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II Grupo
Discentes:
Efigénia José Mucavele
Felizarda Alfredo Comé
Géssica Bernardino
Lígia Lino Manjate
Liliana Felizarda Fondo
Nália da Conceição Mafumisse
2. OBJECTIVOS ......................................................................................................................... 2
3. METODOLOGIA .................................................................................................................... 2
7. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 10
Em meados de 1800, nem a Itália nem a Alemanha existiam, pois estavam fragmentadas em
regiões menores que muitas vezes lutavam pela autonomia, embora compartilhassem
semelhanças, especialmente culturais.
Até aquele momento, tais nações não existiam enquanto governos organizados, mas apenas como
territórios autónomos que possuíam características em comum. Também não existia o italiano ou
o alemão enquanto identidade nacional. Antes das unificações devemos nos referir àqueles
habitantes como napolitanos, calabreses, genoveses, bávaros, saxões, etc.
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2. OBJECTIVOS
2.1.Objectivo Geral
2.2.Objectivos Específicos
3. METODOLOGIA
Para a realização deste estudo baseamo-nos numa pesquisa bibliográfica, pois sua base é a
análise de material já publicado. Esta que permitiu-nos para compor a fundamentação teórica a
partir da avaliação atenta e sistemática de livros, documentos, textos, mapas, manuscritos e, até
mesmo, de material disponibilizado na internet, etc.
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4. HISTÓRIA DA UNIFICAÇÃO DA ALEMANHA E DA ITÁLIA (1860-1871)
Escritores buscavam heróis do passado para levantar o orgulho do povo de ser daquele país. Um
exemplo foi o compositor alemão Richard Wagner (1813-1883) que em suas óperas narrava a
trajectória de heróis e deuses da mitologia alemã. Outro compositor foi o Italiano Giuseppi Verdi
(1813-1901) em qual sua ópera Nabuco falava do passado glorioso da Itália.
A questão é que tanto a Alemanha quanto a Itália, não eram países como nós conhecemos hoje.
Eles estavam divididos em vários reinos, embora falassem o mesmo idioma e tinham a mesma
história, estes pequenos reinos tinham seu próprio governo e lei e foi necessário guerras para
unificar tanto a Itália quanto a Alemanha. (BRAICK, 2010)
5. UNIFICAÇÃO ITALIANA
O desejo de controlar toda a península itálica não surgiu no século XIX, mas é durante a
unificação italiana que grupos vão se mobilizar para romper as fronteiras internas daquela região.
A principal liderança neste processo foi Giuseppe Mazzini, um republicano que desejava unificar
a Itália para garantir sua soberania em relação às outras potências europeias. Na época, o império
Austro-Húngaro e a França não só tinham domínios na península itálica como também exerciam
forte influência política sobre a região. (BRAICK, 2010)
Após o Congresso de Viena, a Península Italiana ainda estava dividida. A maior região era o
Reino das Duas Sicílias, que abrangia a maior parte do sul da Itália. Esta área estava sob controlo
espanhol e austríaco antes de alcançar a independência. O reino foi formado quando o Reino da
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Sicília se fundiu com o Reino de Nápoles, que era oficialmente também conhecido como Reino
da Sicília. Como os dois reinos foram chamados de Sicília, eles foram conhecidos
colectivamente como as “Duas Sicílias”.
Ao norte, o Reino da Sardenha estava sob controlo espanhol e francês. Em 1852, o conde Cavour
tornou-se primeiro-ministro do estado e procurou usar a negociação política e o conflito para
ajudar a unificar toda a Itália. Ele se aliou à França e arquitectou uma guerra com a Áustria que
ajudou a trazer mais terras para o reino.
No sul da Itália, os nacionalistas italianos eram liderados por Giuseppe Garibaldi. Ele liderou os
Camisas Vermelhas, um exército que usava camisas vermelhas brilhantes para a batalha. Eles
capturaram a ilha da Sicília e então cruzaram para o continente italiano. Eles conquistaram as
áreas do sul e concordaram em se unir ao Piemonte-Sardenha no norte.
Por último, os Estados Papais, uma grande região da Itália central sob o controle do Papa e da
Igreja Católica Romana, ficaram sob o controle italiano. Quando isso aconteceu, a cidade de
Roma se tornou a nova capital de um Reino Unido da Itália.
Para além dos republicanos e dos monarquistas, foi a burguesia que forneceu o apoio decisivo
para o sucesso da unificação, já que a classe era poderosa naquele período. É da região norte e
insular da península, mais especificamente do reino de Piemonte-Sardenha, que partiu o
movimento de unificação mais efectivo. A parte norte era a mais industrializada e também a mais
rica. Por conta disso, era do interesse da burguesia daquela região a unificação territorial, pois
poderiam expandir seus negócios e pagar menos impostos. (MARQUES, 1990)
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O rei Vitor Emanuel II e o ministro Cavour, de Piemonte, fariam a frente monarquista da
unificação, expulsando os austríacos e, posteriormente, os franceses. A unificação iniciou no
norte e foi em direcção ao sul. Para expulsar a influência austríaca, os piemonteses firmaram
uma cooperação com os franceses. No sul, Garibaldi com seu Exército dos Camisas Vermelhas
unificou o reino das Duas Sicílias à Piemonte-Sardenha, num apoio a Vitor-Emanuel. As regiões
que restavam eram Roma e Veneza.
Já no caso francês, quando estourou a guerra, foi o momento que os italianos puderam invadir a
região, aproveitando a mudança de foco de Napoleão III. O território, que foi unificado por meio
da guerra, não tinha uma população que se podia chamar de italiana. Daquele momento em
diante se iniciou o projecto de criação da identidade italiana sob uma monarquia liberal,
sobretudo através da língua, da cultura e da história.
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5.4.Consequências da unificação Italiana
O sul do país permaneceu agrário e atrasado, dominado pelo latifúndio e pela aristocracia rural.
O norte conseguiu um relativo desenvolvimento industrial; mas a falta de mercados e matérias-
primas impediu que a industrialização atingisse grandes proporções. A unificação apenas em
1870 não permitiu que os italianos participassem da nova divisão do mundo, quando potências
imperialistas europeias conquistavam colónias e áreas de influência na África e na Ásia.
Em 1870, após a anexação de Roma, o papa Pio IX exilou-se na catedral de São Pedro,
recusando-se a reconhecer o Estado italiano. A inexistência de relações entre a Igreja e o Estado
ficou conhecida como Questão Romana. Em 1929, Mussolini, ditador do país, viria a assinar
com Pio XI o Tratado de Latrão. Por esse acordo, o governo italiano indemnizaria a Igreja pela
perda de Roma e lhe concederia soberania sobre a Praça de São Pedro, nascendo assim o estado
do Vaticano. A Igreja, por sua vez, estabeleceu relações diplomáticas e políticas com o Estado
italiano”. (Costa e Mello, 2008, p. 429/431).
6. UNIFICAÇÃO ALEMÃ
Havia mais de 30 estados alemães que tinham uma aliança conhecida como Confederação
Alemã. Enquanto o Império Austríaco geralmente o dominava, o estado da Prússia assumiu a
liderança na unificação deles na Alemanha.
Em 1862, o rei da Prússia Guilherme I seleccionou Otto Von Bismarck para ser seu primeiro-
ministro. Bismarck tinha uma filosofia política conhecida como “realpolitik”. Esta filosofia é
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baseada em objectivos práticos e não em ideais e significa que Bismarck estava disposto a fazer
o que fosse necessário para atingir seus objectivos.
Bismarck assumiu o controlo do governo e disse ao seu parlamento a famosa frase: “Não é por
meio de discursos e resoluções que as grandes questões do dia serão decididas … mas com
sangue e ferro”.
Bismarck iniciou uma guerra com a Áustria conhecida como Guerra das Sete Semanas, que
trouxe mais território à Prússia. Em seguida, ele ajudou a arquitectar um conflito com a França
sobre estados fronteiriços em 1870. Isso se tornou a Guerra Franco-Prussiana e a vitória
prussiana foi a peça final para unificar o estado alemão. (Costa e Mello, 2008, p. 429/431).
Assim como o caso da unificação italiana, na Alemanha o processo foi iniciado pela nação mais
industrializada e rica da Europa Central: a Prússia. Esse Estado chefiava, juntamente com o
Império Austro-Húngaro, a Confederação Germânica. A Confederação era formada por um
conjunto de regiões que tinham o alemão como idioma. Essa forma de organização permitiu uma
unificação económica antes mesmo da unificação política. Tratava-se do Zollverein, uma política
de abolição das tarifas aduaneiras entre aquelas nações instituída pela Prússia, mas não
compartilhada pela Áustria. (MARQUES, 1990)
Esses costumam ser sinais de preparação para um futuro conflito – como de fato aconteceu. Para
o contínuo enriquecimento da nação prussiana, a burguesia precisava ampliar sua fonte de
recursos e seu mercado consumidor. A unificação territorial contribuía para isso, e Bismarck
actuou justamente para este objectivo.
A estratégia adoptada para ampliação do território prussiano e construção do Império Alemão foi
o ingresso e vitória de três guerras planejadas: Contra a Dinamarca (Guerra dos Ducados), contra
o Império-Austro Húngaro e contra a França (Guerra Franco-Prussiana).
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O espírito nacionalista foi instrumentalizado por Bismarck para dar início a esses conflitos,
convencendo o povo prussiano sobre seu direito aos territórios vizinhos. Além disso, Bismarck
realizou e desfez alianças de maneira estratégica para ampliar os domínios prussianos aos
poucos. (MARQUES, 1990)
Para iniciar a Guerra Franco-Prussiana ele chegou a manipular um telegrama para o imperador
francês Napoleão III. No mesmo conflito, o governante francês acabou prisioneiro, os prussianos
cercaram Paris e venceram a guerra. Com o ressarcimento recebido, consolidaram o Império
Alemão.
Em 1863, a Dinamarca anexou os territórios, mesmo que habitados por população alemã, e
Bismarck, com apoio da Áustria, conseguiu reaver os ducados para a Alemanha. Embora aliado
da Áustria, o chanceler alemão usou de uma política preventiva para evitar compensações
territoriais e costurou uma aliança com a França e a Itália.
Os germânicos tentaram anexar os Estados alemães do Sul, mas o imperador francês, Napoleão
III, se opôs, ameaçou atacar a Prússia e deixou claro o temor em ver a Alemanha como a maior
potência europeia.
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venceu. Como resultado foi assinado o Tratado de Frankfurt, que permitiu à Alemanha anexar as
províncias da Alsácia-Lorena, ricas em jazidas de ferro.
A França também recebeu uma elevada indemnização de guerra e, ainda, a Alemanha anexou os
estados do Sul, iniciando o II Reich. O primeiro Reich é definido como o período do Sacro
Império Romano-germânico, iniciado na Idade Média. Já o terceiro Reich é marcado com a
ascensão de Adolf Hitler ao poder.
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7. CONCLUSÃO
A unificação da Alemanha foi liderada por Otto von Bismarck, que trabalhou para unir os muitos
estados alemães sob a liderança da Prússia. Com a ajuda da Guerra Franco-Prussiana de 1870-71,
Bismarck conseguiu criar o Império Alemão em 1871.
A unificação da Itália foi liderada por Giuseppe Garibaldi e o movimento Ressurgimento, que
trabalhou para unir os muitos estados italianos sob a liderança do Reino de Sardenha-Piemonte.
Com a ajuda de aliados externos, Garibaldi e seus aliados conseguiram criar o Reino da Itália em
1861.
A unificação desses países teve um grande impacto não só na Europa, mas também no mundo
inteiro. Isso porque a Alemanha e a Itália se tornaram potências importantes, tanto no cenário
político quanto no económico. Além disso, a unificação dessas nações também inspirou outros
movimentos de unificação em toda a Europa e em outras partes do mundo.
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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAICK, Patrícia R.; MOTA, Myriam B. História das cavernas ao terceiro milênio. 2.
ed. São Paulo: Moderna, v. 3, 2010.
FALCON, Francisco e MOURA, Gerson. A formação do mundo contemporâneo. Rio de
Janeiro: Campus, 1985.
HOBSBAWN, Eric. A Era das Revoluções: 1789-1848. Tradução de Maria Tereza Lopes
e MarcosPenchel. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
MARQUES, Adhemar, BERUTTI, Flávio e FARIA, Ricardo. História Contemporânea
através de textos. São Paulo: Contexto, 1990.
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