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Mapas Mentais

Olá, ceisquer!
Parabéns, você topou nosso desafio e agora chegou a hora de entrar para o
o

Bloquinho Ceisc! Nosso material premiação foi elaborado com muito amor ee

carinho pela nossa equipe de super professores para que a sua aprovação
aprovação

venha com segurança.


Bora sambar na cara da FGV e aprovar no 37º Exame?
A seguir você encontrará nossos Mapas Mentais com o top 5 assuntos mais
mais

relevantes cobrados pela FGV até o último exame.


Pega a tua água, ajeita a postura e vem pro carnaval da aprovação do Ceisc!

Ética

Atuação profissional: Professor,


advogado e palestrante.
Formação acadêmica: Mestre
em Direitos Sociais e Políticas
Públicas. Especialista em Direito
Processual.

Prof. Leonardo Fetter


Comunicação com o Cliente Prisão em Flagrante
do Advogado
Atenção
O advogado tem direito de, quando for preso em decorrência do

exercício da profissão, ter a presença de representante na OAB na

Tem direito, o advogado, a comunicar-se

lavratura do flagrante.
pessoal e reservadamente com seu cliente

(mesmo sem procuração). O motivo da prisão em flagrante tem que ser ligado ao exercício

da advocacia. E a lavratura do flagrante sem a presença de

representante da Ordem gerará a nulidade da prisão.

Direitos e

Inviolabilidade do

Escritório
Prerrogativas do Prerrogativas do

Advogado Advogado
Art. 6º do e Art. 7º

do CED
É garantido ao advogado a

inviolabilidade dos seus

instrumentos de trabalho – aí
Deveres do
incluídos todos os documentos
Local da Prisão Advogado
relativos ao serviço da advocacia.

Esta inviolabilidade pode,


Tem direito o advogado, antes de

excepcionalmente, ser quebrada,


Arts. 5º, 6º e 7º do CED
sentença condenatória transitada

existindo indícios de autoria e


em julgado, de ser recolhido

materialidade contra o advogado,


a) O exercício da advocacia é incompatível com

preso em sala de Estado Maior.


mediante ordem judicial

qualquer procedimento de mercantilização (art. 5º).
(específica e fundamentada),
Segundo decisões reiteradas do STF,
b) É defeso ao advogado expor os fatos em Juízo ou na

cumprida na presença de
a falta de instalações condignas para
via administrativa falseando deliberadamente a
Importante
representante da OAB. receber o advogado lhe garante o
verdade e utilizando de má-fé (art. 6º).

direito de prisão domiciliar (sempre

c) É vedado o oferecimento de serviços profissionais

até o trânsito em julgado da decisão


que impliquem, direta ou indiretamente, angariar ou
condenatória). captar clientela (art. 7º).
Desagravo Sigilo Profissional
O sigilo profissional do advogado é inerente à
Art. 18 e 19 do
profissão – não depende de cláusula de
Regulamento Geral confidencialidade. Importante: abrange toda e
qualquer comunicação entre cliente e advogado.

Exceções
Em defesa própria;
O desagravo é a forma que a OAB tem, como

instituição de classe, de responder a ofensas


Grave ameaça ao direito à vida, à honra;
exaradas contra advogados no exercício (ou

em razão) da profissão. Quando o advogado se veja afrontado pelo

próprio cliente.

Direitos e Prerrogativas

Exame de Autos do Advogado Relação com


O advogado tem direito a vistas dos autos em o Magistrado
andamento (ou arquivados), mesmo sem
procuração – este direito garante a possibilidade Possibilidade de

de tirar cópia e fazer apontamentos. conversar com o juiz

independentemente de

Atenção
Exame de Inquérito Policial hora marcada (ser

atendido).
Porém, caso os autos estejam protegidos
Tem direito, o advogado, de fazer cópias e

por sigilo, para ter acesso será necessária


apontamentos de autos de prisão em

a procuração. flagrante ou inquérito policial, findo ou em

andamento, mesmo sem procuração. Será

necessária a procuração apenas quando o

Inquérito Policial estiver sob sigilo.


Para ter vista dos autos sem procuração
Para ter carga dos autos com procuração
Arts. 22 a 26 do Estatuto da OAB

Corresponde à remuneração ao profissional


da advocacia pelos serviços prestados. São
divididos em três tipos:
Honorários de
a) convencionados;
b) arbitrados;
Honorários Arbitrados
Sucumbência c) sucumbência.
Serão fixados pelo Poder Judiciário, mediante
postulação (ação do advogado contra o
cliente), pois não foram convencionados
Art. 85, § 2° do CPC previamente. Ou seja, ausente o contrato
escrito entre cliente e advogado, negando-se
Sucumbência: fixados pelo
o cliente a efetuar o pagamento, a alternativa
Poder Judiciário; do profissional da advocacia será entrar com

Honorários
uma ação contra o cliente, pedindo que o juiz
arbitre os honorários.

Advocatícios
Honorários
Honorários Assistenciais
convencionados Prescrição dos
Fixados na Justiça do Trabalho, em

Honorários benefício dos advogados contratados

pelos sindicatos para defesa de direitos

Fixados entre advogado e cliente coletivos.


A pretensão de cobrar os honorários
prescreverá em 5 (cinco) anos, prazo

este contado (dependendo de cada


Honorários cota litis
caso, ou da origem dos honorários).
Honorários quotas litis são aqueles

fixados entre cliente e advogado em

percentual sobre o sucesso na

demanda.
Sanções Disciplinares Censura Suspensão
Arts. 35 a 43 do Estatuto

Art. 36 do Estatuto Art. 37 do Estatuto


Para serem aplicadas, exigem devido processo legal , ou
É aplicada, quando o advogado
Aplicada a pena de suspensão,

seja, processo disciplinar válido. Dividem-se em Censura,


comete atos contrários ao Código.
ficará o advogado proibido de

Suspensão e Exclusão. Não é pública e consiste em


exercer a advocacia em todo o

registrar no prontuário do
território nacional.
advogado a pena.

Infrações que podem na

pena de suspensão:

Infrações e Sanções
todas que envolvam

dinheiro;

Disciplinares erros reiterados,

configurando inépcia;
retenção abusiva de

Infrações autos;

conduta inadequada

Art. 34 do Estatuto (envolvimento em drogas,

escândalos etc).
Será aplicada quando houver:
a) prova falsa de requisito da inscrição;

As infrações são condutas negativas ou b) falta de idoneidade moral para o

exercício da advocacia;
Exclusão
comportamentos indesejados do advogado,
definidas e tipificadas pelo Estatuto (e não c) prática de crime infamante; Art. 38 do Estatuto
podem ser objeto de interpretação extensiva
ou analógica). Apenas os inscritos na OAB d) terceira suspensão. É a pena mais grave, será

podem cometer infração disciplinar (não há pública e gerará o

como responsabilizar terceiro, não inscrito). cancelamento da inscrição.


Conselho Federal
Conselhos Seccionais
Arts. 51 a 55 do Estatuto

Arts. 56 a 59 do Estatuto
1. Presidente
2. Diretoria Um Conselho Seccional por Estado. É composto do Presidente e sua

3. Câmaras julgadoras Diretoria, bem como dos Conselheiros Estaduais (estes têm direito de
4. Órgão especial do conselho pleno votar, de decidir e deliberar – e o voto é unipessoal, diferente do

5. Conselho Pleno Conselho Federal, que é por delegação.

Importante:

Caixa de Assistência dos

O voto é por delegação; Advogados


A competência do Conselho Federal está

Órgãos de

instituída nos incisos do art. 54 do Estatuto. Art. 62 do Estatuto


A Caixa de Assistência dos

Gestão da OAB Advogados (CAA) é vinculada ao

Conselho Seccional e tem como

objetivo prestar assistência aos

advogados inscritos (órgão

assistencial).

Subseção Tribunal de Ética e disciplina (TED)

Arts. 60 e 61 do Estatuto Art. 71 do Código de Ética e Disciplina

A Subseção é parte autônoma do Conselho Seccional,


abrange um ou mais municípios, desde que possua, pelo Importante:
menos, 15 advogados a ela vinculados, de acordo com o
A principal atribuição será de julgar, em primeiro
art. 60 do Estatuto. Quando tiver mais de cem grau, o processo disciplinar – seria a primeira
advogados inscritos e vinculados, a subseção pode criar instância (a segunda instância seria uma das
seu Conselho, conforme o § 3º do art. 60 do Estatuto Câmaras vinculadas ao Conselho Seccional, ou
seja, o recurso contra decisão do TED).
Conceito e formação da

Sociedade de Advogados

Sociedade de advogados Inscrição no Conselho Seccional


Pessoa jurídica, formada única e
O sócio deve ter inscrição (principal

exclusivamente por advogados, com o


ou suplementar) no Conselho

objetivo de atuar em atividades


Seccional onde a sociedade de
privativas da advocacia. Adquire
advogados foi registrada.
personalidade jurídica (passa a ser
titular de direitos e obrigações) com o

registro de seus atos constitutivos junto

ao Conselho Seccional competente.


Sociedade de

Advogados

Importante: Inclusão do art. 17-A ao Estatuto Filial da Sociedade


Não é registrada na Junta Comercial
No art. 17-A do Estatuto, passa a ser prevista a
A sociedade de advogados pode ter filial,

ou em outro Cartório Extrajudicial. O


figura do advogado associado, possibilitando
desde que seja em outro Conselho

registro de seus atos constitutivos é


que o advogado possa associar-se a uma ou
Seccional (não poderá a sociedade ter filial

junto ao Conselho Seccional


mais sociedades de advogados ou a
no mesmo Conselho Seccional onde está a

competente. sociedade registrada).


sociedades unipessoais de advocacia, sem

vínculo empregatício, para prestação de

serviços e participação nos resultados.


Filosofia do Direito

Atuação profissional: Advogado e

Professor.
Formação acadêmica: Mestre em

Direito pela Universidade de Santa

Cruz do Sul/RS - UNISC, na linha de

pesquisa Constitucionalismo

Contemporâneo, com bolsa CAPES.

Prof. Douglas Azevedo


Norberto Bobbio
Antinomias
Lacunas As lacunas próprias podem ser resolvidas
1) Próprias: espaço vazio no sistema; por meio da: 1) Aparentes/solúveis: critérios de solução:
2) Impróprias: originam-se da comparação 1) Heterointegração: busca-se alternativa a) critério cronológico;
do sistema real versus ideal (Ex.: a lei sobre fora do ordenamento – direito natural, b) critério hierárquico;
aborto brasileira é injusta se comparada com internacionais, costume, doutrina etc.; c) critério da especialidade.
a legislação alemã sobre o tema). 2) Autointegração: busca-se alternativa 2) Reais/insolúveis: incompatibilidade,

dentro do ordenamento (analogia, “impossível” de resolver.


princípios gerais do direito, interpretação
extensiva).

Montesquieu
Para o autor as leis decorrem
Rudolf Von Ihering Outros Autores e
da realidade social e histórica
de um povo: não há justo ou

Teorias Fundamentais
Um dos pontos explorados pelo jurista injusto, mas, sim, uma situação
é a ideia de luta pelo Direito e de o do que é adequado naquele
direito ser uma força viva. A paz é o fim contexto. Dentro do contexto
que o direito almeja, a luta é o meio. da monarquia inglesa:
Luta dos povos, Estado, classes, liberdade é fazer tudo o que as
indivíduos, etc. Assim, os direitos não leis permitem.
surgem espontaneamente na cabeça
dos legisladores, mas precisam sempre
ser reivindicados pela população.
Teoria Tridimensional do
Direito de Miguel Reale
Regras e Princípios:
Hannah Arendt
Teoria Tridimensional do Direito: para
Ronald Dworkin Reale, direito é fato (algo acontece no
A autora destaca a importância do
Regras e princípios podem ser utilizados mundo), valor (a percepção social
direito a se ter direitos, o que muitas
para resolver situações jurídicas, contudo, sobre esse acontecimento - é algo
vezes implica pertencer a determinada
possuem uma estrutura diferente. Regras bom ou ruim?) e norma (uma lei
comunidade que o aceite (o apátrida) e
são fechadas e se aplicam no modelo tudo regulamentando ou proibindo o fato).
garanta seus direitos.
ou nada. Princípios são abertos e devem Esses elementos estão em constante
ser aplicados ao máximo possível. correlação.
Immanuel Kant

Utilitarismo
A ética perpassa o debate sobre: o que é a
coisa certa a se fazer. Kant entende que Entendem que o critério para definir se
existe uma lei moral universal, o uma ação é correta ou não está no
imperativo categórico - age de forma que resultado que ela provoca: se o saldo de
a máxima da tua ação possa ser uma lei felicidade que meu agir gera é maior que
universal. o saldo de sofrimento, a ação é correta.

Teorias Éticas

John Stuart Mill


Jeremy Bentham

Para Bentham, as ações são boas quando Mill também é um crítico da chamada “ditadura das
promovem a felicidade (ação moralmente correta) maiorias” – mostra que, num modelo democrático,
e más, quando geram infelicidade (moralmente muitas vezes é possível que o interesse de grupos
incorreta). Para melhor representar a teoria do majoritários seja prejudicial a grupos minoritários, os
autor, vale citar o seu princípio da utilidade: toda quais devem, portanto, ter seus direitos resguardados
ação deve ser aprovada/rejeitada conforme pelo Direito. Ou seja, mesmo dentro do cálculo
tendência de aumentar ou reduzir o bem-estar utilitarista, Mill entende que violar direitos de uma
(seu e geral). minoria é pior para o todo.
Herbert Hart

Normas Primárias Normas Secundárias


São regras de obrigação que impõem Surgem para corrigir defeitos das normas
condutas ou abstenções. primárias. Se dividem em:

a) Modificação;
b) Julgamento;
c) Reconhecimento.

Positivismo Jurídico e

Jusnaturalismo
Hans Kelsen
Gustav Radbruch
Norma Fundamental
Kelsen abordou o direito como ciência: Para Kelsen, o ordenamento obedece O autor tece críticas à obediência cega das leis
se existem leis que explicam a uma ordem escalonada, na qual a positivas – direito passava a ser equivalente à
natureza e são válidas em todo o Constituição Federal está acima das força – quer dizer, algo que não se questiona,
mundo, o direito também deveria ter leis. Contudo, existe algo acima da obedece-se sem questionar e não deixa espaço
validade objetiva e uma base universal. Constituição Federal - a norma para o seu não cumprimento.
Este aspecto é fundamental na fundamental, que é pressuposta e Assim, o jurista propõe uma espécie de
compreensão da obra do autor: a hipotética. “retorno” aos modelos anteriores ao
separação do direito entre o que ele é positivismo, a saber, o jusnaturalismo,
na prática jurídica (ser) do que ele é ressaltando a existência de princípios maiores
como ciência (dever ser). que a lei (supralegais) e que, portanto,
transcenderiam o direito positivo.
Thomas Hobbes
O Leviatã
O ponto de partida para Hobbes é o
Para romper esse estado de insegurança,
Estado de natureza, quer dizer, um
momento anterior ao surgimento do
os homens juntam-se e, por um ato de John Locke
vontade, celebram o contrato social (que,
Estado e da sociedade. Nesse momento, o
como contrato celebrado, deve ser
autor entende que os homens, imbuídos
cumprido), pelo qual transferem seus
de um forte senso de autopreservação, O Estado de natureza também é o ponto
direitos e liberdades a outro homem, que
viviam num estado de guerra de todos de partida, mas, diferentemente do
passará a governar todos, criando
contra todos, em que imperava a modelo hobbesiano, para Locke o homem
mecanismos para proteger o direito à vida.
insegurança e o medo, razão pela qual tende a ser bom e viver bem. Existem
afirmou ser o homem o lobo do próprio alguns direitos no Estado de natureza
homem. (direitos naturais), a saber: a vida, a

Contratualismo propriedade privada, a liberdade. Tem-se,


pois, a adoção de uma visão jusnaturalista,
na qual já existiam direitos na natureza
derivados da razão humana, mesmo antes
do surgimento do Estado.

Rousseau
No Estado natural de Rousseau:
Do Contrato Social
o homem é bom;
ele era solitário (grupo familiar, no máximo) e os
O contrato social seria celebrado para sair
indivíduos respeitavam a liberdade uns dos outros;
desse Estado de sociedade para um novo
o eventual crescimento populacional acaba por modelo. Para isso, seria necessário romper a
instituir o chamado Estado de sociedade, no qual alienação inicial dos oprimidos e instaurar
alguns homens tomam para si a propriedade, dando um modelo de democracia participativa
início a uma sociedade desigual e corrompida; pautada na ideia de vontade geral –
as leis protegem os ricos etc; entendida como o substrato das vontades
coletivas.
há, portanto, a corrupção do homem pela sociedade;
não há liberdade, pois só alguns fazem as leis.
Os Socráticos

Sócrates

Antes Depois
Elemento essencial para se compreender Antes de Sócrates, a principal Passou-se então a se debater a
este período reside na relação sujeito-pólis questão debatida pelos filósofos era humanidade e suas relações sociais,
(cidade), isto é, o indivíduo do período era cosmológica e metafísica – como trazendo temas como justiça,
parte de uma coletividade, e é neste meio surgiu o mundo, as leis da natureza política e ética para o debate.
em que vai residir a tônica da filosofia do etc.
direito deste período.

Grécia Antiga
Platão Aristóteles

Justiça
Teoria da Justiça Teoria Ética
Platão sugeria que os filósofos fossem os reis, ou que Concebe o homem como animal político, ou
a) Justiça distributiva: se dá no âmbito
os reis fossem filósofos. seja, afirma que a espécie humana só difere dos
da distribuição de honrarias ou bens
Platão traça uma interessante analogia: o indivíduo é públicos (benefícios). animais no momento em que se encontra em
justo quando as partes que compõem sua alma (razão, relação com seus semelhantes. Inclusive vale
espírito e apetite) estão em harmonia, obedecendo à b) Justiça corretiva: busca a correção da aqui ressaltar que o surgimento da cidade grega
razão. Somente assim o sujeito age com justiça. perda em relação ao ganho. A justiça (a pólis) é um dos principais fatores que
Do mesmo modo, uma cidade só é justa quando a corretiva não se preocupa com a possibilitou o nascimento da filosofia ocidental,
distribuição de tarefas ocorre de forma harmoniosa: qualidade das pessoas em questão, mas uma vez que o homem poderia acumular
os filósofos governando, os mais fortes atuando como sim com o dano causado. riquezas e viver de forma ociosa, tendo, assim,
guardiões e os demais atuando como produtores. tempo para pensar e refletir sobre as questões
da vida.
Santo Agostinho
Para ele os homens e suas ações terrenas
Cidade de Deus = Perfeita
são incapazes de compreender e atingir a
justiça. O justo dá-se somente pela graça
divina. Tal lei divina é imutável e se aplica a
todos na Terra. Cidade dos Homens = Imperfeita

Idade Média

São Tomás de Aquino


Suma teológica
No tocante à justiça, Tomás de Aquino
1) Lei eterna: lei de Deus, perfeita; a lei que tudo rege – o utiliza as mesmas concepções de
homem não a alcança. justiça aristotélicas (justiça distributiva
2) Lei divina: intervenções de Deus na história para orientar e corretiva). Pode-se reduzir a ideia do
os homens (ex.: os mandamentos) – o homem a alcança “dar a cada um o que é seu”.
por meio da fé.
3) Lei natural: obra de Deus disposta na natureza, mas o ser

humano é capaz de captá-la; alcançada pela razão humana.


4) Lei humana: lei natural que, depois de compreendida
pela razão humana, é positivada (escrita).
Direito Constitucional

Prof. Janriê Reck Prof.ª Caroline Miller Bitencourt Prof. Mateus Silveira

Atuação profissional: Professor,


Atuação profissional: Professora,

escritor e Procurador Federal. escritora e advogada. Atuação profissional: Professor,

Formação acadêmica: Estágio


Formação acadêmica: Estágio
advogado, palestrante.
Pós-Doutoral pela Goethe
Pós-Doutoral pela PUC Paraná.
Formação acadêmica:

Universitat Frankfurt. Doutor pela


Doutora em Direito pela
Mestrando em direitos humanos

Universidade do Vale do Rio dos


Universidade de Santa Cruz do Sul.
pela UniRitter. Especialista em

Sinos. Mestre pela Universidade de


Mestre em Direito pela
direito ambiental e direito público

Santa Cruz do Sul. Universidade de Santa Cruz do Sul. pela UFRGS.


Art. 1º Princípio Fundamental

Constituição Federal 1988 Art. 60, §4º, I Federação como cláusula pétrea

Art. 1º, c/c art. 18 Federação sui generis

União União Federal


Federalismo e

Estados Membros
Organização do
Entes Federativos
Estado Brasileiro Municípios
Distrito Federal É o ente maior da Federação

brasileira, sendo a organização que

possui atribuições em todo o território

Da Organização do
nacional, gerindo o interesse nacional.

Também possui funções de

Estado Brasileiro representação externa de Estados e

Municípios.

Municípios
Gozam de autonomia.
Distrito Federal Bens da União

Possui características ora de Estado-

Poder de organização por lei orgânica. membro, ora de município.


Os bens que pertencem à União

Possui lei orgânica e não Constituição

Competências em relação ao “interesse local” estão definidos no art. 20 da

distrital.
Constituição Federal de 1988, e no

Não poderá ser dividido em municípios. Decreto-Lei nº 9.760, de 1946, e

Art. 18 §§ 3° e 4° da CF/88 podem ser classificados em bens

de uso comum do povo, bens de

uso especial e bens dominiais.


Repartição de
Arts. 21 a 32 da CF/1988. União
União
Competências
Estados-Membros

Municípios

Distrito Federal

Da Organização do Estado

Brasileiro
Intervenção
Art. 5º LXXII daFederal
CF Quem poderá intervir? Estados-Membros
A União somente poderá intervir nos

Conceito Na forma do art. 1º da CF/1988,

Estados-membros e no Distrito Federal.


a união dos Estados-membros

É uma medida excepcional, em que a é indissolúvel.


autonomia do ente federativo que sofreu Caso especial
a intervenção se encontrará suprimida A União poderá intervir diretamente nos Os Estados brasileiros terão

temporariamente, em nome da soberania Municípios, se estes estiverem dentro do Constituições estaduais, conforme

do Estado e, também, como forma de Território Federal, conforme art. 34 da prevê o art. 11 do ADCT e art. 25 da

garantia das próprias autonomias dos CF/88. CF/1988.


entes federativos.
Aspectos Importantes sobre

os Direitos Fundamentais
Inalienabilidade; Sujeitos
Pessoas Físicas
Imprescritibilidade;
Pessoas Jurídicas
Irrenunciabilidade;

Inviolabilidade; Estrangeiros

Universalidade;
Direitos Fundamentais
Efetividade;

Interdependência;
em Espécie
Complementaridade.

Direitos Individuais e Coletivos


Art. 5º da CF

Direito à vida Liberdade de reunião Proteção do domicílio

Liberdade religiosa Direito de propriedade


Igualdade

Liberdade de locomoção Proteção ao sigilo das comunicações


Liberdade de expressão

Direito à informação Liberdade de associação Proteção à intimidade e à vida privada


Controle Concentrado Atos
ADI, ADO, ADC e ADPF
Normativos
Foro competente é o STF (originária);
Concretos Em regra destinados a todos.
Autores legitimados estão previstos

taxativamente na Constituição;

Destinado a um sujeito,
Primários
Não existe lide na caso concreto; a uma situação.
Não se admite intervenção de terceiros;
Inovam no ordenamento -

São todos os atos do Poder

vide art. 59.


Efeito erga omnes e vinculante; Público que não forem

Eficácia imediata da decisão.


normativos
Secundários
Dependem do primário,
Controle de Constitucionalidade não inovam.

Difuso e Concentrado

Formas de Controle
ADI (O)
X MANDADO DE

INJUNÇÃO
Qualquer Juiz ou Tribunal Controle

Concentrado Controle Difuso


Difuso (art. 102, "a", da CF) (art. 5º, LXXI, da CF)

STF última instância (Art. 102, inciso III)

Concentrado ADI\ADI (O) ADC e ADPF Originária


Ordem Econômica
Conceito
Trata-se de um compromisso entre a
busca de compatibilizar o interesse Atividade Econômica
individual e os interesses sociais, tais
como a proteção do meio ambiente, a
busca do pleno emprego e da redução
da desigualdade e o combate ao uso Serviços Públicos
abusivo da propriedade.

Concedidos ou não

Da Ordem Econômica e Social


Ordem Social
Previdência:
Conceito para os segurados.
Direitos sociais - implementação de
Esporte Seguridade Social
justiça social - proteção de direitos
Art. 203 da CF Saúde: para todos.
Estatuto do Idoso
difusos e de direitos de minorias.
Art. 34 da CF
Assistência:
Índios
Art. 231 da CF
para os necessitados.

Cultura
Art. 216 da CF

Educação
Art. 205 da CF
Eficácia das Normas Constitucionais

Normas constitucionais de eficácia plena Normas constitucionais de eficácia contida Normas constitucionais de eficácia limitada

São aquelas normas da Constituição que,


São também normas ou prospectivas que
São aquelas normas que, de imediato, no momento

no momento em que esta entra em vigor,


têm aplicabilidade direta e imediata (assim
em que a Constituição é promulgada, não têm o

estão aptas a produzir todos os seus


como as de eficácia plena). Contudo, embora
condão de produzir todos os seus efeitos, precisando

efeitos, independentemente de norma


tenham condições de, quando da
de uma lei integrativa infraconstitucional. São,

integrativa infraconstitucional. Ex.: direitos


promulgação da nova Constituição, produzir
portanto, de aplicabilidade mediata e reduzida, ou,

e garantias fundamentais (art. 5º, § 1º). todos os seus efeitos, poderá a norma segundo alguns autores, aplicabilidade diferida.
infraconstitucional reduzir a sua abrangência.

Ex.: liberdade de profissão (art. 5º, XIII).

Teoria da Constituição: Poder

Constituinte, princípios fundamentais e

eficácia das normas Constitucionais


Princípios

Poder Constituinte Fundamentais


Inicial: inaugura uma nova


Ilimitado juridicamente: não
Art. 1º da CF/88
ordem. tem que se preocupar com o

So-Ci-Di-Va-Plu
direito anterior.
soberania;

cidadania;
Autônomo: terá autonomia
Incondicionado e soberano:

para a instituição de uma nova


não tem que se submeter a
dignidade da pessoa humana;
ordem. qualquer forma prefixada de

manifestação. valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;


Poder de fato e poder político:
pluralismo político.
caracterizado como uma

energia, uma força social, tem

sua natureza como pré-jurídica.


Direitos Humanos

Atuação profissional: Professor,

advogado e palestrante.

Formação acadêmica: Mestrando

em direitos humanos pela UniRitter.

Especialista em direito ambiental e

direito público pela UFRGS.

Prof. Mateus Silveira


Dos Direitos Da proibição da escravidão e da servidão Tutela ao asilo político

Trata essencialmente dos Não proibiu que pessoas reclusas Em caso de perseguição por
direitos civis e políticos. trabalhem, só exige que o trabalho não delitos políticos ou comuns
ofenda a dignidade da pessoa humana.
conexos com delitos políticos.

Direito à vida
Do direito à liberdade pessoal Direito de circulação e de residência
Deve ser protegido pela lei e,
em geral, desde o momento Toda pessoa que se encontre legalmente no território de
Súmula Vinculante nº 25
da concepção. um Estado tem o direito de nele livremente circular e de
nele residir, em conformidade com as disposições legais.
Da pena de morte Direito à propriedade privada
Da expulsão ou retirada compulsória de pessoas de um país
A pena de morte não estenderá sua Pode ser restringido pelo
aplicação a delitos aos quais não se interesse social. É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.
aplique atualmente.

Convenção Americana sobre

Direitos Humanos
Meios de Proteção Corte Interamericana de Direitos Humanos
Comissão Interamericana de Direitos Humanos; A Comissão e as medidas cautelares Somente os Estados-partes e a Comissão têm
direito de submeter um caso à decisão da Corte.
Corte Interamericana de Direitos Humanos. A comissão realiza o juízo de admissibilidade
dos casos que não consegue solucionar ou
de modo conciliatório ou por meio de Da competência consultiva da Corte
Comissão Interamericana de Direitos
recomendações que sejam seguidas pelos
Humanos Estados. Os Estados-membros da organização
poderão consultar a Corte sobre a
Competência para acessar: qualquer pessoa ou interpretação da Convenção Americana
grupo de pessoas ou entidade não governamental sobre Direitos Humanos ou de outros
legalmente reconhecida em um ou mais Estados- tratados concernentes à proteção dos
membros da Organização pode apresentar à Da decisão da Corte direitos humanos nos Estados americanos.
Comissão petições que contenham denúncias ou A sentença deve ser fundamentada,
queixas de violação da Convenção Americana e será definitiva e inapelável.
sobre Direitos Humanos por um Estado-parte.
Incorporação dos tratados

internacionais de Direitos

Humanos Direito do Idoso


Art. 5º, § 3º, da CF/1988
Lei nº 10.741/2003 Liberdade de

A partir de 65 anos, há concessão do


Expressão e

Benefício Assistencial previsto na Lei Pensamento


Direito a Indenização e
Orgânica da Assistência Social (LOAS)
Erro Judiciário aos idosos que não possuam meios
para prover sua subsistência, nem de
A Constituição Federal prevê
a possibilidade de reparação
tê-la provida por sua família. de danos e direito de
Há direito de reparação de
resposta.
dano judiciário.

Direitos Humanos na

Constituição Federal
Direito dos Índios
Direito da
Programas

Igualdade Racial Nacionais de Direitos


Direito LGBTQIA+
Mesmo as terras não sendo da
Humanos (PNDH) A proteção da dignidade da propriedade dos indígenas, elas
Lei nº 12.288/2010 pessoa humana estabelece a são inalienáveis e indisponíveis,
As ações afirmativas são os programas
O PNDH está na sua 3ª edição. defesa das pessoas contra a e os direitos sobre elas,
discriminação originada na imprescritíveis.
e as medidas especiais adotados pelo É produto de uma construção democrática orientação sexual e a
Estado e pela iniciativa privada para a e participativa, incorporando resoluções da discriminação de gênero.
correção das desigualdades raciais e 11ª Conferência Nacional de Direitos
para a promoção da igualdade de
oportunidades.
Humanos, além de propostas aprovadas em
mais de 50 conferências temáticas, O STF estabeleceu a aplicação da
Direito das

promovidas desde 2003, em áreas como lei do racismo para os crimes de Pessoas com

O STF declarou constitucionais, em


segurança alimentar, educação, saúde, homofobia e transfobia (ADO nº
26 e MI nº 4733).
Deficiência
habitação, igualdade racial, direitos da
duas oportunidades: ADPF nº 186 e mulher, juventude, crianças e adolescentes,
ADC nº 41.
Lei nº 13.146/2015
pessoas com deficiência, idosos, meio
ambiente, etc.
Pacto Internacional

dos Direitos Civis e


Atenção!
Políticos (1966)
No ano de 2009, o Brasil ratificou os dois protocolos facultativos ao
Disciplina a autodeterminação dos povos e a livre Pacto Internacional dos Direitos Civis:
disposição de seus recursos naturais e riquezas; o
compromisso dos Estados de implementar os O primeiro reconhece a competência do Comitê de Direitos Humano da
direitos previstos; os direitos e deveres ONU para receber e apurar denúncias de violações de direitos
propriamente ditos; os mecanismos de humanos, destacando que esse órgão convencional foi criado desde o
supervisão, cujo destaque é o Comitê de Direitos início do Pacto, em 1966;
Humanos; as regras de integração com os O segundo protocolo tem como objetivo abolir a adoção da pena de
dispositivos da Carta da ONU e as normas morte e foi adotado pela ONU em 1989.
referentes a ratificação e entrada em vigor.

Sistemas de

Direitos Humanos
Principais Direitos

Direito a não ser condenado por atos ou omissões não definidos como crime
Constantes no Pacto e de não ser submetido a pena mais grave do que a aplicável na época da
realização do delito;

Direito de as pessoas terem reconhecida a sua personalidade jurídica em


Direito à vida com a limitação da possibilidade de casos de
qualquer lugar;
aplicação da pena de morte;
Direito de não ser submetido a tortura nem a tratamento desumano Direito a vida privada, com ninguém podendo realizar ingerências arbitrárias
ou degradante; ou ilegais em sua vida privada, na família, no domicílio ou na
correspondência de uma pessoa, bem como a proibição de ofensas ilegais a
Direito a não ser submetido a escravidão e servidão; direito de não honra e reputação de uma pessoa;
ser preso apenas por não cumprir obrigação contratual, proibindo
qualquer tipo de prisão civil; Direito à liberdade de pensamento, consciência e religião.
Características dos

Direitos Humanos Indivisibilidade;


Interdependência; Da Interpretação

Historicidade; Indisponibilidade (irrenunciabilidade); Conforme os

Imprescritibilidade;
Inerência; Direitos Humanos
Complementaridade;
Universalidade;
Inter-relacionalidade; Todas as normas em vigor no Estado, sejam
Transnacionalidade; internas ou internacionais, devem ser
Vedação do retrocesso ou do regresso; interpretadas “CONFORME” os direitos humanos,
Prevalência da norma mais benéfica. sem qualquer exceção.

Fontes, Princípios e

Categorias e Dimensões
Classificações
dos Direitos Humanos Princípios de Direito

Internacional

1ª Geração ou Dimensão:
Dos Precedentes da
Humanitário
Direito das Liberdades; Internacionalização dos
Princípio da humanidade;
Direitos Civis e Políticos;
Direitos de Defesa ou Negativos.
Direitos Humanos Princípio da necessidade;
Princípio da proporcionalidade.
2ª Geração ou Dimensão: A Liga das Nações Unidas;

Direito das Igualdades; A Organização Internacional do Trabalho;


Direitos Sociais e Econômicos; A tutela internacional da pessoa humana e seus
Direitos Positivos e/ou Prestacionais. três eixos de proteção: Comitê Internacional da Cruz Vermelha
(CICV): principal entidade responsável
3ª Geração ou Dimensão: Direito Internacional dos Direitos Humanos; pelo monitoramento do cumprimento
do direito internacional humanitário
Direito da Fraternidade; Direito Internacional dos Refugiados; pelos Estados.
Direitos de Solidariedade e Coletivos; Direito Internacional Humanitário.
Direitos Transindividuais e/ou Difusos.
Direito Internacional

dos Refugiados
Alto Comissariado das Nações Unidas

se aplicava aos eventos

Convenção de Genebra para os Refugiados (ACNUR):


ocorridos antes de 1º/01/1951;
“reserva temporal”;
Convenção das Nações Unidas No Brasil: regulamentado pela Lei nº 9.474/1997;
Protocolo relativo ao
sobre o Estatuto dos Refugiados: Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE).
Estatuto dos Refugiados.

Direito dos Refugiados

e Asilados
Refúgio Asilo Político

Importante! Ato discricionário do Estado;

Asilo diplomático;
Sujeitos à condição de refugiados: Estender-se-á condição de refugiado para:
Asilo territorial;
Pessoas que estão fora de seu país de Ascendentes, descendentes e cônjuge da
origem em razão de fundados temores pessoa já refugiada;
de perseguição relacionados a questões Atenção!
de raça, religião, nacionalidade, Para outros parentes que se encontrem em
pertencimento a determinado grupo território nacional (deverão demonstrar
social ou opinião política, como também Compete ao Presidente da República
dependência econômica do refugiado).
em razão de grave e generalizada decidir sobre o pedido de asilo político e
violação de direitos humanos e conflitos sobre a revogação de sua concessão,
armados. consultado o Ministro de Estado das
Relações Exteriores.
Direito Internacional

Atuação profissional: Professor,

advogado e palestrante.

Formação acadêmica: Mestrando

em direitos humanos pela UniRitter.

Especialista em direito ambiental e

direito público pela UFRGS.

Prof. Mateus Silveira


Atenção! Demais pontos importantes da

LINDB
O juiz poderá julgar uma demanda utilizando lei
estrangeira, desde que tenha competência para Quando as declarações de vontade, leis, atos e sentenças de
realizar o julgamento previsto no Código de outro país ofenderem a soberania nacional, a ordem pública e os
Processo Civil. Além disso, não conhecendo a lei bons costumes, não terão eficácia no Brasil.
estrangeira, poderá o juiz exigir de quem a
invoca prova do texto e da vigência (art. 14 da Tratando-se de brasileiros, são competentes as autoridades
LINDB). consulares brasileiras para celebrar o casamento e os demais
atos de Registro Civil e de tabelionato, inclusive o registro de
nascimento e de óbito dos filhos de brasileiro ou brasileira
nascidos no país da sede do Consulado.

LINDB
Dec. nº 4.657/1942

Art. 7º Art. 8º Art. 9º Art. 10º

Direito de família; Bens imóveis e móveis. Obrigações e contratos. Sucessão por morte ou ausência.

Capacidade; Elemento de conexão: Elemento de conexão: Elemento de conexão:


Personalidade (início e fim);
Imóveis = local da situação
Local de constituição da Lei do país em que domiciliado o

Nome. do bem; obrigação ou local da de cujus.


residência proponente.
Elemento de conexão: Móvel = domicílio do
proprietário.
Domicílio;
Ex: 1º domicílio conjugal

ou dos nubentes.
Diferenças
Direito Internacional Privado Direito Internacional Público

Regula as relações jurídicas entre pessoas, É o conjunto de princípios e normas,


que tenham a presença de um elemento positivas e costumeiras, representativas
estrangeiro, e o conflito de leis no espaço, dos direitos e deveres aplicáveis no
definindo qual o direito ou a jurisdição âmbito da sociedade internacional.
aplicável.

Direito Internacional

Privado
Conceito Normas e artigos importantes para a prova

É o conjunto de princípios e regras sobre qual de Direito Internacional Privado:


direito será aplicável numa relação com elemento
estrangeiro e conflito de leis no espaço, CPC - Limites da Jurisdição Nacional e da Cooperação

buscando a solução de relações jurídicas com Internacional (Arts. 21 a 25);


características internacionais privadas, quando,
numa relação jurídica, tivermos mais de uma LINDB (Arts. 7º a 10);
legislação estrangeira envolvida e com
possibilidade de mais de uma jurisdição. Código Civil (Arts. 76 a 78).
Naturalização Ordinária Naturalização Extraordinária
Para que o estrangeiro consiga se naturalizar, a lei exige o É uma naturalização concedida ao estrangeiro que
preenchimento das seguintes condições: capacidade civil comprovar ter fixado no Brasil residência há mais de 15
no Brasil, residência em território nacional (prazo mínimo anos ininterruptos e sem condenação penal. Esta
de 04 anos), comunicar-se em língua portuguesa e não forma de naturalização está prevista nos arts. 67 da Lei
possuir condenação penal ou estiver reabilitado. O nº 13.445/2017 e 12, II, b, da CF/1988.
requisito da residência no Brasil será reduzido para o prazo
de, no mínimo, 1 (um) ano se o estrangeiro naturalizando
preencher quaisquer das seguintes condições: Naturalização Especial
Tiver filho brasileiro;
Utiliza os mesmos critérios da naturalização ordinária, com exceção do
Tiver cônjuge ou companheiro brasileiro e não critério da residência no Brasil, pois ela troca esse critério por outros: ou
estiver dele separado legalmente ou de fato no que o naturalizando seja cônjuge ou companheiro, há mais de 5 anos, de
momento de concessão da naturalização; integrante do Serviço Exterior Brasileiro em atividade ou de pessoa a
Houver prestado ou poder prestar serviço relevante serviço do Estado brasileiro no exterior; ou que o naturalizando tenha sido
ao Brasil; empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil
por mais de 10 anos ininterruptos.
E ter sido recomendado por sua capacidade
profissional, científica ou artística.

Nacionalidade
Nacionalidade Originária ou
Nacionalidade Derivada ou

Primária no Brasil Secundária no Brasil


Se dá por meio da manifestação da vontade do estrangeiro que busca se tornar
São brasileiros natos os casos previstos nas hipóteses do art. brasileiro. Utiliza-se como objeto de análise para a concessão da nacionalidade
12, I, a, b e c, da CF/1988: derivada, como casamento com brasileiro(a), trabalho no Brasil ou para o Brasil e
residência no Brasil.
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de São brasileiros naturalizados aqueles previstos no art. 12, II, a e b, da CF/1988:
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de
seu país; a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe ininterrupto e idoneidade moral;
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da 1ª parte: poderão se naturalizar os estrangeiros que cumprirem os requisitos
República Federativa do Brasil; constantes na lei (arts. 64 a 72 da Lei no 13.445/2017);
2ª parte: poderão se naturalizar os indivíduos originários de países de língua
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe portuguesa que tenham residência ininterrupta de um ano no país e idoneidade
brasileira, desde que sejam registrados em repartição moral.
brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade residentes na República Federativa do
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira. Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
Cargos Privativos de

Brasileiros Natos Da Perda da Nacionalidade


Mnemônico: “MP³.COM” dos incisos do

Art. 12, §3º da CF:


O naturalizado perderá a nacionalidade em razão de condenação
M Ministro do STF transitada em julgado por atividade nociva ao interesse nacional,
conforme dispõe o inciso I, do § 4º, do art. 12 da CF/1988.
Três cargos que começam com P (Presidente

P³ da República, Presidente da Câmara e


Para os brasileiros natos, é possível a perda de nacionalidade se
Presidente do Senado) adquirirem outra nacionalidade derivada ou nata que seja
incompatível com a nacionalidade brasileira (art. 12, § 4º, II, da
C Carreira Diplomática CF/1988).
Contudo, é possível ao brasileiro readquirir a nacionalidade
O Oficial das Forças Armadas brasileira que tenha sido perdida em razão do previsto no incido II,
do § 4º, do art. 12 da CF/1988. Uma vez cessada a causa, poderá
readquiri-la ou ter o ato que declarou a perda revogado, na forma
M Ministro de Estado da Defesa definida pelo órgão competente do Poder Executivo.

Nacionalidade
Distinções Constitucionais

Da Quase
Naturalização Provisória entre Brasileiros Natos e

Nacionalidade É a naturalização que poderá ser concedida ao Naturalizados


migrante criança ou adolescente que tenha fixado
Aos portugueses com residência permanente residência em território nacional antes de completar 10 Em regra, brasileiros natos e naturalizados
no País, se houver reciprocidade em favor dos anos de idade, e deverá ser requerida por intermédio devem ser tratados como iguais, podendo
brasileiros, serão atribuídos os direitos de seu representante legal. Esta naturalização será somente a CF prever algumas distinções
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos convertida em definitiva se o naturalizando específicas entre os dois. Existem somente as
na CF. Essa situação trata-se da quase expressamente assim o requerer no prazo de 2 anos seguintes diferenças entre brasileiros natos e
nacionalidade ou, como a doutrina chama, após atingir a maioridade. naturalizados na Constituição:
brasileiros por equiparação.
Atenção Art. 5º, LI
A reciprocidade evidencia-se no presente caso,
uma vez que, com o Dec. nº 3.927/2001, Art. 12, § 3º
promulgou-se o Tratado de Amizade, O naturalizado terá o prazo de até 1 ano, após a
Cooperação e Consulta entre a República concessão da naturalização, para comparecer perante Art. 12, § 4º, I
Federativa do Brasil e a República Portuguesa, a Justiça Eleitoral para o devido cadastramento. Os
celebrado em Porto Seguro, em 22 de abril de efeitos da naturalização ocorrem após a publicação no Art. 89, VII
2000. Diário Oficial do ato de naturalização. Art. 222
Tratados Internacionais
CF e tratados de DH com força de emenda constitucional
Conceito
Principal fonte jurídica de direito internacional público,
o tratado é um acordo internacional celebrado por
escrito entre dois ou mais Estados ou outros sujeitos Tratados de Direitos Humanos com força supralegal
sob égide do Direito Internacional.
No Brasil, quem pode assinar tratados, em regra, é o
Leis e Tratados Internacionais que não falam de

Presidente da República, mas também podem assinar Direitos Humanos


e negociar tratados o Ministro das Relações Exteriores,
bem como os chamados PLENIPOTENCIÁRIOS e Demais normas
Chefes de Delegação Nacional, ambos necessitando
de CARTA DE PLENOS PODERES do Chefe de Estado.

Direito dos Tratados


Tratados Internacionais com Força

de Emenda
Convenção sobre os Direitos das Pessoas com

Decreto nº 6.949/2009
Deficiência (Convenção de Nova Iorque)

Protocolo Facultativo à Convenção Internacional


Decreto nº 6.949/2009
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

Tratado de Marraqueche Decreto nº 9.522/2018

Convenção Interamericana Contra o Racismo, a

Discriminação Racial e Formas Correlatas de


Decreto nº 10.932/2022
Intolerância
Conceito Renúncia das Imunidades
Em razão do desempenho das suas funções, os O Estado acreditante pode renunciar à imunidade
agentes diplomáticos gozam de privilégios e de jurisdição dos seus agentes diplomáticos e das
imunidades. Esses privilégios e imunidades demais pessoas que gozam de imunidade, porém,
podem ser classificados em: essa renúncia será sempre expressa. A renúncia à
Imunidade imunidade de jurisdição, no tocante às ações civis
Inviolabilidade;
ou administrativas, não implica renúncia à
Imunidade de jurisdição civil;
imunidade quanto às medidas de execução da
Administrativa e criminal;
sentença, para as quais nova renúncia é necessária.
Isenção fiscal.

Missões Diplomáticas
Isenção de impostos ao representante diplomático

Os impostos indiretos que estejam normalmente incluídos no preço


das mercadorias ou dos serviços; Da Diplomacia e da Solução

Os impostos e taxas sobre bens imóveis privados situados no Pacífica dos Conflitos
território do Estado acreditado, a não ser que o agente diplomático
os possua em nome do Estado acreditante e para os fins da missão;
É um dos princípios das relações internacionais
Os direitos de sucessão percebidos pelo Estado acreditado; previstos no art. 4º, VII, da CF/1988. Este
Os impostos e taxas sobre rendimentos privados que tenham a sua princípio também está presente na Carta das
origem no Estado acreditado e os impostos sobre o capital referentes Nações da ONU, da qual o Brasil é signatário e
a investimentos em empresas comerciais no Estado acreditado; um dos fundadores da ONU.
Os impostos e taxas que incidem sobre a remuneração relativa a
serviços específicos;
Os direitos de registro, de hipoteca, custas judiciais e imposto de
selo relativos a bens imóveis.
Direito Tributário

Atuação profissional: Professor,

advogado, palestrante e perito

técnico.
Formação acadêmica: Mestrando

em Direito. Especialista em Direito

Tributário e MBA em Gestão de

Tributos.

Prof. Guilherme Pedrozo


Impostos Federais

1) imposto de importação 3) imposto de renda 5) imposto sobre operação financeira

6) imposto sobre território rural


2) imposto de exportação 4) imposto sobre produto


7) imposto sobre grandes fortunas
industrializado

Impostos
em Espécie
Impostos Municipais

1) imposto sobre propriedade de imóvel urbano


Impostos Estaduais
2) imposto sobre transmissão onerosa de bens imóveis

1) imposto sobre transmissão causa mortis e doação 3) imposto sobre serviços de qualquer natureza

2) imposto sobre circulação de mercadoria e serviços

3) imposto sobre propriedade de veículo automotor


Administração Tributária
Conceito
Trata-se dos direitos de

fiscalização dos entes, no


Aplicação
interesse da arrecadação. A Fazenda Pública poderá fiscalizar

e investigar o contribuinte com a

finalidade de proporcionar melhor


Importante
arrecadação de tributo para o

respectivo ente competente. Vale ressaltar que o exercício desta

administração tributária deverá ser

sempre balizado na observância dos

ditames legais, bem como da

capacidade contributiva e

Administração Tributária e
econômica do sujeito passivo.

Certidões

Certidões

Se um servidor público, a pedido ou mediante


A lei poderá exigir que a prova da

propina, emite certidão fraudulenta? E qual certidão será expedida


quitação de determinado tributo, quando

quando o contribuinte nada deva


exigível, seja feita por certidão negativa,

Na forma do art. 208 do CTN, “a


ao ente competente? Certidão
expedida à vista de requerimento do

certidão negativa expedida com


negativa. Mas, e se ele for devedor
interessado, que contenha todas as

dolo ou fraude, que contenha


de tributos perante aquele ente? informações necessárias à identificação

erro contra a Fazenda Pública,


de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de

responsabiliza pessoalmente o
negócio ou atividade e indique o período

funcionário que a expedir, pelo


a que se refere o pedido.
crédito tributário e juros de

mora acrescidos”. Será expedida certidão positiva.


Princípio da Legalidade Princípio da
Anterioridade
Nenhum tributo poderá ser criado ou

majorado sem lei que o estabeleça.


Tal princípio limita a possibilidade e

Portanto, geralmente, somente o Poder


atividade dos entes competentes de

Legislativo poderá criar ou majorar


cobrarem os tributos por eles,

tributo, sempre mediante observação


respectivamente, realizados. Logo, este
Princípio do
do devido processo legislativo.
Igualmente, torna-se importante referir

princípio serve para informar ao

contribuinte quando ele deverá e poderá

Não Confisco
que a redução e/ou extinção de tributo,
ser cobrado dos respectivos tributos, uma

via de regra, somente poderá ser


vez realizados os fatos geradores dispostos
Sem prejuízo de outras garantias

realizada mediante lei, na forma do art.


na norma tributária. asseguradas ao contribuinte, é

97 do CTN. vedado à União, aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios

utilizar tributo com efeito de

confisco.
Princípio da

Isonomia Limitações ao

Todos terão tratamento igualitário

perante a norma tributária,

Poder de Tributar –
Princípio da
Uniformidade
carecendo somente de um trato

desigual aqueles que se apresentam

em uma situação de desigualdade.


Logo, não poderão os entes

Princípios Geográfica
estabelecer diferença tributária em
Tal princípio tem força coercitiva

razão de cargo, função e/ou salário. diretamente para a União. Assim, o

presente ente federativo, em razão do

texto constitucional, não poderá tratar

os demais entes federativos e seus

Princípio da
Princípio da Isenção
contribuintes de forma desigual.
Irretroatividade Heterônoma
A norma tributária não poderá retroagir,

ou seja, não poderá atingir fatos

A União não poderá se intrometer no

que tange a benefícios fiscais nos

Princípio da Liberdade
geradores que ocorreram antes de sua

vigência. Dessa forma, aplica-se a lei

tributos que não são de sua


de Tráfego
competência. Assim, não caberá

vigente, alíquota e base de cálculo que


isenções heterônomas, ou seja, a União

estiverem em vigor quando da ocorrência


não poderá conceder isenção de
Nenhum tributo poderá impedir o livre

do fato gerador. Logo, conclui-se: a


tributos que são de competência dos
exercício do direito de ir e vir, salvo

norma tributária, via de regra, não poderá


demais entes. mitigação no que tange à cobrança de

retroagir justamente para preservar o


pedágios.
direito adquirido, o ato jurídico perfeito e

proporcionar a todos segurança jurídica.


Responsabilidade do adquirente

Responsabilidade do
de fundo/estabelecimento
Adquirente de Bem Imóvel comercial
Art. 130 do CTN
Art. 133 do CTN
Todos os tributos devidos relativos ao bem

imóvel que fora adquirido (impostos, taxas


Será responsável tributário todo adquirente de

e contribuição de melhoria) serão


estabelecimento ou fundo de comércio que der

transferidos ao adquirente do bem. Logo,


continuidade (sucessão) aos negócios do

passará à responsabilidade do adquirente


estabelecimento adquirido, sob o mesmo ou outro

os tributos devidos em razão do imóvel. CNPJ, por eventuais débitos tributários devidos

pelo antigo estabelecimento até a data do

trespasse.

Responsabilidade

Responsabilidade Tributária
dos Sucessores
e Denúncia Espontânea Conforme o art. 131, II e III, do CTN,

será de responsabilidade do:

espólio/meeiros
Eventuais débitos
tributários devidos
pelo de cujus. herdeiros
Responsabilidade nas

Operações Societárias Denúncia

Espontânea Responsabilidade Pessoal

Toda unidade resultante quando da

ocorrência de uma fusão,


do Sócio Administrador
incorporação, transformação e cisão
Art. 138 do CTN
passará a ser responsável pelos
Art. 135, III, do CTN
débitos tributários da empresa antiga. A denúncia espontânea é a verdadeira

delação premiada do contribuinte que


Serão pessoalmente responsáveis pelos

está em mora para com a autoridade


créditos correspondentes a obrigações

fazendária, ou seja, é o mandamento legal


tributárias resultantes de atos praticados

que autoriza ao contribuinte que se com excesso de poderes ou infração de

autodelata (entrega-se) para a autoridade


lei, contrato social ou estatutos os

fazendária o não pagamento da multa


diretores, gerentes ou representantes de

tributária. pessoas jurídicas de direito privado.


Sujeito Ativo e Passivo da Relação Tributária
Art. 119 do CTN
Sujeito Ativo: é toda pessoa jurídica de direito público que tem a competência constitucional
para criar e/ou exigir o crédito tributário, observando a norma e a realização do fato gerador

pelo contribuinte.

Art. 121 do CTN


Sujeito Passivo: é aquele responsável pelo pagamento do crédito tributário e até mesmo da

multa, uma vez realizado o fato gerador ou descumprida eventual obrigação acessória. poderá

ser tanto o contribuinte (aquele que realiza e tem vínculo direto com o fato gerador) quanto o

responsável (não realiza o fato gerador, mas a norma legal lhe atribui o dever de pagar tributo).

Obrigação Tributária
Das Convenções Particulares e da

Da Capacidade Passiva Tributária Obrigação Tributária

Art. 126 do CTN Nenhum contrato, acordo ou instrumento particular

poderá ser oposto/apresentado contra a Fazenda

Pública a fim de modificar a responsabilidade pelo

pagamento do crédito tributário.

A capacidade tributária não dependerá da

capacidade civil das pessoas naturais. Logo,

mesmo que o sujeito passivo não tenha


Art. 123 do CTN
capacidade civil plena, ele terá que pagar

tributo.
Assim, na realização locatícia, por exemplo, em que

99% dos contratos estabelecem a responsabilidade

pelo pagamento do IPTU ao locatário, caso este não

venha a satisfazer o crédito, o fisco exigirá o IPTU do

proprietário, in casu, o locador, visto que o contrato

particular não poderá alterar a sujeição passiva

tributária.
Do Domicílio Tributário

Art. 127 do CTN

Caberá ao contribuinte a determinação de


Caso o contribuinte não realize tal opção e
Se o contribuinte for pessoa jurídica de

seu domicílio fiscal tributário, ou seja, caberá


sendo ele pessoa física, o domicílio tributário
direito privado e não houver escolhido o seu

ao contribuinte a escolha de onde receberá


será no local de sua residência e, se não
domicílio tributário, terá como domicílio fiscal
intimações, fiscalizações e cobranças da
houver informação da residência atual, poderá
o local onde está estabelecida a sua empresa,

autoridade fazendária. ser o local onde exerce habitualmente suas


e/ou será no local do estabelecimento onde

atividades. tenha dado origem o fato gerador.

Obrigação Tributária
Da Solidariedade
Elisão Fiscal
Art. 124 do CTN Os sujeitos passivos poderão ser solidariamente

obrigados, caso exista interesse comum na situação


Art. 116, parágrafo único, do CTN
que constitua o fato gerador da obrigação principal.

Art. 125, I do CTN O pagamento efetuado por um dos obrigados

aproveita aos demais.


O referido artigo traz a possibilidade de o

ente competente desconsiderar os atos

realizados pelo contribuinte, uma vez

Art. 125, II do CTN A isenção (dispensa de pagamento) ou remissão


detectado que foram realizados com a

(perdão do pagamento) realizada de forma geral


tentativa de burlar o fisco para não pagar

aproveita-se a todos os solidariamente obrigados. tributo, a fim de que ele venha a

contribuir.
Art. 125, III do CTN A interrupção da prescrição, em favor ou contra

um dos obrigados, favorece ou prejudica aos

demais.
Direito Administrativo

Prof.ª Maria

Prof.ª Franciele Kühl Prof. Matheus de Gregori Valentina de Moraes

Atuação profissional: Professora,


Atuação profissional: Professora,

Atuação profissional: Professor,

escritora, palestrante e consultora


escritora, palestrante e pesquisadora.
Assessor Jurídico e advogado.
em políticas públicas. Formação acadêmica: Doutoranda

Formação acadêmica: Mestre

Formação acadêmica: Mestre


em Direito pela Universidade de

em Direito pela Universidade

em Direito pela Universidade de


Santa Cruz do Sul. Mestre em Direitos

Federal de Santa Maria.

Santa Cruz do Sul. Especialista em


Sociais e Políticas Públicas Direito pela

Especialista em Direito Público. Universidade de Santa Cruz do Sul.


direito processual.
É possível a cumulação do Principais formas de acumulação:

mandato de vereador, com outro


art. 37, XVI, da CF
cargo, emprego ou função
pública, desde que existente Como regra, a acumulação é vedada, exceto,

Cargos Públicos
compatibilidade de horários. quando houver compatibilidade de horários: São acessíveis a brasileiros e estrangeiros (estrangeiros no
a) a de dois cargos de professor; caso de professores em universidades, como traz a Lei nº
8.112/1990);
b) a de um cargo de professor com outro
Devem ser criados por lei;
Art. 38, inciso III, da CF/88 técnico ou científico; Devem ter investidura por concurso público (ressalvados os
c) a de dois cargos ou empregos privativos
cargos em comissão);
Cumulação de
de profissionais de saúde, com profissões

regulamentadas.
Devem possuir denominação própria;
Devem ter vencimentos custeados pelos cofres públicos.
Cargos

Agentes Públicos
Categorias Concurso Público
Agentes Mandato eletivo + secretários/ministros + alto
Agentes administrativos, que se submetem ao
Políticos escalão PJ. MP. TC regime jurídico da Lei nº 8.112/1990: é vedada a
abertura de novo concurso público enquanto
Agentes Forças Armadas + polícias militares + bombeiros
ainda existirem candidatos aprovados em
concurso com prazo não expirado.
Militares militares

Particulares em Agentes públicos não submetidos a essa lei (os


Em algum momento exercem função + particulares agentes militares, p. ex.), válido é o dispositivo
Colaboração serviço público constitucional, cabendo a abertura de novo
concurso.
Agentes
Administrativos Servidores públicos Empregados públicos
(Estatutários) (celetistas)
Lei nº 8.112/90 Lei nº 9962/00 + CLT
Servidores temporários Art. 6º, § 2º, Lei nº 11.107/2005
(contrato prazo determinado)
Cargo em Cargo
Consórcios Públicos: mesmo quando tiverem
art. 37, IX, CF + Lei nº 8745/93. Emprego
personalidade jurídica de direito público (associações
comissão Público Público
públicas), o regime jurídico é o da CLT.
Função Pública
Formas de Provimento Recondução Promoção
Art. 38, inciso III, da CF/88 Art. 29, da Lei nº
Aproveitamento
Ato pelo qual o particular se vincula à 8.112/1990
Administração Pública ou a um novo
Arts. 29, parágrafo

cargo desta, e é investido no exercício Não há direito à indenização para


de cargo, emprego ou função. aquele que for reconduzido ao único da Lei nº

cargo anterior. Os critérios para a promoção 8.112/1990


são merecimento e antiguidade.

Súm. nº 39 do STF
Nomeação
Forma originária de provimento.
Agentes Públicos
Concurso

Readaptação Reversão Reintegração


Nomeação Agentes políticos Art. 28, da Lei nº

Art. 37, § 13, da CF/88 Art. 25, da Lei nº

8.112/1990
8.112/1990
Posse Art. 24 da Lei nº 8.112/1990 Servidor foi demitido ilegalmente e
De ofício; há a anulação do ato de demissão.
O servidor será ressarcido de todas
Possibilidades envolvidas na readaptação: A pedido, no interesse as vantagens do período afastado.
Exercício recolocação do servidor em outra da Administração. Se o cargo tiver sido extinto, ficará
função, se disponível;
em disponibilidade (art. 41, § 3º, da
exercer as atribuições como excedente
CF/1988).
até o surgimento da vaga, caso não haja
Estabilidade vaga para que o servidor público seja
Ocupante será reconduzido.
Importante
readaptado para outra atividade;
Tese de repercussão geral do aposentadoria por incapacidade
Supremo Tribunal Federal – dentro permanente, se julgado incapaz.
do número de vagas, há direito Art. 27, Lei nº 8.112/1990
subjetivo à nomeação.
Particulares que
Administração Direta Administração Indireta
prestam serviço público

União, Estados, Distrito

Autarquias, Fundações
Podem explorar atividade econômica
Permissionárias
Federal e Municípios
Públicas, Sociedade de
ou prestar serviço público.
Concessinonárias Autorizatários
Economia Mista, Empresa

Pública e Associação Pública


Desconcentração
Descentralização Empresa Pública
Descentralização e Sociedade de

Criação de órgãos públicos


Economia Mista

Organização e Função da

Autarquias
Administração Pública
Consórcio Público
O STF retirou da Ordem dos
Advogados do Brasil o status de Lei nº 11.107/2005
autarquia (ADI nº 3.026/06), Fundações Públicas Paraestatais
referindo- se a ela como
São definidas como paraestatais: É uma gestão associada entre
entidade sui generis. Para a É uma inspiração para dotação de bens
entes federados para a
doutrina clássica, a OAB nunca a um objetivo social, isto é, não em
Serviços sociais autônomos; consecução de fins de interesse
deixou de ser Conselho de caráter econômico, visando lucros, ou
comum, normalmente com
Classe, logo uma autarquia. empresarial. As Entidades de Apoio; matérias elencadas no art. 23 da
As chamadas Organizações Sociais; CF/1988, que trata das
Agência Reguladora competências comuns.
Lei nº 9.986/2000 As Organizações da Sociedade Civil
Fundações públicas de direito de Interesse Público;
Lei nº 13.848/2019 público; Consórcio público de direito público
As Organizações da Sociedade Civil Associação pública.
São autarquias de regime também são entidades paraestatais.
Fundações públicas de direito
especial, responsáveis pela
privado. Cuidado: Consórcio público de direito privado
regulamentação, controle e
fiscalização de serviços públicos Elas não integram a Administração
Não faz parte da administração
transferidos ao setor privado Pública Direta, nem indireta. indireta.
Desapropriação: Intervenções Requisição

fases e procedimento Restritivas Direito pessoal da Administração;


Perigo público iminente;
Fase Declaratória Sobre bens móveis, imóveis e serviços;

Inicia-se com a publicação do decreto expropriatório,


Transitoriedade; Tombamento
dando-se início do prazo de caducidade de 5 (cinco) Servidão Administrativa Autoexecutória;
anos (interesse social é dois anos). Indenização ulterior (se houver Proteção do patrimônio cultural;
Direito real público (ônus real);
prejuízo). Voluntário ou compulsório;
Efeitos: Execução de obras e serviços
de interesse coletivo; Ocupação Temporária Provisório ou definitivo;
Início do prazo de caducidade do ato declaratório;
Apenas sobre bens imóveis; Possível sobre bem móveis,
Direito de penetrar no bem;
Definitividade; Direito pessoal da Administração; imóveis, bairros e cidades;
Fazer medições, inspeções, etc. (pode requisitar força
Mediante acordo ou decisão judicial; Necessidade de obras e serviços Possível sobre bens públicos;
policial);
Segue as mesmas regras e (sem urgência); Processo administrativo prévio;
Indica o estado do bem para fins de indenização procedimentos da desapropriação Sobre bens imóveis; Autorização prévia para reformar,
(benfeitorias necessárias posteriores serão indenizadas, (Decreto-lei nº 3.365/1941);
Transitoriedade; reparar, etc;
úteis apenas se forem autorizadas, e voluptuárias não
Indenização prévia e condicionada (se Autoexecutória; Proibido demolir ou mutilar o bem.
serão indenizadas).
houver prejuízo).
Gratuita ou remuneração/indenização.
Fase Executória
Limitações Administrativas
Art. 10-A do Decreto-lei

nº 3.365/1941
Inicia-se com instauração de processo
administrativo, notificando-se o
Intervenção do Estado
Atos normativos de caráter geral;
Derivam do poder de polícia;
Destinatários indeterminados;

na Propriedade
proprietário, com indicação do valor de
Interesse público abstrato;
indenização oferecido, para que este
aceite, no prazo de 15 dias. O silêncio é Sobre bens móveis ou imóveis;
considerado rejeição. Definitividade;
Sem indenização.

Desapropriação: modalidades
Desapropriação Ordinária Desapropriação Urbanística Desapropriação Rural
Desapropriação “confiscatória”
Art. 5º , XXIV, da CF/1988 Art. 182, § 4º, da CF/1988
para Reforma Agrária Art. 243 da CF/1988
Art. 184 da CF/1988
Todos os entes têm autorização. Só o município tem autorização. Só a União tem autorização.
Indenização prévia em dinheiro. Indenização em títulos da dívida
Só a União tem autorização. Sem indenização.
Fundamento: utilidade/necessidade
pública. Indenização em títulos da dívida
Chamada apenas de “expropriação”

pública e interesse social. Fundamento: descumprimento da


agrária. ou “confisco”.
função social. Política urbana. Benfeitorias em dinheiro.
Princípios do Serviço Público
Princípio da cortesia Princípio da modicidade das tarifas

Princípio da segurança Princípio da continuidade do serviço público

Princípio da eficiência Princípio da contemporaneidade/atualidade


Competências
Princípio da regularidade Princípio da transparência e participação
do usuário
Princípio da igualdade dos usuários
Princípio da mutabilidade do regime jurídico
Princípio da generalidade/universalidade

União: art. 21, X, XI, XII, da CF/1988.


Estados: art. 25, § 2º, da CF/1988.
Distrito Federal: art. 32, § 1º, da CF/1988.
Municípios: art. 30, V, VI, VII, da CF/1988.

Serviços Públicos
Conceito do Extinção da Concessão
Serviço Público
Art. 35 da Lei nº 8.987/1995.
Direitos dos Usuários
do Serviço Público
A Concessão, ainda que possua prazo
“Todo aquele prestado pela determinado, possui outras possibilidades de
A definição dos direitos dos usuários do
Administração ou por seus delegados, extinção:
Serviço Público dá-se pela Lei nº
sob normas e controles estatais, para 13.460/2017, que elenca direitos e deveres
satisfazer necessidades essenciais ou Termo final do prazo;
básicos, a possibilidade de apresentação de
secundárias da coletividade, ou simples Rescisão; manifestações, regulamenta ouvidorias e
conveniências do Estado” - Hely Lopes Anulação; conselhos de usuários, bem como define a
Meirelles. avaliação continuada dos serviços públicos
Caducidade;
Encampação; pelos órgãos e entidades públicos
determinados na lei.
Extinção da concessionária.
Concessão, Permissão e Autorização

Autorização Permissão Concessão


Art. 21 da CF/1988 Arts. 2º e 40 da Lei nº 8.987/1995 Lei nº 11.079/2004
A título não precário – mais segura;
A título precário;
Ato unilateral da Administração Pública; Licitação apenas nas modalidades concorrência ou
Licitação em qualquer modalidade; diálogo competitivo;
Discricionário;
Permissão ocorre para pessoa física ou jurídica Concessão ocorre apenas para pessoa jurídica ou
Precário;
(autorização também); consórcio de empresas;
Sem exigência de licitação;
Sem prazo (doutrina aceita), caso haja e tenha Prazo pode variar de acordo com o serviço, sendo
Formalizada por decreto ou portaria.
rescisão anterior, cabe indenização; vedada a renovação automática;
Não pode envolver obra pública.
Pode envolver obra pública.

Serviços Públicos
A concessão possui duas
modalidades: a comum e a
especial. A especial subdivide-se
em patrocinada e administrativa.

Classificação dos Serviços Públicos


Essencialidade
Os serviços essenciais caracterizam-se como
Titularidade
Objeto
aqueles que atendem a interesses essenciais e
A titularidade relaciona-se com a competência para a
possuem como sujeitos da prestação apenas Administrativos: atividades que atendam a prestação. Assim, basta questionar: Quem é o ente
as entidades públicas. Prestados, portanto, necessidades internas. titular dessa prestação? Podem ser:
exclusivamente pelo Estado. Industriais/comerciais: dão lucro/renda. Podem
Federais (União);
ser delegados a particulares.
Exceção: art. 30, V, da CF/1988 Estaduais (estados);
Sociais: visam atender a prestação de direitos
fundamentais sociais. Distritais (Distrito Federal);
Titularidade Estatal Municipais (município);
Criação Comuns (todos os entes podem ser titulares).
Próprios: Trata-se dos serviços públicos
propriamente ditos, de titularidade da Administração Opção legislativa: serviços públicos elencados pelo
Pública, que são por ela executados diretamente ou Legislador, ou seja, descritos em lei ou na Constituição
por meio de delegação.
Destinatários
Federal.
Gerais/coletivos/uti universi: Cobrados por
Impróprios: Atividades com relevância pública, nas Inerente: aqueles serviços que, mesmo sem estar impostos ou contribuições.
quais os titulares são particulares. Submetem-se aos expressos em lei, são serviços públicos por suas
princípios do serviço público e ao Poder de Polícia. Individuais/uti singuli: Cobrados por taxa, tarifa
características, ainda que não estejam assim identificados. ou preço público.
Conceito A quem se aplica?

Administrações públicas diretas,


Procedimento administrativo por
autárquicas e fundacionais da União,
meio do qual a Administração A quem não se aplica?
dos estados, do Distrito Federal e dos
Pública, seguindo os princípios do
municípios, e abrange Executivo,
direito administrativo, seleciona a Empresas públicas e às sociedades de
Legislativo e Judiciário, Ministério
proposta mais vantajosa para economia mista e as suas subsidiárias,
Público, Tribunais de Contas, fundos
contratar serviços, obras e bens. regidas pela Lei nº 13.303/2016,
especiais e as demais entidades Não podem

controladas, direta ou indiretamente, ressalvado o disposto no art. 178 disputar

pela Administração Pública. (crimes em licitações). licitação


Competência para legislar

União (normas gerais), estados,


Distrito Federal e municípios podem
complementar. Art. 14 da Lei nº 14.133/2021

Licitações
Fases da Licitação É permitida

Art. 51 da Lei nº 14.133/2021


Critérios de Desempate a participação de empresas em
consórcio (art. 15);
Art. 60 da Lei nº 14.133/2021
Modalidades de
a participação de cooperativas
Fase preparatória e divulgação do edital: Licitação (art. 16).
art. 164 Lei 14.133/21;
Fase da apresentação de propostas e
lances; Inexigibilidade Art. 28 Lei nº 14.133/21

Fase de julgamento: art. 59 da Lei nº Pregão;


14.133/2021; Art. 74 da Lei nº 14.133/2021 Concorrência; Contratação Direta
Fase de habilitação: arts. 62 ao 70 da Concurso;
Lei nº 14133/21; Leilão; Se indevidamente realizada, com
Fase de recursos: arts. 165 e 168 da Lei Diálogo competitivo. dolo, fraude ou erro grosseiro,
nº14.133/2021; gera responsabilidade do agente
Encerramento e homologação: art. 71 da
Dispensa público e do contratado.
Lei nº 14.133/2021. É possível imputação por ato de
Art. 75 da Lei nº 14.133/2021 improbidade e crime contra
administração pública.
Disposições Setoriais:
Disposições Setoriais:
Compras Obras e Serviços de Engenharia
Pode-se indicar marca ou modelo no edital.
Art. 46 da Lei nº 14.133/2021
Art. 41 da Lei nº 14.133/2021 Procedimentos Auxiliares
Art. 6º da Lei nº 14.133/2021

É vedada a realização de obras e serviços de Art. 78 da Lei nº 14.133/2021


engenharia sem projeto executivo.
Disposições Setoriais:

Serviços em Geral A Administração é dispensada da elaboração de


projeto básico nos casos de contratação
Princípios: padronização e parcelamento. integrada. Sistemas de

Registros de Preços
Serviços “terceirizados” Art. 6º da Lei nº 14.133/2021
na administração pública
Art. 82 da Lei no 14.133/2021
Art. 48 da Lei nº 14.133/2021
Licitações NÃO gera o compromisso

de contratar.

Disposições Setoriais:

Locação de Imóveis Disposições Setoriais:


Importante:
Alienações
O art. 86 prevê a chamada licitação
Licitação “carona”: possibilidade de adesão à
Como regra, deve ser licitada,

Avaliação do prévia do bem sempre na modalidade leilão. Ata por outros órgãos ou entidades,
mas é vedada a adesão de órgão
Estado de conservação federal a ata estadual, distrital ou
Custos de adaptações municipal (o inverso é permitido).

Prazo de amortização dos


Infrações e Sanções

investimentos necessários Administrativas Infrações da Lei nº 14.133/21 que também


Locação do bem imóvel sejam atos lesivos na Lei nº 12.846/13 (lei
Art. 156 da Lei nº 14.133/2021 Anticorrupção), serão apurados e
Imóvel sui generis (único capaz de atender julgados conjuntamente, nos mesmos
as necessidades): caso de inexigibilidade autos.
(art.74).
Direito Ambiental

Atuação profissional: Professor,

advogado e palestrante.

Formação acadêmica: Mestrando

em direitos humanos pela UniRitter.

Especialista em direito ambiental e

direito público pela UFRGS.

Prof. Mateus Silveira


Código Florestal
Lei n° 12.651/2012

Áreas de Preservação Permanente


arts. 4º a 6º

Cadastro Ambiental Rural


Art. 29

Normas Infraconstitucionais

de Proteção Ambiental e

Sustentabilidade

Estatuto da Cidade LC n° 140/2011


Lei nº 10.257/2001 Competência Administrativa Ambiental
Do Sistema Nacional de

Meio Ambiente (SISNAMA)


Objetivos da PNMA (PMR)
Art. 6º Lei nº 6.938/1981

Art. 4º Lei nº 6.938/1981 ÓRGÃO SUPERIOR - Conselho de Governo.


ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO - CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente).
ÓRGÃO CENTRAL - Ministério do Meio Ambiente.
Princípios da PNMA ÓRGÃOS EXECUTORES - IBAMA e ICMbIO (Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade.
ÓRGÃOS SECCIONAIS - Órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo
controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental.
Art. 2º Lei nº 6.938/1981 ÓRGÃOS LOCAIS - Órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades,

nas suas respectivas jurisdições.

Da Política Nacional Do Meio

Ambiente – Lei nº 6.938/1981


Instrumentos da
Licenciamento e Licença

Política Nacional do
Ambiental
Meio Ambiente
Avaliação de Impacto
Licenciamento Ambiental:
Art. 9º Lei nº 6.938/1981
Ambiental (EIA e RIMA) É instituído em três fases: Licença Prévia (LP), Licença
de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é um profundo
Art. 9º-A Lei nº 6.938/1981 diagnóstico do empreendimento que está em vias de ser Licença Ambiental:
licenciado pelo órgão ambiental competente.
Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente
estabelece as condições, restrições e medidas de controle
Pela servidão ambiental o proprietário rural, Em decorrência do princípio da informação, o relatório ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor,
voluntariamente, renuncia à exploração ou deve ser objetivo, sintético e acessível a todos, porém, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e
supressão (de parte) dos recursos naturais deve ser um retrato fiel do conteúdo do EIA, exposto de operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos
localizados em sua propriedade. uma forma menos técnica. recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam
causar degradação ambiental.
Atenção:

As ações e a responsabilidade por Podem integrar o SNUC, excepcionalmente e a


todos os atos que dizem respeito à critério do CONAMA, unidades de conservação
política nacional de unidades de estaduais e municipais que, concebidas para
conservação da natureza passaram a atender a peculiaridades regionais ou locais,
ser atribuição do Instituto Chico possuam objetivos de manejo que não possam
O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas
Mendes de Conservação da ser satisfatoriamente atendidos por nenhuma
atribuições:
Biodiversidade (ICMBio), a partir da Lei categoria prevista na Lei nº 9.985/2000 e cujas
nº 11.516/2007. características permitam, em relação a estas,
Órgão consultivo e deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente
uma clara distinção.
(CONAMA), com as atribuições de acompanhar a implementação do
Sistema.
Órgão central: Ministério do Meio Ambiente, com a finalidade de
coordenar o Sistema.
Órgãos executores: o Instituto Chico Mendes e o IBAMA, em caráter
O SNUC é formado pelo conjunto das supletivo, os órgãos estaduais e municipais, com a função de
A Lei nº 9.985/2000, que cria o SNUC,
unidades de conservação de todos os entes implementar o SNUC, subsidiar as propostas de criação e administrar as
regulamenta os incisos I, II, III e VII do
federados unidades de conservação federais, estaduais e municipais, nas
§ 1º do art. 225 da CF/1988.
respectivas esferas de atuação.

Sistema Nacional de Unidades

de Conservação
Importante: Da criação, implantação e

gestão das unidades de

As unidades de conservação da natureza A criação de unidades de conservação da natureza pode ser conservação:
dividem-se em unidades de proteção integral e realizada por lei ou por decreto do chefe do Poder Executivo
unidades de uso sustentável. Esta divisão dá-se federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal.
conforme o grau de intensidade da proteção a Art. 22 da Lei nº 9.985/2000
ser realizada.

As categorias que compreendem as unidades de


As categorias de unidades de proteção integral uso sustentável são:
são as seguintes: Área de proteção ambiental: Art. 15 da Lei nº 9.985/2000 A supressão e a alteração do regime
Estação ecológica: Art. 9º da Lei 9.985/2000 Área de relevante interesse ecológico: Art. 16 da Lei nº 9.985/2000 de proteção com fins de diminuir a
Reserva biológica: Art. 10 da Lei nº 9.985/2000 Floresta nacional: Art. 17 da Lei nº 9.985/2000 tutela só poderão ocorrer mediante a
Parque nacional: Art. 11 da Lei nº 9.985/2000 Reserva extrativista: Art. 18 da Lei nº 9.985/2000 edição de uma lei ordinária, conforme
Monumento natural: Art. 12 da Lei nº 9.985/2000 Reserva de fauna: Art. 19 da Lei nº 9.985/2000 determina o art. 225, § 1º, III da
Refúgio da vida silvestre: Art. 13 da Lei nº 9.985/2000 Reserva de desenvolvimento sustentável: Art. 20 da Lei nº 9.985/2000 CF/1988.
Reserva particular do patrimônio natural: Art. 21 da Lei nº 9.985/2000
Importante! Aplicação dos Princípios da

Da constitucionalidade da reserva legal Precaução e Prevenção


para alteração e supressão de espaços
territoriais especialmente protegidos (ADI
no 3.646). Princípio da prevenção: o objetivo final do princípio da
prevenção é evitar que o dano possa chegar a produzir-se,
para tanto, necessário se faz adotar medidas preventivas.
Certeza científica do impacto ambiental. Conhece e previne.
Atenção!
Art. 225 da CF/88
Princípio da precaução: é a garantia contra os riscos
potenciais que de acordo com o estado atual do Art. 225, § 1º, VIII, da CF/88
Direito fundamental ao meio ambiente conhecimento, não podendo ser ainda identificados. Não há
ecologicamente equilibrado. certeza científica. Cautela.

Meio Ambiente na

Constituição Federal
Das Decisões do STF envolvendo

Dica para memorizar:


A FAMA do PAi é conhecida na Atenção!
maus-tratos de Animais
ZONA e na SERRA.
FA = Floresta Amazônica Inconstitucionalidade da vaquejada Proibição das rinhas de galo: ADI nº 3.776 e ADI nº 1.856.
MA = Mata Atlântica
PA = Pantanal mato-grossense Da inconstitucionalidade de “farra do boi”: RE nº
ZONA = Zona Costeira 153.531, vide ADI nº 1.856.
SERRA = Serra do Mar ADI nº 4983 Da constitucionalidade do sacrifício de animais nos
cultos religiosos de matriz africana: RE nº 494.601.
A competência legislativa dos municípios de
interesse local é estabelecida no art. 30, I, da
CF/1988.

A Constituição Federal prevê a competência


legislativa concorrente que toca aos entes
A competência exclusiva da União está
União, Estados e Distrito Federal.
disposta no art. 21 da CF/1988.

Atenção!

Art. 24 da CF/88 A competência comum de todos os entes A competência

federados está art. 23 da CF/88. legislativa dos

municípios está

adstrita a legislar

A competência residual administrativa e legislativa


sobre interesse local.
Competência em Matéria
dos Estados está prevista no art. 25, § 1º, da
CF/1988.
Ambiental

Meio Ambiente na

Constituição Federal
Princípios do Direito
Bens Públicos
Ambiental
LC nº 140/2011
Princípio do desenvolvimento sustentável; Princípio do usuário-pagador;

Princípio da informação; Princípio da prevenção; Art. 20 da CF/88


Princípio da participação ou princípio democrático; Princípio da precaução;

Princípio da educação ambiental; Princípio da função socioambiental da propriedade; Art. 26 da CF/88

Princípio da obrigatoriedade da atuação (intervenção) estatal; Princípio da equidade ou solidariedade intergeracional;

Princípio do limite; Princípio da vedação do retrocesso ecológico (ou non


cliquet ambiental);
Princípio do poluidor-pagador; Princípio da cooperação entre os povos.
A competência legislativa dos municípios de
interesse local é estabelecida no art. 30, I, da
CF/1988.

A Constituição Federal prevê a competência


legislativa concorrente que toca aos entes
A competência exclusiva da União está
União, Estados e Distrito Federal.
disposta no art. 21 da CF/1988.

Atenção!

Art. 24 da CF/88 A competência comum de todos os entes A competência

federados está art. 23 da CF/88. legislativa dos

municípios está

adstrita a legislar

A competência residual administrativa e legislativa


sobre interesse local.
Competência em Matéria
dos Estados está prevista no art. 25, § 1º, da
CF/1988.
Ambiental

Meio Ambiente na

Constituição Federal
Princípios do Direito
Bens Públicos
Ambiental
LC nº 140/2011
Princípio do desenvolvimento sustentável; Princípio do usuário-pagador;

Princípio da informação; Princípio da prevenção; Art. 20 da CF/88


Princípio da participação ou princípio democrático; Princípio da precaução;

Princípio da educação ambiental; Princípio da função socioambiental da propriedade; Art. 26 da CF/88

Princípio da obrigatoriedade da atuação (intervenção) estatal; Princípio da equidade ou solidariedade intergeracional;

Princípio do limite; Princípio da vedação do retrocesso ecológico (ou non


cliquet ambiental);
Princípio do poluidor-pagador; Princípio da cooperação entre os povos.
Quanto à reparabilidade:

Dano ambiental individual ou reflexo: De forma direta: quando o dano é individual,


atinge interesses próprios do lesado reparando-se o dano diretamente ao interessado
(referentes ao microbem). que sofreu a lesão (indenização direta para a
pessoa lesada).
Importante:
De forma indireta: quando trabalhamos com os
direitos e interesses difusos e coletivos (nesta A responsabilidade civil ambiental é objetiva!
Dano ambiental ecológico puro:
situação, a reparação é revertida a um fundo de
atinge os componentes essenciais do
proteção de interesses difusos).
ecossistema. Art. 927, parágrafo único, CC

art. 14, § 1º, da Lei nº 6.938/1981


Dano ambiental: lesão ao direito Dano patrimonial;
fundamental de gozar de um meio
ambiente ecologicamente equilibrado. Dano extrapatrimonial (moral) ambiental.

Responsabilidade Civil
por Dano Ambiental
Teoria do Risco Integral Obrigação propter rem Quem é o responsável pela reparação do dano?

O poluidor é o sujeito responsável pela reparação


do dano causado, podendo ser pessoa física,
Súmula nº 623 do STJ
jurídica, privada ou pública.
Determina a reparação do dano mesmo que
involuntário (a exceção são os fatos exteriores
ao homem), responsabilizando o poluidor por Prescrição das Ações de

todos os acontecimentos vinculados ao evento


danoso. Responsabilidade Civil
Quando o objeto da ação é a proteção ao meio ambiente, Se a pretensão reparatória buscar reparar lesão individual
como bem fundamental (essencial à sadia qualidade de vida), causada de forma indireta pela poluição, ou pela
o pedido de reparação constante na ação indenizatória será degradação ambiental, o prazo prescricional será o trienal
Relativiza a importância do nexo de
imprescritível. do art. 206, § 3º, V do CC.
causalidade para a configuração do dano.
Direito Civil
Prof.ª Patrícia Strauss
Atuação profissional: Professora,

advogada e Presidente do

IBDMater.
Formação acadêmica:

Doutoranda e Mestre em Direito.

Pós Graduada em "Environment

Policy" pela OU - Inglaterra | Pós

graduada em “Droit de contrat”

pela Savoie Mont Blanc - França.

Prof.ª Maitê Damé

Atuação profissional: Professora

e advogada.
Formação acadêmica: Doutora

em Direito com bolsa de

Doutorado Sanduíche no Centro

de Estudos Peter Häberle, em

Granada, Espanha.
Superfície Servidão
Art. 1.369, CC Importante
É o direito real pelo qual os proprietários de dois imóveis
estabelecem, através de escritura pública ou por
O proprietário do imóvel concede A servidão é facultativa. É, também,
testamento, devidamente registrada no Cartório de
(de forma gratuita ou onerosa) a
Registro de Imóveis, a concessão de benefícios de um direito real de gozo ou fruição.
outrem o direito de construir sobre
imóvel para o outro.
seu terreno, por tempo determinado
ou indeterminado, devendo haver A passagem forçada é compulsória
Pode se constituir, também, através de usucapião.
registro no Cartório de Registro de e exige pagamento de indenização.
Extinção
Imóveis. Art. 1.379, CC

Direitos Reais Sobre

Coisa Alheia e de

Usufruto Garantia Habitação


Concede a terceiro o direito de Direito de usar a coisa para
usar e fruir da coisa alheia por fins de moradia.
determinado período de tempo
Não permite alugar, nem
Uso Laje emprestar a coisa.
Atenção
Direito de utilizar a coisa para o Arts. 1.510-A - 1.510-

O proprietário tem os direitos de seu próprio bem. E, CC Direito real de habitação


dispor e reivindicar, mas não pode
usar, nem fruir do bem que lhe convencional: Registro no
Deve estar inscrito no Cartório A construção-base e o terreno
pertence. Cartório de Registro de
de Registro de Imóveis. pertencerão ao proprietário do
O direito de usar, de locar o imóvel

Imóveis.
imóvel-base.
é do usufrutuário. Possibilidade de fruir quando as
O direito de vender o imóvel é do
necessidades do usuário ou da
nu-proprietário. família o exigirem.
Direito Real de Garantia
Direito Real de
Arts. 1.419 - 1.510 do

Aquisição Súmula 239 do STJ CC


Penhor;
Constitui-se a garantia real sobre coisa
Hipoteca;
Extinção imóvel quando o contrato é levado a
É proveniente de promessa de Anticrese. registro. No caso dos móveis, basta a
compra e venda, com cláusula de Hipótese de ação de

tradição, se a lei não exigir, também, o


irrevogabilidade e devidamente adjudicação compulsória,
registro.
registrada no Cartório de Registro mesmo não havendo

de Imóveis. registro.

Direitos Reais

Penhor Sobre Coisa Alheia

Garantia real sobre bem móvel, através


da qual o devedor entrega ao credor o
e de Garantia Anticrese
bem, sendo, ainda, exigido o registro do O direito real pelo qual o devedor
instrumento de penhor no Cartório de entrega ao credor o bem imóvel,
Títulos e documentos. autorizando que ele perceba os
frutos e rendimentos da coisa,
Penhor rural (art. 1.438 a 1.446, CC); Hipoteca compensando-os na dívida
Penhor industrial e mercantil (art. 1.447
a 1.450, CC); Garantia real que recai, como regra, sobre
Penhor de direitos e títulos de crédito imóveis, podendo incidir, também, sobre Eventuais deteriorações que o
(art. 1.451 a 1.460, CC); imóvel sofrer por culpa do credor
alguns móveis previstos na lei.
Penhor de veículos (art. 1.461 a 1.466, anticrético serão por ele
CC);
Pode recair, ainda, sobre direitos reais.
respondidas, assim como os
Penhor legal (art. 1.467 a 1.472, CC). Necessita de registro no Cartório de Registro
frutos que não forem percebidos.
de Imóveis.
2) Validade Partes/agentes capazes, vontade livre

e não viciada, objeto lícito, possível,

1) Existência determinado ou determinável e forma


Termo
prescrita ou não defesa em lei.
Elemento acidental caracterizado pela

Partes/agentes, vontade,

ocorrência de acontecimento futuro, porém

objeto e forma. 3) Eficácia


certo. O termo pode ser inicial ou final (data

da produção de efeitos).
Condição
O negócio jurídico deve ser
Modo ou encargo
Elemento acidental que consiste em um

analisado sob três planos: evento futuro e incerto (art. 121 do CC). Determinação acessória ao negócio jurídico

A condição pode determinar o início da


principal, que impõe um dever ou ônus ao

Aspectos Gerais produção de efeitos do negócio (art. 125


beneficiário.
do CC) ou o término (art. 127 do CC). O encargo não suspende a aquisição

ou o exercício do direito, salvo se o

encargo for condição suspensiva

Negócio Jurídico (art. 136 do CC).

Anulação
Defeitos Ocorrem quando a vontade

estiver viciada.
Invalidade Invalidade relativa;
Erro ou ignorância Simulação Hipóteses: art. 171 do CC +

Nulidade casos especificados pela lei

Dolo É o único vício que gera


como de anulabilidade;
a nulidade do negócio. Invalidade absoluta;
Coação
Convalesce pelo decurso do tempo

Hipóteses: arts. 166 e 167 do CC;


Estado de perigo Importante: (04 anos): art. 178 do CC. Quando a

Não convalesce pelo decurso do


lei não fizer previsão de prazo será

Lesão Prazo para buscar a anulação do


tempo (art. 169 do CC); de 02 anos (art. 179 do CC);
negócio jurídico: 04 anos, a contar
Não pode ser confirmado

Fraude contra

da celebração do negócio. Pode ser confirmado pelas


credores pelas partes (art. 169 do CC).
partes (arts. 172-174 do CC).
Direito de Vizinhança Propriedades

Os direitos de vizinhança são limites impostos ao exercício da


Temporárias
propriedade, tendo em vista a convivência social, e que se
relacionam aos limites, às linhas que separam os prédios vizinhos.
Propriedade Resolúvel: aquela que pode ser resolvida pelo implemento de uma

A vizinhança pode causar conflitos, assim, o exercício de um


condição resolutiva ou pelo termo final. Uma vez resolvida a propriedade, o

direito sobre o próprio prédio pode refletir no prédio vizinho,


proprietário a quem beneficia a resolução pode reivindicar a coisa em poder de

como, por exemplo, a abertura de uma janela.


quem ela esteja.

Propriedade Fiduciária: a propriedade é resolúvel por uma causa contida no

próprio título de propriedade, que se fundamenta em um contrato de alienação

Condomínio fiduciária em garantia, geralmente utilizado com relação a veículos.

Condomínio voluntário ou convencional: o condomínio


voluntário ou convencional decorre de instituição das
partes, através de contrato ou por doação ou herança. Aquisição de

Condomínio legal ou necessário: o condomínio Propriedade Imóvel

necessário é o que deriva de determinação legal,


sendo o de paredes, cercas, muros e valas divisórias
das propriedades, remetendo, portanto, às normas do
Propriedade por Acessão
direito de vizinhança (art. 1.327, CC).
Refere-se ao direito do proprietário sobre tudo o
Condomínio edilício: o condomínio edilício é tratado que for incorporado ao bem; trata-se de uma
pelo CC dos arts. 1.331-1358, e é assim considerado anexação de um bem acessório novo a um bem
aquele condomínio formado por unidades autônomas. principal já existente. Pode ocorrer por formação de
Nesta modalidade, a propriedade é dividida em planos Aspectos Gerais ilhas, aluvião, avulsão, abandono de álveo,
horizontais, utilizando-se o solo e subindo para o plantações e construções (art. 1.248, CC).
“céu”.

Direito de Uso: Direito de gozo/fruição:


Direito de Disposição:
Utilização da coisa conforme as permissões A possibilidade de retirar da coisa os frutos Sendo o proprietário da coisa, poder transmiti-la a
legislativas, ou seja, existem limites ao uso que ela produz (sejam eles naturais ou civis), terceiro, seja por ato entre vivos (compra e venda)
como, por exemplo, o direito de vizinhança, a como, por exemplo, a locação de um ou causa mortis (testamento), seja de forma onerosa
desapropriação ou o tombamento. imóvel. (mediante pagamento) ou gratuita (negócio
benéfico, sem pagamento).
Usucapião de Bens
Imóveis e Móveis
Usucapião Extraordinária

Usucapião Ordinária Posse ad usucapionem e lapso temporal de 15


Usucapião Especial Rural
anos. Dispensa a existência de justo título e

Posse ad usucapionem, lapso temporal

boa-fé. Redução de prazo: o prazo poderá ser

Posse ad usucapionem, lapso temporal de dez incontestado e ininterrupto de cinco anos,

reduzido para dez anos se o imóvel for

anos, justo título (título hábil a transferir a área rural de até 50 hectares, produtividade

utilizado para moradia habitual ou se tiver

propriedade) e boa-fé (desconhecer ou inexistir ou moradia, não ser proprietário de outro


sido realizada obra ou serviço de caráter

eventuais vícios que maculem a posse). imóvel urbano ou rural.


produtivo.
Redução de prazo: o prazo reduz-se para cinco
anos se o imóvel tiver sido adquirido, de forma
Art. 1.238 do CC
onerosa, devidamente registrado e, Art. 1.239, CC + art. 191, CF
posteriormente, tiver o registro cancelado e
desde que os possuidores tenham estabelecido
lá sua moradia ou realizado investimentos de
interesse social e econômico.

Art. 1.242 do CC Propriedade Usucapião Especial Urbana Coletiva

Núcleos urbanos informais (aqueles

clandestinos, irregulares ou nos quais não foi

possível realizar, por qualquer modo, a

Usucapião de Bens titulação de seus ocupantes, ainda que

Imóveis e Móveis atendida a legislação vigente à época de sua

implantação ou regularização);
Usucapião Especial Urbana por Posse ad usucapionem; lapso temporal de

Abandono do Lar Conjugal cinco anos; área por possuidor inferior a 250

Usucapião Especial Urbana m²; não serem os possuidores proprietários de

Posse ad usuca-pionem exercida de forma direta; lapso


outro imóvel urbano ou rural.
temporal incontestado e ininterrupto de dois anos; área
Posse ad usucapionem; lapso temporal
A pretensão de usucapião dos possuidores

urbana de até 250 m², usada para moradia (posse


incontestado e ininterrupto de cinco anos; área
deve ser julgada por sentença, na qual o juiz irá

direta), da qual o usucapiente seja proprietário em


urbana de até 250 m², usada para moradia; não
determinar a formação de um condomínio

conjunto com ex-cônjuge ou companheiro que tenha


ser proprietário de outro imóvel urbano ou
indivisível entre os pos-suidores, e a cada um

abandonado o lar; não ser proprietário de outro imóvel


rural. caberá uma fração ideal igual da área do

urbano ou rural.
terreno, independentemente da área ocu-pada.

Art. 1.240-A, CC Art. 1.240, CC + art. 183, CF


Art. 10, Lei nº 10.257/2001
Direitos do nascituro Gera a nulidade

Relativa: art. 4º, CC


do ato.
Capacidade civil plena = de fato e de direito. São incapazes para certos atos

ou a maneira de os exercer:
Todo indivíduo, a partir do nascimento com

O ato jurídico é praticado pelo

vida (art. 2º, CC) é capaz de direitos e


1) Aqueles entre 16 e 18 anos;
representante legal: REPRESENTAÇÃO.
obrigações na ordem civil (art. 1º, CC). 2) Ébrios habituais;
São absolutamente incapazes os

3) Viciados em tóxico;
menores de 16 anos.
4) Aqueles que, por causa transitória ou

Absoluta: art. 3º, CC


Capacidade de Fato e
permanente, não puderem exprimir sua

vontade;
de Direito ou

5) Pródigos.
Personalidade Jurídica
Gera a anulabilidade do ato. Incapacidade

Absoluta e Relativa

Pessoas Naturais
Emancipação Voluntária Dispensa registro no Cartório do Registro

Civil.
Art. 5º, CC Ocorre pela concessão dos pais;
Mediante escritura pública,

Judicial
Forma de se antecipar a capacidade
independente de homologação judicial;
civil plena. Deve ser registrada no Cartório do
Concedida pelo juiz, nos casos em que o
Registro Civil. menor estiver sob tutela;

Definitiva Irretratável Irrevogável Pode ocorrer, também, nos casos em que

Legal
um dos genitores concordar e o outro

Advém da disposição legal; discordar da emancipação;


Salvo por ocorrência de vício
Em razão de casamento, emprego

de vontade (enunciado 397


Deve ser registrada no Cartório do Registro
público, constituição de empresa ou

das Jornadas de Direito Civil). Civil.


colação de grau em curso superior;
1) Testamentária
Importante Curatela
2) Legítima
3) Dativa Art. 1.735, CC: estabelece aqueles que

Proteção de uma pessoa maior, mas que padece de

não podem ser nomeados tutores.


Representação legal de indivíduo
alguma incapacidade ou circunstância que impeça a

menor de 18 anos, em razão da


Art. 1.736, CC: determina os indivíduos
sua livre e consciente manifestação de vontade.
falta de seus pais. que podem se escusar da tutela (prazo

Interdição: casos dos incisos II, III e IV do art. 4º do CC.


de 05 dias).
Tutela Previsão de ordem legal para nomeação (art. 1.775, CC):
Atenção: alguns atos dependem de

autorização judicial, outros não. Cônjuge ou companheiro, não separado

judicialmente ou de fato;
A tutela cessa com o término da

Pai ou a mãe;
incapacidade (art. 1.763, CC).
Tutela e Curatela Descendente que se demonstrar mais apto.

Pessoas Naturais
Direitos da

Proteção ao nome: arts. 16-19, CC Direito ao próprio corpo: arts. 13-15, CC Personalidade
O nome (prenome e sobrenome) pode ser
Proteção à integridade física.
alterado mediante requerimento ao Oficial

do Registro Civil. Doação de órgãos após morte.


São derivados da dignidade da pessoa

Ninguém pode ser obrigado a submeter- humana e inerentes aos seres humanos.
Havendo violação ao direito ao nome, é

se a tratamento médico ou cirúrgico que

cabível a reparação por danos.


importe risco de vida.

Proteção à palavra e à imagem:


São intransmissíveis e irrenunciáveis.
art. 20 do CC
Testamentos Vitais No Código Civil, há um rol exemplificativo,

ADIn nº 4.815: autorizada a publicação


envolvendo integridade física, nome,

Enunciado 528, das Jornadas

das “biografias não autorizadas”. intimidade, imagem, honra e vida privada.


de Direito Civil.
Mora do devedor Chamada de mora solvendi
Classificação da mora:
ou mora debendi.
1) Mora ex re ou mora automática;
2) Mora ex persona ou mora pendente;
Responde pelos prejuízos a que sua
A obrigação ainda pode ser adimplida:
3) Mora irregular ou presumida.
mora der causa, mais juros,
PURGA DA MORA (art. 401, CC)
atualização monetária e honorários
de advogado (art. 395, CC). Chamada de mora accipiendi,

Mora do credor
creditoris ou credenti.
Inadimplemento relativo, parcial ou
mora é o atraso ou até mesmo o Importante: não havendo fato ou Responsabilidade: responde o devedor pela
cumprimento incompleto da obrigação. omissão imputável ao devedor, não impossibilidade de cumprimento do contrato,
incorre este em mora (art. 396, CC). mesmo em caso fortuito ou força maior.
Arts. 394-401, CC

Mora Inadimplemento Inadimplemento

Absoluto
Arras ou sinal Cláusula penal Responde o devedor pelo
Juros Perdas e danos
valor do objeto, mais perdas
Arts. 417-420, CC Arts. 408-416, CC Arts. 406-407, CC Arts. 402-405, CC e danos, juros, atualização
monetária, cláusula penal
Sinal dado em um contrato
Penalidade de natureza
Classificação: legais,
Danos emergentes (se houver), custas e
preliminar, em dinheiro ou
CIVIL. convencionais e moratórios. + honorários de advogado.
outro bem móvel. Compensatórios ou
Lucros cessantes
Obrigação acessória
A obrigação não pode mais
contratada pelas partes. remuneratórios: decorrem
ser cumprida. Ela se tornou
Confirmatórias: sem

de uma utilização acordada


inútil para o credor. Nesse
cláusula de arrependimento Compensatória:

de determinado capital. Teoria adotada: dano


sentido, relembre:
e com perdas e danos. inexecução total da

direto e imediato.
obrigação.
Penitenciais: com cláusula

Moratória:
Para a doutrina, as

de arrependimento e sem
Observar Súmulas

inadimplemento parcial
perdas e danos do
Súm. n° 54, 380 e 426

perdas e danos. relativas ao tema: 283 e


CC apenas tratam de
do STJ e Súm. n° 412 e

da obrigação. 562 do STF.


530 do STJ e 596 do STF. danos materiais.
Direito da Criança e do

Adolescente

Atuação profissional: Professora,

escritora, palestrante e consultora

em políticas públicas.

Formação acadêmica: Mestre em

Direito pela Universidade de Santa

Cruz do Sul. Especialista em direito

processual.

Prof.ª Franciele Kühl


Será garantida a convivência da Será garantida a convivência integral
criança e do adolescente com a mãe familiar com adolescente em acolhimento
ou o pai privado de liberdade. institucional.

Aos pais incumbe o dever de sustento, Atenção!


É direito da criança e do adolescente guarda e educação. Competência dos pais
ser criado e educado no seio de sua no poder familiar: art. 1.634, CC.
família e, excepcionalmente, em família A falta ou a carência de recursos materiais
substituta. não constitui motivo suficiente para a perda
ou a suspensão do poder familiar.
O poder familiar só é extinto ou suspenso
por decisão judicial.

O acolhimento institucional para criança e


Poder Familiar e o
adolescentes que tiveram seus direitos
Acolhimento de Crianças
Hipóteses do art. 1.635 e 1.638, do CC.
violados e necessitam ser afastados
temporariamente da convivência familiar, é
e Adolescentes MEDIDA EXCEPCIONAL.

Direito à Convivência

Familiar e Comunitária
Espécies de Família Perda e Suspensão

do Poder Familiar
Família natural Comunidade formada entre pais e seus
descendentes.
Procedimentos judiciais possuem prioridade
absoluta na tramitação, assim como atos e
Família ampliada ou extensa Aquela que se estende para além da unidade diligências.
pais e filhos ou da unidade do casal, formada
por parentes próximos com os quais a Prazos: contados em dias corridos.
Família substituta criança ou adolescente convive e mantém
vínculos de afinidade e afetividade. Legitimidade ativa: pode ser iniciado pelo MP ou
qualquer pessoa que tenha interesse.
Será, preferencialmente, precedida de entrevista Todos os procedimentos regulados pelo ECA
da criança ou do adolescente perante equipe Concessão de liminar possuem isenção de custas e emolumentos.
multidisciplinar de oitiva da outra parte.
Desliga o adotado de qualquer vínculo Requisitos para adotar:
com pais e parentes biológicos.
1) Maiores de 18 anos de idade podem adotar;
Atribui a condição de filho ao adotado, 2) A criança ou adolescente deve contar com, no máximo,
análoga à do parentesco biológico, com 18 anos, salvo se já estiver sob guarda ou tutela;
os mesmos direitos e deveres, inclusive 3) Diferença de 16 anos de idade entre adotante e adotado; Quem não pode adotar:
sucessórios. 4) Consentimento dos pais biológicos ou destituição do poder

familiar;
Medida excepcional e irrevogável. 5) Somente por via judicial;
Os ascendentes e os irmãos do
6) Manifestação da criança, quando possível, e consentimento
do adolescente maior de 12 anos; adotando (art. 42, § 1º), o tutor ou
curador, enquanto não der conta
7) Aprovação em estágio de convivência: de sua administração e saldar o
Adoção 8) Em regra, necessária prévia habilitação; seu alcance (art. 44).
9) Idoneidade, motivos legítimos e desejo de filiação.
O STF já admitiu,

excepcionalmente, a

Direito à Convivência
adoção de neto por avós.

Familiar e Comunitária
Guarda Família Substituta Tutela

Aquele que detém a guarda está obrigado a Confere à criança ou ao adolescente a Medida que visa suprir a ausência da
prestar assistência material, moral e condição de dependente para qualquer representação legal dos pais, para cuidado da
educacional fim. criança ou adolescente e de seu patrimônio.
Se destina a regularizar a posse da criança ou Não impede o direito de visitas dos pais, ou
do adolescente, podendo ser concedida de Pode ser deferida a pessoa até 18 anos de idade.
o dever deles de prestar alimentos.
forma liminar ou incidentalmente.
Revogação: a qualquer momento, mediante Pressupõe a prévia decretação da perda ou
Utilizada para casos de tutela e adoção
ato judicial fundamentado, ouvido o MP (art. suspensão do poder familiar.
Regra: 35 do ECA).
(exceto adoção internacional).

Para atender situações peculiares ou


Exceção: para suprir a falta dos pais ou Implica o dever de guarda.
responsáveis.
Aplicam-se aos crimes definidos pelo ECA as

normas da Parte Geral do Código Penal, e


Aos crimes cometidos contra

quanto ao processo, as normas do Código de


crianças e adolescentes,

Processo Penal. independentemente da pena

prevista, não pode ser aplicada a

Lei nº 9.099/1995.

Todos os crimes praticados contra crianças e

adolescentes são de ação pública

incondicionada.
Casos de violência doméstica e familiar: é

vedada a aplicação de penas de cesta básica

Os crimes contra crianças e adolescentes estão


ou de outras de prestação pecuniária, bem

previstos nos arts. 228 a 244 do ECA, sem


como a substituição de pena que implique o

prejuízo do Código Penal. pagamento isolado de multa.

Crimes em Espécie
Direito à vida e à saúde: art. 228 e 229. Crimes previstos em relação à violência sexual:

arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C, 241-D e 241-E.


Família substituta: arts. 237, 238 e 239.
Crime previsto em relação à corrupção de

Produtos e serviços: 242 e 243 e 244. criança e adolescente: art.244-B.

Conselho Tutelar: art. 236.

Direito à liberdade, ao respeito e à


Atenção!
dignidade: art. 232. Súm. n° 500 do STJ: A configuração do crime
do art. 244-B do ECA independe da prova da
Ato infracional atribuído a adolescente:
efetiva corrupção do menor, por se tratar de
Arts. 230, 231, 234 e 235. delito formal.
Prazo máximo: 03 anos. Desinternação: ocorre após autorização Se o adolescente não tem
judicial, ouvido o Ministério Público (art. condições de arcar com o
Não comporta prazo determinado, mas 121, § 6°). prejuízo, a medida deve ser
sua aplicação deve ser reavaliada a cada substituída por outra que ele
06 meses (art. 121, § 2º do ECA). consiga cumprir.
c) descumprimento reiterado e injustificável
da medida anteriormente imposta.
Sujeita aos princípios da brevidade,
excepcionalidade e respeito à condição b) reiteração no cometimento de outras
peculiar de pessoa em desenvolvimento. Ato infracional que possui reflexos patrimoniais. A
infrações graves; autoridade pode determinar que o adolescente
restitua a coisa, promova o ressarcimento ou
a) ato infracional cometido mediante grave compense o prejuízo causado à vítima (art. 116).
ameaça ou violência;
Medida mais grave.
Obrigação de Reparar o Dano
Internação Hipóteses:

Medidas Socioeducativas

em Espécie
Prestação de Serviço à
Regime de

Comunidade Semiliberdade
Advertência
Pode ser determinada desde logo, ou
Prestação de serviço comunitário, com a Admoestação verbal, a qual deve ser reduzida como forma de transição do adolescente
realização de tarefas gratuitas de interesse a termo. *Admoestação significa conselho, para a medida em meio aberto.
geral. reprimenda, repreensão (art. 115).
Possibilita a realização de atividades externas,
Realizadas junto a entidades assistenciais,
hospitais, escolas, em programas comunitários Liberdade Assistida independentemente de autorização judicial.
ou governamentais.
Atividades obrigatórias:
A autoridade competente designa uma pessoa
Jornada máxima: 08 horas semanais, sem que capacitada para acompanhar o caso,
prejudiquem a frequência escolar ou a jornada auxiliando e orientando o adolescente. Escolarização e profissionalização.
de trabalho.
Prazo mínimo: 06 meses, podendo ser Não possui prazo determinado. No que
As tarefas não podem
prorrogada, revogada ou substituída por outra couber, serão aplicados os prazos da medida
ultrapassar seis meses. medida a qualquer tempo. de internação.
Regra Geral

Nenhuma criança ou adolescente até 16 anos de idade pode


viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado Nenhuma criança ou adolescente brasileiro poderá sair do Brasil
dos pais ou responsáveis sem expressa autorização judicial. acompanhada de estrangeiro residente no exterior sem prévia
autorização judicial, salvo se o estrangeiro é seu genitor ou se a
criança ou adolescente não tiver nacionalidade brasileira.
Exceções: arts. 83 a 85
Quando solicitado, a autoridade judiciária poderá conceder
autorização com validade de dois anos para viagem.
1. Viagem de criança e adolescente em
comarca contígua, se na mesma unidade da Casos de conflito de interesse dos pais, pai
Federação ou mesma região metropolitana: ou mãe desconhecido ou sem contato.

Pode viajar sozinho, sem autorização.


2. Viagem de adolescente de 16 e 17 anos em
território nacional: Regras de
Nos casos dos arts. 83, 84 e 85, se uma empresa
transportar uma criança acompanhada de ascendente,
mas sem a documentação que comprova o

Viagem
Pode viajar sozinho, sem autorização. parentesco, incorrerá em ilícito administrativo (art. 251
do ECA).
3. Viagem de criança e adolescente até 16 anos,
no âmbito nacional, fora da comarca, da unidade
de Federação ou mesma região metropolitana:
4. Viagem de criança ou adolescente para o exterior:
Pode viajar sozinho, desacompanhado, com autorização judicial;
Acompanhado de ambos os pais ou responsáveis;
Acompanhado dos pais ou responsáveis;
Se na companhia de um dos pais, o outro deve autorizar
Acompanhado de ascendente ou colateral maior, até terceiro expressamente em documento com firma reconhecida;
grau, comprovado documentalmente o parentesco;
Se na companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no
Acompanhado de pessoa maior, expressamente autorizada pelo exterior, com autorização judicial;
pai, mãe ou responsável;
Se desacompanhada ou em companhia de terceiro maior e
Sozinho, expressamente autorizado por qualquer dos genitores capaz, desde que com autorização dos pais, em documento
ou responsável legal, por meio de escritura pública ou de com firma reconhecida.
documento particular com firma reconhecida.
A autorização com firma reconhecida é dispensada se os
pais estiverem juntos no momento do embarque.
Outros princípios importantes:

I – por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; incisos do p. ú. do art. 100 do ECA.

II – por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável; São aplicáveis isolada ou cumulativamente;
Podem ser substituídas a qualquer tempo pela
III – em razão de sua conduta. autoridade competente;
Na aplicação da medida, deve ser considerado o seu
Medidas aplicadas às crianças e aos adolescentes sempre caráter pedagógico, observando o fortalecimento dos
que seus direitos reconhecidos forem ameaçados ou vínculos familiares e comunitários.
violados (art. 98 do ECA).
Estão previstas no art. 101 do ECA.

O que são? Rol de medidas

Medidas de Proteção
Medidas que podem ser aplicadas

Encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de


Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em

responsabilidade: sempre que a criança ou adolescente for


regime hospitalar ou ambulatorial.
encontrado longe destes.
Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação

Orientação, apoio e acompanhamento temporários. e tratamento a alcoólatras e toxicômanos.

Matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimentos


Inclusão em programa de acolhimento familiar: tanto o acolhimento

oficiais de ensino fundamental. institucional quanto o familiar são medidas excepcionais e provisórias

até a reintegração à família ou colocação em família substituta, e não

Inclusão em serviços e programas oficiais ou comunitários de


implicam privação de liberdade.
proteção, apoio e promoção da família da criança e do

adolescente. Colocação em família substituta: competência exclusiva do Poder

Judiciário.
Acolhimento institucional.
Direito do Consumidor

Atuação profissional: Professora,

advogada e Presidente do IBDMater.

Formação acadêmica: Doutoranda e

Mestre em Direito. Pós Graduada em

"Environment Policy" pela OU - Inglaterra

| Pós graduada em “Droit de contrat”

pela Savoie Mont Blanc - França.

Prof.ª Patrícia Strauss


Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço
Arts. 12 a 17 do CDC

Direito de Regresso Destaques


Quem paga a indenização, se não for o único causador Ação direta do consumidor contra o fornecedor.
do dano, poderá demandar regresso contra os demais
responsáveis. Consequência da solidariedade passiva. Não se fala aqui em responsabilidade contratual e extracontratual.
Lembrando que o art. 88 do CDC veda a denunciação da Regra de responsabilidade objetiva, exceto a dos profissionais liberais, que
lide. é a responsabilidade subjetiva, por força do § 4º do art. 14.
Havendo a ideia de danos (materiais, morais etc.), teremos o fato, que o
O prazo prescricional é de 5 (cinco) anos (art. 27 do CDC). legislador chama de defeito.
Havendo a ideia de substituição, conserto, temos a ideia de vício.

Responsabilidade Civil nas

Relações de Consumo
Responsabilidade por Vício do

Produto e do Serviço
Características
Vício de Serviço
Arts. 18 a 25 do CDC
Vício de Produto Arts. 20 e 21 do CDC
A responsabilidade é objetiva;
Arts. 18 e 19 do CDC
Os vícios do Código podem ser: ocultos ou
aparentes;
Aqui a palavra necessária é vício; Vício de serviço

Vício de serviço

A responsabilidade aqui trata de tal vício e não de qualidade de quantidade


Qualidade Quantidade
dos danos causados pelo produto/defeito.
Oferta Publicidade
Arts. 30 a 35 do CDC Arts. 36 a 38 do CDC

Princípios
Conceito Conceito
Toda informação ou publicidade, suficientemente Princípio da identificação;
precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de O principal objetivo da publicidade é
comunicação com relação a produtos e serviços informar o consumidor sobre produtos e Princípio da vinculação contratual da

oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor serviços disponíveis no mercado de publicidade;


que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o consumo.
contrato que vier a ser celebrado. Princípio da inversão do ônus da prova;
O Código não proíbe, obviamente, a
publicidade, mas protege o consumidor Princípio da transparência na fundamentação

No CDC, a oferta não é personalizada e de publicidades enganosas e/ou abusivas. da publicidade;


específica, como ocorre no CC. Pelo
contrário, ela também é feita por meios de Princípio da veracidade da publicidade;
comunicação de massa, como publicidade,
exposição de mercadorias em sites de Princípio da não abusividade da publicidade.
internet, vitrines etc.

Práticas Comerciais
a) Venda casada;

b) Recusa de atendimento à demanda do consumidor;


Práticas Abusivas
c) Fornecimento de produto ou serviço não solicitado;
Arts. 39 a 41 do CDC
d) Orçamento prévio;
Tais práticas podem ser pré-contratuais,
contratuais ou pós-contratuais. A maioria e) Repassar informação depreciativa, referente a ato

das práticas abusivas está na fase pré- praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos.
contratual, e é exemplificativa:
Vedação de
Defensoria Pública também é

denunciação da lide. autorizada, em virtude da Lei da Ação

Civil Pública (Lei nº 7.347/1985).


Ajuizamento da ação de Tutela específica: busca do
responsabilidade civil do resultado prático. Pode ser
fornecedor no domicílio analisado em conjunto com Ministério Público
do consumidor autor. o art. 497 e ss. do CPC.
União, Estados, Municípios e Distrito Federal
Entidades e órgãos da Administração Pública
Associações legalmente constituídas
Art. 101, I, do CDC Art. 84 do CDC

Ações Individuais Legitimação para as Ações Coletivas

Defesa do Consumidor

em Juízo
Direitos difusos:
Ações Coletivas
Sujeitos indeterminados ligados por uma Ação coletiva contra publicidade

mesma situação de fato. O número de enganosa ou abusiva.


pessoas é indeterminável.

Objeto Direitos coletivos:


Qualquer espécie de matéria, desde que se Sujeitos determináveis com vínculo jurídico Titulares de plano de saúde.
enquadre nas categorias do art. 81. entre eles (relação base).

Direitos individuais homogêneos:

Coletivos Individuais
Sujeitos determinados, objetos divisíveis, mas Vítimas de um mesmo acidente

Difusos homogêneos que têm em comum a mesma origem de fato aéreo.


ou jurídica.
Consumidor equiparado 1) Coletividade de pessoas que haja intervindo
nas relações de consumo;
Presunção absoluta de
2) Vítimas de um acidente de consumo;
vulnerabilidade. Fornecedor = gênero
3) Pessoas expostas às práticas comerciais e

contratos.
2) Desenvolve atividade com habitualidade.
2) Adquire/utiliza produtos ou
Aplicação da teoria finalista aprofundada. 1) Pessoa física ou jurídica, pública ou
serviços como destinatário final. privada, nacional, estrangeira, ente
Pessoa jurídica e profissionais podem ser despersonalizado;
1) Pessoa física ou jurídica; consumidores, se demonstrada a situação de
vulnerabilidade, a ser analisada in concreto.
Consumidor padrão
Ex.: vulnerabilidade técnica.
Art. 3° do CDC

Consumidor Fornecedor
Relação de
Produto
Consumo O produto pode ser todo bem móvel ou
imóvel, material ou imaterial, duráveis e não
duráveis.

Serviços Não se aplica o CDC:

§2° do art. 3° do CDC

As atividades de serviço podem ser de natureza Serviços uti universi: não têm aplicação do CDC. Financiamento estudantil – FIES
material, financeira ou intelectual, prestadas
por entidades públicas ou privadas, mediante Prestação de serviços advocatícios
remuneração. Ex.:segurança pública e saúde pública. Locação de imóveis urbanos
DPVAT
Atenção: Serviços uti singuli: têm aplicação do CDC.
Entre franqueador e franqueado
Ex.: telefonia, água e energia elétrica. Entre condomínio e condôminos
A remuneração pode ser direta ou indireta.
1) Contratação fora do estabelecimento
comercial;

Requisitos: 2) Especialmente: telefone, domicílio, Atenção!


eletrônico, telemarketing, qualquer
meio eletrônico;

3) Prazo de 7 dias a contar da assinatura


ou do recebimento do produto/serviço. A manifestação da desistência pode ser feita
Art. 49 do CDC por qualquer meio.

Direito de
Compra em loja: pode-se ter vício, mas O consumidor deverá ter de volta os valores
Arrependimento não arrependimento. pagos, corrigidos, bem como eventuais
despesas.

Proteção Contratual
Garantia Contratual Cláusulas Abusivas
Vício aparente: conta-se a partir da efetiva
entrega do bem. Arts. 51 a 53 do CDC
Art. 50 do CDC
Vício oculto: conta-se a partir do momento
em que ficar evidenciado o defeito. Art. 51 do CDC: relação exemplificativa de
cláusulas consideradas abusivas.
Prazo legal de garantia
O CDC não proíbe a existência de cláusulas
Art. 26 do CDC limitadoras de direito, mas pede, no entanto,
Proteção contratual que sejam colocadas em destaque.
Art. 46 do CDC
Não confundir prática

30 dias: produtos/serviços não duráveis e cláusulas abusivas


Se o fornecedor celebrar contrato, sem
90 dias: produtos/serviços duráveis esclarecer plenamente as cláusulas, o
consumidor não estará obrigado a este A prática pode ocorrer antes mesmo da
contrato. formação do contrato, enquanto as cláusulas
Prazos decadenciais abusivas estão inseridas no próprio contrato.
Direito Empresarial

Prof.ª Luciana Aranalde Prof. Douglas Azevedo Prof.ª Cristiane Pauli

Atuação profissional: Professora,

Atuação profissional: Professora,

advogada e negociadora. Atuação profissional: Professor e


administradora Judicial, advogada.
Formação acadêmica: Mestra em
advogado. Formação acadêmica: Doutora em

Direito Processual Civil. Especialista


Formação acadêmica: Mestre em
Direito pelo Programa de Pós-graduação

em Direito do Trabalho, Previdenciário


Direito pela Universidade de Santa
em Processos e Manifestações Culturais -

e Processo do Trabalho. Especialista


Cruz do Sul/RS - UNISC, na linha de
Universidade Feevale. Mestre pelo

em Direito Processual Civil Lato Sensu.


pesquisa Constitucionalismo
Programa de Pós-graduação em Direito

Mediadora e Instrutora Judicial,


Contemporâneo, com bolsa CAPES. da Universidade Federal de Santa Maria -

capacitada pelo TJRS/CNJ. UFSM. Especialista em Direito Empresarial.


Aspectos Gerais da
Recuperação

Falência e Recuperação de
Judicial
Empresas Art. 47 da Lei nº

Conceito
Lei nº 11.101/2005 11.101/2005
É um instrumento apto a viabilizar a

superação da crise que as empresas

Requisitos
venham a estar passando. Todavia,

recuperação extrajudicial não é toda e qualquer empresa que


1) não ser falido e, se o foi, estejam declaradas

pode se utilizar desse meio, sendo extintas, por sentença transitada em julgado,

necessário possuir alguns requisitos


as responsabilidades daí decorrentes;
recuperação judicial para tanto.
2) não ter, há menos de cinco anos, obtido

concessão de recuperação judicial;


falência

Direito
3) não ter, há menos de cinco anos, obtido
concessão de recuperação judicial com base

no plano especial;

Recuperacional e
4) não ter sido condenado ou não ter, como

administrador ou sócio controlador, pessoa

condenada por qualquer dos crimes previstos

Insolvência Falimentar na LRF.

Transnacional Assembleia Geral de

a) a cooperação entre juízes e outras autoridades competentes do Brasil

e de outros países em casos de insolvência transnacional;


Credores
b) o aumento de segurança jurídica para a atividade econômica e para o
Lei nº 11.101/2005,
investimento; Art. 35
c) a administração justa e eficiente de processos de insolvência transnacional,

Lei nº 14.112/2020,
de modo a proteger os interesses de todos os credores e dos demais

Convocação deve ser:


interessados, inclusive do devedor;
Art. 167-A
d) a proteção e maximização do valor dos ativos do devedor; Via edital;
e) a promoção da recuperação de empresas em crise econômico-financeira,
Pode ser tanto na RJ quanto

com a proteção de investimentos e a preservação de empregos; falência;


f) a promoção da liquidação dos ativos da empresa em crise econômico-
Deve encerrar em 90 dias

financeira, com a preservação e a otimização da utilização produtiva dos bens,


da instalação.
dos ativos e dos recursos produtivos da empresa, inclusive os intangíveis.
Falência Recuperação Judicial
Lei nº 11.101/2005, de ME/EPP
Art. 75
Lei nº 11.101/2005,

Art. 70, § 1º
Importante destacar que o pedido de
Objetivos Conceito recuperação judicial com base no plano especial
O procedimento falimentar ocorre
é uma faculdade para as empresas enquadradas
1) Preservar e otimizar a utilização

produtiva dos bens, dos ativos e


quando a crise econômico-
como ME ou EPP, ou seja, os devedores
dos recursos produtivos, inclusive
financeira de uma empresa se torna
classificados como microempresa ou empresa de
os intangíveis, da empresa; pequeno porte devem optar em sua petição
invencível, ou seja, não se localizam

2) Permitir a liquidação célere das


mais possibilidades de recuperação
inicial pela apresentação de plano especial ou
empresas inviáveis, com vistas à
plano normal de recuperação judicial.
realocação eficiente de recursos
para a empresa.
na economia;
3) Fomentar o empreendedorismo,

inclusive por meio da viabilização

Direito

Recuperacional e

do retorno célere do

empreendedor falido à atividade

econômica.

Falimentar Disposições Comuns

aos Institutos
Recuperação Extrajudicial
Lei nº 11.101/2005 – LRF
Lei nº 11.101/2005,
Art. 1º - quem se sujeita a sua disciplina, sendo estes o empresário individual e a
Arts. 161 a 167 sociedade empresária.

+
Preencher os requisitos do
Art. 2º - preceitua as demais pessoas jurídicas que não se submetem ao seu
regime. Referente às empresas públicas e sociedades de economia mista, tem-se
que, ainda que sejam exploradoras de atividade econômica, as regras da LRF não
são a elas aplicadas.
Art. 48 da Lei nº 11.101/2005 Art. 3º - o foro competente para julgar e processar os procedimentos
recuperacionais e falimentares, tem-se que é o juízo do local do principal
Ademais, cumpre ressaltar que o preenchimento dos estabelecimento do devedor ou da filial da empresa que tenha sede fora do
Brasil.
requisitos referidos é indispensável apenas se o devedor
Após ser publicado o edital de decretação da falência ou de processamento da
pretender a homologação do plano de recuperação
recuperação judicial, os credores possuem o prazo de 15 (quinze) dias para
extrajudicial pelo Judiciário. apresentar suas habilitações ou divergências de crédito, diretamente ao
administrador judicial.
Princípio da Cartularidade - de acordo com este princípio, o título de

crédito é um documento necessário ao exercício do direito literal nele


Letra de Câmbio
mencionado é uma clara referência ao princípio da cartularidade, que

pressupõe que, para o exercício de qualquer direito representado no


Conceito
título, é imprescindível a sua posse legítima.
Trata-se de um título de crédito

emitido por instituições

Cheque
Princípio da Literalidade - segundo este princípio, o título de

financeiras que representa uma

crédito vale pelo o que tem escrito nele, ou seja, somente os atos
ordem de pagamento. Lei nº 7.357/1985
que são lançados na própria cártula produzem efeitos jurídicos.
Ordem de Saque O cheque possui sua regulamentação

Princípio da Autonomia - segundo este princípio, o título de crédito

específica na Lei do Cheque, sendo que se

é um documento constitutivo de um direito novo, autônomo,


Art. 3º da Lei Uniforme
de Genebra – LUG estrutura como ordem de pagamento à vista

originário e totalmente desvinculado da relação que lhe originou.


emitida contra um banco, em razão dos fundos

a) à ordem do próprio sacador; que o emitente tem naquela instituição

Princípios financeira. Além disso, o cheque é um título de

b) sobre o próprio sacador;


modelo vinculado, haja vista que só pode ser

c) por ordem e conta de terceiro.


classificado como cheque o documento

emitido pelo banco, em talonário específico,

com uma numeração própria, seguindo os

Princípios e Atos Títulos de Crédito padrões fixados pelo Banco Central do Brasil.

Saque
Atos Cambiários O saque é a emissão de um título de crédito, ou

seja, é a sua criação. Assim, quem realiza a

Nota Promissória e Duplicata


emissão do título é chamado de sacador.
Protesto
Art. 21 da Lei nº 9.492/1997 Aceite
Pode ser definido como o ato
O aceite é o ato por meio do qual o sacado assume a

formal através do qual se atesta


obrigação cambial, se tornando o devedor principal do
Nota Promissória Duplicata
um fato relevante para a relação
título. O aceite ocorre apenas em títulos típicos ou

cambial. O fato relevante pode ser: A nota promissória, assim


Possui sua regulamentação específica

nominados que estruturam uma ordem de pagamento,

como a letra de câmbio, possui


na Lei nº 5.474/1968 – Lei das

a) a falta de aceite do título; como é o caso da letra de câmbio e da duplicata.


sua regulamentação específica
Duplicatas, sendo um título causal, isto

b) a falta de devolução do título;


na Lei Uniforme de Genebra –
é, só pode ser emitida para documentar

c) a falta de pagamento do título. Aval determinadas relações jurídicas pré-

LUG, sendo que se estrutura

Endosso Art. 30 da LUG e art. 897 do CC. como uma promessa de


estabelecidas por sua legislação, sendo

pagamento. elas:
O endosso deve ser realizado no verso do título,
É um ato cambiário pelo qual um terceiro,

sendo que, nesse caso, basta a assinatura do


chamado aqui de avalista, se responsabiliza

endossante. Contudo, caso ele seja realizado no


pelo adimplemento da obrigação constante

anverso da cártula, além da assinatura do


no título. Neste caso, o avalista garante o
a) uma compra e venda mercantil ou
endossante, é obrigatório que contenha a
cumprimento da obrigação do avalizado,

b) um contrato de prestação de serviços.


menção expressa de que se trata de endosso,
respondendo, assim, de forma equiparada a

para que assim produza seus efeitos. este.


A administração, nada

dispondo o contrato social,


Não se exige capital social mínimo para a

compete separadamente a
constituição da sociedade.
cada um dos sócios
Exige-se a subscrição total do capital social no

Não podem ser administradas por pessoa


momento da constituição da sociedade,

jurídica. contudo, a integralização pode ser futura. Enunciado nº 10 das Jornadas de Direito

Comercial: nas sociedades simples, os sócios

Patrimônio líquido > capital social >


Participação dos sócios: proporcional às suas
podem limitar suas responsabilidades entre si,

distribuir/reservar lucros. respectivas quotas, porém o contrato social


à proporção da participação no capital social.
pode determinar uma participação

Suas regras têm aplicação subsidiária


desproporcional.
Exclusão do sócio:
à maioria das sociedades empresárias

contratuais. Vedada a chamada

“cláusula leonina”. a) o sócio remisso;


Constituição: por meio de contrato.
b) o sócio declarado falido ou civilmente

Sociedade simples “pura”: a responsabilidade,


insolvente, bem como o sócio cuja

em princípio, é ilimitada, mas não solidária (art.


quota for liquidada;
Arts. 997 a 1.038 do CC. 1.023 do CC).
c) o sócio que incorrer em falta grave,

Sociedade Simples ou, ainda, o sócio declarado incapaz por

fato superveniente.

Sociedade
Sociedade Limitada Sociedade Anônima
Lei nº 6.404/1976 (LSA)
A responsabilidade de cada sócio é restrita ao

valor de suas quotas, mas todos respondem


Cláusulas obrigatórias
solidariamente pela integralização do capital
Características
social. 1) Qualificação dos sócios e da sociedade;
Natureza capitalista;
2) Capital social;
Limitada unipessoal Essência empresarial;
3) Subscrição e integralização das quotas; Identificação por denominação;
Constituída por uma única

pessoa. 4) Administração da sociedade; Limitação de responsabilidade dos

acionistas.
Não se exige capital mínimo. 5) Participação nos lucros e nas perdas.
Constituição: ato institucional ou estatutário.
Aplicação supletiva das normas da sociedade
Nas sociedades limitadas, não se admite

anônima (art. 1.053, p.ú., do CC): será feita


a contribuição em serviços (art. 1.055,

quando o contrato social previr e se tratar de


Subscrição pública
§2º, do CC).
matéria que os sócios podem contratar. Subscrição particular
Responsabilidade dos sócios perante
Sociedade em comandita simples
os credores é ilimitada.
Comanditado: pessoa natural com

Subsidiariedade: entre os sócios e a


responsabilidade ilimitada.
sociedade.
Comanditário: pessoa natural ou jurídica
Sociedade em

Solidariedade: entre os sócios. com responsabilidade limitada. comandita por ações


O regime jurídico do sócio comanditado é

3) Uso de firma social (art. 1.156 do CC). o mesmo do sócio da sociedade em nome
Previsão: Lei das S.A.s (art. 280) e CC (art. 1.090).
2) Responsabilidade ilimitada dos sócios; coletivo.
Possui aspectos de sociedade em comandita e

aspectos de sociedade anônima.


1) Impossibilidade de sócio pessoa jurídica; Sociedade em comum
Capital dividido em ações.
Previsão: arts. 986 a 990 do CC.
Previsão: art. 1.040 e ss do CC. Possui duas categorias distintas de sócios:

A sociedade, ainda que irregular, existirá de


responsabilidade pode ser limitada ou

Sociedade em nome coletivo fato, porém não terá personalidade jurídica. ilimitada.
Responsabilidade dos sócios: solidária e
Poderes da assembleia geral são limitados.
ilimitada.

Tipos Menores e

Operações Sociedade Operações Societárias

Cooperativas
Incorporação: a sociedade incorporada será extinta,

sendo sucedida pela sociedade incorporadora em


Disciplinada tanto na Lei nº 6.404/1976

Tratamento constitucional: criação livre. quanto no Código Civil.


todos os seus direitos e obrigações (art. 1.116 do CC

Natureza: sociedade simples. e art. 227 da LSA).


Registro: Junta Comercial. Fusão: determina a extinção das sociedades que

se unem, para formar sociedade nova, que a elas

Legislação aplicável: Lei nº 5.764/1971


sucederá nos direitos e obrigações (art. 1.119 do
Transformação: não há mudança no quadro

e Código Civil. CC e art. 228 da LSA). societário, no patrimônio e nas obrigações, sendo

Nome empresarial: denominação. preciso apenas averbar no órgão de registro o

novo nome da sociedade.


Responsabilidade dos sócios: pode ser
A nova sociedade deverá ser registrada

limitada ou ilimitada. na Junta Comercial competente.


Atenção!
Cisão: transferência de patrimônio de uma

O ingresso nas cooperativas é livre a


sociedade para outra. Pode ser total ou parcial. Na

todos que desejarem utilizar os serviços


cisão total a sociedade cindida se extingue (art.
É possível a transformação de sociedades

prestados pela sociedade. 229 da LSA). cooperativas e sociedades simples em sociedades

empresárias (IN nº 81).


Empresário, Estabelecimento e
Registro e Elementos do

Nome Empresarial Contrato Social


Após a assinatura do contrato social, devem os sócios proceder ao registro
Empresario do ato constitutivo da sociedade no órgão competente (Cartório ou Junta, a
depender do objeto social), para que ela adquira personalidade jurídica (art.
Art. 966 do CC 985 do CC) e possa dar início às suas atividades (art. 967 do CC).

Aquele que exerce profissionalmente atividade econômica


Podem ser sócios Não podem ser sócios Princípios do regime

organizada para a produção ou a circulação de bens ou de


legal do capital social:
Os absolutamente
Os estrangeiros sem

serviços. incapazes, Desde


1) Unidade;
visto permanente
que não haja

Capacidade civil (vide art. 972 CC) empecilho legal. 2) Fixidez;


Capital social subscrito e

capital social integralizado. 3) Irrevogabilidade;


Estabelecimento empresarial 4) Realidade;

Art. 1.142 do CC Teoria Geral do


5) Intangibilidade.

Complexo de bens organizado, para

exercício da empresa. Ainda, o local

onde se exerce a atividade empresarial

Direito Empresarial
poderá ser físico ou virtual. Tipos de

Desconsideração da

Nome empresarial Pessoa Jurídica


Autonomia Patrimonial
Art. 1.155 do CC
da Pessoa Jurídica
Irá identificar a pessoa jurídica perante a

sociedade em todas as suas relações. Art. 1.024 do CC


A personalidade jurídica é o que confere à

Atenção: pessoa jurídica a aptidão de adquirir direitos,

A responsabilidade dos sócios pelas


bem como contrair obrigações.
Art. 1.163 e 1.666 do CC obrigações sociais será subsidiária, podendo

também ser limitada a depender do tipo


Pessoas jurídicas de direito público: têm

Expressão usada deve coresponder à societário. suas regras sujeitas ao Direito

realidade da empresa; Administrativo.


Regra geral: os bens da sociedade respondem

Não pode o registro ser igual ou de


pelas dívidas sociais enquanto a empresa
Pessoas jurídicas de direito privado: não se

notória semelhança a outro já registrado


ainda os possuir. limitam àquelas previstas no art. 44 do CC.
na Junta Comercial.
Desvio de finalidade Desconsideração
Utilização da pessoa jurídica com o
Inversa
propósito de lesar credores e para a

Teoria maior: art. 50 do CC. prática de atos ilícitos de qualquer


A desconsideração inversa permite que a

natureza. A pessoa jurídica é usada


pessoa jurídica responda por obrigações

para encobrir a ilicitude da ação dos


pessoais de um ou mais sócios.
sócios.
Enunciado nº 283 das Jornadas

A teoria da desconsideração é aplicada


Não é desvio de finalidade:
de Direito Civil do CJF
com a finalidade de permitir a execução
art. 50, § 5º, CC.
de bens particulares dos sócios e/ou

administradores por dívidas da sociedade. Confusão patrimonial: hipóteses


É cabível a desconsideração da

previstas no art. 50, § 2º, CC. personalidade jurídica denominada

‘inversa’ para alcançar bens de sócio que

se valeu da pessoa jurídica para ocultar

Desconsideração da
ou desviar bens pessoais, com prejuízo a

Personalidade Jurídica terceiros.

Teoria Geral do

Direito Empresarial
Prazo para

Requerimento da

Efeitos da
Desconsideração da

Desconsideração da
Desconsideração da
Personalidade Jurídica
Personalidade Jurídica Personalidade Jurídica
Entendimento do STJ
Os efeitos estão ligados ao caso concreto

em que foi requerida.


A mera dissolução irregular da empresa não

é motivo suficiente para aplicação da

Atenção! desconsideração da personalidade jurídica.


A regra do art. 1.032 do CC não tem

aplicação quando se trata de

A aplicação da teoria da desconsideração


Dica desconsideração da personalidade

atinge, tão somente, aqueles sócios que


jurídica.
se beneficiaram do uso abusivo da pessoa
Desconsideração da personalidade jurídica NÃO SE

jurídica. CONFUNDE com a despersonalização da pessoa jurídica.


6) Possibilidade de formação de contratos atípicos.
Ramo jurídico
Classificação mais comum:
5) Ampla margem de negociação;
Liberdade de contratação 4) Função social do contrato x função social da

empresa;
Tipicidade
3) Risco da atividade e busca do lucro integram

Forma de execução a relação; Enunciados 20, 21, 23, 25,

26, 27, 28 e 29.


Constituição 2) Maior autonomia da vontade;
1) Presumível equiparação entre as partes;
Vantagem econômica

Dever obrigacional Peculiaridades dos

Contratos Empresariais Enunciados que resumem as

especificidades da relação

Normas gerais dos pactos empresariais:


contratual empresarial:
CC de 2002.
Enunciados das Jornadas de

Visão Geral

dos Contratos Contratos


Direito Comercial do

Conselho da Justiça Federal

Alienação
Empresariais Compra e Venda

Mercantil
Fiduciária
Modalidade mais importante dos

Negócio jurídico no qual o devedor negocia


contratos empresariais.
a transferência da propriedade junto ao

credor como forma de garantir uma dívida. Arrendamento Mercantil


Realização de contratos simultâneos: No leasing, o bem é adquirido pelo arrendador,
Requisito único: condição de

que se torna seu proprietário, o qual possui


empresário para ambos os contratantes.
direito de uso do bem, mediante o pagamento de

contraprestações, por um prazo determinado. Possibilidade de relação de consumo

Compra Alienação fiduciária


regida pelo CDC: REsp nº 1.599.042/SP.
e venda do bem adquirido Ao final do contrato, caberá ao arrendatário solicitar Cláusulas especiais: pacto de retrovenda;

a renovação da locação, encerrá-la ou adquirir o


venda a contento e sujeita à prova;

O CC terá aplicação supletiva para casos


bem. preempção ou preferência; compra e venda

não alcançados por legislação específica. com reserva de domínio; e venda sobre

Modalidades: financeiro, lease-back e operacional.


documentos.
Traz segurança jurídica, menor burocracia

e redução do risco de inadimplência para o


Valor residual garantido:

mercado de crédito. Súmula n° 293 do STJ. INCOTERMS: termos de regulação

para comércio internacional.


Locação em shopping center: estipula
Cuidado
liberdade para pactuação das cláusulas no
Findo o prazo do negócio de origem, a

empresa compradora pagará o valor deste


O contrato deve

contrato de locação firmado entre lojistas e


ser registrado no

empreendedores. crédito à faturizadora.


INPI para valer

A empresa (faturizada) negocia esse crédito


contra terceiros.
Locação built to suit: o locador constrói ou
com a faturizadora. De posse desse crédito, a

promove substancial reforma em seu imóvel


factoring informa o comprador daquele bem ou

com a finalidade de atender exigências


serviço sobre o fato e a forma de cobrança. O franqueado deve obedecer às regras e

específicas da empresa locatária. limitações impostas como padronização da

comercialização do produto pelo

Empresa vende seu bem ou serviço a prazo,


franqueador.
Atenção! gerando um crédito no valor correspondente.
Não há vínculo de subordinação entre

Ação renovatória de locação comercial depende


franqueador e franqueado.
do implemento de requisitos objetivos. Factoring Sistema pelo qual um franqueador cede ao

Previsão da locação comercial: Lei nº 8.245/1991.


franqueado o direito de uso de marca ou

As exceções estão previstas na própria lei. patente.

Previsão: Lei n° 13.966/19

Locação Contratos
Franquia

Empresariais
Representação

Comercial Concessão Comercial


Modalidade de contrato de colaboração.
Distribuição O concessionário se obriga a comercializar

Não há vínculo societário ou empregatício entre


os produtos fabricados pelo concedente.
o representado e o representante comercial. Modalidade de contrato de colaboração. Na concessão atípica/distribuição os direitos

Trata-se de atividade autônoma. e deveres das partes são aqueles previstos

contratualmente.
Espécies:
O representante comercial não tem poderes

para concluir a negociação em nome do


Contrato típico (distribuição-
Atenção!
representado. aproximação): regras legais.
Concessão comercial da venda de automóveis

Cuidado: vedada a inserção de cláusula Contrato atípico (distribuição-


trata-se de contrato típico, disciplinado

del credere. intermediação): regras contratuais. especificamente pela Lei n° 6.729/1979 –


“Lei Ferrari” -, alterada pela Lei nº 8.132/1990.
Investidor-anjo é aquele que irá

investir no projeto da sociedade


Possível a inserção da cláusula del credere. Dica:
Atenção!
e permanecer anônimo. Ele não

se envolve na gestão da startup. Importante:

Apresenta potencial de crescimento a curto


Remunerado via comissão. Conferido o mandato com a cláusula “em causa

e médio prazo. própria”, a sua revogação não terá eficácia, nem

O comissário atua nos limites definidos


se extinguirá pela morte de qualquer das partes

Necessita de inovação para não ser


pelo comitente. (art. 685 do CC).
considerada uma empresa tradicional.
Empresário se obriga a realizar negócios
O mandato em causa própria não é extinto pelo

Uma startup é uma empresa que possui um


em favor de outro, mas em nome próprio. falecimento do mandante.
modelo de negócios repetível e escalável

que trabalha para desenvolver soluções em


Instrumento do mandato: procuração.
um cenário de incertezas. Comissão Mandatário atua em nome do mandante, dentro

Lei Complementar n° 182/2021 das instruções recebidas.

Marco Legal das Startups Mandato


Contratos

Empresariais Arbitragem
Lei n° 9.307/1996
Métodos Adequados Conciliação Procedimento litigioso privado, controlado por

um profissional especializado e independente.


Mediação
Exercida, em regra, por força de lei e
Espécies: arbitragem institucional e arbitragem

compulsoriamente por servidor público que


ad hoc.
1) Atividade técnica exercida por terceiro
usa a autoridade de seu cargo para tentar

imparcial sem poder decisório; promover a solução do conflito. Impedimento do árbitro: arts. 14 a 16.
2) Escolhido ou aceito pelas partes; O conciliador é uma pessoa da sociedade
As partes precisam, voluntariamente, pactuar

que atua, de forma voluntária e após


que a lide seja apreciada pelo juízo arbitral,

3) Auxilia e estimula a identificar ou desenvolver


abdicando da via judicial.
soluções consensuais para a controvérsia. treinamento específico, como facilitador do

acordo entre os envolvidos. Devem ser observados, sob pena de nulidade:


O mediador atuará, preferencialmente,
Conciliação judicial Princípios do contraditório e da ampla

nos casos em que houver vínculo


Espécies: defesa, da igualdade, do livre

anterior entre as partes. convencimento e da imparcialidade e

Conciliação pré-processual independência jurídica dos árbitros.


Importante: o dono será aquele que primeiro
Requisitos da patenteabilidade:
buscar a concessão da patente junto ao INPI.

Titularidade: via de regra, o próprio autor ou


1) Novidade, arts. 11 e 12;
seus sucessores (art. 6º da LPI). Vigência: 20 anos, se for invenção, e 15 anos, se

2) Atividade inventiva, arts. 13 e 14; for modelo de utilidade, contados da data em que

houve o encaminhamento do pedido ao INPI, e

Invenção: Modelo de utilidade: 3) Aplicação industrial, art. 15; não da concessão.



4) Ausência de impedimentos
Art. 8º da LPI Art. 9º da LPI Patente por empregado ou prestador de serviço:
legais, art. 18.
Em regra (art. 88 da LPI) as patentes desenvolvidas

durante a vigência do contrato de trabalho

Atenção! pertencem ao empregador.


Direito temporário para exploração econômica:
O que não pode ser considerado

Patentes uma invenção: art. 10 da LPI.


Cuidado: interrupção do contrato de trabalho

pelo empregado (art. 88, §2º).

Propriedade
Desenho Industrial

Industrial Característica de fundo: FUTILIDADE.

Marca A alteração não amplia a utilidade do objeto,

Marca de alto renome: art. 125. apenas o reveste de um aspecto diferente.


Sinal distintivo visualmente perceptível.
Período de proteção: 10 anos a contar da

concessão, prorrogável por mais três

Sua eficiência e alcance extrapolam a períodos de 05 anos.


Classificação Requisitos marca originária. Necessário provar:
O objeto revestido de desenho industrial

1) Nominativas; 1) Novidade relativa; tem necessariamente função utilitária.


Reconhecimento da marca por ampla

2) Figurativas; 2) Não colidência com marca


parcela do público;
de alto renome ou notória; Requisitos:
3) Mistas. Qualidade, reputação e prestígio dos

3) Ausência de impedimento
produtos ou serviços; 1) Novidade absoluta (art. 95);
legal.
Grau de distintividade e exclusividade

do sinal marcário. 2) Originalidade (art. 97);


Vigência: prazo de 10 anos, contados da
data da concessão do registro, prorrogável 3) Aplicação industrial (art. 95);
por períodos iguais e sucessivos Marca notoriamente conhecida: art. 126.
4) Legalidade (art. 100).
Processo Civil
Prof.ª Tatiane Kipper

Atuação profissional: Professora e

advogada. Coordenadora da pós-

graduação em Direito e Processo

Civil (CEISC/UNISC).
Formação acadêmica: Mestre em

Direito pela Universidade de Santa

Cruz do Sul.

Prof. Leonardo Fetter

Atuação profissional: Professor,

advogado e palestrante.

Formação acadêmica: Mestre em

Direitos Sociais e Políticas Públicas e

Especialista em Direito Processual.


Irrecorríveis
Requisitos 1. Legitimidade para recorrer;
Despachos e

2. Interesse recursal; atos meramente

3. Inexistência de fato impeditivo; ordinatórios.


4. Recorribilidade da decisão;
Decisão
Decisão

Os recursos devem preencher


5. Adequação; Acórdão monocrática Sentença interlocutória
alguns requisitos/exigências para
6. Tempestividade;
que sejam conhecidos/admitidos e
7. Preparo recursal;
possam assim ser julgados.
8. Forma;

Admissibilidade 9. Motivação. Decisões Recorríveis

Recursos
Recursos cabíveis no
Efeitos
Apelação Recurso especial
Novo CPC
Agravo de
Recurso
Efeito devolutivo;
Art. 994 do CPC instrumento extraordinário
Efeito suspensivo;
Agravo interno Agravo em

recurso especial
Efeito translativo;
Embargos de
ou extraordinário
declaração Efeito regressivo;
Atenção
Embargos de
Efeito substitutivo.
É possível que haja recurso
Recurso ordinário divergência
previsto em lei específica.
É admissível o recurso adesivo Art. 1.030, I e III c/c § 2º

(art. 997, §2º, CPC) do CPC Outras hipóteses

Art. 1.037, § 13, II do CPC


Recurso Extraordinário Apelação Recurso Especial Art. 1.036, § 3º do CPC
Art. 1.035, § 7º do CPC
Ataca decisão monocrática no

Ocorre sucumbência recíproca.


Art. 136, p.ú., do CPC âmbito dos Tribunais.
Não constitui nova espécie de recurso.
Prazo de interposição: prazo das contrarrazões. Art. 994, III e 1.021 do CPC

Recurso Adesivo Multa: entre 1 e 5 % do valor


Agravo Interno
atualizado da causa.

Segue as regras

Recursos previstas no regimento

interno de cada tribunal

Embargos de Declaração Prazo para interposição Recurso Ordinário


Art. 994, IV e 1.022 a 1.026 do CPC 5 dias Arts. 994, V e 1.027 e 1.028 do CPC;
Arts. 102, II e 105, II da CF.
Cabimento
Efeitos Cabimento
Atacam qualquer decisão judicial quando

esta for obscura, omissa ou contraditória ou


Em regra, para o reexame de algumas

quando contiver erro material. Suspensivo na forma


Infringente decisões que foram proferidas em

do art. 1.026, §1º do


Interruptivo competência originária pelos tribunais.
CPC

Devem ser opostos perante o próprio


Podem ser opostos para fins

órgão que proferiu a decisão. de pré-questionamento. Julgado pelo STF ou pelo STJ.
Julgado pelo STJ nas causas decididas em

1) Contrariar tratado ou lei federal Admissibilidade


única ou última instância pelos tribunais

OU lhes negar vigência;


regionais ou pelos tribunais de justiça e do

distrito federal, quando a decisão recorrida: Requisitos gerais


2) Julgar válido ato de governo local
Requisitos específicos
contestado em face de lei federal;

3) Dar a lei federal interpretação Atenção: É requisito do recurso especial o pré-

Art. 994, VI do CPC; art. 105, III da


divergente da que lhe haja questionamento e a relevância das questões de

atribuído outro tribunal. direito federal infraconstitucional - EC 125/2022.


CF; e art. 1.029 a 1.035 do CPC
Interposição: por petição endereçada
Recurso Especial Verificar Súmula n° 203 do STJ!
ao presidente ou vice-presidente do
tribunal que proferiu a decisão.

Recursos Embargos de Divergência

Arts. 994, IX, 1.043 e 1.044 do CPC

Recurso Extraordinário Interposição: perante o presidente

ou vice-presidente do Tribunal de

origem. Função: uniformizar a jurisprudência

Art. 102, III da CF; 994, VII e 1.029 e ss do CPC


dos próprios tribunais superiores.

A petição de interposição é dirigida ao

Necessidade de comprovação da

Presidente do Tribunal de origem. Já a

Não se discute matéria de fato. divergência.


petição das razões é dirigida ao STF.
Deve haver o prequestionamento.
Lembrar
Efeito interruptivo
Verificar súmula n° 281 do STF. Deve haver a repercussão geral
Verificar súmula n° 168 do STJ.
das questões constitucionais.
Preliminares de apelação: servem para atacar decisão Capítulo da sentença que concede, confirma ou
revoga TUTELA PROVISÓRIA é impugnável na
interlocutória proferida na fase de conhecimento que não
apelação.
coube agravo de instrumento.

Apelação Objetivo Prazo Efeitos Atenção

Art. 994, I e 1.009 a 1.014 do CPC Se na sentença o juiz

Reforma total Devolutivo se manifestar sobre

Cabe recurso de apelação da


O prazo para interposição

alguma matéria do

Reforma parcial da apelação é de 15 dias


Suspensivo
sentença de primeiro grau,
art. 1.015 do CPC,

seja sentença terminativa ou


úteis, bem como para as

Invalidação Regressivo será impugnado no

definitiva. contrarrazões.
recurso de apelação.

Recursos Agravo em Recurso


Especial e Extraordinário
Arts. 994, VIII e 1.042 do CPC
Agravo de Instrumento DEVERÁ SER DIRIGIDO AO

Utilizado quando o recurso especial ou

TRIBUNAL competente.
extraordinário forem inadmitidos na

Art. 994, II e 1.015 a 1.020 do CPC forma do art. 1.042 do CPC.

Deve haver o preparo sob pena de

deserção, salvo exceções.


Tem cabimento contra as decisões
Não há recolhimento de preparo

interlocutórias (caput do art. 1.015 do CPC). recursal, nem porte de remessa ou

As decisões interlocutórias que não são


de retorno.
recorríveis por agravo de instrumento deverão
Procedimento
ser impugnadas em sede de preliminar do

Recebido o recurso, se não for o caso de

recurso de apelação ou nas contrarrazões


aplicação do art. 932, incisos III e IV, o

Petição dirigida ao presidente ou

relator, no prazo de 05 dias, prosseguirá

Lembrar: outras leis podem prever o vice do tribunal de origem.


conforme dispõe o art. 1.019 do CPC.
cabimento do agravo de instrumento.
Cumprimento de sentença

Possibilidade de penhora de
contra a Fazenda Pública
3 requisitos bens, de protesto e de

negativação do nome do
Deve constar cálculo

Iniciativa do exequente; executado no cadastro dos


discriminado do valor do débito,

inadimplentes. de acordo com os requisitos


Mérito: fundamentos do art.

Título executivo
previstos no art. 534, do CPC. 525, § 1º, do CPC.
judicial;
Inadimplemento do devedor;
Manifestação do credor
Prazo: 15 dias após o decurso do

Cumprimento de
requerendo a intimação do
Atenção: súmula nº 144
prazo para pagamento voluntário.
Sentença devedor para pagamento
do STJ. Preferência dos

do débito em 15 dias. créditos alimentares.

Defesa do devedor no

Cumprimento de Sentença,
cumprimento de sentença.

Impugnação e Execução de
Impugnação
Alimentos
Execução de Alimentos
2. Fundamentada em título executivo
3. Quanto à execução de alimentos

Pode o credor optar pelo procedimento no qual,

judicial/cumprimento de sentença
com pedido de prisão (fundamentada

caso não exista o pagamento voluntário no prazo

de obrigação alimentar: em título judicial ou extrajudicial):


legal, a consequência será a prisão do devedor.

Divisão

1. Fundamentada em título executivo extrajudicial Com pedido de penhora Com pedido de prisão

Rito previsto no art.


Rito previsto no art.

Pedido de penhora: Pedido de prisão:


523 e ss do CPC. 528 do CPC.
arts. 827 e 829 do CPC art. 911 do CPC
Análise incidental
Requerida e analisada de forma

incidente ou antecedente.
Risco do processo
Direito claro e objetivo Importante
não alcançar

Direito provável resultado útil


Instituto da estabilização

da tutela provisória
Perigo de dano
Casos previstos no art. 311 do CPC
Pedidos de tutela

Requisitos do art. 300 do CPC


Evidência provisória de urgência

antecipada antecedente
Urgência Art. 304 do CPC

Tutelas Provisórias
Forma incidental – é o pedido

Importante Concepções Gerais


normal, dentro do processo.
A tutela provisória poderá ser pedida e

concedida a qualquer uma das partes,

em qualquer momento do processo.


Tutela de urgência Tutela de urgência
Forma antecedente – é o pedido

antecipada cautelar
antes de se entrar com a ação.

As decisões interlocutórias que

dizem respeito às tutelas


Só ocorre na
Quando a urgência
Quando a urgência

Arts. 303 ou
incidir sobre

provisórias são recorríveis. tutela provisória


incidir sobre direitos

305 do CPC direitos materiais.


de urgência processuais.
O processo começa por iniciativa da
Ação de conhecimento
parte e se desenvolve por impulso oficial,

salvo as exceções previstas em lei. Quando o cidadão deseja

uma postura condenatória,

Interesse processual, legitimidade de

declaratório ou constitutiva.
O Poder Judiciário é
agir e possibilidade jurídica do pedido.
responsável pela jurisdição.
O autor deverá preencher

as condições da ação:
Poder-dever do Estado de
Ação de execução
compor/solucionar litígios.
O autor busca a cobrança de uma
É através da ação que o Poder Judiciário sai

obrigação fixada em um título,


da sua inércia e passa a exercer a jurisdição.
Jurisdição seja ele judicial ou extrajudicial.
Ação
Jurisdição, Ação, Rito/

Procedimento
Rito ou Procedimento Procedimento especial Procedimento comum

Todos os pedidos que vão tramitar


Para todos os pedidos que não

utilizando ou respeitando um
tiverem previsão de uso do

Conjunto de atos estabelecidos pela

rito/procedimento especial devem ter


procedimento especial, será

lei processual que devem ser

previsão expressa no CPC. utilizado o procedimento

seguidos perante o Poder Judiciário

comum.
para alcançar a solução do conflito

de interesses apresentado. Exemplo: Lei de Alimentos


Ultra petita Sentença terminativa
Extra petita Citra petita
Não resolve o mérito e o direito à

ação permanece (art. 485, do CPC).


Importante
A sentença possui limites que, se não
Sentença de mérito
respeitados, provocam sua nulidade: Identificar os conceitos de perempção,

Decide o mérito da questão


litispendência e coisa julgada.
Ato do juiz que extingue o
(art. 487, do CPC).
processo (art. 316 do CPC).
Extinção sem resolução do mérito

Sentença Não gera coisa julgada material e


Uma vez publicada a sentença, em

não impede que o autor entre com a


regra, o juiz não pode mais alterá-la.

mesma ação (art. 485, do CPC). Exceções: arts. 494 e 505 do CPC.

Sentença, Extinção com Mérito,

Coisa Julgada, Ação Rescisória,

Ação Rescisória
Extinção Sem Mérito Coisa Julgada
Feito que atinge a decisão de mérito

Ataca decisões de mérito que


não mais sujeita a recurso, tornando-a
adquiriram qualidade de coisa julgada.
Remessa Necessária imutável e indiscutível (502 do CPC).

A decisão sem mérito não mais sujeita

Se não for interposta apelação no

a recurso gera a denominada coisa

prazo legal, o juiz ordenará a

Fundamentada em um dos
julgada formal (art. 486 do CPC).
remessa dos autos ao tribunal.
requisitos do art. 966 do CPC.

Preposição: prazo de dois anos


Exceções: Importante
a partir do trânsito em julgado
(art. 975 do CPC). A coisa julgada não atinge terceiros.
Não é permitido às partes discutirem

Competente para julgar: Tribunal Art. 496, § 3º


Art. 496, § 4º

questões já decididas e preclusas.


do CPC do CPC
Direito Penal
Prof. Nidal Ahmad

Atuação profissional: Professor,

advogado, escritor e palestrante.

Ex-assessor Jurídico do Ministério

Público do Rio Grande do Sul.

Fundador Ceisc.
Formação acadêmica: Mestre em

Direito pela Universidade de Santa

Cruz do Sul.

Prof. Arnaldo França

Atuação profissional: Professor e

Defensor Público do Estado do Rio

Grande do Sul. Ex-Delegado de Polícia

da Polícia Civil do Espírito Santo.


Formação acadêmica: Mestrando

em Direito Penal, Direitos Humanos e

Segurança Pública pela Universidade

de Salamanca.
Arts. 29, 30 e 31 do CP
Requisitos Punibilidade
Conceito: ocorre quando duas ou mais
Pluralidade de
pessoas, em conjugação de esforços e
condutas;
comunhão de vontades, reúnem-se para Participação de menor

a prática de um ou mais delitos. importância


Relevância causal

das condutas; Art. 29, §1º, do CP

Cooperação dolosamente

Concurso de Pessoas
Liame subjetivo; distinta

Identidade de
Art. 29, §2º, do CP
infrações.

Comunicabilidade dos Elementares e

Circunstâncias do Crime
Comunicabilidade
Comunicabilidade Elementares
Circunstâncias objetivas sempre

se comunicam, desde que


Integram o

Circunstâncias tipo penal.


estejam dentro do alcance de

previsibilidade do agente.
Pessoais Objetivas

As circunstâncias e as condições

de caráter pessoal não se

comunicam, salvo quando

Próprio agente Fato elementares do crime.


Absolutamente
Concausa
independente
São aquelas que não têm origem

na conduta do agente. Aliada à conduta do agente, outra

Há uma quebra do nexo causal. causa contribui para o resultado. É a


Relativamente

São três as espécies de causas chamada concausa. independente


absolutamente independentes:
São aquelas que tiveram origem

na conduta do agente.
1. Preexistentes Não há uma quebra do nexo causal.
Trata-se de causa que existia antes da
São três as espécies de causas
relativamente independentes:
conduta do agente e produz o
Art. 13 do CP
resultado independentemente da sua
1. Preexistentes
atuação.
A causa que efetivamente gerou o

Ex: O agente desfere um disparo de arma de resultado já existia ao tempo da


fogo contra a vítima, que, contudo, falece conduta do agente, que concorreu

pouco depois, não em consequência dos para a sua produção.


ferimentos recebidos, mas porque antes
ingerira veneno com a intenção de suicidar.
Relação de
Ex: “A”, com a intenção de matar, desfere um golpe

de faca na vítima, que é hemofílica e vem a morrer

em face da conduta, somada à contribuição de seu

2. Concomitantes
São as causas que não têm nenhuma
Causalidade ou
peculiar estado fisiológico.

Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido.

relação com a conduta e produzem o


resultado independentemente desta, no
entanto, por coincidência, atuam
exatamente no instante em que a ação é
Nexo Causal No caso, homicídio consumado.
Cuidado: se o agente não sabia do estado de saúde

da vítima ou não lhe era previsível, responderia

por tentativa de homicídio (se agiu com a intenção de

realizada. matar).

Ex: “A” desfere golpe de faca contra “B” no


2. Concomitantes
exato momento em que este vem a falecer

exclusivamente por força de um ataque


Conceito A causa que efetivamente produziu o resultado

cardíaco. surge no exato momento da conduta do agente.

Ex: ataque à vítima, por meio de faca, que, no exato

momento da agressão, sofre ataque cardíaco, vindo

3. Superveniente a falecer, apurando-se que a soma desses fatores

Relação de causa (conduta) e


(causas) produziu a morte.
São causas que atuam após a conduta. Ou seja, que
efeito (resultado) = nexo de

surgem depois da conduta desenvolvida pelo agente.


causalidade. Efeitos: o agente responde pelo resultado pretendido. No

caso, homicídio consumado.


Ex: “A” ministra veneno na comida de “B”. Antes do veneno

produzir efeitos, há um incêndio na casa da vítima, que


3. Superveniente
morre exclusivamente queimada pelo fogo.
A causa que efetivamente produziu o resultado ocorre

depois da conduta praticada pelo agente.


Efeitos: Quando a causa é absolutamente independente, Ex. O agente desfere um golpe de faca contra a vítima,

há exclusão da causalidade decorrente da conduta. Ou seja, com a intenção de matá-la. Ferida, a vítima é levada ao

o agente responde somente por aquilo que deu causa. Nos hospital e sofre acidente no trajeto, vindo, por esse

exemplos citados, se o dolo era de matar, o agente motivo, a falecer.


responderia por tentativa de homicídio.
Efeitos: o agente responde pelos atos até então

praticados. No caso, tentativa de homicídio.


Art. 155 do CP

Furto
Roubo
Conceito Roubo
Roubo

Art. 157 do CP próprio impróprio


Retirar de outrem bem móvel,

sem a sua permissão. Meios violentos


Conceito
Furto noturno Art. 155, § 1° do CP
Retirar de outrem bem móvel, sem a Após a

Furto privilegiado Art. 155, § 2° do CP sua permissão, com o emprego de Antes ou


subtração da

grave ameaça ou violência contra a durante a


coisa a fim de

Furto qualificado Art. 155, § 4° do CP


execução da

pessoa. assegurar a

subtração. impunidade.

Crimes Contra o
Aumento de pena

Patrimônio Roubo majorado


Art. 157, § 2° do CP

Art. 158 do CP Extorsão


Extorsão qualificada
Dano
A diferença em relação ao roubo

concentra-se no fato de a extorsão exigir

a participação ativa da vítima fazendo

alguma coisa, tolerando que se faça ou


Art. 158, §§ 2° e 3°
deixando de fazer algo em virtude da

ameaça ou da violência sofrida. Art. 163 do CP

Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa

Extorsão mediante
alheia.
sequestro
Consistente na finalidade de

obtenção, para si ou para outrem,


Art. 159 do CP
É o dolo. Não há a forma culposa.
de qualquer vantagem como

condição ou preço de resgate. São formas qualificadas conforme o


art. 159, § 1° do CP:

a) sequestro por mais de 24 horas;


b) sequestro de menor de 18 ou maior de 60 anos;
c) sequestro praticado por bando ou quadrilha.
Apropriação Indébita Estelionato

Art. 168 do CP Art. 171 do CP

A apropriação indébita propriamente dita ocorre Consiste em induzir ou manter alguém em erro,
quando o sujeito realiza ato demonstrativo de que mediante o emprego de artifício, ardil, ou qualquer
inverteu o título da posse, como a venda, doação, meio fraudulento, a fim de obter, para si ou para
consumo, penhor, ocultação etc. Na negativa de outrem, vantagem ilícita em prejuízo alheio.
restituição, o sujeito afirma claramente ao ofendido
que não devolverá o objeto material.

Crimes Contra o

Aumento de

pena: Patrimônio
a) em depósito necessário;
b) na qualidade de tutor, curador, síndico,

liquidatário, inventariante, testamenteiro ou

depositário judicial;
c) em razão de ofício, emprego ou profissão.
Escusas Absolutórias Receptação
Art. 181 a 183 do CP
Art. 180 do CP
Imunidade

abosluta A receptação é o fato de adquirir,


Hipóteses: receber, transportar, conduzir ou
ocultar, em proveito próprio ou
alheio, coisa que sabe ser produto
a) Cônjuge, na constância da sociedade conjugal; de crime, ou influir para que terceiro,
de boa-fé, a adquira, receba ou
b) Ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou
oculte.
ilegítimo, seja civil ou natural.

Concurso Material Concurso Formal


Conceito Conceito
Art. 69 do Código Penal; Art. 70 do Código Penal;
Pluralidade de crimes; Pluralidade de crimes;
Pluralidade de condutas. Unidade de conduta.
Aplicação da pena Concurso formal perfeito
Cúmulo material - as penas são
Art. 70, 1ª parte, do Código Penal.
somadas. Resulta de um único desígnio.
Concurso formal imperfeito

Concurso de Crimes Art. 70, 2ª parte, do Código Penal.


Resulta de desígnios autônomos.
Aplicação da pena
Crime Continuado Concurso formal perfeito
Aplica-se a pena do crime mais grave

ou, se iguais, somente uma delas, mas

Conceito Espécies e aplicação da pena aumentada, em qualquer caso, de um

Art. 71 do Código Penal; sexto até metade.


Crime continuado comum
Pluralidade de crimes da
Art. 71, caput, do CP; Número de crimes Aumento da pena
mesma espécie; 2 crimes 1/6
Aplica-se a pena do crime mais

Pluralidade de condutas; grave, aumentada de 1/6 até 2/3. 3 crimes 1/5


4 crimes 1/4
Conexão: temporal, modal e
Número de crimes 5 crimes 1/3
espacial; 2 crimes 5 crimes ou mais 1/2
Unidade de desígnios. 3 crimes
4 crimes
Natureza jurídica 5 crimes Concurso formal imperfeito
6 crimes Se da aplicação da regra da exasperação
Teoria da ficção jurídica; 7 crimes ou mais
Há uma pluralidade de delitos,
da pena, no concurso formal, a pena tornar-se
mas o legislador, por uma ficção,
Crime continuado específico superior à que resultaria se somadas, deve-se
presume que eles constituem um
Art. 71, par. único, do CP; adotar o critério do cúmulo material, porque,
só crime, apenas para efeito de
Aplica-se a pena do crime mais
nesse caso, será mais benéfico.
sanção penal. grave aumentada até o triplo.
Morte do agente
Sendo personalíssima a responsabilidade penal, a Perdão judicial
morte do agente faz com que o Estado perca o
direito de punir, não se transmitindo a seus herdeiros
qualquer obrigação de natureza penal. O juiz, não obstante comprovada a
prática da infração penal pelo sujeito
culpado, deixa de aplicar a pena em
Anistia, graça ou indulto face de justificadas circunstâncias.

Anistia: é direcionada a fatos e não pessoas e Ex: art. 121, §5º, do CP e art. 180, §5º, do CP
a competência é do Congresso Nacional (ex: É uma decisão declaratória - não gera

Lei 6.683/79) - apaga todos os efeitos penais. reincidência (Art. 120 do CP e Súmula 18

do STJ).
Graça: de iniciativa do Presidente da
República e é individual - não apaga os
efeitos penais secundários - continua sendo
Extinção da
Renúncia ou perdão

reincidente se cometer novo crime.


Indulto: de iniciativa do Presidente da
Punibilidade do ofendido
República e é coletivo - não apaga os Queixa-crime
efeitos penais secundários - continua
sendo reincidente se cometer novo Perdão do
crime (Súmula 631 do STJ). Renúncia ofendido
Decadência, perempção e

Cuidado: crimes hediondos ou prescrição Renúncia: É a

equiparados não possuem direito


a anistia, graça ou indulto. abdicação do

Decadência: é a perda do direito de ação


ofendido ou de seu

do ofendido em face do decurso do


representante legal

tempo. do direito de

Abolitio criminis promover a ação

Perempção: é a perda do direito de


penal privada.
Lei posterior deixar de considerar
demandar o querelado pelo mesmo crime

determinado fato como sendo


em face de inércia do querelante, diante

criminoso. do que o Estado perde o jus puniendi - só


Perdão do ofendido:

Apaga todos os efeitos penais (se


é possível para crimes de ação penal
é o ato pelo qual

cometer novo crime não será


exclusivamente privada. iniciada a ação penal

reincidente). privada, o ofendido

Prescrição: é a perda do direito de punir do


ou seu representante

Não apaga os efeitos civis da prática


Estado pelo não exercício em determinado
legal desiste de seu

delituosa. lapso de tempo. Constitui causa de extinção


prosseguimento.
da punibilidade (art. 107, IV, do CP).
Processo Penal
Prof. Mauro Stürmer

Atuação profissional: Professor e

Analista Judiciário do Superior Tribunal

Militar. Conteudista do Conselho Nacional

de Justiça (CNJ). Diretor de Secretaria na

Justiça Militar da União em Santa

Maria/RS.
Formação acadêmica: Mestre em

Direito. Especialista em Direito Militar.

Prof.ª Letícia Sinatora das Neves


Atuação profissional: Professora e

advogada criminalista.

Formação acadêmica: Mestre em

Direito Fundamentais. Especialista em

Ciências Penais.
Objetivo da Prova Ônus da Prova
Formar a convicção do juiz ou

Encargo que tem a parte de provar,

tribunal acerca dos elementos

necessários para a decisão da lide.


pelos meios em direito admitidos, a
Elementos Informativos
veracidade do fato alegado. e Prova: diferenças
Prova da alegação incumbe a

quem a fizer: art. 156 do CPP.


Princípios Gerais Elementos informativos
1. Princípio da autorresponsabilidade das partes
São aqueles obtidos na fase de

2. Princípio da audiência contraditória investigação, sem a participação

3. Princípio da aquisição ou comunhão da prova


4. Princípio da oralidade Provas dialética das partes.

Não há contraditório nem ampla

defesa.
5. Princípio da Concentração
6. Princípio da publicidade
7. Princípio do livre convencimento motivado
Sistemas de Valoração Provas

Produzidas com a participação do

1. Sistema da certeza moral acusador e do acusado e mediante a

Prova Emprestada supervisão do julgador.


Cuidado: como regra, não existe em nosso

Aquela que foi produzida em um


processo penal. Prevalece no Tribunal do Júri.
processo e depois será carreada
Cuidado!
para outro. 2. Sistema da verdade legal
Exceção: provas cautelares, não

Prova documental.
3. Sistema do livre convencimento motivado repetíveis e antecipadas, embora sejam

Não se admite prova emprestada


produzidas na fase investigatória,

carreada de inquérito policial. Este é o sistema adotado pelo


podem ser utilizadas para fundamentar

art. 93, IX, CF e art. 155 do CPP. sentença condenatória.


Prova ilícita por derivação
Teoria dos frutos da árvore envenenada
Princípio do nemo tenetur

se detegere Art. 157. [...] § 1º São também


Provas em espécie
inadmissíveis as provas derivadas das

O acusado não é obrigado a


ilícitas, salvo quando não evidenciado o

produzir prova contra si mesmo. nexo de causalidade ou quando as

Exame de corpo de delito


Direito de não praticar qualquer
derivadas puderem ser obtidas por uma

comportamento ativo que possa


fonte independente das primeiras. Obrigatoriedade (ainda que haja

lhe incriminar. confissão do acusado): art. 158 do CPP.

Direito ao silêncio ou de ficar


O exame poderá ser feito em qualquer

calado: art. 5º, LXIII, CF. dia e horário.

Provas
Impossibilidade do exame: supressão

pela prova testemunhal.


Prova ilegal Não podem ser peritos: art. 279 do CPP.
Obtenção de prova que viola normas legais

Art. 182. O juiz não fica adstrito ao laudo,

ou princípios gerais do ordenamento. Prova testemunhal podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo

O depoimento deverá ser oral,


ou em parte.
não podendo a testemunha se

Provas obtidas por meios ilícitos:


eximir da obrigação de depor.
Regra: é extraprocessual; Interrogatório
Dispensa e proibição: art. 206

Violação a regra de direito material;


e 207 do CPP. Alterações trazidas pela Lei n° 11.719/2008
Direito de exclusão.
Crime de falso testemunho:
Natureza: meio de defesa.
Provas obtidas por meios ilegítimos: art. 342 do CP.
No caso de mutatio libelli pode o juiz

Procedimento: sistema do
proceder a novo interrogatório.
Regra: é intraprocessual; crossexamination. É ato não preclusivo: art. 196 do CPP.
Viola uma regra de direito processual;
Perguntas diretas pelas

Deve ser analisada através da teoria


Ausência de interrogatório é

partes às testemunhas:

das nulidades. NULIDADE ASOLUTA.


art. 212 do CPP.
O Ministério Público,
Não será admitido
Objetivos Importante
o querelante, o réu,
recurso da parte que

seu procurador ou
1) Previsão legal
não tenha interesse

defensor poderão
na reforma da
Existência do recurso em matéria
Contagem do prazo: art. 798 do CPP.

recorrer. decisão. penal. Exclui o dia da ciência e computa o

2) Adequação último.

O recurso utilizado deve observar


Súmula no 710 do STF: os prazos são

1) Legitimidade 2) Interesse contados da ciência e não da juntada

o seu adequado cabimento.


aos autos de eventuais mandados.
Subjetivos 3) Tempestividade
Todo recurso deverá observar o
Suspensão do curso do prazo

prazo legal. processual: art. 798-A do CPP.

Pressupostos

Recursais
Recursos em
Recursos em Espécie
Processo Penal Apelação
Recurso interposto da sentença

Prazo para oferecer razões


Recurso em sentido estrito definitiva ou com força de definitiva,

e contrarrazões: 02 dias. Legitimidade: Ministério

Impugnação de decisões
para a segunda instância.
Público, querelante, o réu ou

Cuidar exceções interlocutórias sem caráter


seu defensor e o assistente de
Hipóteses de cabimento: art. 593 do

definitivo ou terminativo. acusação. CPP.


Competência para o

julgamento: art. 582 do CPP. Hipóteses de cabimento:


Interposição: por termo ou
Prazo de interposição: 05 dias.
Regra: efeito é regressivo. art. 581 do CPP. *Comporta
petição.
interpretação extensiva*. Prazo para razões de apelação e

Efeitos: devolutivo, suspensivo


contrarrazões: 08 dias.
Hipóteses revogadas:
e extensivo. Prazo de interposição JECRIM: 10 dias.
Não tem efeito
art. 581, XII, XVII, XIX

a XXIII e XXIV do CPP. Importante


suspensivo, salvo nas
Contravenção:
hipóteses previstas no
Prazo para interposição:
03 dias, quando não for

Vedação à reformatio in pejus.


art. 584 do CPP. 05 dias. competência do JECRIM.
Recursos em Espécie

Embargos infringentes e de nulidade Carta testemunhável


Embargos de declaração
Art. 609, p.ú., do CPP Art. 639 do CPP
Arts. 382 e 619 do CPP e 83

Recurso privativo da defesa, voltado a


da Lei n° 9.099/1995 Reexame da decisão que denegar ou impedir o

garantir o reexame da matéria decidida


seguimento de recurso em sentido estrito e do

Voltado ao esclarecimento de dúvidas

em segundo grau. agravo em execução.


surgidas no acórdão: ambiguidade,

Decisão não unanime desfavorável ao obscuridade, contradição ou omissão. Requerimento: dentro de 48 horas, após a
réu. ciência do despacho que denegar o recurso ou

Prazo para interposição: 02 dias.


Hipóteses de cabimento: acórdãos de
da decisão que obstar o seu seguimento.
apelação, recurso em sentido estrito, Agravo
Possuem efeito interruptivo.
em Execução (doutrina e jurisprudência) Não tem efeito suspensivo.
Prazo para interposição JECRIM: 05 dias.

Atenção

Não são cabíveis de acórdãos de habeas

Recursos em Agravo em execução penal

Processo Penal
Art. 197 da Lei n° 7.210/1984
corpus e revisão criminal.
Prazo para interposição: 10 dias, a contar
Recurso cabível das decisões do juiz

da publicação do acórdão. da Vara de Execução Penal.

Recurso ordinário constitucional


Prazo para interposição: 05 dias.
Recurso extraordinário e

em habeas corpus
recurso especial Prazo para razões e contrarrazões:

É o recurso cabível das decisões


02 dias.
Recursos com caráter constitucional, os

denegatórias de habeas corpus


Processamento: idêntico ao recurso

quais remetem ao STF ou ao STJ as

proferidas no âmbito dos tribunais. em sentido estrito.


decisões proferidas por qualquer tribunal

do país. Cabimento: decisão denegatória


Em regra, o recurso de agravo não

Prazo para interposição e oferecimento das


de habeas corpus do STF ou STJ. possui efeito suspensivo.
razões: 15 dias.
Prazo para interposição e
Atenção
Admissão: imprescindível que a matéria

oferecimento das razões: 05 dias.


recorrida tenha sido prequestionada. Medidas de segurança.
Condições da Ação Penal Classificação

Genéricas Específicas
Ação Penal Pública Ação Penal Privada
Necessárias em todos os tipos
Presentes apenas em

de ação, para um exercício


determinadas ações. 1) Incondicionada 1) Personalíssima
válido de tal direito. 2) Condicionada 2) Exclusiva
2.1. Representação 3) Subsidiária da Pública
2.2. Requisição
1) Possibilidade jurídica do
1) Representação do ofendido;
pedido; Regra: art. 100, CP
2) Requisição do Ministro da Justiça.
2) Legitimidade para agir; A ação penal será pública, salvo

3) Interesse em agir;
4) Justa causa. Ação Penal quando a lei expressamente a

declara privativa do ofendido.

Princípios Ação Penal Privada


Ação Penal Pública
Personalíssima
Obrigatoriedade Art. 129, I, da CF
Espécies Exclusivamente privada
Pública Indisponibilidade
Incondicionada Condicionada
Subsidiária da pública
Oficialidade
Regra no Direito Penal. 1) Quanto à representação; Renúncia
Titular – MP. 2) Retratação da retratação

Conveniência e
Institutos Perdão
Não está adstrita ao
da representação;
oportunidade
Privada preenchimento de
3) Requisição do Ministro da
Perempção
Disponibilidade qualquer condição
Justiça. Não se aplicam à ação penal

Indivisibilidade específica.
subsidiária da pública.
Peça acusatória: denúncia. Peça acusatória: queixa-crime.
Exceção

Concessão de HC de ofício.

Jurisdição x Competência
Competência seria a parte da jurisdição
Inércia
Princípio do Juiz
Substitutividade
que cada órgão jurisdicional pode

Coisa julgada Natural


legalmente exercer.
Art. 5º da CF. [...] XXXVI e LIII

Características da jurisdição Cuidado: aplicação imediata

de lei que altera competência


Lei processual que altera
(art. 2º do CPP).
as regras de competência
Art. 2º. A lei processual penal aplicar-se-á

Competências
desde logo, sem prejuízo da validade dos

atos realizados sob a vigência da lei anterior. Competência


Conflito de Jurisdição e Jurisdição
Pelo lugar da infração
Conflito positivo Pelo domicílio ou residência do réu
Quando dois ou mais juízes se julgam
Arts. 70 e 71 do CPP
Art. 72 do CPP
competentes para conhecer e julgar o

Regra: a competência será determinada

mesmo fato.
Não conhecemos o local em
pelo lugar da consumação do delito.
que o crime foi praticado.
Conflito negativo
Crime tentado: pelo lugar do

Quando dois ou mais juízes se julgam


Critério subsidiário
último ato de execução.
incompetentes para conhecer e julgar

o mesmo fato. Ação penal privada: a vítima


Crimes permanentes: competência

escolhe onde irá propor a ação. firmada pela prevenção.


Entre juiz e tribunal ao qual ele está

vinculado não se fala em conflito de


Crimes dolosos contra a vida:
Art. 70, §4°. A competência será

jurisdição, é resolvido pela hierarquia. competência do Tribunal do Júri. do local de residência da vítima.
Competência da Justiça Militar Órgãos da Justiça Federal

Art. 106 da CF

Tribunais Regionais Federais


Atenção especial
JME (art. 125, §4º, da CF) JMU (art. 124 da CF) e juízes federais.
Julga somente
1. Processos contra índios
Julga militares e civis.
militares dos Estados. 2. Crimes contra sociedades de

Julga crimes e questões


Competência da
economia mista e empresas públicas
relacionadas a punições
Justiça Federal 3. Crimes contra os Correios
disciplinares militares.
4. Fundação Pública Federal
5. Bens tombados
6. Desvio de verba federal por prefeito
Competência criminal

da Justiça Eleitoral Competência 7. Crimes contrabando e descaminho

e Jurisdição
8. Crime cometido contra funcionário

Fixada em razão da matéria, cabendo


público federal em razão de sua função
à Justiça Eleitoral o processo e

julgamento dos crimes eleitorais.

Conexão
Continência
Causas de Modificação
Art. 76 do CPP
Art. 77 do CPP da Competência

Intersubjetiva por simultaneidade;


Em razão do concurso de pessoas Em razão do concurso formal de crimes
Intersubjetiva por concurso;
Junção de processos contra diferentes
O fato a ser apurado é um só, embora

Intersubjetiva por reciprocidade;


réus que cometeram o crime em
existam dois ou mais resultados.
conluio, com unidade de propósitos,
Objetiva, lógica ou material;
Atenção: competência por

tornando único o fato a ser apurado. Instrumental ou probatória.


prevenção - art. 83 do CPP.
Prisão em flagrante
Espécies de prisão
Considera-se em flagrante delito quem:
Procedimento: art. 306 do CPP.
I – está cometendo a infração penal;
Falta de testemunha do crime NÃO
Prisão preventiva
II – acaba de cometê-la; impede a prisão em flagrante:
III – é perseguido, logo após, em situação
art. 304, §2º do CPP. Art. 311 e ss do CPP
que faça presumir ser autor da infração;
Atenção Em qualquer fase da investigação

IV – é encontrado, logo depois, com


policial ou do processo penal,

instrumentos, armas, objetos ou papéis que


caberá a prisão preventiva.
A não comunicação leva à prisão ilegal

façam presumir ser ele autor da infração.


que dever ser relaxada (art. 5º, LXV, da

Cuidado!
CF e art. 310, I, do CPP).
Infrações permanentes: art. 303 do CPP
Até o pacote anticrime era possível que,

Prisões durante o processo, o juiz determinasse

a prisão preventiva de ofício.


Prisão temporária
A prisão poderá ser decretada quando:
Lei nº 7.960/1992
Prisão preventiva domiciliar 1) houver prova da existência do crime,
Cabimento: somente na

2) houver indício suficiente de autoria,
fase do inquérito policial. Art. 317 do CPP 3) houver perigo gerado pela liberdade
Revogação: art. 316 do CPP. do imputado
Cabimento: art. 318 do CPP.
A prisão poderá ser decretada como:
Cabível nos casos dos crimes
Prisão domiciliar de mulher

ou gestante: 318-A do CPP. 1) garantia da ordem pública,


previstos no rol taxativo do art.

2) da ordem econômica,
1º, III, da Lei de Regência.
3) por conveniência da instrução criminal, ou
Atenção
Prazo de cinco dias, prorrogável por
4) para assegurar a aplicação da lei penal.
igual período em caso de extrema e
Possibilidade de cumulação da

comprovada necessidade. prisão preventiva domiciliar com


Revogação da preventiva: art. 316 do CPP.
Crimes hediondos: o prazo será de
medidas alternativas diversas da
Necessidade de revisão a cada 90 dias.
30 dias, prorrogável por mais 30. prisão do art. 319 do CPP.
Direito do Trabalho

Atuação profissional: Professor,

advogado, escritor e palestrante.

Formação acadêmica: Mestre em

Direito. Especialista em Direito e

processo do Trabalho. Especialista

em Direito Constitucional.

Prof. Luiz Henrique Dutra


O pagamento de
Nas transações realizadas
Salário Tudo que o

comissões e porcentagens
por prestações sucessivas
+ empregado recebe

gorjetas do empregador
só é exigível depois de
é exigível o pagamento das

ultimada a transação a
porcentagens e comissões

que se referem. proporcionais.

Art. 457 da CLT Art. 457, §1° da CLT

A cessação das relações de

Art. 466 da CLT trabalho não prejudica a

percepção das comissões e

Comissões porcentagens devidas.


Remuneração X Salário Conceito

Remuneração e Salário

Prazo e Forma de
Adicionais
Confirmação de que o

Desconto Salarial
empregado causou

Pagamento prejuízo ao empregador: Art. 462 da CLT


Artigos importantes:
Culpa
Hora noturna;
Autorizado o desconto se
Somente é permitido o desconto

Horas extras; houver previsão contratual. salarial referente a adiantamento

Artigos importantes: salarial em decorrência:


Insalubridade;
Atenção Dolo
Transferência;
Artigos 459, 460, 463,
Periculosidade. Não existe necessidade de

Previsão Autorização

464 e 465 da CLT. previsão contratual.


legal contratual
Equiparação salarial ocorre
1. trabalha para o mesmo empregador;
quando um empregado
Cuidado
pretende ganhar o mesmo
2. no mesmo estabelecimento;
Não haverá equiparação salarial quando:
valor que um colega que: 3. com a mesma função;
O empregado paradigma for readaptado
4. com a mesma qualidade; por motivo de função;
5. não tendo com o colega diferença de
Tiver na empresa quadro organizado em
tempo na função de dois anos; carreira que preveja promoções por
Art. 461 da CLT mérito ou antiguidade.
6. não tendo com o colega diferença de
tempo na empresa de quatro anos.
Equiparação Salarial Discriminação por motivo de sexo ou etnia:

pagamento das diferenças salariais + multa.

Remuneração e Salário

Salário in natura
Utilidade PARA o trabalho: Se a utilidade não estiver listada,
observar a regra do PARA ou
O salário, além do pagamento em

NÃO É SALÁRIO PELO trabalho. dinheiro, pode também ser realizado

por meio de utilidades fornecidas

pelo empregador ao empregado.


Utilidade dada PELO trabalho
prestado:
Para saber se uma utilidade é ou não verba
Atenção
É SALÁRIO
salarial, deve-se observar se ela se encontra
Art. 458, §§2° e 5°

no §2° do art. 458 da CLT, que lista quais


da CLT
utilidades não são consideradas salariais.
Se houver necessidade

Limpeza é de
de uma limpeza com
O disposto no art. 443 da CLT não se
a) atividade ou empresa
responsabilidade
produtos especiais, será
aplica aos atletas profissionais transitória;
do empregado. feita pelo empregador. b) experiência.

Prazo Prazo determinado Negocia direitos diretamente

indeterminado (§2° do art. 443 da CLT) com o empregador.


Regra Exceção

A empresa escolhe o uniforme, podendo


Empregado que possui diploma de curso

ter o seu logo e o de empresas parceiras. superior e ganha duas vezes o teto do INSS.
Regra Exceção
Art. 444, p.ú. da CLT
Art. 456-A da CLT
Prazo do Contrato Empregado Hipersuficiente
Uniforme

Contrato de Trabalho

Termos de Cláusula de Arbitragem Dano Extrapatrimonial


Quitação Anual
Art. 507-A da CLT Arts. 223-A e ss da CLT
Art. 507-B da CLT
Contratos individuais de trabalho cuja
Dano extrapatrimonial = Dano moral
remuneração seja superior a duas vezes

Quem pode sofrer o dano?


o limite máximo do teto do INSS.
É facultado a empregados e
Pessoa jurídica
empregadores firmar o termo de

Pessoa física
quitação anual de obrigações

Iniciativa do
Concordância expressa

trabalhistas perante o sindicato


Pode-se cumular o pedido de dano

empregado do empregado
dos empregados da categoria. material com o de dano extrapatrimonial.
Não se considera alteração ilícita:
Antecedência de

Reversão do empregado

03 dias corridos
ao seu cargo origem;
Somente pode ocorrer

Perda da gratificação
quando o empregado aceitar
Convocado sempre que houver

de função.
e ela for mais benéfica. necessidade dos seus serviços.
Caso aceite o serviço: recebe

Art. 468 da CLT Concordância do empregado. 50% do valor acordado para

Comporta exceções. o dia de trabalho.


Empregado sem dias e

horários fixos de trabalho.


Transferência para outra localidade.
Alteração Não comparecimento:
Contrato
Contratual Art. 469, caput,
empregado paga multa Intermitente
da CLT (§ 4º, art. 452-A da CLT).

Contrato de Trabalho
Contrato de Os custos para o
ACIDENTE DE TRABALHO Interrupção e Suspensão

Teletrabalho empregado devem


E SERVIÇO MILITAR do Contrato de Trabalho
ser acordados com

Art. 75-A e ss da CLT o empregador. Arts. 471 a 476-A da CLT

Possibilidade do trabalho em
Não é devido salário, não há

casa ou remoto, fora das


trabalho, conta tempo de

dependências da empresa. serviço e deposita FGTS. SUSPENSÃO INTERRUPÇÃO


Prioridade

Empregados com
Não é devido salário; Devido salário;
Importante: regras

Produção ou tarefa Jornada deficiência e com


Não há trabalho; Não há trabalho;
para o professor
filhos ou criança sob

Não conta tempo de serviço; Conta tempo de serviço;


Prazo para retorno ao
guarda judicial até 4
Art. 320, § 3º da CLT
trabalho presencial: 15 dias. anos de idade. Não deposita FGTS. Deposita FGTS.
Após a reforma trabalhista: não conta tempo

Importante de serviço o período de deslocamento do

Não possuem direito

Súmulas n° 366 e 449 do TST. empregado da sua casa até a empresa.


a horas extras.
(§ 2° do art. 58 da CLT)
Trabalhador externo;

Gerentes;
Tempo a disposição
Jornada normal: 08 horas
Teletrabalho por jornada ou

diárias e 44 horas semanais. Art. 4º da CLT tarefa.


Art. 62 da CLT
Art. 58 da CLT Conta como tempo de serviço sempre que

o empregado estiver efetivamente


Excluídos da jornada
Jornada trabalhando ou aguardando ordens.
de trabalho

Jornada de Trabalho
Empregado em regime
Controle de jornada
de tempo especial Empregado em turno

ininterrupto de revezamento Art. 74, §2º e §4º da CLT


Art. 58-A da CLT
Turnos que se alternam com
Obrigatório com mais de 20 empregados.
Jornada de 27 a 30 horas semanais: sem
determinada frequência.
É permitida a utilização de registro de ponto

possibilidade de fazer hora extra; Jornada de 06 horas diárias. por exceção à jornada regular de trabalho:
Jornada de até 26 horas semanais: com

possibilidade de fazer horas extras. Atenção

Acordo individual
Convenção

OJ n° 275 e 420
Súm. n° 423
Art. 7º,
Acordo

O salário do empregado poderá


escrito coletiva
da SDI-1 do TST do TST XIV da CF coletivo
ser proporcional à sua jornada
Súm. n. 428 do TST – Sobreaviso
Mecanógrafo, trabalhador

em câmaras frias, minas

Máximo 12 horas Máximo 24 horas Cuidado!


de subsolo, amamentação

No trabalho Em casa e telefonista.


Súm. nº 437 do TST não

Intervalos especiais tem mais aplicação.


2/3 do salário hora 1/3 do salário hora
Intervalos
Ocorre dentro
Ocorre entre uma

PRONTIDÃO SOBREAVISO
anuais: arts. 130
da jornada: jornada e outra:

Art. 67 da CLT a 146 da CLT. art. 71 da CLT. art. 66 da CLT.

DSR Férias Intrajornada Interjornada


Interjornada
Art. 244 da CLT

Sobreaviso e prontidão Intervalos

Jornada de Trabalho
Hora noturna Compensação de jornada
Horas extras, banco de horas

e compensação de jornada
§6º do art. 59 da CLT

Trabalhador urbano Entre 22h e 5h


Trabalhador rural Já existe um
Horas extras Banco de horas
na lavoura Entre 21h e 5h acordo de quando

ocorrerá a folga. Adicional de, no mínimo,


Negociação
50%: art. 59 da CLT. Acordo individual:

Trabalhador rural
Entre 20h e 4h folga dentro do

na pecuária
prazo de 06 meses.
Ex: Jornada 12 x 36 Não se aplica mais a Súm.

Sindicato: folga

Hora noturna do advogado: nº 444 do TST e a OJ no

Art. 59-A da CLT dentro de 12 meses.


art. 20 da Lei nº 8.906/1994 388 da SDI-1 do TST
Importante Devido pela
Devido pela metade
metade no acordo
na culpa recíproca.
Súm. nº 138, 305, 348 e 371 do TST. e culpa recíproca.
Não é devido na justa causa

1. Multa dos 40% 1. 13º salário proporcional 1. Férias vencidas


Desistência do aviso: art. 489 da CLT.
2. Aviso prévio 2. Saldo do salário
2. Férias proporcionais
Redução de jornada: art. 488 da CLT.

Regra: a parte que pretende fazer a

sua rescisão deve comunicar a outra


Indenizatórias Proporcional Definitivo
com antecedência (art. 487 da CLT).

Aviso prévio Verbas rescisórias


Rescisão do

contrato de trabalho
Rescisão do contrato
Ato de rescisão
por prazo indeterminado
Rescisão dos contratos

e determinado por prazo determinado Art. 477 da CLT

Justa causa: art. 482 da CLT. Art. 479 da CLT

Rescisão antecipada pelo empregado


Rescisão indireta: art. 483 da CLT. Dispensa coletiva
Culpa recíproca: art. 484 da CLT. Art. 480 da CLT Art. 477-A da CLT
Acordo de rescisão: 484-A da CLT.
Rescisão antecipada pelo empregador
Fato do príncipe: art. 486 da CLT.
Presume-se discriminatória a despedida

Dispensa discriminatória: de empregado portador de doença grave

PDV
Súm. nº 443 do TST. que suscite estigma ou preconceito. Art. 477-B da CLT
Empregados estáveis

Dirigente sindical Acidentado

Estabilidade no emprego desde o


Os empregados que, em razão do
Empregado afastado pelo INSS por

registro da sua candidatura até 01


cargo que ocupam ou em razão da sua
auxílio-doença acidentário.
ano após o término do mandato. condição física ou de saúde, têm risco
Estabilidade no emprego de 12

de ser demitidos sem justa causa


meses após o seu retorno.
Atenção: art. 8º, VIII, da CF/1988
possuem estabilidade.
e art. 543 da CLT.
Súm. nº 378 do TST

Súm. nº 369 e 379 do TST Não são consideradas doenças

do trabalho:
Não possuem estabilidade

Membro do Conselho Fiscal;


Estabilidade a que não produza

incapacidade laborativa;
Diretores suplentes de cooperativas; a doença degenerativa;
Delegado sindical. a inerente a grupo etário;
Gestante e adotante a doença endêmica.

Art. 391 e 391-A da CLT.

Membro da CIPA
Súm. nº 244 do TST
Art. 163 até 165 da CLT. Representante pessoal dos

empregados
Súm. nº 339 do TST
Art. 510-A até 510-D da CLT.
O desconhecimento do estado

A estabilidade provisória do cipeiro não


gravídico pelo empregador não afasta o
Nas empresas com mais de 200

constitui vantagem pessoal, mas garantia


direito ao pagamento da indenização
empregados, é assegurada a eleição

para as atividades dos membros da CIPA. decorrente da estabilidade. de uma comissão para representá-los.
Processo do Trabalho

Atuação profissional: Professora,

advogada, palestrante e escritora.

Formação acadêmica: Doutoranda e

mestre em Direito. Pesquisadora na

área de Direitos Humanos.

Prof.ª Cleize Kohls


Súm. n° 393 do TST
Extrínsecos

1) Recorribilidade e adequação;
Profundidade: qualidade das matérias

que são submetidas à apreciação. O RO


2) Tempestividade; 1) Legitimidade da parte;
devolve todos os fundamentos.
3) Preparo; Sobre o depósito

recursal, observar: 2) Capacidade da parte;

Comporta exceções! 4) Regularidade de representação.


3) Interesse da parte.

Os recursos têm efeito devolutivo: Sobre a regularidade de


Art. 899, §9º, §10

art. 899 da CLT. representação, atenção: Intrínsecos


e §11 da CLT.

Efeito
Súm. n° 383 do TST Pressupostos de

admissibilidade:

Sistema Recursal
Admissibilidade
Recurso Ordinário
Cabimento: art. 895 da CLT.
Trabalhista
Reclamações sujeitas ao procedimento

sumaríssimo: §1° do art. 895 da CLT. Procedimento sumaríssimo Recurso de Revista


Distribuição imediata; Somente será admitido recurso de
Cabimento: art. 896 da CLT.
revista por contrariedade a súmula de

Parecer oral; jurisprudência uniforme do TST ou a

súmula vinculante do STF e por violação


Efeito: apenas devolutivo.
Acórdão consistente unicamente

na certidão de julgamento. direta da CF. Ônus da parte: §1º-A.


Transcendência: art. 896-A.
Atenção! Atenção!
Importante revisar o entendimento já

consolidado pelo TST:


Os Tribunais Regionais, divididos em
Das decisões proferidas pelos TRT's

Turmas, poderão designar Turma para o


ou por suas Turmas, em execução de

julgamento dos RO's interpostos das


sentença, não caberá Recurso de

sentenças prolatadas nas demandas


Súmulas n° 126, 184, 218, 221, 266,
Revista, salvo na hipótese de ofensa

sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 296, 297, 333 e 442 do TST. direta e literal de norma da CF.
Interrompem o prazo para interposição
Embargos de divergência: cabível das decisões

de outros recursos, salvo quando


das Turmas que divergirem entre si ou das

intempestivos, irregular a representação


decisões proferidas pela Seção de Dissídios

da parte ou ausente a sua assinatura. Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação

jurisprudencial do TST ou súmula vinculante do

1) Omissão; STF. O depósito recursal será de 50% do valor

do recurso que se pretende destrancar

2) Obscuridade; Infringentes: cabível de decisão não unânime de


(no ato de interposição – art. 899, § 7°).
julgamento que conciliar, julgar ou homologar

3) Contradição (interna à decisão); conciliação em dissídios coletivos que excedam


O agravo será julgado pelo Tribunal que

a competência territorial dos TRT's e estender ou


seria competente para conhecer o recurso

4) Manifesto equívoco quanto ao


rever as sentenças normativas do TST, nos casos

exame dos pressupostos extrínsecos. cuja interposição foi denegada (§ 4°).


previstos em lei.

Objeto Cabimento: art. 894 da CLT.


Cabimento: art. 897 da CLT.
Cabimento: art. 897-A da CLT. Embargos ao TST
Embargos de Declaração Agravo de Instrumento

Sistema Recursal

Agravo de Petição Trabalhista Recurso Extraordinário


Previsão: art. 897, a, da CLT. Previsão: art. 102, III, da CF/1988.

Prazo: 8 dias.
Agravo Interno
Competência: STF.
Cabimento
Cabimento: interposto das decisões proferidas

Cabimento: das decisões do Juiz ou


pelo TST, desde que agridam a Constituição

Presidente nas execuções. Art. 1.021 do CPC: contra decisão proferida

pelo relator caberá agravo interno para o


Federal.
respectivo órgão colegiado. Prazo: 15 dias.
O agravo de petição só será recebido

quando o agravante delimitar,

justificadamente, as matérias e os valores


Requisitos:
impugnados, permitida a execução imediata
Art. 265 do RITST: cabe agravo interno contra

da parte remanescente até o final, nos


1) Esgotamento das vias recursais trabalhistas;
decisão dos Presidentes do Tribunal e das

próprios autos ou por carta de sentença. Turmas, do Vice-Presidente, do Corregedor-


2) Prequestionamento da matéria constitucional;
Geral da Justiça do Trabalho ou de relator pela

parte que se considerar prejudicada. 3) Ofensa literal e direta à Constituição.


O executado que não pagar a

importância reclamada poderá garantir


Também são títulos executivos:
a execução mediante depósito da

quantia correspondente, apresentação

de seguro-garantia judicial ou

nomeação de bens à penhora. Sentença


Multas Cheque e nota
Execução de títulos judiciais e extrajudiciais:
arbitral promissória art. 876 da CLT.
A citação será feita pelos oficiais de diligência. Iniciativa: a execução será promovida pelas

partes, permitida a execução de ofício apenas

Competência: nos casos em que as partes não estiverem

O mandado de citação deverá conter a decisão

exequenda ou o termo de acordo não


representadas por advogado.
Execução das decisões: o Juiz ou Presidente

cumprido. do Tribunal que tiver conciliado ou julgado

originariamente o dissídio. Ordem: CLT; Lei n° 6.830/1980; CPC.


Cita-se o executado para que pague em 48 horas
ou garanta a execução, sob pena de penhora

(art. 880 da CLT). Execução de título executivo extrajudicial:


A execução trabalhista altera a ordem de

o juiz que teria competência para o


aplicação subsidiária da normativa processual.
processo de conhecimento relativo à

Citação do executado matéria.


Execução

Execução Trabalhista
Liquidação de sentença Os embargos serão distribuídos por

dependência ao juízo que ordenou a


Embargos de terceiro
Previsão: art. 879 da CLT. constrição e autuados em apartado.
Previsão: art. 674 e ss do CPC.
Na liquidação, não se poderá modificar, ou
Os embargos poderão ser contestados no

inovar, a sentença liquidanda nem discutir


prazo de 15 dias, findo o qual se seguirá o

matéria pertinente à causa principal. procedimento comum.


Buscam defender terceiro no processo.
Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo
Acolhido o pedido inicial, o ato de constrição

deverá abrir às partes prazo comum de


judicial indevida será cancelado, com o
Considera-se terceiro para ajuizamento

oito dias para impugnação fundamentada


reconhecimento do domínio, da manutenção
dos embargos: art. 674, §2° do CPC.
com a indicação dos itens e valores objeto
da posse ou da reintegração definitiva do bem

da discordância, sob pena de preclusão. ou do direito ao embargante. Os embargos podem ser opostos a qualquer

tempo no processo de conhecimento e, no

Cálculos de liquidação complexos: o juiz


cumprimento de sentença ou no processo de

poderá nomear perito para a elaboração,


Atenção: atualização dos créditos decorrentes

de condenação judicial: IPCA-E e SELIC. execução em até 5 dias.


fixando o valor dos respectivos honorários.
Decisão judicial levada a protesto: necessário

ter passado o prazo de 45 dias, a contar da

citação do executado, sem garantia do juízo. A exigência da garantia ou penhora não

se aplica às entidades filantrópicas e/ou

àqueles que compõem ou compuseram a

Cuidado: diretoria dessas instituições .

Observam-se as normas do CPC quanto


A matéria de defesa será restrita às

à ordem e a impenhorabilidade de bens. alegações de cumprimento da decisão

Não pagando o executado, nem garantindo


Prazo: ou do acordo, quitação ou prescrição da

a execução, seguir-se-á a penhora dos bens,


dívida.
acrescida de custas e juros de mora. 5 dias contados da garantia ou penhora.

Art. 884 da CLT


Art. 883 da CLT Dispensa do cumprimento da garantia do

juízo: Fazenda Pública. Embargos à execução


Penhora

Execução Trabalhista
Expropriação
Desconsideração da
Da decisão interlocutória que acolher ou
Art. 888 da CLT
personalidade jurídica rejeitar o incidente:

Responsabilidade do sócio
Concluída a avaliação, dentro de 10 dias,

seguir-se-á a arrematação, que será

Adota-se a teoria do CDC, art. 28, para


I - na fase de cognição, não cabe recurso de
anunciada com 20 dias de antecedência.
a possibilidade de desconsideração. imediato, na forma do § 1° do art. 893 desta

Consolidação; Os bens serão vendidos pelo maior


Procedimento: art. 855-A da CLT. lance, tendo o exequente a preferência

II - na fase de execução, cabe agravo de petição,


para a adjudicação.
independentemente de garantia do juízo;
Aplica-se ao processo do trabalho o
Não havendo licitante, e não requerendo

incidente de desconsideração da
III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em
o exequente a adjudicação dos bens

personalidade jurídica previsto nos


incidente instaurado originariamente no tribunal. penhorados, poderão estes ser vendidos
arts. 133 a 137 do CPC. por leiloeiro nomeado.
Em casos especiais, poderá ser designado

OJ n° 245 SDI-1: outro local para a realização das audiências,

mediante edital, com a antecedência mínima

de 24 horas.
Inexiste previsão legal tolerando atraso no

horário de comparecimento da parte na


Não podem ultrapassar cinco horas seguidas,
Comparecimento das partes

audiência. salvo quando houver matéria urgente. na audiência


Art. 843 da CLT
Atençaõ!
Art. 815 da CLT: à hora marcada, o juiz ou
presidente declarará aberta a audiência.
Art. 813 da CLT: as audiências serão públicas
As consequências do não

Se, até 15 minutos após a hora marcada, o


na sede do Juízo ou Tribunal, em dias úteis
comparecimento são observadas no

juiz ou presidente não houver comparecido,


previamente fixados, entre 8h e 18h. art. 844 da CLT.
os presentes poderão retirar-se, devendo o

ocorrido constar do livro de registro das

audiências.

Importante observar o §4°: situações

em que a revelia não produz efeitos.


Para não esquecer:
Audiência
O TST já consolidou entendimento

Empregado nesse sentido, revise:


Reclamante

Doença/motivo poderoso Ausência: arquivamento

Representar Pagamento de custas, salvo

motivo justificado: 15 dias Súm. n° 9 do TST


Sindicato ou outro empregado
Súm. n° 74 do TST
Empregador Reclamada
Súm. n° 122 do TST
Substituir Ausência: revelia/ confissão
OJ n° 152 da SDI-1
Gerente ou preposto Aceita contestação e documentos

presente o advogado
Fato impeditivo,
A decisão deverá ser proferida antes da

modificativo ou
abertura da instrução e, a requerimento da

Fato constitutivo
extintivo do direito
parte, implicará o adiamento da audiência

de seu direito. do reclamante. e possibilitará provar os fatos por qualquer

meio em direito admitido. O TST já consolidou entendimento nesse

sentido, revise:
A decisão não pode gerar situação em

Reclamante que a desincumbência do encargo pela

Reclamado parte seja impossível ou excessivamente


Súm. n° 212 do TST
difícil.
Súm. n° 338 do TST

Inversão do ônus da prova Súm. n° 460 do TST


Art. 818. O ônus da prova incumbe:
Súm. n° 461 do TST
Poderá o juízo atribuir desde que

Ônus da prova o faça por decisão fundamentada. OJ n° 233 da SDI-1

Provas Depoimento pessoal

Intérprete Terminada a defesa, pode o presidente, ex

officio ou a requerimento de qualquer juiz

Prova documental temporário, interrogar os litigantes.

As partes e testemunhas serão inquiridas

O depoimento das partes e testemunhas


pelo juiz ou presidente, podendo ser

que não souberem falar a língua nacional


reinquiridas a requerimento dos vogais, das

será feito por meio de intérprete nomeado partes, seus representantes ou advogados.
pelo juiz ou presidente. A juntada de documentos na fase recursal se

justifica quando provado o justo impedimento

para sua oportuna apresentação ou se referir a

Surdo-mudo ou mudo que


fato posterior à sentença. Atenção!
não saiba escrever.
O documento em cópia oferecido para prova

As despesas correrão por conta


poderá ser declarado autêntico pelo próprio
A parte não é obrigada a depor sobre

da parte sucumbente, salvo se


advogado, sob sua responsabilidade pessoal. os fatos previstos no art. 388 do CPC.
beneficiária de justiça gratuita.
O juiz ou presidente providenciará para que
Art. 828 da CLT: toda testemunha, antes

o depoimento de uma testemunha não seja


de prestar o compromisso legal, será

ouvido pelas demais que tenham de depor


qualificada, ficando sujeita, em caso de

no processo. falsidade, às leis penais.


Só será deferida intimação de testemunha

que, comprovadamente convidada, deixar


Informante: a testemunha que for parente
Testemunha funcionário
de comparecer. até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou
civil ou militar: art. 823
inimigo de qualquer das partes, não prestará

Procedimento sumaríssimo: 02 testemunhas compromisso.


para cada parte.
Súm. n° 357 TST
Salvo no inquérito: número poderá
Se a testemunha tiver de depor

ser elevado a 06 (art. 821 da CLT). Não torna suspeita a testemunha o


em hora de serviço, será

simples fato de estar litigando ou de ter


requisitada ao chefe da repartição

litigado contra o mesmo empregador. para comparecer à audiência

No máximo 03 testemunhas por parte marcada.

Testemunhas Provas Perícia

Não confundir: O juízo poderá deferir parcelamento dos


Art. 790-B da CLT: a responsabilidade pelo

honorários periciais (§ 2º). pagamento dos honorários periciais é da

Responsabilidade pelos honorários periciais


parte sucumbente na pretensão objeto da

com a responsabilidade pelos honorários do


O juízo não poderá exigir adiantamento de
perícia, ainda que beneficiária da justiça

assistente técnico (Súm. n° 341 do TST). valores para realização de perícias (§ 3°).
gratuita.
Nesse caso, caberá mandado de segurança:

OJ n° 98 da SDI-2. Atenção!
Indicação do perito assistente: é faculdade da
ART. 790-B, §4° DA CLT: INCONSTITUCIONAL
parte, a qual deve responder pelos respectivos
STF declarou esta parte final inconstitucional,

honorários, ainda que vencedora no objeto da


afastando a obrigatoriedade de pagamento

perícia. Súm. n° 457 do TST pela parte quando ela tiver o benéfico da

gratuidade.
Arguição de insalubridade ou periculosidade,

observar: Fixação do valor dos honorários periciais:

A União é responsável pelo pagamento dos

Art. 195, §2° da CLT honorários de perito quando a parte sucumbente


limite máximo estabelecido pelo Conselho

no objeto da perícia for beneficiária da AJG. Superior da Justiça do Trabalho (§ 1°).


OJ n° 165 da SDI-1
Cabimento: dissídios individuais cujo

valor não exceda a 40x o salário mínimo


Partes excluídas:
vigente na data do ajuizamento da

reclamação.
Órgão da administração pública

direta, autárquica ou fundacional. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo

serão instruídas e julgadas em audiência

Procedimento mais cobrado


única.
em prova!
Todas as provas serão produzidas na audiência

Atenção: não há citação por edital,


de instrução e julgamento, ainda que não

incumbindo ao autor à indicação do


requeridas previamente.
nome e endereço do reclamado.
Previsão: a partir do art. 852-A, CLT.
Importante: Testemunhas: até o máximo

Sumaríssimo de duas para cada parte.


Prazo para apreciação: 15 dias.

Procedimentos
Especiais
Trabalhistas Os procedimentos especiais são

adotados, entre outros, para:

Sumário
Inquérito judicial;
Previsão: Lei nº 5.584/1970.
Ação rescisória;
Ordinário
Mandado de segurança;
Demandas de até dois salários mínimos.
Ação de exigir contas;
Demandas que
Demandas que por

Conhecido como rito de alçada. algum outro motivo não

ultrapassam 40
Ação cominatória;
salários mínimos podem tramitar por

outro procedimento.
Não há possibilidade de recurso Ação de consignação

em pagamento;
Salvo se versar sobre

matéria constitucional. Ações possessórias.

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