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🟠do Aula 03 - Direito e Proteção

Consumidor
Done?

Status FALTA (-2h)

Type Resumo

P.S.: questões doutrinárias são os conceitos de livros.

INTRODUÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR


Após a Revolução Industrial, dois grandes grupos surgem: fornecedores
(controlam os meios de produção) e consumidores.

Lei Nº 8.078/1990: instaura o direito do consumidor no ordenamento


jurídico.

É uma prestação positiva sendo enquadrado na 2ª geração e até mesmo na


3ª (direitos difusos) por alguns juristas.

O consumidor é vulnerável e a relação de consumo entre fornecedor-


consumidor é desigual.

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O Código de Defesa do Consumidor interfere na livre iniciativa prevista na
Ordem Econômica para equilibrar o sistema.

CDC:

Consumidor: toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto


ou serviço como destinatário final (”pessoa” consumidora; como teoria
finalista; necessidade pessoa); também considera-se qualquer
pessoa/empresa vulnerável frente ao fornecedor a depender do produto
adquirido.

Teoria maximalista e teoria finalista do destinatário final.

Equipara-se a consumidor: pessoa física, pessoa jurídica e coletividade


de pessoas (vítimas de algum evento; são consideradas consumidoras;
ex.: pessoas em uma festa que consomem um alimento estragado - são
consideradas vítimas)

Fornecedor: toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou


estrangeira que desenvolvem uma atividade.

Elementos/requisitos para ser considerado fornecedor:

Habitualidade: exercer a atividade de forma contínua e não eventual


- como uma venda de um vestuário antigo.

Especialização: domínio de uma técnica; vendas em somente um


nicho.

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Finalidade econômica: o fornecedor recebe direta ou indiretamente
por um produto.

Produto: qualquer bem

Serviço: qualquer atividade fornecida ao mercado mediante remuneração,


exceto contratos trabalhistas.

A relação de consumo é um tripé: consumidor + produto/serviço +


fornecedor.
—> Quando não é uma relação de consumo? Venda esporádica de um item
antigo e parado que está na sua casa.

—> E quem rege quando não é relação de consumo? O Código Civil (que
também é uma legislação protecionista).

O Art. 4º é um “minirresumo” com a explicação do quem nos outros artigos


do CDC e o que eles trazem.

Fala dos princípios de forma genérica.

O Estado permite a iniciativa privada mediante algumas regras.

Dá a segurança jurídica para os fornecedores e o mercado.

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O CDC é multidisciplinar e não fala só da questão material de compra e
venda, deveres dos fornecedores, etc; ele abrange:

questão processual: como são os processos dentro da relação de


consumo.

previsão de crimes: detenção em regime semiaberto; detenção de 6


meses a 2 anos, etc.

métodos alternativos de resolução de problemas (para tentar não ir


para um processo)

VULNERABILIDADE E HIPOSSUFICIÊNCIA

A vulnerabilidade e a hipossuficiência são trazidas em momentos distintos no


CDC.

Ser consumidor é ser vulnerável, pois “não se pode pensar em proteção e


defesa do consumidor sem colocá-lo nesta posição de inferioridade perante os
fornecedores de modo geral”.

Falar da hipossuficiência (pagar as custas) significa que alguma coisa já deu


errado e você está tentando processar o fornecedor que não cumpriu com
suas obrigações. O CDC traz os métodos alternativos de solução de conflitos
para evitar as custas dos processos. Logo, nem todo consumidor será
hipossuficiente.

DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR

Art. 6º tem 10 incisos.

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I - os fornecedores precisam se comprometer na divulgação, venda e durante o
consumo de seu produto para não causar nenhum dano à vida, saúde e/ou
segurança ao consumidor.

II - todo estabelecimento é obrigado a ter uma cópia do CDC. Entretanto, não


adianta nada o consumidor ter vários direitos se ele mesmo não sabe quais são
(logo é enganado).

III - a comunicação entre o fornecedor e o comprador deve ser clara. O


fornecedor tem que saber o que está vendendo e o consumidor, comprando.
IV - indução do consumidor ao erro. O “abusivo” significa ofender, instigar a
violência, propagar o preconceito, etc.

VIII - “o ônus da prova é de quem acusa (autor)”, porém partindo do


pressuposto de que o consumidor é vulnerável, ele pode ingressar no judiciário
sem provar nada, apenas alegando, porque muitas vezes quem tem a prova é o
fornecedor (réu) (prova cabal).

REGIMES DE RESPONSABILIDADE CIVIL PELO VÍCIO DO PRODUTO E PELO


FATO DO PRODUTO

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Fato do Produto = DEFEITO

Externo e inesperado; é um acidente de consumo (o produto não


deveria apresentar tal coisa e apresentou por algum erro).

Vício do Produto = VÍCIO

Deveria apresentar uma quantidade ou qualidade que é inerente, mas


que não veio assim.

—>Responsabilidade Objetiva: não tem que demonstrar nenhuma culpa - quase


todas do CDC são objetivas.
—>Responsabilidade Subjetiva: tem que demonstrar a culpa para que alguém
seja considerado culpado.

P.S.: no Direito Civil, a regra é responsabilidade subjetiva. No CDC, é objetiva,


com exceção do parágrafo 4º do artigo 14 que é subjetivo.

Fato do Produto e do Serviço

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O CDC está protegendo o consumidor de qualquer risco.

“Independentemente da existência de culpa” = responsabilidade OBJETIVA.


Defeito no produto é um dano.

I - apresentação física do produto.

III - pensa-se principalmente em produtos perecíveis.

Defeito de concepção: ex.: erro no desing de uma chapinha (questão


externa) que pode gerar um acidente inevitável (queimadura).

Defeito de fabricação: erro no acondicionamento de um produto alimentício


perecível pode gerar uma intoxicação alimentar (acidente inevitável).

Déficit de tecnologia não significa colocar em risco, então não conta.

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Parágrafo 3º

I - ex.: réplicas compradas em camelôs não são produtos colocados pela


marca no mercado.
III - ex.: o instalador colocou errado o ar-condicionado e ele queimou (culpa de
terceiros).

(responsabilidade solidária)

o direito regresso é usado quando o comerciante consegue identificar o


fabricante/produtor/construtor/importador e pede o dinheiro (pago ao
consumidor) de volta.

Serviço: profissional liberal ou rede/cooperativa que presta um serviço.

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Ex.: dentista faz um procedimento no rosto de um paciente e gera uma
infecção.

Ex.: má administração ou administração inadequada de medicamentos em


uma unidade de saúde.

“mediante verificação de culpa” - responsabilidade subjetiva.

Vício do Produto e do Serviço

(”o legislador tirou um cochilo e escreveu errado, pois o artigo 18 fala da


qualidade e o 19, da quantidade).

O caput do artigo expressa que o consumidor pode sim exigir a


substituição da parte viciada do produto. O modo que deve ser feita a
exigência é descrito nos parágrafos e incisos.

Parágrafo 1º: O consumidor pode pedir a substituição e, via de regra, o


fornecedor tem o prazo máximo de 30 dias para sanar o vício. Se passar de
30 dias, o consumidor pode escolher entre as três formas descritas nos
incisos I, II e III.

Parágrafo 2º: permite que haja uma conversação entre consumidor e


fornecedor para que cheguem a um prazo “bom” para os dois (não pode
ser <7d e >180d).

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P. 3º: quando o vício comprometer a qualidade ou características do
produto, o consumidor pode exigir e fazer jus às três formas descritas no p.
1º sem o prazo de 30 dias.

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Quando é serviço, não tem tempo específico.

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