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1. O que entende por Direito Processual Civil? É aquele que visa integrar o direito civil e
comercial, ou seja, visa garantir o exercício dos direitos subjetivos dos particulares, nas relações
reguladas pelo direito substantivo. No sentido estrito é o esquema organizado de atos tendentes
à obtenção de uma sentença proferida pelo tribunal que é a entidade independente competente.
4. Por que se afirma que o Direito Processual Civil constitui um ramo de direito
instrumental ou adjetivo? O Processo Civil constitui um instrumento para se alcançar a solução
concreta do caso ou para se dar realização efetiva ao direito violado regulando os meios através dos
quais os particulares podem fazer valer os seus direitos substantivos, quando violados.
7. O que entende por princípio do inquisitório? Art.º 411º é o princípio que confere ao juiz
poderes discricionários, com os limites impostos pelo princípio do dispositivo, sendo que o art.º 5º
determina que cabe às partes o dever de impulso processual, mas também diz quais são as
matérias de que o juiz pode conhecer por iniciativa sua.
10. O que entende por princípio da Igualdade das partes? Art.º 4 Reflete a paridade das
partes no processo, intimamente ligado com o princípio do contraditório. As partes tem igual
oportunidade de expor as suas razões e pronunciar-se sobre cada um atos pertinentes.
13. O que entende por princípio da verdade material? A decisão que o juiz toma deve ser
uma decisão justa, equitativa. Não se limitar à verdade formal.
14. O que entende por princípio da submissão do processo a limites impostos pelo
direito substantivo e indique disposições legais que o preveja?
15. O que entende por princípio da economia processual e utilidade dos atos
processuais?
17. O que entende por princípio da economia processual e utilidade dos atos
processuais
18. Das perguntas 5 a 18 indique disposições legais onde constam estes princípios
21. Quanto ao fim as ações declarativas podem assumir uma de três formas. Quais?
23. Tendo em conta o efeito jurídico pretendido pelo autor, a ação constitutiva pode
subdividir-se em 3 classes. Identifique-as. Art.º 10º, n.º 3 Podem ser constitutivas,
modificativas ou extintivas.
24. Quais as formas de processo declarativo que existem? Art.º 546º forma comum e
forma especial.
25. Exemplifique uma ação que siga a forma de processo comum e outra que siga a
forma especial.
26. Quais são os elementos essenciais da causa? Art.º 260º e 564º b). Os elementos
essenciais são: Pedido, causa de pedir e os sujeitos.
27. O que entende por causa de pedir? A causa de pedir é constituída pelos factos
essenciais expostos na PI.
31. Distinga ação de procedimento cautelar. A ação visa uma resolução definitiva de uma
questão controvertida, a providência cautelar visa uma medida provisória que assegura um
determinado direito até à prolação da decisão do processo contencioso e que é dependente
deste.
32. Qual a finalidade da providência cautelar? A finalidade das providencias tem por objeto
a garantia de um direito, a regulação provisória de uma situação jurídica ou a antecipação
provisória de um efeito jurídico.
34. Indique um procedimento cautelar especificado. Art.º 377, 380, 384, 388, 391, 397,
403.
35. O que entende por inversão do contencioso e em que caso(s) tal é admissível?
37. Distinga arresto de penhora e de penhor. Art.º 666º CC, a noção de penhor diz-nos que
se trata de uma garantia real das obrigações e que pode incidir sobre coisas moveis ou direitos,
em regra, produz efeitos com a entrega da coisa ou do documento que titula o direito. O arresto é
uma garantia geral das obrigações e que consiste na apreensão judicial de bens ou direitos com
valor suficiente para assegurar o cumprimento da obrigação por sério receio de perda de garantia
patrimonial, constitui nessa medida um procedimento cautelar nos termos da lei do processo,
procede-se neste sentido quando ainda o devedor não incumpriu (619º CC e 391ºCPC). A
penhora, por sua vez, sendo também uma apreensão judicial de bens, mas num momento é que
o devedor já incumpriu. A penhora pode converte-se em penhor caso exista acordo entre as
partes no processo executivo. O arresto, caso a ação principal seja julga procedente e o réu não
cumpra a sentença, converte-se em penhora com a data daquele, para efeito de prioridade (art.º
762º CPC).
38. Distinga prazo perentório de dilatório. Art.º 139º Dilatório é aquele que difere para certo
momento a possibilidade de realização de um ato ou o início da contagem de outro prazo, o
prazo perentório é aquele que pelo decurso extingue um direito de praticar o ato.
39. Pode a contagem de prazos iniciar-se num sábado, domingo ou feriado? Art.º 138º.
Sim, regra da continuidade dos prazos, nos termos do art.º 279º do CC não conta o dia do ato,
iniciando-se no dia seguinte, independentemente do dia da semana, apenas se suspende se for
férias judiciais, nos processos em que se suspendam os prazos nesses períodos.
40. Pode a citação ocorrer durante as férias judiciais? Art.º 137º Sim
41. Supondo que o réu foi citado para a ação no dia 20 de dezembro, diga qual o
primeiro e o último dia do prazo para apresentar a sua contestação. Art.º 138º continuidade
dos prazos, 279º CC não conta o dia do ato, ferias judiciais Art.º 28 LOSJ. O primeiro dia é o 21
de dezembro, suspende-se a contagem pelas ferias judiciais, desde 22-12 a 3-1, reiniciando-se a
4-1, termina a 1-2.
43. O que entende por pressupostos processuais? São os requisitos mínimos necessários
para garantir uma decisão útil da causa. A falta de qualquer um destes implica que o juiz não
conheça do mérito da causa.
44. Quais são os pressupostos processuais gerais ou comuns que conhece? São
pressupostos processuais os seguintes:
• • Personalidade Judiciária
• • Capacidade Judiciária
• • Legitimidade das Partes e interesse Processual
• • Patrocínio Judiciário
• • Competência do tribunal
45. Quem tem personalidade judiciária e no que consiste? Art.º 11º n.º 2. Quem tem
capacidade jurídica. Consiste na suscetibilidade de ser parte.
46. Quais são as consequências da falta de personalidade judiciária? Art.º 278º n.º 1 al.
c) absolvição do réu da instância. Por se tratar da falta de um pressuposto processual. É
insanável como exceção das sucursais art.º 14º
48. Quem tem capacidade judiciária e no que consiste? Art.º 15º do CPC e 67º do CC
Tem por medida a da capacidade de exercício de direitos. Consiste em estar por si em juízo.
49. Quais as consequências da falta de capacidade judiciária? Art.º 27º e 28º A falta é
suprida por intervenção do representante do incapaz, oficiosamente pelo juiz.
50. Por regra, os pressupostos processuais são ou não do conhecimento oficioso? Art.º
6 n.º 2 e 590º São, o juiz tem o dever de direção, de impulso, simplificação e agilização.
52. O que entende por patrocínio judiciário? Art.º 40º, o patrocínio judiciário consiste na
nomeação de um advogado ou solicitador, com vista à assistência técnica às partes por
profissionais do foro.
53. Quais as consequências da falta de patrocínio judiciário? Art.º 41º Nos termos deste
artigo, nas causas em que é obrigatória a constituição de advogado, a parte constitui-se em falta
relativamente a este pressuposto processual, o juiz oficiosamente ou a pedido da parte contrária
notifica a parte para regularizar num determinado prazo, caso não o faça se a falta for do autor
absolve-se o réu da instância, se for do réu não tem seguimento o recurso ou a defesa fica sem
efeito.
54. Em que situação pode um solicitador patrocinar no âmbito de uma ação declarativa?
Nos processos em que não seja obrigatória a constituição de advogado, nomeadamente dos
processos inferiores à alçada de 1ª instância e que não seja passível de recurso ordinário e nos
processos de jurisdição voluntária.
55. Pode um solicitador apresentar um rol de testemunhas numa ação declarativa com o
valor de 80.000 euros? Pode, se tiver procuração conjunta, por não se tratar de uma questão
de direito.
56. O que entende por alçada do tribunal? Art.º 40 LOSJ Alçada é o valor pelo qual não é
admitido recurso ordinário naquele tribunal.
59. Quais as consequências de o tribunal ser relativamente incompetente? Art.º 105º n.º
3 se for julgada procedente o processo é remetido para o tribunal competente.
60. Qual tem legitimidade para arguir a incompetência absoluta e relativa? Art.º 97º
Absoluta qualquer uma das partes e oficiosamente, relativa 103º pode ser arguida pelo réu e em
regra não é de conhecimento oficioso, mas pode o tribunal conhecer oficiosamente se tiver
elementos para isso.
61. Em que casos é que o tribunal não pode conhecer da incompetência relativa? Art.º
104º
62. O que entende por legitimidade processual? Art.º 30º é o interesse em demandar ou
contradizer.
63. Distinga litisconsórcio de coligação. Qualquer uma das figuras significa a existência
de uma pluralidade de partes pelo menos num dos lados.
66. Distinga processo comum de processo especial. Art.º 546º Processo especial é
nominado e típico, comum todos os que não estão previstos como especiais.
68. O que entende por distribuição e qual a finalidade? Art.º 203º A distribuição designa a
secção, a instância, o tribunal onde vai correr e o juiz relator, e é a divisão equitativa de
processos pelos juízos.
69. Quais os requisitos obrigatórios que devem constar da petição inicial? Art.º 552º
70. Pode o autor formular pedidos alternativos? Art.º 553 Pode e o réu pode cumprir por
qualquer uma delas à sua escolha.
71. Pode o autor formular pedidos subsidiários? Art.º 554º Pode, ainda que se oponham,
sendo que o segundo só se irá aplicar se o primeiro não for julgado procedente.
72. Exemplifique uma situação em que o autor pode cumular pedidos? Art.º 555º Desde
que sejam compatíveis e não impeçam a coligação.
73. Em que situação pode a secretaria recusar receber uma petição inicial? Art.º 558º nos
casos taxativamente previstos neste artigo.
74. De que forma pode o autor reagir face à recusa no recebimento da petição inicial?
Art.º 559º, pode reclamar para o juiz, e caso de manter, pode recorrer para a relação.
75. Distinga citação de notificação? Art.º 219º n.º 1 é o ato pelo qual se chama o réu pela
1ª vez ao processo. 219º n.º 2 são todas as comunicações posteriores com as partes e todos os
outros intervenientes no processo.
76. Quais os efeitos da citação ao nível do direito processual e substantivo? Art.º 564º
Constituir o devedor de uma obrigação pura em mora, fazer cessar a boa-fé e estabilizar os
elementos essenciais da ação, os sujeitos, o pedido e a causa de pedir.
77. Pode um solicitador estagiário proceder a uma citação? Nesse título não.
78. Qual o prazo que o réu tem para contestar? Art.º 569º 30 dias.
79. Distinga revelia absoluta de revelia relativa? Art.º 566º revelia absoluta, o réu foi citado
e não fez nada no processo, art.º 567º o réu foi citado e procedeu a algum ato, mas não
contestou.
81. Quais os meios de defesa que o réu pode utilizar? Art.º 571º O réu pode contestar, por
via da impugnação ou da exceção.
82. Distinga exceção dilatória de perentória. Art.º 576º Dilatória é aquela pela qual se
invoca irregularidade processual, por exemplo a falta de pressupostos processuais.
Importam a absolvição da instância ou a remessa do processo para outro tribunal. A
perentória ataca diretamente
83. Distinga caso julgado de litispendência. Art.º 580º dois processos com os mesmos
elementos essenciais.
84. Distinga caso julgado formal de material. O primeiro só produz efeitos dentro do
processo e o segundo produz fora, para todos e para todas as autoridades.
86. Em que casos é admissível a réplica? Art.º 584º Quando há pedido reconvencional.
87. O que são articulados supervenientes e quando são admissíveis? Art.º 588º São
articulados posteriores aos 3 iniciais e são admissíveis nos termos do art.º 588º
88. Identifique os despachos liminares que o juiz pode proferir. Art.º 186º n.º 1 ineptidão
da petição inicial.
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89. Qual a finalidade da audiência prévia e quando tem lugar? Art.º 591º as finalidades
são as descritas neste artigo. Tem lugar depois de findos os articulados e de proferido o
despacho pré-saneador, em 30 dias o juiz marca a audiência prévia.
90. Em que caso é que não há lugar à audiência prévia? Art.º 592º e 593º.
91. Qual a finalidade do despacho saneador? Art.º 595º Destina-se a conhecer das
exceções dilatórias, nulidades processuais. Conhecer imediatamente do mérito da causa
92. Em que momento deve o autor apresentar os seus meios de prova? Art.º 423º Junto
com a PI. E 597º aditamento.
93. O que entende por tema da prova? Art.º 596º e 410º constitui a delimitação do âmbito
da causa de pedir que da atividade instrutória terá como objeto os factos em discussão e que
incidirá o juízo probatório.
94. O que entende por fase da instrução? Art.º 410º e ss tem por fim a produção e recolha
dos elementos de prova sobre os factos que tem interesse para a caus e não tenha sido tratados
anteriormente.
95. Quantas testemunhas pode o autor e o réu apresentar numa ação de valor superior a
100.000 euros? Art.º 511º 10 testemunhas
97. Distinga factos essenciais de factos instrumentais. Art.º 5 os factos essenciais tem que
ser alegados pelas partes, enquanto os factos instrumentais também podem ser mas podem
resultar da instrução da causa. Os primeiros são os dizem respeito à causa de pedir, os segundo
são acessórios e que podem ajudar a compreender melhor os essenciais.
98. Exemplifique factos que não carecem de alegação ou de prova? Art.º 412º
99. Qual o valor das provas apresentadas em juízo? Pleníssima, plena e de livre
apreciação
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100. Identifique uma situação em que a prova apresentada faz prova plena. Prova plena é a
que cede perante prova do contrário. Não basta a neutralização feita através da contraprova.
Produzida a prova plena é irrelevante a situação de dúvida que se procurou gerar no espírito do
julgador. Torna-se necessário convencer o juiz da existência do facto contrário. Art.º 347º CC
101. Identifique uma situação em que a prova apresentada faz prova pleníssima. A prova
pleníssima é aquela que não admite sequer prova do contrário. Por exemplo Art.º 1260º nº3 do
CC: A posse adquirida por violência é sempre considerada de má fé, mesmo quando seja titulada
102. Em que consiste a prova por inspeção? Art.º 490º e ss. Consiste na inspeção de
103. O que entende por contradita? Art.º 521º Não se trata de contraditar o testemunho em
si, mas de atacar a credibilidade da testemunha ou da ciência que sustentou o seu testemunho.
104. O que entende por acareação? Art.º 523º Pode acontecer oficiosamente ou a
requerimento das partes. Quando existe oposição direta nos depoimentos das testemunhas ou
das partes, sendo que não podem ser acareadas as partes.
105. A audiência final decorre perante um juiz singular ou coletivo? Art.º 559º juiz singular.
106. Pode o juiz na audiência final tentar conciliar as partes? Art.º 604º, n.º 1 Sim, se a
causa estiver na disposição das partes.
107. Pode qualquer pessoa assistir a um julgamento? Art.º 606º Pode, com as exceções
previstas no artigo.
108. Pode o juiz condenar o réu num valor superior ao pedido pelo autor? Art.º 609º Não
é permitido ao juiz condenar em quantidade superior ou em objeto diverso do que se pedir.
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intenta depois do transito em julgado e visa, por um lado uniformização de jurisprudência (art.º
688º), ou por outro o recurso de revisão que é decidido pelo próprio tribunal que proferiu a
decisão (696º). Reclamação
110. O que deve constar da sentença? Art.º 607º Identificação das partes e o objeto do litígio,
enunciar as questões que cumpre decidir. Depois os fundamentos e os factos provados e não
provados.
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