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E-mail: professordejovita@gmail.com
AULA: 23/11/2022
2.4. - A criação da Alemanha
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Professor, Consultor político e econômico. Doutoramento em Relações Internacionais pelo Instituto de
Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (USP). Mestre e Graduado em Relações
Internacionais pelo Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia
– Minas Gerais / Brasil. Pesquisador Associado ao Laboratório da História Global e das Relações
Internacionais (USP-Harvard University); do Centro de Estudos das Negociações Internacionais (IRI-
USP); Pesquisador Visitante pela Fundação Dr. António Agostinho Neto (FAAN).
prolongar a guerra por vários meses. Após meses, o Tratado de Frankfurt foi assinado: A
França foi obrigada a entregar a província a Alsácia-Lorena para a Alemanha.
A área cedida correspondia à Alsácia inteira e a partes da província de Lorena. O
fato de muitas áreas de população francesa terem sido incluídas no acordo fez com que a
França denunciasse a nova fronteira como uma hipocrisia, principalmente porque a
Alemanha justificou a anexação sob o pretexto de que iria ocupar apenas áreas
culturalmente alemãs.
Durante o Cerco de Paris, os príncipes alemães se reuniram no Salão dos Espelhos
do Palácio de Versalhes e proclamaram o rei prussiano Guilherme I como o "Imperador
Alemão" em 18 de Janeiro de 1871. O Império Alemão estava assim fundado, com vinte
e cinco estados, três dos quais eram cidades livres da medieval Liga Hanseática, e
Birmack, novamente, tornou-se chanceler. A solução de Bismarck foi pela "Pequena
Alemanha", já que a Áustria não foi incluída.
A era Guilhermina
AULA: 24/11/2022
A revolução Russa foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, depois a
eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no
estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido comunista. O resultado
desse processo foi a geração da União Soviética, que durou até 1991.
Foi durante a Primeira Guerra Mundial, que iniciou na Rússia um movimento de
caráter revolucionário. O imenso atrasado e arcaico império russo não conseguiu suportar
o peso de uma guerra externa e outra interna.
Em 1917, uma oposição organizada e as constantes revoltas das camadas
populares, provocaram na Rússia, a primeira revolução socialista da história
contemporânea esta Revolução foi à primeira vitória do socialismo revolucionário,
teorizada e prega por Karl Marx e Engels. A partir de então, os padrões da sociedade
burguesa, capitalista e liberal estavam ameaçados.
Em 1905, os russos foram derrotados pelos japoneses, numa guerra motivada por
disputa sobre a região chinesa da Manchúria. As duras condições de vida da maioria da
população, a corrupção que reinava na corte e esta derrota, tornaram a situação interna
russa mais conflitante a insatisfação popular se manifestou por meio de greves e motins
nas principais cidades. Os cossacos (soldados da guarda imperial) reprimiam
violentamente as manifestações populares, e o movimento de 1905 foi abafado.
A Revolução de 1917
A duma e os soviéticos
Sua composição política era quase que totalmente composta de socialistas que
diziam representar os verdadeiros interesses dos trabalhadores.
Os objetivos dos soviéticos eram basicamente dois: primeiro a criação de uma
ordem exclusivamente socialista na Rússia e segundo ao enfraquecimento de todas as
forças políticas não socialistas, chamados por eles de burgueses ou capitalistas combatiam
radicalmente os membros do governo provisório de Kerensk, apesar desse também ser de
certa forma um dirigente soviético foi reconhecida como fundamental para o sucesso do
movimento revolucionário na Rússia com a vitória de Lênin, o Estado socialista ficou,
pelo menos em teoria, estruturado e submetido a um conselho de operários soviéticos
localizados nas fábricas, locais de trabalho diversos, nos bairros.
O objetivo fundamental era vincular a atividade quotidiana das massas aos
problemas fundamentais do Estado, da economia e, também, uma forma de evitar que a
administração destas questões se tornasse privilegio de uma burocracia isolada das
massas.
Os soviets se organizavam no local de trabalho, elegendo representantes que
estariam junto aos trabalhadores todo o tempo, podendo, essa escolha, ser revogada a
qualquer momento segundo os socialistas, essa forma de escolha procurava dar aos
soviets, um perfil diferenciado de democracia incentivando uma participação continua e
ativa da população no governo diferente daquela democracia indireta, em que as massas
votam a cada 3 ou 4 anos, de forma individual, em um representante que terá toda a
liberdade para fazer o que quiser até as próximas eleições.
Duma
O governo soviético
O governo Kerenski não consegue se manter, isolado das principais facções em luta
da Finlândia, onde se havia exilado, Lênin coordenou os preparativos para aprofundar a
revolução. Os bolcheviques ingressam em massa nos sovietes e Trotsky é eleito
presidente do sovietes de petrogrado. a guarda vermelha, uma milícia popular, foi criada
nas fábricas para ser o braço armado dos bolcheviques.
Lênin entra clandestinamente na Rússia e convence o comando bolcheviques a
encampar a ideia de revolução.
A resistência de Kerenski é debelada e no dia 25 de outubro os bolcheviques
triunfam. Parte da guarnição militar e dos marinheiros da frota do Báltico se juntou aos
guardas vermelhos. Tomam o Palácio de Inverno do czar Kerenski foge da Rússia.
Os bolcheviques, largamente majoritários no Congresso dos Sovietes, tomam o
poder em 7 de novembro de 1917 é criado um Conselho dos Comissários do Povo,
presidido por Lênin. Leon Trotsky assume o Ministério dos negócios Estrangeiros e Josef
Stálin o das Nacionalidades (Interior).
A Revolução Russa é vitoriosa e instala o primeiro Estado socialista do mundo. A
Revolução de Outubro triunfou: os bolcheviques derrubaram o governo de Kerenski e
efetivaram o poder dos sovietes dirigidos pelo partido bolchevista, desde então
denominado de comunista. Como consequência da vitória bolcheviques teve início uma
era de Terror, com o fuzilamento sumário de milhares de pessoas. O czar Nicolau II e sua
família são executados pelos bolcheviques.
O processo revolucionário já não pode mais ser contido, as dissidências são
esmagadas e a ameaça da contrarrevolução afastada o novo governo, presidido por Lênin,
adotou uma série de reformas radicais, baseadas no marxismo e executadas por meio da
ditadura dos sovietes. Os objetivos dos comunistas não eram apenas derrubar o governo
provisório: Procuram criar uma nova sociedade, baseada no socialismo.
Nacionaliza as terras que eram de propriedade da nobreza e da igreja e cede aos
camponeses o direito exclusivo de sua exploração o controle das fábricas é transferido
aos operários, os estabelecimentos industriais são expropriados pelo governo e os bancos
nacionalizados. Moscou passa a ser a capital do país.
A propriedade privada dos meios de produção (terras, minas, fábricas) foi abolida.
Em março de 1918, o governo soviético bolchevique assinou, em separado, finalmente, a
Paz de Brest-Litovsk com a Alemanha. Aceitando perder a Polônia, a Ucrânia, a Finlândia
e os países bálticos.
A guerra civil
A Transição do governo czarista para o socialista não foi um parto normal. Uma
guerra civil entre os bolcheviques e os brancos, antigos monarquistas, e outros setores
que haviam sido derrotados na Revolução de Outubro teve início. Os kulaks, médios
proprietários, foram acusados de trair a revolução.
O governo central de Moscou enviou brigadas de operários ao campo para apoiar
o movimento camponês contra os kulaks. A execução de kulaks e a morte de militantes
bolcheviques nos conflitos com os exércitos de russos brancos caracterizaram a guerra
civil.
As potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial, alarmadas pelas medidas
tomadas pelo governo soviético, prestaram auxílio militar aos brancos. Forças japonesas,
francesas e inglesas ajudaram os contrarrevolucionários.
Apesar do auxílio estrangeiro, o governo de Lênin triunfou sobre seus inimigos
internos e consolidou a revolução comunista consolidou a revolução comunista no antigo
império dos czares. Politicamente, o novo regime proclamou a nova ordem social na
Constituição de 1918. A Constituição soviética contém uma declaração de direitos do
“povo explorado e trabalhador".
Ascensão de Stalin
Lênin, o fundador do primeiro Estado socialista, morre em 1924 e sua morte deu
a uma violenta luta pelo poder entre Trotsky e Stalin. Os dois, marxistas, tinham
concepções diferentes de política e revolução. Para Trotsky, o sucesso do socialismo na
URSS depende da vitória de revoluções operárias nos países vizinhos. Defendia, portanto,
a revolução mundial permanente.
Stálin, ao contrário, defendia a construção do socialismo apenas na URSS,
deixando de lado a tese da revolução mundial até conseguir a industrialização do país,
com a União Soviética em pé de igualdade com as nações capitalistas. Trótsky é um
intelectual de formação sofisticada, viajado, criador do Exército Vermelho e respeitado
teórico Marxista.
Stálin foi até certo ponto, um revolucionário sem sofisticação, que soube construir
uma máquina política dentro do partido. É duro e brutal, como demonstra nos anos
posteriores. Stálin derrota Trótsky, que é destituído de suas funções, expulso do partido
em 1927 é deportado da União Soviética em 1929. Tempos depois, em 1940 é assassinado
no México.
AULA: 30/11/2022
Questão de fundo
Ainda hoje é comum que muitas pessoas naturalizem os problemas sociais,
econômicos e políticos que se desenvolvem no continente africano. Não raro, observamos
comentários que determinam erroneamente os problemas africanos como o resultado das
ações de um povo habituado ao uso da violência e à desorganização de suas instituições.
Contudo, devemos apontar que tantos problemas têm uma influência direta da experiência
colonial vivida até a metade do século XX.
Durante a colonização da África, notamos que as grandes nações europeias
impuseram formas de organização política que modificaram radicalmente o modo de vida
desse povo. As antigas tradições e experiências históricas construídas ao longo do tempo
eram arbitrariamente ignoradas e substituídas por modelos civilizatórios comprometidos
com a exploração das riquezas desse povo.
Em muitos casos, fronteiras étnicas e culturais eram desconsideradas na
organização desses espaços. Reproduzindo seu ideal de superioridade ao longo do
processo colonial, muitas potências europeias não se limitaram a estabelecer a completa
dominação das etnias africanas.
E certamente o controle da administração colonial era partilhado com o auxílio de
alguns povos considerados superiores naquela região. Dessa forma, a ação colonial
determinava o desenvolvimento de novas rivalidades entre os povos africanos que
habitavam uma mesma região colonizada.
No pós-Segunda Guerra Mundial, o processo de descolonização foi influenciado
pelo fato de importantes nações colonialistas terem lutado em defesa das nações
subjugadas ao totalitarismo. Desse modo, o fim da colonização acabou se transformando
em um tipo de postura política coerente aos ideais de defesa da liberdade e soberania dos
povos. Ainda assim, podemos ver que em algumas regiões, principalmente de colonização
francesa, a descolonização ficou marcada pelo conflito.
Em diversas situações, vemos que o oferecimento da liberdade e da autonomia
não foi suficiente para os antigos territórios colonizados. A dominação desenvolvida ao
longo dos séculos gerou o acirramento de rivalidades étnicas, políticas e religiosas. Ao
mesmo tempo, a longa e extenuante exploração econômica limitou radicalmente a
constituição de alternativas capazes de superar o atraso e a dependência. Sendo assim, as
marcas da colonização não seriam resolvidas em pouco tempo.
Observando tais características e dilemas que marcam o processo de
(des)colonização da África, temos a certeza de que a responsabilidade das grandes
potências é bem mais ampla que o oferecimento benévolo da independência.
Mais do que o simples pagamento de uma dívida, o auxílio das grandes potências
se faz necessário para que esse continente severamente estigmatizado tenha oportunidade
de oferecer para si um futuro cercado por algum tipo de esperança.
AULA: 01/12/2022
China
Revolta de Taiping
AULA: 08/11/2022
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
_____ A era dos impérios: 1875-1914. Tradução de Sieni, Maria Campos e Yolanda
Steidel de Toledo. São Paulo. 2003.