eleitoral? ERRADO! O Recurso contra Expedição de Diploma possui natureza jurídica de ação, ou seja,
constitui ação autônoma de impugnação do diploma. Nos termos do art. 262, I, do Código Eleitoral, trata-se de
instrumento hábil para apurar inelegibilidade ou incompatibilidade de candidato, além de outras hipóteses. E se
esta inelegibilidade ocorrer após o pleito eleitoral, é cabível o manejo o RCED?
Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidade superveniente ou
de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade. (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013)
§ 1º A inelegibilidade superveniente que atrai restrição à candidatura, se formulada no âmbito do processo de
registro, não poderá ser deduzida no recurso contra expedição de diploma. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 2º A inelegibilidade superveniente apta a viabilizar o recurso contra a expedição de diploma, decorrente de
alterações fáticas ou jurídicas, deverá ocorrer até a data fixada para que os partidos políticos e as coligações
apresentem os seus requerimentos de registros de candidatos. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
§ 3º O recurso de que trata este artigo deverá ser interposto no prazo de 3 (três) dias após o último dia limite
fixado para a diplomação e será suspenso no período compreendido entre os dias 20 de dezembro e 20 de
janeiro, a partir do qual retomará seu cômputo. (Incluído pela Lei nº 13.877, de 2019)
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2.1 Classificação das Inelegibilidades
As inelegibilidades serão absolutas quando se aplicarem a todos os cargos, como por exemplo, os
analfabetos. Serão relativas quando somente se referem a alguns cargos, como por exemplo, a inelegibilidade
para um terceiro mandato consecutivo nos cargos do Executivo.
2.1.1 Inelegibilidades Constitucionais
A doutrina também divide as inelegibilidades em constitucionais e legais, sendo a principal diferença entre
elas o fato de aquelas não precluem, podendo ser arguidas mesmo após o prazo para ajuizamento da AIRC. Em
face disso, o TSE já decidiu que “as inelegibilidades supervenientes ao requerimento de registro de candidatura
poderão ser objeto de análise pelas instâncias ordinárias no próprio processo de registro de candidatura, desde
que garantidos o contraditório e a ampla defesa” (RO 15429/DF, 26/08/2014).
a) inalistáveis e analfabetos (art. 14, §4º, CF): os inalistáveis são os estrangeiros, os conscritos (durante o
período de serviço militar), os menores de 16 anos e aqueles que tiveram seus direitos políticos perdidos ou
suspensos.
b) motivos funcionais (art. 14, §6º, CF): caso desejem concorrer a outros cargos, os ocupantes de cargos do
Executivo devem renunciar aos seus mandatos em até seis meses antes do pleito. Trata-se de uma hipótese de
(auto)desincompatibilização, pois permite o afastamento da própria inelegibilidade funcional. Na hipótese em
que o ato do Chefe do Executivo venha a beneficiar terceiro que estava reflexamente inelegível em razão do
fato de ele ser Chefe do Executivo, fala-se em heterodesincompatibilização. Ademais, o vice pode ser candidato
a outro cargo sem renunciar ao seu mandato, desde que não substitua o Chefe do Executivo nos seis meses
anteriores à eleição.
c) “inelegibilidade reflexa” (art. 14, §7º, CF): trata-se da inelegibilidade que atinge o cônjuge e os parentes
consanguíneos ou afins, no âmbito do mesmo território de jurisdição do titular, até o segundo grau ou por
adoção (filhos, netos, pais, avós, irmãos, cunhados, sogros e o cônjuge), do Presidente, Governador, Prefeito ou
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de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA
d) serviço militar (art. 14, §8º, CF): nesse caso, para ser elegível, o militar alistável deverá afastar-se da atividade
caso conte com menos de 10 anos de serviço, ou, se contar com mais de 10 anos, será agregado pela autoridade
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
2.1.2 Desincompatibilização
A desincompatibilização está prevista no art. 14, §6º, da CF, e constitui modalidade de inelegibilidade
relativa.
Por sua vez, a LC 64 traz outras hipóteses de desincompatibilização. Primeiramente deveremos ter em
mente que para que a desincompatibilização seja necessária, é obrigatório que haja previsão legal.
#OLHAOGANCHO: o presidente de partido político e titular de emissora de rádio e televisão não precisam se
desincompatibilizar, pois não existe tal exigência legal.
Para aqueles que precisam desincompatibilizar, a regra é que o prazo a ser observado é de 6 meses
antes das eleições. No entanto, existem três exceções que alteram este prazo. São elas:
#ATENÇÃO: No caso dos servidores públicos estatutários ou não, o afastamento é temporário, e ocorre sem
prejuízo da remuneração ou licença. No entanto, o TSE entende que o afastamento não será temporário se o
servidor ocupar apenas cargo em comissão, caso em que será exonerado. Para este caso, existe a exceção da
exceção. Ou seja, se o servidor tiver competência direta, indireta ou eventual, relacionada à tributação (auditor
fiscal da Receita Federal, analista de Tributos, etc.), aplica-se o prazo de 6 meses para a desincompatibilização.
As inelegibilidades infraconstitucionais estão previstas na LC nº 64, editada com base no §9º, do art. 14,
CF. As principais inovações trazidas pela LC nº 135/2010 (Ficha Limpa) foram a substituição das penas de
inelegibilidade de três para oito anos e a possibilidade de imputação das inelegibilidades sem necessitar
aguardar o trânsito em julgado, bastando que a condenação seja proferida por órgão colegiado. Quanto ao
primeiro ponto, o STF decidiu que é possível a aplicação retroativa da LC nº 135/2010, possibilitando o
indeferimento do registro de candidaturas pleiteadas por cidadãos condenados por órgãos colegiados do
Judiciário antes da sua publicação. E, quanto ao segundo ponto, nem se alegue que representa violação ao
princípio da presunção de inocência, que, além de não ser absoluto, cede em face da necessidade de conferir
uma proteção mais eficaz aos preceitos basilares da ética, da moralidade e da preservação do interesse público
primário. As hipóteses mais importantes são as que seguem abaixo:
Art. 1º, inciso I, alínea, b: os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara
Legislativa e das Câmaras Municipais, que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto
nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das
Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem
durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subseqüentes ao
término da legislatura;
Tratam de proibições para o Legislativo, na qual inclui o decoro parlamentar. A perda do cargo é
imposta pelo próprio Legislativo, e a inelegibilidade é automática. São atingidos por essa hipóteses todos os
parlamentares federais, estaduais ou municipais. O prazo da inelegibilidade pode durar por mais de 8 anos, vez
que também engloba o tempo remanescente do mandato.
Art. 1º, inciso I, alínea, c: o Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o
Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei
Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o
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período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido
eleitos;
Trata-se de hipótese semelhante à alínea anterior, todavia atinge os chefes do Executivo que sofrerem
impeachment. Observe que aqui não foi mencionado o Presidente e o Vice-Presidente. Pois, em tais casos, o que
ocorre é a inabilitação e não a inelegibilidade.
A inabilitação é mais grave do que a inelegibilidade.
o Inelegibilidade: limita a capacidade para concorrer a cargo eletivo. Ataca a capacidade eleitoral
passiva.
o Inabilitação: não poderá o inabilitado exercer qualquer função pública.
Art. 1º, inciso I, alínea, d: os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça
Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de
abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem
como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;
Trata-se do abuso do poder político e poder econômico. Neste caso, diferentemente dos anteriores, a
inelegibilidade não é automática, sendo imposta pela Justiça Eleitoral. A inelegibilidade já exise desde a prolatação
por órgão colegiado, sendo prescindível o trânsito em julgado.
A inelegibilidade atingirá a eleição em que foi verificada a situação de abuso, e naquelas ocorridas nos 8
anos seguintes.
#DEOLHONAJURIS: o prazo de inelegibilidade desta alínea inicia-se na data da eleição do ano da condenação e
expira no dia de igual número de início do oitavo ano subsequente.
* #IMPORTANTE: A condenação por abuso do poder econômico ou político em ação de investigação judicial
eleitoral, transitada em julgado, “ex vi” do artigo 22, inciso XIV, da Lei Complementar 64/90, em sua redação
primitiva, é apta a atrair a incidência da inelegibilidade do artigo 1º, inciso I, alínea "d", na redação dada pela Lei
Complementar 135/2010, aplicando-se a todos os processos de registros de candidatura em trâmite. STF.
Plenário. RE 929670/DF, rel. orig. Min. Ricardo Lewandowski, red. p/ o ac. Min. Luiz Fux, julgado em 1º/3/2018
(repercussão geral) (Info 892)
#SELIGANASÚMULA: O prazo de inelegibilidade de três anos, por abuso de poder econômico ou político, é contado a
partir da data da eleição em que se verificou. Essa súmula tem de ser relida para observar o prazo de 8 anos.
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Assim, ainda que a inelegibilidade seja julgada em momento posterior à ocorrência da eleição,
ainelegibilidade é contada a partir da data da eleição, e não do julgamento da ação respectiva.
Art. 1º, inciso I, alínea, e: os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão
judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena,
pelos crimes:
1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público
2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a
falência;
3. contra o meio ambiente e a saúde pública;
4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;
5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o
exercício de função pública;
6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;
7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos
8. de redução à condição análoga à de escravo;
9. contra a vida e a dignidade sexual; e
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;
Aqui são situações que decorrem do art. 15, da CF/88. O prazo da inelegibilidade inicia-se com a
condenação, e vai até 8 anos após o cumprimento da pena. Por essa alínea, é possível que o cidadão se torne
inelegível antes mesmo da suspensão de seus direitos políticos. Isto porque essa suspensão só ocorre a partir do
trânsito em julgado da decisão condenatória. Já a inelegibilidade inicia-se com a condenação prolatada por
órgão colegiado.
#NÃOCONFUNDIR: Inelegebilidade com suspensão de direitos políticos. Esta impede a capacidade eleitoral
passiva e ativa. Já a inelegbilidade tem influência apenas sobre a capacidade eleitoral passiva, conservando a
capacidade eleitoral ativa.
#CAIEMPROVA: a inelegibilidade prevista na alínea e não se aplica aos crimes culposos, crimes de
menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada.
f) os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;
A pena em questão só pode ser aplicada por Tribunal ou juízo militar. Aqui não se trata de
inelegibilidade automática, devendo ser declarada expressamente.
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g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade
insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão
competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se
realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II
do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que
houverem agido nessa condição;
O agente público é gestor de coisa alheia, por isso deve sempre prestar contas. Quem analisa as contas
prestadas pelo Chefe do Esxecutivo é o Poder Legislativo. Tratando-se de outros agentes públicos, as contas serão
analisadas pelo Tribunal de Contas.
Importante perceber que a norma exige que a rejeição tenha por fundamento um vício insanavél que se
traduza em ato doloso de improbidade administrativa, não sendo suficiente apenas que se trate de irregularidade
insanável.
É possível que essa inelegibilidade deixe de ser aplicada nas hipóteses em que a decisão do órgão
houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário.
REGULARES
REGULARES IRREGULARES
COM RESSALVA
Quando expressarem, Quando evidenciarem Quando comprovada qualquer das seguintes ocorrências:
de forma clara e impropriedade ou
a) omissão no dever de prestar contas;
objetiva, a exatidão qualquer outra falta
dos demonstrativos de natureza formal de b) prática de ato de gestão ilegal, ilegítimo, antieconômico,
contábeis, a que não resulte dano ou infração à norma legal ou regulamentar de natureza
legalidade, a ao Erário. contábil, financeira, orçamentária, operacional ou
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Comentários retirados do Buscador do Dizer o Direito.
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legitimidade e a patrimonial;
economicidade dos
c) dano ao Erário decorrente de ato de gestão ilegítimo ao
atos de gestão do
antieconômico;
responsável.
d) desfalque ou desvio de dinheiros, bens ou valores
públicos.
Será dada quitação O Tribunal dará Pode existir, ou não, débito (dano ao erário):
plena ao responsável. quitação ao
· Se houver débito: o Tribunal condenará o responsável ao
responsável, mas
pagamento dessa dívida atualizada e com juros (isso é
determinará a adoção
chamado de imputação de débito). É possível ainda aplicar
de medidas
multa cumulativamente.
necessárias à correção
das impropriedades · Se não houver débito: o Tribunal irá aplicar multa, nas
ou faltas identificadas. hipóteses legais.
A imputação de débito (ressarcimento ao A multa, por sua vez, consiste em uma sanção aplicada por
erário) é imposta quando o Tribunal de Contas conta de um comportamento ilegal da pessoa fiscalizada.
detecta que houve uma despesa indevida, que
Exs: gestor que descumpriu alguma determinação do
gerou prejuízo ao erário, devendo, portanto,
Tribunal de Contas; agente público que criou embaraço a
haver a recomposição do dano sofrido pelo
uma inspeção efetuada pelo TC; servidor que sonegou
ente público.
processo, documento ou informação.
Ex: quando o gestor não consegue comprovar
determinada despesa realizada, ele deverá
ressarcir tais valores aos cofres públicos.
Vale ressaltar que, tanto a imputação de débito quanto a multa, só poderão ser aplicadas se as contas foram
julgadas irregulares.
Desse modo, de acordo com o novo § 4º-A, inserido pela LC 184/2021, só haverá inelegibilidade na hipótese da
alínea “g” do inciso I do art. 1º se as contas do administrador forem julgadas irregulares com imputação de
débito (ressarcimento ao erário). Se o órgão aplicar apenas multa, essa decisão não gerará inelegibilidade.
Confira agora, finalmente, a nova redação do dispositivo:
LC 64/90
Art. 1º (...)
§ 4º-A. A inelegibilidade prevista na alínea “g” do inciso I do caput deste artigo não se aplica aos responsáveis
que tenham tido suas contas julgadas irregulares sem imputação de débito e sancionados exclusivamente
com o pagamento de multa. (inserido pela LC 184/2021)
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Vamos agora atualizar os requisitos necessários para configurar a inelegibilidade da alínea “g” do inciso I do art.
1º da LC 64/90:
a) o indivíduo ocupou um cargo ou função pública, que gerou seu dever de prestar contas;
b) essas contas foram rejeitadas pelo órgão competente;
c) essa rejeição ocorreu porque o órgão competente constatou a existência de:
c.1) irregularidade considerada insanável; e
c.2) que configurou, ao menos em tese, ato doloso de improbidade administrativa.
d) o órgão competente reconheceu a existência de dano aos cofres públicos e fez a imputação de débito ao
responsável (determinou o ressarcimento ao erário).
d) não cabe mais recurso administrativo contra essa decisão do órgão competente (decisão irrecorrível, no
âmbito administrativo);
e) essa decisão do órgão competente ainda está válida e eficaz, considerando que não foi suspensa ou anulada
pelo Poder Judiciário.
Essa análise feita pela Justiça Eleitoral faz coisa julgada para outras eleições?
NÃO. Os efeitos da decisão proferida pela Justiça Eleitoral que reconhece a causa de inelegibilidade prevista na
alínea “g” do inciso I do art. 1º da LC 64/90 em Registro de Candidatura não vincula a decisão a ser proferida em
pleito futuro.
Sendo assim, ainda que determinado candidato tenha tido seu registro de candidatura indeferido no pleito
anterior, deve a Justiça Eleitoral fazer nova análise acerca da presença dos requisitos ensejadores da
inelegibilidade, não bastando ao juiz fazer mera remissão à decisão anterior.
Nesse sentido:
“[...] Registro de candidatura. Deputado estadual. Indeferimento. Rejeição de contas pelo TCE/RJ. Aferição das
causas de inelegibilidade a cada eleição. Inexistência de coisa julgada ou direito adquirido. Precedentes. [...] 1- A
decisão proferida em ação de impugnação ao registro de candidatura, afastando a incidência de inelegibilidade,
tem eficácia restrita àquele pleito e não produz os efeitos exógenos da coisa julgada para eleições posteriores.
Precedentes. [...]” (Ac. de 19.12.2018 no AgR-RO nº 060076992, rel. Min. Edson Fachin.)
“[...] Deputado estadual. Registro de candidatura. [...] Registro de candidatura. Ausência de coisa julgada.
Possibilidade de nova avaliação na eleição seguinte. [...] 6. É pacífica a noção de que o registro de candidatura
deve ser renovado a cada pleito, pois não há direito adquirido ao registro de candidatura. Precedentes. [...]” (Ac.
de 18.12.2018 nos ED-AgR-RO nº 060068793, rel. Min. Og Fernandes.)
A LC 184/2021 entrou em vigor na data da sua publicação (30/09/2021).
*(Atualizado em 29.04.2020) #DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO #STF: O art. 1º, I, “g”, da LC 64/90 prevê que são
inelegíveis para qualquer cargo os que tiverem suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas “por irregularidade
insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa”. Assim, a rejeição de contas só gera a inelegibilidade
se a irregularidade insanável que for detectada configurar ato doloso de improbidade administrativa. Não é possível
fazer uma interpretação extensiva desse dispositivo para dizer que a simples violação da Lei de Licitações configura ato
doloso de improbidade administrativa e que, portanto, caracteriza essa hipótese de inelegibilidade. É necessário fazer
uma distinção entre “ato meramente ilegal” e “ato ímprobo”, exigindo para este último uma qualificação especial: lesar o
erário ou, ainda, promover enriquecimento ilícito ou favorecimento contra legem de terceiro. STF. 2ª Turma. ARE
1197808 AgR-segundo e terceiro/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 3/3/2020 (Info 968).
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#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O TSE entende a inelegibilidade prevista nesta alínea pode ser examinada a partir
de decisão irrecorrível dos tribunais de contas do prefeito que age como ordenador de despesas.
*JULGAMENTO DE CONTAS DOS PREFEITOS: Competência para julgamento das contas dos Prefeitos e sua
repercussão na inelegibilidade Para os fins do artigo 1º, inciso I, alínea g, da Lei Complementar 64/1990, a
apreciação das contas de Prefeito, tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas Câmaras
Municipais, com auxílio dos Tribunais de Contas competentes, cujo parecer prévio somente deixará de
prevalecer por decisão de dois terços dos vereadores. STF. Plenário. RE 848826/DF, rel. orig. Min. Roberto
Barroso, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/8/2016 (repercussão geral) (Info 834).
Parecer técnico elaborado pelo Tribunal de Contas tem natureza meramente opinativa, competindo
exclusivamente à Câmara de Vereadores o julgamento das contas anuais do chefe do Poder Executivo local,
sendo incabível o julgamento ficto das contas por decurso de prazo. STF. Plenário. RE 729744/MG, Rel. Min.
Gilmar Mendes, julgado em 10/8/2016 (repercussão geral) (Info 834).
i) os que, em estabelecimentos de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto
de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva
decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de
qualquer responsabilidade;
Aqui a inelegibilidade dura enquanto não houver exoneração da responsabilidade quanto à liquidação.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: este dispositivo não é inconstitucional ao condicionar a duração da
inelegibilidade à exoneração de responsabilidade, sem fixação de prazo.
j) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça
Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de
recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem
cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição;
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Esta inelegibilidade só será aplicada caso tenha ocorrido, por conta da condenação, a cassação do diploma.
Os oito anos tem como termo incial a eleição em que praticado o desvio de conduta.
Aqui basta que tenha sido apresentada representação capaz de trazer abertura de processo por
cassação, que já há presunção de que a renúncia tem por objeto escapar da cassação. A inelegibilidade durará
por 8 anos, além do tempo remanescente do mandato em que se deu.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: essa inelegibilidade não será aplicada se a renúncia ocorrer para se evitar a
desincompatibilização.
l) os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida
por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio
público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8
(oito) anos após o cumprimento da pena;
A improbidade administrativa pode causar a suspensão dos direitos políticos. Quando o sujeito terminar
de cumprir a pena de suspensão de direitos políticos, se iniciará a contagem do prazo de inelegibilidade.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: a análise do enriquecimento ilícito pode ser realizada pela Justiça Eleitoral, a
partir do exame da fundamentação do decisum, ainda que não tenha constado expressamente do dispositivo.
Compete à Justiça Eleitoral verificar se está comprovado ato doloso de improbidade que signifique ao mesmo
tempo enriquecimento ilícito e dano ao patrimônio público.
m) os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional
competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver
sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;
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Aqui a condenação é administrativa. Se essa condição houver sido anulada ou suspensa pelo Poder
Judiciário, a inelegibilidade não se aplica.
n) os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em
razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de
inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude
Aplica-se nos casos de inelegibilidade reflexa ou por parentesco.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: a incidência desse dispositivo pressupõe ação judicial que condene a parte por
fraude.
o) os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo
de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;
A demissão pode se dar por decisão administrativa ou judicial. Se decorrer de decisão administrativa, não
haverá inelegibilidade se houver sido anulada ou suspena por decisão judicial.
p) a pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por
decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos
após a decisão, observando-se o procedimento previsto no art. 22;
Aqui são os casos cometidos durante a arrecadação de verbas durante a campanha eleitoral.
#SELIGANASÚMULA: de acordo com a súmula 21 do TSE, o prazo para ajuizamento da representação contra
doação de campanha acima do limite legal é de 180 dias, contados da data da diplomação. SÚMULA CANCELADA!
q) os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão
sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria
voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos;
#SELIGANASSÚMULAS
Súmula-TSE nº 2
Assinada e recebida a ficha de filiação partidária até o termo final do prazo fixado em lei, considera-se satisfeita
a correspondente condição de elegibilidade, ainda que não tenha fluído, até a mesma data, o tríduo legal de
impugnação.
Súmula-TSE nº 5
Serventuário de cartório, celetista, não se inclui na exigência do art. 1º, II, l, da LC nº 64/90.
Súmula-TSE nº 6
São inelegíveis para o cargo de Chefe do Executivo o cônjuge e os parentes, indicados no § 7º do art. 14 da
Constituição Federal, do titular do mandato, salvo se este, reelegível, tenha falecido, renunciado ou se afastado
definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito.
Súmula-TSE nº 12
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São inelegíveis, no município desmembrado, e ainda não instalado, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou
afins, até o segundo grau ou por adoção, do prefeito do município-mãe, ou de quem o tenha substituído, dentro
dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo.
Súmula-TSE nº 19
O prazo de inelegibilidade decorrente da condenação por abuso do poder econômico ou político tem início no
dia da eleição em que este se verificou e finda no dia de igual número no oitavo ano seguinte (art. 22, XIV, da LC
nº 64/90).
Súmula-TSE nº 41
Não cabe à Justiça Eleitoral decidir sobre o acerto ou desacerto das decisões proferidas por outros Órgãos do
Judiciário ou dos Tribunais de Contas que configurem causa de inelegibilidade.
Súmula-TSE nº 43
As alterações fáticas ou jurídicas supervenientes ao registro que beneficiem o candidato, nos termos da parte
final do art. 11, § 10, da Lei n° 9.504/97, também devem ser admitidas para as condições de elegibilidade.
Súmula-TSE nº 47
A inelegibilidade superveniente que autoriza a interposição de recurso contra expedição de diploma, fundado
no art. 262 do Código Eleitoral, é aquela de índole constitucional ou, se infraconstitucional, superveniente ao
registro de candidatura, e que surge até a data do pleito.
Súmula-TSE nº 49
O prazo de cinco dias, previsto no art. 3º da LC nº 64/90, para o Ministério Público impugnar o registro inicia-se
com a publicação do edital, caso em que é excepcionada a regra que determina a sua intimação pessoal.
Súmula-TSE nº 54
A desincompatibilização de servidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do pleito e
pressupõe a exoneração do cargo comissionado, e não apenas seu afastamento de fato.
Súmula-TSE nº 61
O prazo concernente à hipótese de inelegibilidade prevista no art. 1º, I, e, da LC nº 64/90 projeta-se por oito
anos após o cumprimento da pena, seja ela privativa de liberdade, restritiva de direito ou multa.
Súmula-TSE nº 69
Os prazos de inelegibilidade previstos nas alíneas j e h do inciso I do art. 1º da LC nº 64/90 têm termo inicial no
dia do primeiro turno da eleição e termo final no dia de igual número no oitavo ano seguinte.
Súmula-TSE nº 70
O encerramento do prazo de inelegibilidade antes do dia da eleição constitui fato superveniente que afasta a
inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 10, da Lei nº 9.504/97.
3 DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO
DIPLOMA DISPOSITIVO
Constituição Federal Artigo 14
26
Lei Complementar 64/90 Leitura Integral
4 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
- GOMES, José Jairo. Direito eleitoral. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2015
- Anotações pessoais de aulas