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Nas trincheiras
da Grande Guerra
A revolução
russa de 1917
está na origem
da União
Soviética, cujo
colapso, em
1991, marca o
fim do «curto
século XX.»
De um mundo eurocêntrico a um
mundo global
Do lado esquerdo: álbum de 1930 de Tintin, que
reflete o olhar colonialista europeu sobre África .
Era possível romper alianças e mudar de aliados, como fez a Itália que,
perante o início da guerra, decidiu permanecer neutra e em 1915
entrou na guerra contra as potências centrais.
Fonte da imagem: https://minionupucmg.wordpress.com/2017/06/30/um-ilustre-
antecedente-da-grande-guerra-a-questao-dos-balcas/
A Tríplice Aliança
Em 1872, Bismarck (na foto ao lado), formou a Liga dos Três Imperadores
(alemão, austro-húngaro e russo), conseguindo separar a Rússia da França.
Em 1883, o sistema de tratados alemão foi reforçado com a conclusão da Tríplice
Aliança com a Itália e a Áustria-Hungria.
Cinco anos depois foi assinado entre a Alemanha e a Rússia um Tratado de
Resseguro secreto.
O Almirante Alfred von Tirpitz declara que «Para a Alemanha o inimigo naval mais
perigoso no presente é a Inglaterra».
A formação da Entente Cordiale
Em abril de 1904, a Inglaterra e a França assinaram os
acordos conhecidos como entente cordiale, resolvendo as
disputas coloniais entre os dois países relativas a Marrocos e
ao Egito. A França aceitava a soberania britânica no Egito e o
Reino Unido transferia Marrocos para a influência francesa. A
França garantia que a rota marítima britânica para o
Mediterrâneo continuava segura.
Embora os acordos não contivessem nenhuma cláusula de
política geral, a amizade entre o Reino Unido e a França
alterava o equilíbrio de poder na Europa.
A aliança da França com o Reino Unido e a Rússia fortaleceu
a posição francesa face à Alemanha.
Fonte da imagem: https://branchcollective.org/?ps_articles=kristi-n-
embry-the-entente-cordiale-between-england-and-france-8-april-
1904
O plano de Schlieffen
A convenção militar franco-russa ratificada em finais de 1893, início de 1894, colocava a
Alemanha perante o cenário de ter de travar uma guerra em duas frentes: a francesa e a
russa.
O novo chefe do Estado-Maior do Exército alemão (1891-1905), conde Alfred von
Schlieffen, elaborou o plano militar que ficou conhecido pelo seu apelido.
A ideia era lançar primeiro uma ofensiva contra a França e derrotá-la em seis semanas e
depois a Alemanha virar para Leste e concentrar todos os seus recursos na frente oriental
e derrotar a Rússia.
A concretização deste plano pressupunha transpor a Bélgica, desrespeitando a sua
neutralidade, para conseguir alcançar Paris e apanhar o exército francês pela sua
retaguarda nas suas fortalezas ao longo da fronteira e que nem a Bélgica, nem nenhuma
potência reagiria a esse desrespeito; ao mesmo tempo, que previa que a Rússia
demoraria pelo menos seis semanas a mobilizar.
Conde Alfred von Schlieffen. Fonte da imagem: https://jlfuentecilla.wordpress.com/2014/09/09/drama-en-el-
marne-ii-reforzad-el-flanco-derecho/
A corrida aos armamentos