Você está na página 1de 6

Apogeu e declínio da influência europeia – Versão 1

1. No ano letivo 2017/2018, no exame final de Língua Portuguesa, foi proposto aos alunos do 9º. ano que
construíssem um texto, através do qual apresentassem a sua opinião acerca da importância do
conhecimento histórico. Depois do assunto ter sido abordado nas aulas de história, chegou a tua vez de
apresentares a tua opinião acerca do mesmo assunto. Para fundamentares a tua opinião, deves apresentar
três argumentos distintos.
O conhecimento histórico desempenha um papel fundamental na formação educacional dos jovens e é
uma ferramenta valiosa para compreender o mundo que nos rodeia. Três argumentos distintos que
sustentam essa afirmação são os seguintes:
Compreensão do Presente e do Futuro: O estudo da história nos permite compreender as raízes e origens
de questões e problemas atuais. Ao conhecer o passado, somos capazes de identificar tendências,
entender as consequências de eventos passados e tomar decisões mais informadas para o futuro. Por
exemplo, ao examinarmos os erros e sucessos do passado, podemos evitar repetir os mesmos erros e criar
um futuro mais promissor.
Identidade Cultural e Social: A história é um elemento essencial na formação da identidade cultural e
social de uma sociedade. Conhecer a história do nosso país, da nossa cultura e das nossas tradições nos
ajuda a valorizar nossas raízes e a construir um senso de pertencimento. Isso fortalece a coesão social e
promove a tolerância, uma vez que nos permite entender as experiências e perspectivas dos outros.
Cidadania Informada: Para serem cidadãos ativos e responsáveis, é crucial que os jovens compreendam o
sistema político e social em que vivem. O conhecimento histórico fornece uma visão do desenvolvimento
das instituições, leis e valores que moldam nossas sociedades. Isso capacita os indivíduos a participar do
processo democrático, a defender os direitos humanos e a tomar decisões informadas nas esferas política
e social.
Em resumo, o conhecimento histórico é mais do que apenas uma disciplina académica; é uma ferramenta
poderosa para a compreensão do mundo, a construção da identidade e a promoção da cidadania ativa.
Portanto, é essencial que os estudantes valorizem e se envolvam no estudo da história, pois isso não
apenas enriquecerá suas vidas, mas também contribuirá para uma sociedade mais informada e justa.
2. Imagina que um historiador português nasceu no ano de 1974 e se interessou pelo estudo da crise de
1384/85. Identifica o período da História em que o mesmo nasceu, bem como o período da História alvo do
seu interesse.
O historiador português que nasceu em 1974 viveu no período contemporâneo, uma vez que o período
contemporâneo em história geralmente abrange eventos a partir do final do século XVIII até os tempos
atuais.
Quanto ao seu interesse pelo estudo da crise de 1384/85, esse evento histórico ocorreu durante o período
da História conhecido como a Idade Média. A crise de 1384/85 em Portugal foi um conflito sucessório que
ocorreu após a morte do rei Fernando I de Portugal e levou a uma luta pelo trono entre os partidários de
sua filha, a princesa Beatriz, e seu meio-irmão, João, Mestre de Avis. Esse período foi um episódio
importante na história de Portugal e marcou a transição da dinastia de Borgonha para a dinastia de Avis.
Portanto, o historiador português nasceu na era contemporânea (1974) e seu interesse está voltado para a
crise de 1384/85, que ocorreu durante a Idade Média. Essa escolha de pesquisa demonstra o interesse do
historiador por um período anterior da história de Portugal.

1
3. Observa a imagem que se segue.

Doc. 1

3.1. Explicita o significado da caricatura presente no documento 1.


A Europa, personificada pelo polvo, está no centro da imagem, sugerindo que as potências coloniais
europeias buscavam controlar e explorar territórios em todo o mundo.
O polvo é frequentemente usado como metáfora devido à sua capacidade de estender tentáculos para
agarrar e controlar objetos à sua volta. Neste contexto, cada tentáculo representa o alcance das potências
coloniais europeias sobre os continentes do mundo, simbolizando seu desejo de expandir seu domínio e
extrair recursos, riquezas e influência em escala global.
Em resumo, a caricatura representa a ideia de que as nações europeias, no período imperialista, estavam
explorando e controlando territórios em todos os continentes para obter vantagens económicas, políticas
e estratégicas. Essa imagem reflete a crítica à expansão colonial e ao imperialismo europeu que ocorreu
nos séculos XIX e início do século XX.

4. Analisa os documentos que se seguem.

“Para os países ricos as colónias constituem a forma mais vantajosa de colocação de capitais. No tempo
em que vivemos e tendo em conta a crise que atravessamos e todas as indústrias europeias, a fundação
de uma colónia é a criação de uma importante saída para a crise. A expansão comercial representa para
os países industrializados e com excedente de produção, uma forma de assegurar mercados para as suas
exportações.”

Doc. 2 J. Ferry, primeiro-ministro francês

2
Doc. 3 Doc. 4

4.1. Tendo em conta o documento 2, indica três motivos que levaram ao interesse das grandes potências pela
colonização de África, em finais do século XIX.
Com base no documento 2 e nas palavras do primeiro-ministro francês Jules Ferry, podemos identificar
três motivos que levaram as grandes potências a se interessarem pela colonização da África no final do
século XIX:
Exploração de Recursos Naturais: Uma das principais motivações para a colonização da África era o desejo
de explorar e controlar os vastos recursos naturais do continente, incluindo minerais, como ouro e
diamantes, além de matérias-primas, como borracha, marfim e madeira. Isso proporcionaria lucros
substanciais para as potências colonizadoras e sustentaria suas economias em crescimento.
Mercados para Exportação: Como mencionado por Jules Ferry, a expansão comercial era crucial para os
países industrializados. A colonização da África oferecia mercados cativos para as exportações de
produtos manufaturados, impulsionando as indústrias europeias. As colónias também eram
frequentemente forçadas a comprar produtos europeus, criando uma demanda estável para as
mercadorias produzidas nas metrópoles.
Competição entre as Grandes Potências: O final do século XIX foi um período de intensa competição entre
as grandes potências europeias, conhecido como "corrida imperialista". A colonização da África era vista
como uma forma de ganhar prestígio, poder e influência no cenário internacional. Ter colónias na África
também era uma demonstração de poder e expansão territorial que reforçava a posição de uma nação no
sistema de equilíbrio de poder europeu.
Esses são alguns dos principais motivos que levaram as grandes potências europeias a se interessarem
pela colonização da África no final do século XIX. Esse período de colonização desempenhou um papel
significativo na história do continente africano e nas relações internacionais.
4.2. Classifica com V as afirmações que considerares verdadeiras e com F as afirmações que considerares falsas.
a) Na Conferência de Berlim substituiu-se o “Princípio da ocupação Efetiva” pelo “Direito Histórico”. F
b) O mapa, representado no documento 3, ficou conhecido como o “Mapa do Chire”. F
c) Ao território situado entre Angola e Moçambique chamava-se Chire. V
d) Na sequência da tomada de conhecimento deste mapa, a Inglaterra enviou a Portugal o Ultimato de
1890. V
e) A caricatura representada no documento 4 simboliza a submissão da Inglaterra face a Portugal,
relativamente à “questão do Chire”. F
4.3. Transforma em corretas as afirmações que consideraste erradas.
a) O princípio da ocupação efetiva foi mantido na Conferência de Berlim.
b) O mapa, representado no documento 3, ficou conhecido como o “Mapa cor-de-rosa”
e) A caricatura representa a submissão da Inglaterra à pressão de Portugal na "questão do Chire”.

3
5. Analisa o documento que se segue.

Doc. 5

5.1. Completa o quadro com o nome dos três países que fundaram as duas alianças político-militares, criadas
antes da 1ª. Guerra Mundial.
Tríplice Aliança Tríplice Entente
Alemanha França
Áustria-Hungria Reino Unido
Itália Império Russo
5.2. Com base no documento 5, descreve o acontecimento que deu início à 1ª. Guerra Mundial.
O evento que deu início à Primeira Guerra Mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando
da Áustria-Hungria e sua esposa, a duquesa Sofia, em 28 de junho de 1914, na cidade de Sarajevo, que na
época fazia parte do Império Austro-Húngaro.
Francisco Ferdinando era o herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, e seu assassinato desencadeou
uma série de eventos que levaram à eclosão do conflito. O atentado foi perpetrado por membros de um
grupo nacionalista sérvio, a Mão Negra, que buscava a independência da Sérvia do domínio austro-
húngaro. O assassinato foi um ato de protesto contra o domínio do Império Austro-Húngaro sobre
territórios que os nacionalistas sérvios consideravam como parte de sua nação.
O governo austro-húngaro culpou o governo sérvio pelo atentado e apresentou uma série de demandas,
conhecidas como o "Ultimato de Julho de 1914", que eram consideradas inaceitáveis pela Sérvia. Isso
levou à declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia em 28 de julho de 1914.
A partir desse ponto, uma série de alianças e tratados entre as principais potências europeias entrou em
ação. A Rússia, aliada da Sérvia, começou a mobilizar suas forças, o que levou a Alemanha, aliada da
Áustria-Hungria, a declarar guerra à Rússia em 1º de agosto de 1914. A Alemanha também declarou guerra
à Bélgica e à França em 3 de agosto de 1914, desencadeando uma cadeia de eventos que arrastou a
maioria das grandes potências europeias para o conflito.
4
Assim, o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando foi o gatilho que desencadeou a Primeira Guerra
Mundial, um conflito que durou de 1914 a 1918 e envolveu muitas nações em todo o mundo.
5.3. Identifica as três principais frentes de guerra criadas na 1ª. fase da 1ª. Guerra Mundial.
Na Primeira Fase da Primeira Guerra Mundial, as três principais frentes de guerra foram:
Frente Ocidental: Esta foi uma das frentes mais importantes da guerra e envolveu as batalhas travadas na
região da França e Bélgica, onde as forças alemãs enfrentaram as forças aliadas, principalmente as forças
francesas e britânicas. As trincheiras se tornaram uma característica marcante dessa frente, e a guerra de
trincheiras causou um grande número de baixas.
Frente Oriental: Esta frente de guerra englobou as batalhas travadas na região do leste europeu,
principalmente envolvendo o Império Alemão, o Império Austro-Húngaro e o Império Otomano contra a
Rússia e outras nações. As batalhas na Frente Oriental foram caracterizadas por uma mobilidade maior do
que na Frente Ocidental, com territórios em constante mudança.
Frente Italiana: Após a entrada da Itália na guerra ao lado das Potências Aliadas em 1915, uma nova frente
de combate foi criada nos Alpes, conhecida como Frente Italiana. Nessa frente, os italianos lutaram contra
as forças austríacas e alemãs na tentativa de conquistar territórios que consideravam historicamente
italianos.
Essas três frentes de guerra foram as principais na primeira fase da Primeira Guerra Mundial, que se
estendeu de 1914 a 1917. Mais tarde, a guerra se expandiu para outras áreas, envolvendo ainda mais
nações e teatros de operações.
5.4. Menciona três novas armas utilizadas na “Guerra das Trincheiras”.
Durante a "Guerra das Trincheiras" na Primeira Guerra Mundial, houve uma proliferação de novas armas e
tecnologias de combate. Três das armas mais notáveis e inovadoras usadas nesse conflito foram:
Metralhadoras: As metralhadoras, como a Maxim Gun, desempenharam um papel crucial nas trincheiras.
Elas eram capazes de disparar uma grande quantidade de munição de forma contínua e rápida, tornando
quase impossível para as tropas inimigas avançarem em campo aberto sem sofrer pesadas baixas. As
metralhadoras eram uma das principais razões pelas quais as trincheiras se tornaram uma forma de
proteção durante a guerra.
Artilharia Pesada: Durante a Primeira Guerra Mundial, houve desenvolvimentos significativos na
artilharia, incluindo a introdução de canhões de grande calibre e obuses. Essas armas pesadas podiam
disparar projéteis a longas distâncias e causar grande destruição nas linhas inimigas e nas trincheiras.
Gases Tóxicos: O uso de gases tóxicos, como gás mostarda e cloro, foi uma tática terrível e eficaz
empregada durante a guerra. Os gases eram liberados nas trincheiras inimigas, causando asfixia, cegueira
e danos graves aos soldados. Isso levou ao desenvolvimento de máscaras de gás para proteger os soldados
contra essas ameaças químicas.
Essas novas armas e tecnologias contribuíram para a brutalidade da "Guerra das Trincheiras" e fizeram
com que os combates fossem ainda mais mortais e estagnados.
6. Lê o documento que se segue com atenção.

Desde o segundo semestre de 1914 que se fizeram sentir em Angola e Moçambique os reflexos do conflito
mundial, traduzidos em agressões militares oriundas dos territórios alemães, vizinhos das nossas
colónias. (…)

PROENÇA, Cândida; MANIQUE, Pedro – A Grande

Guerra.

5
6.1. Com base no documento 6, apresenta 2 motivos que serviram para justificar a entrada de Portugal na 1ª.
Guerra Mundial.
Com base no documento 6, podem ser identificados dois motivos que serviram para justificar a entrada de
Portugal na Primeira Guerra Mundial:
Agressões Militares nas Colónias: O documento menciona que, desde o segundo semestre de 1914, as
colónias de Angola e Moçambique estavam sofrendo agressões militares oriundas de territórios alemães
vizinhos. Essas agressões podem ter representado uma ameaça à soberania e à integridade territorial das
colónias portuguesas, o que pode ter levado Portugal a entrar na guerra para proteger seus interesses
coloniais.
Aliança com as Potências Aliadas: Outro motivo que pode ter levado Portugal a entrar na Primeira Guerra
Mundial foi a sua aliança com as Potências Aliadas, que incluíam países como o Reino Unido, França e
Rússia. A entrada na guerra ao lado das Potências Aliadas poderia ser vista como uma oportunidade de
reforçar alianças internacionais e garantir apoio político e económico no pós-guerra.
Portanto, a entrada de Portugal na Primeira Guerra Mundial pode ser justificada, em parte, pela defesa de
suas colónias e pela sua participação nas alianças políticas da época.
6.2. Assinala com um X aquelas que foram debilidades do Corpo Expedicionário Português (CEP), ao longo da
Primeira Grande Guerra.
X Uniformes e calçado desadequados;
X Divisão entre “Trinchas” e “Cachapins”;
Instrução militar adequada;
Cansaço evidenciado pelas tropas portuguesas pelas frequentes guerras em que se envolveram, ao longo do
século XIX;
X Alimentação.
7. Ordena cronologicamente de 1 a 6 os seguintes acontecimentos, do mais antigo para o mais recente.

- Guerra das Trincheiras 5


- Constituição da Tríplice Aliança 1
- Guerra de Movimentos 4
- Constituição da Tríplice Entente 2
- Entrada de Portugal na 1ª. Guerra Mundial 6
- Atentado de Sarajevo 3

Você também pode gostar