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LISTA: UNIFICAÇÕES TARDIAS

PROF.: IURI VIEIRA


1. Leia o texto:

“Eis o horizonte do futuro: organizar o Estado institucionalizado de forma que o comércio alemão, a
manufatura alemã, a arte alemã, a ciência alemã, a sociedade alemã e a vida alemã continuem equiparadas
ou se equiparem ao poder da nação.”
MOMMSEN, Theodor. O ofício do historiador (1874). In: MARTINS, Estevão de Rezende. A história
pensada. São Paulo: Contexto, 2010.

Sobre o processo de unificação da Alemanha, assinale a alternativa CORRETA:


a) A criação do Zollverein (União Alfandegária) possibilitou a industrialização e o fortalecimento
econômico, gerando a unificação política através do Segundo Reich.
b) A ausência de guerras ou revoltas marcou a unificação da Alemanha em 1871, pois todo o processo
ocorreu através de acordos políticos.
c) No período de Bismarck, elementos socialistas foram inseridos na política econômica do país recém-
unificado.
d) Com ausência de ideais nacionalistas no contexto da formação da Alemanha, os princípios liberais,
ancorados no individualismo, marcaram a política do novo país.
e) A unificação do século XIX foi marcada pela revolução através da via prussiana, ou seja, processos
políticos desenvolvidos de baixo para cima, com grande participação popular.

2. Atualmente a Itália e a Alemanha são dois dos destinos mais almejados pelos imigrantes que fogem dos
conflitos na Síria e na África Subsaariana. No entanto, no século XIX, o fluxo migratório era bem diferente.
Eram os cidadãos destes territórios europeus que buscavam refúgio e melhores condições de vida em outros
lugares, principalmente no continente americano. Observe os relatos abaixo, que tratam deste contexto:
Fala anônima de um italiano para um Ministro de
Estado da Itália no século XIX, em carta exposta Relato feito por Robert Avé-Lallemant sobre os
no Memorial do Imigrante, em São Paulo.
alemães que migraram para o Brasil, presente no
livro Viagem pela província do Rio Grande do Sul
(1858).

“Que entendeis por uma Nação, Senhor Ministro?

É a massa dos infelizes?

Plantamos e ceifamos o trigo, mas nunca “Parece-me que os nossos bons compatriotas
provamos pão branco. nesta natureza sul-americana livre, onde estão
expostos a lutas peculiares contra obstáculos
naturais, desenvolvem ainda mais determinação
Cultivamos a videira, mas não bebemos o vinho. em resolver e agir… Por entre dificuldades
começaram eles, mas conquistaram o solo, e os
que na Alemanha eram criados tornaram-se
senhores pelo direito do trabalho.”
Criamos animais, mas não comemos a carne...
Apesar disso, vós nos aconselhais a não
abandonarmos a nossa Pátria?

Mas é uma Pátria a terra onde não se consegue


viver do próprio trabalho?”

De acordo com as informações acima, é CORRETO afirmar que:


a) O italiano autor da carta exaltava as autoridades do seu país por defenderem uma ideia de nação em que
todos encontravam boas condições de trabalho.
b) Os deslocamentos para a América eram decorrentes das dificuldades de sobrevivência encontradas nos
países europeus.
c) Os processos de imigração, tanto no século XIX quanto na atualidade, seguem sempre a mesma direção:
da Europa para a América.
d) Nas novas terras para onde migraram, os alemães permaneceram sempre como criados, sem nunca
conseguirem chegar a proprietários.
e) Os imigrantes europeus eram considerados preguiçosos, sem motivação e sem capacidade de solucionar
os problemas cotidianos.

3. A unificação alemã foi articulada pelo reino da:


a) Prússia, após a derrota da Comuna de Paris na Guerra Franco-Prussiana, apoiado em uma aliança com a
aristocracia austríaca e a burguesia prussiana.
b) Áustria, devido à sua superioridade industrial e militar dentro da Confederação Germânica, apoiado em
uma aliança com a aristocracia prussiana.
c) Áustria, como resposta à ameaça prussiana de unificação após a instituição do Zollverein na
Confederação Germânica, apoiado em uma aliança com a aristocracia austríaca.
d) Prússia, devido ao seu poderio militar e força econômica dentro da Confederação Germânica, apoiado
em uma aliança entre a aristocracia e a alta burguesia.
e) Prússia, devido à mobilização nacionalista da Confederação Germânica durante a Guerra Franco-
Prussiana, apoiado em uma aliança com a grande burguesia austríaca.
4. A unidade italiana – o processo de constituição de um Estado único para o país – conserva o sistema
oligárquico (...) Isto não impede a formação do Estado, mas retarda a eclosão do fenômeno nacional.
(Leon Pomer, O surgimento das nações, 1985, p. 40-42)

Fizemos a Itália; agora, precisamos fazer os italianos.


(Massimo d’Azeglio apud E. J. Hobsbawm, A era do capital, 1977, p. 108)

A partir dos textos, é correto afirmar que


a) apesar de ter nascido antes da nação, o Estado italiano, unificado em 1871, representou os interesses dos
não proprietários, o que implicou a defesa de mudanças revolucionárias, que tornaram o Estado não
autoritário e permitiram a emergência do sentimento nacional, já fortificado pelas guerras de unificação.
b) o Estado italiano, nascido em 1848, na luta da alta burguesia do norte pelo poder, representava os
interesses liberais, isto é, a unidade do país como um alargamento do Estado piemontês, na defesa da
pequena propriedade e do voto universal, condições para a consolidação do sentimento nacional que cria
os italianos.
c) em 1848, a criação do Estado italiano, pela burguesia do Reino das Duas Sicílias, foi uma vitória do
liberalismo, pois a estrutura fundiária, baseada na grande propriedade, e a exclusão política dos não
proprietários permaneceram, encorajando os valores nacionais, condição para diminuir as diferenças
regionais.
d) em 1871, o processo de unificação e o sentimento nacional estavam intimamente ligados, na medida em
que a classe proprietária do centro da península, vitoriosa na guerra contra a Áustria, absorveu os valores
populares nacionais, o que legitimou a formação do Estado autoritário, defensor das desigualdades
regionais.
e) o Estado italiano nasceu antes da nação, em 1871, como uma construção artificial, frágil e autoritária da
alta burguesia do norte, cujos interesses de dominação excluíram as mudanças revolucionárias e
atrasaram a emergência do sentimento nacional, ainda estranho para a grande maioria das diferentes
regiões da península.

5. Não causa admiração o fato de os historiadores falarem de uma “Europa Bismarckiana”. Em todos os
Estados Europeus, a questão das relações com o Império alemão está no centro das preocupações dos
homens de governo: é para Bismarck que todos olham.

(DUROSELLE, Jean Baptiste. A Europa de 1815 aos nossos dias. São Paulo: Pioneira, 1970, p. 37.)

Dentre as principais características políticas do governo desse influente líder alemão, a que mais se destacou
foi a
a) desestruturação da ideia de império, construindo a primeira República alemã, com sede na cidade de
Weimar.
b) construção de ampla política diplomática, que proporcionou uma ausência de guerra europeia entre as
potências no intervalo de 1871 a 1914.
c) diminuição dos domínios territoriais devolvendo à França as regiões da Alsácia-Lorena no intuito de
desfazer um possível foco de conflito.
d) implementação da estabilidade pela paz e não pela força, reduzindo o efetivo do exército alemão e
evitando uma corrida de armamentos.
e) organização do Congresso de Berlim que desfez as hostilidades entre as potências europeias, colocando
um fim nas antigas rivalidades entre essas nações.

6. No Brasil, desde 2011, tem havido diversas comemorações dos 150 anos da Unificação Italiana,
relembrando os fortes laços culturais entre os dois países. Sobre a relação entre a Unificação Italiana e a
imigração de italianos para as Américas, é correto afirmar:
a) A Unificação Italiana foi o resultado de uma série de revoltas populares, que culminaram em 1861 com
a formação de uma república socialista sob a direção de Giuseppe Mazzini. A burguesia, que não
concordava com o novo regime, emigrou para as Américas, levando capital suficiente para iniciar a
industrialização em países como a Argentina, o Brasil e os Estados Unidos.
b) O processo da Unificação Italiana contou com a intensa participação do Império brasileiro, pois D. Pedro
II almejava estabelecer relações comerciais com os italianos. É notória a participação de Giuseppe
Garibaldi na política brasileira do período imperial. Após a unificação, contudo, nem o Brasil nem os
demais países aliados conseguiram levantar a Itália de uma profunda crise econômica, o que levou a uma
grande leva emigratória para as Américas de 1880 a 1930.
c) A Unificação Italiana foi um processo iniciado no início do século XIX, que se concluiu em 1861, com
uma monarquia constitucionalista, sob o comando de uma aliança entre burgueses e latifundiários, que
afastou os setores populares do poder. Muitos italianos camponeses e trabalhadores saíram empobrecidos
após a unificação, o que estimulou uma intensa emigração para as Américas entre 1880 e 1930,
engrossando fileiras de trabalhadores agrícolas e operários.
d) A Unificação Italiana durou de 1861 a 1870, agregando estados independentes sob a direção do reino de
Piemonte-Sardenha. Porém, sua conclusão só foi possível após a Unificação Alemã, que marcou o fim
da ingerência de Otto Von Bismark na política europeia. Após esse processo, o monarca instituído
perseguiu duramente seus inimigos políticos, que emigraram para as Américas.
e) A emigração italiana para as Américas teve início por conta de uma série de dificuldades financeiras
causadas por problemas climáticos, que, por volta de 1850, prejudicaram as colheitas. O volume de
emigrantes intensificou-se após a Unificação em 1861, em decorrência do fato de que o governo
anarquista instituído fracassou na tentativa de reerguer o país.

7. As imagens mostram dois importantes personagens da história europeia do século XIX, figuras que
expressaram com sua liderança o sentimento nacionalista:

a) a figura I é de Bismarck, ministro prussiano e articulador do processo de unificação da Alemanha – a


figura II é de Vitor Emanuel, rei do Piemonte-Sardenha e primeiro rei da Itália unificada;
b) a figura I é de Guilherme I, declarado kaiser do II Reich alemão em 1871 – a figura II é de Vitor Emanuel,
rei do Piemonte-Sardenha e primeiro rei da Itália unificada;
c) a figura I é de Von Moltke, o comandante prussiano responsável pela unificação alemã – a figura II é de
Giuseppe Garibaldi, líder dos camisas vermelhas, forças populares republicanas, que combateram pela
unificação da Itália;
d) a figura I é de Bismarck, representante da aristocracia prussiana e artífice da unidade alemã – a figura II
é Giuseppe Garibaldi, herói da unificação italiana e líder dos camisas vermelhas;
e) a figura I é do kaiser Guilherme I, fundador do II Reich alemão – a figura II é de Camilo Cavour, ministro
do reino do Piemonte-Sardenha e artífice da unificação italiana.

8. O ano de 1870 foi marcado, na Europa, pelo início da guerra franco-prussiana e, na América do Sul,
pelo fim da Guerra do Paraguai. Essas duas guerras influenciaram politicamente a
a) a queda do chanceler alemão Otto von Bismark e a questão religiosa no Brasil.
b) a implantação do II Império Francês e a emancipação dos escravos no Brasil.
c) o advento da Comuna de Paris e a criação da Guarda Nacional no Brasil.
d) unificação alemã e a Proclamação da República brasileira.

9. A expressão Risorgimento designa o conjunto de movimentos heterogêneos que desejaram a unificação


da Itália no século XIX. A vertente vitoriosa que promoveu a unificação da Itália foi:
a) o projeto republicano de Giuseppe Mazzini, que criou o movimento Jovem Itália.
b) o movimento popular e secreto dos Carbonários, que defendeu a instituição de um Estado unitário e
laico, contra a influência da Igreja e do Império Austríaco.
c) o Papado, que defendeu a instituição de uma monarquia teocrática com sede no Vaticano.
d) o movimento liderado pelo reino do Piemonte-Sardenha, que adotou uma monarquia constitucional laica
e favoreceu a industrialização.

10. Entre o final de 1870 e o início de 1871, uma guerra entre nações – França e Prússia – transformou-se
em um conflito civil entre franceses, que desencadeou o surgimento de um governo eleito parisiense, em
março de 1871, denominado de Comuna de Paris. A respeito do contexto histórico da época, podemos
afirmar que
a) a Comuna de Paris foi o primeiro levante operário da história moderna a manifestar o apoio popular
perante o imperador francês, motivado pelo espírito nacionalista, após a invasão do país por tropas
prussianas.
b) a maioria dos deputados monarquistas, na Assembleia Nacional Francesa, durante a Guerra Franco-
Prussiana, era favorável à capitulação ante a Prússia. Porém, o operariado francês em todo o país
insuflou-se lutando contra a invasão.
c) com a captura do imperador francês Luís Bonaparte, instituiu-se um Governo Provisório que, com o
apoio da população, aceitou a capitulação da França perante a Prússia, entregando suas armas e
desarmando o exército diante dos oponentes prussianos.
d) a instauração de um primeiro governo socialista organizado por operários deveu-se à dominação política
e econômica da burguesia parisiense sobre a classe operária e a derrota da Prússia pela França.
e) a derrota sofrida na Guerra Franco-Prussiana e as péssimas condições de vida do operariado francês
cooperaram para que, em 1871, em Paris, o levante dos trabalhadores tenha sido, apesar de breve, a
primeira experiência de um governo socialista.

11. Observe a imagem abaixo.

Considere as afirmações sobre a Comuna de Paris, que governou a cidade entre março e maio de 1871.

I. O movimento foi iniciado como monarquista, conservador e católico e tentava reconduzir o Imperador
Napoleão III, deposto por um golpe militar republicano em 1870, ao governo da França.
II. A Comuna aboliu o serviço militar obrigatório e a pena de morte, decretou o direito dos trabalhadores
de administrar empresas abandonadas e estabeleceu a separação plena entre Igreja e Estado na cidade.
III. O exército francês, durante a chamada “Semana Sangrenta”, com o apoio da Assembleia Nacional e do
governo republicano, invadiu a cidade e reprimiu duramente os sublevados.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

12. A Comuna é, assim, um órgão executivo e legislativo ao mesmo tempo, onde os poderes não estão
“divididos”, mas sim “descentralizados”. (...) nasce como prefeitura e age como tal. Mas acima dela nada
existe. (...) A Comuna toma funções próprias do Estado centralizador e, ao projetá-lo em uma dimensão
municipal, converte-se, de fato, em uma reformulação fundamental da relação entre o poder e a sociedade.
(...) seria o “governo dos produtores”, a “república do trabalho”.

Horácio González. A Comuna de Paris, 1982.

A partir do excerto e do que se sabe sobre a Comuna, é correto afirmar que


a) a Comuna de Paris foi um órgão político centralizador, nascido em meio à Primeira Guerra, em 1914, e
visava manter as relações típicas entre o poder e a sociedade da hierarquia liberal burguesa, isto é,
baseadas no capital e na propriedade; foi derrotada.
b) foi uma forma de autogestão, nascida da luta liberal em Paris, cidade abandonada pelo governo de Thiers,
em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1914, para proteção das relações entre o poder centralizado e a
sociedade da ordem liberal burguesa; foi vencedora.
c) a Comuna de Paris nasceu como uma municipalidade, em 1871; visou transformar as funções do Estado
em um pacto comunal que destruiu as forças políticas contra o trabalhador baseadas nas relações de
solidariedade; foi derrotada.
d) os trabalhadores de Paris tomaram o poder, em 1871, para impedir o avanço alemão sobre a cidade; eles
tinham o objetivo de alterar as relações democráticas existentes, baseadas na cooperação e na
descentralização; foram vencedores.
e) a Comuna nasceu em Versalhes, em meio à Guerra Franco-Prussiana, em 1866, para proteger o governo
antidemocrático que havia abandonado Paris e cuja ação privilegiava os interesses dos trabalhadores
urbanos e do campo; foi derrotada.

13. Sou um partidário da Comuna de Paris, que, por ter sido massacrada, sufocada no sangue pelos
carrascos da reação monárquica e clerical, tornou-se ainda mais viva, mais poderosa na imaginação e no
coração do proletariado da Europa; sou seu partidário sobretudo porque ela foi uma negação audaciosa,
bem pronunciada, do Estado.

BAKUNIN, M. apud SAMIS, A. Negras tormentas: o federalismo e o internacionalismo na Comuna de


Paris. São Paulo: Hedra, 2011.

A Comuna de Paris despertou a reação dos setores sociais mencionados no texto, porque
a) instituiu a participação política direta do povo.
b) consagrou o princípio do sufrágio universal.
c) encerrou o período de estabilidade política europeia.
d) simbolizou a vitória do ideário marxista.
e) representou a retomada dos valores do liberalismo.

14. A unificação italiana, no final do século XIX, ameaçou a integridade territorial da Igreja. Esse impasse
resultou
a) no reforço dos sentimentos nacionalistas na Itália, provocando a expropriação das terras da Igreja.
b) no envolvimento da Igreja em lutas nacionais, criando congregações para a expansão do catolicismo.
c) na adoção de atitudes liberais pelo Papa Pio IX, como forma de deter as forças fascistas.
d) na assinatura do Tratado de Latrão, em 1929, quando Mussolini criou o Estado do Vaticano.
e) no "Risorgimento", processo em que segmentos ligados à Igreja defenderam a Itália independente.

15. Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela que está correta em relação ao processo de unificação
italiana, concluída na segunda metade do século XIX.
a) O Congresso de Viena concluiu o processo de integração nacional italiano na medida em que este veio
ao encontro dos interesses das elites locais.
b) O processo de unificação nacional resultou das fortes pressões da burguesia do sul do país, cuja economia
demandava um mercado interno homogêneo, dinâmico e integrado para a colocação da sua moderna
produção industrial.
c) A construção do Estado Nacional implicou enfrentar e expulsar as tropas de ocupação pertencentes aos
impérios britânico, russo e espanhol, estabelecidas na Península Itálica desde os acontecimentos de 1848.
d) O movimento de unificação partiu das áreas mais industrializadas, teve forte presença de uma burguesia
interessada na ampliação do mercado interno e foi sustentado pela ideologia do nacionalismo.
e) A consolidação da formação do Estado nacional italiano ocorreu com a anuência do papa Pio IX e o
reconhecimento, pelo primeiro-ministro Cavour, da existência e da soberania do Estado do Vaticano,
após as negociações da Questão Romana.
Gabarito:

1:
[A]

A Unificação política da Itália e Alemanha foi tardia compara com outros países europeus. Só foi concluída
em 1871, depois de décadas de conflitos. No caso da Alemanha, a unificação foi liderada pela Prússia na
figura do poderoso Bismarck. Na Alemanha, primeiro ocorreu a unificação econômica através do
Zollverein, em 1834, uma união alfandegária entre os reinos contribuindo para a industrialização e o
desenvolvimento econômico da Prússia, daí em 1871 foi concluída a unificação política surgindo o II Reich.

2:
[B]

O deslocamento de Alemães e Italianos para a América estão vinculados a dois fatos históricos importantes:
a Revolução Industrial e o processo de Unificação Política da Itália e Alemanha ao longo do século XIX
que provocou inúmeros conflitos.

3:
[D]

A Prússia, sob comando de Otto von Bismarck, comandou o movimento de unificação da Alemanha.

4:
[E]

A questão remete ao processo da Unificação política da Itália que foi tardia sendo concluída somente em
1871. O sonho de unidade política da Itália defendido pelo pensador Maquiavel no início do século XVI só
foi realizado no século XIX. Havia na Itália uma forte diferença entre o norte bem mais desenvolvido em
relação ao sul bem mais agrário e atrasado. Daí que ao longo do processo de unificação política surgiram
dois projetos: o norte (mais rico e desenvolvido, Piemonte Sardenha) defendia uma Monarquia
Constitucional (Cavour e Vítor Emanuel II) e o sul (mais agrário e atrasado) defendia uma República
(Mazini e Garibaldi). Em 1871, quando foi concluída a unificação venceu o projeto do norte. O sul
permaneceu pobre e agrário. Então, em 1871 surgiu o Estado, agora falta construir uma nação.

5:
[B]

Principal agente da reunificação alemã, Otto von Bismarck, conhecido como chanceler de ferro,
transformou a Alemanha em uma nação forte a partir, principalmente, de uma intensa política diplomática,
na qual conseguiu bom relacionamento com toda a Europa.

6:
[C]

A unificação política da grande maior parte do território italiano, em 1861, levou à formação do Reino da
Itália sob o governo de Vítor Emanuel II, que estabeleceu as bases do seu poder em uma forte aliança com
os latifundiários do novo país, o que proporcionou uma ainda maior concentração de terras aliada à expulsão
de camponeses de suas terras. Uma das opções desse enorme contingente era justamente a emigração para
a América.

7:
[D]

O aluno pode chegar à resposta correta a partir do conhecimento de que o processo de unificação alemã foi
dirigido pela burguesia industrial alemã, sob liderança de Bismarck, em aliança com membros da
aristocracia que via nessa unificação a consolidação do 1º império (Reich) alemão, enquanto no processo
de unificação italiana ocorre uma forte participação das camadas populares e camponesas do sul da Itália,
liderados por Giuseppe Garibaldi, fato que pode ser atestado na imagem do líder italiano que se apresenta
como uma pessoa do povo (imagem II).
8:
[D]

Durante a Guerra franco-prussiana, que se insere no processo de Unificação Alemã, a França que era
responsável militarmente pela defesa do território Romano (Estado Pontifício) retira o seu exército da
Península Itálica para concentrar força na defesa de seus domínios. Com a retirada do exército francês, os
italianos aproveitaram para dominar o território romano e completar a sua unificação política. A derrota da
França nessa guerra permitiu a unificação alemã e a anexação dos territórios da Alsácia e Lorena, motivos
da rivalidade francesa contra a Alemanha, servindo de motivo para a 1ª Guerra Mundial.
No Brasil, após a Guerra do Paraguai, os militares que nela lutaram voltaram como heróis da pátria. Com
tamanho prestígio popular, os militares aproveitaram para exigir direito na participação política no país. No
entanto, D. Pedro II além de não lhe concederem esse direito, passou a proibi-los de dar depoimentos
públicos. Diante desse e de outros desentendimentos com o Imperador e somados às questões religiosa e
abolicionista, militares e oligarquia rural articularam o golpe e proclamaram a República.

9:
[D]

A primeira luta do movimento de unificação da Itália teve início depois da decisão do Congresso de Viena
ceder territórios italianos à Áustria. As primeiras tentativas de libertação do território italiano, foram
conduzidas por uma organização revolucionária chamada de Jovem Itália liderada por Giuseppe Mazzini,
que defendia a independência e a transformação da Itália numa república democrática.
Em 1848, os seguidores de Mazzini promoveram uma manifestação contra a dominação austríaca em
territórios italianos, mas foram vencidos pelo poderoso exército austríaco. Apesar da derrota, o ideal
nacionalista permaneceu e a partir dessa época, a luta pela unificação passou a ser liderada pelo Reino do
Piemonte-Sardenha na figura de Camilo Benso (Conde de Cavour), um dos líderes do Risorgimento,
movimento que pretendia fazer a Itália reviver seus tempos de glória. Para alcançar tal objetivo, Cavour
teve o apoio da burguesia e dos proprietários rurais e colocou em prática um plano de modernização da
economia e do exército do Piemonte. Aproximou-se da França e conseguiu ajuda militar para enfrentar a
Áustria.

10:
[E]

O envolvimento da França de Napoleão III nas disputas pela unificação da Alemanha (Guerra Franco-
Prussiana), que gerou grande prejuízo bélico e econômico para os franceses, foi o principal antecedente do
movimento que ficou conhecido como Comuna de Paris, que proclamou uma República trabalhista na
França e deixou os trabalhadores no poder por cerca de dois meses.

11:
[D]

A afirmativa [I] está incorreta porque a Comuna de Paris foi um movimento revolucionário do proletariado
francês com o intuito de implantar um governo socialista na França.

12:
[C]

A Comuna de Paris foi o primeiro governo propriamente operário da História. Ele foi fundado em 1871
como parte da resistência popular contra a invasão da Prússia à França, dentro do contexto da Guerra
Franco-Prussiana. Após tentar estabelecer uma administração política que defendesse os interesses dos
trabalhadores, a Comuna foi derrotada apenas dois meses após ter se erguido.

13:
[A]

A Comuna de Paris foi uma sublevação popular que tentou formar um governo do povo para comandar a
França. Por conta dessa característica, foi combatida por todas as outras correntes políticas.

14:
[D]
A questão religiosa durou até o século XX, quando Mussolini buscou uma aproximação com a Igreja
Católica, em busca de apoio ao fascismo. Com isso, era assinado o Tratado de Latrão e os Estados
Pontifícios reconhecidos.

15:
[D]
A região Norte da Península Itálica contava com os maiores investimentos do Piemonte-Sardenha e por
isso conduziu o processo de unificação, em busca da ampliação de mercados.

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