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Índice pág.

Capitulo I:...................................................................................................................................1
1. Introdução.......................................................................................................................1

1.1. Objectivos.......................................................................................................................1

1.1.1. Objectivo geral.........................................................................................................1

1.1.2. Objectivos específicos..............................................................................................1

1.2. Metodologia....................................................................................................................1

Capitulo II: Marco teórico..........................................................................................................2


2. Colonialismo e estruturação social em África.......................................................................2
2.1. As causas que motivaram aos Europeus a fixarem-se em África...................................2

2.2. Conferência de Berlim....................................................................................................3

2.3. A partilha de África.........................................................................................................4

2.3.1. A causas dos conflitos europeus em África.............................................................4

2.3.2. As grandes potências intervenientes no processo da partilha de áfrica...................5

2.3.3. As teorias da partilha nos seus quatro domínios......................................................7

2.3.3.1.Económica...............................................................................................................7

2.3.3.2.Psicológica...............................................................................................................7

2.3.3.3.Diplomática.............................................................................................................8

Capitulo III..................................................................................................................................9
3. Conclusão...............................................................................................................................9
3.1. Referências bibliográfica..............................................................................................10
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Capitulo I:
1. Introdução

Neste presente trabalho da cadeira de História das Sociedades III, tem como objectivo geral
compreender o colonialismo e estruturação social em África e a partilha de África. E com os
objectivos específicos Identificou-se as causas que motivaram aos Europeus a fixarem-se em
áfrica, descreveu-se a conferência de Berlim, mencionou-se as causas dos conflitos europeus
em África, Identificou-se as grandes potências intervenientes no processo da partilha de
África, identificou-se as teorias de partilha nos seus quatro domínios. Têm sido apresentadas
várias explicações no sentido de esclarecer a concorrência desenfreada dos europeus por
colónias que assolou a África no último quartel do século XIX, e que só terminou
praticamente quando todo o continente foi partilhado entre alguns estados europeus. Quanto a
estrutura o trabalho obedece a seguinte ordem: 1º capitulo onde encontramos as notas
introdutórias e os objectivos do trabalho e a metodologia usada na elaboração do mesmo, 2º
capitulo onde é feita a discussão em torno do tema abordado e por fim 3º capitulo a conclusão
e as referências bibliográficas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
 Compreender o colonialismo e estruturação social em África e a partilha de África.

1.1.2. Objectivos específicos


 Identificar as causas que motivaram aos Europeus a fixarem-se em áfrica;
 Descrever a conferência de Berlim;
 Mencionar as causas dos conflitos europeus em África;
 Identificar as grandes potências intervenientes no processo da partilha de África;
 Identificar as teorias de partilha nos seus quatro domínios.

1.2. Metodologia
Para realização deste trabalho recorreu-se a consultas bibliográficas com auxílio de manuais,
artigos científicos, livros, módulos de disciplina e internet, devidamente citados e as obras
consultadas estão bem referenciados na referência bibliográfica geral.
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Capitulo II: Marco teórico

2. Colonialismo e estruturação social em África


2.1. As causas que motivaram aos Europeus a fixarem-se em África

Segundo ILIFFE, (1994, p. 85) Têm sido apresentadas várias explicações no sentido de
esclarecer a concorrência desenfreada dos europeus por colónias que assolou a África no
último quartel do século XIX, e que só terminou praticamente quando todo o continente foi
partilhado entre alguns estados europeus.

Um ponto de vista implícito por exemplo, nas obras de eminentes historiadores modernos
como A. J. Taylor e W. L. Langer, consiste em que as rivalidades entre as grandes potências
europeias se agudizaram de tal modo a partir de 1860/70 que transbordaram de forma mais ou
menos inevitáveis para a África e outras partes do mundo não europeu.

Segundo GODINHO, (1967, p. 37), Estas regiões foram consideradas como banca de negócio
e ponto de apoio num conflito que era essencialmente europeu. É possível, com efeito,
interpretar esse sentido, o inesperado apoio dado por Bismarck às aspirações do partido
colonial alemão em 1884/5 e de ainda verificar que a Inglaterra pediu o auxílio alemão no
caso de a França ser vencida na votação na comissão de divisão do Egipto criada em 1880.
Mas esta explicação apresenta dificuldades relativamente a uma interpretação mais geral da
partilha colonial de África.

Uma das mais evidentes é que a partilha não envolveu todas as potências importantes e
embora houvesse para tal fortes razões alheias a África que alguns estados de pouco ou
nenhum peso no conflito europeu como Portugal, Bélgica e Espanha, foram de um modo ou
do outro participante activos nela. BOHAEN, (1991, p. 200)

No entanto, um outro argumento apresentado na época pelos propagandistas coloniais


europeus, não se conjuga com a explicação de que a partilha se deveu a rivalidades europeias.
A essência deste argumento expresso por exemplo a partir de 1870 pelo economista francês P.
Leroy Beulieu, afirmava que se a Inglaterra era a nação europeia a mais rica e desenvolvida
nos primeiros três quartos do século XIX, tal devia ao facto de ser a única que possuía então
um império ultramarino considerável e essa posse ser essencial para qualquer nação europeia
que se pretendesse rica. "Ninguém contesta que a questão do Congo levou directamente à
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primeira conferência europeia sobre a partilha de África; a conferência de Berlim 1884/5"


(FAGE, 1995:338).

Segundo FAGE, idem; 407, a confrontação em Fachoda (no alto Nilo) em 1898, e a conquista
da república africânder nos três anos que se seguiram, foram os últimos incidentes da partilha
de África feita pelos europeus. Depois disso, ficaram apenas questões menores para resolver.

Com estas pequenas excepções, a Europa e o mundo aceitaram o facto de em 1902, a África
ser propriedade de uma ou outra potência colonial europeia: Inglaterra, França Alemanha,
Itália, Portugal, Espanha, e Leopoldo II da Bélgica (que governava o estado livre do Congo
por direito pessoal); só em 1908 foi criado o Congo Belga. COSSA (1994, p. 44).

2.2. Conferência de Berlim

Segundo BOHAEN, (1991, p. 201), Uma grande parte desta partilha foi efectuada na Europa,
nas reuniões de Berlim, Paris, ou Londres e noutras capitais onde os estadistas europeus
definiram fronteiras entre as zonas influência dos seus países, que eram assinadas em mapas
de pequena escala e nem sempre muito precisos.

Segundo ILIFFE, (1994, p. 85) Quando se concluíram esses acordos na Europa, muito pouco
se tinha realmente feito no próprio território do continente africano. Por vezes uma pequena
força militar apoderava-se rapidamente de um ponto estratégico, ou mais frequentemente, um
único enviado de um governo europeu ou de uma companhia, competira com os seus rivais
para obter uma assinatura de um dirigente africano num acordo que podia ser usado na Europa
para argumentar que os territórios que outros pretendiam governar tinham sido colocados sob
a sua protecção.

Mas resta saber se o dirigente africano interpretava o acordo nesse sentido, se nesse caso
compreendia todas as suas implicações; ou se o seu povo aceitava o seu direito de agir nesse
sentido, ou ainda se todo povo do território que ele reclamava como seu reconhecia
efectivamente a sua autoridade. (por exemplo, o estado de Gaza em Moçambique).

Nas duas últimas décadas do século XX, as potências europeias apressaram-se a dividir o
mapa de África entre si. Contudo, a implementação da divisão no terreno não foi rápido nem
indolor. A posse generalizada de armas, os códigos de honra militar e a hostilidade de longa
data ao controlo governamental, levaram a que a resistência popular em África se pautasse por
conquistas mais espectaculares do que na Índia por exemplo. COSSA (1994, p. 49)
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Ao criarem estados num continente turbulento e sub povoado, os administradores coloniais


depararam com os mesmos problemas dos seus antecessores africanos e, muitas vezes,
enfrentaram-nos da mesma forma mas beneficiando de vantagens no domínio tecnológico:
potencial bélico, transportes mecanizados, conhecimentos médicos e literacia.

Segundo BOHAEN, (1991, p. 202), Os estudos que criaram antes da primeira guerra mundial,
foram em geral simples esqueletos descarnados a que as forças políticas africanas deram vida.
Mas a conquista europeia teve dois efeitos cruciais. Como cada colónia se tornou um produto
especializado do mercado mundial, adquiriu uma estrutura económica que muitas vezes se
prolongou pelo século XX com uma grande distinção entre a produção camponesa da África
ocidental e a produção capitalista europeia na África oriental. perpetuando-se assim o
contraste entre as duas regiões; e a invasão europeia teve consequências profundas na
demografia.

2.3. A partilha de África


2.3.1. A causas dos conflitos europeus em África

Segundo ILIFFE, (1994, p. 99), A lenta penetração europeia em África no século XIX entrou
numa escalada de lutas pela posse de territórios no final da década de 1870, por várias razões.
Uma foi uma iniciativa francesa no Senegal em1876 por um novo governador, Briere de
L'Isle. Faidherbe tinha seguido uma política expansionista no país vinte anos antes mas a sua
partida em 1865 e a derrota da França pela Prússia eml 871 fizera-a abrotar.

Contudo Briere de L'Isle pertencia a uma facção determinada a revitalizar a França com
riqueza colonial, em especial com a das savaras da África ocidental. em primeiro lugar os
agentes franceses procuraram fazer tratados com notáveis locais do baixo Niger, que
ameaçava os interesses comerciais britânicos há muito instalados. COSSA (1994, p. 44)

Em segundo lugar, em 1882, a assembleia francesa ratificou um tratado no qual o chefe tio do
lago Malebo, no rio Congo se comprometeu a ceder os seus direitos hereditários ao viajante
Savorghan de Braza. Este tratado, base do império francês da África equatorial, ameaçou os
planos de Leopoldo II da Bélgica que desde 1876, recorrera a sua fortuna pessoal para
estabelecer postos comerciais no baixo Congo, mas que sentiu obrigado a reclamar parcelas
territoriais. (GODINHO, 1967).

Receando que se instaurasse um regime proteccionista francês no baixo Congo mas sem
desejarem assumir responsabilidades, os ingleses reconheceram as antigas reivindicações de
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Portugal a região em troca da liberdade de comerciar localmente. Isto enfureceu outros


estados europeus, em especial o chanceler alemão.

Segundo ILIFFE, (1994, p. 151), Quando os europeus conseguiram que o egípcio Khediva
Ismail fosse deportado em 1879, o vazio político do Egipto foi preenchido por proprietários
de terras e oficiais do exército conduzidos por coronel Árabe, hostil ao domínio estrangeiro. A
França e a Inglaterra trataram planos para invadir o país mas o novo governo francês
abandonou-os.

2.3.2. As grandes potências intervenientes no processo da partilha de áfrica

Segundo COSSA (1994, p. 44), O primeiro foi dado um dia depois de a conferência de Berlim
ter terminado, quando Bismarck anunciou a existência de um protectorado numa parte do
território de Zanzibar, onde aventureiros alemães tinham conseguido fazer alguns tratados. A
Inglaterra que até aí se contentara em exercer uma influência indirecta na região através do
dirigente de Zanzibar dividiu-a em 1886 num tratado que atribuía o Quénia actual á Inglaterra
e a Tanzânia á Alemanha. Após um novo tratado assinado em 1890, a Inglaterra passou a
dominar Uganda.

A conferência de Berlim também acelerou a expansão europeia na África ocidental. Os


ingleses criaram protectorados no delta do Niger, donde mais tarde se expandiram até Benim,
reafirmaram o predomínio no território de Yoruba eml886 assinando um tratado de paz com
este território depois de quase um século de disputas, passando a controlar o sul da Nigéria, a
região florestal mais rica da África ocidental.

Segundo BOHAEN, (1991, p. 205), As principais conquistas francesas nesta região foram
Daomé, tomado depois de um mês de resistência feroz em 1892, e a Costa do Marfim. O alto
Niger foi o principal ponto de interesses da França na África ocidental. Em 1888, o seu
exército retomou o avanço para o interior a partir de Bamaco conquistando a capital Tukular,
Nioro, eml 891, Jenne e Tombuctu em 1893/94, expandindo-se para o sul onde conquistou
Futa Jalon e capital Mossi em 1896.

Segundo COSSA (1994, p. 44), Os franceses puderam avançar então até Chade onde colunas
vindas do Niger, do Congo e da Argélia se encontraram em 1900. Este avanço para leste
levara as colónias do litoral a expandir-se para o norte, para manter os seus hinterlands
comerciais. A serra Leoa e a Libéria ficaram confinadas no litoral, mas os ingleses tiveram
tempo de dominar Achantis em 1896 e criaram o protectorado de Sokoto em 1900.
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No nordeste de África a preocupação com a segurança do Egipto tornou os ingleses mais


sensíveis mas não tiveram a necessidade de agir antes de 1896 porque a zona intermédia do
vale do Nilo era controlada não por uma potência rival europeia mas pelo estado mahdista
(sudanês) de Mohammed Ibn Abdallah, líder dos povos sem estado sudaneses, contra o
domínio egípcio. (GODINHO, 1967).

Em 1898, a Inglaterra derrotou as forças mahdistas em Omdurman e apoderou-se do Sudão.


Seis anos depois a força abandonou a sua posição à política britânica no Egipto em troca de
plenos poderes em Marrocos, que invadiu em 1911. Os italianos foram compensados por uma
liberdade semelhante para invadir a província otomana de Trípoli (na moderna Líbia).

Segundo COSSA (1994, p. 44) A Inglaterra ocupou também a Rodésia do norte (Zambia) e
Niascalinde (Malawi), desafiando as reivindicações de Portugal na régio mas reconhecendo as
fronteiro de Moçambique e de Angola. No entanto, a questão de ouro na república sul-
africana foi uma decepção.

Segundo ILIFFE, (1994, p. 231), O outro obstáculo foi a ausência de uma superioridade
militar esmagadora. Só mais tarde como uso da metralhadora, os europeus puderam devastar
facilmente as paliçadas e outros sistemas de defesas e puderam ter assim a maior hegemonia
militar.

Porque é que as potências europeias conseguiram ocupar a África?

 Graças a actividade dos missionários e dos exploradores, os europeus sabiam mais


sobre a África (aspectos físicos, economia, recursos, força, debilidade) do que os
africanos a respeito da Europa.
 Devidas as transformações tecnológicas na medicina, em particular a descoberta do
uso profilático de quinino contra a malária, os europeus já temiam menos a África do
que antes de meados do século XIX.
 Em consequência da natureza desigual do comércio entre a África e a Europa, até aos
anos 1870 e mais tarde, e o ritmo da revolução industrial, os recursos financeiros da
Europa eram muitíssimos superiores aos de África
 Por causa dos conflitos entre os próprios africanos, exemplo Mandinga contra
Tukolor, Achanti contra Fanti, Bagonda contra Banyoro, Mashona contra Ndebele, a
falta de solidariedade entre os africanos, e alguns não hesitavam em se reunir aos
invasores contra os seus vizinhos, exenplo Baganda alia-se aos ingleses contra
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Banyoro, os Barotse aliam-se aos ingleses contra Ndebele e os Bambara aos franceses
contra Tukulor.
2.3.3. As teorias da partilha nos seus quatro domínios

Segundo COSSA (1994, p. 44), A partilha de África pode-se assegurar dentro das Suas
principais teorias em quatro grandes domínios a saber: económica; psicológica (Darwinismo
social, cristianismo evangélico, atavismo social); o) diplomática (prestigio nacional, equilíbrio
de forças, estratégia global); Da dimensão africana.

2.3.3.1. Económica

Segundo ILIFFE, (1994, p. 85), Esta teoria surge por volta de 1900, criada por alguns
políticos. Afirma que os capitalistas queriam pilhar os recursos de África. Hobson afirma que
"a supre produção, os excedentes de capitais e o subconsumo dos países industrializados leva-
os a expandir as suas esferas de influência para fora do seu continente, apoderando-se de
outros territórios como forma de obter mercados consumidores, espaço para investir capitais.
Destacam o facto da partilha de África se ter registado naquele período devido a evolução
registada no capitalismo.

Segundo BOHAEN, (1991, p. 201) O capitalismo tinha evoluído da situação de livre


concorrência para o capitalismo monopolista. Uma das características desta fase é a
exportação de capitais, em oposição a situação anterior em que se exportavam mercadorias. A
ocupação efectiva de África ocorre dentro da necessidade de garantir a segurança dos capitais
que 1am sendo investidos.

2.3.3.2. Psicológica

Segundo GODINHO, (1967, p. 110), E um conjunto de ideias que justificam a partilha de


África como a concretização de um princípio que defende a superioridade da raça branca
sobre as demais. São psicológicas porque esta Superioridade existe apenas na concepção dos
que assim acham. Podemos resumir esta concepção em três vertentes:

 Darwinismo social – A obra de Charles Darwin sobre a origem mais espécies por meio
de selecção natural defendia que os indivíduos fortes sobreviviam em detrimento dos
mais fracos. Assim os seguidores de Darwin iam justificando a conquista das raças
não evoluída pela raça superior, evocando a teoria de selecção natural, em que o forte
domina fraco na luta pela existência, consideravam Os africanos raças não evoluídas,
para eles a partilha de África punha em destaque esse processo natural e inevitável
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 Cristianismo evangélico – Para o cristianismo evangélico, a teoria de Darwin sobre a


origem das espécies era uma autentica obra do diabo, mas aceitou as implicações
racistas da obra. Sustentava-se a necessidade de conquista e partilha de África por
razões filantrópicas e humanitárias. Em certas partes de África, foram Os missionários
que prepararam o terreno para a conquista imperialista.
 Atavismo social – criada por Joseph Schumpeter, é uma concepção sociológica
segundo a qual a tendência natural do homem é de dominar o próximo pelo simples
prazer de dominar, o homem por natureza tem o desejo de apropriação. Assim o
imperialismo seria um egoísmo nacional colectivo isto é a disposição sem nenhum
objectivo que um estado manifesta de expandir-se ilimitadamente a força. As
tendências psicológicas embora possuam algumas verdades que ajudam a
compreender a partilha de África, não apresentam uma justificação convincente sobre
porque da partilha naquele exacto período.
2.3.3.3. Diplomática

Segundo BOHAEN, (1991, p. 201) Trata-se de um conjunto de teorias que apresentam razões
puramente politicas para a partilha naquele período. Podem ser subdivididas em três a saber:
prestigio nacional; equilíbrio de forças; estratégia global.

 Prestígio nacional – o principal defensor desta teoria é Carlton Hayes, ele após uma
analise concluiu que o imperialismo era um fenómeno nacionalista e não económico e
que os europeus tinham uma sede ardente de conquistar o prestigio nacional.
 Equilíbrio de forças – segundo Hinsley a causa principal da partilha de áfrica era o
desejo de manter a paz e estabilidade nos estados europeus.
 Estratégia global – os defensores desta teoria afirmam que a Afica, foi uma estratégia
global e não por razões económicas. Estavam preocupados com a união África Índia,
porque esta união colocaria em causa os interesses globais das nações europeias.
 Teoria da dimensão africana – As teorias anteriores descritas, abordam a África na
perspectiva europeia que a encaram com o objectivo á inteira disponibilidade do
sujeito europeu. Por outras palavras, factores eminentemente europeus são, na
perspectiva das abordagens anteriores, determinantes para a partilha sem reservar
algum espaço que aborde a atitude africana como factor contribuinte para a partilha de
África.
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Capitulo III
3. Conclusão

Com o trabalho concluiu-se que grande parte dos objectivos traçados foram alcançados, e foi
possível entender que têm sido apresentadas várias explicações no sentido de esclarecer a
concorrência desenfreada dos europeus por colónias que assolou a África no último quartel do
século XIX, e que só terminou praticamente quando todo o continente foi partilhado entre
alguns estados europeus. Um ponto de vista implícito por exemplo, nas obras de eminentes
historiadores modernos como A. J. Taylor e W. L. Langer, consiste em que as rivalidades
entre as grandes potências europeias se agudizaram de tal modo a partir de 1860/70 que
transbordaram de forma mais ou menos inevitáveis para a África e outras partes do mundo
não europeu. Portanto, estas regiões foram consideradas como banca de negócio e ponto de
apoio num conflito que era essencialmente europeu. É possível, com efeito, interpretar esse
sentido, o inesperado apoio dado por Bismarck às aspirações do partido colonial alemão em
1884/5 e de ainda verificar que a Inglaterra pediu o auxílio alemão no caso de a França ser
vencida na votação na comissão de divisão do Egipto criada em 1880. Mas esta explicação
apresenta dificuldades relativamente a uma interpretação mais geral da partilha colonial de
África.
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3.1. Referências bibliográfica

BOHAEN, A. Adu. História Geral de África: África sob Dominação colonial 1880-1935,. S.
Paulo: Ed. Ática, 1991.

COSSA, Hortêncio, MATARUCA, Simão. Moçambique e sua História, S/A.

FAGE, J. D. História da África, 1995.

FERNANDES, Dominguinhos. África e sua história. S/A.

GODINHO, Vitrino Magalhães, (Coord.). A história social: Problemas, Fontes e Métodos.


Lisboa, Edições Cosmo, 1967.

ILIFFE, John. Os africanos: História de um Continente. 1994

KI-ZERBO. História da África Negra. VollI. 3a ed. Mira Sintra, 1977

LARANJEIRA, Pires. Literatura Africana de Expressão Portuguesa. Santa Maria da Feria:


Ed. Afrontamento, 1995.

MUNANGA, Kabengele. Negritude, Usos e Sentidos. 2 ed. S. Paulo: Ed. Atica,1988.

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