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Direito do Trabalho
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Queridos alunos,
Com carinho,
Equipe Ceisc ♥
Revisão Turbo | 37º Exame de Ordem
Direito do Consumidor
1. Relação de Consumo
Situação 1:
*Para todos verem: esquema
Situação 2:
Qual a diferença?
Situação 1: Trata-se de uma relação civil, regulada/normatizada pelo Código Civil. Ainda que
Patrícia tenha comprado como uma destinatária final, Maitê não é considerada fornecedora, visto que
não faz isso como sendo sua atividade.
Situação 2: Ao comprar da loja como destinatária final, Patrícia é consumidora e a loja é
fornecedora, configurando-se a relação de consumo.
Neste caso (situação 2) qual legislação incidirá? Código de Defesa do Consumidor.
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2. Consumidor
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Atenção: Súmula 601 STJ: “O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa dos direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviços públicos.”
B) Art. 17: Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas
do evento (refere-se à seção II, que trata da responsabilidade pelo fato do produto e do serviço).
Equipara a consumidor todas as vítimas de um acidente de consumo. Assim, o artigo 17
estende a proteção do CDC para qualquer pessoa eventualmente atingida por um acidente de
consumo, ainda que nada tenha adquirido do fornecedor.
Alguém é atropelado por um veículo devido a um defeito do freio. A pessoa atropelada
será consumidora por equiparação e teremos aqui a aplicação do CDC. Alguém é atropelado
porque o condutor se distraiu, teremos então a aplicação do CC.
C) Art. 29: Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores
todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas (refere-se ao
capítulo que trata de práticas comerciais e contratos).
A parte de práticas comerciais e contratos se encontra nos artigos 30-54 o CDC. Um
exemplo de consumidor por equiparação é quando terceiros são expostas a ofertas/publicidade
do fornecedor. Podemos pensar aqui, também em pessoas que ainda não realizaram contratos,
mas que foram expostos à práticas comerciais, tais como: pessoa que teve seu nome colocado
em cadastros de restrição sem nunca ter comprado em determinada loja, poderá ser enquadrada
em consumidor por equiparação do artigo 29.
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3. Fornecedor
4.1 Produto
O produto pode ser todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial (muito raro, já que,
em geral, se atrela ao conceito de serviço). Também tempos produtos duráveis (bens que não
se extinguem após uso regular, ainda que sofram desgastes, tais como carro, mesa, brinquedos
etc.) e produtos não duráveis (tais como alimentos, remédios, cosméticos, canetas, sabonetes
etc.).
4.2 Serviços
Segundo o parágrafo segundo serviço é: “qualquer atividade fornecida no mercado de
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E o comerciante?
Importante: O comerciante possui responsabilidade quando se fala de fato de produto:
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor
ou importador;
III – não conservar adequadamente os produtos perecíveis [...]
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito
de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do
evento danoso.
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• Fornecedor terá o prazo de 30 dias para sanar o vício. Este prazo é para sanar, quando
for possível. Caso não seja possível, o consumidor poderá exigir, a sua escolha;
• Substituição do produto por outro da mesma espécie;
• Restituição da quantia paga (atualizada), podendo também pedir perdas e danos ou
• Abatimento proporcional do preço.
*Para todos verem: esquema
produ
Substituição do
produto
Abatimento do
preço
Artigo 18, § 3° do CDC. O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste
artigo sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder
comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de
produto essencial.
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Substituição do produto
Restituição da quantia
paga
Consumidor
pode exigir
Abatimento do preço
Complementação do
peso ou medida
Reexecução do
serviço
Abatimento do preço
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30 90
dias Fornecimento dias
Produtos
de produtos
duráveis
não duráveis
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Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio
discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem
empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos
serviços.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias,
contado de seu recebimento pelo consumidor.
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8. Da Proteção Contratual
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de
direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos
neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor
em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a eqüidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo
consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o
consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira
unilateral;
XI - autorizem o fornecedor a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito
seja conferido ao consumidor;
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem que
igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
XIII - autorizem o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a qualidade do
contrato, após sua celebração;
XIV - infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais;
XV - estejam em desacordo com o sistema de proteção ao consumidor;
XVI - possibilitem a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
XVII - condicionem ou limitem de qualquer forma o acesso aos órgãos do Poder
Judiciário;
XVIII - estabeleçam prazos de carência em caso de impontualidade das prestações
mensais ou impeçam o restabelecimento integral dos direitos do consumidor e de seus
meios de pagamento a partir da purgação da mora ou do acordo com os credores;
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A) Pratice Ltda. funciona como mera intermediadora entre os hotéis e os adquirentes do título do clube de
pontos, não respondendo pelo evento danoso.
B) Há legitimidade passiva da Pratice Ltda. para responder pela inadequada prestação de serviço do hotel
conveniado que gerou dano ao consumidor, por integrar a cadeia de consumo referente ao serviço que
introduziu no mercado.
C) Trata-se de culpa exclusiva de terceiro, não podendo a intermediária Pratice Ltda. responder pelos danos
suportados pelo portador título do clube de pontos.
D) Cuida-se de hipótese de responsabilidade subjetiva e subsidiária da Pratice Ltda. em relação ao hotel
conveniado.
A) Poderá ser afastada a responsabilidade civil da fabricante, se esta comprovar que o dano decorreu
exclusivamente de reação alérgica da consumidora, fator característico daquela destinatária final, não
havendo, assim, qualquer ilícito praticado pela ré.
B) Existe a hipótese de culpa exclusiva da vítima, na medida em que o CDC descreve que os produtos não
colocarão em risco a saúde e a segurança do consumidor, excetuando aqueles de cuja natureza e fruição
sejam extraídas a previsibilidade e a possibilidade de riscos perceptíveis pelo homem médio.
C) O fornecedor está obrigado, necessariamente, a retirá-lo de circulação, por estar presente defeito no
produto, sob pena de prática de crime contra o consumidor.
D) Cuida-se da hipótese de violação ao dever de oferecer informações claras ao consumidor, na medida em
que a periculosidade do uso de produto químico, quando composto por substâncias com potenciais
alergênicos, deve ser apresentada em destaque ao consumidor.
A) poderá ser buscado em face exclusivamente do hotel, fornecedor que cancelou a contratação.
B) poderá ser buscado em face do site de viagens e do hotel, que respondem solidariamente, por comporem
a cadeia de fornecimento do serviço.
C) não poderá ser revisto, porque o consumidor tinha o dever de confirmar a compra em sua fatura de cartão de
crédito.
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D) poderá ser revisto, sendo a responsabilidade exclusiva do site de viagens, com base na teoria da aparência,
respondendo o hotel apenas subsidiariamente.
A) A cláusula que limita o valor da indenização pelo furto ou roubo do bem empenhado é abusiva e nula, ainda
que redigida com redação clara e compreensível por José e em destaque no texto, pois o que a vicia não é
a compreensão redacional e sim o direito material indevidamente limitado.
B) A cláusula que limita os direitos de José em caso de furto ou roubo é lícita, uma vez que redigida em
destaque e com termos compreensíveis pelo consumidor, impondo-se a responsabilidade subjetiva da
instituição financeira em caso de roubo ou furto por se tratar de ato praticado por terceiro, revelando fortuito
externo.
C) O negócio realizado não configura relação consumerista devendo ser afastada a incidência do Código de
Defesa do Consumidor e aplicado o Código Civil em matéria de contratos de mútuo e de depósito, uma vez
que inquestionável o dever de guarda e restituição do bem mediante pagamento do valor acordado no
empréstimo.
D) A cláusula que limita o valor da indenização pelo furto ou roubo do bem empenhado é lícita, desde que
redigida com redação clara e compreensível e, em caso de furto ou roubo do colar, isso será considerado
inadimplemento contratual e não falha na prestação do serviço, incidindo o prazo prescricional de 2 (dois)
anos, caso seja necessário ajuizar eventual pleito indenizatório.
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A) de interesse difuso; por esse motivo, as indenizações pelos prejuízos individuais de João perderão
preferência no concurso de crédito frente às condenações decorrentes das ações civis públicas derivadas
do mesmo evento danoso.
B) de interesses individuais homogêneos; nesses casos, tem-se, por inviável, a liquidação e execução
individual, devendo João aguardar que o Ministério Público, autor da ação, receba a verba indenizatória
genérica para, então, habilitar-se como interessado junto ao referido órgão.
C) de interesses coletivos; em razão disso, João poderá liquidar e executar a sentença individualmente, mas o
mesmo direito não poderia ser exercido por seus sucessores, sendo inviável a sucessão processual na
hipótese.
D) de interesses individuais homogêneos; João pode, em legitimidade originária ou por seus sucessores, por
meio de processo de liquidação, provar a existência do seu dano pessoal e do nexo causal, a fim de
quantificá-lo e promover a execução.
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