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Publicações
do
Cidehus
Diplomacia & Guerra | Fernando Martins
A Política Externa:
do Ultimatum à
República
Foreign Policy: from the Ultimatum to the Republic
Fernando Costa
p. 45-67
Abstract
A evolução e os objectivos da política externa portuguesa, entre o
Ultimatum inglês de 1890 e a implantação do regime republicano em
1910, estiveram centrados em duas vertentes geograficamente distintas,
mas complementares.
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The first was the scramble by the great European powers for African
territories between 1850 and 1902. The colonial projects of Andrade
Corvo and Barros Gomes, the Ultimatum, the Treaty of 1891 with Britain,
the Anglo-German agreement of 1898, the Windsor Declaration of 1899
and the consequent involvement of Portugal in the British-Boer War
(1899-1902) all have their part to play here.
Full text
1. Introdução
1 A história da política externa portuguesa, na segunda
metade do século XIX e na primeira década do século XX, é
essencialmente a história das relações luso-britânicas.
2 Esta joga-se primeiro em África e depois no Atlântico.
3 O primeiro período, cronologicamente situado entre 1850 e
1900, tem como pano de fundo a corrida das grandes
potências europeias aos territórios africanos. Durante estes
anos a diplomacia portuguesa tem de gerir sobretudo
conflitos com a Inglaterra que provocam ora aproximações
ora afastamentos, consoante o desenrolar dos interesses da
“Velha Aliada” no continente africano. A nível interno, este
período caracteriza-se pela luta entre duas correntes
políticas. A primeira, mais favorável ao reforço da aliança
luso-britânica como forma de preservar o império africano,
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Conclusão
76 A história da política externa portuguesa entre a segunda
metade do século XIX e a implantação da República é, como
vimos, essencialmente a história das relações luso-
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Notes
1. João de Andrade Corvo foi ministro dos Negócios Estrangeiros dos
governos regeneradores de Fontes Pereira de Melo em 1871-77 e em
1878-79. Foi também, por diversas vezes, ministro da Marinha e do
Ultramar.
2. Ministro de Inglaterra em Lisboa.
3. Cf. António José Telo, Lourenço Marques na Política Externa
Portuguesa 1875-1900, 1991, pp. 35-40; Eric Axelson, Portugal and the
scramble for Africa 1875-1891, 1967, pp. 20-37 e José Gonçalo Santa
Rita, O tratado de Lourenço Marques de 30 de Maio de 1879 e a política
portuguesa, 1957.
4. Sobre os protestos gerados em torno do tratado de 1879 e consequente
discussão na Câmara dos Pares do Reino e Câmara dos Deputados, veja-
se José Gonçalo Santa Rita, Ob. cit., 1957, pp. 9-25.
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23. Ibidem, p. 109. Para a nota inglesa, cf. Armando Marques Guedes, A
Aliança Inglesa. Notas de História Diplomática 1383-1943, 1943, pp.
455-456.
24. António José Telo, Ob. cit., 1991, p. 109.
25. Idem, p. 110.
26. O texto dizia o seguinte: “O Governo de S. M. não pode aceitar como
satisfatórias ou suficientes, as seguranças dadas pelo Governo
português tais como ele as interpreta. O cônsul interino de S. M. em
Moçambique telegrafou, citando o próprio major Serpa Pinto, que a
expedição estava ainda ocupando o Chire e que Katunga e outros
lugares mais no território dos macololos iam ser fortificados e
receberiam guarnições. O que o Governo de S. M. deseja e em que
insiste é o seguinte:
Que se enviem ao governador de Moçambique instruções telegráficas
imediatas para que todas e quaisquer forças militares portuguesas
actualmente no Chire e nos países macololos e machonas se retirem. O
Governo de S. M. entende que sem isto as seguranças dadas pelo
Governo Português são ilusórias.
Mr. Petre ver-se-á obrigado, à vista das suas instruções, a deixar
imediatamente Lisboa com todos os membros da sua legação se uma
resposta satisfatória à precedente intimação não for por ele recebida
esta tarde; e o navio de S. M. Enchantress está em Vigo esperando as
suas ordens.”, in Marcello Caetano, Ob. cit., 1971, p. 139.
27. Cf. Nuno Severiano Teixeira, Ob. cit., 1987, p. 694. As reacções
moçambicanas ao Ultimatum encontram-se na obra de René Pélissier,
História de Moçambique. Formação e oposição (1854-1918), vol. II,
1988, pp. 55-59.
28. Sobre a reacção interna dos partidos políticos e da opinião pública
portuguesa, veja-se Nuno Severiano Teixeira, Ob. cit., 1987, pp. 697-718;
Fernando José Grave Moreira, José Luciano de Castro. Itinerário,
pensamento e acção política, 1992, pp. 254-269. Para um melhor
conhecimento da posição do Partido Republicano sobre esta questão,
veja-se, também, Fernando Catroga, O Republicanismo em Portugal –
Da formação ao 5 de Outubro de 1910, vol. I, 1991, pp. 114-135.
29. A acção de Henrique de Barros Gomes, enquanto ministro dos
Negócios Estrangeiros, terminou com a queda do governo progressista
de José Luciano de Castro, em 14 de Janeiro de 1890 (três dias depois do
Ultimatum).
30. Marcello Caetano, Ob. cit., 1971, pp. 141-142.
31. Luís de Soveral é nomeado ministro de Portugal em Londres por
Barbosa do Bocage, novo ministro dos Negócios Estrangeiros, do
governo de João Crisóstomo de Abreu e Sousa, que governa o país entre
14 de Outubro de 1890 e 25 de Maio de 1891. O novo representante
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Author
Fernando Costa
O acolhimento de estudantes
timorenses na Universidade de
Aveiro: uma reflexão partilhada
in COOPEDU IV — Cooperação
e Educação de Qualidade,
Centro de Estudos
Internacionais, 2019
© Publicações do Cidehus, 2001
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