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História
Trabalho
Tema:
Discente:
Lucas Armando António
10ª Classe
PESD-2B
Docente:
Charles Manuel
I. O fracasso da SDN.................................................................................................9
i. Mortes...............................................................................................................11
7. Conclusão................................................................................................................15
Referências Bibliográficas...............................................................................................16
Introdução
"A Primeira Guerra Mundial foi um conflito armado que ocorreu entre 1914 e 1918 com
as principais potências da Europa. O seu carácter mundial estava relacionado ao facto de
os conflitos envolverem todas as grandes potências do mundo capitalista ocidental.
Esta iniciou-se na Europa, mas, pouco tempo depois, atingiu a África onde os países
beligerantes disputavam colónias.
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1. O envolvimento dos africanos na I Guerra Mundial
Foi do resultado das rivalidades entre as potências europeias pela partilha do mundo
que, em 1914, começou a Primeira Guerra Mundial.
Como já foi acima dito, a guerra relacionava-se com a concorrência das potências
europeias pelo controlo de territórios. A Alemanha, por exemplo, que se industrializou
tardiamente, considerava-se prejudicada na parte que lhe cabia nas zonas de influência e
de colónias e exigia uma redistribuição destas. Os seus interesses chocavam com os
interesses das velhas potências, como a Inglaterra e a França e punham em causa os
domínios doutras, como Portugal e Bélgica, em África. Esta situação provocou tensão
entre os países europeus, tensão que levou à eclosão da Primeira Guerra Mundial, em
1914.
A Primeira Guerra Mundial iniciou-se na Europa, mas, pouco tempo depois, atingiu a
África onde os países beligerantes disputavam colónias.
A Alemanha nos finais do século XIX atingiu um desenvolvimento industrial muito alto
que ameaçava os interesses hegemónicos das velhas potências, em particular, da
Inglaterra. Foi só nessa altura que a Alemanha iniciou a sua corrida colonial, numa
altura em que as outras potências tinham praticamente dividido o mundo entre si. Ela
vai exigir a redistribuição do mundo. Queria, por exemplo, constituir um vasto império
em África, unindo as colónias de Camarões, do leste e sudoeste africano, anexando
belgas e francesas do Congo e as colónias portuguesas de Angola e Moçambique.
Nós também, em Moçambique, fomos afectados por esta guerra. A história regista que
os alemães, que controlavam Tanganyka (actual Tanzânia), atravessaram o rio Rovuma
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penetrando o actual Território de Moçambique e provocando conflitos militares com o
exército português. Aliás este facto pressionou o governo colonial a intensificar a
ocupação colonial no norte de Moçambique.
Interessa-nos agora analisar os efeitos desta guerra sobre África. Michael Growder
escreveu que “(…) no total mais de 2,5 milhões de africanos, cifra que corresponde a
bem mais de 1% da população do continente, participaram de uma forma ou de outra do
esforço de guerra.”
Na sua participação nos combates, lado a lado, com os europeus, o homem africano
concluiu que o africano e o branco têm os mesmos poderes como homens; têm os
mesmos sentimentos face à dominação. Ora, isto inspira nos africanos confiança e
segurança, pois eles ganham uma nova ideia sobre o homem branco.
Mas, como todas as guerras, a Primeira Guerra Mundial teve consequências económicas
pesadas sobre o nosso continente: Michael Crowder escreveria mais tarde: “A
declaração de guerra prejudicou consideravelmente a vida económica da África. De
modo geral, provocou a queda dos preços dos produtos básicos e a elevação dos preços
dos artigos importados, dada a redução da oferta (…)”. Os produtos básicos,
constituídos pelas matérias-primas e produtos agrícolas baixaram de preço, devido ao
excesso de produtos em oferta no mercado. Estes produtos, são os que a África exporta.
Com a queda dos seus preços, prejudicaram o produtor africano. Enquanto os nossos
produtos baixavam, os produtos industrializados, importados de fora do continente,
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subiram de preço. Está clara a situação desvantajosa dos africanos: vender mais barato e
comprar mais caro!
No fim da guerra a Alemanha tinha sido derrotada e as suas pretensões foram goradas.
A Alemanha possuía algumas colónias em África, como a Tanganyka, Namíbia e partes
dos Camarões, Togo, Ruanda e Burundi. No fim da guerra os países vencedores
decidiram dividir entre si as antigas colónias alemãs. Assim a Alemanha, derrotada, saiu
do grupo das potências coloniais, sendo substituída pela França e pelo Reino Unido, em
Camarões e Togo; pela União Sul-Africana (África do Sul), no sudoeste africano
(Namíbia) e pela Bélgica e Reino Unido na antiga África oriental alemã (Tanganyka,
Ruanda e Burundi). A África ficou dividida, no fim da Primeira Guerra Mundial, no que
consideramos divisão definitiva da África pelas potências coloniais.
Precisamente, o pacto entrou em vigor seis horas após a sua assinatura. "Composto por
18 artigos, o tratado impôs duras condições à Alemanha, com o particular
desarmamento de seu exército", diz o memorial.
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Segundo Kreibohm, alguns dos termos mais importantes foram: o fim das hostilidades
militares; a posterior desmilitarização alemã; a retirada de suas tropas e a entrega de
material de guerra.
Entre os principais pontos do acordo proposto está a criação da Liga das Nações, órgão
que antecedeu a Organização das Nações Unidas, ONU. Wilson visava a ideia de
resoluções diplomáticas para conflitos políticos sem que houvesse a necessidade de
intervenção militar a partir do órgão. Além disso, a Liga das Nações teria os Estados
Unidos em pé de igualdade de decisões com as potências europeias, reorganizando o
poder internacional. Apesar de criada, a Liga das Nações não conseguiu cumprir com
êxito seu papel de intervenção nas diplomacias nacionais e não evitou a Segunda Guerra
Mundial.
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Outro ponto crucial na proposta de Wilson é a limitação da criação e manutenção de
exércitos pela Alemanha, permitida apenas para assegurar a defesa nacional. Apesar de
causar revolta aos alemães, a França e a Inglaterra não ficaram satisfeitas com essa
proposta, acreditando que não era uma punição justa o suficiente.
Por sua proposta de paz e pela criação da Liga das Nações, em 1919, Wilson ganhou o
Prêmio Nobel da Paz, consolidando de vez o papel de intermediador das democracias
dos Estados Unidos.
Além da explícita derrota alemã imposta pelo Tratado de Versalhes, outro ponto crucial
foi a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão da Liga das
Nações. A fundação de uma divisão internacional para organizar diretamente o trabalho
é uma resposta à Revolução Russa que havia ocorrido há apenas dois anos e que gerou
em todo o mundo levantes de trabalhadores e camponeses, greves e rebeliões e a
formação de partidos e sindicatos operários e socialistas.
Porém, uma das últimas determinantes mudanças impostas pelo fim da guerra foi o
esfacelamento dos impérios austríaco, russo e turco. O primeiro, como imposição do
Tratado de Versalhes, determinou a independência de uma série de grupos étnicos que
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estavam organizados sob a Áustria. Os impérios russo e turco-otomano foram
derrubados pela sua própria população em uma revolução socialista e em uma liberal-
burguesa, respectivamente.
A criação da Sociedade das Nações foi baseada na proposta de paz conhecida como
"Quatorze Pontos", feita pelo presidente norte-americano Woodrow Wilson numa
mensagem enviada ao Congresso dos EUA, em 8 de Janeiro de 1918. Os "Quatorze
Pontos" propunham a paz e a reorganização das relações internacionais.
Em 1919, foi criada a Sociedade das Nações, em Genebra, na Suíça. Os países que
assinaram este pacto comprometeram-se a:
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I. O fracasso da SDN
A dissolução da Liga das Nações, no dia 18 de abril de 1946, não passou de uma
formalidade. Na prática, ela deixara de existir alguns anos antes. Além disso, a
Organização das Nações Unidas (ONU) já havia iniciado suas atividades a 24 de
outubro de 1945, como organismo sucessor da Liga.
A Liga (ou Sociedade) das Nações surgiu em consequência dos horrores da Primeira
Guerra Mundial e foi a primeira tentativa de consolidar uma organização universal para
a paz. Acreditava-se que futuros conflitos só poderiam ser impedidos se fosse criada
uma instituição internacional permanente, encarregada de negociar e garantir a paz. O
principal precursor da ideia fora o presidente norte-americano Woodrow Wilson (1856–
1924).
Um dos poucos êxitos da organização foi o pacto de segurança firmado entre Alemanha,
França, Grã-Bretanha e Bélgica, além da resolução diplomática de alguns conflitos
internacionais. Genebra, porém, nada pôde fazer para impedir a crise econômica
mundial, no final da década de 20. A miséria geral impulsionou as forças nacionalistas
que se opunham ao Tratado de Versalhes.
A invasão da Manchúria pelo Japão, em 1931, foi uma prova do fracasso da Liga das
Nações. Condenado um ano e meio depois pelo acto de agressão, o Japão abandonou a
organização. A Alemanha seguiu o mesmo caminho a 14 de outubro de 1933. Adolf
Hitler, interessado apenas em armar seu país, usou uma série de pretextos para
abandonar a conferência de desarmamento e ridicularizar a Liga das Nações.
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A esta altura, porém, a Segunda Guerra Mundial já estava a pleno caminho, o que
frustrou de vez as intenções pacifistas dos idealizadores da Liga das Nações.
Nesse sentido, vale ressaltar que as nações que protagonizaram a Primeira Guerra
Mundial se organizaram em dois grupos distintos unidos por acordos de aliança e
cooperação militar, nomeadamente, Tríplice Entente e Tríplice Aliança. O primeiro
grupo era formado por Rússia, Grã-Bretanha e França. No segundo grupo estavam
Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e Itália. Esses foram os derrotados e os
que mais sofreram as consequências da Primeira Guerra Mundial.
Em verdade, parte do sentimento de frustração que assolou esses países foi decorrente
dos termos desses documentos, que impunham sanções e multas aos derrotados. Em
certa medida, é possível afirmar que a ascensão dos regimes totalitários que culminaram
na Segunda Guerra Mundial foi decorrente do contexto político e social europeu
deixado pela Primeira Guerra Mundial.
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i. Mortes
Outro país que se beneficiou com a instabilidade europeia foi o Japão. Enquanto os
países europeus enfrentavam problemas para reestruturar o setor agrícola e industrial, o
asiático, sem concorrência, teve o caminho livre para investir na diversificação e
estímulo de sua atividade industrial. Os EUA, que já tinha lucrado comercializando com
os Aliados durante a guerra, aumenta suas reservas de ouro no período posterior ao
conflito e passa a ser detentor de, aproximadamente, metade do metal disponível no
mundo.
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Europa. O Tratado de Versalhes desmembrou os impérios Austro-húngaro, Otomano e
Alemão. E deu origem a países como Turquia, Armênia, Áustria, Estônia, Hungria,
Lituânia, Checoslováquia e Letônia.
Além das perdas territoriais, a Alemanha foi desmilitarizada e obrigada a pagar multas e
indenizações aos países vencedores. Para o Tratado de Versalhes, ela foi a principal
responsável pela guerra, por isso foi obrigada a pagar 22 milhões de marcos para reparar
os danos causados pelo conflito às populações civis. A França e a Grã-Bethanha foram
os países mais beneficiados por essa indenização, ficando com 52% e 22%
respectivamente.
A Itália, por outro lado, terminou a guerra tomada por um sentimento de frustração. O
país acreditava não ter recebido os ganhos materiais que lhe eram justos. Já o Japão, que
encontrou na desestruturação das economias europeias caminho para se desenvolver,
iniciou um projeto imperialista que resultaria na ocupação da Manchúria.
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6. O significado da Primeira Guerra Mundial
"A Primeira Guerra Mundial foi um conflito armado que ocorreu entre 1914 e 1918 com
as principais potências da Europa. O seu carácter mundial estava relacionado ao facto de
os conflitos envolverem todas as grandes potências do mundo capitalista ocidental.
A disputa por territórios coloniais na África e na Ásia pelas potências europeias estava
relacionada à necessidade de manter territórios ricos em matérias-primas necessárias à
grande indústria europeia. A Alemanha e os EUA começavam a desbancar a Inglaterra
como única potência industrial do mundo. Para garantir as fontes de matérias-primas e
os mercados consumidores dos produtos industriais houve uma corrida armamentista,
que fortaleceu os exércitos e estimulou a produção de novos armamentos.
Politicamente houve uma série de alianças entre os países europeus nesse quadro de
ameaças. Formaram-se a Tríplice Entente, entre Inglaterra, França e Rússia; e a Tríplice
Aliança, composta pela Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália, aproximando-se
posteriormente do Império Turco-Otomano.
A relação entre essas potências estava em seu ponto máximo de tensão quando em 28 de
junho de 1914 o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro,
foi assassinado por um membro de uma organização sérvia em Sarajevo. Após o
assassinato, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia. Frente a isso, a Rússia
se colocou ao lado da Sérvia, em virtude do facto de sérvios e russos serem eslavos e
também porque a Rússia tinha interesses na região dos Balcãs.
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7. Conclusão
"A Primeira Guerra Mundial foi um conflito armado que ocorreu entre 1914 e 1918 com
as principais potências da Europa. O seu carácter mundial estava relacionado ao facto de
os conflitos envolverem todas as grandes potências do mundo capitalista ocidental.
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Referências Bibliográficas
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-primeira-guerra-
mundial.h
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-e-primeira-guerra-
mundial.htm
GRINBERG, Donald I. (1982) – Housing in e Netherlands 1900-1940.
DelUniversity Press. Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana – Sistema
de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) disponível em:
www.monumentos.pt processos consultados: IPA.00026634,