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Com carinho,
Equipe Ceisc ♥
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem
Direito do Consumidor
1. Relação de consumo
Situação 1:
*Para todos verem: esquema
Situação 2:
Qual a diferença?
Situação 1: Trata-se de uma relação civil, regulada/normatizada pelo Código Civil. Ainda que
Patrícia tenha comprado como uma destinatária final, Maitê não é considerada fornecedora, visto que
não faz isso como sendo sua atividade.
Situação 2: Ao comprar da loja como destinatária final, Patrícia é consumidora e a loja é
fornecedora, configurando-se a relação de consumo.
Neste caso (situação 2) qual legislação incidirá? Código de Defesa do Consumidor.
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2. Consumidor
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3. Fornecedor
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comerciantes poderão ser responsabilizados. Não importa se regularizado ou não, com CNPJ ou
não.
4.1. Produto
O produto pode ser todo bem móvel ou imóvel, material ou imaterial. Também tempos
produtos duráveis (bens que não se extinguem após uso regular, ainda que sofram desgastes,
tais como carro, mesa, brinquedos etc.) e produtos não duráveis (tais como alimentos e
remédios.)
4.2. Serviços
Segundo o parágrafo segundo serviço é: “qualquer atividade fornecida no mercado de
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e
securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.”
Assim, as atividades de serviço podem ser de natureza material, financeira ou intelectual,
prestadas por entidades públicas ou privadas, mediante remuneração.
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Tais direitos devem ser utilizados em favor do consumidor, a parte vulnerável da relação
de consumo.
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E o comerciante?
Importante: O comerciante possui responsabilidade quando se fala de fato de produto:
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando:
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados;
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor
ou importador;
III – não conservar adequadamente os produtos perecíveis [...]
Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito
de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do
evento danoso.
Art. 14, §1º. O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor
dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as
quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
Também já nos fala o parágrafo segundo do artigo 14 que o serviço não é considerado
defeituoso pela adoção de novas técnicas.
Em decorrência da dificuldade em se saber quem são os eventuais agentes da cadeia de
fornecimento, o CDC fala em fornecedor. Assim, todos os participantes da cadeia de serviços
são fornecedores e poderão responder para com o consumidor.
Importante: A responsabilidade dos profissionais liberais está prevista no art. 14, §4 do
CDC e é uma exceção à responsabilidade objetiva. Assim, para que haja a configuração do dever
de indenizar do profissional liberal é necessário que consumidor demonstre que este profissional
agiu com culpa.
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Substituição do
produto
Abatimento do
preço
Art. 18, § 3°. O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo
sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder
comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar
de produto essencial.
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Substituição do produto
Restituição da quantia
paga
Consumidor
pode exigir
Abatimento do preço
Complementação do peso
ou medida
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da
disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo
o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos;
III - o abatimento proporcional do preço.
Reexecução do
serviço
Abatimento do preço
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30 90
dias Fornecimento dias
Produtos
de produtos
duráveis
não duráveis
A) Pratice Ltda. funciona como mera intermediadora entre os hotéis e os adquirentes do título do
clube de pontos, não respondendo pelo evento danoso.
B) Há legitimidade passiva da Pratice Ltda. para responder pela inadequada prestação de serviço do
hotel conveniado que gerou dano ao consumidor, por integrar a cadeia de consumo referente ao
serviço que introduziu no mercado.
C) Trata-se de culpa exclusiva de terceiro, não podendo a intermediária Pratice Ltda. responder pelos
danos suportados pelo portador título do clube de pontos.
D) Cuida-se de hipótese de responsabilidade subjetiva e subsidiária da Pratice Ltda. em relação ao
hotel conveniado.
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A) Poderá ser afastada a responsabilidade civil da fabricante, se esta comprovar que o dano decorreu
exclusivamente de reação alérgica da consumidora, fator característico daquela destinatária final,
não havendo, assim, qualquer ilícito praticado pela ré.
B) Existe a hipótese de culpa exclusiva da vítima, na medida em que o CDC descreve que os produtos
não colocarão em risco a saúde e a segurança do consumidor, excetuando aqueles de cuja
natureza e fruição sejam extraídas a previsibilidade e a possibilidade de riscos perceptíveis pelo
homem médio.
C) O fornecedor está obrigado, necessariamente, a retirá-lo de circulação, por estar presente defeito
no produto, sob pena de prática de crime contra o consumidor.
D) Cuida-se da hipótese de violação ao dever de oferecer informações claras ao consumidor, na
medida em que a periculosidade do uso de produto químico, quando composto por substâncias
com potenciais alergênicos, deve ser apresentada em destaque ao consumidor.
8.1. Publicidade
O Código de Defesa do Consumidor proíbe a prática da publicidade enganosa e abusiva.
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A) A comunicação mercadológica realizada por youtubers mirins para o público infantil não pode ser
considerada abusiva em razão da deficiência de julgamento e experiência das crianças, porque é
realizada igualmente por crianças.
B) A publicidade que se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança ou se
prevaleça da sua idade e conhecimento imaturo para lhe impingir produtos ou serviços é
considerada abusiva.
C) A publicidade não pode ser considerada abusiva ou enganosa se o público para a qual foi
destinado, de forma fácil e imediata, identifica a mensagem mercadológica como tal.
D) A publicidade dirigida às crianças, que se aproveite da sua deficiência de julgamento para lhe
impingir produtos ou serviços, é considerada enganosa.
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indicada.”
Inciso II – Recusa de atendimento à demanda do consumidor: “Recusar atendimento
às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda,
de conformidade com os usos e costumes.”
Inciso III – Fornecimento de produto ou serviço não solicitado: “Enviar ou entregar ao
consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto ou fornecer qualquer serviço.” Também o
parágrafo único: “Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor,
na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de
pagamento.”
Súmula 532 STJ: “Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem
prévia e expressa solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à
aplicação de multa administrativa”.
Inciso VI – Orçamento prévio: “Executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento
e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre
as partes.”
A obrigação de fornecer orçamento prévio não é absoluta, já que há casos de urgência
em que o orçamento nem sempre é possível, tais como atendimento médico/hospitalar.
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio
discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem
empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos
serviços.
§ 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez dias,
contado de seu recebimento pelo consumidor.
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9. Da Proteção Contratual
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que:
I - impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do fornecedor por vícios de
qualquer natureza dos produtos e serviços ou impliquem renúncia ou disposição de
direitos. Nas relações de consumo entre o fornecedor e o consumidor pessoa jurídica, a
indenização poderá ser limitada, em situações justificáveis;
II - subtraiam ao consumidor a opção de reembolso da quantia já paga, nos casos previstos
neste código;
III - transfiram responsabilidades a terceiros;
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor
em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade;
V - (Vetado);
VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor;
VII - determinem a utilização compulsória de arbitragem;
VIII - imponham representante para concluir ou realizar outro negócio jurídico pelo
consumidor;
IX - deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, embora obrigando o
consumidor;
X - permitam ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de maneira
unilateral;
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Obs.: Há limite para a cláusula penal moratória em casos de contrato de consumo e não
pode passar de 2% conforme o art. Art. 52 § 1°: “As multas de mora decorrentes do
inadimplemento de obrigações no seu termo não poderão ser superiores a dois por cento do
valor da prestação.”
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua
assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contrataçãode
fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial,
especialmente por telefone ou a domicílio.
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A) A cláusula que limita o valor da indenização pelo furto ou roubo do bem empenhado é abusiva e
nula, ainda que redigida com redação clara e compreensível por José e em destaque no texto,
pois o que a vicia não é a compreensão redacional e sim o direito material indevidamente limitado.
B) A cláusula que limita os direitos de José em caso de furto ou roubo é lícita, uma vez que redigida
em destaque e com termos compreensíveis pelo consumidor, impondo-se a responsabilidade
subjetiva da instituição financeira em caso de roubo ou furto por se tratar de ato praticado por
terceiro, revelando fortuito externo.
C) O negócio realizado não configura relação consumerista devendo ser afastada a incidência do
Código de Defesa do Consumidor e aplicado o Código Civil em matéria de contratos de mútuo e
de depósito, uma vez que inquestionável o dever de guarda e restituição do bem mediante
pagamento do valor acordado no empréstimo.
D) A cláusula que limita o valor da indenização pelo furto ou roubo do bem empenhado é lícita, desde
que redigida com redação clara e compreensível e, em caso de furto ou roubo do colar, isso será
considerado inadimplemento contratual e não falha na prestação do serviço, incidindo o prazo
prescricional de 2 (dois) anos, caso seja necessário ajuizar eventual pleito indenizatório.
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Súmula 597 STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência ou de urgência
é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da
contratação.
Súmula 608 STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano
desaúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.
A) terá que custear ambas as cirurgias, porque configuram tratamentos, sendo a cirurgia plástica
medida reparadora; portanto, terapêutica.
B) terá que custear apenas a cirurgia de gastroplastia, e não a plástica, considerada estética e
excluída da cobertura dos planos de saúde.
C) não terá que custear as cirurgias, exceto mediante previsão contratual expressa para esses tipos
de procedimentos.
D) não terá que custear qualquer das cirurgias até que passem a integrar o rol de procedimentos da
ANS, competente para a regulação das coberturas contratuais.
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