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AULA
A Prússia não era apenas uma potência militar mas uma das principais sedes da Segunda
Revolução Industrial.
Grã-Bretanha apoiava a unificação alemã
França não apoiava a materialização da unificação alemã por estar interessada na
fragmentação da Europa Central
Rússia também não era a favor da unificação, mas Bismarck soube se relacionar com o
país, em uma estratégia “brilhante” de política externa.
Guerra Franco-Prussiana
- figuras políticas: Napoleão III, Guilherme I, Bismarck
- derrota francesa e proclamação do Primeiro Reich
- o império germânico recém-nascido é intimidador, sendo uma potência militar e
industrial
A habilidade de Bismarck, no que tange à diplomacia e à política externa, não foi capaz,
todavia, de evitar a coalizão de oposição contra o Império Alemão Unificado (Grã-Bretanha,
Rússia, Áustria e Itália)
Alemanha pós-Bismarck
- desmantelamento do Sistema de Bismarck
- descumprimento do acordo de não-agressão com a Rússia (para se aproximar da
Grã-Bretanha)
- consequências: aliança Franco-Russa
Plano Schlieffen (1905): desenvolvido pela Alemanha nos mínimos detalhes para evitar
uma guerra de “duas frentes” com França e Rússia simultaneamente, direcionando a
França como o primeiro alvo a ser conquistado dentro de seis semanas.
● primeira vantagem: Alemanha conseguiria convocar um maior exército e população
armada - Alemanha possuía alistamento obrigatório a jovens adultos + população
francesa se estabilizou no século XIX em detrimento da população russa com 160
milhões.
● segunda vantagem: Alemanha possuía uma indústria bélica de tecnologia de ponta -
a Rússia conseguiria mobilizar 1 milhão de homens a curto e médio prazo,
entretanto, era atrasada em termos organizacionais, de transporte, de armamento e
tecnologia (demorando cerca de seis semanas para transportar soldados para o
território alemão) em detrimento da França que já possuía armamento mais
tecnológico.
Logo, no início da Grande Guerra, antes de atacar a Rússia, a Alemanha solicitou à Bélgica
liberdade de passagem para atacar a França, uma vez que a fronteira franco-prussiano
havia sido cercada por torres com artilharia pesada, em razão da Guerra Franco-Prussiana.
● a Bélgica não aceitou a passagem visto que possuía uma posição neutra no conflito,
o que levou Guilherme Segundo (Kaiser alemão) a declarar guerra contra o país
belga, invadindo-o.
Em razão da brutalidade dos conflitos com os avanços bélicos, a pedido das tropas, os
governos europeus idealizam as trincheiras como único meio para proteger, embora não
de forma eficaz de fato, os soldados de balas das armas.
- milhões de europeus jovens adultos morreram durante os mais de quatro anos de
conflito
- as trincheiras levaram a guerra a se tornar “estacionária”, visto que as tropas não se
moviam porque se saíssem das trincheiras eram assassinadas = guerra de desgaste
(esgotamento de recursos militares, morte de milhões de pessoas e não avanço das
tropas)
Para superar esse problema estacionário da “terra de ninguém”, isto é, o território entre as
trincheiras, os países procuraram outros recursos, sobretudo, químicos.
- o gás mostarda foi criado pelos alemães e era capaz de cegar e queimar soldados
- os tanques (veículo móvel blindado) foram criados pelos britânicos e eram capazes
de atravessar os território entre trincheiras a 3-4 km/h
● Era da Catástrofe: período da guerra dos trinta anos do séc. XX - uma grande guerra
em dois atos
○ 1914 inaugura esse período: fim do interlúdio de quase um século sem
guerra entra a maioria das grandes potências europeias
○ guerras anteriores foram mais rápidas e não envolveram mais de duas
grandes potências, à exceção da Guerra da Crimeia (1854-6)
● Primeira Guerra Mundial (PGM) envolveu todas as grandes potências e quase todos
os Estados europeus (exceções: Espanha, Países Baixos, Escandinávia e Suíça)
● PGM: guerra terrestre essencialmente europeia e naval global
○ Segunda Guerra Mundial efetivamente global: quase todos os Estados
independentes do mundo se envolveram (exceções: América Latina
nominalmente e Irlanda, Suécia, Suíça, Portugal, Turquia, Espanha e
Afeganistão), colônias envolvidas no conflito
● Partes do conflito na PGM: Tríplice Entente (França, Grã-Bretanha e Rússia)
acrescida de aliados (Sérvia, Bélgica, Itália, Grécia, Romênia, Portugal, -
nominalmente - Japão e Estados Unidos) X Potências centrais (Alemanha e Áustria-
Hungria) acrescida de aliados (Turquia e Bulgária)
● Alemanha envolvida em uma guerra de duas frentes: Plano Schlieffen era de liquidar
a França rapidamente no ocidente e depois se concentrar no oriente contra a Rússia
● avanço sobre a França através da Bélgica contido dezenas de quilômetros a leste de
Paris
A guerra também é uma guerra de propaganda, pois cada lado da guerra irá demonizar o
outro lado
Consequências da PGM:
- expansão da máquina de governo, aumento dos aparelhos de censura, intervenção
do Estado na economia para determinar o que e quanto produzir, aumento da
burocracia estatal;
- fusão da política e da economia (interesses econômicos e da grande indústria com
aqueles do próprio Estado) = vínculo da grande indústria com o setor militar estatal
(complexo industrial militar)
- queda dos grandes impérios (alemão, otomano, austríaco, etc), destruição do
patrimônio belga e francês (a guerra não foi travada em território alemão)
- França sai como formalmente vencedora, porém, perdedora de fato.
- EUA foram os grandes vencedores da guerra, pois entraram nela como devedores
líquidos dos países europeus e saíram como credores.
A Primeira Guerra Mundial foi uma guerra total, isto é, mobilizou e integrou “todos” os
setores da cidade em prol do conflito, gerando consequências de destruição e
desenvolvimento neles.
- a guerra possuía objetivos amplos (derrotar o inimigo e fazer o necessário para tal)
KISSINGER, Cap. 9
A Nova Era da Diplomacia
Wilson e o Tratado de Versalhes
Conferência de Paz de Paris: entre os vencedores e a Alemanha que teve uma duração de
seis meses
- França endividada, quebrada, destruída e com milhões de cidadãos mortos,
- duro o suficiente para
Seminário 1
Final da guerra: EUA e Reino Unido aumentaram cerca de 15% do PIB, enquanto França e
Alemanha tiveram uma queda cerca de 30%
Aliança
● união por interesses nacionais em comum;
● ameaças específicas;
● adversário especifico em potencial;
● preocupações de segurança
Segurança coletiva:
● não define ameaça em particular;
● reação a qualquer ameaça contra a paz (independente de quem ameace ou contra
quem se ameace)
● prevalece os interesses de todas as nações
“Objetivos nacionais cada vez mais saem de cena, dando lugar ao objetivo comum da
humanidade esclarecida. As opiniões do homem comum, em toda parte, são mais simples e
diretas e mais iguais que as opiniões dos sofisticados homens do mundo, que ainda
alimenta a impressão de estarem no jogo de poder, arriscando altos cacifes” (Woodrow
Wilson)