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HISTÓRIA
O Mundo Contemporâneo - Parte II
Daniel Vasconcellos
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
Daniel Vasconcellos
O Período Entreguerras
O período Entreguerras compreende 1918, com o fim da Primeira Guerra, a 1939, com a
eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Após a Primeira Guerra Mundial um conjunto de modificações ocorreram na política mun-
dial. Novos países surgiram na Europa em função das negociações do Tratado de Versalhes.
Observe os mapas a seguir:
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
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A Primeira Guerra Mundial destruiu os mercados europeus, dando margem para a expan-
são industrial dos Estados Unidos. Com o parque industrial destruído, os países europeus
precisaram importar tudo dos norte-americanos.
O Brasil, por sua vez, que importava a maior parte dos produtos de consumo interno da
Inglaterra, foi obrigado a promover uma industrialização, ainda que incipiente e dependente do
capital do café.
Como meio de impedir que conflitos desta dimensão voltassem a ocorrer, foi criada a Liga
das ações, uma espécie de embrião da Organização das Nações Unidas. No entanto, sem a
participação dos Estados Unidos, vetada pelo senado norte-americano, acabou fracassando
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no seu objetivo principal, já que não conseguiu frear a expansão nazista alemã que culminou
na Segunda Guerra Mundial.
Além disso, a Revolução Russa de 1917, que provocou a saída da Rússia da Guerra, promo-
veu a ascensão do socialismo a Europa.
Outra consequência da Primeira Guerra foi o surgimento de regimes totalitários na Europa,
o fascismo e o nazismo.
O Tratado de Versalhes foi um acordo de paz assinado pelas potências europeias encer-
rando oficialmente a Primeira Guerra Mundial. Apesar de usarem a nomenclatura “tratado”,
como referência a um acordo, as conferências e Versalhes soaram mais como uma imposição
aos derrotados no conflito. Os membros da Entente responsabilizaram a Alemanha por todo o
conflito e seus prejuízos.
A característica mais emblemática do Tratado, sem dúvidas, foi a determinação de que a
Alemanha assumisse toda a responsabilidade pela causa da Guerra e fizesse reparações a
algumas nações da Tríplice Entente. Além de pagar pesada indenização, os alemães perderam
possessões na África e Ásia. Pior que isso, perdera parte de seu território na Europa para pa-
íses vizinhos. Foi assim que França retomou a Alsácia-Lorena. Além disso, a Alemanha teve
que conceder uma saída para o mar para a Polônia, criando o chamado Corredor Polonês.
Internamente, a Alemanha também foi subjugada: foi obrigada a reduzir seu exército e lhes
impuseram um governo republicano ligado aos interesses das potências vencedoras do confli-
to, a chamada República de Weimar.
A Alemanha foi humilhada pelas potencias da Tríplice Entente, gerando um sentimento de
revanche com relação aos franceses nos mesmos moldes do revanchismo francês. A crise
econômica foi agravada sensivelmente pelo aumento de tributos à população para que se
conseguisse honrar o pagamento das dívidas contraídas pelo Tratado. Dessa forma, podemos
dizer que, sem a menor sombra de dúvidas, a ideologia nazifascista encontrou na “terra arrasa-
da” o terreno fértil para conseguir sua ascensão.
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Letra a.
A perda da Alsácia-Lorena para a França e do importante porto de Gdansk para a Polônia, con-
tribuíram para insuflar o nacionalismo alemão, bem explorado pelo nazismo.
As Democracias Liberais
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Crise de 1929
Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), enquanto os países da Europa estavam
completamente envolvidos no processo da guerra, e, portanto, com suas indústrias e produ-
ções afetadas, os Estados Unidos passaram a suprir a demanda da Europa de produtos como
aço, comida, máquinas, carvão entre outros itens básicos para a manutenção da guerra.
Desde a Guerra de Secessão (1861-1865), os Estados Unidos produziam armas e muni-
ções em larga escala e, estando do outro lado do Oceano Atlântico, se beneficiava produzindo
para suprir a necessidade da Guerra, com praticamente nenhum ataque em seu território.
Até aquele momento a Grã-Bretanha era considerada a nação da supremacia econômica mun-
dial, ditando através do valor do ouro toda a economia. Porém é a partir desse contexto da Pri-
meira Guerra Mundial que a Inglaterra perde sua posição e os EUA passam a ocupar seu lugar.
A euforia econômica nos Estados Unidos começou no início da década de 1920, onde gran-
des empresas passam a investir em títulos na bolsa. A economia demonstrava um mar infinito
de possibilidades. O consumo exagerado, altos lucros e toda a cultura do “American Way of
Life” ou Modo de Vida Americano. Toda uma cultura construída sobre os pilares do mercado
e do consumo.
O cinema tornou-se uma febre nessa época. A produção, principalmente de bens de con-
sumo duráveis como os carros encararam seus melhores índices. Eram os “Loucos anos 20”.
Todos viviam no apogeu do capitalismo.
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No entanto, desse crescimento se projetou a crise que é considerada como a maior que
o Capitalismo já encarou. Uma crise sistêmica, onde o modelo capitalista, até ali vencedor,
entrou em decomposição. A economia, em boa parte, girava entorno da especulação na bolsa
e encontrou seu limite chegando no momento da “Quebra da Bolsa de Nova York” em 24 de
outubro de 1929.
As principais causas da crise de 1929 estão ligadas a desregulamentação quase total da
economia, o que permitiu uma superprodução, principalmente de gêneros alimentícios e pro-
dutos industriais.
Contudo, a capacidade de consumo da população não absorvia esse crescimento, gerando
grandes estoques de produtos. Ao perceber a diminuição do consumo, o setor produtivo passou
a investir e produzir menos, compensando seus déficits com a demissão de funcionários.
O resultado óbvio foi o desemprego (generalizado) ou a redução salarial. O ciclo vicioso se
completou quando, devido à falta de renda, o consumo caiu ainda mais, forçando uma diminui-
ção nos preços.
Como a Grande Depressão provocou uma onda de desemprego e bancarrotas (até 30%
entre a força produtiva nos Estados Unidos), muitos bancos que emprestaram dinheiro faliram
por não serem pagos, diminuindo assim a oferta de crédito. Com isso, muitos empresários
faliram, encerrando mais postos de trabalho.
Enquanto a euforia econômica dominava o mercado norte-americano, milhares de pessoas
passaram a investir em ações de empresas, no entanto ao encararem a crise de superprodu-
ção, as ações dessas empresas passam a cair dia após dia.
No auge da crise, em 24 de outubro de 1929, a quebra da bolsa aconteceu. A chamada
“Quinta Feira Negra” marcou o dia em que as ações atingiram os mais baixos valores. En-
quanto milhares de investidores tentaram vender suas ações, ninguém as comprava por terem
noção da crise que se abateu sobre o mercado.
Os países mais atingidos foram também as economias capitalistas mais desenvolvidas,
dentre elas os Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Itália e o Reino Unido. Em alguns
destes países, os efeitos da crise econômica fomentaram a ascensão de regimes totalitários.
A União Soviética, onde a economia em vigor era socialista, pouco foi afetada.
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Nos países em processo de industrialização, com destaque para a América Latina, a eco-
nomia agroexportadora foi a mais afetada pela redução das exportações de matérias-primas.
Contudo, estas nações puderam assistir um incremento em suas indústrias, devido à diversifi-
cação de investimentos neste setor.
No Brasil o principal produto de exportação era o Café. O governo de Getúlio Vargas, ao ver
os estoques abarrotados e o valor das sacas despencando, tomou uma atitude e mandou quei-
mar as sacas sobressalentes. Isso acontece já em 1930.
O objetivo era diminuir a oferta para aumentar o valor do café, o que pouco teve efeito, já
que as exportações continuaram baixas. Acontece que o café era considerado um bem supér-
fluo, principalmente diante de uma situação em que faltava renda mesmo para alimentos.
Nos Estados Unidos da América, em 1933, o Presidente Roosevelt é eleito e implementa o
“New Deal”, um plano econômico que buscava restabelecer o mercado através da fiscalização
do Estado aos empresários e à especulação na bolsa de valores.
Esse plano foi inspirado no conjunto das teorias e medidas propostas pelo economista bri-
tânico John Maynard Keynes 1883-1946 e seus seguidores. O keynesianismo defendia, dentro
dos parâmetros do mercado livre capitalista, a necessidade de uma forte intervenção econô-
mica do Estado com o objetivo principal de garantir o pleno emprego e manter o controle da
inflação. Portanto, o keynesianismo é contrário ao liberalismo econômico de Adam Smith.
Dentre as medidas tomadas estava a ampliação das obras públicas, visando o aumento
das vagas de emprego, a criação de empresas estatais, o restabelecimento das indústrias que
passam a produzir para suprir as obras de estradas, canais, portos, escolas, moradias e canais
de irrigação.
Entre tantas medidas, o governo de Roosevelt promoveu leis de proteção aos trabalhado-
res e desempregados. A ideia era dar poder de consumo mesmo que através de uma mínima
oportunidade de participação no mercado. Roosevelt fez a engrenagem de produção e consu-
mo do capitalismo voltar a girar, promovendo emprego e dinheiro para o mercado.
O programa do New Deal teve sua parcela de sucesso, no entanto, a Grande Depressão só
iria conhecer os seus dias finais com o início da Segunda Guerra Mundial. É uma nova guerra
que trará de volta os dias de ouro à economia Norte Americana, quando o Estado passa a de-
ter o poder de fato sobre a economia promovendo grandes exportações para suprir a guerra.
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Segundo Galbraith,
a) a crise do capitalismo norte-americano em 1929 não abalou os seus fundamentos porque
foi gerada por ele mesmo, isto é, o funcionamento da economia provocou a superprodução
agrícola e industrial, a especulação na bolsa de valores, e a expansão do crédito, o que garan-
tiu os lucros aos empresários, diminuindo a desigual distribuição de renda com o recuo do
desemprego.
b) a época referida no texto diz respeito à crise dos anos 1950, pós-Segunda Guerra, portanto
externa ao capitalismo dos Estados Unidos, uma vez que os Estados europeus, endividados e
destruídos, continuaram a contrair empréstimos e a comprar produtos norte-americanos, e os
empresários, internamente, especularam na bolsa de valores, para minimizar os efeitos do
desemprego.
c) nos fins dos anos 1920, com a economia desorganizada pela Primeira Guerra Mundial, o ca-
pitalismo norte-americano cresceu rumo à superprodução, com investimentos na indústria,
à restrição ao crédito e ao controle da especulação na bolsa de valores, pois a crise foi motiva-
da apenas por motivos internos, o que facilitou a intervenção do Estado.
d) a crise de 1929 foi gerada pelo próprio funcionamento do capitalismo nos Estados Unidos
dos anos 1920, em um clima de euforia com o aumento da produção, a especulação na bolsa
de valores, a concentração de renda e o crédito fácil, sem intervenção do Estado, apesar da
diminuição das importações europeias e dos crescentes índices de desemprego.
e) a crise dos anos pós-Segunda Guerra Mundial mostrou a importância da ação do Estado, na
medida em que a intervenção reduziu os desequilíbrios causados pelo próprio funcionamento
da economia norte-americana, isto é, preservou o lucro dos empresários, baixou os índices da
produção agrícola e industrial, e controlou os altos níveis do desemprego.
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Letra d.
Questão fácil, apesar de possuir texto extenso. Exige que você identifique as causas da crise
de 1929: superprodução, liberalismo (não intervenção do estado na economia), concentração
de renda, especulação.
Os Regimes Totalitários
Fascismo
A palavra fascismo vem do latim fascio, que significa feixe. Seu significado tem uma simbo-
logia muito grande. O feixe de gravetos unidos serve de cabo para um martelo. Para ficar mais
claro: uma única pessoa ou interesse individual não são capazes de conduzir a coletividade
ao desenvolvimento pleno. Assim, é necessário colocar a coletividade acima dos indivíduos.
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Benito Mussolini criou o fascismo em 23 de março de 1919. No seu início era composto
por unidades de combate (fasci di combattimento). Diante do avanço do socialismo na Europa,
exemplificado pela Revolução Russa de 1917 e pelas greves de operários e sindicalistas, a bur-
guesia italiana acabou financiando Mussolini para que o fasci di combattimento acabasse
com comícios e manifestações de grevistas e socialistas. Também chamados de “camisas ne-
gras”, era uma organização paramilitar que usava de violência para acabar com esses eventos.
Em 1921 o fascismo se tornou um partido político, o PNF (Partido Nacional Fascista), e sua
ideologia ganhou muitos adeptos. Mas a ascensão ao poder se deu em 28 de outubro de 1922,
quando Mussolini organizou A Marcha sobre Roma. Dezenas de milhares de militantes fascis-
tas organizaram um desfile reivindicando o governo italiano. Assim, o rei Vitor Emanuel III se
viu pressionado e nomeou Benito Mussolini como chefe de governo, acabando de vez com a
democracia liberal italiana.
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Marcha sobre Roma
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sua produção à vontade do governo. Como você há de se recordar da nossa primeira aula,
Getúlio Vargas se inspirou na Carta del Lavoro para criar a Consolidação das Leis Trabalhistas.
Para conseguir apoio da Igreja Católica, que havia rompido com o Estado italiano ainda em
1870, quando da sua unificação, Mussolini assinou a Concordata de São João Latrão, em 1929,
criando o Estado do Vaticano e pagando uma indenização pelas perdas territoriais. O Tratado
de Latrão também criou a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas e instituiu o catoli-
cismo como religião oficial da Itália.
Assinatura do Tratado de Latrão. Mussolini e o cardeal Pietro Gasparri, secretário de Estado da Santa Sé.
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Combateu os Aliados, mas, após várias derrotas consecutivas, mesmo com apoio alemão,
foi derrubado e preso em 1943. Libertado por paraquedistas alemães das SS, voltou a liderar
os italianos, mas foi novamente preso e, em 28 de abril de 1945, assassinado por guerrilheiros.
Guarde com atenção as características do fascismo italiano listadas abaixo:
• Totalitarismo: Controle total da vida pública e privada pelo Estado.
• Autoritarismo: Uso da força para fazer cumprir o que determinasse o Estado.
• Militarismo: Indústria beligerante
• Expansionismo: Busca por territórios de interesse estratégico;
• Antiliberalismo: Estado controla a economia;
• Anticomunismo: Combate ao socialismo e ao comunismo;
• Nacionalismo: exacerbado e obcecado pela segurança nacional;
• Corporativismo: associação entre capital e trabalho, sem conflitos de classe;
• Liderança Carismática: Líder com boa oratória e caricato;
• Controle dos meios de comunicação: Censura e autopromoção;
• Desprezo pelos Direitos Humanos;
• Desprezo pelos intelectuais e artistas.
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Letra d.
O Tratado de Latrão, como vimos, foi a solução encontrada por Mussolini para conseguir apoio
da Igreja, que havia rompido com o Estado italiano desde a Unificação no século XIX.
Nazismo
O Nazismo foi um regime totalitário que surgiu na Alemanha e teve como líder Adolf Hil-
ter, um austríaco que participou da Primeira Guerra. Sua ascensão se deu durante os anos de
1920, em grande medida, graças aos estragos causados pelo Tratado de Versalhes. O país en-
contrava-se devastado pela inflação e pelo pesado pagamento de indenizações. Mais do que
isso, o povo alemão se sentia humilhado e descrente com seu futuro.
Em 1919, Hitler entrou para o Partido Trabalhista Alemão. Esse pequeno partido de Muni-
que tinha um programa voltado para o bem-estar da população, a anulação dos tratados de paz
e a exclusão dos judeus da sociedade alemã. Já em 1920 Hitler liderava o partido graças à sua
oratória e carisma. Mudou, então, o nome para Partido Nacional-Socilaista dos Trabalhadores
Alemães.
Assim como o Partido Nacional Fascista italiano, os nazistas também receberam aporte
financeiro da burguesia para combater as manifestações de sindicalistas e comícios socialis-
tas. Para tanto, o capitão Ernest Roehm incorporou ao partido uma organização paramilitar,
as SA (Seções de Assalto).
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Aos 33 anos, em 1921, Hitler tornou-se chefe do partido e montou um programa denuncian-
do judeus, socialistas, marxistas, estrangeiros e qualquer outro opositor. Apontava os tratados
de paz e os pesados pagamentos de indenizações de guerra como parte da crise econômica
vivenciada.
Em 1923, Hitler liderou os nazistas numa tentativa de golpe em Munique no episódio que
ficou conhecido como Putsch da Cervejaria. Condenado a cinco anos, cumpriu oito meses.
Tempo que utilizou para escrever seu livro “Mein Kampf”, Minha Luta, em que apontava suas
principais ideias. Dentre elas, destaque para a Teoria do Espaço Vital, segundo a qual a raça
ariana (alemã) era superior, mas não conseguia atingir todas as suas potencialidades em fun-
ção de estar confinada a um território menor do que deveria.
Liberto, Hitler organizou o partido se inspirando no fascismo italiano e no bolchevismo so-
viético, criando as SS (Brigadas de Segurança) como força de elite dos nazistas. Além disso,
organizou a juventude hitlerista e apoiou sindicatos de variadas classes, aglutinando forças
políticas e intelectuais, juristas e professores.
Em 1928 nomeou Joseph Goebbels como chefe da Imprensa e Propaganda do Partido
Nazista. Mais tarde viria a se tornar Ministro de Imprensa e Propaganda. Ficou conhecido pela
célebre frase: “Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.” Foi responsável pela propa-
ganda e controle dos meios de comunicação, censurando e destruindo livros, discos, publica-
ções e obras de arte que considerasse contrárias à ideologia nazista. Usou o cinema, o rádio
e todas as manifestações culturais existentes para incitar uma campanha de ódio aos judeus,
comunistas, homossexuais e ciganos.
Em 1930, os nazistas conquistaram 18,3% dos votos, tornando-se o segundo maior partido
da Alemanha e assumindo 107 cadeiras no Reichtg (Parlamento). O crescimento do Partido
Nacional Socialista Alemão pode ser explicado pelo discurso salvacionista e radical, com pro-
messas de redenção do povo alemão.
A ascensão de Hitler foi meteórica porque a população viu sua situação piorar ainda mais
após a Crise de 1929. Já em 1932, os nazistas ganharam 230 assentos governamentais,
a maioria do Reichstag. Numa manobra legal, retirou seus membros do parlamento, o que
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Em 1938, Hitler começa seu plano expansionista. Através de um plebiscito, anexou a Áus-
tria. Se a anexação da Áustria se deu de maneira pacífica, o domínio dos Sudetos, na Tchecos-
lováquia, se deu pela força, através de uma invasão. Nesse momento da expansão nazista,
os membros da Liga das Nações agiram permissivamente. É que eles entendiam que, enquan-
to a Alemanha direcionasse suas ambições para o oriente, rumo aos socialistas soviéticos,
tudo bem.
URSS. Entretanto, no jogo de xadrez da guerra, Hitler realizou uma jogada astuta ao assinar o
Pacto de não agressão germano-soviético ou Pacto Ribbentrop-Molotov. Sem ter que se pre-
ocupar com a URSS, Hitler poderia dedicar mais de seus recursos para uma guerra na frente
ocidental, para “reparar as injustiças do Tratado de Versalhes”. Também ganhou tempo para se
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Em 1º de setembro de 1939, Hitler invadiu a Polônia dando início à Segunda Guerra Mun-
dial. Porém, antes de tratarmos do conflito, observe a lista de características do Nazismo,
didaticamente elencadas para seu estudo. Possui quase todas as características do Fascismo
italiano, mas com alguns elementos que o diferenciam:
• Totalitarismo: Controle total da vida pública e privada pelo Estado.
• Autoritarismo: Uso da força para fazer cumprir o que determinasse o Estado.
• Militarismo: Indústria beligerante
• Expansionismo: Busca por territórios de interesse estratégico;
• Antiliberalismo: Estado controla a economia;
• Anticomunismo: Combate ao socialismo e ao comunismo;
• Antissemitismo: Perseguição dos judeus.
• Nacionalismo: exacerbado e obcecado pela segurança nacional;
• Racismo: Crença na superioridade da raça ariana;
• Teoria do Espaço Vital: Justificando o expansionismo;
• Liderança Carismática: Líder com boa oratória e caricato;
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b) ao território alemão, que deveria ser defendido das investidas expansionistas de franceses,
poloneses e eslovacos.
c) aos territórios localizados na África, onde minorias alemãs eram oprimidas pelas elites lo-
cais.
d) aos territórios e países controlados por regimes fascistas como Espanha, Portugal e Itália.
e) às terras dos judeus, em toda a Europa, que deveriam ser incorporadas aos domínios ale-
mães.
Letra a.
Querido(a), a teoria do espaço vital dizia que o povo alemão era superior, mas impedido de
atingir toda a sua potencialidade porque seu território estava restrito. Assim, era preciso ex-
pandir as fronteiras da Alemanha. Nesse sentido, a única alternativa que permite a expansão
do território original da Alemanha é a letra a.
Caro(a), como vimos, foram as disputas imperialistas que provocaram a Primeira Guerra
Mundial. Como as questões imperialistas não foram solucionadas, os eventos que se segui-
ram nas décadas de 1920 e 1930 levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Sobre isso,
a frase pronunciada à época por Winston Churchill, Primeiro-Ministro britânico, é emblemáti-
ca: “A Segunda Guerra é uma continuação da Primeira”.
Junte-se a isso, a Política de Apaziguamento adotada pelas nações ocidentais da Liga das
Nações, permitiu o expansionismo nazista com a anexação da Áustria e a invasão da Tchecos-
lováquia.
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Aqui devemos fazer uma pequena observação: lembre-se de que a URSS não só permitiu
que Hitler invadisse a Polônia, como também participou da operação invadindo o território po-
lonês em 17 de setembro de 1939. Também é bom destacar que, além da entrada de variados
outros países, Estados Unidos, Japão e URSS não participaram do conflito desde o seu início,
embarcando na empreitada da Guerra no transcorrer dos anos.
Quanto à duração da Guerra, podemos dividir a Segunda Guerra Mundial em três fases:
• As vitórias do Eixo (1939-1941);
• O equilíbrio das forças (1941-1943);
• A vitória dos Aliados (1943-1945).
Hitler se aproveitou do acordo de não agressão celebrado com Stálin (URSS) para invadir a
Polônia em 1º de setembro de 1939 e, em 2 de setembro anexou a Danzig, importante cidade
portuária que havia sido tomada pelo Tratado de Versalhes.
Apesar de França e Inglaterra declararem guerra à Alemanha, em 3 de setembro de 1939,
suas estratégias se limitaram a imposição de bloqueios comerciais aos nazistas. Essa conve-
niência facilitou o trabalho dos alemães e, em 1940, a Alemanha invadiu Noruega, Dinamarca,
Bélgica, Holanda, Luxemburgo e o norte da França.
Com a invasão alemã, a França ficou dividida em duas áreas, a parte ocupada pela Alema-
nha e o governo Vichy, que colaborava com os alemães, ao sul.
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
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Letra d.
Lembre-se de que a República Vichy colaborava com os invasores alemães. Nesse sentido,
dentro da temática nazista, substituir o lema da Revolução Francesa por um lema identificado
com a ideologia nazista (Trabalho, Família e Pátria) faz todo o sentido.
Hitler também realizou bombardeios no sul da Inglaterra com sua força aérea, a Luftwaffe.
As forças alemãs, extremamente organizadas e potentes, realizaram ataques rápidos e eficien-
tes, objetivos. Esta estratégia ficou conhecida como Blitzkrieg, guerra relâmpago.
Do lado italiano, Mussolini apoiou a Alemanha com importante atuação no sul da Europa e
no norte da África, onde haviam colônias francesas.
Já no Pacífico, a expansão imperialista japonesa avançou sobre a Indochina Francesa e
entrava em choque com as pretensões norte-americanas. Convergindo interesses, o Japão
aliou-se à Itália e Alemanha em 1941, ano em que realizou o ataque à base naval norte-ameri-
cana de Pearl Harbor, no Havaí.
Acontece que os Estados Unidos impuseram sanções comerciais aos japoneses por te-
rem invadido a China e a Indochina. Em meio a negociações diplomáticas, os norte-ameri-
canos foram atacados de surpresa. Citado em várias questões de concurso e vestibulares,
os pilotos japoneses, os Kamikazes, ficaram conhecidos por sacrificarem suas vidas pilotan-
do aviões que eram usados como arma quando acabavam suas munições ou seu combus-
tível.
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Apesar de ter ficado conhecido como grande estrategista militar, Hitler cometeu o mesmo
erro de Napoleão Bonaparte: invadir a Rússia durante o rigoroso inverno. A invasão alemã à
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União Soviética recebeu o nome de “Operação Barbosa” e partiu da Ucrânia objetivando con-
quistar Leningrado (São Petersburgo), Moscou e o Cáucaso.
Em dezembro de 1941, as forças nazistas, debilitadas pelo “general inverno” foram conti-
das pelo Exército Vermelho. Em 1942, na Batalha de Stalingrado, os alemães são derrotados.
Acontece que os russos recuavam, iludindo os alemães, ao mesmo tempo em que destruíam
as estruturas das cidades e seus mantimentos.
Enquanto isso, no Pacífico, os japoneses invadiram a Malásia Britânica, o porto de Cinga-
pura, o porto de Hong Kong, a Birmânia, a Indonésia e as Filipinas. Então, Alemanha e Itália,
cumprindo sua parte na aliança militar do Eixo Roma-Berlim-Tóquio, também declaram guerra
aos Estados Unidos.
O início da derrocada do Eixo aconteceu quando, em 1943, a Itália foi invadida por foças
americanas, britânicas. É nesse episódio que, como vimos, Mussolini foi preso. O fato enfra-
queceu a Alemanha, que precisou lutar sozinha na Europa contra Ingleses, na frente ocidental,
e soviéticos, no fronte oriental.
Também em 1943, forças britânicas conseguiram importantes vitórias na Líbia e Tunísia.
Utilizando os portos desses países, forças aliadas partiram do norte da África para a Sicília. De
lá, os Aliados invadiram a Itália.
À essa altura, Hitler recuava no lado oriental, tentando manter sua posição na Polônia. Sa-
bia que mais adiante viria uma investida soviética. Mesmo acuada, a Alemanha mantinha um
poderio bélico de respeito.
No Pacífico, o Japão sofre derrotas significativas na tentativa de conquistar a Austrália e o
Havaí. A virada americana no conflito iniciou-se após a Batalha de Midway, na qual a Marinha
Imperial Japonesa foi danificada de maneira irreversível. Além disso, os Estados Unidos proje-
taram a vitória definitiva sobre Japão, organizando reuniões secretas de colaboração entre as
potências aliadas.
Assim, em 28 de novembro de 1943, foi realizada a Conferência de Teerã, onde se en-
contram Churchill, Primeiro-Ministro Britânico, Roosevelt, presidente dos EUA, e Stálin, líder
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da URSS. Lá, planejaram suas estratégias e os planos para o futuro pós-guerra. Mais adiante,
voltaremos a tratar dessa temática.
Em 17 de janeiro de 1944, tem início a Batalha de Monte Cassino, na Itália, com partici-
pação da Força Expedicionária Brasileira. Mas foi em 6 de junho de 1944, no Dia D, que os
Aliados realizaram sua mais importante ofensiva contra a Alemanha, a Operação Overlord,
desembarcando na Normandia. A operação foi planejada meses antes, e usou de um engodo,
de uma mensagem falsa de criptografia simples para ser propositalmente interceptada pelos
alemães, dando a entender que a invasão se daria pelo sul da França.
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A corrida agora era para saber quem primeiro chegaria a Berlim para impor a derrota à
Alemanha, URSS socialista ou os Aliados capitalistas? Tanto que, na Conferência de Yalta, em
4 de fevereiro de 1945, os futuros vencedores definiram a divisão dos espólios territoriais da
guerra. Mas isso veremos mais adiante.
Finalmente, em 30 de abril, Hitler se suicida. Estava encerrada a Guerra na Europa. Entre-
tanto, no Pacífico, a guerra ainda se estendeu até o dia 2 de setembro, quando o Japão assinou
sua rendição.
Importantíssimo ressaltar que o Japão somente se rendeu depois de experienciar o pode-
rio bélico norte-americano, em duas das maiores tragédias já vivenciadas pela humanidade.
No dia 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica na cidade de Hi-
roshima, fazendo 80 mil vítimas. No dia 9, foi a vez da cidade de Nagasaki. Com uma potência
50 vezes maior que a de Hiroshima, fez 40 mil mortos imediatamente, fora os contaminados
pela radiação.
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que conta com o imobilismo da Inglaterra em relação ao seu expansionismo, que culmina, em
1941, na invasão da União Soviética.
e) em 1939, depois de invadir a Polônia, Hitler se aproxima da União Soviética de forma cui-
dadosa, pois teme os planos expansionistas de Stalin, até então apoiados pelos Aliados que,
a partir de 1941, com as sucessivas vitórias, retiram essa ajuda, obrigando o Estado Soviético
a aceitar a parceria com o Terceiro Reich.
Letra d.
Lembre-se do Pacto de não agressão germano-soviético ou Pacto Ribbentrop-Molotov. Sem
o qual, Hitler não iniciaria a Guerra por receio de ter que abrir duas frentes de batalha (leste e
oeste). Para ganhar tempo, assinou o acordo, sabendo que num futuro próximo iriam acabar
se enfrentando.
A Descolonização Afro-Asiática
O fim da Segunda Guerra trouxe o declínio dos impérios coloniais europeus e o início da
descolonização da África e da Ásia. Para ampliar suas áreas de influência, os EUA e a URSS
apoiaram os movimentos de independência.
Entre 1945 e 1970 os territórios africanos e asiáticos que constituíam parte dos impérios
europeus passaram por um processo de descolonização (independência política).
A Segunda Guerra Mundial significou o fim da hegemonia econômica e militar europeia no
mundo, pois, completamente destroçados, os países europeus já não podiam manter impérios
coloniais.
Os movimentos nacionalistas emergentes das colônias foram reforçados pela Carta das
Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos povos um direito básico.
O início da Guerra Fria também foi outra grande influência: os Estados Unidos e a União
Soviética apoiaram os movimentos de independência para influenciar os novos governos e a
população, atraindo-os para seus respectivos blocos.
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A Descolonização da África
Assim como a América do Sul e Central e Ásia, a África também foi colonizada pelos euro-
peus, e todas essas regiões foram colônias de exploração. Como vimos, a divisão do continen-
te para exploração ocorreu na Conferência de Berlim, na Alemanha em 1885, nessa fizeram
parte Inglaterra, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
A partir dessa conferência ficou definida a divisão geográfica dos respectivos territórios a
serem explorados. O processo de exploração das colônias africanas durou muito tempo e as
consequências atuais são derivadas de vários fatos históricos, sobretudo, da exploração.
No início do século XX, somente a Libéria havia alcançado a independência política em
todo continente, isso prova o grau de dependência em relação às metrópoles e também o nível
de atraso em desenvolvimento tecnológico, industrial e econômico em comparação aos outros
continentes. O processo de independência das colônias em relação às metrópoles europeias é
denominado historicamente como descolonização.
Nesse período, teve início uma modesta iniciativa de instaurar a independência e autono-
mia política das colônias. Os primeiros a contemplar tal feito foram o Egito nos anos 20, além
da África do Sul e Etiópia, ambos nos anos 40.
Deve-se entender que o sentimento nacionalista também foi fundamental para as preten-
sões emancipacionistas africanas. Assim, convencionou-se chamar de pan-africanismo esse
sentimento de união e pertencimento, típico do nacionalismo, entre os povos africanos.
Mas o fato que mais favoreceu o processo de descolonização da África foi sem dúvida a
Segunda Guerra Mundial. Como esse conflito armado a Europa sofreu com a destruição e o
declínio econômico. O enfraquecimento econômico e político de grande parte dos países euro-
peus, especialmente aqueles que detinham colônias na África, levou as potências coloniais a
perderem o controle sobre os territórios de sua administração.
Esse fato deixa explícito que a perda de territórios se desenvolveu somente pelo motivo de
reconstrução que muitos países necessitavam executar, não podendo designar forças e recur-
sos para o controle das colônias.
Aliado à questão da guerra, surgiram grupos e movimentos nacionalistas que lutavam em
busca da independência política. Essa onde libertaria se dispersou por todo o continente e per-
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durou por vários anos. Posteriormente, o resultado foi a restituição dos territórios e surgimento
de pelo menos 49 novas nações africanas.
Porém, a luta pela independência se intensificou na década de 60, sempre marcada pelo
derramamento de sangue, uma vez que nunca havia atos pacíficos.
Mesmo com todas as adversidades, os países foram alcançando sua independência políti-
ca. No entanto, a divisão dos territórios na Conferência de Berlim (1885) ficou definida a partir
da concepção europeia que não levou em consideração as questões de ordem étnicas e cultu-
rais. Essa desatenção desencadeou uma série de conflitos em distintos lugares da África, isso
por que, antes dos europeus, as tribos tinham suas próprias fronteiras e as respeitavam. Com
a instauração das novas fronteiras algumas tribos foram separadas, grupos rivais agrupados,
entre outros fatos que colocaram em risco a estabilidade política na região.
Depois de longas décadas de lutas para alcançar a autonomia política e econômica, hoje a
África conta com 53 territórios independentes, salvo o Saara Ocidental, que é um território de
domínio do Marrocos.
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(...)
Até esse dia, o continente africano
Não conhecerá a paz, nós, africanos, lutaremos,
Se necessário, e sabemos que vamos vencer,
Porque estamos confiantes na vitória
Do bem sobre o mal,
Do bem sobre o mal...
A canção War foi composta por Bob Marley a partir do discurso pronunciado pelo imperador
da Etiópia, Hailé Selassié (1892-1975), em 1936, na Liga das Nações. As ideias do discurso,
presentes na letra da canção acima, estão associadas:
a) Ao darwinismo social, que propunha a superioridade africana sobre as demais raças hu-
manas.
b) Ao futurismo, que consagrava a ideia da guerra como a higiene e renovação do mundo.
c) Ao pan-africanismo, que defendia a existência de uma identidade comum aos negros africa-
nos e a seus descendentes.
d) Ao sionismo, que defendia que o imperador Selassié era descendente do rei Salomão e da
rainha de Sabá e deveria assumir o governo de Israel.
e) Ao apartheid, que defendia a superioridade branca e a política de segregação racial na África
do Sul.
Letra c.
O Pan-Africanismo foi uma ideologia surgida em alguns setores de sociedades de vários paí-
ses africanos que expressava uma tentativa de unificar as populações do continente em torno
de uma identidade comum.
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A Descolonização da Ásia
Ainda antes da Segunda Guerra Mundial, ex-colônias britânicas, como Egito e Iraque, con-
quistaram suas independências, em 1922 e 1932, respectivamente.
Na década de 1940, outros territórios como a Transjordânia, Palestina e Líbano também
se libertaram da dominação colonial. Com isso, percebemos que a luta pela independência do
domínio colonial esteve presente na disputa política em diferentes momentos do século XX.
Contudo, mesmo após a Segunda Guerra, o grande território colonial inglês, a Índia, perma-
necia sob condição de dominação. Nesse país, os movimentos contra a colonização já atua-
vam desde o século XIX, mas ainda sem obter sucesso.
Índia x Paquistão
A partir da década de 1940, os líderes hindus Mahatma Gandhi e Jawaharial Nehru intensi-
ficaram os protestos pela independência indiana. A marca de suas ações era a desobediência
civil: ao contrário de outros movimentos de libertação nacional, Gandhi pregava a resistência
através do não pagamento de impostos e do boicote aos produtos ingleses, por exemplo.
Em resposta a ação desses grupos, para manter seu o domínio na Índia, a Inglaterra fez
uso de expedientes como a exploração dos conflitos entre os hindus e os muçulmanos, que
também viviam no país e eram liderados por Muhammad Ali Jinnah.
Apesar dos esforços ingleses em prosseguir com a dominação colonial, a Índia conquistou
sua independência em 1947, mas sem a criação de um único Estado. Além da República da Ín-
dia, majoritariamente hindu, foi criada a República Muçulmana do Paquistão, país de maioria
muçulmana.
Mesmo com a conquista de seus estados nacionais, o conflito entre hindus e muçulmanos
persistiu, o que culminou com o assassinato de Gandhi em 1948 por um militante de um grupo
hindu radical, que discordava da política pacifista do líder indiano.
As desavenças entre Índia e Paquistão persistiram, após a morte de Gandhi, e resultaram
em uma guerra em 1965. As constantes ameaças entre os dois países fizeram com que ambos
passassem a investir no desenvolvimento de armas nucleares, criando um cenário de tensão
permanente na região até hoje.
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Muitas colônias se tornaram independentes entre 1945 e 1950, das quais podemos citar:
Sri Lanka, Filipinas, Indonésia, Vietnã, Laos. A China promoveu a revolução socialista, em con-
sequência disso pôs fim a dominação inglesa, alemã e japonesa em seu território.
Oriente Médio: O Líbano e a Síria, domínios franceses desde o final da I Guerra Mundial,
obtiveram a independência respectivamente em 1941 e 1946. A partir do final da II Guerra
Mundial, os países de dominação britânica no Oriente Médio também conquistam sua inde-
pendência: Jordânia (1946), Omã (1951), Kuwait (1961), Iêmen do Sul (1967), Barein, Catar e
Emirados Árabes Unidos (1971).
Sul da Ásia: Bangladesh, incorporado ao Paquistão, torna-se independente em 1971. Os pa-
íses sob controle britânico do sul da Ásia também conseguem a independência: Sri Lanka
(1948), Butão (1949) e Maldivas (1965).
Sudeste Asiático: A Indochina, península do Sudeste Asiático colonizada pela França, era
formada por Anã, Cochinchina e Tonkin (que juntos deram origem ao atual Vietnã), Laos, Cam-
boja e pelo território chinês de Kuang-tcheou-wan. Durante a II Guerra Mundial é ocupada pelo
Japão, o que estimula os movimentos de libertação nacional dos vários países. No Vietnã,
a guerra de libertação é dirigida pelo Vietminh, liga revolucionária fundada em 1941. Também
há guerra no Laos e no Camboja, que conquistam a independência em 1953.
A Conferência de Paz de Genebra, realizada em 1954, dividiu a Indochina em três Estados
independentes: Laos, Camboja e Vietnã. O Vietnã permanece dividido em duas zonas até 1976,
quando é reunificado.
Invadidas pelo Japão durante a II Guerra Mundial, a Indonésia (antiga colônia holandesa)
alcança sua independência em 1945 e as Filipinas (ex-colônia norte-americana), um ano de-
pois. Posteriormente, os países do Sudeste Asiático sob domínio inglês tornam-se indepen-
dentes: Mianmar (1948), Malásia (1957), Cingapura (1965) e Brunei (1984).
A Guerra Fria
Caro(a), a Guerra Fria (1945-1989) foi um período da história da humanidade em que Es-
tados Unidos e União Soviética polarizaram o poder e a disputa por áreas de influência do
planeta. Antes mesmo de terminar a Segunda Guerra Mundial, as principais potências Aliadas
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Outro fato significativo desta conferência foi a criação do Tribunal de Nuremberg que, utili-
zando o conceito jurídico de “crimes de guerra”, condenou onze líderes nazistas à morte. Ainda
assim, muitos nazistas fugiram para países sul-americanos e viveram secretamente, sendo
perseguidos pelo serviço de Inteligência de Tel Aviv, Israel.
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A Reconstrução da Europa
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serviu, ainda, para criar as bases do chamado Estado de Bem-Estar Social, que seria atacado
capitalismo ocidental, sendo um dos motivos para a vitória da esfera de influência dos EUA na
Guerra Fria.
Questão 8 (FGV) Em junho de 1947, o governo dos EUA passou a implementar um projeto
de reconstrução da Europa denominado Plano Marshall. Qual dos tópicos a seguir NÃO é uma
c) a necessidade que a Europa tinha de reunir recursos para pagar o seu principal credor,
os EUA, que lhe forneceram desde alimentos até materiais bélicos durante a II Guerra Mundial;
e) o interesse que os Estados Unidos tinham em fortalecer a ordem capitalista na Europa Oci-
Letra a.
Ora, a criação do Mercado Comum Europeu é causa do Plano Marshall e não consequência
deste. Todas as outras alternativas apresentam causas verdadeiras da criação do Plano Mar-
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A Reconstrução do Japão
A expressão “Guerra Fria” é uma referência ao fato de as duas potências não terem se
confrontado diretamente, sob o risco de exterminar a vida no planeta por possuírem armas
nucleares com grande poder de destruição.
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Assim, a ameaça constante de um conflito nuclear fez com que EUA (capitalismo) e URSS
(socialismo) travassem uma batalha no campo ideológico, ou terceirizassem esse conflito.
Houve uma corrida armamentista e espacial, desenvolvendo novas tecnologias que foram
“transferidas”, terceirizadas, para várias regiões do globo. Ocorre que, para justificar os cons-
tantes gastos militares, era necessário se “desfazer” do arsenal não utilizado ou obsoleto. Daí
podermos dizer que a Guerra Fria foi um negócio lucrativo para as duas potências.
O conflito entre capitalismo e socialismo acabou fazendo com que as duas potências bus-
cassem a maior quantidade de aliados possíveis. Para tanto, criaram mecanismos como a
OTAN, o Pacto de Varsóvia, o Plano Marshall, o COMECON, o Plano Colombo e o Kominform.
Vejamos um breve resumo sobre eles:
OTAN: Organização do Tratado do Atlântico Norte. Acordo de colaboração militar criado
pelos Estados Unidos em 4 de abril de 1949. Faziam parte Estados Unidos, Alemanha Ociden-
tal, Canadá, Portugal, Itália, Dinamarca, Noruega, Luxemburgo, Islândia, Bélgica, França, Reino
Unido e Países Baixos.
Pacto de Varsóvia: Os países alinhados à URSS fizeram sua versão de um acordo de coo-
peração militar. Fizeram parte do acordo: URSS, Alemanha Oriental, Bulgária, Hungria, Polônia,
Tchecoslováquia e Romênia.
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Plano Marshall: Plano de ajuda econômica elaborado pelos estados Unidos para os países
da Europa Ocidental. O objetivo era reconstruir os países devastados pela guerra e promover
um desenvolvimento suficiente para afastar a ameaça do socialismo que vinha da parte orien-
tal da Europa.
COMECON: Conselho para Assistência Econômica Mútua. Fundada em 1949, é a versão
soviética do Plano Marshall para promover a integração econômica das nações do Leste Eu-
ropeu.
Macarthismo: Movimento político norte-americano de combate ao comunismo no país nos
anos 1950. Para tanto, organizou-se uma verdadeira “caça às bruxas”, com violações dos di-
reitos civis e perseguição daqueles que opinassem em favor do regime soviético. O senador
republicano Joseph McCarthy foi a grande personalidade desse movimento, daí seu nome.
Doutrina Truman: Conjunto de práticas do governo dos Estados Unidos em escala mundial
que buscava conter o avanço do comunismo junto aos chamados “elos frágeis” do sistema
capitalista.
Kominform: Criado em 1947, tinha como função ser o centro de controle internacional dos
Partidos Comunistas mundiais e de movimentos comunistas, facilitando a influência soviética
e uniformizando a ação comunista, principalmente nos países do leste da Europa. Foi extinto
em 1956.
Em 13 de agosto de 1961 teve início a construção do Muro de Berlim. Como vimos, a Ale-
manha havia sido dividida em quatro áreas de influência. Contudo, houve a unificação da área
sob influência de Estados Unidos, França e Inglaterra, formando a República Federal Alemã
(RFA), capitalista. A área sob influência soviética se transformou na República Democrática
Alemã (RDA), socialista.
Do mesmo modo, a capital alemã, Berlim, também foi dividia em zonas de influência, mas
o detalhe é que Berlim ficou na RDA, ou seja, sob controle da URSS. Se aproveitando disso,
a URSS tratou de realizar um embargo à parte ocidental, capitalista. O problema é que esse
boicote fracassou e, diariamente, milhares de moradores de Berlim oriental migravam para a
parte capitalista. Estima-se que cerca de 3,5 milhões de pessoas migraram da parte socialista
para Berlim capitalista antes de 1961.
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A solução para o problema foi a construção de um muro que isolasse a parte capitalista.
A existência de dois sistemas numa mesma cidade era inviável. Assim, na madrugada do dia
13 de agosto de 1961, a RDA começou a construir um muro que separava a capital, isolando a
parte capitalista. Tal construção causou a separação violenta de dezenas de milhares de famí-
lias e amigos, separados pelo muro por quase três décadas.
No dia 9 de novembro de 1989 o muro foi derrubado pela própria população após o Partido
Comunista Alemão negociar com as potências ocidentais a liberação da circulação de pesso-
as entre as duas áreas. Esse fato marca o fim da Guerra Fria.
Caro(a), para facilitar seu estudo, vejamos um resumo didático das três fases da Guer-
ra Fria:
• Primeira fase: Guerra Fria Clássica (1947-1961): Momento de estruturação e organiza-
ção interna das duas potências. Nesse momento são criados mecanismo de combate
militar e ideológico, como o Plano Marshall, a OTAN, o Pacto de Varsóvia. Essa fase se
encerra com a solução da Crise dos Mísseis de Cuba de 1962.
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Foi o primeiro conflito armado da Guerra Fria, causando apreensão no mundo todo diante do
risco iminente de uma guerra nuclear. Após a expulsão dos japoneses, a Coreia foi dividida em
Coreia do Norte (socialista) e Coreia do Sul (capitalista). Após inúmeras tentativas de derrubar
o governo sul-coreano, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul em 25 de junho de 1950.
Ao longo de seus anos de duração, a Guerra da Coreia foi responsável pela morte de mais
de 2,5 milhões de pessoas e contou com a participação de tropas norte e sul-coreanas, tropas
chinesas, americanas e uma modesta participação de soldados soviéticos. O final da guerra
trouxe poucas mudanças de fronteira e manteve a divisão e a rivalidade das Coreias acesa por
bastante tempo. Cabe o destaque que, apesar da forte rivalidade, houve recentemente gestos
de aproximação realizados pelos dois governos.
A Guerra da Coreia foi resultado direto da divisão arbitrária daquela península por EUA e
URSS durante a Conferência de Potsdam, em julho de 1945. No entanto, para entendermos
melhor o contexto da divisão da península em 1945, é preciso recapitular alguns pontos da
história coreana ao longo do século XX.
A Península da Coreia sofria com interferências estrangeiras desde o começo daquele sé-
culo, pois, em 1910, a região foi oficialmente anexada ao território japonês a partir de um
acordo que garantia a anexação daquele território ao Japão e permitia a ocupação da região
por cidadãos japoneses.
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Com isso, deu-se início à formação de colônias de japoneses na Coreia a partir da tomada
das terras produtivas dos coreanos, além da exploração do trabalho dos coreanos por parte dos
japoneses. A ocupação japonesa na Coreia tornou-se violenta, principalmente a partir da década
de 1930, e casos de violência foram comuns, inclusive violência sexual contra coreanas.
Com a Segunda Guerra Mundial, os coreanos juntaram-se ao esforço de guerra realizado
pelos americanos e passaram a lutar contra os invasores japoneses. Apesar disso, é importan-
te pontuar que naturalmente houve colaboracionismo de parte da sociedade coreana com os
japoneses, havendo até mesmo a adesão de coreanos ao exército japonês.
Quando os japoneses foram derrotados em agosto de 1945, a parte norte da Coreia encon-
trava-se ocupada pelas tropas soviéticas que haviam iniciado a luta contra os japoneses na
Manchúria. Foi nesse contexto que americanos e soviéticos realizaram a divisão da península
entre si, cada qual ocupando-a militarmente e desenvolvendo um regime alinhado aos seus
interesses.
O marco dessa divisão ficou conhecido como Paralelo 38 e determinou que a parte norte
da península seria ocupada pelos soviéticos e que a parte sul seria ocupada pelos americanos.
Obviamente, os coreanos não foram consultados em nenhum momento enquanto a divisão era
estabelecida, e a divisão da península gerou muita insatisfação.
A partir da divisão da Península da Coreia, dois governos foram desenvolvidos em cada
parte. Ao norte, estabeleceu-se o governo comunista de Kim Il-sung; ao sul, estabeleceu-se um
governo capitalista governado por Syngman Rhee. As ocupações de soviéticos e americanos
na península foram encerradas em 1948 e 1949, respectivamente.
O amplo contato dos norte-coreanos com os soviéticos garantiu-lhes importante suporte
econômico e militar. Isso alimentou a ambição de Kim Il-sung de unificar toda a península so-
bre a sua liderança. Para que isso fosse possível, buscou o apoio dos soviéticos para organizar
a invasão da Coreia do Sul.
Stalin (líder da União Soviética), a princípio, não apoiava a ideia de uma invasão da Co-
reia do Sul, pois não queria um conflito aberto com os Estados Unidos, um risco que a guerra
poderia gerar. No entanto, a ocorrência da Revolução Chinesa e a ameaça de que a China se
tornasse uma nação mais influente na Ásia que a própria URSS, fez com que os soviéticos mu-
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dassem de ideia. Mesmo assim, o apoio soviético para a Coreia do Norte foi mais em questões
logísticas e de suprimentos do que propriamente militar.
Os chineses, a partir da pressão soviética, forneceram milhares de soldados do seu exér-
cito que lutaram na Guerra Civil Chinesa e garantiram a vitória dos comunistas chineses em
1949. Esses soldados, apesar de chineses, eram etnicamente descendentes de coreanos e
engrossaram as linhas do exército norte-coreano.
A guerra eclodiu em 25 de junho de 1950, quando as tropas norte-coreanas iniciaram a
invasão da Coreia do Sul. Rapidamente, seguiu-se uma reação internacional contra a ação dos
norte-coreanos. A ONU, em 27 de junho de 1950, condenou a invasão e aprovou que uma coali-
zação estrangeira fosse organizada para interferir no conflito em defesa da Coreia do Sul. Essa
decisão partiu da Resolução 83 do Conselho de Segurança.
Os conflitos sangrentos levaram a morte de aproximadamente 4 milhões de pessoas,
a maioria composta de civis. Diante da ameaça dos Estados Unidos de usar armas nucleares
contra a Coreia do Norte e China, caso esses exércitos não desocupassem a Coreia do Sul, um
tratado de paz foi assinado em 27 de julho de 1953: trégua em Panmunjom. A trégua, apesar
de ter sido negociada como algo temporário, colocou fim ao conflito.
Como resultado, até hoje as coreias são divididas nos moldes de 1953: Coreia do Norte,
socialista e Coreia do Sul, capitalista. Algumas mudanças de fronteira aconteceram e foi esta-
belecida uma zona desmilitarizada na fronteira entre os dois países. A relação entre as Coreias
permanece tensa até hoje, no entanto, observadores internacionais enxergam com otimismo
as possibilidades de reaproximação das Coreias no futuro.
O Vietnã era colônia francesa e, no final da Guerra da Indochina (1946-1954), foi dividido
em dois países. O Vietnã do Norte era comandado por Ho Chi Minh, possuindo orientação
comunista, aliado à União Soviética. Já o Vietnã do Sul, era uma ditadura militar aliada dos
Estados Unidos.
De 1959 até 1964, o conflito se limitou aos enfrentamentos entre Vietnã do Norte e Vietnã
do Sul, apesar da ajuda logística e belicista de Estados Unidos e União Soviética. Contudo,
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a partir de 1964, os Estados Unidos entraram diretamente no conflito, enviando soldados e
armamentos.
Em 1968, o exército norte-vietnamita invadiu o Vietnã do Sul e tomou a embaixada norte-
-americana em Saigon. A reação dos Estados Unidos foi enérgica, marcando o período mais
sangrento do conflito.
Nos Estados Unidos, inúmeros protestos, instigados pelo movimento hippie, pulularam exi-
gindo o fim da guerra, diante do número de soldados mortos e feridos em combate. Sem apoio
popular, e perante várias derrotas consecutivas, em 1973, foi assinado o Acordo de Paris, que
determinou o cessar-fogo. Em 1975 ocorreu a total retiradas das tropas norte-americanas.
O Vietnã do Norte saiu vencedor do conflito e, em 1976, unificou-se com o Vietnã do Sul sob o
regime comunista, com apoio da URSS.
A ilha cubana havia passado por uma revolução em 1959, contrariando interesses eco-
nômicos dos Estados Unidos, já que muitas propriedades rurais que pertenciam ao capital
norte-americano foram tomadas. Assim, os EUA realizaram incursões para derrubar o governo
revolucionário liderado por Fidel Castro e Ernesto Che Guevara.
A princípio, não havia interesse cubano em se aproximar da URSS. Entretanto, diante da
pressão realizada pelos Estados Unidos, o isolamento de Cuba significaria seu fracasso. As-
sim, Cuba acabou se aproximando da União Soviética implementando o socialismo na ilha.
Em 1962, a União Soviética tentou instalar bases de lançamento de mísseis em Cuba.
A reação dos Estados Unidos se deu através um bloqueio naval sobre Cuba. O mundo nunca
esteve tão próximo de um conflito nuclear. Contudo, após analisar os riscos, a URSS retirou os
mísseis de Cuba.
A Corrida Espacial
Estados Unidos e União Soviética protagonizaram uma verdadeira corrida pelo “domínio”
da órbita terrestre. A ideia era provar ter o melhor regime através da demonstração do desen-
volvimento da tecnologia aeroespacial.
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O primeiro ser vivo terrestre no espaço não foi um homem, mas a cadela russa Laika. Ela
foi ao espaço em 3 de novembro de 1957 a bordo da nave espacial Sputnik 2 e, infelizmente,
acabou morrendo devido ao stress e sobreaquecimento.
Em 12 de abril de 1961, os soviéticos enviaram o primeiro homem a orbita do planeta. Yuri
Gagarim realizou um voo orbital de 1 hora e 48 minutos e ficou conhecido pela celebre frase:
A Terra é azul.
Os americanos ultrapassaram as conquistas soviéticas em 1969, quando fizeram o primei-
ro homem caminhar na lua, na missão Apolo 11. Assim, Neil Armstrong e Edwin Aldrin torna-
ram-se os primeiros homens a caminhar no solo lunar. Foram gastos mais de US$ 20 bilhões
para essa empreitada.
Para resumir, a princípio, a corrida espacial visava o desenvolvimento de armas de longo
alcance, como mísseis intercontinentais e escudos espaciais, mas acabou levando o homem à
aventura da exploração do espaço. Além disso, grande parte da tecnologia desenvolvida nessa
corrida foi adaptada para fins militares.
A Desintegração da URSS
Um dos principais problemas enfrentados pela União Soviética foi a falta de desenvolvi-
mento tecnológico devido à falta de concorrência. Acontece que o monopólio das empresas
estatais não exigia que seus produtos fossem aprimorados, já que havia garantia de mercado
consumidor.
Ao longo da década de 1980, a crise econômica tomou conta da URSS. Desse modo, o par-
tido comunista começou a promover modificações profundas na economia e na política.
Mikhail Gorbatchev foi secretário geral da URSS de 1985 a 1991. Entre as reformas propos-
tas, as principais foram:
• Glasnost (transparência em russo): Foram medidas tomadas para a reestruturação po-
lítica, procurando implementar a democracia e a abertura política, com maior liberdade
de expressão e manifestação. Também promoveu uma política externa desmilitarizante,
com busca de acordos diplomáticos, principalmente com os Estados Unidos, pelo fim
da Guerra Fria e pela diminuição de arsenais nucleares.
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Em dezembro de 1990, Gorbatchev reforçou seus poderes presidenciais. Isso acabou pro-
vocando uma tentativa de golpe de Estado em agosto de 1991. Como o fracasso do golpe,
Gorbatchev promoveu o desmantelamento da URSS ao renunciar de seu cargo e propor uma
nova união de Estados independentes que permitisse a manutenção de um sistema comum de
defesa e trocas comercias.
Assim, em 1991, Gorbatchev renunciou seus poderes em favor dos presidentes das repúbli-
cas que eram ligadas à URSS, que, por sua vez, decidiram extinguir a URSS e formar, em dezem-
bro de 1991, a Comunidade dos Estados Independentes. A Guerra Fria chegava definitivamente
ao fim, junto com a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Questão 9 (FGV) “... com a subida de Gorbatchov ao poder, em 1985, a União Soviética ini-
ciou a renovação de seus quadros dirigentes e pôs em prática a reformulação da legislação
eleitoral, da administração popular e da economia...”
Das reformas a que o texto se refere surgiu a Glasnost:
a) um ousado plano de reestruturação da política e da economia que reduziu a participação
soviética em conflitos fora da Europa.
b) uma doutrina da “soberania limitada” que previa a existência de governos coniventes com o
monopólio de Moscou.
c) uma política de abertura, traduzida na campanha contra a corrupção e ineficácia administra-
tiva, maior liberdade política, econômica e cultural.
d) uma forma mais liberal de comunismo que incluía a ampliação das liberdades sindicais e
individuais na Rússia e excluía das mudanças os Estados satélites.
e) um plano quinquenal que priorizou a reforma agrária, a formação de cooperativas campone-
sas e adotou a educação obrigatória para todo o povo.
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Letra c.
Ao lado da Perestroika (Reestruturação), que pretendia reformular o sistema político-econô-
mico da URSS, tornando-o mais aberto ao mercado internacional, Gorbatchov também lançou
como elemento-chave o plano da Glasnost (Transparência), que consistia em procedimentos
para tornar mais ágil, transparente e eficaz a política e a economia da URSS.
Na segunda metade do século XX, a América Latina passou por uma profunda transforma-
ção em suas estruturas, trazida pela promessa da industrialização e da modernização. O pro-
cesso histórico se desdobrou e tomou outros caminhos que misturaram desenvolvimento,
autoritarismo, exclusão social e aumento da desigualdade. É certo que inúmeros aspectos da
nossa realidade foram sendo modificados. Contudo, quando olhamos para o conjunto dessas
realizações a impressão que fica não é das melhores.
Nesse contexto, surgiu a Teoria da Dependência, uma formulação teórica desenvolvida
por intelectuais como Ruy Mauro Marini, André Gunder Frank, Theotonio dos Santos, Vania
Bambirra, Orlando Caputo, Roberto Pizarro e outros. É baseada na leitura crítica e marxista de
processos de reprodução de subdesenvolvimento observados na chamada periferia do capita-
lismo mundial.
Esta teoria foi apresentada e defendida como uma espécie de contraposição à visão tra-
dicionalmente defendida por movimentos marxistas mais ortodoxos, especialmente por parti-
dos comunistas.
Esses estudos acabaram ganhando respaldo e orientação da CEPAL. Criada em 1948 pelo
Conselho Econômico e Social das Nações Unidas, a Comissão Econômica para a América
Latina e o Caribe (português brasileiro) ou Comissão Económica para a América Latina e Cara-
íbas (português europeu), tinha o objetivo de incentivar a cooperação econômica entre os seus
membros (CEPAL).
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Ela é uma das cinco comissões econômicas da Organização das Nações Unidas (ONU) e
possui 46 estados e oito territórios não independentes como membros. Além dos países da
América Latina e Caribe, fazem parte da CEPAL o Canadá, França, Japão, Noruega, Países Bai-
xos, Portugal, Espanha, Reino Unido, Turquia, Itália e Estados Unidos da América.
A explicação da “dependência” e a produção intelectual dos autores influenciados por essa
perspectiva analítica obtiveram ampla repercussão na América Latina no final da década de
1960 e começo da década de 1970.
Para o desenvolvimento de suas atividades, a CEPAL conecta-se com os diversos orga-
nismos especializados da ONU, governos de cada um dos Estados-membros, FMI, BID, OEA,
universidades, instituições acadêmicas, ONGs, organizações sindicais e empresariais, para a
concretização dos projetos de desenvolvimento estrutural da região. Granadinas, Suriname,
Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.
No pós-Segunda Guerra, assistimos ao surgimento de instituições financeiras supranacio-
nais: o FMI (Fundo Monetário Internacional), a OMC (Organização Mundial do Comércio) e o
Banco Mundial. A criação destas instituições é derivada das conferências de Bretton Woods.
O Sistema Bretton Woods é um gerenciamento econômico internacional que estabeleceu, em
julho de 1944, as regras para as relações comerciais e financeiras entre os países mais indus-
trializados do mundo. O sistema Bretton Woods foi o primeiro exemplo, na história mundial,
de uma ordem monetária totalmente negociada, tendo como objetivo governar as relações
monetárias entre Nações-Estado independentes.
Atualmente, o FMI conta com 187 países-membros e sua sede encontra-se em Washing-
ton, capital dos Estados Unidos. Seu principal objetivo é o de promover empréstimos e oferecer
créditos para controlar ou prevenir crises financeiras, além de atuar na cooperação monetária
internacional e proporcionar a expansão e distribuição de empregos.
Aqueles países que desejam receber empréstimos ou créditos do Fundo Monetário Interna-
cional precisam se comprometer a seguir determinadas condições previamente estabelecidas
pela instituição. Tais condições são denominadas de regras de condicionalidade e caracteri-
zam-se pelo seu caráter rígido de aplicação.
Geralmente, essas condições são chamadas de medidas de austeridade, que representam
a adoção de políticas de privatizações e diminuição dos direitos trabalhistas, aumento de juros
e cortes de gastos públicos.
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Em termos de recursos, o FMI conta com uma Conta Geral, que é mantida pelos próprios
países-membros, que contribuem conforme as suas riquezas, e uma Conta Especial, mantida
apenas pelas nações mais desenvolvidas.
A instância decisória máxima desse órgão internacional é a Assembleia de Governadores,
composta por um representante de cada país, geralmente aqueles encarregados de adminis-
trar a economia e as finanças da nação, como os ministros da economia e os presidentes de
bancos centrais.
Uma das principais críticas direcionadas ao FMI está na sua estrutura interna, especial-
mente à proporcionalidade dos votos nos espaços de decisão. Cada voto tem o valor equiva-
lente ao capital que cada um dos Estados-membros possui, de forma que as nações mais ricas
e desenvolvidas praticamente controlam a organização. Os votos dos EUA, por exemplo, valem
16,79% do total, enquanto o voto do Brasil vale 1,38%.
Outras críticas residem nos programas de ajuste econômico impostos pelo FMI aos países
que realizam empréstimos para salvar suas economias, uma vez que tais medidas são, na
verdade, uma imposição da adoção ou da intensificação do modelo econômico neoliberal, que
está longe de ser um consenso entre os economistas.
As ações do FMI junto à CEPAL, contribuíram para políticas econômicas de dependência
da América Latina em relação aos Estados Unidos e Europa. Ademais, a abertura da economia
à atuação de empresas multinacionais, contribuiu sobremaneira para que a industrialização da
região fosse promovida pelo capital internacional, gerando mais dependência.
Século XX
A Fase do Pós-Guerra
Querido(a), já vimos grande parte do contexto do pós-guerra. Foi um período que teve mui-
tos efeitos sociais, culturais e políticos. Movimentos e fenômenos incluem o auge da Guerra
Fria, o pós-modernismo, a descolonização, um aumento acentuado no consumo, o bem-estar
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Os Oprimidos do Terceiro Mundo
A expressão “Terceiro Mundo” surgiu na época da Guerra Fria, denominando os países que
não estavam nem do lado dos EUA nem do lado da URSS, os chamados “não alinhados”.
Utilizada pela primeira vez pelo demógrafo Francês Alfred Sauvy a expressão, hoje em de-
suso, foi extremamente importante durante a Guerra Fria, pois, representava sob uma mesma
denominação todos os países que não se inseriam no contexto da disputa “EUA x URSS”.
Não que estes países tenham passado ilesos por este episódio. Pelo contrário. A questão
é que, enquanto a URSS e os EUA travavam uma guerra diplomática pelo poder, a maioria do
mundo – quase todos os países da África, metade da Ásia, a Índia e a Oceania – ainda eram
colônias e sua preocupação se concentrava basicamente nos movimentos nacionalistas e em
como seria a postura de ambos os países para com eles. E não o contrário.
Foi nesse período que, ignorados pelos dois polos do mundo, os então, “países terceiro
mundistas” conseguiram (a maioria) sua independência e começaram a se organizar.
Alguns países do globo não pretendiam participar da Guerra Fria. Desse modo, resolveram
criar uma política de cooperação que ficou conhecida como Movimento dos Países Não Ali-
nhados.
Assim, em 1955, na Conferência de Bandung, Indonésia, vinte e três países asiáticos, mais
seis países africanos, decidiram criar um bloco de países de âmbito global para promover o
desenvolvimento econômico e diminuir as desigualdades sociais existentes.
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Esse bloco de países foi nomeado de Terceiro Mundo, enquanto os países socialistas se-
riam chamados de Segundo Mundo e os países capitalistas desenvolvidos de Primeiro Mundo.
A descolonização não significou apenas a independência política das colônias. Implicou
também a autonomia diante de uma série de problemas que marcaram o progresso desses
países e que, em muitos casos, ainda não foram resolvidos.
As economias dos países africanos e asiáticos dependiam fortemente dos capitais e in-
vestimentos externos, não consolidando um processo autônomo de desenvolvimento interno.
Na maioria dos casos, a situação econômica deteriorou-se progressivamente. A maior parte
dos países, sobretudo os africanos, sofre de instabilidade política devido a frequentes guerras
civis, golpes de Estado e ditaduras militares.
O crescimento demográfico, a estagnação econômica, as epidemias e as guerras étnicas
deterioraram seriamente o padrão de vida de boa parte dos afro-asiáticos. Os sucessivos de-
sastres naturais – secas, inundações, tufões, tsunamis – têm ocasionado terríveis catástrofes
humanas em várias regiões da África e da Ásia.
A maioria dos países africanos e asiáticos passou a fazer parte do Terceiro Mundo (conjun-
to de países subdesenvolvidos). A ausência de políticas adequadas e de programas de coope-
ração às vezes faz com que eles se distanciem cada vez mais do mundo desenvolvido.
Questão 10 (FGV) “... em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se
apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo,
mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos
povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes...”
A conferência a que o texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam
sofrendo as consequências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas de-
fendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
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Letra e.
A Conferência de Bandung foi o marco do movimento de descolonização afro-asiático. Seu prin-
cipal objetivo era a promoção de cooperação econômica e cultural entre eles, numa tentativa de
tentar independência do neocolonialismo das duas grandes potências, EUA e URSS, entre ou-
tros países imperialistas. Esses países afro-asiáticos foram, durante muitos anos, submetidos
a um domínio sociopolítico, além da discriminação racial. A Conferência de Bandung, então, foi
a pioneira em tratar de assuntos muito polêmicos e não antes discutidos, como o imperialismo,
o neocolonialismo e, principalmente, o racismo, tratando-o como um crime.
Querido(a), após as Segunda Guerra Mundial, principalmente após os anos de 1950, ocorre
a chamada Terceira Revolução Industrial.
A Terceira Revolução Industrial corresponde ao período após Segunda Guerra Mundial em
que o aprimoramento e os novos avanços no campo tecnológico passaram a abranger o cam-
po da ciência, integrando-o ao sistema produtivo. Essa fase da Revolução Industrial é também
conhecida como Revolução Técnico-Científica-Informacional.
Diversos campos do conhecimento começaram a sofrer mudanças em consequência do
avanço tecnológico vivido nesse período e jamais visto anteriormente. As indústrias que de-
senvolveram alta tecnologia começaram a se sobressair em relação às indústrias que se des-
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tacavam nas fases anteriores da Revolução Industrial, como a metalurgia, siderurgia e a indús-
tria de automóveis.
Assumiram posição de destaque, nesse momento, a robótica, genética, informática, te-
lecomunicações, eletrônica, entre outros. Os estudos desenvolvidos nessas áreas acabaram
modificando todo o sistema produtivo, visto que o objetivo era produzir mais em menos tempo,
empregando tecnologias avançadas e qualificando a mão de obra que assumiu a liderança em
todas as etapas de produção, comercialização e gestão das empresas envolvidas na fabrica-
ção e comércio dos bens produzidos.
Além de novas invenções, muitas criadas para servir à Segunda Guerra Mundial, houve
também aprimoramento de invenções mais antigas. Tudo isso associado ao processo produ-
tivo. Máquinas mais eficientes, instrumentos mais precisos e a introdução de robôs alteraram
o modo de organização da indústria, possibilitando o aumento da produção e dos possíveis
lucros, diminuindo os gastos com mão de obra, bem como diminuindo o tempo que se levaria
até a fabricação do produto final.
Além do desenvolvimento alcançado no setor industrial aliado ao desenvolvimento do cam-
po científico, a Terceira Revolução Industrial mudou também as relações sociais e as relações
entre o homem e o meio. As novas tecnologias desenvolvidas, nessa fase, possibilitaram que
as informações fossem transmitidas cada vez mais rápido e estimularam a interação entre as
pessoas do mundo todo.
O tempo e distância reduziram-se ao passo que o conhecimento se desenvolveu. As pes-
soas passaram a estar conectadas de maneira instantânea. Esse rompimento de barreiras
físicas e temporais que conectou culturas, tradições, línguas e história ficou conhecido como
globalização.
Muitas foram as consequências da Terceira Revolução Industrial e elas puderam ser nota-
das no campo das ciências, na espacialização e desenvolvimento das indústrias, na economia
e nas relações sociais. Essa fase da Revolução Industrial ainda é vivida nos dias atuais, bem
como seus resultados. Muitos bens produzidos e inventados nesse período são largamente
utilizados pela sociedade, especialmente os eletrônicos.
Para entender as consequências, é preciso primeiro ter uma ideia do que foi criado ao
longo da Terceira Revolução Industrial. A alta tecnologia possibilitou a criação de novos com-
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Já a Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, é, segundo o Fó-
rum Econômico Mundial, a transição em direção a novos sistemas mediante a revolução digi-
tal. O Fórum aponta que essa fase da revolução industrial não é considerada uma extensão da
Uma das características dessa fase é a tendência a 100% da automatização das fábricas
por meio de sistemas ciberfísicos. A Quarta Revolução Industrial é marcada pela nanotecno-
logia, neurotecnologia, robôs, inteligência artificial, biotecnologia, impressoras 3D, uso de dro-
nes, entre outros. Os países que já vivem essa realidade são, segundo o relatório de 2016 do
dustrial, conhecida como revolução tecnocientífica e informacional, iniciada nas últimas dé-
cadas do século XX, impôs ao mundo novas técnicas, novas maneiras de produzir e novos
produtos. Uma das principais características desse novo contexto foi o crescente desenvol-
vimento de empresas de alta tecnologia, cujas inovações permitiram que elas se libertassem
Assinale a opção que indica o fator locacional que atua, de modo decisivo, na estratégia de
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Letra e.
Querido(a), essa questão exige um pequeno exercício de lógica. Ora, as empresas de tecnolo-
gia buscam regiões que possuem bom desenvolvimento educacional para desenvolver novas
técnicas e produtos. Como poderão desenvolver novas tecnologias numa região que não ofe-
reça desenvolvimento educacional através de pesquisas científicas? Cuidado com a pegadi-
nha. Lembre-se de que as empresas de tecnologia desenvolvem seus projetos em regiões de
grande desenvolvimento intelectual. No entanto, a produção em larga escala destes produtos
é realizada em países que, sim, oferecem mão de obra barata, mercado consumidor e fontes
de matéria-prima.
O Petróleo
Acredita-se que o uso do petróleo esteja datado desde os primórdios da civilização. Povos
do Oriente Médio, Egito, Mesopotâmia, da China já haviam tido contato com o combustível
fóssil e o utilizado nas formas de betume, asfalto para pavimentação de estradas, iluminação,
lubrificação, fins bélicos.
A indústria petrolífera surgiu em meados do século XIX, quando foi desenvolvido o proces-
so de refinação do óleo na Escócia. O Azerbaijão era, nesse período, o maior produtor de petró-
leo, sua produção correspondia a mais de 50% da produção mundial. No continente americano,
o petróleo foi primeiramente encontrado no Canadá. No ano de 1859, iniciou-se a produção
nos Estados Unidos por meio de um poço de aproximadamente 21 metros perfurado na Pen-
silvânia.
Em 1960, foi criada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), compos-
ta por países que representam cerca de 25% das reservas mundiais de petróleo. O intuito da
organização é de fortalecer os países produtores de petróleo perante o mercado consumidor,
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No ranking, os Estados Unidos encontram-se na 11º posição, com 36,5 bilhões de barris,
e o Brasil na 15º posição, com 12,7 bilhões.
Em 1973, a OPEP, de maioria árabe, promoveu um aumento de 400% nos preços do barril
de petróleo. O intuito era impactar economicamente os Estados Unidos e Israel, em virtude das
derrotas sofridas por países árabes em confronto com Israel. Veremos mais detalhes sobre
isso mais adiante.
Os impactos mundiais foram extremamente significativos. Além de uma crise mundial,
alguns países passaram a investir em fontes alternativas de energia. Mais do que isso, países
desenvolvidos passaram a investir em novas tecnologias que demandassem menos energia.
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Em grande medida, podemos dizer que a terceira revolução industrial foi resultado da Crise
do Petróleo de 1973. A robótica, a genética e a biotecnologia são derivadas deste esforço por
superar a dependência do petróleo.
Nesse sentido, os países desenvolvidos produziam tecnologia e terceirizavam a produção
pesada, que demandasse muita energia, para os países subdesenvolvidos. De tal modo, a in-
dústria automobilística é um bom exemplo. Desenvolve-se a tecnologia no país, mas transfere-
-se a produção para algum outro país que tenha energia em abundância, mão de obra barata e
ofereça incentivos fiscais, diminuindo os custos da produção.
A região do Oriente Médio é uma das áreas mais conflituosas do mundo. Diversos fatores
contribuem para isso, entre eles: a sua própria história; origem dos conflitos entre árabes, isra-
elenses e palestinos; a posição geográfica, no contato entre três continentes; suas condições
naturais, pois a maior parte dos países ali localizados é dependente de água de países vizi-
nhos; a presença de recursos estratégicos no subsolo, caso específico do petróleo; posição no
contexto geopolítico mundial.
A origem dos conflitos entre árabes e israelenses está diretamente relacionada com o sur-
gimento do sionismo no final do século XIX. O sionismo teve origem oficialmente em 1896,
a partir de um livro publicado por um jornalista húngaro que se chamava Theodor Herzl.
O sionismo surgiu no auge dos nacionalismos europeus do final do século XIX e foi uma
resposta ao antissemitismo (ódio e aversão aos judeus) que ganhava força na Europa, espe-
cialmente no leste europeu. A partir daí, formou-se uma série de organizações sionistas, que
passaram a defender politicamente a formação desse Estado judeu e começou-se a investigar
a possibilidade de que esse Estado surgisse na Palestina.
No começo do século XX, a Palestina era majoritariamente ocupada por árabes e muçul-
manos. Dos 644 mil habitantes, somente 56 mil eram judeus. Durante a Primeira Guerra Mun-
dial, os ingleses haviam prometido a criação de um Estado judeu para os sionistas em 1917 a
partir da Declaração de Balfour.
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A questão é que os ingleses também haviam feito a mesma promessa para os palestinos
durante os anos da guerra. Os ingleses precisavam do apoio dos árabes na luta contra os oto-
manos. Depois da guerra, a ideia de formação de um Estado judeu na Palestina foi apoiada
pela Liga das Nações, o que gerou insatisfação e reforçou o nacionalismo árabe.
Durante a década de 1930, uma série de fatores reforçou a imigração de judeus para a Pa-
lestina. As organizações sionistas, por exemplo, estavam contando com apoio dos britânicos
no estabelecimento de núcleos de colonização de judeus na Palestina. Além disso, a crise
de 1929 havia fortalecido os movimentos fascistas na Europa e registrou-se um crescimento
acentuado do antissemitismo.
À medida que a presença judaica na Palestina aumentava, a rivalidade com os árabes tam-
bém crescia. Isso gerou duas respostas: revoltas organizadas pelos movimentos nacionalistas
dos árabes palestinos e a formação de milícias de extrema-direita entre os judeus, que ataca-
vam localidades habitadas pelos árabes.
Depois da Segunda Guerra Mundial e por causa do Holocausto na Europa, a presença dos
judeus na Palestina aumentou consideravelmente. Em 1945, os judeus eram 808 mil de 1,97
milhão de habitantes da Palestina. Nesse momento também houve o fim do domínio britânico
sobre a Palestina. A resolução da disputa entre árabes e judeus foi entregue para a ONU.
Com a questão da Palestina entregue à ONU, a criação do Estado de Israel foi levada à vo-
tação em uma Assembleia Geral realizada em novembro de 1947. Na Assembleia, decidiu-se
por 33 votos a favor, 13 contra e 10 abstenções pela criação do Estado de Israel. Além disso,
determinou-se que a Palestina seria dividida entre judeus e árabes, ficando 53% do território
para os judeus e 45% para os palestinos. A cidade de Jerusalém foi colocada sob controle
internacional.
A solução encontrada pela ONU não foi aceita pelas nações árabes, o que aumentou a ten-
são existente na região. Nesse contexto, registraram-se ataques de milícias israelenses contra
civis árabes. Quando houve a proclamação do Estado de Israel, em 14 de maio de 1948, uma
guerra iniciou-se. A primeira de muitas.
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Essa primeira guerra iniciada após a proclamação do Estado de Israel estendeu-se até ja-
neiro de 1949 e iniciou-se quando forças do Egito, Síria, Transjordânia (atual Jordânia), Líbano,
Iraque, além de forças palestinas, organizaram um ataque contra Israel.
O ataque dos árabes iniciou-se com bombardeios sobre Tel Aviv, capital de Israel, além de
terem sido organizados ataques terrestres dos exércitos árabes. Havia, no entanto, uma gran-
de diferença no treinamento entre as duas forças. O melhor preparo das forças israelenses
deu-lhes vantagem nesse conflito.
A guerra só foi encerrada em 9 de janeiro de 1949, quando as nações árabes assinaram um
armistício com Israel, que saiu como grande vencedor dessa guerra. Ao final da Primeira Guer-
ra árabe-israelense, o território de Israel aumentou em cerca de 1/3, e os israelenses passaram
a dominar cerca de 79% do território da Palestina. A grande consequência dessa guerra foi co-
lhida pelos palestinos: além das perdas territoriais, a guerra forçou mais de 700 mil palestinos
a se refugiar fora dos territórios que haviam sido conquistados por Israel. Isso ficou conhecido
pelos palestinos como “nakba”, que, do árabe, significa “tragédia”. O Estado de Israel até hoje
não permite o retorno desses refugiados para os antigos territórios.
Depois da primeira guerra, a relação entre Israel e os países árabes seguiu bastante tensa.
Na década de 1950, o Egito era governado por Gamal Abdel Nasser e possuía um governo ex-
tremamente nacionalista. Em 1956, o governo egípcio anunciou a nacionalização do Canal de
Suez (liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho), o que desagradou aos governos francês e
britânico, que possuíam interesses econômicos no canal. Assim, uma aliança da França e do
Reino Unido com Israel foi realizada, e os três países juntos organizaram um plano para atacar
as forças egípcias. Isso ocorreu em 29 de outubro de 1956, quando a Península do Sinai foi
atacada pelas tropas dos três países, iniciando a Guerra de Suez.
Os israelenses acabaram ocupando a Faixa de Gaza e o Sinai, o que enfureceu Estados
Unidos e União Soviética, pois ambos viram seus interesses prejudicados com a intervenção
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de israelenses, franceses e britânicos. A URSS ameaçou atacar Israel, e os EUA ameaçaram
novembro.
Passados onze anos da Guerra de Suez, a relação entre árabes e israelenses ainda era ten-
sa. Nesse contexto, surgiram grupos de resistência palestina: a Organização para a Libertação
da Palestina (OLP) e o Al Fatah. Essa última agia por meio de táticas de guerrilha e promovia
Em virtude do apoio do governo sírio ao Al Fatah, Israel respondeu com um ataque contra
seis aviões sírios. Os seis aviões foram derrubados por Israel enquanto faziam voo nos arredo-
res de Damasco. O ataque israelense enfureceu diversas nações árabes, que pressionaram o
Egito a tomar alguma ação contra Israel.
Assim, o Egito deu início a ações militares contra Israel e foi acompanhado por Jordânia e
Síria. Os egípcios enviaram tropas para o Sinai e expulsaram as tropas da ONU que estavam
na região desde a guerra de 1956. Além disso, bloquearam o estreito de Tiran, impedindo a
passagem das embarcações israelenses.
A partir do dia 5 de junho de 1967, o exército de Israel deu início à Guerra dos Seis Dias
ao organizar um ataque como resposta aos árabes. Foram conduzidos ataques aéreos e ter-
restres de maneira fulminante. No prazo de seis dias, os israelenses haviam conquistado uma
série de territórios. No dia 10, foi assinado um armísticio, e a guerra teve fim.
Como consequência dessa guerra, Israel conquistou Jerusalém Oriental, a Cisjordânia, Pe-
nínsula do Sinai e Colinas de Golã. Foram realizadas negociações posteriores para discutir a
devolução dos territórios ocupados por Israel, mas a intransigência das nações árabes fez com
que as negociações fossem um fracasso. Alguns desses territórios estão ocupados por Israel
até hoje.
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O último conflito aconteceu sete anos depois, em 1973, e ficou conhecido como Guerra de
Yom Kippur. Essa guerra iniciou-se a partir de um ataque surpresa, no dia do feriado israelense
de Yom Kippur, conduzido por egípcios e sírios contra Israel no dia 6 de outubro de 1973, no
Sinai e em Golã. Esse ataque foi uma tentativa das duas nações de recuperar os territórios que
haviam perdido durante a Guerra dos Seis Dias.
A Guerra de Yom Kippur apresentou diferentes fases: na primeira, houve vantagem das for-
ças árabes e, na segunda fase, as forças israelenses impuseram-se. A guerra estendeu-se até o
dia 22 de outubro, quando, por mediação dos EUA e da URSS, uma trégua foi assinada. O objeti-
vo das duas nações árabes de recuperar seus territórios, no entanto, não foi alcançado.
Como consequência deste conflito, os países árabes produtores de petróleo fundaram a
OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo) e aumentaram o valor do barril do
produto como meio de atingir financeiramente o Israel e Estados Unidos, seu aliado desde a
fundação do Estado de Israel em 1948.
Acordo de Camp David
Em 1979, por meio do Acordo de Camp David (EUA), mediado pelos norte-americanos,
a Península do Sinai foi devolvida por Israel ao Egito, cuja devolução foi concretizada em 1982.
Da parte do Egito, ficou acertado o acordo de não agressão a Israel e permissão para os
judeus navegarem pelo Canal de Suez. O Egito que além de respeitar o acordo de não agressão
aos judeus, tornou-se importante aliado do Ocidente, além de combater avidamente a Irman-
dade Muçulmana.
lonos israelenses como forma efetiva de ocupação territorial; as Colinas de Golã continuariam
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Intifada
Entre o período de 1987 e 1993, ocorreu a primeira Intifada (levante popular) dos palestinos
contra a ocupação israelense em Gaza e na Cisjordânia.
As manifestações populares, que se iniciaram em Gaza, para posterior expansão para a
Cisjordânia e Jerusalém Oriental, consistiam em arremessar pedras contra soldados israelen-
ses, que frequentemente revidavam, causando mortes e prejudicando a imagem de Israel dian-
te da comunidade internacional.
No ano de 1988, o Conselho Nacional Palestino proclamou o Estado Palestino nos terri-
tórios de Gaza e da Cisjordânia. No mesmo ano, o rei Hussein da Jordânia reconheceu a OLP
como liderança legítima dos palestinos, oficializando a desistência de ocupar a Cisjordânia.
Junto com a Intifada, nasceu o grupo Hamas (despertar, em árabe), com origem na Irman-
dade Muçulmana (Egito), tornando-se um importante movimento de resistência islâmica na
Faixa de Gaza, sendo um grupo sunita e considerado terrorista por países europeus, EUA e
Israel, atuando em duas frentes: política, com trabalhos sociais junto aos palestinos, e militar
com ataques terroristas contra posições israelenses, utilizando homens-bomba e lançamento
de foguetes contra o território de Israel.
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Letra a.
Esta é para gabaritar! Fatalmente seu concorrente também acertaria essa com facilidade.
Guerra do Líbano
O território do Líbano viveu uma guerra civil a partir de 1958, causada pela disputa de poder
entre grupos religiosos do país: os cristãos maronitas, os sunitas (muçulmanos que acreditam
que o chefe de Estado deve ser eleito pelos representantes do Islã, são mais flexíveis que os
xiitas), drusos, xiitas e cristãos ortodoxos.
O poder, no Líbano, era estratificado. Os cargos de chefia eram ocupados pelos cristãos
maronitas, o Primeiro-Ministro era sunita e os cargos inferiores ficavam com os drusos, xiitas
e ortodoxos. No entanto, os sucessivos conflitos na Palestina fizeram com que um grande
número de palestinos se refugiasse no Líbano, descontrolando o modelo de poder adotado, já
que os muçulmanos passaram a constituir a maioria no Líbano.
A Síria rompeu sua aliança com a OLP e resolveu intervir no conflito ao lado dos cristãos
maronitas. Durante a ocupação israelense aconteceram os massacres de Sabra e Chatila. Foi
com o apoio norte-americano que o cristão maronita Amin Gemayel chegou ao poder em 1982.
Revoltados com a presença das tropas norte-americanas na região, o quartel-general da
Marinha americana foi atacado em outubro de 1983 e causou a morte de 241 fuzileiros. O aten-
tado e a pressão internacional fizeram com que os Estados Unidos retirassem suas tropas do
Líbano em fevereiro de 1984. As tropas israelenses também foram retiradas do Líbano, o que
enfraqueceu os cristãos.
Os drusos se aproveitaram desta situação, dominaram a região do Chuf, a leste de Beirute,
e expulsaram as comunidades maronitas entre 1984 e 1985. De outro lado, o sírio Hafez Assad
e seus partidários libaneses detonaram uma onda de atentados a bairros cristãos e tentavam
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A partir de 1963, o xá Mohamed Reza Pahlev promoveu uma campanha para a moderni-
zação do Irã por meio da “Revolução Branca”, que incluía reforma agrária, emancipação da
mulher (direito a voto) e industrialização por intermédio de empresas multinacionais. Os laços
político-econômicos com os EUA tornaram-se mais fortes.
No ano de 1977, cresceu a oposição ao governo autoritário do xá, pois a modernização
imposta no país era vista como “ocidentalização” pelas correntes muçulmanas tradicionais.
A oposição tornou-se mais forte diante da crise econômica que atingia o país e da ampla cor-
rupção que tomava conta do governo em 1978.
Em 1979, o xá Reza Pahlev, diante da falta de controle sobre a insurreição, deixou o poder
e fugiu do país. O líder religioso aiatolá Ruholá Khomeini retornou ao país de maneira triunfal
como líder da Revolução Fundamentalista, vindo do exílio na França.
Em 1º de abril, foi estabelecida a criação da República Islâmica do Irã, promovendo a for-
mação de um Estado Teocrático, apoiado pela Guarda Revolucionária, cuja autoridade máxima
seria o aiatolá, líder religioso supremo (o presidente seria eleito pelo povo, no entanto ficaria
subordinado ao poder do aiatolá), sobrepondo-se às agrupações de esquerda que tiveram par-
ticipação na queda do xá, porém ficaram fora do poder.
A paralisação da produção de petróleo pelo Irã e seu rompimento com o Ocidente provoca-
ram o segundo choque ou crise do petróleo.
O Irã passou por uma reestruturação político-social como Estado Teocrático, afastando-se
da “ocidentalização” por meio do fundamentalismo religioso, determinando às mulheres a obri-
gatoriedade de cobrirem o rosto em público – com o uso do xador –, proibindo filmes ocidentais
e o consumo de álcool, impondo sua doutrina e seus costumes religiosos tradicionais etc.
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Em setembro de 1980, tropas iraquianas (árabes) invadiram o Irã (persa), sob o pretexto de
não concordar com o Tratado de Argel de 1975, que definiu os limites fronteiriços (partilha) en-
tre os dois países no Chatt-el-Arab, canal de acesso dos iraquianos ao Golfo Pérsico por onde
é escoada a produção petrolífera.
Havia, no entanto, outros fortes motivos para a guerra: a cobiça pelo petróleo na província
iraniana do Cuzistão; o desejo do Iraque em recuperar terras perdidas para o país vizinho na
década de 1970; a preocupação com a influência iraniana na ascensão dos xiitas que são a
maioria da população iraquiana.
A preocupação com uma possível insurreição dos xiitas no Iraque levou os EUA e a Europa
Ocidental a apoiar o governo iraquiano de Saddam Hussein, sunita, e que chegara ao poder por
meio de um golpe em 1979.
A guerra que era para ser rápida, como Saddam Hussein havia idealizado ao Ocidente, tor-
nou-se longa, provocando a morte de 1 milhão de pessoas e de 1,7 milhão de feridos, além de
ampliar a frota norte-americana na região. O conflito terminou sem vencedor com a mediação
da ONU. Khomeini morreu em 1989, sendo sucedido por Ali Khamenei, aiatolá ortodoxo. Em
1990, os dois países reataram as relações diplomáticas, com Saddam Hussein, aceitando o
limite fronteiriço do canal de Chatt-el-Arab.
Guerra do Golfo
O resultado prático da Guerra Irã-Iraque foi uma enorme dívida contraída pelo governo ira-
quiano, agravada pelo baixo preço do barril de petróleo. Sem ter como pagar, Saddam Hussein
decidiu invadir o território do Kuwait, grande exportador de petróleo, com os seguintes interes-
ses:
• dominar o Kuwait que havia sido província do Iraque, segundo Saddam Hussein;
• o território kuwaitiano era um estado-tampão, que servia aos interesses ocidentais;
• a possibilidade de ampliar a saída para o Golfo Pérsico;
• o domínio dos poços de petróleo serviu para pagar a enorme conta da guerra contra
o Irã.
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Foi assim que, em agosto de 1990, iniciou-se a Guerra do Golfo, a qual levou novamente os
EUA, maior consumidor mundial de petróleo, a intervir militarmente na região diante da anexa-
ção do território kuwaitiano pelo Iraque.
Com o aval da ONU, foi formada uma coalizão militar de forças aliadas (EUA, Reino Unido,
Egito, Arábia Saudita) sob a liderança dos EUA. Os fuzileiros americanos desembarcaram no
Golfo Pérsico, Operação Tempestade no Deserto em janeiro de 1991, para expulsar os solda-
dos iraquianos, antes seus aliados.
A ONU estabeleceu sanções econômico-comerciais contra o Iraque em relação à exporta-
ção de petróleo, que teve a venda controlada, agravando a situação socioeconômica no país.
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Essa charge foi elaborada em 1991, no contexto da primeira Guerra do Golfo, um dos primeiros
conflitos transmitidos ao vivo pelas redes de TV.
Sobre a principal mensagem da charge, assinale a afirmativa correta.
a) Os assuntos africanos são minimizados em razão da nacionalidade europeia das emissoras.
b) A África comparativamente é o continente mais jovem em termos demográficos.
c) Os problemas africanos são desvalorizados por eventos em outras regiões.
d) As questões africanas só podem ser resolvidas em uma perspectiva global.
e) A origem dos problemas africanos deve ser buscada nos conflitos da península arábica.
Letra c.
Questão de interpretação e de fácil resolução. Ora, a charge ilustra a preocupação com a Guer-
ra do Golfo e o ignorar dos problemas africanos.
O Mundo Pós-Guerra Fria
Querido(a), este conteúdo não está listado no edital, mas é melhor evitarmos surpresas.
Em várias ocasiões, a FGV faz uma ponte entre o presente e o passado. Assim, melhor pecar-
mos pelo excesso do que pela falta.
Com a dissolução da URSS, em 1991, iniciou-se uma década de conturbações. Surgiram
conflitos nacionalistas nas antigas áreas de influência da antiga União Soviética, mais especi-
ficamente na região dos Balcãs e do Cáucaso. Por outro lado, iniciou-se um processo de maior
integração econômica entre os países, dando forma à globalização e à formação de blocos
econômicos.
Hoje, devido à globalização e à queda do mundo bipolar, os laços e relações entre os paí-
ses se multiplicaram, se tornaram mais complexos e se diversificaram. Nas décadas recentes,
os grandes centros universitários aumentaram – e muito – o número de seções sobre geogra-
fia política, respondendo a uma demanda crescente de análises dessa área.
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Com suas pesquisas sobre as interações entre as grandes regiões e zonas do mundo (ener-
gética, matérias-primas, fluxo de mercadorias, rotas de comércio etc.), a geografia política se
interessa naturalmente na política internacional e seus aspectos diplomáticos.
Nesse período temos o ataque terrorista por fundamentalistas islâmicos, aos Estados Uni-
dos (11 de setembro de 2001), dando autoridade ao presidente americano, George W. Bush,
para iniciar a chamada Guerra ao terror.
O século XXI é marcado como uma era de incertezas. O espaço geográfico se reorganizou
de maneira diferente em cada parte do mundo. A União Europeia, que se consolidou desde
a sua formação embrionária no pós-Segunda Guerra, hoje vive a incerteza com a saída da
Inglaterra (Brexit). Vários países que despontaram como líderes mundiais nos anos de 1990,
recentemente passaram por crises econômicas. A China alcançou tamanho desenvolvimento
que se tornou a maior economia do mundo, a despeito de seu sistema de governo autoritário.
Alguns países subdesenvolvidos, antes meros coadjuvantes, tornaram-se protagonistas
das relações comerciais mundiais. Exemplo disto são os membros do BRIC’s (Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul).
A chamada Primavera Árabe, de 2011, questionou governos autoritários na Tunísia, Egito,
Síria, Argélia, Líbia e Iêmen. No caso Sírio, as manifestações iniciaram uma guerra civil que
favoreceu o crescimento do chamado Estado Islâmico, uma organização fundamentalista ex-
tremamente violenta.
O continente Africano, antes negligenciado, passou a figurar no cenário internacional, prin-
cipalmente em função dos seus recursos naturais. Destaque para o petróleo na Nigéria, onde
surgiu o grupo terrorista Boko Haran.
Na América Latina, os anos de 1990 fora de ascensão dos governos neoliberais, privatizan-
do estatais e recursos naturais, bem como diminuindo a influência do Estado na economia. Já
na virada do milênio, assistimos ao surgimento de governos de esquerda, que privilegiaram
políticas de inclusão social.
Recentemente, notamos um aumento das tensões entre as principais potências: vivemos
um momento de mudança, com a superpotência hegemônica, os Estados Unidos de Donald
Trump, buscando de forma agressiva manter sua supremacia, com o confronto mais do que
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com a cooperação, mesmo enfrentando acusações que teria sido auxiliado por uma interferên-
cia da Rússia na sua eleição.
Isto se deve porque a China se sente cada vez mais segura de si e aspira a uma maior pro-
eminência. Ainda, a decadente Rússia, está cada vez mais insegura e, portanto, disposta a dar
pontapés para reequilibrar seu declínio. E mais: a União Europeia ainda afligida por desafios
existenciais.
Percebe-se, também, uma crescente tensão entre os setores até recentemente dominantes
que defendem o modelo globalista e as classes populares que, ao se verem prejudicadas, abra-
çam propostas antagônicas. O nacionalismo, em poderosa ascensão nesta década, é o grande
emblema em todo este panorama.
Esse nacionalismo está emergindo como o principal catalisador da raiva e do medo das
classes perdedoras na globalização. Trabalhadores que sofrem desindustrialização; classes
média e baixa, sem a formação e a cultura para surfar na onda da nova economia; agricultores
que sofrem concorrência de outros mercados e vivem mal, apesar dos subsídios; jovens que
não encontram lugar no mundo do trabalho. Ademais, os conflitos na Síria e a fome na África
tem provocado um surto imigratório para a Europa que está longe de ser solucionado.
Esses segmentos sociais rejeitam o sistema que os desfavorece e culpam as elites por
tê-lo moldado de maneira injusta. Apegam-se a propostas nacionalistas como vetor dessa
rejeição, para confrontar as elites liberais e cosmopolitas que, junto com setores sociais pro-
tegidos (funcionários públicos, aposentados...), tendem a defender o sistema. É de onde vêm
Trump, Salvini e o Brexit, assim como outros movimentos ideologicamente indefinidos, como
o dos Coletes Amarelos (França) e o Cinco Estrelas (Itália).
Nas potências emergentes também o nacionalismo é a principal bandeira neste tempo. Na
China, o regime autoritário o utiliza em chave interna para manter o controle sobre suas fileiras
num momento de desaceleração econômica, e em chave externa para consolidar seu impul-
so por um reequilíbrio geopolítico global. A democrática Índia também optou pela proposta
nacionalista de Narendra. A Rússia vive também apegada ao nacionalismo de Putin desde o
começo deste século XXI.
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A saída do Reino Unido da União Europeia, as eleições para o Parlamento Europeu previs-
tas para 26 de maio de 2020, a guerra comercial global, a luta da China para evitar uma abrupta
regionais no Oriente Médio etc. Quase tudo pode ser decodificado através do prisma do nacio-
ao mal-estar social no Ocidente. Muitos cidadãos percebem que a globalização produziu uma
forte emigração dos empregos no setor industrial e que os fluxos imigratórios criam uma forte
concorrência pelos postos de trabalho e minguantes serviços sociais. Correta ou não, essa é a
percepção de muitos, e a resposta dos líderes nacionalistas é simples: protecionismo comer-
e a China. Washington obteve uma vantajosa renegociação de seu tratado de livre comércio
com o Canadá e o México em 2018. Mas, obviamente, a UE e a China são atores com um peso
específico muito superior. Ainda mais com a China implementando a chamada A Nova Rota
da Seda, também chamada de Um Cinturão, Uma Rota, que prevê a construção de corredores
terrestres e uma via marítima para integrarem a economia chinesa à Europa e à África.
No que tange às questões ambientais, Donald Trump, anunciou a saída dos Estados Unidos
do Acordo de Paris (sobre a redução de poluentes) alegando que seria prejudicial aos interes-
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A Nova Rota da Seda chinesa, denominada Um Cinturão, Uma Rota, prevê a construção de cor-
redores terrestres e uma via marítima para integrarem a economia chinesa à Europa e à África.
A esse respeito, assinale a opção correta.
a) Permite projetar a China como potência mundial, ao conectar mais da metade da população
do globo por meio de corredores econômicos transcontinentais.
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Letra a.
A Nova Rota da Seda é uma nova estratégia geopolítica do governo Chinês. Ao invés do do-
mínio militar, no qual os Estados Unidos têm ampla vantagem, os chineses buscam o poder
econômico. Tal projeto prevê, além da construção da ferrovia, empréstimos e outros projetos
de infraestrutura. Ao evitar o Fundo Monetário Internacional (FMI) para realização desse pro-
jeto a China se torna credora de diversos países na região com comércio global mais intensa
do planeta.
Querido(a), chegamos ao final de mais uma parte teórica. Encerramos os estudos sobre
História Geral. Na sequência, estude o resumo memorizando-o para criar links cognitivos.
Ao ler sobre o muro de Berlin, por exemplo, você precisa linkar imediatamente com a Guerra
Fria. Entendeu?
Na próxima aula iniciaremos nossos estudos sobre a História do Brasil Ah, não se esqueça
de avaliar a aula ok!
Até breve! Um grande abraço.
Professor Daniel
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RESUMO
Crise de 1929
• Superprodução.
• Especulação financeira leva à valores artificiais das ações.
• Fordismo: produção em larga escala sem atender ao mercado consumidor. Gera esto-
que de mercadorias.
• Liberalismo: falta de fiscalização do estado na economia.
• Solução: New Deal. Keynesianismo. Intervenção do estado na economia para salvar o
capitalismo.
Regimes Totalitários
• Autoritarismo, radicalismo, extermínio da oposição, nacionalismo.
• Fascismo: Itália, Mussolini, Carta del Lavoro, Tratado de Latrão.
• Nazismo: Alemanha, Hitler, teoria do espaço vital, expansionismo, racismo, holocausto.
Guerra Fria
• Conflito ideológico entre capitalismo (EUA) e socialismo (URSS).
• Terceirização dos conflitos: Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã, Crise dos Mísseis de
Cuba, Conflitos Árabe-israelenses.
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• Corrida Espacial.
• Desintegração da URSS: falta de tecnologia, perestroika e glasnost.
Terceiro Mundo
• Não alinhamento na Guerra Fria.
• Conferência de Bandung.
• Subdesenvolvimento.
Oriente Médio
• Conflitos religiosos.
• Questão árabe-israelense: criação do estado de Israel (1948).
• Petróleo: Crise de 1973.
• Revolução Xiita no Irã.
• Guerra do Irã x Iraque.
• Guerra do Líbano.
• Guerra do Golfo.
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MAPAS MENTAIS
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(J. K. Galbraith, Dias de boom e de desastre In J. M. Roberts (org), História do século XX, 1974, p. 1331)
Segundo Galbraith,
a) a crise do capitalismo norte-americano em 1929 não abalou os seus fundamentos porque
foi gerada por ele mesmo, isto é, o funcionamento da economia provocou a superprodução
agrícola e industrial, a especulação na bolsa de valores, e a expansão do crédito, o que garan-
tiu os lucros aos empresários, diminuindo a desigual distribuição de renda com o recuo do
desemprego.
b) a época referida no texto diz respeito à crise dos anos 1950, pós-Segunda Guerra, portanto
externa ao capitalismo dos Estados Unidos, uma vez que os Estados europeus, endividados e
destruídos, continuaram a contrair empréstimos e a comprar produtos norte-americanos, e os
empresários, internamente, especularam na bolsa de valores, para minimizar os efeitos do
desemprego.
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c) nos fins dos anos 1920, com a economia desorganizada pela Primeira Guerra Mundial, o ca-
pitalismo norte-americano cresceu rumo à superprodução, com investimentos na indústria,
à restrição ao crédito e ao controle da especulação na bolsa de valores, pois a crise foi motiva-
da apenas por motivos internos, o que facilitou a intervenção do Estado.
d) a crise de 1929 foi gerada pelo próprio funcionamento do capitalismo nos Estados Unidos
dos anos 1920, em um clima de euforia com o aumento da produção, a especulação na bolsa
de valores, a concentração de renda e o crédito fácil, sem intervenção do Estado, apesar da
diminuição das importações europeias e dos crescentes índices de desemprego.
e) a crise dos anos pós-Segunda Guerra Mundial mostrou a importância da ação do Estado, na
medida em que a intervenção reduziu os desequilíbrios causados pelo próprio funcionamento
da economia norte-americana, isto é, preservou o lucro dos empresários, baixou os índices da
produção agrícola e industrial, e controlou os altos níveis do desemprego.
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Questão 8 (FGV) Em junho de 1947, o governo dos EUA passou a implementar um projeto
de reconstrução da Europa denominado Plano Marshall. Qual dos tópicos a seguir NÃO é uma
causa desse plano:
a) o temor trazido pela criação do Mercado Comum Europeu (MCE);
b) o deslocamento do controle do capitalismo da Europa para os EUA e sua crescente influên-
cia sobre os países europeus;
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c) a necessidade que a Europa tinha de reunir recursos para pagar o seu principal credor,
os EUA, que lhe forneceram desde alimentos até materiais bélicos durante a II Guerra Mundial;
d) a necessidade de se reconstruírem as cidades e de recuperarem a indústria e a agropecuária
europeia, devastadas durante a II Grande Guerra;
e) o interesse que os Estados Unidos tinham em fortalecer a ordem capitalista na Europa Oci-
dental e, assim, impedir a expansão do socialismo no continente.
Questão 9 (FGV) “... com a subida de Gorbatchov ao poder, em 1985, a União Soviética ini-
ciou a renovação de seus quadros dirigentes e pôs em prática a reformulação da legislação
eleitoral, da administração popular e da economia...”
Das reformas a que o texto se refere surgiu a Glasnost:
a) um ousado plano de reestruturação da política e da economia que reduziu a participação
soviética em conflitos fora da Europa.
b) uma doutrina da “soberania limitada” que previa a existência de governos coniventes com o
monopólio de Moscou.
c) uma política de abertura, traduzida na campanha contra a corrupção e ineficácia administra-
tiva, maior liberdade política, econômica e cultural.
d) uma forma mais liberal de comunismo que incluía a ampliação das liberdades sindicais e
individuais na Rússia e excluía das mudanças os Estados satélites.
e) um plano quinquenal que priorizou a reforma agrária, a formação de cooperativas campone-
sas e adotou a educação obrigatória para todo o povo.
Questão 10 (FGV) “... em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se
apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo,
mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos
povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes...”
A conferência a que o texto se refere é apontada como um
a) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam
sofrendo as consequências do processo de industrialização na Europa.
b) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas de-
fendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.
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c) Jordânia.
d) Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.
e) Organização de Libertação da Palestina (OLP).
Essa charge foi elaborada em 1991, no contexto da primeira Guerra do Golfo, um dos primeiros
conflitos transmitidos ao vivo pelas redes de TV.
Sobre a principal mensagem da charge, assinale a afirmativa correta.
a) Os assuntos africanos são minimizados em razão da nacionalidade europeia das emissoras.
b) A África comparativamente é o continente mais jovem em termos demográficos.
c) Os problemas africanos são desvalorizados por eventos em outras regiões.
d) As questões africanas só podem ser resolvidas em uma perspectiva global.
e) A origem dos problemas africanos deve ser buscada nos conflitos da península arábica.
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A Nova Rota da Seda chinesa, denominada Um Cinturão, Uma Rota, prevê a construção de cor-
redores terrestres e uma via marítima para integrarem a economia chinesa à Europa e à África.
A esse respeito, assinale a opção correta.
a) Permite projetar a China como potência mundial, ao conectar mais da metade da população
do globo por meio de corredores econômicos transcontinentais.
b) Promove a abertura da China para a economia de mercado, ao buscar parcerias comerciais
estrangeiras como principal estratégia de desenvolvimento do país.
c) Exemplifica a ambição geopolítica da China de dominar o mercado asiático, disputando zo-
nas de influência com a Parceria Transpacífica, idealizada pelo governo Trump.
d) Fortalece a participação chinesa no BRICS, ao privilegiar investimentos em infraestrutura
física e digital para seus países membros.
e) Representa uma iniciativa de intercâmbio tecnológico com a África e com a Eurásia para
criar elos logísticos facilitadores da exportação de commodities chinesas.
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (ESPCEX/2017) “Tendo subido os degraus da democracia, Hitler jogou a escada
fora.” Blainey, Geofrei em Uma Breve História da Século XX
De 1919 a 1933, a Alemanha viveu sob o signo da “República de Weimar”, primeira experiência
democrática da história alemã. Junto com a República de Weimar, nasceu o Partido Nazista,
que pregava, entre outras coisas: a existência da raça ariana; o nacionalismo exacerbado; o
totalitarismo; e o anticomunismo. Em 1932, o Partido Nazista conquistou, democraticamente,
230 cadeiras no Parlamento, e Hitler foi nomeado Chanceler. A partir daí, houve uma espiral
totalitarista que resultou na 2ª Guerra Mundial.
Aponte, dentre as alternativas abaixo, aquela que explica a ascensão democrática dos Nazis-
tas ao poder.
a) A Revolução Russa de 1917 já havia instaurado o comunismo em países como a Polônia,
a Hungria e a Tchecoslováquia e continuava avançando em direção à Europa Ocidental, cau-
sando medo na população alemã, que resolveu eleger um partido claramente anticomunista.
b) A grave crise econômica iniciada com a queda da Bolsa de Nova York, em 1929, aumentou
ainda mais o sentimento de humilhação imposto pelo Tratado de Versalhes, gerando em gran-
de parte da população o desejo por um líder carismático capaz de resgatar a honra nacional.
Isso justificava a escolha de um partido ultranacionalista que promulgava a existência de uma
raça superior.
c) A morte do Presidente alemão Paul von Hindenburg levou à necessidade de escolher outro
líder carismático, com capacidade de resgatar a honra nacional. Hitler, do Partido Nazista, per-
sonificava esse líder.
d) O Fascismo na Itália, um regime claramente ditatorial, estava se expandindo por outros pa-
íses da Europa, como Portugal, Hungria e Polônia. Isso amedrontou a população alemã, que
optou por eleger, democraticamente, o Partido Nazista.
e) O sucesso da Guerra Civil Espanhola, que derrotou o socialismo naquele país, com apoio do
Partido Nazista, trouxe esperanças ao povo alemão, que resolveu eleger seus integrantes.
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Questão 2 (ESPCEX/2014) Nos primeiros anos da década de 1930, o mundo assistiu a uma
grave crise econômica que atingiu boa parte do mundo capitalista. Para combatê-la o governo
dos Estados Unidos da América adotou um conjunto de medidas que ficou conhecido como
New Deal. Esse programa
a) diminuiu a intervenção do Estado na economia.
b) aumentou a intervenção do Estado na economia.
c) retirou a presença do Estado da economia.
d) tornou a economia americana mais liberal.
e) provocou a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, dando origem ao episódio que ficou
conhecido como a “quinta-feira negra”.
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c) tornou-se o maior símbolo da Guerra Fria, pois dividia uma cidade nos dois sistemas econô-
mico-ideológicos existentes.
d) por ocasião do bloqueio ocorrido à cidade de Berlim (junho de 1948 a maio de 1949), seus
acessos foram fechados.
e) sua construção foi motivada pela fuga de alemães ocidentais para o Leste europeu, através
de Berlim Oriental.
Estão corretas
a) as afirmativas I, II, III e IV.
b) apenas as afirmativas I e II.
c) apenas as afirmativas II e III.
d) apenas as afirmativas II e IV.
e) apenas as afirmativas I e III.
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Questão 8 (ESPCEX/2016) Entre 1939 e 1945, o mundo foi abalado pela Segunda Guerra
Mundial. O Brasil, inicialmente, adotou uma posição de neutralidade, porém, em 1941, acordos
internacionais começaram a ser feitos, para apoiar os aliados. Sobre a participação brasileira
na Guerra é correto afirmar que
a) o governo brasileiro era totalmente favorável a acordos com os aliados desde o início do
conflito.
b) os alemães afundaram navios brasileiros no final de 1941.
c) a FEB participou da Campanha da Itália, como parte do 5º Exército Norte-Americano.
d) a Alemanha declara guerra ao Brasil em 1941.
e) no Dia D, por ocasião do desembarque, o Brasil sofreu grandes perdas.
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(Luiz de Alencar Araripe, “Tratado de Versalhes”. Em: Demétrio Magnoli (org.), História da Paz. São Paulo: Con-
texto, 2008. Adaptado)
Questão 14 (VUNESP) No fim da década de 20, anos de prosperidade, uma grave crise eco-
nômica, conhecida como a Grande Depressão, começou nos EUA e atingiu todos os países
capitalistas. J. K. Galbraith, economista norte-americano, afirma que “à medida que o tempo
passava tornava-se evidente que aquela prosperidade não duraria. Dentro dela estavam conti-
das as sementes de sua própria destruição.” (Dias de boom e de desastre in J.M. Roberts (org),
História do Século XX.).
A aparente prosperidade pode ser percebida nas seguintes características:
a) o aumento da produção automobilística, a expansão do mercado de trabalho e a falta de
investimentos em tecnologia.
b) a destruição dos grandes estoques de mercadorias, o aumento dos preços agrícolas e o
aumento dos salários.
c) a cultura de massa com a venda de milhões de discos, as dívidas de guerra dos EUA e o
aumento do número de empregos.
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Podemos afirmar que:
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Todas as afirmativas são verdadeiras.
d) Todas as afirmativas são falsas.
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fato piores que os da década de 1930. Em muitos aspectos, isso era intrigante. Por que deveria
a economia mundial ter-se tornado menos estável? (Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995.
Adaptado.)
Os problemas econômicos da década de 1930, citados no texto, derivaram, entre outros fa-
tores,
a) dos fortes movimentos sociais e mobilizações revolucionárias na América Latina, em espe-
cial no México, que impediram a exportação de produtos industrializados norte-americanos
para a região.
b) do conjunto de reformas financeiras e sociais realizadas na União Soviética após a Revolu-
ção de 1917, que fechou os mercados do bloco socialista aos países capitalistas do Ocidente.
c) da ascensão do nazismo alemão e dos regimes fascistas na Itália, Espanha e Portugal, que
provocaram a Segunda Guerra Mundial e paralisaram a produção industrial europeia.
d) de uma ampla crise do liberalismo, que ganhou contornos mais nítidos após a Primeira
Guerra Mundial e desembocou na quebra da Bolsa de Valores de Nova York, em 1929.
e) do forte crescimento econômico da Alemanha na passagem do século XIX para o XX e da
acirrada competição comercial e naval deste país com a Grã-Bretanha e a França.
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A Europa já não é a liberdade e a paz, mas a violência e a guerra. Durante a ocupação alemã
de Paris, a alguns críticos alemães que virão lhe falar de Guernica, Picasso responderá com
amargura: Não fui eu que a fiz, fizeram-na vocês. (Giulio Carlo Argan. Arte moderna, 1992.)
O comentário de Pablo Picasso, em relação à sua obra guernica, refere-se
a) à separação entre manifestações artísticas e realidade histórica.
b) ao bombardeio alemão da cidade basca em apoio ao general Franco.
c) aos massacres cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
d) à denúncia da anexação do território espanhol pelas tropas nazistas.
e) à aliança dos nazistas com os comunistas no início da Segunda Guerra Mundial
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a) Embora useiro da expressão “Estado totalitário”, Mussolini não tentou estabelecer um regi-
me inteiramente totalitário, contentando-se com a ditadura uni partidária.
b) Entre as duas Grandes Guerras, socialistas e liberais uniram-se sob o signo do antifascismo
para combater os regimes de Hitler e Mussolini.
c) O tema do totalitarismo serviu também para a reprovação ao bolchevismo e suas práticas
de expurgo de seus dissidentes.
d) O Estado totalitário é representado por uma minoria que possui os poderes restando a maio-
ria da população a passividade ou o expurgo.
e) O totalitarismo, em todas as suas versões, preocupou-se em dominar as massas indepen-
dentemente de sua religião, classe social ou etnia.
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GABARITO
1. b 28. d
2. b 29. b
3. b 30. e
4. c 31. e
5. d 32. b
6. b 33. b
7. a 34. a
8. c 35. a
9. a 36. b
10. c 37. b
11. b 38. a
12. e 39. c
13. c 40. c
14. d 41. a
15. b
16. c
17. e
18. e
19. d
20. d
21. a
22. c
23. a
24. c
25. a
26. b
27. c
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (ESPCEX/2017) “Tendo subido os degraus da democracia, Hitler jogou a escada
fora.” Blainey, Geofrei em Uma Breve História da Século XX
De 1919 a 1933, a Alemanha viveu sob o signo da “República de Weimar”, primeira experiência
democrática da história alemã. Junto com a República de Weimar, nasceu o Partido Nazista,
que pregava, entre outras coisas: a existência da raça ariana; o nacionalismo exacerbado; o
totalitarismo; e o anticomunismo. Em 1932, o Partido Nazista conquistou, democraticamente,
230 cadeiras no Parlamento, e Hitler foi nomeado Chanceler. A partir daí, houve uma espiral
totalitarista que resultou na 2ª Guerra Mundial.
Aponte, dentre as alternativas abaixo, aquela que explica a ascensão democrática dos Nazis-
tas ao poder.
a) A Revolução Russa de 1917 já havia instaurado o comunismo em países como a Polônia,
a Hungria e a Tchecoslováquia e continuava avançando em direção à Europa Ocidental, cau-
sando medo na população alemã, que resolveu eleger um partido claramente anticomunista.
b) A grave crise econômica iniciada com a queda da Bolsa de Nova York, em 1929, aumentou
ainda mais o sentimento de humilhação imposto pelo Tratado de Versalhes, gerando em gran-
de parte da população o desejo por um líder carismático capaz de resgatar a honra nacional.
Isso justificava a escolha de um partido ultranacionalista que promulgava a existência de uma
raça superior.
c) A morte do Presidente alemão Paul von Hindenburg levou à necessidade de escolher outro
líder carismático, com capacidade de resgatar a honra nacional. Hitler, do Partido Nazista, per-
sonificava esse líder.
d) O Fascismo na Itália, um regime claramente ditatorial, estava se expandindo por outros pa-
íses da Europa, como Portugal, Hungria e Polônia. Isso amedrontou a população alemã, que
optou por eleger, democraticamente, o Partido Nazista.
e) O sucesso da Guerra Civil Espanhola, que derrotou o socialismo naquele país, com apoio do
Partido Nazista, trouxe esperanças ao povo alemão, que resolveu eleger seus integrantes.
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Letra b.
O contexto da Alemanha no entreguerras, marcado pelas pesadas indenizações definidas no
Tratado de Versalhes e, em especial, pela crise de 1929 que culminou na ascensão do partido
nacional socialista dos trabalhadores alemães (partido nazista), democrática e eleitoralmente.
Apesar de nunca ter obtido maioria absoluta no Bundestag (o Parlamento alemão), o partido
nazista obteve grande apoio popular. Impulsionado pelo revanchismo de Versalhes, Adolf Hi-
tler e a solução totalitária por ele apresentada seduziram a população alemã, que acreditou em
seu discurso para salvar a Alemanha da grave crise em que se encontrava, a exemplo do que
já tinha acontecido na Itália com Mussolini e o Partido Fascista.
Questão 2 (ESPCEX/2014) Nos primeiros anos da década de 1930, o mundo assistiu a uma
grave crise econômica que atingiu boa parte do mundo capitalista. Para combatê-la o governo
dos Estados Unidos da América adotou um conjunto de medidas que ficou conhecido como
New Deal. Esse programa
a) diminuiu a intervenção do Estado na economia.
b) aumentou a intervenção do Estado na economia.
c) retirou a presença do Estado da economia.
d) tornou a economia americana mais liberal.
e) provocou a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, dando origem ao episódio que ficou
conhecido como a “quinta-feira negra”.
Letra b.
Foi a falta de participação do Estado na economia que provocou a Crise de 1929, já que a espe-
culação financeira corria livre. Para enfrentar a crise, o governo de Roosevelt adotou medidas
Keynesianas (social democracia) com o aumento da intervenção do Estado na economia para
gerar emprego, renda e, enfim, fazer girar a engrenagem do capitalismo.
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Letra b.
Prezado(a), a Liga das Nações fracassou exatamente nesse quesito. As potências capitalistas
europeias, receosas com o avanço do socialismo, viam as ações expansionistas de Hitler no
leste europeu como uma vantagem, esperando que a Alemanha entrasse em confronto com a
URSS. Assim, permitiram que a Alemanha se anexa a Tchecoslováquia, por exemplo.
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d) por ocasião do bloqueio ocorrido à cidade de Berlim (junho de 1948 a maio de 1949), seus
acessos foram fechados.
e) sua construção foi motivada pela fuga de alemães ocidentais para o Leste europeu, através
de Berlim Oriental.
Letra c.
Estimado(a), questão muito fácil! Ao ler muro de Berlim você já deve imediatamente linkar com
a Guerra Fria. Tanto foi símbolo da Guerra Fria que a queda do muro de Berlim representa o
Final da Guerra Fria.
Estão corretas
a) as afirmativas I, II, III e IV.
b) apenas as afirmativas I e II.
c) apenas as afirmativas II e III.
d) apenas as afirmativas II e IV.
e) apenas as afirmativas I e III.
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Letra d.
Em junho de 1950 a República Popular da Coreia do Norte quebrou a divisão estabelecida pela
ONU após a retirada das tropas japonesas. Os EUA vieram em socorro do parceiro capitalista,
a Coreia do Sul, com a autorização das Nações Unidas e lideraram a formação de um exército
internacional para interferir no conflito. Após o auxílio da China e da URSS às tropas socialis-
tas do Norte, as tensões da Guerra Fria se viram endurecidas, levando as grandes potências a
assinar a paz de Pan Munjon. O tratado não foi assinado entre as Coreias, que se declararam
em guerra, fato que dura até hoje.
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Letra b.
Afirmativa I: Errada. A ONU foi responsável pela criação do Estado de Israel em 1948.
Afirmativa V: Errada. Ora, todos os conflitos que ocorreram durante a Guerra Fria eram de inte-
resse dos Estados Unidos e da URSS. Nesse sentido, Estados Unidos apoiava Israel e a URSS
apoiava a Síria, por exemplo.
Letra a.
Após a Guerra da Indochina (1945-1954), a região do Vietnã foi dividida na Conferência de Ge-
nebra (1954) em Vietnã do Norte (comunista) com capital em Hanói e Vietnã do Sul (capitalis-
ta) com capital em Saigon, sob promessa de reunificação em 1956 mediante plebiscito, o que
não ocorreu devido a um embargo estadunidense. Assim sendo, o Norte comunista de Ho Chi
Minh invade o Sul capitalista, deflagrando o conflito, que se conformou no mais longo dentre
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aqueles ocorridos neste período. Caracterizada pela dificuldade das tropas americanas em
enfrentar uma guerra de guerrilha na selva com os vietcongues no Vietnã do Norte, a Guerra
do Vietnã resultou em fracasso para os EUA, representando séria derrota para o capitalismo no
sudeste asiático.
Questão 8 (ESPCEX/2016) Entre 1939 e 1945, o mundo foi abalado pela Segunda Guerra
Mundial. O Brasil, inicialmente, adotou uma posição de neutralidade, porém, em 1941, acordos
internacionais começaram a ser feitos, para apoiar os aliados. Sobre a participação brasileira
na Guerra é correto afirmar que
a) o governo brasileiro era totalmente favorável a acordos com os aliados desde o início do
conflito.
b) os alemães afundaram navios brasileiros no final de 1941.
c) a FEB participou da Campanha da Itália, como parte do 5º Exército Norte-Americano.
d) a Alemanha declara guerra ao Brasil em 1941.
e) no Dia D, por ocasião do desembarque, o Brasil sofreu grandes perdas.
Letra c.
a) Errada. Vargas tinha simpatia pelos regimes totalitários europeus no início do conflito.
b) Errada. Apesar de ser um fato verdadeiro, ele não tem relação com o enunciado da questão,
sobre acordos internacionais.
d) Errada. Somente em 1942 Vargas rompe qualquer colaboração com as forças do eixo.
e) Errada. O desembarque da Normandia não tem participação brasileira, somente na campa-
nha da Itália.
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a) Áustria.
b) Renânia.
c) Sudetos tchecoslovacos.
d) Polônia.
e) Dinamarca.
Letra a.
Hitler nasceu na Áustria, o que favoreceu a unificação austríaca à Alemanha através de um
plebiscito.
Letra c.
Muito fácil! Perceba que a maioria das questões da banca que tratam do papel do Brasil na
Segunda Guerra Mundial tem a participação da FEB como enfoque.
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Letra b.
Esta teoria foi usada por Washington para justificar intervenções militares em diversas partes
do mundo. Nesse sentido, essa crença levou os Estados Unidos à Guerra do Vietnã.
Letra e.
A Conferência de Bandung representou a formação do chamado Bloco dos não alinhados.
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(Luiz de Alencar Araripe, “Tratado de Versalhes”. Em: Demétrio Magnoli (org.), História da Paz. São Paulo: Con-
texto, 2008. Adaptado)
Letra c.
A chamada Liga das Nações fracassou por não intervir nas políticas expansionistas do nazis-
mo e do fascismo.
Questão 14 (VUNESP) No fim da década de 20, anos de prosperidade, uma grave crise eco-
nômica, conhecida como a Grande Depressão, começou nos EUA e atingiu todos os países
capitalistas. J. K. Galbraith, economista norte-americano, afirma que “à medida que o tempo
passava tornava-se evidente que aquela prosperidade não duraria. Dentro dela estavam conti-
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das as sementes de sua própria destruição.” (Dias de boom e de desastre in J.M. Roberts (org),
História do Século XX.).
A aparente prosperidade pode ser percebida nas seguintes características:
a) o aumento da produção automobilística, a expansão do mercado de trabalho e a falta de
investimentos em tecnologia.
b) a destruição dos grandes estoques de mercadorias, o aumento dos preços agrícolas e o
aumento dos salários.
c) a cultura de massa com a venda de milhões de discos, as dívidas de guerra dos EUA e o
aumento do número de empregos.
d) a crise de superprodução, a especulação desenfreada nas bolsas de valores e a queda da
renda dos trabalhadores.
e) o aumento do mercado externo, o mito do American way of life e a intervenção do Estado
na economia.
Letra d.
A crise de 1929 é resultado de uma superprodução industrial, da especulação financeira e de
uma queda na renda dos trabalhadores que diminuiu o consumo.
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II – Para Keynes e seus seguidores, o Estado deveria investir recursos tributários arrecada-
dos na execução de grandes empreendimentos (aeroportos, barragens, estradas etc.)
para estimular os setores produtivos e gerar empregos.
III – A política e a economia, ao caminharem juntas, tornam as discussões relativas à forma-
ção do Estado contemporâneo um tema de grande ressonância junto à opinião pública.
Podemos afirmar que:
a) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
b) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
c) Todas as afirmativas são verdadeiras.
d) Todas as afirmativas são falsas.
Letra b.
A intervenção estatal na economia para recuperar o capitalismo foi inspirada nas ideias de
Keynes, que conciliou princípios do socialismo com o capitalismo.
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Letra c.
Importante destacar no texto o fracasso da chamada Liga das Nações.
Letra e.
Os países árabes produtores de petróleo buscaram um boicote a Israel aumentando significa-
tivamente o valor do barril de petróleo.
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Letra e.
Lembre-se do mapa mental dos blocos beligerantes durante a Segunda Guerra Mundial.
(http://uajev.syscall.ws/img/264689/25-48.jpg)
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Letra d.
Nesse contexto, a crise dos mísseis em Cuba, no ano de 1962, foi o auge da Guerra Fria.
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Letra d.
De acordo com a narrativa do enunciado a alternativa d é a única que apresenta identificação,
além, é claro, de serem características fundamentais do nazismo.
Letra a.
O Tratado de Versalhes, realizado após a Primeira Guerra, humilhou a Alemanha levando a
população germânica a um sentimento de revanchismo que culminou no apoio ao nazismo.
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Letra c.
A Crise dos Mísseis de Cuba, em 1962, foi um dos momentos mais tensos da Guerra Fria.
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Letra a.
O fracasso da Liga das Nações em impedir os avanços imperialistas da Alemanha Nazista
levou França e Inglaterra a declararem guerra contra a Alemanha.
Letra c.
Como resultado do fim da Segunda Guerra, a Alemanha foi obrigada a promover uma desmili-
tarização imposta pelos Aliados.
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incentivo — o medo — para reformar-se após a Segunda Guerra Mundial [...]. (Eric Hobsbawm.
Era dos extremos, 1995.)
Letra a.
A Crise de 1929, de superprodução, enfraqueceu as economias capitalistas do mundo dando
margem ao surgimento dos regimes totalitários.
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d) à corrida armamentista entre União Soviética e Estados Unidos, que estimulou o crescimen-
to econômico e industrial dos dois países.
e) aos acordos de paz que, ao final das duas guerras mundiais, ampliaram a influência política
e comercial da Rússia e dos países liberais europeus.
Letra b.
Apesar de ideologias contrárias, o avanço do nazismo colocou as duas potências do mes-
mo lado.
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Letra c.
Com a deflagração da Segunda Guerra, a economia europeia estagnou-se, sendo voltada para
a produção bélica.
Letra d.
São pressupostos do totalitarismo a corrida armamentista, a atitude proativa e o expansionis-
mo.
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Letra b.
A Guerra da Coreia aconteceu em 1953.
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Letra e.
O texto faz uma narrativa das péssimas condições dos prisioneiros em campos de concentra-
ção nazistas.
Letra e.
Havia uma disputa geopolítica entre Estados Unidos e URSS. A ideia era terceirizar os conflitos,
mas, ao mesmo tempo, fixar pontos estratégicos no globo.
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A Europa já não é a liberdade e a paz, mas a violência e a guerra. Durante a ocupação alemã
de Paris, a alguns críticos alemães que virão lhe falar de Guernica, Picasso responderá com
amargura: Não fui eu que a fiz, fizeram-na vocês. (Giulio Carlo Argan. Arte moderna, 1992.)
O comentário de Pablo Picasso, em relação à sua obra guernica, refere-se
a) à separação entre manifestações artísticas e realidade histórica.
b) ao bombardeio alemão da cidade basca em apoio ao general Franco.
c) aos massacres cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
d) à denúncia da anexação do território espanhol pelas tropas nazistas.
e) à aliança dos nazistas com os comunistas no início da Segunda Guerra Mundial
Letra b.
Guernica é cidade natal de Picasso, que retratou o bombardeio alemão e sua devastação deri-
vada do apoio nazista aos franquistas na Guerra Civil Espanhola.
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Letra b.
Á única associação possível é a relacionada a alternativa “b”.
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Letra a.
Os regimes totalitários não são democráticos. Apesar de existirem eleições, os adversários são
eliminados e perseguidos, permitindo eleições apenas dos membros do partido hegemônico.
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b) Entre as duas Grandes Guerras, socialistas e liberais uniram-se sob o signo do antifascismo
para combater os regimes de Hitler e Mussolini.
c) O tema do totalitarismo serviu também para a reprovação ao bolchevismo e suas práticas
de expurgo de seus dissidentes.
d) O Estado totalitário é representado por uma minoria que possui os poderes restando a maio-
ria da população a passividade ou o expurgo.
e) O totalitarismo, em todas as suas versões, preocupou-se em dominar as massas indepen-
dentemente de sua religião, classe social ou etnia.
Letra a.
Mussolini é o pai da expressão e da organização do Totalitarismo e procurou impô-lo na Itália
ao longo das décadas de 1920 e 1930.
Letra b.
Os Estados Unidos (capitalista) combateram a Revolução Cubana (socialista), inclusive reali-
zando uma invasão à chamada Baia dos Porcos. Durante toda a Guerra Fria, os norte-america-
nos impuseram sanções comerciais como o Bloqueio Econômico da Organização dos Estados
Americanos.
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
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Letra b.
O ataque a base americana em Pearl Harbor foi elemento fundamental para a decisão dos Es-
tados Unidos de ingressarem no conflito.
Letra a.
Não existem partidos políticos nos regimes totalitários e, sim, um único partido.
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HISTÓRIA
O Mundo Contemporâneo - Parte II
Daniel Vasconcellos
Assinale a alternativa correta que apresenta regimes totalitários ou autoritários que vigoraram
em períodos do século XX.
a) Fascismo, Nazismo, Modernismo.
b) Nazismo, Stalinismo, Surrealismo.
c) Nazismo, Fascismo, Stalinismo.
d) Cubismo, Stalinismo, Castrismo.
e) Nazismo, Fascismo, Capitalismo.
Letra c.
A alternativa “c” é a única que apresenta em sua lista regimes totalitários.
Letra c.
A crise de 1929 é resultado de uma superprodução, ou seja, de um aumento da produção in-
dustrial. Em contrapartida, houve uma diminuição importante do consumo.
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O Mundo Contemporâneo - Parte II
Daniel Vasconcellos
Letra a.
O nazismo era anticomunista. Por isso, a única das afirmativas errada é a “IV”.
Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como professor
concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.
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