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A participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial

1. A duração da 1ª Guerra Mundial


A 1ª Guerra mundial teve a duração de 4 anos, entre 1914 e 1918, transformando-se numa das
guerras mais mortíferas na história mundial.

2. O regime político que vigorava em Portugal nesse período


Vigorava o regime republicano e a participação na Guerra era apoiada por políticos
importantes da época como Afonso Costa e António José de Almeida. Estes tinham como
objetivo que o novo regime republicano fosse legitimado.

3. Os motivos que desencadearam a participação portuguesa no conflito


A partir de 1914, na presença do início de uma guerra catastrófica, assomam em Portugal duas
posições: assumir a neutralidade ou combater ao lado da Grã-Bretanha e da restante Tríplice
Entente.

A neutralidade evitava perdas humanas, o agravamento da dívida do Estado e de toda a


situação económica do país, e Portugal afirmaria a sua soberania perante a Grã-Bretanha. A
participação na guerra, apoiada por políticos importantes da época (como Afonso Costa e
António José de Almeida), levaria a que o novo regime republicano português fosse legitimado
entre as várias potências europeias, Portugal manteria a sua velha aliança com a Grã-Bretanha,
e não correria o risco de perder as suas colónias em África que faziam fronteira com colónias
alemãs. A entrada de Portugal na guerra deu-se com a declaração de guerra da Alemanha a
Portugal. Este conflito entre os dois Estados europeus começou quando, no dia 30 de
novembro de 1908, Portugal e

Alemanha assinaram um Tratado de Comércio e Navegação que, entre vários assuntos, dizia:

” Os navios alemães imobilizados há mais de 18 meses nas águas territoriais portuguesas,


deviam ser considerados com abrangidos pelo princípio geral do domínio eminente, estando
assim Portugal justificado de exercer sobre eles os mesmos direitos que exerce em casos
eventuais sobre a propriedade de todas as pessoas dentro da sua jurisdição, ou seja, o direito
de usar dela sempre que as necessidades do país o exigirem.”

Desta forma, a 23 de fevereiro de 1916, a mando da Grã-Bretanha, Portugal aprisionou 72


navios alemães que foram rebatizados com nomes portugueses e alugados a companhias
estrangeiras. Dois desses navios foram rebatizados com os nomes de Esposende e Cávado,
relacionados com a nossa região. Assim, em 9 de março de 1916, a Alemanha, por cobiça das
colónias africanas e pelo aprisionamento das suas embarcações, declara guerra a Portugal.

4. O militar responsável pela preparação de CEP


O Corpo Expedicionário Português (CEP) é talvez a imagem mais marcante do esforço
que Portugal fez durante a Grande Guerra e este foi organizado pelo Ministro da
Guerra General Norton de Matos com a colaboração do General Tamagnini de Abreu e
Silva e este tornou-se então no responsável pela organização do Corpo Expedicionário
Português que, em três meses, no centro de instrução de Tancos, conseguiu uma
estrutura capaz de treinar 20 mil soldados para lutarem na Flandres, sendo o episódio
referido como "O milagre de Tancos".

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