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PROVA DE DIREITO DO CONSUMIDOR

1ª FREQUÊNCIA /2021

I GRUPO
1. Tecnicamente determine diferença entre o Direito do Consumidor do Direito
do Consumo?
Resposta: Direito do Consumidor é o conjunto de normas e princípios jurídicos que
regula a relação de consumo com vista a protecção dos consumidores.
Direito do Consumo é o conjunto de normas e princípios que regula a relação de consumo.
Tecnicamente a diferença é que o Direito do Consumidor regula a relação de consumo
com vista a defender a parte mais fragilizada na relação de consumo (o consumidor).
Já a relação do consumo apenas regula a relação de consumo sem qualquer protecção
dos consumidores.

2. Colocação no mercado de produtos com alto grau de nocividade ou


periculosidade à saúde ou segurança dos consumidores (artigo 10 do Código
de Defesa do Consumidor), em relação aos consumidores, é um tipo típico
exemplo de lesão à:

a) Interesse ou direito individual; b) interesse ou direito individual homogêneo;


c) interesse ou direito difuso. Justifique.
Resposta: Colocação no mercado de produtos com alto grau de nocividade ou
periculosidade à saúde ou segurança dos consumidores em relação aos consumidores, é
um tipo típico exemplo de lesão à:
Interesses ou direito difuso, pois os direitos difusos são aqueles que não pertencem a um
único indivíduo, os direitos difusos atendem a um grupo de pessoas ou a coletividade
afectada por determinada situação.
II GRUPO
1. Partido do conceito de consumidor previsto pelo artigo 3º nº1 da LDC,
estabeleça a diferença entre a teoria finalista e a teoria maximalista.
Resposta: A diferença entre a teoria finalista e a teoria maximalista consiste no seguinte:

Para a teoria Finalista, o destinatário final é todo aquele que utiliza o bem como
consumidor final fático e econômico. Ou seja, para essa teoria, o consumidor é quem
adquire bem ou serviço para o seu uso pessoal. O bem ou serviço adquirido não será
utilizado em qualquer finalidade produtiva, tendo o seu ciclo econômico encerrado na
pessoa do adquirente.
Para teoria Maximalista, destinatário final é todo aquele consumidor que adquire o
produto para o seu uso, independente de destinação econômica conferida ao mesmo.
Tal teoria confere uma interpretação abrangente ao artigo 3º nº1 do LDC, podendo o
consumidor ser tanto uma pessoa física que adquire o bem para o uso pessoal, quanto
uma grande indústria, que pretende conferir ao bem desdobramentos econômicos, ou
seja, utilizá-lo nas suas atividades produtivas.

2. O Direito do consumidor é ou não um direito autónomo. Justifique


Resposta: Sem sobre de dúvida o Direito do Consumidor não é um direito autónomo,
pois segundo alguns doutrinadores para que a autonomia de um ramo seja alcançada é
necessário: 1) a existência de um campo temático específico, 2) a elaboração de teorias
próprias e 3) uma metodologia específica.
Por outra, o Direito do Consumidor ainda depende muito do direito civil e direito
comercial.
3. Quais são os requisitos que devemos identificar na pessoa jurídica para
enquadrá-la na definição de fornecedor, e diga se serão os mesmos aplicáveis
para a pessoa física? Justifique.
Resposta: Os requisitos que devemos identificar na pessoa jurídica para enquadrá-la na
definição de fornecedor são:
• Habitualidade
• Profissionalismo
III GRUPO
1. Então, como enquadrar uma empresa na definição de consumidor ante a
previsão legal? Seria possível tal enquadramento para a teoria finalista?
Resposta: Seria sim possível enquadrar uma empresa na definição de consumidor para
teoria finalista, desde que a empresa adquire o bem ou serviço para o seu uso pessoal . O
bem ou serviço adquirido não será utilizado em qualquer finalidade produtiva, nem
revender.

2. O que deferência os vícios dos defeitos no âmbito da responsabilidade civil


na relação de consumo?
Resposta: No âmbito da responsabilidade civil na relação de consumo, a deferência entre
os vícios e os defeitos consiste no seguinte:

Quando estamos perante aos defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por
informação insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos, excepto quando
provar que, tendo prestado o serviço o defeito não existe ou haja culpa exclusiva do
consumidor ou de terceiro, o fornecedor de serviços responde, independentemente da
existência de culpa. pela reparação dos danos causados aos consumidores por (artigo 10º
nº 2 da LDC)
Quando estamos perante aos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios
ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por
aqueles decorrentes da disparidade em relação às indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de
sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas, os
fornecedores de bens de consumo duradouros e não duradouros respondem
solidariamente por esses vícios. (artigo 11º nº 1 da LDC)

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