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DIREITO DO CONSUMIDOR – RESUMO

Aula 2: Princípios básicos do Código de Defesa do Consumidor:


1. Princípio da Vulnerabilidade:
- Art. 4, I CDC.
- Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo.
- A vulnerabilidade pode ser: técnica; fática ou econômica; jurídica ou científica;
2. Princípio da Harmonia das Relações de Consumo:
3. Princípio da Repressão Eficiente de Todos os Abusos:
4. Princípio da Boa Fé:
- Art. 4, III CDC.
- É o regramento de conduta social de agir com lealdade e honestidade. Fazer o que
é certo e na medida do prometido.
- Importa em reconhecimento de um direito a cumprir em favor do titular passivo da
obrigação, o consumidor, parte mais vulnerável.
5. Princípio da Transparência:
- Não basta que o fornecedor informe ao consumidor sobre seu produto ou serviço,
é necessário que tal informação seja prestada de maneira clara, possibilitando ao
consumidor que adquira o bem de consumo de forma consciente.
6. Princípio da Segurança:
- Art. 4º [...]
V - Incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de
qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos
alternativos de solução de conflitos de consumo;
7. Princípio da Harmonia:
- O princípio da harmonia (ou equidade) é um princípio de técnica de hermenêutica
que deve estar presente na aplicação da lei. É a justiça diante do caso concreto.
OBS. 1: As normas do CDC são imperativas e de interesse social, devendo
prevalecer sobre a vontade das partes.
OBS. 2: Inversão do ônus da prova em favor do consumidor pessoa física está
prevista no art. 6, VIII do CDC e depende de apreciação judicial; é regra de
julgamento e sua apreciação é na sentença,

AULA 3: RELAÇÃO DE CONSUMO E SEUS ELEMENTOS


1. Figuras da Relação:
a) Consumidor:
PADRÃO: Art. 2 do CDC. - Toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza
produto ou serviço como destinatário final.
POR EQUIPARAÇÃO: Art. 2 par. Único do CDC – equiparam-se ao consumidor: a
coletividade de pessoas que intervém na relação de consumo; todas as vítimas do
evento; todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas previstas no
CDC.
TEORIAS:

TEORIA TEORIA TEORIA


MAXIMALISTA FINALISTA MISTA

Além de adquirir o bem A aquisição para uso,


de consumo é necessário ainda que profissional,
Consumidor é quem
saber qual a destinação caracterizará a relação
adquire o bem de
fática, efetiva, de consumo desde que o
consumo no mercado
econômica, subjetiva do adquirente não tenha
fornecedor.
bem em questão. condições de negociação
com o fornecedor.

Jurisprudência: Produto
adquirido para atender a
A jurisprudência uma necessidade própria
predominante do STJ da pessoa jurídica, não
defende que, Teoria adotada pelo se incorporando ao
excepcionalmente, o CDC em que o serviço prestado aos
Código de Defesa do consumidor, além de clientes.
Consumidor se aplica no destinatário fático, deve
caso em que o produto ser também o (AgRg no REsp
ou serviço é contratado destinatário econômico 1321083/PR, Rel.
para implementação de dos bens e serviços. Ministro Paulo de Tarso
atividade econômica, Sanseverino, Terceira
adotando, portanto, a Turma, julgado em
teoria maximalista; 09/09/2014, DJe
25/09/2014.)

Teoria em descompasso
com o espírito das
normas de consumo,
como o princípio da
vulnerabilidade do
consumidor

b) Fornecedor:
Art. 3 do CDC: É toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação,
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
- Fornecedor de Produtos: Art. 3 § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,
material ou imaterial.
- Fornecedor de serviços: Art. 3 § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no
mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária,
financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter
trabalhista.
- Uma pessoa física poderá ser considerada como fornecedor em uma relação
jurídica consumerista? Sim, desde que exerça uma atividade que ao menos se
equipare a caracterização do fornecedor. Tal variação vai desde o formal (com o
devido registro nos órgãos competentes) ao informal (o que exerce sem o registro
citado, mas preenchendo as características da habitualidade remuneração entre
outros).
- Qualquer pessoa prejudicada por publicidade enganosa pode, em princípio, buscar
indenização, mesmo não tendo contratado nenhum serviço.
- Art. 22. CDC. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias,
permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a
fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais,
contínuos.
- O comerciante será responsável por fato do produto, quando o produto for
fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor ou
importador.

AULA 5: DIREITOS BÁSICOS:


1) Vida, saúde e segurança: Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas
no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
- Quando o produto tem potência de nocividade ou periculosidade, o fornecedor
deve apresentar ao consumidor as informações sobre seu uso, possíveis riscos à
saúde, através de rótulo.
- Produtos nocivos: cigarro, bebida alcoólica.
- Produtos perigosos: fogos de artifício.
- Serviço perigoso: demolição de prédios.
- Serviço nocivo: dedetização, tratamento de piso.
2) Educação para o consumo: Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços,
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
3) Informação: Art. 6º III - a informação adequada e clara sobre os diferentes
produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características,
composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que
apresentem;
- O direito à informação, trazido no inciso III faz abrir para o fornecedor o dever de
informar e permite ao consumidor escolher seu produto ou serviço de forma
consciente, é o que se chama de consentimento informado (ou esclarecido). Essa
informação integrará o contrato, convergindo em um verdadeiro “pré-contrato”.
4) Publicidade: Art. 6º IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva,
métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas
abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
- a publicidade abusiva é mais grave que a enganosa, pois induz o consumidor a ter,
entre outros, um comportamento que pode gerar dano físico/psíquico. Tal qual como
o uso desmesurado de medicamentos que prometem emagrecimento rápido e sem
esforço. Outra conotação são anúncios publicitários que incitam a violência.
- Hipervulnerável: O hipervulnerável do art. 39, IV trata de consumidores que, em
virtude de sua idade, saúde, conhecimento ou condição social a terem um
comportamento de aquisição de bens de consumo que não se presta a suas
necessidades.

AULA 6: DIREITOS BÁSICOS PT. 2:

1) Prevenção e reparação de danos: É um direito básico do consumidor não


apenas à efetiva prevenção (arts. 8, 9 e 10 do CDC), mas quando houve o dano, a
reparação seja realizada a título individual ou em “massa”. Tal situação permite
que determinadas situações sejam judicializadas em uma única demanda e
resolvida da mesma forma. Gerando economia processual e realizando o ideal
Constitucional da “duração do processo”.

2) Direitos ou interesses difusos: os transindividuais, de natureza indivisível, de


que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;

• Diversos lesados – indetermináveis.


• Pessoas ligadas por um fato – não há aquisição.
• V.g. comercial abusivo / enganoso.

3) Direitos ou interesses coletivos: os transindividuais, de natureza indivisível de


que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a
parte contrária por uma relação jurídica base;

• Diversos lesados – determináveis.


• Pessoas ligadas por uma relação jurídica base.
• V.g. aumento abusivo de plano de saúde em detrimento de idade

4) Direitos ou interesses homogêneos: decorrentes de origem comum.

• - Diversos lesados – determináveis.


• - Pessoas ligadas por origem comum.
• - V.g. acidente em aviação comercial.

5) Equilíbrio nas relações de consumo:

Art. 6. V - a: modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações


desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem
excessivamente onerosas;

Cláusula abusiva X Revisão de contrato

Cláusula abusiva: Pode ser pleiteada a modificação da cláusula porque são


concomitantes à formação do contrato.

Revisão de Contrato: Pode ser pleiteada em razão de um fato superveniente porque


o contrato nasceu equilibrado.

6) Inversão do ônus da prova: é o instrumento de proteção processual ao


consumidor, e é positivado no inciso VIII. Desde que, minimamente, cumpra os
requisitos da verossimilhança e hipossuficiência.

- Inversão ope legis: Essa modalidade processual indica que o fornecedor deverá
provar, ônus seu, que não fez ou que outra pessoa, inclusive o próprio consumidor,
é o responsável pelo evento dano. Caso contrário, como determina o texto legal, o
fornecedor responderá pelo dano.

- A inversão do ônus da prova deve ser determinada na fase de saneamento; “é no


despacho saneador. Inclusive para que as partes possam, diante do caso concreto,
se exsurgir (agravar) da prova a que ficou seu encargo. Conforme art. 6, VIII da Lei
8.078 de 1990 e art. 357, III da Lei 13.105 de 2015.”

AULA 7: RESPONSABILIDADE CIVIL NAS RELAÇÕES DE CONSUMO, PT.1:

1) “Haverá fato do produto ou do serviço sempre que o defeito, além de atingir a


incolumidade econômica do consumidor, atinge sua incolumidade física ou
psíquica’’

2) Vício do produto por quantidae e qualidade – art. 18

3) Prazo de análise:

- SE O VÍCIO NÃO FOR SANADO EM NO MÁX 30 DIAS, O CONSUMIDOR


PODE EXIGIR A SUBSTITUIÇÃO DO PRODUTO POR OUTRO DE MESMA
ESÉCIE, EM PERFEITAS CONDIÇÕES DE USO; RESTITUIÇÃO DO
VALOR; O ABATIMENTO PROPORCIONAL DO PREÇO.
- CASO O PRAZO DE 30 DIAS SEJA ULTRAPASSADO, PODERÃO AS
PARTES FLEXIBILIZAR O PRAZO EM NÃO MENOS DE 7 DIAS E NÃO
MAIS DO QUE 180 DIAS, DEVENDO O CONSUMIDOR ESTAR
DEVIDAMENTE CIENTE DO CASO.

4) Da impropriedade e inadequação:

- Art. 18 $6 : São impróprios ao uso e consumo:


- Art. 19: vício do produto por quantidade:

Devendo requerer: I- O abatimento proporcional do preço; II-


Complementação do peso ou medida; III- Substituição do produto por outro
de mesma espécie, marca ou modelo, sem os aludidos vícios; IV- A
restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, com perde
e danos.

- Art. 20: Vício do serviço:

O vício do serviço é tipificado quando incorre nas hipóteses em que o mesmo


seja inadequado ou não atenda às normas regulamentares de sua prestação.
Sanções:

Caso o serviço seja confiado a terceiros, o fornecedor direto terá responsabilidade


direta e imediata sobre aquele. Sob o manto da responsabilidade através da
preposição.
OBS:
• Caso o defeito seja aparente ou de fácil constatação (produtos riscados, com
mau ou funcionamento), o prazo é de 30 dias para bens ou serviços não
duráveis e de 90 dias para bens ou serviços duráveis.
• Não duráveis são aqueles de pouca durabilidade, como os alimentos
perecíveis (frutas etc). Os duráveis, por sua vez, têm maior resistência, a
exemplo dos eletrodomésticos.
• A contagem do prazo tem início a partir da efetiva entrega do produto ou,
tratando-se de serviço, após sua total execução.
• Prazo para reclamar vicio oculto de produto: 90 dias a partir da constatação
do vicio. Art. 26, parágrafo terceiro do CDC
• Se a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial, ou seja, por
telefone, internet, na residência, no trabalho, reembolso postal, quiosques,
feiras, etc, o consumidor têm um prazo de até sete dias, contados da
assinatura do contrato ou prestação de serviço, para exercitar o direito de
arrependimento.

Direito do Consumidor / Aula 8 - A responsabilidade civil nas relações de consumo II


- Responsabilidade pelos serviços prestados por profissionais liberais que constitui a
única exceção ao sistema da responsabilidade civil objetiva que reina quase
absoluta em termos de relação de consumo.
- Fato do produto:
- Lei .8078/1990:
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas,
manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e
riscos.

- Caracterização do fato do produto:


responsabilidade objetiva
- O defeito do produto: Art. 12 (...)
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele
legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias
relevantes, entre as quais:
I - sua apresentação; (Informação inadequada, falha, insuficiente)
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; (Se o produto é
utilizado dentro da normalidade não pode causar danos. Ex: Uma bebida não
pode conter nada que seja diferente do informado. Ácido, pedaços de
animais etc.)
III - a época em que foi colocado em circulação. (Diz respeito ao risco do
desenvolvimento. Produto que foi colocado no mercado sem que fosse
esgotado os testes de nocividade/periculosidade ao consumido)
- Produto obsoleto: § 2° O produto não é considerado defeituoso pelo fato de
outro de melhor qualidade ter sido colocado no mercado.
-

- Fato do serviço: Art. 14. O fornecedor de serviços responde,


independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.
- Caracterização do fato do serviço:
tratamos, exclusivamente, de serviços. Nos termos do art. 3º §2º do CDC;
responsabilidade objetiva;
- Defeito do serviço:
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
- Serviço obsoleto:
Art. 14. (...)
§ 2° O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
- A responsabilidade civil dos profissionais liberais
Lei .8078/1990:
Art. 14. (...)
§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada
mediante a verificação de culpa.
- Excludentes de responsabilidade - inversão ope legis (quebra” do nexo de
causalidade.)
Art. 12 (...)
§ 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será
responsabilizado quando provar:
I - que não colocou o produto no mercado;
II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
- Art. 14 (...)
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

OBS:
• Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade
for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos
consumidores.
• Causas de excludente de responsabilidade do fornecedor de serviços: O
fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar culpa
exclusiva do consumidor ou de terceiro, ou quando provar que, tendo
prestado o serviço, o defeito inexiste. Art. 14 CDC.

Direito do Consumidor / Aula 9 - A prescrição e a decadência nas relações de


consumo
- Prescrição: Prescrição é a perda de pretensão de reparação de direito
violado.
- Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano
e de sua autoria.
- Tal prazo é aplicável, exclusivamente, à responsabilidade civil nas relações
de consumo: Por fato do produto e do serviço; e por força do princípio da
especifidade.
- Em caso de fato do produto ou serviço, o prazo prescricional inicia-se a partir
do conhecimento do dano e de sua autoria.

- Decadência: é a perda de um direito potestativo, pela inércia do titular.


- Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação
caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de
produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos
duráveis.
- vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar
evidenciado o defeito.
- Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do
produto ou do término da execução dos serviços.
- - O direito de reclamar pelos vícios ocultos no produto caduca em 90 dias,
quando se tratar do fornecimento de serviços e de produtos duráveis.
- OBS: Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso
às informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e
de consumo arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas
fontes.
§ 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e
cadastros, poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no
prazo de cinco dias úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários
das informações incorretas.
- CDC. Art. 43, § 1º Os cadastros e dados de consumidores devem ser
objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão, não
podendo conter informações negativas referentes a período superior a cinco
anos.
- CDC. Art. 43, § 5º Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do
consumidor, não serão fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção
ao Crédito, quaisquer informações que possam impedir ou dificultar novo
acesso ao crédito junto aos fornecedores.
- Conforme se depreende do § 1º, não podem subsistir quaisquer informações
negativas por período superior a 5 anos, a contar da data de inscrição. O §
5º, por sua vez, determina a retirada de tais informações negativas quando
consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor.
- A jurisprudência do STJ se firmou no sentido de que o prazo prescricional
referido no art. 43, § 5º, do CDC, é o da ação de cobrança, não o da ação
executiva.
Direito do consumidor / AULA 10 - Aspectos Processuais, Penais e Administrativos
- A processualística consumerista - Lei 8.078 de 1990:
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses protegidos por este
código são admissíveis todas as espécies de ações capazes de propiciar sua
adequada e efetiva tutela.
- Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da
demonstração de perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo,
quando:
- I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte.
- As cláusulas de eleição de foro beneficiando apenas o fornecedor são tidas
por inexistentes.
- O fornecedor que deixa de organizar dados fáticos, técnicos e científicos que
dão base à publicidade pratica crime contra as relações de consumo.
- Entre as circunstâncias agravantes aos crimes tipificados no Código, temos
aquela cometida por pessoa cuja condição econômico--social seja
manifestamente superior à da vítima.
- De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, as ações coletivas para
a defesa de interesses ou de direitos coletivos não induzem litispendência
para as ações individuais.
- Nas ações coletivas para a defesa de interesses individuais homogêneos: em
caso de concurso de créditos decorrentes de condenação em ações civis
públicas e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo
evento danoso, estas terão preferência no pagamento.

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