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HISTÓRIA

O Mundo Contemporâneo - Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
HISTÓRIA
O Mundo Contemporâneo - Parte I
Daniel Vasconcellos

Mundo Contemporâneo – Parte I.....................................................................................3


1. Mundo Contemporâneo................................................................................................3
1.1. A Revolução Francesa; O Período Napoleônico; os Movimentos de Independência
das Colônias Latino-Americanas; o Ideal Europeu de Unificação Nacional.......................4
1.2. A Revolução Industrial; a Expansão e o Universo Capitalista; o Apogeu da
Hegemonia Europeia. ..................................................................................................... 31
1.3. A Corrida Imperialista; a Primeira Guerra Mundial; a Revolução Russa de 1917 e
a Formação da URSS.....................................................................................................45
Resumo........................................................................................................................ 69
Mapas Mentais.............................................................................................................. 72
Questões Comentadas em Aula..................................................................................... 74
Questões de Concurso................................................................................................... 81
Gabarito...................................................................................................................... 105
Gabarito Comentado. ................................................................................................... 106

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O Mundo Contemporâneo - Parte I
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MUNDO CONTEMPORÂNEO – PARTE I


Olá, meu(minha) querido(a)! Seja muito bem-vindo(a)! Vamos dar sequência a nossos estu-
dos para que gabarite as questões de História! É importante que se mantenha sempre focado.
Antes de seguirmos, peço novamente que avalie as aulas anteriores. Sua opinião é o mais
importante: é o seu feedback que move o nosso trabalho. Preciso ter a certeza de que estou
contribuindo de verdade para o seu sucesso.
Como o conteúdo desta aula é muito extenso, optei por dividi-la em duas. Primeiramente,
para que a aula não seja cansativa. Em segundo lugar, para que você faça mais exercícios de
modo a pegar o “jeito” e melhor assimilar o conteúdo.
Sem mais, veja os conteúdos que serão tratados nesta aula:
4. MUNDO CONTEMPORÂNEO – Parte I
4.1. A Revolução Francesa; o período napoleônico; os movimentos de independência das
Colônias Latino-Americanas; o ideal europeu de unificação nacional.
4.2. A Revolução Industrial; a expansão e o universo capitalista; o apogeu da hegemonia
europeia.
4.3. A corrida imperialista; a Primeira Guerra Mundial; a Revolução Russa de 1917 e a for-
mação da URSS.

1. Mundo Contemporâneo

Querido(a), a contemporaneidade se inicia em 1789, com a Revolução Francesa. Ela é mar-


cada pela expansão do capitalismo e da Revolução Industrial, pelas disputas imperialistas que
levaram a humanidade a duas guerras mundiais, pela Guerra Fria e pelo recente contexto de
globalização da economia.
Só pela maneira com que a banca lista os conteúdos já dá para podermos fazer uma aná-
lise. A Revolução Francesa se inicia em 1789, no entanto, o início do processo da Revolução
remonta as influências do Iluminismo, que estudamos na aula anterior, e o contexto de crise
anterior aos eventos. Ora, isso mostra que a FGV valoriza a análise da história enquanto um

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processo e não apenas como uma sucessão de fatos cronológicos. Portanto, como tem sido
desde o início do curso, vamos abordar os conteúdos desta maneira.

1.1. A Revolução Francesa; O Período Napoleônico; os Movimentos


de Independência das Colônias Latino-Americanas; o Ideal Europeu de

Unificação Nacional.

1.1.1. A Revolução Francesa

Querido(a), para entender a série de eventos que levou à Revolução Francesa em 1789,
é fundamental ter em mente o processo geral europeu de transformação das antigas monar-
quias feudais em Estados absolutistas, que ganhou sua mais famosa expressão neste reino.
Como vimos, durante o século XVIII, o Iluminismo se propagou entre os burgueses e pro-
pulsionou o início da Revolução Francesa. Este movimento intelectual destinava duras críticas
às práticas econômicas mercantilistas, ao absolutismo, e aos direitos concedidos ao clero.
A partir do reinado do primeiro monarca da dinastia dos Bourbon, Henrique IV (1553-1610),
os soberanos franceses habituaram-se a não convocar os Estados Gerais e deixar de lado os
grandes senhores, preferindo nomear ministros burgueses para os cargos mais importantes
do governo.
No reinado do filho de Henrique IV, Luís XIII (1601-43), o soberano passaria a ser encarado
como representante da vontade divina para o reino, sendo único intérprete dos interesses
de Estado e, logo, principal símbolo da manutenção da ordem e da prosperidade da nação.
Mas foi com o filho de Luís XIII, Luís XIV (1638-1715) – o Rei Sol - que o absolutismo francês
assumiu sua forma máxima de expressão. Nas últimas décadas do século XVIII, o tataraneto
de Luís XIV, Luís XVI (1754-93) ainda reinaria nos mesmos moldes ideológicos estabelecidos
pelos seus ancestrais.
A situação de França, no entanto, era agora crítica no plano político-econômico. Contando
com cerca de 25 milhões de habitantes, a sociedade era altamente estratificada. O topo da pi-
râmide era ocupado por cerca de 120 mil pessoas que detinham cargos na Igreja, possuidoras

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de 10% das terras do reino. O chamado primeiro estado era isento de impostos, serviço militar
e até mesmo julgamento em tribunais comuns.
Já o segundo estado era composto por cerca de 400 mil nobres, a maioria dos quais vivia
em seus próprios castelos ou na corte real em Versalhes. Eles também não pagavam impos-
tos, sendo sustentados pelo trabalho de 98% da população – que consistia, portanto, no tercei-
ro estado, formado por mais de 24 milhões de pessoas de diversos setores sociais, incluindo a
mais miserável parcela da população: os camponeses. Na época de Luís XVI, cerca de 80% da
renda destes era destinada ao pagamento de impostos.
Apoiado em tal frágil estrutura, o reino francês afundou com facilidade numa crise eco-
nômica ocasionada principalmente pelos gastos com as intervenções militares em conflitos
externos. Em 1785, uma forte seca quase acabou com o rebanho bovino, e, em 1788, péssimos
resultados na safra agrícola elevaram brutalmente os preços dos alimentos, fazendo a fome
se alastrar.
Aos milhares, os  pedintes passaram a vagar pelo país e alguns começaram a roubar e
destruir castelos, muitas vezes assassinando seus proprietários. Muitos culpavam a nobreza
pela miséria em que o reino se encontrava. Na capital, Paris, operários e artesãos começaram
a fazer greves e desempregados saqueavam lojas. Manifestações contra a política econômica
tornaram-se comuns.
Em 1789, para solucionar o grave déficit das contas públicas, o ministro de Finanças, Jac-
ques Necker, propôs que o clero e a nobreza passassem a pagar impostos. A ideia foi rejeitada.
Pouco depois, com o agravamento da crise, Luís XVI convocou os chamados Estados Gerais
pela primeira vez em quase 200 anos para discutir soluções.
Nesta série de reuniões, cada estado tinha um voto em cada matéria discutida. Como seus
interesses eram bastante similares, clero e nobreza tendiam a votar juntos, invariavelmente
ganhando todas as votações. No dia da abertura dos Estados Gerais de 1789, porém, o terceiro
estado pediu que a contagem de votos passasse a ser feita por cada deputado individual.

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1.1.2. Assembleia Nacional Constituinte

Após um mês de impasse sobre a questão, o terceiro estado se retirou para uma sala se-
parada, se autoproclamando em 9 de julho como a Assembleia Nacional Constituinte. Incapaz
de dissolver a reunião independente do terceiro estado, o rei ordenou que os outros dois esta-
dos se unissem a ele. Enquanto isso, contudo, ele convocou o Exército para sufocar o que via
como uma sedição.
Quando a notícia da traição de Luís XVI se espalhou, grande parte da população se revol-
tou. Em 14 de julho, uma multidão invadiu os arsenais do governo e se apoderou de cerca de
30 mil mosquetes, rumando depois até a Bastilha, antiga fortaleza onde o governo encarcerava
os opositores, e  tomou-a após algumas horas de combate. Embora estivesse praticamente
desativada na ocasião, ela constituía um dos maiores símbolos do absolutismo, e, sua queda,
costuma ser tratada com o marco zero da Revolução Francesa.
Nos dois anos que se seguiriam, Luís XVI e sua família permaneceram confinados em um
palácio em Paris. Neste período, aconteceu a promulgação da primeira Constituição da Fran-
ça, em 1791.
Para fins de estudo dividimos a Revolução Francesa em três fases:
• Primeira fase (1789-1792): Monarquia Constitucional;
• Segunda fase (1792-1794): Convenção - 1792/1793 e Terror;
• Terceira fase (1794-1799): Diretório.

1.1.3. Monarquia Constitucional

A Carta Magna francesa estabelecia a divisão entre os três poderes do Estado e definia a
monarquia constitucional como forma de governo.
O rei seria o chefe do Executivo, tendo a prerrogativa para vetar leis, mas seu poder ainda
estaria limitado pelas normas constitucionais. O voto para eleger aqueles que seriam os 745
membros do Legislativo, porém, seria censitário – o que significava que apenas uma pequena
parcela da população poderia votar.

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No dia 26 de agosto de 1789 foi aprovada pela Assembleia a Declaração dos Direitos do
Homem e do Cidadão.
Esta Declaração assegurava os princípios da liberdade, da igualdade, da fraternidade (“Li-
berté, égalité, fraternité” - lema da Revolução), além do direito à propriedade.
A recusa do rei Luís XVI em aprovar a Declaração provoca novas manifestações populares.
Os  bens do clero foram confiscados e muitos padres e nobres fugiram para outros países.
A instabilidade na França era grande.
Em junho de 1791 ocorreria uma tentativa de fuga da família real para a Áustria, terra de
nascimento da rainha Maria Antonieta. Detidos a poucos quilômetros da fronteira, eles seriam
reconduzidos para o palácio parisiense, apenas para serem presos pouco depois sob a acusa-
ção de conspiração contra o Estado.
A Constituição ficou pronta em setembro de 1791. Dentre os muitos artigos podemos des-
tacar:
• o governo foi transformado em monarquia constitucional;
• o poder executivo caberia ao rei, limitado pelo legislativo, constituído pela Assembleia;
• os deputados teriam mandato de dois anos;
• o voto não teria caráter universal: só seria eleitor quem tivesse uma renda mínima (voto
censitário);
• suprimiu-se os privilégios e as antigas ordens sociais;
• confirmou-se a abolição da servidão e a nacionalização dos bens eclesiásticos;
• manteve-se a escravidão nas colônias;
• Instituição do habeas corpus.

Com a prisão do rei, o governo passou para as mãos do chamado Conselho Executivo Pro-
visório, liderado pelo advogado George-Jacques Danton. A Assembleia Nacional foi dissolvida
e substituída pela Convenção Nacional, cujo controle era disputado pelos jacobinos – defen-
sores da República e representantes da pequena e média burguesia - e pelos girondinos – po-
líticos moderados que procuravam negociar com a monarquia. Em 22 de setembro, foi procla-
mada a República e, em 21 de janeiro do ano seguinte, Luís XVI foi executado na guilhotina.

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Questão 1 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) A ca-


ricatura a seguir, é de 1789 e retrata a batalha entre os revolucionários, vencedores na tomada
da Bastilha, e uma hidra monstruosa, com cabeças de reis e cardeais.

A Hidra Aristocrática, Gravura de autor anônimo, c. 1789

A partir da imagem, assinale a opção que caracteriza corretamente como o processo revolu-
cionário é apresentado na caricatura.
a) Como o resultado do programa iluminista de emancipação do gênero humano pelas luzes
da Razão.
b) Como a vitória do povo e da Guarda Nacional contra o absolutismo defendido pelo Primeiro
e Segundo Estados.
c) Como um conflito entre católicos e calvinistas, pela defesa das terras e dos castelos franceses.
d) Como a expressão do descontentamento popular em relação aos privilégios do clero.
e) Como o combate do Terceiro Estado contra exércitos estrangeiros invasores.

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Letra b.
Se ficou na dúvida entre “a” ou “b” quero lhe dizer que a Revolução Francesa não libertou os
escravos no Haiti (veremos sobre isso mais adiante) e não garantiu universalidade se quer na
França, pois apenas os homens teriam direitos de primeira geração (direitos políticos). Além
disso, a imagem e sua legenda possibilitam entender que derrubavam o absolutismo, repre-
sentado pela hidra aristocrática.

1.1.4. Convenção - 1792/1793 e Terror

Internamente, a crise começava a provocar divisão entre os próprios revolucionários:


• Os girondinos - representantes da alta burguesia, defendiam posições moderadas. Fica-
vam à direita no parlamento.
• Os jacobinos - representantes da média e da pequena burguesia, constituía o partido mais
radical, sob a liderança de Maximilien Robespierre. Ficavam à esquerda no parlamento.

Querido(a), é  daí que surge a noção de direita x esquerda tão comumente utilizada nos
nossos dias.
Assim, foi instalada a ditadura jacobina que introduziu novidades na Constituição como:
• Voto universal e não censitário;
• Fim da escravidão na colônias;
• Congelamento de preços de produtos básicos como o trigo;
• Instituição do Tribunal Revolucionário para julgar os inimigos da Revolução.

Nessa altura, foram ordenadas a morte, pela guilhotina, de várias pessoas que eram contra
a revolução. As execuções tornaram-se um espetáculo popular, pois aconteciam diversas ve-
zes ao dia num ato público.
O próprio rei Luís XVI foi morto desta forma em 1793. Meses depois a rainha Maria Antonie-
ta também foi guilhotinada. Essa fase, entre 1793 e 1794, é conhecida como “O Terror”.

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A Lei dos Suspeitos aprovava a prisão e a morte cruel dos antirrevolucionários. Nessa
mesma altura, as igrejas eram encerradas e os religiosos obrigados a deixar seus conventos.
Aqueles que recusavam eram executados. Além da guilhotina, os suspeitos eram afogados no
rio Loire.
Em abril de 1793, foi criado o Comitê de Salvação Pública, que convocaria cerca de 300 mil
homens para a guerra. Além disso, foi criado o Tribunal Revolucionário, que julgaria diversos
suspeitos de traição. Era o início da época do chamado Terror, que até 1794 executaria cerca
de 35 mil pessoas, entre elas a antiga rainha Maria Antonieta e o próprio George-Jacques Dan-
ton.
Para os ditadores, essas execuções eram uma forma justa de acabar com os inimigos.
Essa atitude causava terror na população francesa que se voltou contra Robespierre e o acu-
sou de tirania.
Nessa sequência, após ser detido, também Robespierre foi executado na ocasião que ficou
conhecida como “Golpe do 9 Termidor”, em 1794.

1.1.5. Diretório (1794-1799)

A fase do Diretório dura cinco anos de 1794-1799 e se caracteriza pela ascensão da alta
burguesia, os girondinos, ao poder. Recebe este nome, pois eram cinco diretores que governa-
vam a França neste momento.
Inimigos dos jacobinos, seu primeiro ato é revogar todas as medidas que eles haviam feito
durante sua legislação. No entanto, a situação era delicada. Os girondinos atraíram a antipatia
da população ao revogar o congelamento de preços, por exemplo.
Vários países europeus como a Inglaterra e o Império Austríaco ameaçavam invadir a Fran-
ça a fim de conter os ideais revolucionários. Por fim, a própria nobreza e a família real no exílio,
buscavam organizar-se para restaurar o trono. Diante desta situação, o  Diretório recorre ao
Exército, na figura do jovem e brilhante general Napoleão Bonaparte para conter os ânimos
dos inimigos. Desta maneira, Bonaparte dá um golpe (o 18 Brumário) em que instaura o Con-
sulado, um governo mais centralizado que traria paz ao país por alguns anos. Chegava ao fim
o processo da Revolução Francesa para dar início ao que os historiadores convencionaram
chamar de Era Napoleônica.

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Questão 2 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR – HISTÓRIA/2014) A respeito do Iluminismo,


leia o trecho a seguir.
“É significativo que os dois principais centros dessa ideologia fossem também os da dupla
revolução, a França e a Inglaterra; embora de fato as ideias iluministas ganhassem uma voz
corrente internacional mais ampla em suas formulações francesas (até mesmo quando fos-
sem simplesmente versões galicistas de formulações britânicas).” (HOBSBAWM, Eric J. A Era
das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009.)
As formulações francesas do Iluminismo estão associadas às transformações políticas mais
importantes da “Era das Revoluções”.
Assinale a opção que indica uma dessas transformações, ocorrida na França revolucionária,
que já era realidade, na Inglaterra, em 1789.
a) Instituição do voto secreto.
b) Adoção do habeas corpus.
c) Separação entre Estado e Igreja.
d) Proclamação da República.
e) Inauguração de um banco estatal.

Letra b.
A história do instituto do Habeas Corpus está diretamente ligada à histórica luta pela efetiva-
ção dos direitos humanos. O writ de Habeas Corpus de 1679 é um documento unanimemente
colocado à base da democracia moderna, considerado um marco da inscrição das liberdades
individuais no seio de uma sociedade marcadamente absolutista, como era a sociedade ingle-
sa do século XVII.

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1.1.6. O Período Napoleônico

A Era Napoleônica ocorreu de 1799 a 1815. Inicia-se com o “Golpe do 18 de Brumário” e


termina com a derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo. Napoleão chegou ao
poder apoiado pela burguesia e pelo exército, pois o seu governo seria a garantia da continua-
ção dos ideais da Revolução Francesa.
Para fins de estudo podemos dividir a Era Napoleônica nas seguintes fases:
• Consulado (1799-1804)
• Império Napoleônico (1804-1815)
• Governo dos Cem Dias (20/03/1815 a 08/07/1815)

Um dos atos mais importantes de Napoleão como Cônsul foi retomar o diálogo com a Igre-
ja Católica, rompido durante a revolução. Após várias semanas de negociação, a França assi-
nou com o Vaticano uma Concordata, em 1801. Neste tratado, a Igreja renunciava a reivindicar
as propriedades eclesiásticas que haviam sido confiscadas pelos revolucionários. Por outro
lado, o governo teria o poder de nomear bispos e o clero seria pago pelo Estado.
Com apoio da sociedade francesa, Napoleão promulgou em 1804 a Constituição do ano
XII. Esta implantou a substituição do regime consular pela monarquia e inaugurou o Império
Francês. Bonaparte conseguiu a aprovação desta Carta Magna em plebiscito.
Em 1804, Napoleão recebe o título de Napoleão I, Imperador dos Franceses. A fim de inau-
gurar uma nova era, a cerimônia ocorreu em Paris, na Catedral de Notre-Dame e não em Reims,
onde eram tradicionalmente coroados os monarcas franceses. A coroação ocorreu em meio à
guerra da França contra a Terceira Coligação Antifrancesa, formada em 1803 pela Grã-Breta-
nha, Rússia e Áustria.
Em 1804 é instituído o Código Civil Napoleônico, que institucionaliza as transformações da
Revolução Francesa. Com o novo código, Napoleão garantiu o apoio da burguesia, do exército
e dos camponeses. O Código Civil estabelecia a igualdade perante a lei, a garantia do direito
de propriedade e ratificava a reforma agrária ocorrida na Revolução Francesa. Também asse-
gurava a separação entre a Igreja e o Estado e eliminava os privilégios feudais.

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A primeira guerra napoleônica ocorreu contra a Segunda Coligação, formada em 1798 pela
Grã-Bretanha, Áustria, Rússia, Portugal, Império Otomano e Reino de Nápoles. Por embaraços
diplomáticos, a Rússia saiu desta coligação.
Em 1800, a França derrotou a Áustria na batalha de Marengo e, em 1802, a Grã-Bretanha e
a França assinam a Paz de Amiens. A guerra, contudo, levou a França à uma nova crise finan-
ceira, o que foi amenizado com a criação do Banco da França. O banco exercia o controle da
emissão de papel-moeda, contribuindo para reduzir a inflação.
A França, tendo a Espanha como aliada, derrotou as tropas da Áustria e da Rússia nas ba-
talhas de Ulm e Austerlitz. Na batalha de Trafalgar, pelo mar, contudo, as tropas francesas e
espanholas foram dizimadas pelos britânicos.
Em 1806, o  imperador Napoleão derrotou o Sacro Império Romano-Germânico e criou a
Confederação do Reno, que reunia a maioria dos estados alemães e se autoproclamou protetor
deste Estado. Diante desta vitória, Grã-Bretanha, Rússia e Prússia formam a Quarta Coligação.
Dessa vez, o exército da Prússia foi derrotado rapidamente na Batalha de Iena e os russos
em 1807 nas batalhas de Eylau e Friedland. Por conta dessas últimas batalhas, foi assinado o
Tratado de Tilsit, neste mesmo ano, pelo qual os russos tornavam-se aliados dos franceses.
Com a derrota da Quarta Coligação, Napoleão Bonaparte tornou-se o grande senhor da Eu-
ropa Continental. Para administrar tantos territórios, alguns foram entregues a seus familiares.
Seus irmãos José, Luís e Jerônimo, foram coroados reis de Nápoles, Holanda e Vestfália, res-
pectivamente. Já as suas irmãs Elisa, Carolina e Pauline, reinaram sob territórios na Península
Itálica.
As vitórias bélicas de Napoleão no continente europeu não atingiram o comércio exterior
da Inglaterra, que possuía uma excelente esquadra. Os ingleses preocupavam-se com a con-
corrência comercial com a França e com possibilidade de expansão do levante das camadas
populares contra a burguesia.
A França, por sua vez, precisava consolidar os mercados consumidores na Europa sob o
domínio inglês. Como maneira de enfraquecer a Grã-Bretanha, Napoleão impõe o Bloqueio
Continental, proibindo os países europeus de comprarem produtos britânicos. Querido(a),
o Bloqueio Continental é constantemente cobrado nas provas da FGV. Por isso, guarde essa

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informação com muito zelo. Mais adiante, na aula VI, veremos como esse bloqueio contribuiu
para o processo de independência do Brasil
A esquadra britânica, contudo, conseguiu comercializar produtos com o continente america-
no e impedia negócios desses com a França. Já os países europeus, pressionavam para conse-
guir exportar seus produtos primários e obter os manufaturados produzidos na Inglaterra.
A situação culminou com o rompimento de acordos comerciais e, em 1809, formou-se a
Quinta Coligação, integrada pela Grã-Bretanha e Áustria. Os russos também romperam o acor-
do com a França e foram invadidos, mas o exército francês sucumbiu ao inverno. Dos 450
mil homens que marcharam em direção à Rússia, 150 mil permaneceram na base de apoio na
Polônia, mas somente 30 mil daqueles que invadiram o país sobreviveram.
Com o fracasso da campanha napoleônica na Rússia, formou-se a Sexta Coligação em
1813. Uniram-se contra a França: Prússia, Áustria e Grã-Bretanha. Em março de 1813, Napo-
leão Bonaparte foi derrotado na batalha de Leipzig e um ano depois, os exércitos dos aliados
da Sexta Coligação tomam Paris. Napoleão foi condenado a prisão na Ilha de Elba.
Entretanto, com apoio dos mil homens que integravam a sua guarda pessoal, Napoleão Bo-
naparte deixou a Ilha de Elba e avançou em direção a Paris. A resistência foi inútil, pois o batalhão
enviado por Luís XVIII recusa-se aprisioná-lo. Com apoio dos soldados, Napoleão tomou Paris e
iniciou o chamado Governo dos Cem Dias. Já Luís XVIII (1755-1824), fugiu para a Bélgica.

1.1.7. A Restauração (o Congresso de Viena e a Santa Aliança).

As nações vencedoras se reuniram no Congresso de Viena para discutir como seria a Eu-
ropa após as guerras empreendidas por Napoleão. O Congresso de Viena ocorreu entre 11 de
novembro de 1814 e 9 de junho de 1815 e reorganizou a Europa após as guerras napoleônicas.
Além disso, foram tomadas decisões que atingiram o Brasil, como a entrega da Guiana para a
França e a condenação do tráfico de pessoas escravizadas.
Como vimos, Napoleão havia sido enviado para a Ilha de Elba e o rei Luís XVIII reconduzido
ao trono. Tem-se início o Terror Branco, em que a aristocracia e o alto clero voltam à cena polí-
tica e aproveitam para se vingarem dos republicanos.

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Daniel Vasconcellos

Pelo Congresso, foi exigida a devolução das terras confiscadas pelos camponeses durante
a Revolução. Por isso, começam as revoltas, massacres e perseguições.
A notícia da volta de Bonaparte caiu como uma bomba em Viena. Foi formada, então, a Sé-
tima Coligação e os exércitos se enfrentaram na Batalha de Waterloo, na Bélgica. Derrotado,
Napoleão Bonaparte abdica do trono da França e é exilado na ilha de Santa Helena, na costa
da África, e morreu em 1821.
Antes mesmo da realização do Congresso de Viena, o Imperador russo Alexandre I propôs
a criação da Santa Aliança. Esta foi formada pela Prússia, Áustria e Rússia. Posteriormente,
a Grã-Bretanha seria incorporada.
As prioridades do Congresso de Viena foram acabar com os vestígios da Revolução Fran-
cesa e da Era Napoleônica. A intenção era redesenhar as fronteiras da França, Península Itálica
e dos estados alemães, e restaurar a família Bourbon na França, Espanha e no Reino de Nápo-
les.
Da mesma maneira foram debatidos temas como a abolição do tráfico de escravos e do
uso da mão de obra escrava nas colônias americanas. Por isso, ficou decidido que estas qua-
tro nações seriam as responsáveis pelas decisões sobre o futuro dos territórios que haviam
sido conquistados por Napoleão Bonaparte.
Entre as principais decisões do Congresso de Viena estão a reorganização territorial euro-
peia e o isolamento da França como forma de evitar novas guerras.
A Grã-Bretanha recebeu como compensação os territórios ocupados pela França, como
Ilhas Maurício, Tobago e Santa Lúcia. Por parte da Holanda lhe foi cedido o Ceilão; e da Espa-
nha, a ilha de Trinidade. Também incorporou algumas ilhas como Malta e as Jônicas ao seu
reino. A Grã-Bretanha foi a grande vitoriosa com a derrota de Napoleão Bonaparte. Uma vez
concluída a paz, os britânicos impulsionaram o seu desenvolvimento industrial e partiram para
conquistar novos territórios.
Através do Tratado de Paris, a dinastia Bourbon voltou a reinar na França, na pessoa de
Luís XVIII, irmão de Luís XVI. Parte do território francês ficou ocupado pela Santa Aliança por
três anos e a França teve que pagar indenização aos vencedores. Quanto ao território, o país
voltou às fronteiras de 1791. Ainda assim, recebeu de volta a Guiana, de Portugal; Guadalupe,
da Suécia; Martinica e a Ilha de Bourbon (atual Reunião), da Grã-Bretanha.

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A Áustria, junto à Grã-Bretanha, foi a grande potência europeia após o conflito. Ocupou os
territórios do norte na Península Itálica, como Veneza, Lombardia e Milão, além de três provín-
cias da Ilíria, Dalmácia e o porto de Cattaro.
Bonaparte havia extinguido um dos mais antigos impérios do mundo: o Sacro Império Ro-
mano-Germânico. Durante o Congresso de Viena, para contentar as demandas territoriais do
Império Russo e da Áustria, foi criada a Confederação Alemã. Assim, a quantidade de estados
alemães passou de 300 para 39.
Por sua vez, a Prússia incorporou uma série de estados alemães e tornou-se o mais forte
país de cultura germânica. Recebeu metade da Saxônia, o Grão-ducado de Berg, parte do Du-
cado da Vestfália, e algumas cidades como Colônia, Trèves e Aachen. De igual maneira congre-
gou parte da Pomerânia sueca e anexou territórios poloneses.
A Rússia ocupou a maior parte da Polônia como o Grão-Ducado da Varsóvia. Por sua vez,
a Cracóvia tornou-se um território livre, sob a proteção de Rússia, Áustria e Prússia. Também
foram anexados à Áustria a Galiza, da Polônia; mas o Tirol e Salzburgo foram repassados aos
territórios alemães. A Finlândia e a Bessarábia (atual Moldávia) foram mantidas dentro do ter-
ritório russo. Desse modo, a Polônia perdeu sua independência e foi dividida entre a Rússia e
a Prússia.
Várias regiões da Península Itálica haviam sido repartidas entre os irmãos de Napoleão
Bonaparte. Por isso, foi decidido restaurar as antigas dinastias nos seus tronos e criar novos
estados. Assim, o rei Fernando IV, que reinava sobre Nápoles e Sicília, voltou a ser reconhecido
como soberano com a união dos seus dois reinos, agora chamados Reino das Duas Sicílias.
A Áustria, querendo garantir sua saída para o mar, ocupou vários territórios na costa e no norte
italiano. O Reino da Sardenha incorporou a República de Gênova a fim de formar um Estado
forte que pudesse isolar a França. Mais curioso foi o caso da ex-esposa de Napoleão, a Impe-
ratriz Maria Luísa, que se tornou duquesa de Parma, Piacenza e Guastella e em troca, o filho de
ambos, Napoleão II, foi levado para ser educado na corte vienesa.
Para participar do Congresso de Viena, a corte portuguesa declarou a elevação do Brasil a
Reino Unido de Portugal e Algarves. Neste momento, o Brasil deixa de ser formalmente uma
colônia. Portugal teve que desocupar a Guiana e este território voltou à França.

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Na Espanha foi restabelecido o reinado de Fernando VII, que havia abdicado a favor de Na-
poleão Bonaparte. O país perdeu a ilha de Trinidade, no Caribe, para a Grã-Bretanha.
As nações participantes do Congresso de Viena criaram uma nova organização política
europeia, substituindo o Tratado de Utrecht, em 1713. Para solucionar as ocupações ocorridas
durante o Império Napoleônico, entre 1815 e 1822, surgiu uma ordem baseada na cooperação
de estados, modelo que aparecia pela primeira vez na história.
O novo sistema buscava equilibrar o poderio das nações europeias, realizando uma política
de aliados e compensações territoriais. Nesse sentido, o Congresso de Viena foi eficiente, pois
a Europa só entraria numa guerra total um século mais tarde com a Primeira Guerra Mundial
em 1914.

Questão 3 (FGV-RJ/VESTIBULAR/2015) Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França


em 1799. A partir do chamado Golpe do 18 Brumário, tornou-se primeiro cônsul, depois primei-
ro cônsul vitalício e, posteriormente, imperador.
Durante o seu governo,
a) retomou as relações com a Igreja Católica e permitiu total autonomia dos seus sacerdotes.
b) estabeleceu uma monarquia parlamentarista, nos moldes do sistema de governo vigente na
Inglaterra.
c) estabeleceu um novo Código Civil que manteve a igualdade jurídica para os cidadãos do
sexo masculino e o direito à propriedade privada.
d) procurou retomar antigas possessões marítimas francesas, envolvendo-se em uma guerra
desgastante no Haiti e no sudeste asiático.
e) aliou-se aos “sans culottes”, grupos mais radicais da Revolução Francesa, e, por isso, foi
derrubado em 1814.

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Letra c.
O Código Civil Napoleônico, e o Bloqueio Continental, é um dos temas mais cobrados quando
se trata do período napoleônico. Fique atento(a).

1.1.8. Os Movimentos de Independência das Colônias Latino-Americanas

Querido(a), na nossa aula III, tratamos das independências das colônias latino-america-
nas. Confira no tópico “3.4 A política econômica mercantilista; a crise do sistema colonial e a
independência no continente americano.” A banca quis enfatizar a independência dos Estados
Unidos no contexto das chamadas Revoluções Burguesas.
Como já estudamos essa temática, aprofundarei o estudo agora enfocando nos seus prin-
cipais líderes. Diversas foram as lideranças coloniais que se envolveram com o processo de
independência da América Latina. Destacaremos quatro nomes aqui: Toussaint Louverture,
Simon Bolívar, José de San Martin e José Martí. Cada uma destas figuras trazia um projeto
particular de nação, que veremos a seguir. Ah! À título de curiosidade, a Taça Libertadores da
América tem esse nome em homenagem a esses líderes, incluído aí Dom Pedro, que promove-
ram a independência da América-Latina.
Antes de seguirmos, observe o mapa com as datas da Independências dos Países da Amé-
rica-Latina:

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1.1.9. A Independência do Haiti

Em meio às conturbações que movimentavam a Revolução Francesa na Europa, uma pe-


quena ilha centro americana era responsável por um dos mais singulares processos de inde-
pendência daquele continente. Sendo uma das mais ricas colônias da França na região, o Haiti
era um grande exportador de açúcar, controlado por uma pequena elite de brancos proprietários
de terra, responsáveis pela exploração da predominante mão de obra escrava do local.
Com o advento da revolução, membros da elite e escravos vislumbram a oportunidade de
dar fim às exigências impostas pelo pacto colonial francês. Contudo, enquanto a elite buscava
maior autonomia política para a expansão de seus interesses, os escravos de origem africana
queriam uma grande execução dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade provenientes
da França revolucionária. Em meio a tais contradições, o Haiti se preparava para o seu proces-
so de independência.
Em 1791, uma mobilização composta por escravos, mulatos e ex-escravos se uniu com
o objetivo de dar fim ao domínio exercido pela elite branca que controlava os poderes e ins-
tituições políticas do local. Sob a atuação do líder negro Toussaint Louverture, os escravos
conseguiram tomar a colônia e extinguir a ordem vigente. Três anos mais tarde, quando a Fran-

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ça esteve dominada pelas classes populares, o governo metropolitano decidiu acabar com a
escravidão em todas as suas colônias.
A essa altura, a população de escravos haitiana já havia conquistado sua liberdade. Con-
tudo, as lutas responsáveis pela consolidação dessa nova realidade estariam longe de chegar
ao seu fim. No ano de 1801, Louverture empreendeu uma nova mobilização que estendeu a
liberdade para os escravos da região da ilha colonizada pelos espanhóis, que hoje corresponde
à República Dominicana. Nesse período, Napoleão Bonaparte assumia a França e se mostrou
contrário a perda desse importante domínio colonial.
No ano de 1803, Bonaparte enviou um grande exército que, sob o comando de Charles
Leclerc, conseguiu deter Toussaint Louverture. Logo em seguida, o líder revolucionário acabou
falecendo em uma prisão francesa. Apesar desse grande revés, os revolucionários haitianos
contaram com a liderança de Jacques Dessalines para derrotar as forças do exército francês
e, finalmente, proclamar a independência do Haiti. Logo em seguida, Dessalines foi alçado à
condição de imperador do novo país.
Somente no ano de 1806, quando Dessalines foi traído e assassinado por Alexandre Pétion
e Henri Christophe, o Haiti passou a adotar o regime republicano. Acontece que a elite, com-
posta por mulatos, ficou insatisfeita com a nova política instalada no país, e, em 1806, tomou o
poder após o assassinato de Dessalines. O Haiti teve sua administração fragmentada. Assim,
o norte ficou sob domínio de Henri Christophe e o sul foi governado por Alexandre Pétion. So-
mente em 1820, sob o governo de Jean-Pierre Boyer, o país foi unificado.
O reconhecimento da independência daquele país só aconteceria no ano de 1825, quando
o governo francês recebeu uma indenização de 150 milhões de francos. Depois disso, mes-
mo vivenciando diversos problemas, a notícia da independência no Haiti inspirou a revolta de
escravos em diferentes regiões do continente americano.
No entanto, ao longo do século XIX, o Haiti entra na mira dos Estados Unidos, receosos de
que a República de ex-escravos, tão próxima da Flórida, motivasse os escravos norte-america-
nos a promover uma revolução semelhante em seu território.

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1.1.10. Simón Bolívar

Figura mais conhecida deste processo de independência das colônias da América-Latina,

chegou a ser homenageado com uma nação batizada com seu nome, a Bolívia.

Nascido em Caracas, dentro de uma família abastada, Simón Bolívar fazia parte da elite

criolla. Realizou diversas viagens e estudou na Europa, onde teve um contato mais próximo

com obras de autores iluministas. Ao retornar para a América, fez parte de redes compostas

por membros das elites que também almejavam a ruptura com a Espanha.

Entre derrotas, fugas, alianças e, por fim, vitórias, participou da emancipação da Venezue-

la, Colômbia, Equador e Peru. Defendia a república enquanto forma de governo e acreditava

que todas estas nações hispânicas emancipadas deveriam reunir-se em um só Estado para

que pudessem garantir sua independência e formar uma nação forte, uma Pátria Grande.

Seu plano, que foi apresentado e rejeitado no Congresso do Panamá em 1826, não deu

certo por diversos fatores. As elites latinas não tinham interesse em se submeter ao poder de

um governo central e distante, os EUA eram contra a ideia de uma nação forte que pudesse

impedir suas pretensões expansionistas, e  para a Inglaterra poderia ser uma ameaça à sua

economia. Por conta disso, o termo bolivarianismo é evocado quando alguém quer falar sobre

a soberania latino-americana.

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1.1.11. José Martí

Já no final do século XIX, mais precisamente em 1895, enquanto Cuba tornava-se indepen-
dente, morreu um dos principais líderes envolvidos neste processo: José Martí.
Vivendo em um período diferente das figuras citadas anteriormente, ele trazia caracterís-
ticas também distintas, como a ligação e valorização da cultura latino-americana. Também
estudou na Espanha e ao regressar para a América envolveu-se cada vez mais com a causa
emancipacionista.

Ele morreu em 19 de maio de 1895, baleado por militares espanhóis. Nesse mesmo ano,
com o apoio dos EUA, a ilha de Cuba se tornou independente, mas ficou à mercê dos interesses
estadunidenses por muitos anos. Dentre todos os libertadores citados, Martí é quem tinha as
ideias que mais se aproximavam do que se pode chamar de um governo popular.

1.1.12. San Martin

Contemporâneo de Bolívar, José de San Martín foi também um líder militar que participou
com outras lideranças dos processos de independência do Chile, da Argentina e do Peru.

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Ao contrário de Bolívar, defendia a monarquia constitucional gerida por nobres europeus


como forma de governo para as nações emancipadas, ideia que não se materializou.

Questão 4 (FGV/VESTIBULAR/2013) No início do século XIX, a ruptura dos laços coloniais


e a construção de Estados independentes deram o tom da movimentação política na América
Latina. A esse respeito é correto afirmar:
a) A liderança dos diversos movimentos de emancipação foi exercida por negros e mestiços e
teve como modelo a Revolução do Haiti, liderada por Toussaint Louverture.
b) Em razão da importância geopolítica do Brasil e do impacto de sua independência, a maior
parte dos novos Estados adotou a monarquia como forma de governo.
c) Ameaçados de um lado pela ofensiva napoleônica de outro pelo imperialismo inglês, os líde-
res latino-americanos passaram à área de influência da monarquia brasileira.
d) Liderados pelos chapetones, os novos Estados independentes logo puseram fim à escravi-
dão e concederam direitos políticos à massa criolla recém-alforriada.
e) Aproveitando o contexto das Guerras Napoleônicas, a elite criolla rebelou-se contra a metró-
pole, procurando, no entanto, preservar as bases de seus privilégios sociais.

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Letra e.
A independência das colônias espanholas foi um processo que se desenvolveu no início do
século XIX, comandada pelas elites agrárias, os criollos. Teve como estopim a ocupação da
Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Apesar da participação popular e da adoção do
regime republicano em quase todos os países nascentes, as camadas populares foram man-
tidas marginalizadas.

1.1.13. O Ideal Europeu de Unificação Nacional

O ideal de unificação está intrinsecamente ligado à ideologia nacionalista. Nacionalismo é


um conceito desenvolvido para a compreensão de um fenômeno típico do século XIX: a ascen-
são de um certo sentimento de pertencimento a uma cultura, a uma região, a uma língua e a um
povo (ou, em alguns dos argumentos nacionalistas, a uma raça) específicos, tendo aparecido
pela primeira vez na França comandada por Napoleão Bonaparte e nos Estados Unidos da
América. Tal fenômeno passou a ser assimilado pelas forças políticas que haviam absorvido
os ideais iluministas de rejeição do Antigo Regime absolutista e que procuravam a construção
de um Estado nacional de viés democrático e constitucional, no qual seus membros fossem
cidadãos, e não súditos do rei.
Nesse sentido, o sentimento nacional do século XIX alcançou a condição de ideologia polí-
tica. Diferentemente dos Estados nacionais europeus que se formaram nos séculos XVI e XVII,
os Estados Nacionais do século XIX identificavam sua soberania no contingente de cidadãos
que compunham a nação, e não na figura do monarca. Por esse motivo, a tendência ao regime
político republicano tornou-se comum nesse período.
Além dessas características, há também um elemento indispensável para o entendimento
do nacionalismo: a formação do exército nacional por cidadãos comuns, e não por aristocratas
e mercenários, como ocorria nos Estados absolutistas. O exército napoleônico foi o primeiro

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grande exército nacional composto por pessoas que lutavam pela “nação francesa” e identi-

ficavam-se como membros de um só “corpo nacional”, de uma só pátria. Além disso, noções

como “povo”, fronteiras nacionais e herança cultural (incluindo a língua) dão suporte para a

ideologia nacionalista.

1.1.14. Unificação Alemã

A partir da segunda metade do século XIX, o território que hoje corresponde à Alemanha

passou por um processo de unificação territorial, o que garantiu o surgimento do Império Ale-

mão sob a liderança da Casa de Hohenzollern. A Prússia liderou esse processo por meio das

ações tomadas por Otto von Bismarck como primeiro-ministro prussiano. A unificação alemã

também foi responsável pela alteração da balança de poder na Europa no final do século XIX.

Na segunda metade do século XIX, a região correspondente à Alemanha era formada por

uma série de pequenos reinos e ducados que possuíam uma mesma raiz cultural, mas que não

eram politicamente unificados. As duas forças hegemônicas existentes nessa região, então

conhecida como Confederação Germânica, eram a Prússia, liderada pela dinastia dos Hohen-

zollern, e o Império Austro-húngaro.

Desde o começo do século XIX, já havia ideais nacionalistas que defendiam a unificação

dessa região. Esses ideais ganharam força a partir das revoluções liberais de 1848, as quais,

no caso da Alemanha, levaram a uma série de movimentos de unificação, sob ideais demo-

cráticos e liberais, mas que, no entanto, fracassou em obter a união desse território em um

Estado-nação.

Apesar disso, as revoluções de 1848 contribuíram para o fortalecimento do nacionalismo

e da busca pela formação de um Estado-nação a partir de uma unificação territorial. Esse pro-

cesso foi encabeçado pela Prússia, região mais desenvolvida nessa época, que via nele uma

forma de garantir seu desenvolvimento econômico. Os prussianos defendiam ainda que, nessa

ação, deveria haver a exclusão de qualquer influência da Áustria.

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A Primavera dos Povos foi uma série de conflitos ocorridos em alguns países da Europa, em
1848. De cunho liberal, nacionalista e socialista, a também chamada Revolução de 1848 teve
início na França.

Economicamente, a  Prússia já buscava garantir seus interesses em relação aos outros


reinos germânicos por meio de uma união aduaneira, conhecida como Zollverein. Esse acordo
econômico possibilitou o livre comércio entre os estados germânicos da Confederação Ger-
mânica e excluía a participação da Áustria, rival da Prússia.
O projeto de unificação da Alemanha ganhou força a partir de 1857, quando Guilherme I
assumiu o trono prussiano depois do afastamento do rei, Frederico Guilherme IV, em razão de
uma doença cerebral. Ao assumir o trono, Guilherme I, juntamente de Albrecht von Roon, nome-
ado Ministro da Guerra, iniciou um projeto de modernização do exército que foi extremamente
importante para as guerras travadas posteriormente.
Outros nomes importantes a assumir cargos de responsabilidade naquele momento, e que
foram fundamentais para a unificação alemã, foram Helmuth von Moltke, como Chefe do Es-
tado-Maior, e Otto von Bismarck, nomeado primeiro-ministro em 1862 e hábil político que con-
seguiu coordenar as guerras travadas pelos prussianos sem que houvesse interferências es-
trangeiras.
A ação do governo prussiano, encabeçado por Guilherme I e Otto von Bismarck, fez com
que a Prússia travasse três guerras em um período de sete anos. As vitórias prussianas nesses
conflitos promoveram a unificação da região e o surgimento do Império Alemão. Essas três
guerras foram:
• Guerra dos Ducados (1864);
• Guerra Austro-Prussiana (1866);
• Guerra Franco-Prussiana (1870-1871).

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Ao final desse processo, o mapa europeu passou por uma série de transformações, com a
qual a unificação alemã redefiniu a balança de poder existente na Europa, marcou as decadên-
cias da Áustria e da França na posição de potências e, ao mesmo tempo, afirmou o surgimento
da Alemanha como potência econômica e militar. As consequências dessas mudanças produ-
ziram o primeiro conflito do século XX: a Primeira Guerra Mundial.
O projeto de unificação da Alemanha iniciou-se com as ambições prussianas em relação
aos ducados dinamarqueses de Holstein e Schleswig. A guerra da Prússia contra os dinamar-
queses ficou conhecida como Guerra dos Ducados e teve início quando a Dinamarca quebrou
um acordo realizado com a Prússia e a Áustria em 1852, em Londres.
Nesse acordo de 1852, a Dinamarca havia concordado em garantir a autonomia política
para os ducados de Holstein e Schleswig. No entanto, uma nova constituição promulgada pela
Dinamarca, em 1863, decretou a redução da autonomia política desses ducados. Dessa forma,
isso foi utilizado pela Prússia como pretexto para realizar a invasão do território dinamarquês.
Os prussianos, então, fizeram um acordo com a Áustria e, juntos, atacaram a Dinamarca e con-
quistaram os ducados.
Ao final da guerra, os alemães ficaram com o controle de Schleswig, e os austríacos, com
Holstein. A divisão dos ducados dinamarqueses acabou gerando um desentendimento entre
Áustria e Prússia, o que levou as duas nações à guerra. A guerra contra a Áustria era desejada
por Bismarck, que, antes desse conflito, agiu habilmente e obteve o apoio italiano e a neutrali-
dade francesa.
A Guerra Austro-Prussiana também teve rápido desfecho e resultou na vitória prussiana
sobre os austríacos. O apoio italiano foi extremamente importante, pois dividiu as forças aus-
tríacas e enfraqueceu suas posições no norte. A superioridade de tecnologia militar e a melhor
estratégia de batalha, formulada por Moltke, também garantiram o êxito dos prussianos nessa
guerra.
Com essa vitória, os prussianos adquiriram boa parte dos territórios germânicos que ha-
viam apoiado os austríacos durante a guerra. Além disso, esse novo cenário possibilitou que a
Áustria fosse excluída de participar de qualquer assunto debatido pela Confederação Germâ-
nica. Os austríacos também foram obrigados a pagar uma indenização de guerra aos prussia-
nos.

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Por fim, a Prússia envolveu-se em um conflito contra a França, que ficou conhecido como
Guerra Franco-Prussiana. Essa guerra foi causada, primeiramente, pelo temor dos prussianos
a uma possível ambição francesa por estados germânicos no sul, que não haviam sido, até
então, anexados. O estopim do conflito foi o desentendimento provocado pela questão da su-
cessão do trono espanhol.
A guerra entre França e Prússia começou em meados de 1870 e estendeu-se até o início de
1871, tendo como desfecho uma vergonhosa derrota para os franceses. Novamente, a supe-
rioridade de armamentos e de estratégia militar garantiu a vitória prussiana. A derrota francesa
resultou em grande humilhação ao país, conforme afirma Armando Vidigal:
Os termos do armistício foram duros, pois o objetivo prussiano era deixar a França enfra-
quecida por muitos anos. A Alemanha anexou a Alsácia e a Lorena germânica (incluindo) Metz;
a França comprometeu-se a pagar uma indenização de 5 bilhões de francos e a arcar com os
custos da ocupação alemã das províncias do norte até que a indenização fosse paga. Paris
não chegou a ser ocupada, mas sofreu a humilhação de uma marcha triunfal alemã ao longo
dos Campos Elísios.
A partir da vitória na Guerra Franco-Prussiana, a unificação alemã foi concluída e, assim,
foi formado o Segundo Reich, ou Segundo Império Alemão, com a proclamação de Guilherme
I como kaiser, ou seja, imperador. Otto von Bismarck seguiu como primeiro-ministro após o
surgimento do Império Alemão.
A unificação alemã alterou completamente as estruturas de poder existentes na Europa,
vigentes desde o Congresso de Viena de 1814 e 1815. A Alemanha transformou-se na nação
hegemônica do continente europeu, e o desfecho da Guerra Franco-Prussiana amargou as re-
lações entre as duas nações. Por todo esse continente, espalhou-se uma tensão que, décadas
depois, desembocaria no início da Primeira Guerra Mundial.

1.1.15. Unificação Italiana

A Península Italiana era formada por diferentes reinos, ducados, repúblicas e principados
muito distintos entre si. Ao norte, parte do território estava ocupado pelos austríacos. Cada
um tinha sua própria moeda, sistema de pesos e medidas, e adunas. Até mesmo o idioma era
diferente em cada uma destas regiões.

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A Itália era predominantemente agrária e somente o reino de Piemonte-Sardenha começa-


va a ter indústrias, e assim, uma burguesia influente. Com o liberalismo trazido pela Revolução
Francesa, os movimentos nacionalistas italianos lutavam pela unificação política do país. Con-
tudo, com as derrotas sofridas na Revolução de 1848, o sonho de formar um só país parecia
enterrado. A partir de 1850, no entanto, a luta se reacende com o ressurgimento (Risorgimen-
to) dos movimentos pela unidade nacional.
O coordenador do movimento pela unidade nacional era Camilo Benso, o conde de Cavour
(1810-1861), que estava à frente do Risorgimento. Cavour era o primeiro ministro do reino de
Piemonte-Sardenha, única região que adotava a monarquia constitucional como regime de
governo.
Deste reino, partiu a liderança política que faria a unificação dos demais reinos da Penínsu-
la Itálica, lideraria a expulsão dos austríacos e, posteriormente, combateria os franceses.
Em 1858, o reino do Piemonte-Sardenha assinou com a França um acordo contra o Império
Austríaco. Neste momento, destaca-se a liderança de Cavour. Um ano mais tarde, começou a
Primeira Guerra da Independência contra a Áustria. Com o apoio militar da França, a guerra
contra a Áustria terminou com as batalhas de Magenta e Solferino.
A França retirou-se da guerra depois que a Prússia ameaçou impor uma intervenção militar
e o reino do Piemonte-Sardenha foi obrigado a assinar o Tratado de Zurique em 1859. Neste,
ficou estipulado que a Áustria permanecia com Veneza, mas cedia a Lombardia ao Reino do
Piemonte-Sardenha. O tratado previa, ainda, que os franceses ficariam com os territórios de
Nice e Saboia.
Uma guerra paralela, movida por Giuseppe Garibaldi (1807-1882), esposo de Anita Gari-
baldi, resultou na conquista dos ducados de Toscana, Parma e Módena, além da Romagna.
Os territórios foram incorporados pelo reino do Piemonte-Sardenha após a realização de um
plebiscito em 1860. Surgia, assim, o Reino da Alta Itália.
Também em 1860, Nápoles foi conquistada após o ataque de Garibaldi ao Reino das Duas
Sicílias. Os Estados Pontifícios foram estabelecidos na mesma época e o movimento resultou
na ligação entre parte Sul e Norte da Itália. Em 1861 foi criado o Reino da Itália.
Faltava, contudo, anexar Veneza, ainda ocupada pelos austríacos, e Roma, onde o Impe-
rador Napoleão III (1808-1873) mantinha tropas para a proteção do Papa Pio IX. Se antes a

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França foi aliada da unificação, agora era contrária ao movimento por temer o surgimento de

uma nova potência em suas fronteiras.

Um movimento paralelo, traçado pela Prússia, tentava promover a Unificação Alemã, a qual

a França também era contrária e, para tanto, contava com o apoio da Áustria. As  disputas

culminaram em 1866 na assinatura do pacto ítalo-prussiano e, em 1877, começava a guerra

Austro-prussiana. Aliado da Prússia, a Itália recebeu Veneza, mas foi obrigada a ceder Tirol,

Trentino e Ístria para o Império Austríaco.

Somente em 1870, quando explodiu a Guerra Franco-Prussiana, o  exército italiano pôde

entrar em Roma devido à derrota dos franceses naquela guerra. Ao fim do processo, a Itália

unificada adotou o regime de monarquia parlamentarista.

Quando Roma foi anexada em 1870, o Papa Pio IX (1792-1878) declarou-se prisioneiro na

cidade do Vaticano e recusou o reconhecimento da unificação. Em 1874, o pontífice proibiu

aos católicos de participarem da eleição que votaria o novo parlamento. Este desencontro

entre o governo italiano e Vaticano foi denominado “Questão Romana”. O problema perdurou

até 1920 e foi solucionado com a assinatura do Tratado de Latrão durante o governo de Benito

Mussolini.

Pelo tratado, o governo indenizaria a Igreja Católica pela perda de Roma, lhe concedia a so-

berania sobre a Praça de São Pedro e reconhecia o Estado do Vaticano como uma nova nação

cujo Chefe de Estado era o Papa. Por sua parte, o pontífice reconhecia a Itália e seu governo

como um Estado Independente.

A unificação da Itália fez surgir um Estado unido territorialmente sob a monarquia cons-

titucional. Desta maneira, o  país iniciou sua expansão territorial para a África. Esta atitude

desequilibrava os interesses das potências já constituídas como Alemanha e França e levaria

à Primeira Guerra Mundial.

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Questão 5 (FGV-SP) Assinale a alternativa incorreta a respeito da unificação italiana.


a) Os franco-piemonteses venceram os Austríacos em Magenta e Soferino em 1859, com o
auxílio de Napoleão III.
b) O Reino das Duas Sicílias, governado pelos Bourbons, foi conquistado por Giuseppe Garibal-
di e seus “camisas vermelhas” em apenas alguns meses, em 1860.
c) Veneza foi entregue aos italianos em 1866 como recompensa por terem participado da
Guerra das Sete Semanas ao lado da Prússia contra a Áustria.
d) Vítor Emanuel II tentou, em 1861, ser proclamado rei da Itália, mas foi impedido pelo primei-
ro-ministro Camilo Benso, o conde de Cavour.
e) A unificação italiana se completou em 1870 quando, ao eclodir a Guerra Franco-Prussiana,
as tropas francesas deixaram a Itália, possibilitando a anexação de Roma, que se tornou a ca-
pital do reino.

Letra d.
Ao contrário do que afirma a sentença, Vítor Emanuel II foi declarado rei da Itália em 1861.

1.2. A Revolução Industrial; a Expansão e o Universo Capitalista; o


Apogeu da Hegemonia Europeia

1.2.1. A Revolução Industrial

A Revolução Industrial é um divisor de águas na história. Quase todos os aspectos da vida


cotidiana da época foram influenciados de alguma forma por esse processo. A população co-

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meçou a experimentar um crescimento sustentado sem precedentes históricos, com uma boa
renda média. Veja o conceito:
Revolução Industrial: foi a transição para novos processos de manufatura no período entre
1760 a algum momento entre 1820 e 1840. Esta transformação incluiu a transição de métodos
de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos produtos quími-
cos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso crescen-
te da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da
madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão 3, mais tarde, pelo petróleo. A revolução teve
início na Inglaterra e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados
Unidos.
Antes da Revolução Industrial, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo
manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da esca-
la, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas
vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até
à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas
dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas
do processo produtivo.
Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo,
uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operá-
rios), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores
passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais
passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido
por maquinofatura.
Esse momento de passagem marca o ponto culminante de uma evolução tecnológica, eco-
nômica e social que vinha se processando na Europa desde a Baixa Idade Média, com ênfase
nos países onde a Reforma Protestante tinha conseguido destronar a influência da Igreja Ca-
tólica: Inglaterra, Escócia, Países Baixos, Suécia. Nos países fiéis ao catolicismo, a Revolução
Industrial eclodiu, em geral, mais tarde, e num esforço declarado de copiar aquilo que se fazia
nos países mais avançados tecnologicamente: os países protestantes.

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Como vimos na nossa última aula, A  Revolução Industrial, iniciada na Grã-Bretanha, in-
tegrou o conjunto das chamadas Revoluções Burguesas do século XVIII. Essas revoluções
foram responsáveis pela crise do Antigo Regime, na passagem do capitalismo comercial para
o industrial. Os outros três movimentos que a acompanham são as Revoluções Inglesas, a In-
dependência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa que, sob influência dos princípios
iluministas, assinalam a transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea.
Com a evolução do processo, no plano das Relações Internacionais, o século XIX foi mar-
cado pela hegemonia mundial britânica, um período de acelerado progresso econômico-tec-
nológico, de expansão colonialista e das primeiras lutas e conquistas dos trabalhadores.
Durante a maior parte do período, o trono britânico foi ocupado pela rainha Vitória (1837-
1901), razão pela qual é denominado como Era Vitoriana. Como consequência, a busca por
novas áreas para colonizar e descarregar os produtos Europeus, produziu uma acirrada disputa
entre as potências industrializadas. Essas disputas causaram diversos conflitos e um crescen-
te espírito armamentista que culminou na eclosão da Primeira Guerra Mundial (1914).
A Revolução Industrial ocorreu primeiramente na Europa devido a três fatores:
• os comerciantes e os mercadores europeus eram vistos como os principais manufa-
turadores e comerciantes do mundo, detendo ainda a confiança e reciprocidade dos
governantes quanto à manutenção da economia em seus estados;
• a existência de um mercado em expansão para seus produtos, tendo a Índia, a África,
a América do Norte e a América do Sul sido integradas ao esquema da expansão eco-
nômica europeia;
• o contínuo crescimento de sua população, que oferecia um mercado sempre crescente
de bens manufaturados, além de uma reserva adequada (e posteriormente excedente)
de mão de obra.

1.2.2. O Pioneirismo inglês

Entre 1760 a 1860, a Revolução Industrial ficou limitada, primeiramente, à Inglaterra. Houve
o aparecimento de indústrias de tecidos de algodão, com o uso do tear mecânico. Nessa épo-
ca o aprimoramento das máquinas a vapor contribuiu para a continuação da Revolução.

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O Reino Unido foi pioneiro no processo da Revolução Industrial por diversos fatores:
Pela aplicação de uma política econômica liberal desde meados do século XVIII. Antes
da liberalização econômica, as atividades industriais e comerciais estavam cartelizadas pelo
rígido sistema de guildas, razão pela qual a entrada de novos competidores e a inovação tec-
nológica eram muito limitados. Com a liberação da indústria e do comércio ocorreu um enorme
progresso tecnológico e um grande aumento da produtividade em um curto espaço de tempo.
O processo de enriquecimento britânico adquiriu maior impulso após a Revolução Inglesa,
que forneceu ao seu capitalismo a estabilidade que faltava para expandir os investimentos e
ampliar os lucros.
A Grã-Bretanha firmou vários acordos comerciais vantajosos com outros países. Um des-
ses acordos foi o Tratado de Methuen, celebrado com a decadência da monarquia absoluta
portuguesa, em 1703, por meio do qual conseguiu taxas preferenciais para os seus produtos
no mercado português.
A Grã-Bretanha possuía grandes reservas de ferro e de carvão mineral em seu subsolo,
principais matérias-primas utilizadas neste período. Dispunham de mão de obra em abundân-
cia desde a Lei dos Cercamentos de Terras, que provocou o êxodo rural. Os trabalhadores diri-
giram-se para os centros urbanos em busca de trabalho nas manufaturas.
A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, adquirir matérias-pri-
mas e máquinas e contratar empregados.
Para ilustrar a relativa abundância do capital que existia na Inglaterra, pode se constatar
que a taxa de juros no final do século XVIII era de cerca de 5% ao ano; já na China, onde prati-
camente não existia progresso econômico, a taxa de juros era de cerca de 30% ao ano.
A burguesia inglesa era muito rica e durante muitos anos continuou ampliando seus negó-
cios de várias maneiras:
• financiando ataques piratas (corsários);
• traficando escravos;
• emprestando dinheiro a juros;
• pagando baixos salários aos artesãos que trabalhavam nas manufaturas;
• vencendo guerras;

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• comerciando;
• impondo tratados a países mais fracos.

As novidades da Revolução Industrial trouxeram muitas dúvidas. O  pensador escocês


Adam Smith procurou responder racionalmente às perguntas da época. Seu livro A Riqueza
das Nações (1776) é considerado uma das obras fundadoras da ciência econômica. Ele dizia
que o individualismo é útil para a sociedade.
Nesta perspectiva, é correto afirmar que os capitalistas só pensam em seus lucros. No
entanto, como para lucrar precisariam vender produtos bons e baratos, no fim, acabariam con-
tribuindo com a sociedade. Como o individualismo seria bom para toda a sociedade, as pes-
soas deveriam viver de modo que pudessem atender livremente a seus interesses individuais.
Para Adam Smith, o Estado é quem atrapalhava a liberdade dos indivíduos. Para o autor
escocês, “o Estado deveria intervir o mínimo possível sobre a economia”. Se as forças do mer-
cado agissem livremente, a economia poderia crescer com vigor.
Desse modo, cada empresário faria o que bem entendesse com seu capital, sem ter de
obedecer a nenhum regulamento criado pelo governo. Os investimentos e o comércio seriam
totalmente liberados. Sem a intervenção do Estado, o mercado funcionaria automaticamente,
como se houvesse uma “mão invisível” ajeitando tudo. Ou seja, o capitalismo e a liberdade
individual promoveriam o progresso de forma harmoniosa.

1.2.3. Avanços Tecnológicos

O início da Revolução Industrial está intimamente ligado a um pequeno número de inova-


ções, a partir da segunda metade do século XVIII. Na década de 1830, os seguintes ganhos
foram obtidos em tecnologias importantes:
Têxteis - a fiação mecanizada de algodão alimentada por vapor ou água aumentou a produ-
ção de um trabalhador por um fator de cerca de 500. O tear elétrico aumentou a produção de
um trabalhador em um fator de mais de 40. O descaroçador de algodão aumentou a produtivi-

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dade de remover sementes de algodão por um fator de 50. Grandes ganhos de produtividade
também ocorreram na fiação e tecelagem de lã e linho, mas não eram tão grandes quanto no
algodão.

Máquina a vapor - a eficiência dos motores a vapor aumentou, de modo que eles usaram
entre um quinto e um décimo do combustível. A adaptação de motores a vapor estacionários
ao movimento rotativo os tornou adequados para usos industriais. O motor de alta pressão
tinha uma alta relação potência/peso, tornando-o adequado para o transporte. A energia do
vapor sofreu uma rápida expansão após 1800.

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Fabricação de ferro - a substituição de coque por carvão reduziu bastante o custo de com-
bustível da produção de ferro gusa e ferro forjado. O uso de coque também permitiu a pro-
dução de altos fornos, resultando em economias de escala. O motor a vapor começou a ser
usado para bombear água e para propulsionar o ar de combustão em meados da década de
1750, permitindo um grande aumento na produção de ferro, superando a limitação da potência
da água. O cilindro de sopro de ferro fundido foi usado pela primeira vez em 1760. Máquinas-
-ferramentas - As primeiras máquinas-ferramentas foram inventadas. Estas incluíam o torno
de corte de parafuso, a máquina de perfuração de cilindros e a máquina de fresagem. As má-
quinas-ferramentas possibilitaram a fabricação econômica de peças metálicas de precisão,
embora tenham sido necessárias várias décadas para desenvolver técnicas eficazes.
As fábricas se espalharam rapidamente pela Inglaterra e provocaram mudanças profundas.
O modo de vida e a mentalidade de milhões de pessoas se transformaram, numa velocidade
espantosa. O mundo novo do capitalismo, da cidade, da tecnologia e da mudança incessante
triunfou.
As carruagens viajavam a 12 km/h e os cavalos, quando se cansavam, tinham de ser tro-
cados durante o percurso. Um trem da época alcançava 45 km/h e podia seguir centenas de
quilômetros. Assim, a Revolução Industrial tornou o mundo mais veloz. Como essas máquinas

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substituíam a força dos cavalos, convencionou-se em medir a potência desses motores em HP


(do inglês horse power ou cavalo-força).

1.2.4. A Segunda Etapa da Revolução Industrial

A segunda etapa ocorreu no período de 1860 a 1900, ao contrário da primeira fase, países
como Alemanha, França, Estados Unidos, Japão e Itália também se industrializaram. O empre-
go do aço, a utilização da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo, a invenção
do motor a explosão, da locomotiva a vapor e o desenvolvimento de produtos químicos foram
as principais inovações desse período.
No século XIX a Revolução Industrial chegou até a França e, com o desenvolvimento das
ferrovias, cresceu ainda mais. Em 1850, chegou até a Alemanha e só no final do século XIX; na
Itália e na Rússia, já nos EUA, o desenvolvimento industrial só se deu na segunda metade do
século XIX.
A modernização do Japão data do início da era Meiji, em 1867, quando a superação do feu-
dalismo unificou o país. O Estado se ligou à burguesia: o governo emprestava dinheiro para os
empresários que quisessem ampliar seus negócios, além de montar e vender indústrias para
as famílias ricas. O Estado japonês esforçava-se ao máximo para incentivar o desenvolvimento
capitalista e industrial.
A Revolução Industrial trouxe riqueza para os burgueses; porém, os trabalhadores viviam
na miséria. Muitas mulheres e crianças faziam o trabalho pesado e ganhavam muito pouco,
a jornada de trabalho variava de 14 a 16 horas diárias para as mulheres, e de 10 a 12 horas por
dia para as crianças.
Enquanto os burgueses se reuniam em grandes festas para comemorar os lucros, os traba-
lhadores chegavam à conclusão que teriam que começar a lutar pelos seus direitos.
O chamado Ludismo foi uma das primeiras formas de luta dos trabalhadores. O movimen-
to ludita era formado por grupos de trabalhadores que invadiam as fábricas e quebravam as
máquinas. Os  ludistas conseguiram algumas vitórias como pressionar alguns patrões para
que não reduzissem os salários com medo de uma rebelião.

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Além do ludismo, surgiram outras organizações operárias, além dos sindicatos e das gre-
ves. Em 1830, formou-se na Inglaterra o movimento cartista. Os cartistas redigiram um docu-
mento chamado “Carta do Povo” e o enviaram ao parlamento inglês. A principal reivindicação
era o direito do voto para todos os homens (sufrágio universal masculino), mas somente em
1867 esse direito foi conquistado.

Thomas Malthus foi um economista inglês que afirmava que o crescimento da popula-
ção era culpa dos pobres que tinham muitos filhos e não tinham como alimentá-los. Para ele,
as catástrofes naturais e as causadas pelos homens tinham o papel de reduzir a população,
equilibrando, assim, a quantidade de pessoas e a de comida.
Além disso, Malthus criticava a distribuição de renda. O seu raciocínio era muito simples:
os responsáveis pelo desenvolvimento cultural eram os ricos e cobrar impostos deles para aju-
dar os pobres era errado, afinal de contas era a classe rica que patrocinava a cultura.
O Parlamento inglês (que aparentemente pensava como Malthus) adotou, em 1834, uma
lei que abolia qualquer tipo de ajuda do governo aos pobres. A desculpa usada foi a que aju-
dando os pobres, a preguiça seria estimulada. O desamparo serviria como um estímulo para
que eles procurassem emprego.
A revolução Industrial mudou a vida da humanidade. A vida nas cidades se tornou mais
importante que a vida no campo e isso trouxe muitas consequências: nas cidades os habitan-

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tes e trabalhadores moravam em condições precárias e conviviam diariamente com a falta de


higiene, isso sem contar com o constante medo do desemprego e da miséria.
Por um outro lado, a Revolução Industrial estimulou os pesquisadores, engenheiros e in-
ventores a aperfeiçoar a indústria. Isso fez com que surgissem novas tecnologias: locomotivas
a vapor, barcos a vapor, telégrafo e a fotografia.
Querido(a), antes de darmos sequência ao conteúdo, chamo a atenção para a divisão didá-
tica da Revolução Industrial:
• Primeira Etapa: teve início na Inglaterra em meados do século XVIII. Espalhou-se du-
rante a segunda metade do século para outros países da Europa.
• Segunda Etapa: teve início nos Estados Unidos no final do século XIX e começo do
século XX.
• Terceira Etapa: liderada também pelos Estados Unidos, teve início com o final da Se-
gunda Guerra Mundial (meados do século XX).

Nos Estados Unidos, durante a terceira etapa da Revolução Industrial, surgiu um modelo de
produção chamado Fordismo. O Fordismo recebeu este nome em homenagem ao seu criador,
Henry Ford. Este instalou a primeira linha de produção semi automatizada de automóveis no
ano de 1914. Esse modelo perduraria até meados da década de 1980.
Este sistema de produção em massa, denominado linha de produção, constituía-se em
linhas de montagem semiautomáticas, possibilitadas pelos pesados investimentos para o de-
senvolvimento de maquinários e instalações industriais. Para tanto, buscou a racionalização
do trabalho, com controle do tempo e dos movimentos dos trabalhadores, separando, na linha
de produção, o trabalho intelectual (realizados por encarregados e chefes de setores) do tra-
balho braçal.

O Taylorismo é uma teoria criada pelo engenheiro Americano Frederick W. Taylor (1856-1915),
que a desenvolveu a partir da observação dos trabalhadores nas indústrias. É anterior ao for-
dismo. O engenheiro constatou que os trabalhadores deveriam ser organizados de forma hie-

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rarquizada e sistematizada; ou seja, cada trabalhador desenvolveria uma atividade específica


no sistema produtivo da indústria (especialização do trabalho). No taylorismo, o trabalhador é
monitorado segundo o tempo de produção. Cada indivíduo deve cumprir sua tarefa no menor
tempo possível, sendo premiados aqueles que se sobressaem. Isso provoca a exploração do
proletário que tem que se “desdobrar” para cumprir o tempo cronometrado.

Questão 6 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Henry


Ford revolucionou o sistema de trabalho industrial, em 1913, ao introduzir a linha de montagem
na fabricação dos primeiros Model Ts, em Louisville, Estados Unidos.

Interior da fábrica Ford, em Louisville, USA.

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Sobre esta nova modalidade de produção industrial, conhecida como “fordismo”, assinale a
afirmativa incorreta.
a) Acrescentou uma forte automação ao paradigma industrial taylorista, melhorando e acele-
rando o sistema produtivo.
b) Caracterizou-se por uma divisão de trabalho que englobava todas as etapas de produção.
c) Possibilitou a fabricação de produtos acessíveis ao mercado consumidor em massa.
d) Permitiu racionalizar o processo produtivo, diminuindo o tempo e os custos da montagem.
e) Agrupou as mesmas máquinas em setores específicos da fábrica, de forma a otimizar a
montagem.

Letra e.
Ao contrário, o fordismo dividiu a produção em etapas, setores. Exemplo: um setor ficaria res-
ponsável pela produção de chassis, outra por motores, outra pela lataria e outra pela monta-
gem. Assim, as máquinas eram divididas de acordo com o setor de produção.

1.2.5. A Expansão e o Universo Capitalista

Como vimos, a primeira fase do capitalismo é chamada de capitalismo mercantil e ocorreu


no contexto da expansão marítima europeia.
A segunda fase do capitalismo é chamada de Capitalismo Industrial por ter sido um efeito
direto da emergência, expansão e centralidade exercida pelas fábricas graças ao processo de
Revolução Industrial iniciado em meados do século XVIII na Inglaterra.
Com isso, a luta por matérias-primas, transformadas depois em mercadorias industrializa-
das, intensificou-se ao longo do globo e a Divisão Internacional do Trabalho foi assim estru-
turada: de um lado, as colônias atuando como fornecedoras de matérias-primas e produtos
primários em geral; do outro lado, as metrópoles e países industrializados como fornecedores
de mercadorias.

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Nos países desenvolvidos, notadamente na Europa e em algumas partes da América do


Norte, as cidades conheceram um boom populacional, marcado pelo intensivo êxodo rural e
pela expansão desordenada das periferias em locais como Londres e Paris. A grande quantida-
de de trabalhadores empregados nas fábricas e a difusão do pensamento econômico liberal,
desenvolvido por Adam Smith, também foram elementos característicos desse contexto, que
se estendeu até o final do século XIX e o início do século XX.
Portanto, a partir de 1750, com a Revolução Industrial, na Inglaterra, o foco da busca por
novos parceiros comerciais era encontrar mercados consumidores e matéria-prima para as
indústrias nascentes. Foi a Revolução Industrial, que se espalhou pela Europa, Estados Unidos
e Japão, a  responsável pelas disputas imperialistas. Durante o período da Guerra Fria, com
a polarização entre os blocos socialista e capitalista, a integração econômica se limitou aos
membros de cada bloco.
Veremos mais sobre essa expansão capitalista quando tratarmos da corrida imperialista.

1.2.6. O Apogeu da Hegemonia Europeia

No início do século XIX a Europa exibia uma superioridade econômica quando comparada
com o resto do mundo. Assim, era responsável por metade da produção industrial mundial
sendo que Inglaterra, França e Alemanha os países mais industrializados do mundo. Detinha
83% da frota mercantil e era em solo europeu que se situavam os principais portos marítimos.
Controlava o comércio a nível mundial e por si só era responsável por cerca de 62% de todas
as trocas comerciais internacionais.
A superioridade europeia manifestava-se também no aspecto financeiro já que 80% de to-
dos os capitais investidos a nível mundial eram europeus e era na Europa que se situavam os
principais bancos.
Do ponto de vista demográfico, a Europa também mantinha uma superioridade considerá-
vel, sendo responsável por, num continente tão pequeno do ponto de vista geográfico, cerca de
1/4 da população mundial.
Na Europa se situavam os maiores centros urbanos, engrossados por uma população que

vivia cada vez mais e melhor, decorrente dos hábitos alimentares de qualidade crescente, de

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hábitos de higiene cada vez mais regulares, do acesso aos progressos da medicina em termos

de vacinação e tratamentos cada vez mais eficazes. A Europa foi, durante décadas e décadas,

a fornecedora de milhões e milhões de emigrantes que povoaram e ocuparam todos os outros

continentes, sem exceção.

A Europa explorava e controlava as suas colônias do ponto de vista econômico, financei-

ro, cultural, religioso. O velho continente demonstrava também uma superioridade científica e

cultural incrível bem visível nas principais academias de arte e literárias, bibliotecas, museus,

universidades situavam-se em solo europeu. Até 1914 todos os prêmios Nobel foram atribu-

ídos a europeus e a Europa orgulhava-se de exportar os seus estilos de vida, as suas modas,

culturas, línguas.

Já no final do século XIX, a Europa afirmou a sua supremacia por todo o mundo. Os co-

nhecimentos técnico-científicos e os capitais europeus eram aplicados na Ásia, na América e

em África em projetos de construção de infraestruturas, de exploração agrícola ou de extração

mineira.

As companhias europeias dominavam a indústria e o comércio mundiais e a população

europeia, em crescimento rápido, emigrava para os vários continentes. Fruto desta hegemonia,

os europeus defendiam a crença da superioridade cultural do “homem branco” e o dever de

levar aos outros povos colonizados a sua civilização.

As rivalidades econômicas e políticas, bem como coloniais, entre as principais potências

europeias conduziram à eclosão da I Guerra Mundial que contribuiu para o declínio da influên-

cia da Europa no mundo e a ascensão dos Estados Unidos da América.

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1.3. A Corrida Imperialista; a Primeira Guerra Mundial; a Revolução


Russa de 1917 e a Formação da URSS

1.3.1. A Corrida Imperialista

O imperialismo foi o domínio econômico e/ou político e/ou militar das potências industria-
lizadas do século XIX e meados do século XX sobre regiões de Ásia, África, Oceania e América.
O Objetivo da expansão imperialista estava na necessidade de matéria-prima e de mercado
consumidor para seus produtos industrializados.
A longo do século XIX, com a chamada Segunda Revolução Industrial, várias nações eu-
ropeias, mais os Estados Unidos e o Japão, ingressaram na busca por áreas de influência
que fossem capazes de atender suas demandas industriais e mercantis. Para tanto, usavam
a diplomacia, a corrupção de políticos e lideranças locais ou mesmo a violência, caso encon-
trassem resistência. A Guerra do Ópio (1839 e 1842) é exemplo disso. A Inglaterra entrou em
conflito com a China para manutenção do comércio da droga na região. Como resultado, pelo
Tratado de Nanquim (1842), os ingleses acabaram recebendo o controle de Hong Kong, ilha
que somente seria devolvida aos chineses em 1997.

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Charge da China sendo dividida entre as potências industriais.

Outro fator importante na composição da empresa imperialista era o embasamento teóri-


co. Contaminados pelo cientificismo herdado do Iluminismo do século XVIII, adaptaram a teo-
ria evolucionista de Charles Darwin para o entendimento das sociedades humanas. Lembra-se
de nossa aula anterior? Então, o darwinismo social classifica as organizações humanas pelo
mundo de acordo com o seu grau de desenvolvimento tecno-científico-industrial.
Em outras palavras, se a organização social fosse dotada de ciência, tecnologia e um mo-
delo de governo “ocidental”, seria civilizada. Se não, deveria ser civilizada para que fossem
salvas da própria extinção. Assim nasceu a “missão civilizadora” das potências imperialistas.
Essa “missão” não passava de um engodo, de um discurso que objetivava enganar, tanto os
locais, quanto os povos colonizados na África e Ásia. Criaram esse discurso de salvacionismo
para encobrir sua mira nos recursos naturais e nos mercados consumidores das sociedades
“atrasadas”.

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Tintim é um personagem dos quadrinhos criado pelo cartunista belga Hergé em 1929, e adaptado para a tv e o
cinema. Note os elementos usados no discurso tratando a “superioridade” da cultura ocidental.

Até 1870, havia um equilíbrio da divisão dos territórios do mundo entre as principais po-
tências do período: Inglaterra, França, Bélgica, Holanda, Portugal, Espanha e Estados Unidos.
Entretanto, as Unificações Italiana e Alemã geraram atritos pela (re)divisão do globo. É que a
situação de Itália e Alemanha, antes de suas respectivas unificações, era de uma industriali-
zação insipiente. Após suas unificações, desenvolveram suas indústrias e exigiram das outras
potências áreas para que também pudessem assegurar suas vendas e a busca de novos recur-
sos. Assim, em 1884/85, foi realizada a Conferência de Berlim.
Organizada e liderada pelo chanceler alemão, Otto von Bismarck, a Conferência de Berlim
definiu novos limites territoriais, dividindo o globo como se estivessem cortando um bolo. Es-
sas “fronteiras artificiais”, principalmente no continente africano, colocavam povos inimigos
em um mesmo território ou separavam sociedades que compartilhavam a mesma cultura; des-
consideravam aspectos físicos e culturais, tudo em prol do interesse europeu. De tal forma foi
o estrago, que a principal herança da presença europeia na África são os conflitos étnicos e a
miséria atuais.

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Os Estados Unidos alcançaram grande desenvolvimento industrial ao longo do século XIX.


Nesse sentido, para garantir seus interesses imperialistas no continente americano, lançou a
doutrina do Big Stick (“grande porrete”): estilo de diplomacia usado pelo presidente Theodore
Roosevelt Jr. (presidente dos Estados Unidos entre 1901 e 1909), como corolário da Doutrina
Monroe (1823), segundo a qual os Estados Unidos deveriam exercer a sua política externa
como forma de deter as intervenções europeias, principalmente britânicas, no continente ame-
ricano. Dessa maneira os EUA assumiriam a liderança dentro do continente.
Roosevelt tomou o termo emprestado de um provérbio africano, “fale com suavidade e te-
nha à mão um grande porrete”, deixando claro que o poder para retaliar estava disponível, caso
fosse necessário. Roosevelt utilizou pela primeira vez esse slogan na Feira Estadual de Min-
nesota, em 2 de setembro de 1901, doze dias antes que o assassinato do presidente William
McKinley o catapultasse inesperadamente à presidência dos Estados Unidos.

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As intenções dessa diplomacia eram proteger os interesses econômicos dos Estados Uni-
dos na América Latina. A  ideologia do Big Stick levou à expansão da Marinha dos Estados
Unidos e a um maior envolvimento dos Estados Unidos em questões internacionais. Tudo isso
conduziu à “diplomacia do dólar”, que se seguiu à administração Roosevelt e que pode ser en-
carada como uma versão tardia da “diplomacia das canhoneiras”.

Questão 7 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR – HISTÓRIA/2014) No final do século XIX, a po-


lítica externa norte-americana em relação à América Latina passou por profundas transforma-
ções, que levariam até mesmo à reinterpretação da Doutrina Monroe, por meio do “corolário
Roosevelt” (1904).
A política dos Estados Unidos da América conhecida como “Big Stick” (Grande Porrete), ca-
racterizava-se pelo
a) discurso de promoção do pan-americanismo, que afastou o imperialismo do continente.
b) exercício autoproclamado do poder de polícia continental, por meio de intervenções mi-
litares.
c) suporte diplomático à Doutrina Drago, que rejeitava a cobrança violenta de dívidas.
d) recurso à força apenas em caso de extrema necessidade, quando havia ameaça ao seu
território.
e) apoio a movimentos armados contrários aos governos populistas, que abundavam no
continente.

Letra b.
A ideia dos Estados Unidos era de impedir o domínio imperialista de outras potências na Amé-
rica Latina que não fossem norte-americanas, apelando para o uso da força, inclusive com
intervenções militares, caso fosse necessário.

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Outra potência imperialista que surgiu um pouco mais tarde foi o Japão, passando a expan-
dir sua influência pela Ásia, disputando territórios com os Estados Unidos. Durante a Era Meiji,
no período de quarenta e cinco anos do Imperador Meiji, que se estendeu de 3 de fevereiro de
1867 a 30 de julho de 1912, o Japão conheceu uma acelerada modernização, vindo a consti-
tuir-se em uma potência mundial. Ao longo do século XX, se aproveitando do vazio de poder
deixado pelos países envolvidos na Primeira Guerra Mundial, o Japão se tornaria uma potência
militar e participaria efetivamente da Segunda Guerra Mundial.
Querido(a), preciso enfatizar que as disputas imperialistas foram o principal motivo da
eclosão da Primeira Guerra Mundial. Assim, todos os tópicos que se seguem têm ligação dire-
ta com conflitos de interesses estratégicos entre potências do Imperialismo.
Até a Conferência de Berlim, as  disputas imperialistas se limitavam a territórios fora da
Europa, em outros continentes. Contudo, quando as disputas passam a ser por territórios no
interior da Europa, os ânimos se acirraram.

1.3.2. A Primeira Guerra Mundial

Querido(a), a Primeira Guerra Mundial foi resultado das disputas imperialistas entre as po-
tências industriais. Nesse sentido, todas as causas listas na sequência estão diretamente liga-
das aos interesses imperialistas. Vejamos:

1.3.3. Revanchismo Franco-Alemão

Como vimos, a França perdeu o território da Alsácia-Lorena, rica em minério de ferro e car-
vão, para a Alemanha em 1871, quando ocorrera sua Unificação. Além disso, em 1905 houve
uma disputa intensa, opondo França e Inglaterra à Alemanha pelo controle do Marrocos, no
episódio que ficou conhecido como Crise ou Questão Marroquina. Pode-se dizer, inclusive,
que o evento foi um ensaio para a eclosão da Guerra em 1914 pois, por pouco, os envolvidos
não chegaram às vias de fato. Essa sucessão de eventos acabou alimentando um sentimento
antigermânico por parte dos franceses.

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1.3.4. Paz Armada

Do final do século XIX até 1914, a população europeia vivenciou uma euforia das benesses
do capitalismo industrial. O desenvolvimento tecnológico e científico era celebrado nos salões
e cafés de Paris. Aliás, vários inventores e artistas realizavam exibições de suas descobertas
em eventos cheios de pompa. Foi nesse contexto que Santos Dumont realizou a demonstração
de seu 14 Bis.

Capa do Le Petit Journal de 25/11/1906, relatando o voo de Santos Dummont no 14 Bis.

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Tamanha era a euforia que acreditavam estar vivendo o ápice da evolução humana, com
perspectivas otimistas em relação ao futuro. Tanto que passaram a chamar o período de “Belle
Époque”. A questão é que, toda essa pujança econômica e cultural experienciada na Europa,
era resultado da exploração econômica de outras regiões do globo.
Por trás das cortinas, longe dos holofotes voltados para os inventos e a festejos, as potên-
cias imperialistas começaram a se armar. Essa corrida belicista fez com que governos inves-
tissem grande parte de suas riquezas em novas tecnologias de guerra, negociando a paz, mas,
se preparando para o enfrentamento.
Podemos dizer que, uma das razões de a Primeira Grande Guerra ter durado por longos
4 anos, foi a arrogância das nações envolvidas, crentes de que seus recursos militares eram
maiores e melhores que de seus adversários. Viviam a ilusão de possuir poderio bélico sufi-
ciente para vencer um conflito em poucos meses, quando a realidade demonstrou total equilí-
brio entre as forças confrontadas.

1.3.5. Pangermanismo

Pangermanismo é a ideologia que prega o agrupamento, em um único estado, de todos


os povos de origem germânica, alemã. Esse sentimento nacionalista foi bastante explorado
pela Alemanha para buscar sua expansão territorial, especialmente pela região dos Balcãs. Se
conseguisse isso, os alemães teriam uma saída para o mar mediterrâneo e a possibilidade de
construção de uma ferrovia que ligasse sua capital, Berlim, à Bagdá (Iraque).

1.3.6. Pan-eslavismo

Pan-eslavismo é a ideologia que prega o agrupamento, em um único estado, de todos os


povos de origem eslava, russa. Assim como fizeram os alemães com os germanos, os russos
estimulavam a rebeldia de povos eslavos da região dos Balcãs. Para a Rússia, isso seria funda-
mental para que conseguisse uma saída para o mar Mediterrâneo.

1.3.7. Política de Alianças:

Querido(a), você já deve ter ouvido a expressão “O inimigo do meu inimigo é meu amigo”.
Pois a política de alianças estabelecida entre as potências imperialistas europeias foi exata-

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mente nesse molde. Inglaterra e França já viam a Alemanha como ameaça a seus interesses
desde a Questão Marroquina de 1905. Os ingleses se aliaram aos franceses porque viam o
desenvolvimento industrial e militar da Alemanha como ameaça a sua hegemonia. O Império
Austro-Húngaro mantinha o controle de parte da região dos Balcãs como espólio da decadên-
cia do Império Turco-Otomano, mas com dificuldades graças a existência do reino eslavo da
Sérvia, que recebia apoio da Rússia. Já a Itália buscava expandir suas fronteiras a leste. Para
que fique mais claro, nada melhor que a divisão didática das alianças estabelecidas:
• Tríplice Entente (acordo, contrato): Inglaterra, França e Rússia. Foi resultado de acordos
bilaterais anteriores: a Aliança Franco-Russa (1891), a Entente Cordiale, entre a França e
o Reino Unido (1904), e a Entente Anglo-Russa (1907).
• Tríplice Aliança: Constituída pelos Impérios Alemão, Italiano e Austro-Húngaro), foi for-
mada em 1882.

https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ommons/0/0f/Triplice_Alian%C3%A7a_e_Entente.png

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O cenário da Guerra já estava delineado. Desde 1899, o  kaiser Guilherme II adotou uma
postura mais agressiva para defender os interesses alemães. Chegou mesmo a desembarcar
no Marrocos, em 1905, durante a Crise Marroquina, e decretá-lo estado independente, num evi-
dente afrontamento à ingleses e franceses. A Europa se tornou um barril de pólvora à espera
de que seu estopim fosse aceso, como veremos a seguir.

1.3.8. Assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando

Francisco Ferdinando era herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro e fora assassinado,


no dia 28 de junho de 1914, durante uma visita a Sarajevo, na Bósnia.
O autor do atentado foi o ativista sérvio Gavrilo Princip, membro do grupo “Jovem Bósnia”,
formado por sérvios, croatas e bósnios. A ideia era promover a insubordinação das províncias
eslavas contra a Áustria-Hungria, para que pudessem ser reunidas em uma Grande Sérvia, ou
“Iugoslávia”. Esse foi o estopim da Grande Guerra.
No dia 23 de julho de 1914, a Áustria enviou um ultimato ao reino Sérvio. Todas as exigên-
cias foram concedidas, exceto a de que autoridades austríacas conduzissem as investigações
em território Sérvio. Especula-se que a estratégia austríaca era receber a negação dos sérvios
para dar início ao conflito.
Assim, no dia 28 de julho de 1914, o exército austro-húngaro invadiu a Sérvia, deflagrando
a complexa rede alianças formada durante as disputas imperialistas. A Rússia foi a socorro da
Sérvia por suas pretensões eslavas. A Alemanha toma as dores da Áustria. França entra em
apoio a Rússia e Inglaterra não foge a seu compromisso com os franceses.
A exceção foi a Itália, que se recusou a entrar no conflito em apoio aos Aliados e aca-
bou mudando de lado, como veremos mais adiante. Enfim, os membros das duas Tríplices
entram no conflito que seria responsável por mais de 10 milhões de mortos e 20 milhões
de feridos.

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https://minionupucmg.wordpress.com/2017/08/20/as-aliancas-da-grande-guerra-parte-ii-triplice-alianca/

1.3.9. A Guerra

Dados mostram que 70 países se envolveram no conflito, mesmo que muitos destes te-
nham apenas integrado um dos grupos sem que fornecesse armas ou soldados para a logísti-
ca do confronto. Caso que pode exemplificar isso é o do Brasil, que declarou guerra aos países
da Tríplice Aliança em 1 de junho de 1917. No entanto, o governo brasileiro não encaminhou
soldados para os campos de batalha na Europa, mas enviou medicamentos e equipes de as-
sistência médica para ajudar os feridos da Tríplice Entente. Também participou realizando mis-
sões de patrulhamento no Oceano Atlântico, utilizando embarcações militares.
Cerca de dez países entraram na guerra em 1914 e, o restante, entrou no conflito nos anos
seguintes, como a Itália (1915) e os Estados Unidos (1917). Mas, juntando a população de
todos os países participantes, a soma foi de 800 milhões de pessoas, metade da população
mundial da época. Aproximadamente 20 países mantiveram-se neutros, a maioria do continen-
te americano.

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Didaticamente, é mais fácil compreender a primeira guerra se a dividirmos em três fases


distintas: Guerra de Movimento, Guerra de Trincheiras e Desfecho. Vamos a elas:

• Guerra de Movimento (1914):

A fase inicial da guerra seria marcada pelo deslocamento dos exércitos no interior da Euro-
pa. A Alemanha realizou ataques contra a França, invadiu a Bélgica e caminharam rumo a Paris.
A capital e o governo francês foram transferidos para a cidade de Bordeaux, mas os franceses
conseguiram conter os ataques dos alemães, que recuaram a ofensiva em setembro de 1914.
Todos os países envolvidos no início da Grande Guerra nutriam a ilusão, como já falamos,
de que terminariam o conflito em poucos meses. Acreditavam, sinceramente, que suas forças
militares eram superiores à de seus adversários. Ledo engano. O equilíbrio de forças foi tama-
nho, inclusive com a entrada de novos países nos dois blocos.

• Guerra de Trincheiras ou de Posições (1915-1917):

Devido ao equilíbrio de forças, a preocupação dos países nessa fase foi o de manter suas
posições. Não tinham força suficiente para avançar sobre seus inimigos, ao  mesmo tempo
em que os inimigos não tinham força para tomar suas posições. As trincheiras são resultado
desse equilíbrio.

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https://diariodosextremos.wordpress.com/2013/03/03/primeira-grande-guerra-front-ocidental-e-as-trincheiras/

A situação dos soldados nas trincheiras era péssima. Se alimentavam mal, dormiam pou-
co, faziam suas necessidades nos cantos e estavam sujeitos a inúmeras doenças pelo conví-
vio com ratos
Nessa fase, os blocos beligerantes ficaram mais claros:
• Tríplice Aliança (Alemanha, Império Austro-Húngaro, Império Turco-Otomano e Bulgária)
• Tríplice Entente (França, Inglaterra, Rússia e Bélgica)

Algumas modificações dos participantes dos blocos precisam ser destacadas pois são
elas que irão gerar o desequilíbrio para o desfecho da Guerra. A Itália abandonou a Tríplice
Aliança ainda no início dos confrontos, se recusando a participar do conflito. Mas, em função
das promessas territoriais que recebeu, a Itália mudou de lado, entrando no conflito ao lado da
Tríplice Entente em 1915.

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A participação italiana acabou sendo importante ao derrotar e forçar o Império Austro-Hún-


garo à sua desagregação. A derrota da Áustria-Hungria foi um duro golpe na Alemanha, que
passou a lutar sozinha.
Em 1917, devido à Revolução Russa, os russos abandonam a Guerra. O aparente enfra-
quecimento da Tríplice Entente, em função da saída Russa, foi compensado pela entrada dos
Estados Unidos. E como “compensou”!
Os Estados Unidos, desde o início dos conflitos, estiveram ligados à Tríplice Entente for-
necendo armamentos, uniformes, maquinário e produtos industrializados. Contudo, não par-
ticipou efetivamente até 1917. Acontece que os norte-americanos não estavam dispostos a
assumir o prejuízo caso seus parceiros comerciais fossem derrotados pelos alemães, ainda
mais depois de enfraquecidos pela saída dos Rússia. Ademais, após a revelação de uma pro-
posta de pacto entre a Alemanha e o México e o afundamento de um navio norte-americano,
os Estado Unidos entraram definitivamente no conflito.

• Desfecho ou ofensivas de 1918:

As ofensivas da Tríplice Entente em 1918 marcam a terceira fase da Primeira Guerra Mun-
dial. O avanço dos exércitos sobre a Alemanha será possível graças a novas tecnologias de
guerra levadas à Europa pelos Estados Unidos. Novos tanques e a utilização de aviões em
bombardeios, além de cerca de 1,2 milhões de soldados norte-americanos, foram demais para
a fragilizada Alemanha.
Um último suspiro alemão se deu com o deslocamento da maioria de suas tropas para a
frente ocidental, em território francês e belga. O fato é que o imperador alemão, Guilherme II,
achou que estava em vantagem em relação à Entente em função da saída da Rússia do confli-
to. O erro do Kaiser foi subestimar a participação dos Estados Unidos.
Ao final de 1918 a população alemã pressionou pela abdicação de Guilherme II. A questão
é que, visivelmente, a Alemanha se mostrava enfraquecida e incapaz de vencer a Guerra. As-
sim, a Alemanha se rendeu em 11 de novembro de 1918.
Após o conflito, foi assinado o Tratado de Versalhes. Esse tratado de paz humilhou a Ale-
manha tornando-a terreno fértil para o surgimento do nazismo. Discutiremos mais sobre o
Tratado de Versalhes na próxima aula.

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Questão 8 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Quan-

do a Primeira Guerra Mundial começou, o artista alemão Otto Dix (1891-1969) alistou-se vo-

luntariamente no exército. Ao fim, sua arte seria profundamente afetada pelas experiências do

conflito, como exemplificado na imagem a seguir.

Nessa obra, o artista

a) desfigura as personagens, no intuito de criticar o despreparo das tropas alemãs.

b) enfatiza o espírito de sacrifício e a atuação heroica dos soldados alemães.

c) denuncia, ironicamente, as consequências traumáticas da guerra.

d) condena o princípio hierárquico e o ideal de honra da vida militar.

d) retrata as consequências da violência militar para vencedores e derrotados no conflito.

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Letra c.
Questão de interpretação. Usando de ironia, denuncia os traumas da guerra, como se pode
perceber nos soldados que perderam membros do corpo ou foram parar em cadeiras de rodas.

1.3.10. A Revolução Russa de 1917 e a Formação da URSS

Para bem ou para o mal, a Revolução Russa, assim como a Revolução Francesa, foi um
dos principais acontecimentos da História Contemporânea. Ocorrida ao longo do ano de 1917,
essa revolução teve como objetivo executar as propostas da ideologia comunista, elaborada
por Karl Marx e Friedrich Engels e reformulada por Vladmir Lenin, que a adaptou de acordo com
as condições semifeudais da Rússia daquele período.
O enfraquecimento do Império Russo, comandado à época pelo czar Nicolau II, durante o
início do século XX, sobretudo após a sua entrada na Primeira Guerra Mundial, foi fator deter-
minante para o desenrolar da Revolução Russa.
Em termos didáticos, o conteúdo da Revolução Russa costuma ser dividido em três fases:
• A Revolução de Fevereiro e a queda do czarismo;
• Os sovietes e o duplo poder;
• Revolução de Outubro e o Governo Lenin. Essas fases compreendem o período que se
estende do ano de 1917 ao ano de 1921 – quando acabou a fase do chamado “Comu-
nismo de Guerra”.

1.3.11. Ensaio Geral de 1905

No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da


agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros
agrícolas).

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Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos


para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma ab-
solutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia.
Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria
russa, viviam descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhe-
cido Domingo Sangrento, mandou seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros
do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a
liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e
a queda da monarquia.
No início de 1906, o czar conseguiu conter o processo revolucionário. Criou um parlamen-
to, chamado Duma, apontando para o início de uma liberdade política nos moldes de uma
monarquia constitucional. Mas durante os anos de 1906 e 1917, essa liberdade política não se
verificou na prática.

1.3.12. A Revolução de Fevereiro (Branca) - Mencheviques

O Império Russo foi um dos principais interessados na Primeira Guerra Mundial, iniciada
em 1914. Mas o exército russo não foi páreo para as forças militares alemãs. Um dos resul-
tados foi a deserção em massa de soldados da linha de frente. Outro, foi a intensificação da
fome entre a população que se mantinha em território russo.
Nos dias finais de fevereiro de 1917, uma manifestação pelo Dia Internacional da Mulher,
em São Petersburgo, transformou-se em uma manifestação contra a fome vivenciada por boa
parte da população. A manifestação conseguiu o apoio dos soldados insatisfeitos com a guer-
ra. A insatisfação foi aumentando e as manifestações ganharam força.
Em 27 de fevereiro, soldados e trabalhadores invadiram o Palácio Tauride, conseguindo a
renúncia do czar e a formação de um Governo Provisório. Ao mesmo tempo, os operários e
soldados constituíram novamente os sovietes.

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Essa situação ficou conhecida como duplo poder, com a burguesia e a aristocracia organi-
zando-se na Duma, e os trabalhadores, soldados e camponeses organizando-se nos sovietes.
A principal reivindicação da população era a saída da guerra e medidas para aplacar a fome,
além da distribuição de terras.
Entretanto, com a polarização ideológica e as divergências entre a permanência ou não na
guerra, bem como entre as perspectivas políticas de Bolcheviques e de Mencheviques, essa
aliança desfez-se, dando início à fase da guerra civil e àquilo que Lenin transformou em slogan:
“Todo poder aos Sovietes”.
Nos primeiros dias da Revolução de Fevereiro, foram criados os Soviéts dos deputados
operários e soldados, como órgãos do poder popular. Entretanto, o partido menchevique con-
seguiu apoderar-se da maioria das cadeiras de deputados nos Soviéts. Uma parte considerável
do povo, inexperiente no terreno político, acreditava nos mencheviques. Mas estes traidores
ludibriaram as esperanças do povo e fizeram um conchavo com a burguesia. Às ocultas dos
bolcheviques, entenderam-se com os representantes da burguesia a respeito da formação do
novo governo da Rússia — o Governo Provisório burguês.
Este governo era composto da burguesia e dos proprietários rurais aburguesados. Sobre
as ruínas do czarismo, a burguesia imperialista russa, auxiliada pelos Soviéts dominados por
mencheviques, estabeleceu seu próprio poder.
Em 17 de abril, Lênin lançou suas “Teses de Abril”. As Teses de Abril foram uma série de
diretivas emitidas pelo líder bolchevique Vladimir Lênin em Abril de 1917, após seu retorno a
Petrogrado (São Petersburgo), na Rússia depois de seu exílio na Suíça, que mais tarde torna-
ram-se livres.
As teses foram, em sua maioria, destinadas aos seus companheiros bolcheviques na Rús-
sia. Ele apelou para os sovietes (conselhos de trabalhadores) a tomarem o poder (como visto
no lema “todo o poder aos sovietes”), denunciou liberais e sociais-democratas no Governo
Provisório, chamando os bolcheviques para não cooperarem com o governo, e apelando para
novas políticas comunistas. As Teses de Abril influenciaram os Dias de Julho e a Revolução de
Outubro nos próximos meses e estão identificados com o leninismo.
Basicamente era um estímulo tanto à remoção do apoio para a continuidade da Rússia na
Primeira Guerra Mundial quanto para a desobediência militar dos soldados. No documento,

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Lênin explica que a Guerra Mundial era uma “guerra burguesa do capitalismo” e dessa forma
jamais aconteceria a saída da Rússia da guerra enquanto o capital estivesse presente no go-
verno provisório. As Teses de Abril tinham como base os três pilares: “Paz, Terra e Pão”:
• Paz: a saída da Rússia da guerra
• Terra: promover a reforma agrária
• Pão: comida a todos

Bolcheviques x Mencheviques: Bolchevique (maioritário). Menchevique (minoritário). Os bol-


cheviques defendiam uma mudança radical de política para o povo, defendendo uma revolução
socialista armada, caso necessário. Os mencheviques defendiam uma revolução moderada,
permitindo primeiro a democracia e o pleno desenvolvimento do capitalismo para só depois
implantar o socialismo.

Questão 9 (FGV) Em abril de 1917, o  líder bolchevique Lenin, exilado em Zurique (Suíça),
voltou à Rússia lançando as Teses de Abril.
Nesse programa político é incorreto afirmar que Lenin propunha a/o:
a) formação de uma República de sovietes;
b) concessão à defesa nacional, dando total apoio ao governo provisório;
c) nacionalização dos bancos e das propriedades privadas;
d) reconstituição da Internacional;
e) controle da produção pelos operários.

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Letra b.
É preciso que você leia as entrelinhas da afirmativa. Ora, Lênin era contrário à permanência da
Rússia na Primeira Guerra Mundial, como afirma nas suas Teses de Abril. Portanto, era contra
o Governo Provisório que insistia neste quesito.

1.3.13. A Revolução de Outubro (Vermelha) – Bolchevique

Em setembro, os bolcheviques haviam conseguido o controle do Soviete de São Peters-


burgo. Às vésperas do Segundo Congresso dos Sovietes de Toda a Rússia, os bolcheviques
decidiram pela derrubada do Governo Provisório. Em 25 de outubro de 1917, o Instituto Smolni
foi invadido pela Guarda Vermelha.
Baseando seu poder nos sovietes e aliados, os bolcheviques iniciaram as medidas para
a construção do Estado Soviético. A realização da Assembleia Constituinte foi interrompida.
O controle operário da produção foi instaurado. As terras da nobreza e da igreja foram dividi-
das entre o campesinato. Para administrar o Estado, o Congresso dos Sovietes criou o Conse-
lho dos Comissários do Povo.
Entre outubro de 1917 e março de 1918, os bolcheviques lançaram as bases do novo Es-
tado. A  administração da economia foi centralizada em instituições estatais que passaram
a esboçar o planejamento da produção, buscando manter o controle operário das empresas
sob certos limites. A Guarda Vermelha foi substituída pelo Exército Vermelho, comandado por
Trotsky. O Tratado de Paz de Brest-Litovsk foi assinado com a Alemanha, retirando a Rússia
da Primeira Guerra Mundial.

1.3.14. Guerra Civil

Logo após a assinatura do tratado de paz, iniciou-se na Rússia uma Guerra Civil, que durou
de 1918 a 1921. As forças ligadas ao antigo regime czarista reuniram-se no Exército Branco.

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Conseguiram ainda apoio de potências capitalistas ocidentais para tentar derrubar o nascente
poder soviético.
A organização soviética na Guerra Civil criou as bases da centralização estatal da econo-
mia e do controle da vida social. A constituição do Comunismo de Guerra procurava adminis-
trar o novo Estado. Tendo por base a militarização da economia, direcionando-a para os esfor-
ços da Guerra Civil, o Comunismo de Guerra impôs a disciplina militar nas indústrias e também
passou a confiscar as colheitas dos camponeses.
Na Ucrânia, que havia se tornado independente, camponeses e operários organizaram-se
em torno da guerrilha liderada por Nestor Makhno. A makhnovtchina foi uma importante orga-
nização na luta contra o Exército Branco e também na organização da produção, principalmen-
te agrícola, na Ucrânia.
A ação da makhnovtchina e do Exército Vermelho conseguiu conter a invasão do Exército
Branco. Porém, ao fim da Guerra Civil, a Rússia estava arrasada pela fome e pela destruição
causada pela guerra. Porém, a militarização promovida pelos bolcheviques se manteve, princi-
palmente no papel centralizador do Estado.
As forças de Makhno foram destruídas logo após a guerra civil. Uma rebelião contra o novo
Estado, realizada na fortaleza de Kronstadt, foi massacrada pelos bolcheviques. Os marinhei-
ros dessa fortaleza, que eram a principal força revolucionária da Rússia, pediam a eleição de
sovietes livres, buscando assim diminuir o poder bolchevique.

1.3.15. A Formação da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)

Após a Guerra Civil, os bolcheviques conseguiram consolidar seu poder sobre o interior do
território russo e o socialismo foi implantado. A imposição desse poder sobre todo o território
permitiu que os soviéticos o unificassem e fundassem a União Soviética, já no final de 1922.
Lênin assumiu o poder da Rússia já em 1917 e esteve oficialmente no poder da União Sovi-
ética até 1924. Nesse período, esse líder impôs o comunismo de guerra (conjunto de práticas
governamentais do país no correr da guerra civil) e, depois da guerra, impôs a Nova Política
Econômica (NEP). Esse plano econômico visava a abertura temporária do país para o capital
privado como forma de recuperar a economia soviética.

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NEP é a sigla para Nova Política Econômica e foi a política econômica seguida na União Sovi-
ética após o fim do comunismo na guerra de 1921 e com a ascensão ao poder de Stalin, em
1928. A NEP era baseada nas pequenas explorações agrícolas, industriais e comerciais e no
incentivo à iniciativa privada, para fazer com que União Soviética saísse da crise em que se
encontrava. No entanto, a posição de Lenin começou a enfraquecer a partir de 1922, por con-
ta de seus problemas de saúde. De 1922 até 1924, ele sofreu vários AVCs, e isso o forçou a
afastar-se do poder. Foi iniciada então uma intensa disputa que mobilizou diversos nomes do
Partido Comunista.

1.3.16. Stalinismo

Josef Stalin, Leon Trotsky, Grigori Zinoviev e Lev Kamenev disputaram o poder da União
Soviética, com o georgiano Stalin prevalecendo e, em 1924, assumindo o comando. Alguns
historiadores, porém, defendam a ideia de que Stalin só se tornou governante, de fato, a partir
de 1927, quando os outros três nomes foram expulsos do partido.
A ascensão de Stalin ao poder marcou o início de um regime extremamente autoritário, to-
talitário, assim como fascismo e o nazismo, só que de esquerda. Stalin implantou um governo
baseado no culto a sua personalidade e na censura e instalou no país uma paranoia a respeito
dos “inimigos da nação”.
O país foi industrializado à força, a partir dos chamados Planos Quinquenais, mas essa in-
dustrialização custou caro em certos locais. Opositores e pessoas que tivessem divergências
mínimas com o governo de Stalin eram presos e enviados para campos de trabalhos forçados
e conhecidos como gulags. Nesses locais eram fuzilados ou trabalhavam até a morte.
A paranoia de Stalin fez com que seus adversários no partido fossem perseguidos e mor-
tos. Leon Trotsky, por exemplo, foi expulso da União Soviética em 1929, e, exilado no México,
foi morto por um espião soviético em 1940. Nikolai Bukharin, que apoiou Stalin na disputa pelo
poder na década de 1920, foi executado a mando do ditador.

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O governo stalinista também provocou uma crise de fome na região da Ucrânia durante
o período de coletivização das fazendas. Isso aconteceu na década de 1930, com o governo
anunciando que os camponeses deveriam trabalhar nas terras tomadas pelo Estado e entre-
gar-lhe toda a produção, gerando uma crise tão grave que milhares de pessoas na Ucrânia
morreram de fome.

Questão 10 (FGV/VESTIBULAR/2016) Controle público absolutamente indispensável. (...)


Corrupção inevitável (...) A prática do socialismo exige uma completa subversão no espírito
das massas (...). Instintos sociais em lugar dos instintos egoístas (...). Mas ele [Lenin] se enga-
na completamente no emprego dos meios. Decreto, poder ditatorial dos inspetores de fábrica,
sanções draconianas, terror (...). A única via que leva a um renascimento é a própria escola da
vida pública, uma democracia mais ampla (...). É justamente o terror que desmoraliza. (Rosa
Luxemburgo. A Revolução Russa (1918), apud Marc Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974.
Adaptado)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
a) o processo de criação do Estado socialista na Rússia, a partir de 1917, faz-se com métodos
violentos, defendidos pela autora: esvaziamento do poder dos sovietes, fortalecimento da polí-
cia secreta, burocracia e implantação de uma ditadura para realizar as mudanças econômicas
tão importantes naquele momento de crise.
b) o texto da militante comunista é uma crítica à forma como a Revolução de 1917, liderada
por Lenin, organizou o Estado de forma centralizadora, burocrática, sem tolerar a oposição,
impunha a requisição de grãos, a estatização com o comunismo de guerra, afastando-se da
democracia.
c) a militante anarquista russa critica a forma como a liderança menchevique usa meios vio-
lentos para implantar o socialismo, baseado na reforma agrária, no controle dos bancos, dos
transportes e das riquezas do subsolo, na tentativa de diminuir as distâncias sociais e aumen-
tar o poder dos sovietes.

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d) a autora considera que a Revolução Russa de 1917 havia avançado no seu projeto de cons-
trução do Estado socialista e no êxito de suas realizações econômicas: controle da máquina
administrativa para evitar a corrupção, a  organização do Estado de forma democrática e o
estabelecimento da propriedade coletiva.
e) a militante comunista alemã, a partir de uma crítica contundente, aponta erros na rota plane-
jada por Lenin para o Estado socialista russo e sugere caminhos como: o controle público da
economia, o terror com a polícia secreta, sanções contra a corrupção administrativa e, por fim,
a ditadura para garantir os princípios socialistas.

Letra b.
Expressão chave para assinalar a alternativa é “comunismo de guerra”. Ademais, também é
uma questão de interpretação de texto, facilitando o trabalho do(a) candidato(a). A FGV é mes-
tre nesse tipo de questão. Fique atento(a).

Concurseiro(a), chegamos ao final de mais uma parte teórica! Estude o resumo e os mapas
mentais, tentando memorizá-los. Faça os exercícios com calma, tentando sempre se lembrar
dos mapas mentais.
Daremos sequência ao “Mundo Contemporâneo” na próxima aula. Ah, não se esqueça de
avaliar a aula, ok!?
Continue focado. Um grande abraço.
Professor Daniel

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RESUMO
A Revolução Francesa:
• Crise: Gastos da corte, gastos com guerras, crise agrícola.
• Tomada de Bastilha
• Assembleia Constituinte
• Monarquia Constitucional: Declaração dos Direitos do Homem
• Convenção Nacional e o Terror
• Diretório
• Consulado

Era Napoleônica:
• Código Civil Napoleônico
• Bloqueio Continental
• Congresso de Viena: restauração monárquica e de fronteiras

Revolução Industrial:
• Berço: Inglaterra
• Cercamentos: expulsão dos camponeses do campo: Mão de obra, matéria prima.
• Inovações tecnológicas
• Exploração do proletariado
• Estados Unidos: fordismo: Racionalização da produção

Unificação Italiana e Alemã:


• Nacionalismo
• Rompe o equilíbrio europeu
• Cria tensões que levaram à eclosão da Primeira Guerra

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Imperialismo:
• Domínio econômico e/ou político e/ou militar das potências industriais sobre regiões da
África e Ásia.
• Principal motivo da Primeira Guerra
• Expandiu o capitalismo

Causas da Primeira Guerra Mundial:


• Imperialismo: disputas entre as potências industriais por mercados na África, Ásia, Amé-
rica e Oceania
• Paz Armada
• Nacionalismos: Revanchismo franco-alemão, Pangermanismo, Pan-eslavismo
• Política de alianças: Tríplice Entente (França, Inglaterra, Rússia) x Tríplice Aliança (Ale-
manha, Áustria, Itália)
• Assassinato do Arquiduque Francisco Ferdinando

Primeira Guerra Mundial (1914-1918):


• Cerca de 70 países envolvidos
• Guerra de Movimento – 1914
• Guerra de Trincheiras – 1915-1917
• Desfecho – 1918: Entrada dos Estados Unidos, saída da Rússia. Itália muda de lado.

Consequências da Primeira Guerra Mundial:


• Hegemonia econômica dos Estados Unidos
• Industrialização do Brasil
• Surgimento de Regimes Totalitários: Fascismo e Nazismo
• Tratado de Versalhes: responsabilizou a Alemanha pelo conflito.

Revolução Russa 1917:
• Contexto: czarismo e miséria da população. Economia atrasada e agrária.
• Ensaio Geral de 1905: manifestações contrárias à guerra contra o Japão.
• Soviets: organização política dos operários e camponeses.

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• Bolcheviques: Revolução Imediata


• Mencheviques: Revolução somente após o desenvolvimento do capitalismo.
• Teses de Abril: Lenin – Paz, terra e pão.
• Revolução de Outubro: Bolchevique
• NEP: Nova Política Econômica
• URSS: 1922
• Stalinismo: Regime Totalitário de esquerda.

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MAPAS MENTAIS

Blocos na Primeira Guerra


Tríplice Entente Tríplice Aliança
França, Inglaterra, Rússia (até 1917), Itália (a Alemanha, Áustria, Itália, Bulgária, Turquia
partir de 1915), EUA (a partir de 1917),

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


Questão 1 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) A ca-
ricatura a seguir, é de 1789 e retrata a batalha entre os revolucionários, vencedores na tomada
da Bastilha, e uma hidra monstruosa, com cabeças de reis e cardeais.

A Hidra Aristocrática, Gravura de autor anônimo, c. 1789

A partir da imagem, assinale a opção que caracteriza corretamente como o processo revolu-
cionário é apresentado na caricatura.
a) Como o resultado do programa iluminista de emancipação do gênero humano pelas luzes
da Razão.
b) Como a vitória do povo e da Guarda Nacional contra o absolutismo defendido pelo Primeiro
e Segundo Estados.
c) Como um conflito entre católicos e calvinistas, pela defesa das terras e dos castelos fran-
ceses.
d) Como a expressão do descontentamento popular em relação aos privilégios do clero.
e) Como o combate do Terceiro Estado contra exércitos estrangeiros invasores.

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Questão 2 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR – HISTÓRIA/2014) A respeito do Iluminismo,


leia o trecho a seguir.
“É significativo que os dois principais centros dessa ideologia fossem também os da dupla
revolução, a França e a Inglaterra; embora de fato as ideias iluministas ganhassem uma voz
corrente internacional mais ampla em suas formulações francesas (até mesmo quando fos-
sem simplesmente versões galicistas de formulações britânicas).” (HOBSBAWM, Eric J. A Era
das Revoluções: 1789-1848. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2009.)
As formulações francesas do Iluminismo estão associadas às transformações políticas mais
importantes da “Era das Revoluções”.
Assinale a opção que indica uma dessas transformações, ocorrida na França revolucionária,
que já era realidade, na Inglaterra, em 1789.
a) Instituição do voto secreto.
b) Adoção do habeas corpus.
c) Separação entre Estado e Igreja.
d) Proclamação da República.
e) Inauguração de um banco estatal.

Questão 3 (FGV-RJ/VESTIBULAR/2015) Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França


em 1799. A partir do chamado Golpe do 18 Brumário, tornou-se primeiro cônsul, depois primei-
ro cônsul vitalício e, posteriormente, imperador.
Durante o seu governo,
a) retomou as relações com a Igreja Católica e permitiu total autonomia dos seus sacerdotes.
b) estabeleceu uma monarquia parlamentarista, nos moldes do sistema de governo vigente na
Inglaterra.
c) estabeleceu um novo Código Civil que manteve a igualdade jurídica para os cidadãos do
sexo masculino e o direito à propriedade privada.
d) procurou retomar antigas possessões marítimas francesas, envolvendo-se em uma guerra
desgastante no Haiti e no sudeste asiático.
e) aliou-se aos “sans culottes”, grupos mais radicais da Revolução Francesa, e, por isso, foi
derrubado em 1814.

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Questão 4 (FGV/VESTIBULAR/2013) No início do século XIX, a ruptura dos laços coloniais


e a construção de Estados independentes deram o tom da movimentação política na América
Latina. A esse respeito é correto afirmar:
a) A liderança dos diversos movimentos de emancipação foi exercida por negros e mestiços e
teve como modelo a Revolução do Haiti, liderada por Toussaint Louverture.
b) Em razão da importância geopolítica do Brasil e do impacto de sua independência, a maior
parte dos novos Estados adotou a monarquia como forma de governo.
c) Ameaçados de um lado pela ofensiva napoleônica de outro pelo imperialismo inglês, os líde-
res latino-americanos passaram à área de influência da monarquia brasileira.
d) Liderados pelos chapetones, os novos Estados independentes logo puseram fim à escravi-
dão e concederam direitos políticos à massa criolla recém-alforriada.
e) Aproveitando o contexto das Guerras Napoleônicas, a elite criolla rebelou-se contra a metró-
pole, procurando, no entanto, preservar as bases de seus privilégios sociais.

Questão 5 (FGV-SP) Assinale a alternativa incorreta a respeito da unificação italiana.


a) Os franco-piemonteses venceram os Austríacos em Magenta e Soferino em 1859, com o
auxílio de Napoleão III.
b) O Reino das Duas Sicílias, governado pelos Bourbons, foi conquistado por Giuseppe Garibal-
di e seus “camisas vermelhas” em apenas alguns meses, em 1860.
c) Veneza foi entregue aos italianos em 1866 como recompensa por terem participado da
Guerra das Sete Semanas ao lado da Prússia contra a Áustria.
d) Vítor Emanuel II tentou, em 1861, ser proclamado rei da Itália, mas foi impedido pelo primei-
ro-ministro Camilo Benso, o conde de Cavour.
e) A unificação italiana se completou em 1870 quando, ao eclodir a Guerra Franco-Prussiana,
as tropas francesas deixaram a Itália, possibilitando a anexação de Roma, que se tornou a ca-
pital do reino.

Questão 6 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Henry


Ford revolucionou o sistema de trabalho industrial, em 1913, ao introduzir a linha de montagem
na fabricação dos primeiros Model Ts, em Louisville, Estados Unidos.

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Interior da fábrica Ford, em Louisville, USA.

Sobre esta nova modalidade de produção industrial, conhecida como “fordismo”, assinale a
afirmativa incorreta.
a) Acrescentou uma forte automação ao paradigma industrial taylorista, melhorando e acele-
rando o sistema produtivo.
b) Caracterizou-se por uma divisão de trabalho que englobava todas as etapas de produção.
c) Possibilitou a fabricação de produtos acessíveis ao mercado consumidor em massa.
d) Permitiu racionalizar o processo produtivo, diminuindo o tempo e os custos da montagem.
e) Agrupou as mesmas máquinas em setores específicos da fábrica, de forma a otimizar a
montagem.

Questão 7 (FGV/SEDUC-AM/PROFESSOR – HISTÓRIA/2014) No final do século XIX, a po-


lítica externa norte-americana em relação à América Latina passou por profundas transforma-
ções, que levariam até mesmo à reinterpretação da Doutrina Monroe, por meio do “corolário
Roosevelt” (1904).

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A política dos Estados Unidos da América conhecida como “Big Stick” (Grande Porrete), carac-
terizava-se pelo
a) discurso de promoção do pan-americanismo, que afastou o imperialismo do continente.
b) exercício autoproclamado do poder de polícia continental, por meio de intervenções milita-
res.
c) suporte diplomático à Doutrina Drago, que rejeitava a cobrança violenta de dívidas.
d) recurso à força apenas em caso de extrema necessidade, quando havia ameaça ao seu
território.
e) apoio a movimentos armados contrários aos governos populistas, que abundavam no con-
tinente.

Questão 8 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Quan-


do a Primeira Guerra Mundial começou, o artista alemão Otto Dix (1891-1969) alistou-se vo-
luntariamente no exército. Ao fim, sua arte seria profundamente afetada pelas experiências do
conflito, como exemplificado na imagem a seguir.

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Nessa obra, o artista


a) desfigura as personagens, no intuito de criticar o despreparo das tropas alemãs.
b) enfatiza o espírito de sacrifício e a atuação heroica dos soldados alemães.
c) denuncia, ironicamente, as consequências traumáticas da guerra.
d) condena o princípio hierárquico e o ideal de honra da vida militar.
d) retrata as consequências da violência militar para vencedores e derrotados no conflito.

Questão 9 (FGV) Em abril de 1917, o  líder bolchevique Lenin, exilado em Zurique (Suíça),
voltou à Rússia lançando as Teses de Abril.
Nesse programa político é incorreto afirmar que Lenin propunha a/o:
a) formação de uma República de sovietes;
b) concessão à defesa nacional, dando total apoio ao governo provisório;
c) nacionalização dos bancos e das propriedades privadas;
d) reconstituição da Internacional;
e) controle da produção pelos operários.

Questão 10 (FGV/VESTIBULAR/2016) Controle público absolutamente indispensável. (...)


Corrupção inevitável (...) A prática do socialismo exige uma completa subversão no espírito
das massas (...). Instintos sociais em lugar dos instintos egoístas (...). Mas ele [Lenin] se enga-
na completamente no emprego dos meios. Decreto, poder ditatorial dos inspetores de fábrica,
sanções draconianas, terror (...). A única via que leva a um renascimento é a própria escola da
vida pública, uma democracia mais ampla (...). É justamente o terror que desmoraliza. (Rosa
Luxemburgo. A Revolução Russa (1918), apud Marc Ferro. A Revolução Russa de 1917, 1974.
Adaptado)
A partir do fragmento, é correto afirmar que
a) o processo de criação do Estado socialista na Rússia, a partir de 1917, faz-se com métodos
violentos, defendidos pela autora: esvaziamento do poder dos sovietes, fortalecimento da polí-
cia secreta, burocracia e implantação de uma ditadura para realizar as mudanças econômicas
tão importantes naquele momento de crise.

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b) o texto da militante comunista é uma crítica à forma como a Revolução de 1917, liderada
por Lenin, organizou o Estado de forma centralizadora, burocrática, sem tolerar a oposição,
impunha a requisição de grãos, a estatização com o comunismo de guerra, afastando-se da
democracia.
c) a militante anarquista russa critica a forma como a liderança menchevique usa meios vio-
lentos para implantar o socialismo, baseado na reforma agrária, no controle dos bancos, dos
transportes e das riquezas do subsolo, na tentativa de diminuir as distâncias sociais e aumen-
tar o poder dos sovietes.
d) a autora considera que a Revolução Russa de 1917 havia avançado no seu projeto de cons-
trução do Estado socialista e no êxito de suas realizações econômicas: controle da máquina
administrativa para evitar a corrupção, a  organização do Estado de forma democrática e o
estabelecimento da propriedade coletiva.
e) a militante comunista alemã, a partir de uma crítica contundente, aponta erros na rota plane-
jada por Lenin para o Estado socialista russo e sugere caminhos como: o controle público da
economia, o terror com a polícia secreta, sanções contra a corrupção administrativa e, por fim,
a ditadura para garantir os princípios socialistas.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Quan-
do a Primeira Guerra Mundial começou, o artista alemão Otto Dix (1891-1969) alistou-se vo-
luntariamente no exército. Ao fim, sua arte seria profundamente afetada pelas experiências do
conflito, como exemplificado na imagem a seguir.

Otto Dix, 45% pronto para o trabalho. 1920.

Nessa obra, o artista


a) desfigura as personagens, no intuito de criticar o despreparo das tropas alemãs.
b) enfatiza o espírito de sacrifício e a atuação heroica dos soldados alemães.
c) denuncia, ironicamente, as consequências traumáticas da guerra.
d) condena o princípio hierárquico e o ideal de honra da vida militar.
d) retrata as consequências da violência militar para vencedores e derrotados no conflito.

Questão 2 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Na


Pensilvânia (EUA), os  meninos que trabalhavam nas minas de carvão eram frequentemente
chamados de Breaker Boys.

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Crianças nas minas de Ewen Breaker, 1911. Pensilvânia. USA.

Sobre o trabalho infantil durante a Revolução Industrial, assinale a afirmativa correta.


a) Foi uma prática cara e regulamentada pelo governo e pelas igrejas.
b) Ficou circunscrito ao gênero masculino, em função da carga pesada de trabalho.
c) Foi utilizado para fins educativos, por parte dos empregadores que disciplinavam as crian-
ças pobres.
d) Manteve-se como recurso marginal nos países mais desenvolvidos.
e) Foi um meio de complementar a renda das famílias empobrecidas.

Questão 3 (UFPR/VESTIBULAR/2017) Considere o seguinte extrato da declaração de inde-


pendência haitiana:
1º de janeiro de 1804
O General em Chefe ao Povo do Haiti,
Cidadãos – compatriotas –, eu reuni, neste dia solene, os corajosos comandantes que, às vés-
peras de receber o último suspiro da liberdade agonizante, derramaram seu sangue para pre-
servá-la. Estes generais, que comandaram as lutas de vocês contra a tirania, ainda não ter-

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minaram. A  reputação francesa ainda obscurece nossas planícies: todas as coisas evocam
a lembrança das crueldades daquele povo bárbaro. Nossas leis, nossos costumes, nossas
cidades, tudo encerra características dos franceses. Ouçam o que estou dizendo! Os franceses
ainda têm um pé em nossa ilha! E vocês se creem livres e independentes daquela república,
que combateu todas as nações, é verdade, mas nunca conquistou aqueles que seriam livres!
(Transcrição a partir da versão publicada em David Armitage, Declaração de independência:
uma história global. São Paulo: Companhia das Letras, 2011).
Com base nesse fragmento e nos conhecimentos sobre o assunto, considere as seguintes
afirmativas sobre a Revolução Haitiana (1791-1804) e seu significado para as independências
americanas:
1. Antes de se chamar Haiti, a ilha se chamava Santo Domingo e estava sob domínio espanhol,
sendo invadida pelos franceses a mando de Napoleão.
2. O Haiti foi a primeira república das Américas a se libertar da dominação europeia e abolir a
escravidão.
3. A particularidade da revolução haitiana é que foi dirigida por escravos, libertos e mulatos e
inspirada nos princípios que os próprios franceses teriam levantado durante sua revolução.
4. A  revolução haitiana contou com o apoio de escravos e libertos da colônia espanhola
de Cuba.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

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Questão 4 (FGV-SP/ADAPTADA)

Fonte: Benoit. M. Histoire Cm. Paris: Hatier, 1985. p. 156.

Observe a foto acima. Nela, que é de 1914, ano em que começou a Primeira Grande Guerra, em
meio a flores e bandeiras, três potências (França, Rússia e Inglaterra) celebram sua aliança,
além de homenagearem a Bélgica, pequeno país que havia sido invadido. Considerando a polí-
tica internacional da época, assinale a alternativa correta:
a) essa aliança teve como plano principal a invasão da Normandia, no “dia D”.
b) a Inglaterra, após dois anos de guerra, rompeu com essa aliança e passou para o lado alemão.
c) tal aliança, conhecida como Tríplice Entente, saiu-se vitoriosa na guerra.
d) a Rússia foi o país que mais se beneficiou da guerra, por isso saiu dela em 1917.
e) o que ameaçava os países-membros dessa aliança eram propósitos expansionistas do na-
zismo.

Questão 5 (FGV) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso
na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma
África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,

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a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defen-


sores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, dividi-
dos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao
perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as
características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz
com que os governos locais beneficiem-se do caos

Questão 6 (ESPCEX/2016) A Revolução Industrial, que teve lugar na Inglaterra do século


XVIII, pode ser definida como uma transformação sem precedentes no modo da produção ma-
nufatureiro que trouxe profundas mudanças na estrutura social e econômica da sociedade.
Teve papel preponderante na sua ocorrência:
a) o Cartismo.
b) o Ludismo.
c) uma ampla geração de energia elétrica.
d) a obtenção de empréstimos financeiros obtidos da França.
e) a Revolução Gloriosa que favoreceu o capitalismo.

Questão 7 (ESPCEX/2006) Dois eventos históricos podem ser diretamente relacionados


com a derrota de Napoleão Bonaparte em 1815: o Congresso de Viena e a Santa Aliança. Es-
ses eventos acarretaram consequências na conjuntura mundial, principalmente na Europa do
pós-guerra napoleônico.
Essas consequências acabaram favorecendo a:
a) implantação do catolicismo na Rússia Czarista
b) libertação das colônias ibéricas e inglesas
c) difusão dos princípios liberais franceses
d) criação de um novo Império Napoleônico
e) restauração das monarquias na Europa

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Questão 8 (ESPCEX/2006) Em represália à não-obediência ao Bloqueio Continental, impos-


to pelo governo francês às nações continentais europeias, Napoleão Bonaparte invadiu Portu-
gal e ocupou a Espanha. Essas ações favoreceram o processo de independência na América
Latina. Para as elites da América Espanhola, o importante era romper com a Metrópole mono-
polista.
Essas elites eram representadas pelos.
a) criollos
b) chapetones
c) grandes mineradores
d) contratadores da coroa
e) senhores de engenho

Questão 9 (ESPCEX/2005) Durante a Primeira Revolução Industrial (século XVIII), os seto-


res da economia que mais sofreram modificações e que incorporaram mais invenções tecno-
lógicas foram os
a) metalúrgico e químico.
b) têxtil e de transportes.
c) siderúrgico e cibernético.
d) elétrico e de carvão.
e) petrolífero e alimentício.

Questão 10 Grande parte dos acontecimentos e das grandes decisões tomadas durante a
Revolução Francesa foram realizados pelo povo, a massa formada principalmente de campo-
neses. Além do povo, outra classe que teve grande peso com o deflagrar da Revolução e sua
condução foi:
a) a burguesia.
b) a nobreza.
c) o clero.
d) os vassalos.
e) nenhuma das respostas acima.

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Questão 11 A Revolução Francesa estourou em 1789 e foi consequência de uma grande cri-
se econômica e da intensa exploração que nobreza e clero exerciam sobre o povo. Quando o
movimento iniciou-se, a ação do povo logo se voltou contra a nobreza e, em especial, contra o
rei e seu estilo de vida luxuoso. O rei francês durante a revolução era:
a) Luís XIV
b) Luís XV
c) Luís XVI
d) Luís XVII
e) Luís XVIII

Questão 12 Em 1789, o quadro da sociedade francesa era de intensa crise econômica e de


grande convulsão social. O rei francês, como saída para a crise, optou por convocar os Estados
Gerais. Selecione a alternativa que descreve corretamente do que se trata os Estados Gerais:
a) uma assembleia convocada em momentos de crise que reunia os representantes dos três
estados (classes) para debater soluções.
b) era realizada uma assembleia em que os membros da nobreza francesa reuniam-se em Ver-
salhes durante uma semana para escolher novos burocratas para o país.
c) era a destituição imediata de todos os ministros da nação.
d) a convocação dos grandes representantes da Igreja na França para que aconselhassem o
rei a tomar decisões.
e) um imposto emergencial e compulsório que era convocado em momentos de grande crise.
A população obrigatoriamente deveria fornecer uma contribuição extra para os cofres reais.

Questão 13 A Revolução Francesa iniciou-se em 1789 e estendeu-se até 1799, quando Napo-
leão Bonaparte assumiu o poder da França com o Golpe de 18 de Brumário. Esse acontecimen-
to foi influenciado pelos ideais do:
a) Romantismo
b) Iluminismo
c) Socialismo

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d) Anarquismo
e) Niilismo

Questão 14 (ENEM) Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela
probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo
império da razão, o  desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a  insolência pelo orgulho,
a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pe-
las boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio
da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.

(HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Fran-
cesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado))

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, rela-


ciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política
dominante.
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e
queriam reorganizar a França internamente.
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas, de-
sejava extinguir o absolutismo francês.
e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que deseja-
vam justiça social e direitos políticos.

Questão 15 (FUVEST) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução France-
sa, que:
a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social,
a burguesia, única beneficiária da nova ordem.
b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças
sócio-políticas do Antigo Regime.

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c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma campone-
sa e uma popular urbana, a dos chamados “sans-culottes”.
d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos
camponeses, atrasou, em mais de um século, o progresso econômico da França.
e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto
do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

Questão 16 (CESGRANRIO) Durante a Revolução Francesa, a radicalização, típica da “Época


da Convenção” (1792-5), caracteriza-se pela:
a) Promulgação da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”;
b) aprovação da “constituição civil do clero” por Luiz XVI;
c) instituição de um regime político e social de caráter democrático – o Diretório;
d) criação de tribunais revolucionários e a abolição dos direitos senhoriais;
e) pacificação da Europa, a partir da paz entre a França e a Inglaterra.

Questão 17 (AOCP-INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) A “Declaração dos Direitos do


Homem e do Cidadão”, votada pela Assembleia Nacional Constituinte francesa, em 26 de agos-
to de 1789, tinha por objetivo assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo, iriam fun-
dar a nova constituição francesa.
Assinale a alternativa correta.
a) “Iluminismo, Ilustração e Filosofia das Luzes foram três movimentos que eclodiram na Eu-
ropa, no século XVIII, inspirados na razão e na busca de eliminar as trevas do pensamento
humano.
b) A declaração acima citada nada tem a ver com os direitos do cidadão nos dias de hoje, com
democracia ou liberdade de expressão, pois essas são conquistas do século XX.
c) As ideias Iluministas se propagaram na Europa extrapolando as academias científicas e de
ensino, chegando aos salões, cafés, clubes literários, principalmente em Paris.
d) As ideias de Decartes e as de Locke foram prejudiciais para a propagação do Iluminismo,
pois estavam amarradas à tradição do pensamento escolástico.
e) Os economistas do Iluminismo defenderam o mercantilismo, especialmente a obra de Adam
Smith intitulada “Riqueza das Nações”, pregava a escravidão e a conquista de novas colônias.

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Questão 18 (ESPCEX/2016) A Primeira Guerra Mundial inicia-se em 1914. Coerentes com


seu tradicional isolacionismo, os Estados Unidos da América adotam, a princípio, uma posição
de neutralidade. Com relação a esses fatos, é correto afirmar que
a) os EUA resolveram declarar guerra à Alemanha em função da disputa por territórios colo-
niais na África.
b) a entrada dos EUA na Guerra foi motivada pela revelação de uma proposta de pacto entre a
Alemanha e o México e pelo afundamento de um navio norte-americano.
c) a adesão dos EUA ao tratado da Tríplice Entente, em 1914, motivou a Alemanha a declarar
guerra aos EUA.
d) o ataque a instalações militares americanas na Europa foi o principal motivo que levou os
EUA a guerra contra a Alemanha.
e) os EUA se mantiveram neutros até o final da Guerra.

Questão 19 (ESPCEX/2017) Pouco depois da 1ª Guerra Mundial, em 28 de abril de 1919,


os membros da Conferência de Paz de Versalhes aprovaram a criação da Liga das Nações,
atendendo a uma proposta do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. Aponte, nas
alternativas abaixo, o país que não participou da Liga das Nações, com o respectivo motivo.
a) Estados Unidos, porque teve sua participação vetada pelo Senado Americano.
b) Inglaterra, porque, sendo uma ilha, não viu necessidade de participar da Liga.
c) França, porque era inimiga da Alemanha e queria sua destruição e não um acordo.
d) Itália, que não teve direito de participar porque inicialmente integrou a Tríplice Aliança.
e) Brasil, porque, sendo um país sul-americano, estava muito longe da guerra.

Questão 20 (ESPCEX/2012) A Primeira Grande Guerra teve início em 1914, estendeu-se até
1918 e envolveu países de todos os continentes. Sobre esse conflito, é correto afirmar que
a) os anos que o antecederam foram marcados por intensa solidariedade e cordialidade entre
os países.
b) em seus momentos finais, a Alemanha recusou-se a assinar o Tratado de Versalhes, levando
os aliados a proporem uma outra paz chamada “Os Quatorze Pontos de Wilson”.
c) os Estados Unidos não tiveram envolvimento, mantendo sua política isolacionista.

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d) em 1917, com a ascensão de um governo socialista na Rússia, o país entra na guerra ao lado
da Alemanha.
e) a segunda fase da guerra (1915-1917) foi marcada pela chamada “guerra de trincheiras”, em
que cada lado procurava garantir suas posições.

Questão 21 (ESPCEX/2013) “Em 1873, Bismarck instaurou a Liga dos Três Imperadores, da
qual faziam parte a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Rússia. Entretanto, as divergências en-
tre a Rússia e a Áustria com relação à região dos Bálcãs, ocasionadas pelo fato de a Rússia
apoiar as minorias eslavas da região, desejosas de independência, acabou com essa aliança
em 1878. Em 1882, o Segundo Reich une-se ao Império Austro-Húngaro e à Itália.”
“Somente na última década do Século XIX, a França começou a sair do seu isolamento inter-
nacional, conseguindo estabelecer um pacto militar com a Rússia em 1894. No início do século
XX, também a Inglaterra se aproximou da França, formando uma Aliança que fundia os inte-
resses comuns dos dois países no plano internacional. Em 1907, a Rússia se aliou à França e
à Inglaterra”.
Os dois textos descrevem a formação de blocos, antecedendo a Primeira Guerra Mundial.
Os textos I e II narram, respectivamente, a formação da.
a) Entente Cordiale e da Tríplice Entente
b) Tríplice Aliança e da Tríplice Entente.
c) Tríplice Entente e da Entente Cordiale.
d) Entente Cordiale e da Tríplice Aliança.
e) Tríplice Aliança e da Entente Cordiale.

Questão 22 (ESPCEX/2011) A Primeira Guerra Mundial foi um conflito de enormes propor-


ções, ocorrido entre 1914 e 1918, que envolveu quase todo o continente europeu e várias ou-
tras regiões do mundo. Sobre esse conflito é correto afirmar que
a) a disputa por regiões coloniais acirrou as rivalidades entre as grandes potências, levando ao
fim grandes alianças, como é o caso do desmantelamento da Tríplice Entente.
b) a chamada “paz armada” foi imposta ao final do conflito, quando os países europeus já en-
contravam-se desgastados com a guerra, com o objetivo de cessar os combates e evitar novos
conflitos.

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c) a entrada dos Estados Unidos, com seu apoio econômico e militar, ao lado da Entente, foi
fundamental para a derrota da Tríplice Aliança.
d) o assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, levou o Império
austríaco, juntamente com a Rússia, a declarar guerra à Sérvia, dando início ao conflito.
e) ao final do conflito, a Alemanha impôs à França a devolução dos territórios da Alsácia-Lore-
na, ricos em minério de ferro e carvão.

Questão 23 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/2014) Sobre a Primeira Guerra Mundial, é correto


afirmar que
a) envolveu interesses isolados da Alemanha com relação ao comércio de armas na África.
b) o Brasil não teve nenhuma participação, ao contrário do ocorrido na Segunda Grande Guerra.
c) ficou assim conhecida por ter sido a primeira guerra europeia nos últimos dois séculos.
d) contou com a participação efetiva dos EUA no seu desfecho já no início dos anos 20.
e) foi fruto, dentre outros fatores, do revanchismo francês em relação à Alemanha.

Questão 24 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/2017) Ao final da Guerra Franco-Prussiana (1870-


71), em que o exército francês havia sido derrotado e o imperador Napoleão III, feito prisioneiro,
o chanceler da Prússia, Otto von Bismarck, proclamou, em pleno Palácio de Versalhes, a exis-
tência do II Reich, o Império Alemão. Quase meio século depois, a França escolheria esse mes-
mo cenário para a ratificação do Tratado de Versalhes, que extinguiu o Império Alemão, pôs fim
à Grande Guerra e, segundo muitos, deu origem à Segunda Guerra Mundial. (ARARIPE, Luiz de
Alencar. “Primeira Guerra Mundial”. Em: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. São
Paulo: Contexto, 2006. Adaptado)
Entre as tensões relacionadas ao Império Alemão que contribuíram para a eclosão da Primeira
Guerra Mundial, é correto identificar
a) a concorrência militar e industrial com a Inglaterra, as disputas territoriais com a França e as
rivalidades com o Império Russo na região dos Bálcãs.
b) o choque fronteiriço com a União Soviética recém-formada, a disputa de rotas comerciais
com o Império Turco-Otomano e o conflito étnico com a Tchecoslováquia.

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c) a disputa com a Áustria-Hungria pelo acesso ao Mediterrâneo, o embate imperialista com a


Itália por territórios na África e o problema de fronteira com a Polônia.
d) as tensões nacionalistas na região dos países bálticos, o conflito com a Bélgica pelo acesso
ao mar do Norte e os impasses diplomáticos com a Holanda.
e) o embate com a Sérvia na fronteira oriental, a disputa territorial com a Suíça ao sul e a con-
corrência econômica e comercial com os EUA.
Leia o texto para responder às questões 25 e 26. A África só começou a ser ocupada pelas
potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo
sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das
economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumido-
res. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, implantado na África a partir do
final do século XIX [...]. (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano. 2007)

Questão 25 (VUNESP/UNESP/VESTIBULAR/2015) O “novo tipo de colonialismo”, mencio-


nado no texto, tem, entre suas características,
a) a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas potências europeias, associada à
realização de expedições científicas de exploração do continente africano.
b) a tentativa das potências europeias de reduzir a hegemonia norte-americana no comércio
internacional e retomar posição de liderança na economia mundial.
c) o esforço de criação de um mercado consumidor global, sem hierarquia política ou prevale-
cimento comercial de um país ou continente sobre os demais.
d) a aquisição de escravos pelos mercadores africanos, para ampliar a mão de obra disponível
nas colônias remanescentes na América e em ilhas do Oceano Pacífico.
e) o estabelecimento de alianças políticas entre líderes europeus e africanos, que favoreces-
sem o avanço militar dos países do Ocidente europeu na Primeira Guerra Mundial.

Questão 26 (VUNESP/UNESP/VESTIBULAR/2015) A partilha da África entre os países eu-


ropeus, no final do século XIX,
a) buscou conciliar os interesses de colonizadores e colonizados, valorizando o diálogo e a
negociação política.
b) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas então existentes no continente africano.

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c) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até então existentes no continente africano.
d) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais, os países que haviam perdido co-
lônias em outras partes do mundo.
e) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no Centro e no Sul do continente africano.

Questão 27 (VUNESP/PM-SP/OFICIAL/2015)

Ela representa a política externa dos EUA na época:


a) da Guerra Fria, no contexto da luta contra o comunismo, marcado pelo bloqueio econômico
à Cuba socialista e pelo apoio às ditaduras militares na América Latina.
b) da Segunda Guerra Mundial, no contexto da disputa pela hegemonia militar e pelo controle
geopolítico da América Central e do Oceano Atlântico entre os EUA e a Alemanha nazista.
c) do imperialismo, no contexto das atuações marcadas pela “política do grande porrete”, das
quais são exemplos as participações nas independências de Cuba e do Panamá.

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d) da grande depressão econômica dos anos 1930, no momento em que os EUA saíam para o
mar em busca de matéria-prima e mercado consumidor para reaquecer a sua economia.
e) das independências da América Espanhola no início do século XIX, em um momento em
que os EUA pretendiam garantir a hegemonia sobre a América por meio da “Doutrina Monroe”.

Questão 28 (VUNESP/UNESP/VESTIBULAR/2015) Entre os fatores que contribuíram para o


início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), podemos citar
a) a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética.
b) o conflito étnico entre sérvios e croatas na região da antiga Iugoslávia. c) o confronto entre
Áustria e Hungria pelo controle dos Bálcãs.
d) a disputa comercial e industrial entre Inglaterra e Alemanha.
e) a invasão da Polônia pelas tropas da Alemanha.

Questão 29 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/ 2019) Uma das metas mais importantes do tra-


tado era […] controlar a Alemanha (segundo uma expressão usada naquela época), isto é, des-
truir sua força militar no presente e no futuro. […] ficou decidido que o exército alemão ficaria
limitado a 100 mil homens, recrutados com base em um compromisso voluntário de doze anos
para os soldados e suboficiais. (Jean-Jacques Becker. O Tratado de Versalhes. 2011)
O Tratado de Versalhes, assinado após a Primeira Guerra Mundial, contribuiu para
a) a adoção de planos internacionais de ajuda financeira aos países economicamente destru-
ídos pelo conflito bélico.
b) a constituição, pelas nações asiáticas e europeias derrotadas na guerra, de um bloco militar
contrário ao imperialismo na África e na Ásia.
c) o fortalecimento de ideologias antidemocráticas habilmente exploradas por partidos políti-
cos nacionalistas.
d) o desenvolvimento duradouro da economia internacional como resultado da redução de
gastos públicos com equipamentos militares.
e) a emergência de relações estáveis, baseadas nos princípios de reciprocidade, entre as po-
tências industrializadas europeias.

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Questão 30 (VUNESP–UNESP/VESTIBULAR/2017) A chamada “política do Big Stick”, de-


senvolvida pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt, manifestou-se por meio
a) do respeito ao princípio da autonomia e da independência dos povos nativos do continente
americano.
b) dos estímulos financeiros à recuperação econômica dos países latino-americanos, após a
depressão econômica de 1929.
c) das contínuas intervenções diretas e indiretas em assuntos internos dos países latino-ame-
ricanos.
d) da elevação das taxas alfandegárias na entrada de mercadorias europeias nos Estados Uni-
dos, após a crise de 1929.
e) da repressão às manifestações por direitos civis nos Estados Unidos da década de 1960.

Questão 31 (ENEM/2014) Três décadas — de 1884 a 1914 — separam o século XIX — que
terminou com a corrida dos países europeus para a África e com o surgimento dos movimen-
tos de unificação nacional na Europa — do século XX, que começou com a Primeira Guerra
Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimen-
tos empolgantes na Ásia e na África. ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia.
das Letras, 2012.
O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida
em que
a) difundiu as teorias socialistas.
b) acirrou as disputas territoriais.
c) superou as crises econômicas.
d) multiplicou os conflitos religiosos.
e) conteve os sentimentos xenófobos.

Questão 32 (UNESP) A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) resultou de uma alteração da


ordem institucional vigente em longo período do século XIX. Entre os motivos desta alteração,
destacam-se:

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a) a divisão do mundo em dois blocos ideologicamente antagônicos e a constituição de países


industrializados na América.
b) a desestabilização da sociedade europeia com a emergência do socialismo e a constituição
de governos fascistas nos países europeus.
c) o domínio econômico dos mercados do continente europeu pela Inglaterra e o cerco da
Rússia pelo capitalismo.
d) a oposição da França à divisão de seu território após as guerras napoleônicas e a aproxima-
ção entre a Inglaterra e a Alemanha.
e) a unificação da Alemanha e os conflitos entre as potências suscitados pela anexação de
áreas coloniais na Ásia e na África.

Questão 33 (UNIRIO) Dentre os fatores que conduziram à Primeira Guerra Mundial (1914-
1918), destacamos o(a):
a) nacionalismo eslavo aliado à desagregação do Império Turco.
b) acordo militar anglo-germânico visando à partilha da África.
c) desequilíbrio internacional provocado pela aliança da Rússia com o Império Austro-Húngaro.
d) descontentamento da França frente à ocupação no Marrocos.
e) oposição do Imperador Francisco Ferdinando à admissão da Sérvia no Império Austro-Hún-
garo.

Questão 34 (MACKENZIE/1996) Dentre as causas da Primeira Grande Guerra, destaca-se a


questão balcânica, que pode ser associada:
a) à formação de novas nacionalidades, como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha.
b) às disputas coloniais na Ásia e na África entre a França e a Inglaterra.
c) ao interesse russo em abrir os estreitos de Bósforo e Dardanelos, ao nacionalismo eslavo e
ao temor austríaco quanto à formação da Grande Sérvia.
d) às desavenças entre o Império Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação da Bósnia-
-Herzegovina.
e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro, Francisco Ferdinando, e as questões pendentes rela-
cionadas ao Tratado de Brest-Litowsky e o desmembramento da Áustria-Hungria.

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Questão 35 (MACKENZIE/2018) Pierre A. Renoir, artista francês, ao  realizar seu trabalho,
Baile no Moulin de la Galete, em 1876, registrou a alegria, otimismo e a intensa movimentação
em Paris, no final do século XIX: a Belle Époque. Esse período, marcado por um intenso pro-
gresso científico e tecnológico que, de forma acelerada, apontava para um período de prosperi-
dade e paz. Todavia, sob a aparente tranquilidade e segurança desse cenário, desenrolavam-se
inúmeros fatores de insatisfação, que acabaram por levar à Grande Guerra de 1914.
A respeito dos precedentes que levaram ao conflito mundial, é incorreto afirmar que
a) a Alemanha, para combater a concorrência comercial, adotou uma política de expansão pelo
uso da força militar, fechando-se perante qualquer solução diplomática, provocando inúmeros
atritos com os demais países, que só foram solucionados por meio da guerra.
b) apesar de persistirem antigas rugas, entre Inglaterra e França, os mesmos se aliaram, junto
com a Rússia, em 1907, formando a Tríplice Entente, com o objetivo de combater os interesses
imperialistas alemães, sobre os mercados chineses e africanos.
c) mesmo apresentando um cenário tranquilo, várias nações europeias se dedicaram em forta-
lecer o exército, marinha, e adotar o serviço militar obrigatório. Esse período, de corrida arma-
mentista e ausência de guerras, ficou conhecido como Paz Armada (1870-1914).
d) os países europeus tinham necessidade de expandirem seus mercados consumidores e, na
disputa pelos mesmos, fizeram surgir diversas zonas de tensão, além de despertarem o senti-
mento cívico e patriótico, nas regiões sob o domínio estrangeiro.
e) o atentado de Sarajevo acabou se tornando o estopim para o início da guerra, não tanto pela
gravidade do fato em si, mas, sobretudo, devido à série de acordos e alianças, que foram esta-
belecidos entre vários países, que se comprometiam a se auxiliarem mutuamente.

Questão 36 (ACAFE/2018) Completam-se cem anos do término da Grande Guerra (1914-


1918). A Primeira Guerra começa europeia e termina como um conflito mundial. No contexto
desta guerra, e acerca de seus antecedentes, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
a) As rivalidades imperialistas originárias desde o século XIX entre ingleses e alemães tam-
bém contribuíram para a formação de alianças militares distintas.
b) Os russos, que faziam parte da Tríplice Entente, assinaram um armistício com os alemães e
retiraram-se da guerra por causa da revolução que acontecia em seu território.

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c) A Questão da Bósnia-Herzegovina, que tinha os sérvios e austríacos como aliados, desenca-


deou a Questão Balcânica quando os alemães invadiram Sarajevo.
d) Os Estados Unidos da América entraram militarmente na guerra em 1917, ao lado da Tríplice
Entente. Esta participação estadunidense foi determinante para o término da guerra em 1918.

Questão 37 (PUCRJ/2018) Sobre a Primeira Guerra Mundial, assinale a alternativa correta:


a) O conflito pode ser considerado uma guerra civil europeia, uma vez que o conflito ocorreu
apenas em território europeu.
b) Foi a primeira guerra a utilizar modernas armas de destruição em massa, resultando no
abandono de formas tradicionais de luta.
c) Ideologicamente, foi um conflito marcado pela cisão entre países alinhados a um projeto
conservador e aqueles que apoiavam o socialismo.
d) A Primeira Guerra pode ser definida como um conflito imperialista, pois a maior parte das
ações bélicas ocorreu em território colonial.
e) A Primeira Guerra Mundial redefiniu as fronteiras europeias, abalou tradicionais estruturas
políticas e permitiu a concretização de novos projetos ideológicos.

Questão 38 (ESPM/2018) À noite, arrastando-se pela cratera de projétil e enchendo-a, a lama


observa, como um enorme polvo. Chega à vítima. Deita-lhe a sua baba venenosa, cega-a, aper-
ta o círculo à volta dela, enterra-a. Mais um disparo, mais um que se foi… os homens morrem
da lama, como morrem de balas, mas é mais horrível. A lama é onde os homens se afundam
e – o que é pior – onde afundam suas almas. A lama esconde os galões das divisas, há apenas
pobres bestas que sofrem. Vejam, ali, manchas vermelhas num mar de lama – sangue de um
homem ferido. O inferno não é o fogo, isso não seria o máximo do sofrimento. O inferno é a
lama! (Martin Gilbert. A Primeira Guerra Mundial)
O texto, escrito por soldados franceses, testemunho do que ocorria em 1917, é uma perfeita
descrição da:
a) Guerra de movimento;
b) Blitzkrieg;

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c) Guerra de trincheiras;
d) Guerra de mentira;
e) Guerra suja.

Questão 39 (UFFRJ) Em 1921, o problema nacional central era o da recuperação econômica


- o índice de desespero do país é eloquente: naquele ano, 36 milhões de pessoas não tinham
o que comer. Nas novas e ruinosas condições da paz, o “comunismo de guerra” revelava-se
insuficiente: era preciso estimular mais efetivamente os mecanismos econômicos da socieda-
de. Assim, ainda em 1921, no X Congresso do Partido, Lenin propõe um plano econômico de
emergência: a Nova Política Econômica. NETO, J. P. “O que é Stalinismo”. São Paulo: Brasilien-
se, 1981.
Sobre a chamada Nova Política Econômica é correto afirmar que:
a) ela reintroduziu práticas de exploração econômica anteriores à Revolução Russa de 1917,
que se traduziram num abandono temporário de todas as transformações socialistas já feitas
e um retorno ao capitalismo.
b) ela consistiu na manutenção de elementos econômicos socialistas, na organização da eco-
nomia (como o planejamento) e na permissão para o estabelecimento de elementos capitalis-
tas por meio da livre iniciativa em certos setores.
c) ela significou fundamentalmente uma reforma agrária radical que promoveu a coletivização
forçada das propriedades agrárias e a construção de fazendas coletiva, os Kolkhozes.
d) seu resultado foi catastrófico, mesmo permitindo a volta controlada de relações capitalistas
na economia, já que ela ampliou ainda mais o nível de desemprego e produziu fome em grande
escala.
e) ela significou, com a abertura para o capitalismo, um aumento substancial da produção in-
dustrial, mas, ao mesmo tempo, por ter retirado todos os incentivos anteriormente concedidos
à produção agrícola, foi a razão da ruína do campo.

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Questão 40 (UFRGS/2017) Considere as afirmações sobre a Revolução Russa de 1917 e


seus desdobramentos.
I – Após a chamada “Revolução de Fevereiro”, de 1917, e a abdicação do czar Nicolau II, foi
instaurado um regime parlamentar liberal, mais tarde removido pela Revolução Bolche-
vique de outubro do mesmo ano.
II – Durante a guerra civil que se seguiu à Revolução, os  Estados Unidos e as principais
potências europeias apoiaram a luta dos bolcheviques contra os chamados “brancos”
contrarrevolucionários.
III – Nos grandes expurgos da década de 1930, muitos dos “velhos bolcheviques”, antigos
revolucionários aliados de Lênin, foram removidos do poder e executados a mando de
Josef Stalin.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Questão 41 A unificação da Alemanha (1871) decorreu:


a) do grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia austríaca na Europa Continental.
b) do grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia francesa na Europa Continental.
c) das disputas sociais entre burguesia e militares nos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia russa na Europa continental.
d) do grande desenvolvimento militar dos Estados Germânicos e acabou com a hegemonia da
III República Francesa na Europa Continental.
e) do grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia da Itália na Europa Continental.

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Questão 42 Após a queda de Napoleão Bonaparte, em 1815, houve um processo de reorgani-


zação das monarquias europeias que resultou:
a) Na Unificação Italiana.
b) Na formação da Confederação Alemã.
c) Na criação do II Império Francês, comandado por Napoleão III.
d) No enfraquecimento do Império Russo.

Questão 43 Entre 1870 a 1871, ocorreu um fato que influenciou os processos históricos pos-
teriores, resultando na eclosão da I e II Guerra Mundial. Que fato foi esse?
a) A ascensão da burguesia na Inglaterra, facilitada pela adoção de tarifas protecionistas no
comércio com outros países.
b) A vitória da Prússia na Guerra Franco-Prussiana e a consequente unificação alemã.
c) A Guerra de Secessão norte-americana e o fim da escravidão nos EUA.
d) A queda da monarquia na França, decorrente de mais uma revolução burguesa.
e) A unificação italiana.

Questão 44 (FUVEST) “Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos”. “Ao invés da
Prússia se fundir na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia”.
Estas frases, sobre as unificações italiana e alemã:
a) aludem às diferenças que as marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em benefício da Prús-
sia, a italiana, como demonstra a escolha de Roma para capital, contemplou todas as regiões.
b) apontam para as suas semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e incompleto de am-
bas, decorrentes do passado fascista, no caso italiano, e nazista, no alemão.
c) chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações, imposta pelo
Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha.
d) escondem suas naturezas contrastantes, pois a alemã foi autoritária e aristocrática e a ita-
liana foi democrática e popular.
e) tratam da unificação da Itália e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao caráter imposi-
tivo de processo liderado por Cavour, na Itália, e por Bismarck, na Alemanha.

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Questão 45 A unificação política da Itália, ocorrida na segunda metade do século XIX, foi um
processo tardio, considerando o contexto histórico europeu. Sobre essa unificação, é CORRETO
afirmar que ela:
a) possibilitou a sua participação na corrida colonial, envolvendo-a no domínio do mercado
internacional com a Inglaterra e a França.
b) contribuiu em parte para romper o equilíbrio político-militar que, a partir do Congresso de
Viena, foi estabelecido entre as nações europeias.
c) acarretou o desenvolvimento do capitalismo a partir de um intenso surto de industrialização
que se estendeu por todo o seu território.
d) permitiu o reatamento das relações político-diplomáticas com o Vaticano e a garantia do
direito de liberdade religiosa aos cidadãos.
e) impediu o surgimento de fluxos de emigração de camponeses para o Continente Americano
através da implantação de uma política de fechamento das suas fronteiras.

Questão 46 A Itália, antes de ser unificada, era constituída de uma série de pequenos reinos
fragmentados. O reino que, sob a liderança do conde Camilo de Cavour, encabeçou o processo
de unificação, na segunda metade do século XIX, foi:
a) Reino de Piemonte-Sardenha
b) Reino de Lancaster
c) Reino de Córsega
d) Reino de Lombardia
e) Reino de Mônaco.

Questão 47 (FUNIVERSA/CBM-AP/ASPIRANTE DO CORPO DE BOMBEIRO/2012) Entre


fins do século XIX e o início da Primeira Guerra Mundial (1914), prevaleceu um estilo de vida
que se manifestou sob as mais diversas expressões artísticas, típico de um período de intensa
prosperidade econômica, o qual, no Norte do Brasil, correspondeu ao chamado ciclo da borra-
cha. Esse período ficou conhecido como
a) Escola de Frankfurt.
b) Expressionismo Cubista.

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c) Ancien Regime.
d) Anos Dourados.
e) Belle Époque.

Questão 48 (MARINHA/COMANDO DO 1º DISTRITO NAVAL/PRAÇA DE 2ª CLASSE/2016)


Assinale a opção que apresenta a composição correta dos blocos militares formados antes da
Primeira Guerra Mundial.
a) Tríplice Aliança (Espanha, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Estados Unidos, França e
Japão).
b) Tríplice Aliança (Rússia, Alemanha e Itália) e Tríplice Entente (Japão, Alemanha e Grã-Breta-
nha).
c) Tríplice Aliança (França, Alemanha e Rússia) e Tríplice Entente (Portugal, França e Estados
Unidos).
d) Tríplice Aliança (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, Ingla-
terra e França).
e) Tríplice Aliança (Brasil, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, França e Espanha).

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GABARITO
1. c 28. d
2. e 29. c
3. b 30. c
4. c 31. b
5. d 32. b
6. e 33. a
7. e 34. c
8. a 35. a
9. b 36. c
10. a 37. e
11. c 38. c
12. a 39. b
13. b 40. d
14. e 41. b
15. c 42. b
16. d 43. b
17. c 44. c
18. b 45. b
19. a 46. a
20. e 47. e
21. b 48. d
22. c
23. e
24. a
25. a
26. c
27. c

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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Quan-
do a Primeira Guerra Mundial começou, o artista alemão Otto Dix (1891-1969) alistou-se vo-
luntariamente no exército. Ao fim, sua arte seria profundamente afetada pelas experiências do
conflito, como exemplificado na imagem a seguir.

Otto Dix, 45% pronto para o trabalho. 1920.

Nessa obra, o artista


a) desfigura as personagens, no intuito de criticar o despreparo das tropas alemãs.
b) enfatiza o espírito de sacrifício e a atuação heroica dos soldados alemães.
c) denuncia, ironicamente, as consequências traumáticas da guerra.
d) condena o princípio hierárquico e o ideal de honra da vida militar.
d) retrata as consequências da violência militar para vencedores e derrotados no conflito.

Letra c.
Questão de interpretação. Usando de ironia, denuncia os traumas da guerra, como se pode
perceber nos soldados que perderam membros do corpo ou foram parar em cadeiras de rodas

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Questão 2 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR-BA/PROFESSOR – HISTÓRIA/2019) Na


Pensilvânia (EUA), os  meninos que trabalhavam nas minas de carvão eram frequentemente
chamados de Breaker Boys.

Crianças nas minas de Ewen Breaker, 1911. Pensilvânia. USA.

Sobre o trabalho infantil durante a Revolução Industrial, assinale a afirmativa correta.


a) Foi uma prática cara e regulamentada pelo governo e pelas igrejas.
b) Ficou circunscrito ao gênero masculino, em função da carga pesada de trabalho.
c) Foi utilizado para fins educativos, por parte dos empregadores que disciplinavam as crian-
ças pobres.
d) Manteve-se como recurso marginal nos países mais desenvolvidos.
e) Foi um meio de complementar a renda das famílias empobrecidas.

Letra e.
Não existiam leis trabalhistas no início da Revolução Industrial. Assim, muitas famílias, com o
objetivo de aumentar sua renda ante a miséria da exploração industrial do momento, enviavam
suas crianças para trabalhar nas fábricas ou, como no caso da foto, nas minas de carvão.

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Questão 3 (UFPR/VESTIBULAR/2017) Considere o seguinte extrato da declaração de inde-


pendência haitiana:
1º de janeiro de 1804
O General em Chefe ao Povo do Haiti,
Cidadãos – compatriotas –, eu reuni, neste dia solene, os corajosos comandantes que, às vés-
peras de receber o último suspiro da liberdade agonizante, derramaram seu sangue para pre-
servá-la. Estes generais, que comandaram as lutas de vocês contra a tirania, ainda não ter-
minaram. A  reputação francesa ainda obscurece nossas planícies: todas as coisas evocam
a lembrança das crueldades daquele povo bárbaro. Nossas leis, nossos costumes, nossas
cidades, tudo encerra características dos franceses. Ouçam o que estou dizendo! Os franceses
ainda têm um pé em nossa ilha! E vocês se creem livres e independentes daquela república,
que combateu todas as nações, é verdade, mas nunca conquistou aqueles que seriam livres!
(Transcrição a partir da versão publicada em David Armitage, Declaração de independência:
uma história global. São Paulo: Companhia das Letras, 2011).
Com base nesse fragmento e nos conhecimentos sobre o assunto, considere as seguintes
afirmativas sobre a Revolução Haitiana (1791-1804) e seu significado para as independências
americanas:
1. Antes de se chamar Haiti, a ilha se chamava Santo Domingo e estava sob domínio espanhol,
sendo invadida pelos franceses a mando de Napoleão.
2. O Haiti foi a primeira república das Américas a se libertar da dominação europeia e abolir a
escravidão.
3. A particularidade da revolução haitiana é que foi dirigida por escravos, libertos e mulatos e
inspirada nos princípios que os próprios franceses teriam levantado durante sua revolução.
4. A  revolução haitiana contou com o apoio de escravos e libertos da colônia espanhola
de Cuba.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

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c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.


d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Letra b.
Afirmativa 1: Errada. O Haiti já pertencia à França.
Afirmativa 4: Errada. Cuba não teve nenhuma relação com a Independência do Haiti.

Questão 4 (FGV-SP/ADAPTADA)

Fonte: Benoit. M. Histoire Cm. Paris: Hatier, 1985. p. 156.

Observe a foto acima. Nela, que é de 1914, ano em que começou a Primeira Grande Guerra, em
meio a flores e bandeiras, três potências (França, Rússia e Inglaterra) celebram sua aliança,
além de homenagearem a Bélgica, pequeno país que havia sido invadido. Considerando a polí-
tica internacional da época, assinale a alternativa correta:

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a) essa aliança teve como plano principal a invasão da Normandia, no “dia D”.


b) a Inglaterra, após dois anos de guerra, rompeu com essa aliança e passou para o lado
alemão.
c) tal aliança, conhecida como Tríplice Entente, saiu-se vitoriosa na guerra.
d) a Rússia foi o país que mais se beneficiou da guerra, por isso saiu dela em 1917.
e) o que ameaçava os países-membros dessa aliança eram propósitos expansionistas do na-
zismo.

Letra c.
Os países da Tríplice Entente, com exceção da Rússia, que saiu da guerra antes do término,
conseguiram vencer o conflito. Essa vitória de uma guerra que trouxe consequências devas-
tadoras para todos os envolvidos resultou em uma série de tratados. O mais importante foi o
Tratado de Versalhes, que impôs à Alemanha responsabilidades pela maior parte do ônus da
guerra.

Questão 5 (FGV) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso
na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma
África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defen-
sores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, dividi-
dos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao
perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as
características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz
com que os governos locais beneficiem-se do caos.

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Letra d.
Lembre-se de que foram as fronteiras artificiais criadas pelas potências imperialistas euro-
peias que levaram à separação de etnias e à instalação de Estados-nação com etnias diferen-
tes. Essas características provocaram conflitos que existem até hoje.

Questão 6 (ESPCEX/2016) A Revolução Industrial, que teve lugar na Inglaterra do século


XVIII, pode ser definida como uma transformação sem precedentes no modo da produção ma-
nufatureiro que trouxe profundas mudanças na estrutura social e econômica da sociedade.
Teve papel preponderante na sua ocorrência:
a) o Cartismo.
b) o Ludismo.
c) uma ampla geração de energia elétrica.
d) a obtenção de empréstimos financeiros obtidos da França.
e) a Revolução Gloriosa que favoreceu o capitalismo.

Letra e.
A questão pede que o candidato reconheça um dos agentes propiciadores para a Revolução
Industrial na Inglaterra. As alternativas “a” e “b” estão relacionadas com as consequências da
Revolução Industrial com a resistência operária dos cartistas e ludistas. A alternativa “c” está
direcionada ao processo da Segunda Revolução Industrial. A alternativa “d” não compreende
nenhum agente causador da Revolução Industrial. Já que a economia inglesa se encontrava
mais evoluída que a francesa, a única que compreende um ponto causador da Revolução no
século XVIII é a alternativa “e”. Uma vez que a revolução gloriosa consolidou o poder nas mãos
do parlamento evitando os excessos administrativos do absolutismo.

Questão 7 (ESPCEX/2006) Dois eventos históricos podem ser diretamente relacionados


com a derrota de Napoleão Bonaparte em 1815: o Congresso de Viena e a Santa Aliança. Es-
ses eventos acarretaram consequências na conjuntura mundial, principalmente na Europa do
pós-guerra napoleônico.

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Essas consequências acabaram favorecendo a:


a) implantação do catolicismo na Rússia Czarista
b) libertação das colônias ibéricas e inglesas
c) difusão dos princípios liberais franceses
d) criação de um novo Império Napoleônico
e) restauração das monarquias na Europa

Letra e.
Como vimos, ocorreu a defesa da reorganização do Antigo Regime pelas forças conservado-
ras envolvidas no Congresso de Viena. Objetivaram o retorno das monarquias e das fronteiras
europeias anteriores à Revolução Francesa.

Questão 8 (ESPCEX/2006) Em represália à não-obediência ao Bloqueio Continental, impos-


to pelo governo francês às nações continentais europeias, Napoleão Bonaparte invadiu Portu-
gal e ocupou a Espanha. Essas ações favoreceram o processo de independência na América
Latina. Para as elites da América Espanhola, o importante era romper com a Metrópole mono-
polista.
Essas elites eram representadas pelos.
a) criollos
b) chapetones
c) grandes mineradores
d) contratadores da coroa
e) senhores de engenho

Letra a.
Querido(a), esta questão envolve, além da compreensão do período napoleônico, também co-
nhecimentos tratados na nossa segunda aula, especificamente sobre a estrutura colonial es-
panhola na América. Relembre comigo: os criollos eram a elite econômica nascida na colônia
e adotaram o iluminismo como forma de romper com a metrópole. Eram os descendentes

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de espanhóis nascidos na América. Possuíam grandes propriedades e atuavam no comércio.


Muitos de seus filhos iam realizar os estudos superiores na Espanha e ao voltar, exerciam a
carreira de médico, advogado, oficial do exército entre outras.

Questão 9 (ESPCEX/2005) Durante a Primeira Revolução Industrial (século XVIII), os seto-


res da economia que mais sofreram modificações e que incorporaram mais invenções tecno-
lógicas foram os
a) metalúrgico e químico.
b) têxtil e de transportes.
c) siderúrgico e cibernético.
d) elétrico e de carvão.
e) petrolífero e alimentício.

Letra b.
Querido(a), a primeira indústria a se desenvolver na Inglaterra durante a Revolução Industrial
foi a têxtil. Com os cercamentos, a burguesia tomava terras e expulsava os camponeses para
criação de ovelhas, fonte de lã como matéria-prima. Assim, ainda conseguiram um exército de
mão de obra reserva expulsa do campo. Como também havia a necessidade transporte das
mercadorias industrializadas, ocorreram investimentos no setor de transporte, principalmente
com linhas férreas.

Questão 10 Grande parte dos acontecimentos e das grandes decisões tomadas durante a
Revolução Francesa foram realizados pelo povo, a massa formada principalmente de campo-
neses. Além do povo, outra classe que teve grande peso com o deflagrar da Revolução e sua
condução foi:
a) a burguesia.
b) a nobreza.
c) o clero.
d) os vassalos.
e) nenhuma das respostas acima.

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Letra a.
A burguesia teve grande participação nos eventos da Revolução Francesa, que também foi
considerada uma revolução burguesa. A burguesia francesa via nos privilégios da nobreza e
clero, bem como na organização do Estado absolutista, um entrave para os seus interesses
econômicos e para o desenvolvimento da nação.

Questão 11 A Revolução Francesa estourou em 1789 e foi consequência de uma grande cri-
se econômica e da intensa exploração que nobreza e clero exerciam sobre o povo. Quando o
movimento iniciou-se, a ação do povo logo se voltou contra a nobreza e, em especial, contra o
rei e seu estilo de vida luxuoso. O rei francês durante a revolução era:
a) Luís XIV
b) Luís XV
c) Luís XVI
d) Luís XVII
e) Luís XVIII

Letra c.
Luís XVI era o rei francês durante os anos iniciais da Revolução Francesa. Luís XVI foi obrigado
pelos revolucionários a abandonar o Palácio de Versalhes, localizado nos arredores de Paris,
e instalou-se no Palácio das Tulherias. Participou dos esforços contrarrevolucionários e, duran-
te a fase do Terror, foi visto como inimigo do povo e, por isso, foi guilhotinado em 1793.

Questão 12 Em 1789, o quadro da sociedade francesa era de intensa crise econômica e de


grande convulsão social. O rei francês, como saída para a crise, optou por convocar os Estados
Gerais. Selecione a alternativa que descreve corretamente do que se trata os Estados Gerais:
a) uma assembleia convocada em momentos de crise que reunia os representantes dos três
estados (classes) para debater soluções.
b) era realizada uma assembleia em que os membros da nobreza francesa reuniam-se em Ver-
salhes durante uma semana para escolher novos burocratas para o país.

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c) era a destituição imediata de todos os ministros da nação.


d) a convocação dos grandes representantes da Igreja na França para que aconselhassem o
rei a tomar decisões.
e) um imposto emergencial e compulsório que era convocado em momentos de grande crise.
A população obrigatoriamente deveria fornecer uma contribuição extra para os cofres reais.

Letra a.
Os Estados Gerais eram uma espécie de assembleia emergencial convocada pelos monarcas
franceses somente em momentos de intensa crise. A última vez que tinha sido convocada na
França foi no século XVI. Quando Luís XVI convocou a essa assembleia em 1789, esperava-se
que uma solução para a crise fosse alcançada, mas não foi o que se viu, uma vez que o Tercei-
ro Estado rompeu com os Estados Gerais e criou a Assembleia Nacional Constituinte.

Questão 13 A Revolução Francesa iniciou-se em 1789 e estendeu-se até 1799, quando Napo-
leão Bonaparte assumiu o poder da França com o Golpe de 18 de Brumário. Esse acontecimen-
to foi influenciado pelos ideais do:
a) Romantismo
b) Iluminismo
c) Socialismo
d) Anarquismo
e) Niilismo

Letra b.
Do Iluminismo foi extraída a inspiração ideológica para o deflagrar da Revolução Francesa.
Dos ideais iluministas foram retirados conceitos que afirmavam que o Estado deveria ser cons-
truído em instituições legitimadas pelo povo e que todos os cidadãos deveriam ser tratados
igualmente pela lei.

Questão 14 (ENEM) Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela
probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo

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império da razão, o  desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a  insolência pelo orgulho,
a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pe-
las boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio
da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem.

(HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada: da Revolução Fran-
cesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado))

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, rela-


ciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa?
a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política
dominante.
b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia.
c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e
queriam reorganizar a França internamente.
d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas, de-
sejava extinguir o absolutismo francês.
e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que deseja-
vam justiça social e direitos políticos.

Letra e.
Robespierre representava essas classes, que desejavam mudanças bem expressivas, e mos-
trava como era variada a luta de interesses durante a Revolução Francesa. Em um período
conhecido como “Terror”, o líder dos revoltosos tentava alcançar os objetivos das camadas
mais populares.

Questão 15 (FUVEST) Do ponto de vista social, pode-se afirmar, sobre a Revolução France-
sa, que:

a) teve resultados efêmeros, pois foi iniciada, dirigida e apropriada por uma só classe social,

a burguesia, única beneficiária da nova ordem.

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b) fracassou, pois, apesar do terror e da violência, não conseguiu impedir o retorno das forças

sócio-políticas do Antigo Regime.

c) nela coexistiram três revoluções sociais distintas: uma revolução burguesa, uma campone-

sa e uma popular urbana, a dos chamados “sans-culottes”.

d) foi um fracasso, apesar do sucesso político, pois, ao garantir as pequenas propriedades aos

camponeses, atrasou, em mais de um século, o progresso econômico da França.

e) abortou, pois a nobreza, sendo uma classe coesa, tanto do ponto de vista da riqueza, quanto

do ponto de vista político, impediu que a burguesia a concluísse.

Letra c.

A terminologia atual para tratar de Revolução Francesa seria “Revoluções Francesas”. Estudos

dão uma nova visão do evento, mostrando como o terceiro estado era dividido e conflituoso,

o que leva a três revoluções, cada uma com suas perspectivas e ideais. Em um primeiro mo-

mento se viram unidas, porém, com o passar o tempo, as coisas foram ficando diferentes.

Questão 16 (CESGRANRIO) Durante a Revolução Francesa, a radicalização, típica da “Época

da Convenção” (1792-5), caracteriza-se pela:

a) Promulgação da “Declaração Universal dos Direitos do Homem”;

b) aprovação da “constituição civil do clero” por Luiz XVI;

c) instituição de um regime político e social de caráter democrático – o Diretório;

d) criação de tribunais revolucionários e a abolição dos direitos senhoriais;

e) pacificação da Europa, a partir da paz entre a França e a Inglaterra.

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Letra d.
Tribunais revolucionários são instaurados durante a convenção para tentar organizar os even-
tos que estavam ocorrendo, porém, talvez só tenha incitado mais a violência. Durante a Con-
venção Nacional, os seus organizadores eram os jacobinos, tendo como líder Robespierre.

Questão 17 (AOCP-INES/PROFESSOR DE HISTÓRIA/2009) A “Declaração dos Direitos do


Homem e do Cidadão”, votada pela Assembleia Nacional Constituinte francesa, em 26 de agos-
to de 1789, tinha por objetivo assinalar os princípios que, inspirados no Iluminismo, iriam fun-
dar a nova constituição francesa.
Assinale a alternativa correta.
a) “Iluminismo, Ilustração e Filosofia das Luzes foram três movimentos que eclodiram na Eu-
ropa, no século XVIII, inspirados na razão e na busca de eliminar as trevas do pensamento
humano.
b) A declaração acima citada nada tem a ver com os direitos do cidadão nos dias de hoje, com
democracia ou liberdade de expressão, pois essas são conquistas do século XX.
c) As ideias Iluministas se propagaram na Europa extrapolando as academias científicas e de
ensino, chegando aos salões, cafés, clubes literários, principalmente em Paris.
d) As ideias de Decartes e as de Locke foram prejudiciais para a propagação do Iluminismo,
pois estavam amarradas à tradição do pensamento escolástico.
e) Os economistas do Iluminismo defenderam o mercantilismo, especialmente a obra de Adam
Smith intitulada “Riqueza das Nações”, pregava a escravidão e a conquista de novas colônias.

Letra c.
O Iluminismo, ou Ilustração ou, ainda, Filosofia das Luzes, foi um movimento filosófico que teve
como grande polo a cidade de Paris, ultrapassando o limite das universidades e se espalhando
pela Europa e, mesmo, encontrando ressonância na América.

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Questão 18 (ESPCEX/2016) A Primeira Guerra Mundial inicia-se em 1914. Coerentes com


seu tradicional isolacionismo, os Estados Unidos da América adotam, a princípio, uma posição
de neutralidade. Com relação a esses fatos, é correto afirmar que
a) os EUA resolveram declarar guerra à Alemanha em função da disputa por territórios colo-
niais na África.
b) a entrada dos EUA na Guerra foi motivada pela revelação de uma proposta de pacto entre a
Alemanha e o México e pelo afundamento de um navio norte-americano.
c) a adesão dos EUA ao tratado da Tríplice Entente, em 1914, motivou a Alemanha a declarar
guerra aos EUA.
d) o ataque a instalações militares americanas na Europa foi o principal motivo que levou os
EUA a guerra contra a Alemanha.
e) os EUA se mantiveram neutros até o final da Guerra.

Letra b.
Como vimos, os Estados Unidos se mantiveram neutros, apesar de continuarem fornecendo
armas para os membros da Tríplice Entente. Após a descoberta de um acordo entre Alemanha
e México e o ataque que resultou no afundamento de um navio norte-americano, os Estados
Unidos entraram no conflito.

Questão 19 (ESPCEX/2017) Pouco depois da 1ª Guerra Mundial, em 28 de abril de 1919,


os membros da Conferência de Paz de Versalhes aprovaram a criação da Liga das Nações,
atendendo a uma proposta do presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. Aponte, nas
alternativas abaixo, o país que não participou da Liga das Nações, com o respectivo motivo.
a) Estados Unidos, porque teve sua participação vetada pelo Senado Americano.
b) Inglaterra, porque, sendo uma ilha, não viu necessidade de participar da Liga.
c) França, porque era inimiga da Alemanha e queria sua destruição e não um acordo.
d) Itália, que não teve direito de participar porque inicialmente integrou a Tríplice Aliança.
e) Brasil, porque, sendo um país sul-americano, estava muito longe da guerra.

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Letra a.
O presidente americano Woodrow Wilson enviou uma proposta de paz para a Europa após a
Primeira Guerra Mundial. Tal Tratado ficou conhecido como os 14 pontos de Wilson, que visa-
va evitar novos “revanchismos” e rivalidades. Incentivado pelo sentimento punitivo, o Tratado
de Versalhes consolidou a humilhação alemã, jogando o país em uma crise econômica sem
precedentes. Uma das determinações do novo tratado acolhia uma reivindicação de Wilson,
a criação da Liga das Nações, instituição que tinha como objetivo a garantia da paz mundial.
Indignado pela recusa da Europa, o senado americano vetou a participação dos EUA na Liga,
condenando a Liga ao enfraquecimento internacional.

Questão 20 (ESPCEX/2012) A Primeira Grande Guerra teve início em 1914, estendeu-se até
1918 e envolveu países de todos os continentes. Sobre esse conflito, é correto afirmar que
a) os anos que o antecederam foram marcados por intensa solidariedade e cordialidade entre
os países.
b) em seus momentos finais, a Alemanha recusou-se a assinar o Tratado de Versalhes, levando
os aliados a proporem uma outra paz chamada “Os Quatorze Pontos de Wilson”.
c) os Estados Unidos não tiveram envolvimento, mantendo sua política isolacionista.
d) em 1917, com a ascensão de um governo socialista na Rússia, o país entra na guerra ao lado
da Alemanha.
e) a segunda fase da guerra (1915-1917) foi marcada pela chamada “guerra de trincheiras”, em
que cada lado procurava garantir suas posições.

Letra e.
Lembre-se do mapa mental das fases da Primeira Guerra! No início, temos a Guerra de Mo-
vimento, com o deslocamento das forças militares. Devido ao equilíbrio de forças, temos a
Guerra de Trincheiras na segunda fase.

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Questão 21 (ESPCEX/2013) “Em 1873, Bismarck instaurou a Liga dos Três Imperadores, da
qual faziam parte a Alemanha, a Áustria-Hungria e a Rússia. Entretanto, as divergências en-
tre a Rússia e a Áustria com relação à região dos Bálcãs, ocasionadas pelo fato de a Rússia
apoiar as minorias eslavas da região, desejosas de independência, acabou com essa aliança
em 1878. Em 1882, o Segundo Reich une-se ao Império Austro-Húngaro e à Itália.”
“Somente na última década do Século XIX, a França começou a sair do seu isolamento inter-
nacional, conseguindo estabelecer um pacto militar com a Rússia em 1894. No início do século
XX, também a Inglaterra se aproximou da França, formando uma Aliança que fundia os inte-
resses comuns dos dois países no plano internacional. Em 1907, a Rússia se aliou à França e
à Inglaterra”.
Os dois textos descrevem a formação de blocos, antecedendo a Primeira Guerra Mundial.
Os textos I e II narram, respectivamente, a formação da.
a) Entente Cordiale e da Tríplice Entente
b) Tríplice Aliança e da Tríplice Entente.
c) Tríplice Entente e da Entente Cordiale.
d) Entente Cordiale e da Tríplice Aliança.
e) Tríplice Aliança e da Entente Cordiale.

Letra b.
A questão exige do candidato o conhecimento dos blocos formados durante os momentos
anteriores ao início da Primeira Guerra. Qualquer dúvida, consulte o mapa mental.

Questão 22 (ESPCEX/2011) A Primeira Guerra Mundial foi um conflito de enormes propor-


ções, ocorrido entre 1914 e 1918, que envolveu quase todo o continente europeu e várias ou-
tras regiões do mundo. Sobre esse conflito é correto afirmar que
a) a disputa por regiões coloniais acirrou as rivalidades entre as grandes potências, levando ao
fim grandes alianças, como é o caso do desmantelamento da Tríplice Entente.

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b) a chamada “paz armada” foi imposta ao final do conflito, quando os países europeus já en-
contravam-se desgastados com a guerra, com o objetivo de cessar os combates e evitar novos
conflitos.
c) a entrada dos Estados Unidos, com seu apoio econômico e militar, ao lado da Entente, foi
fundamental para a derrota da Tríplice Aliança.
d) o assassinato de Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, levou o Império
austríaco, juntamente com a Rússia, a declarar guerra à Sérvia, dando início ao conflito.
e) ao final do conflito, a Alemanha impôs à França a devolução dos territórios da Alsácia-Lore-
na, ricos em minério de ferro e carvão.

Letra c.
a) Errada. Foi o contrário. As disputas imperialistas levaram a formação dos blocos da Primei-
ra Guerra (Política de Alianças)
b) Errada. A “paz armada” ocorreu nos momentos anteriores à Primeira Guerra.
d) Errada. A Rússia era inimiga da Áustria de acordo com a política de alianças.
e) Errada. Foi a França que impôs a Alemanha a devolução da Alsácia-Lorena ao final da guerra.

Questão 23 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/2014) Sobre a Primeira Guerra Mundial, é correto


afirmar que
a) envolveu interesses isolados da Alemanha com relação ao comércio de armas na África.
b) o Brasil não teve nenhuma participação, ao contrário do ocorrido na Segunda Grande Guerra.
c) ficou assim conhecida por ter sido a primeira guerra europeia nos últimos dois séculos.
d) contou com a participação efetiva dos EUA no seu desfecho já no início dos anos 20.
e) foi fruto, dentre outros fatores, do revanchismo francês em relação à Alemanha.

Letra e.
Querido(a), lembre-se do “bizú” do início desta aula. O imperialismo foi o culpado! O revanchis-
mo francês é um processo derivado de disputas imperialistas! Note que essa questão foi dire-

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ta, sem nenhum texto provocativo para que o candidato interpresasse. Ainda assim, vejamos
por que as outras alternativas estavam erradas:
a) Errada. Está errada, porque foi justamente choque de interesses que provocou o conflito.
b) Errada. Também é falsa pois o Brasil participou da Guerra enviando agentes de saúde para
a Europa e patrulhando o Atlântico.
c) Errada. Está errada, porque ocorreram vários conflitos entre as potências europeias ao lon-
go do século XVIII e XIX.
d) Errada. Por fim, a letra “d” também está errada, porque os Estados Unidos participaram efe-
tivamente do desfecho em 1917, não no início dos anos 20.

Questão 24 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/2017) Ao final da Guerra Franco-Prussiana (1870-


71), em que o exército francês havia sido derrotado e o imperador Napoleão III, feito prisioneiro,
o chanceler da Prússia, Otto von Bismarck, proclamou, em pleno Palácio de Versalhes, a exis-
tência do II Reich, o Império Alemão. Quase meio século depois, a França escolheria esse mes-
mo cenário para a ratificação do Tratado de Versalhes, que extinguiu o Império Alemão, pôs fim
à Grande Guerra e, segundo muitos, deu origem à Segunda Guerra Mundial. (ARARIPE, Luiz de
Alencar. “Primeira Guerra Mundial”. Em: MAGNOLI, Demétrio (org.). História das Guerras. São
Paulo: Contexto, 2006. Adaptado)
Entre as tensões relacionadas ao Império Alemão que contribuíram para a eclosão da Primeira
Guerra Mundial, é correto identificar
a) a concorrência militar e industrial com a Inglaterra, as disputas territoriais com a França e as
rivalidades com o Império Russo na região dos Bálcãs.
b) o choque fronteiriço com a União Soviética recém-formada, a disputa de rotas comerciais
com o Império Turco-Otomano e o conflito étnico com a Tchecoslováquia.
c) a disputa com a Áustria-Hungria pelo acesso ao Mediterrâneo, o embate imperialista com a
Itália por territórios na África e o problema de fronteira com a Polônia.
d) as tensões nacionalistas na região dos países bálticos, o conflito com a Bélgica pelo acesso
ao mar do Norte e os impasses diplomáticos com a Holanda.
e) o embate com a Sérvia na fronteira oriental, a disputa territorial com a Suíça ao sul e a con-
corrência econômica e comercial com os EUA.

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Letra a.
Meu(minha) caro(a), como vimos, a Alemanha era forte concorrente, militar e industrial, da In-
glaterra. Além disso, França e Alemanha disputavam territórios desde sua Unificação em 1871,
aumentando as tensões entre as duas potências. Também é importante destacar que o inte-
resse alemão pela região dos Balcãs entrava em rota de colisão com o mesmo interesse russo.
Essa questão da FCC não deixa dúvidas. Ainda assim, mesmo que no momento da prova você
a tivesse, fica mais fácil perceber isso quando analisamos os erros grotescos das alternativas
seguintes. Vejamos:
b) Errada. Porque ainda não existia a União Soviética.
c) Errada. Porque a Áustria-Hungria era aliada da Alemanha.
d) Errada. Está errada por citar embates diplomáticos da Alemanha com a Holanda que não
aconteceram.
e) Errada. Por fim, também está errada, porque a Sérvia não fazia fronteira com a Alemanha e
a Suíça se manteve neutra durante todo o conflito.

Leia o texto para responder às questões 25 e 26. A África só começou a ser ocupada pelas
potências europeias exatamente quando a América se tornou independente, quando o antigo
sistema colonial ruiu, dando lugar a outras formas de enriquecimento e desenvolvimento das
economias mais dinâmicas, que se industrializavam e ampliavam seus mercados consumido-
res. Nesse momento foi criado um novo tipo de colonialismo, implantado na África a partir do
final do século XIX [...]. (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano. 2007)

Questão 25 (VUNESP/UNESP/VESTIBULAR/2015) O “novo tipo de colonialismo”, mencio-


nado no texto, tem, entre suas características,
a) a busca de fontes de energia e de matérias-primas pelas potências europeias, associada à
realização de expedições científicas de exploração do continente africano.
b) a tentativa das potências europeias de reduzir a hegemonia norte-americana no comércio
internacional e retomar posição de liderança na economia mundial.
c) o esforço de criação de um mercado consumidor global, sem hierarquia política ou prevale-
cimento comercial de um país ou continente sobre os demais.

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d) a aquisição de escravos pelos mercadores africanos, para ampliar a mão de obra disponível
nas colônias remanescentes na América e em ilhas do Oceano Pacífico.
e) o estabelecimento de alianças políticas entre líderes europeus e africanos, que favoreces-
sem o avanço militar dos países do Ocidente europeu na Primeira Guerra Mundial.

Letra a.
O Imperialismo do século XIX buscava matérias-primas e mercado consumidor para as indús-
trias europeias.

Questão 26 (VUNESP/UNESP/VESTIBULAR/2015) A partilha da África entre os países eu-


ropeus, no final do século XIX,
a) buscou conciliar os interesses de colonizadores e colonizados, valorizando o diálogo e a
negociação política.
b) respeitou as divisões políticas e as diferenças étnicas então existentes no continente africano.
c) ignorou os laços comerciais, políticos e culturais até então existentes no continente afri-
cano.
d) privilegiou, com a atribuição de maiores áreas coloniais, os  países que haviam perdido
colônias em outras partes do mundo.
e) afetou apenas as áreas litorâneas, sem interferir no Centro e no Sul do continente africano.

Letra c.
“Fronteiras artificiais” foram impostas à África de acordo com o interesse das potências euro-
peias, colocando povos de etnias diferentes em um mesmo território e separando etnias.

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Questão 27 (VUNESP/PM-SP/OFICIAL/2015)

Ela representa a política externa dos EUA na época:


a) da Guerra Fria, no contexto da luta contra o comunismo, marcado pelo bloqueio econômico
à Cuba socialista e pelo apoio às ditaduras militares na América Latina.
b) da Segunda Guerra Mundial, no contexto da disputa pela hegemonia militar e pelo controle
geopolítico da América Central e do Oceano Atlântico entre os EUA e a Alemanha nazista.
c) do imperialismo, no contexto das atuações marcadas pela “política do grande porrete”, das
quais são exemplos as participações nas independências de Cuba e do Panamá.
d) da grande depressão econômica dos anos 1930, no momento em que os EUA saíam para o
mar em busca de matéria-prima e mercado consumidor para reaquecer a sua economia.
e) das independências da América Espanhola no início do século XIX, em um momento em
que os EUA pretendiam garantir a hegemonia sobre a América por meio da “Doutrina Monroe”.

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Letra c.
A doutrina do “Big Stick” foi usada pelos Estados Unidos para exercer o imperialismo na Amé-
rica Latina.

Questão 28 (VUNESP/UNESP/VESTIBULAR/2015) Entre os fatores que contribuíram para o


início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), podemos citar
a) a corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética.
b) o conflito étnico entre sérvios e croatas na região da antiga Iugoslávia. c) o confronto entre
Áustria e Hungria pelo controle dos Bálcãs.
d) a disputa comercial e industrial entre Inglaterra e Alemanha.
e) a invasão da Polônia pelas tropas da Alemanha.

Letra d.
A Inglaterra via o crescimento econômico alemão como ameaça a sua hegemonia.

Questão 29 (VUNESP/PM-SP/SOLDADO/ 2019) Uma das metas mais importantes do tra-


tado era […] controlar a Alemanha (segundo uma expressão usada naquela época), isto é, des-
truir sua força militar no presente e no futuro. […] ficou decidido que o exército alemão ficaria
limitado a 100 mil homens, recrutados com base em um compromisso voluntário de doze anos
para os soldados e suboficiais. (Jean-Jacques Becker. O Tratado de Versalhes. 2011)
O Tratado de Versalhes, assinado após a Primeira Guerra Mundial, contribuiu para
a) a adoção de planos internacionais de ajuda financeira aos países economicamente destru-
ídos pelo conflito bélico.
b) a constituição, pelas nações asiáticas e europeias derrotadas na guerra, de um bloco militar
contrário ao imperialismo na África e na Ásia.
c) o fortalecimento de ideologias antidemocráticas habilmente exploradas por partidos políti-
cos nacionalistas.

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d) o desenvolvimento duradouro da economia internacional como resultado da redução de

gastos públicos com equipamentos militares.

e) a emergência de relações estáveis, baseadas nos princípios de reciprocidade, entre as po-

tências industrializadas europeias.

Letra c.

O Tratado de Versalhes humilhou a Alemanha, tornando-a terreno fértil para o surgimento de

ideologias salvacionistas radicais como o Nazismo. O tratado provocou uma grande crise eco-

nômica que foi agravada com a eclosão da crise de 1929, criando condições sociais de revolta

e revanchismo, desilusão com o liberalismo (econômico e político) e a emergência de partidos

ultranacionalistas, xenófobos e intervencionistas: O partido fascista na Itália e o nazista na

Alemanha.

Questão 30 (VUNESP–UNESP/VESTIBULAR/2017) A chamada “política do Big Stick”, de-

senvolvida pelo presidente norte-americano Theodore Roosevelt, manifestou-se por meio

a) do respeito ao princípio da autonomia e da independência dos povos nativos do continente

americano.

b) dos estímulos financeiros à recuperação econômica dos países latino-americanos, após a

depressão econômica de 1929.

c) das contínuas intervenções diretas e indiretas em assuntos internos dos países latino-ame-

ricanos.

d) da elevação das taxas alfandegárias na entrada de mercadorias europeias nos Estados Uni-

dos, após a crise de 1929.

e) da repressão às manifestações por direitos civis nos Estados Unidos da década de 1960.

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Letra c.
Os Estados Unidos tinham interesse em exercer domínio econômico sobre todo o continente
americano. Daí a política de intervenção nos países latino americanos para garantir seus inte-
resses.

Questão 31 (ENEM/2014) Três décadas — de 1884 a 1914 — separam o século XIX — que
terminou com a corrida dos países europeus para a África e com o surgimento dos movimen-
tos de unificação nacional na Europa — do século XX, que começou com a Primeira Guerra
Mundial. É o período do Imperialismo, da quietude estagnante na Europa e dos acontecimen-
tos empolgantes na Ásia e na África. ARENDT, H. As origens do totalitarismo. São Paulo: Cia.
das Letras, 2012.
O processo histórico citado contribuiu para a eclosão da Primeira Grande Guerra na medida
em que
a) difundiu as teorias socialistas.
b) acirrou as disputas territoriais.
c) superou as crises econômicas.
d) multiplicou os conflitos religiosos.
e) conteve os sentimentos xenófobos.

Letra b.
O texto menciona o “imperialismo”, que é justamente a disputa entre as potências europeias
para conquistar mais territórios na África e na Ásia.

Questão 32 (UNESP) A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) resultou de uma alteração da


ordem institucional vigente em longo período do século XIX. Entre os motivos desta alteração,
destacam-se:

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a) a divisão do mundo em dois blocos ideologicamente antagônicos e a constituição de países

industrializados na América.

b) a desestabilização da sociedade europeia com a emergência do socialismo e a constituição

de governos fascistas nos países europeus.

c) o domínio econômico dos mercados do continente europeu pela Inglaterra e o cerco da

Rússia pelo capitalismo.

d) a oposição da França à divisão de seu território após as guerras napoleônicas e a aproxima-

ção entre a Inglaterra e a Alemanha.

e) a unificação da Alemanha e os conflitos entre as potências suscitados pela anexação de

áreas coloniais na Ásia e na África.

Letra b.

Após o conflito, os países europeus tiveram sérios problemas econômicos e sociais que leva-

ram ao descrédito da democracia. Com isso, países como Itália e Alemanha se inclinaram aos

governos fascistas.

Questão 33 (UNIRIO) Dentre os fatores que conduziram à Primeira Guerra Mundial (1914-

1918), destacamos o(a):

a) nacionalismo eslavo aliado à desagregação do Império Turco.

b) acordo militar anglo-germânico visando à partilha da África.

c) desequilíbrio internacional provocado pela aliança da Rússia com o Império Austro-Hún-

garo.

d) descontentamento da França frente à ocupação no Marrocos.

e) oposição do Imperador Francisco Ferdinando à admissão da Sérvia no Império Austro-Hún-

garo.

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Letra a.
O nacionalismo eslavo, cujas nações integravam o Império Austro-Húngaro, tornaram-se um
problema para a estabilidade deste Império e para as nações vizinhas. Já o Império Turco en-
frentava rebeliões que eram apoiadas por potências como o Reino Unido.

Questão 34 (MACKENZIE/1996) Dentre as causas da Primeira Grande Guerra, destaca-se a


questão balcânica, que pode ser associada:
a) à formação de novas nacionalidades, como a Iugoslava sob a tutela da Alemanha.
b) às disputas coloniais na Ásia e na África entre a França e a Inglaterra.
c) ao interesse russo em abrir os estreitos de Bósforo e Dardanelos, ao nacionalismo eslavo e
ao temor austríaco quanto à formação da Grande Sérvia.
d) às desavenças entre o Império Austro-Húngaro e a Inglaterra ligadas à anexação da Bósnia-
-Herzegovina.
e) ao assassinato do Príncipe Herdeiro, Francisco Ferdinando, e as questões pendentes rela-
cionadas ao Tratado de Brest-Litowsky e o desmembramento da Áustria-Hungria.

Letra c.
O nacionalismo e o apoio das grandes potências aos menores países da Europa originaram um
complexo jogo de alianças que podia ser rompido ao menor problema.

Questão 35 (MACKENZIE/2018) Pierre A. Renoir, artista francês, ao  realizar seu trabalho,
Baile no Moulin de la Galete, em 1876, registrou a alegria, otimismo e a intensa movimentação
em Paris, no final do século XIX: a Belle Époque. Esse período, marcado por um intenso pro-
gresso científico e tecnológico que, de forma acelerada, apontava para um período de prosperi-
dade e paz. Todavia, sob a aparente tranquilidade e segurança desse cenário, desenrolavam-se
inúmeros fatores de insatisfação, que acabaram por levar à Grande Guerra de 1914.
A respeito dos precedentes que levaram ao conflito mundial, é incorreto afirmar que

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a) a Alemanha, para combater a concorrência comercial, adotou uma política de expansão pelo
uso da força militar, fechando-se perante qualquer solução diplomática, provocando inúmeros
atritos com os demais países, que só foram solucionados por meio da guerra.
b) apesar de persistirem antigas rugas, entre Inglaterra e França, os mesmos se aliaram, junto
com a Rússia, em 1907, formando a Tríplice Entente, com o objetivo de combater os interesses
imperialistas alemães, sobre os mercados chineses e africanos.
c) mesmo apresentando um cenário tranquilo, várias nações europeias se dedicaram em forta-
lecer o exército, marinha, e adotar o serviço militar obrigatório. Esse período, de corrida arma-
mentista e ausência de guerras, ficou conhecido como Paz Armada (1870-1914).
d) os países europeus tinham necessidade de expandirem seus mercados consumidores e, na
disputa pelos mesmos, fizeram surgir diversas zonas de tensão, além de despertarem o senti-
mento cívico e patriótico, nas regiões sob o domínio estrangeiro.
e) o atentado de Sarajevo acabou se tornando o estopim para o início da guerra, não tanto pela
gravidade do fato em si, mas, sobretudo, devido à série de acordos e alianças, que foram esta-
belecidos entre vários países, que se comprometiam a se auxiliarem mutuamente.

Letra a.
A Alemanha teve uma unificação política tardia e, como consequência, uma industrialização
tardia, chegando atrasada na corrida imperialista, conquistando poucos territórios. Países
como Inglaterra e França conquistaram muitas colônias na África, Ásia e Oceania. Exatamen-
te no contexto do Imperialismo, havia um grande otimismo em relação ao progresso, ciência
e as invenções, diversas feiras de indústria surgiram para mostrar as novidades, era a “Belle
Epoque”.

Questão 36 (ACAFE/2018) Completam-se cem anos do término da Grande Guerra (1914-


1918). A Primeira Guerra começa europeia e termina como um conflito mundial. No contexto
desta guerra, e acerca de seus antecedentes, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
a) As rivalidades imperialistas originárias desde o século XIX entre ingleses e alemães tam-
bém contribuíram para a formação de alianças militares distintas.

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b) Os russos, que faziam parte da Tríplice Entente, assinaram um armistício com os alemães e
retiraram-se da guerra por causa da revolução que acontecia em seu território.
c) A Questão da Bósnia-Herzegovina, que tinha os sérvios e austríacos como aliados, desenca-
deou a Questão Balcânica quando os alemães invadiram Sarajevo.
d) Os Estados Unidos da América entraram militarmente na guerra em 1917, ao lado da Tríplice
Entente. Esta participação estadunidense foi determinante para o término da guerra em 1918.

Letra c.
A Sérvia não era aliada do Império Austro-Húngaro. A Sérvia pretendia formar a “Grande Sérvia”
anexando a Bósnia Herzegovina, com apoio da Rússia. Mas o Império Austro-Húngaro con-
quistou a região antes impedindo a formação da “Grande Sérvia”.

Questão 37 (PUCRJ/2018) Sobre a Primeira Guerra Mundial, assinale a alternativa correta:


a) O conflito pode ser considerado uma guerra civil europeia, uma vez que o conflito ocorreu
apenas em território europeu.
b) Foi a primeira guerra a utilizar modernas armas de destruição em massa, resultando no
abandono de formas tradicionais de luta.
c) Ideologicamente, foi um conflito marcado pela cisão entre países alinhados a um projeto
conservador e aqueles que apoiavam o socialismo.
d) A Primeira Guerra pode ser definida como um conflito imperialista, pois a maior parte das
ações bélicas ocorreu em território colonial.
e) A Primeira Guerra Mundial redefiniu as fronteiras europeias, abalou tradicionais estruturas
políticas e permitiu a concretização de novos projetos ideológicos.

Letra e.
A Primeira Guerra provocou a formação de blocos rivais de países – Tríplice Aliança e Tríplice
Entente – que, ao fim e ao cabo, tinham como principal objetivo a ampliação territorial visando
ganhos comerciais. Por isso, no Tratado que pôs fim ao conflito, cláusulas de modificação terri-
torial, que levaram, inclusive, à desintegração política de alguns Impérios, fizeram-se presentes.

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Questão 38 (ESPM/2018) À noite, arrastando-se pela cratera de projétil e enchendo-a, a lama


observa, como um enorme polvo. Chega à vítima. Deita-lhe a sua baba venenosa, cega-a, aper-
ta o círculo à volta dela, enterra-a. Mais um disparo, mais um que se foi… os homens morrem
da lama, como morrem de balas, mas é mais horrível. A lama é onde os homens se afundam
e – o que é pior – onde afundam suas almas. A lama esconde os galões das divisas, há apenas
pobres bestas que sofrem. Vejam, ali, manchas vermelhas num mar de lama – sangue de um
homem ferido. O inferno não é o fogo, isso não seria o máximo do sofrimento. O inferno é a
lama! (Martin Gilbert. A Primeira Guerra Mundial)
O texto, escrito por soldados franceses, testemunho do que ocorria em 1917, é uma perfeita
descrição da:
a) Guerra de movimento;
b) Blitzkrieg;
c) Guerra de trincheiras;
d) Guerra de mentira;
e) Guerra suja.

Letra c.
A guerra de trincheiras foi a principal forma de desenvolvimento da Primeira Guerra Mundial.
O texto faz referência aos momentos nos quais, devido, principalmente, às chuvas, as trinchei-
ras eram inundadas e tomadas por lama, levando os soldados entrincheirados à morte.

Questão 39 (UFFRJ) Em 1921, o problema nacional central era o da recuperação econômica


- o índice de desespero do país é eloquente: naquele ano, 36 milhões de pessoas não tinham
o que comer. Nas novas e ruinosas condições da paz, o “comunismo de guerra” revelava-se
insuficiente: era preciso estimular mais efetivamente os mecanismos econômicos da socieda-
de. Assim, ainda em 1921, no X Congresso do Partido, Lenin propõe um plano econômico de
emergência: a Nova Política Econômica. NETO, J. P. “O que é Stalinismo”. São Paulo: Brasilien-
se, 1981.
Sobre a chamada Nova Política Econômica é correto afirmar que:

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a) ela reintroduziu práticas de exploração econômica anteriores à Revolução Russa de 1917,


que se traduziram num abandono temporário de todas as transformações socialistas já feitas
e um retorno ao capitalismo.
b) ela consistiu na manutenção de elementos econômicos socialistas, na organização da eco-
nomia (como o planejamento) e na permissão para o estabelecimento de elementos capitalis-
tas por meio da livre iniciativa em certos setores.
c) ela significou fundamentalmente uma reforma agrária radical que promoveu a coletivização
forçada das propriedades agrárias e a construção de fazendas coletiva, os Kolkhozes.
d) seu resultado foi catastrófico, mesmo permitindo a volta controlada de relações capitalistas
na economia, já que ela ampliou ainda mais o nível de desemprego e produziu fome em grande
escala.
e) ela significou, com a abertura para o capitalismo, um aumento substancial da produção in-
dustrial, mas, ao mesmo tempo, por ter retirado todos os incentivos anteriormente concedidos
à produção agrícola, foi a razão da ruína do campo.

Letra b.
a) Errada. Antes da revolução, a Rússia não havia experimentado nenhum tipo de política so-
cialista. Dessa forma, a NEP não poderia representar um retorno a algo que nunca fora ante-
riormente instituído.
b) Certa. Observando o grave desgaste causado pela Primeira Guerra Mundial e a própria Guer-
ra Civil, Lênin permitiu que ações políticas capitalistas convivessem temporariamente com o
governo socialista. Desta forma, ele pretendia fomentar uma rápida recuperação da economia
nacional.
c) Errada. Mesmo apresentando ações de natureza socialista, a questão se invalida ao não
considerar a abertura que a NEP dava a algumas práticas econômicas capitalistas.
d) Errada. A NEP foi uma hábil solução encontrada por Lênin para arrefecer os terríveis efeitos
que o processo revolucionário tinham imposto à economia russa.
e) Errada. A NEP organizou uma série de medidas que pensavam a situação econômica russa
de forma global. Nesse aspecto, os setores industrial e agrícola foram atingidos por medidas
que combinavam a socialização das riquezas e o desenvolvimento das forças produtivas atra-
vés de ações capitalistas.

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Questão 40 (UFRGS/2017) Considere as afirmações sobre a Revolução Russa de 1917 e


seus desdobramentos.
I – Após a chamada “Revolução de Fevereiro”, de 1917, e a abdicação do czar Nicolau II, foi
instaurado um regime parlamentar liberal, mais tarde removido pela Revolução Bolche-
vique de outubro do mesmo ano.
II – Durante a guerra civil que se seguiu à Revolução, os  Estados Unidos e as principais
potências europeias apoiaram a luta dos bolcheviques contra os chamados “brancos”
contrarrevolucionários.
III – Nos grandes expurgos da década de 1930, muitos dos “velhos bolcheviques”, antigos
revolucionários aliados de Lênin, foram removidos do poder e executados a mando de
Josef Stalin.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III.

Letra d.
II  – Errada. Os  Estados Unidos, capitalistas, nunca apoiara ou apoiariam uma revolução de
cunho socialista.

Questão 41 A unificação da Alemanha (1871) decorreu:


a) do grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia austríaca na Europa Continental.
b) do grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia francesa na Europa Continental.

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c) das disputas sociais entre burguesia e militares nos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia russa na Europa continental.
d) do grande desenvolvimento militar dos Estados Germânicos e acabou com a hegemonia da
III República Francesa na Europa Continental.
e) do grande desenvolvimento econômico e social dos Estados Germânicos e acabou com a
hegemonia da Itália na Europa Continental.

Letra b.
Além do desenvolvimento econômico e social dos Estados Germânicos, houve um fortaleci-
mento militar da Prússia que garantiu a hegemonia entre os Estados alemães, conduzindo o
processo de unificação.

Questão 42 Após a queda de Napoleão Bonaparte, em 1815, houve um processo de reorgani-


zação das monarquias europeias que resultou:
a) Na Unificação Italiana.
b) Na formação da Confederação Alemã.
c) Na criação do II Império Francês, comandado por Napoleão III.
d) No enfraquecimento do Império Russo.

Letra b.
A Confederação Alemã foi formada após a queda de Napoleão, consistindo na aliança de 38
Estados independentes.

Questão 43 Entre 1870 a 1871, ocorreu um fato que influenciou os processos históricos pos-
teriores, resultando na eclosão da I e II Guerra Mundial. Que fato foi esse?
a) A ascensão da burguesia na Inglaterra, facilitada pela adoção de tarifas protecionistas no
comércio com outros países.
b) A vitória da Prússia na Guerra Franco-Prussiana e a consequente unificação alemã.
c) A Guerra de Secessão norte-americana e o fim da escravidão nos EUA.

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d) A queda da monarquia na França, decorrente de mais uma revolução burguesa.


e) A unificação italiana.

Letra b.
A vitória da Prússia levou à unificação alemã, situação que iria ter consequências de impacto
mundial, como as partilhas imperialistas e a eclosão das duas Guerras Mundiais.

Questão 44 (FUVEST) “Fizemos a Itália, agora temos que fazer os italianos”. “Ao invés da
Prússia se fundir na Alemanha, a Alemanha se fundiu na Prússia”.
Estas frases, sobre as unificações italiana e alemã:
a) aludem às diferenças que as marcaram, pois, enquanto a alemã foi feita em benefício da
Prússia, a italiana, como demonstra a escolha de Roma para capital, contemplou todas as re-
giões.
b) apontam para as suas semelhanças, isto é, para o caráter autoritário e incompleto de am-
bas, decorrentes do passado fascista, no caso italiano, e nazista, no alemão.
c) chamam a atenção para o caráter unilateral e autoritário das duas unificações, imposta pelo
Piemonte, na Itália, e pela Prússia, na Alemanha.
d) escondem suas naturezas contrastantes, pois a alemã foi autoritária e aristocrática e a ita-
liana foi democrática e popular.
e) tratam da unificação da Itália e da Alemanha, mas nada sugerem quanto ao caráter imposi-
tivo de processo liderado por Cavour, na Itália, e por Bismarck, na Alemanha.

Letra c.
O processo de unificação das duas nações, Alemanha e Itália, ocorreu entre as décadas de
1860 e 1870. Cada processo teve seus Estados que conduziram toda a movimentação políti-
ca e todos os conflitos para que as unificações se realizassem. No caso da Itália, o reino de
Piemonte-Sardenha tratou de disseminar a perspectiva unificacionista e nacionalista para os
demais reinos. De forma semelhante atuou a Prússia, que se aproveitou do contexto da guerra
contra a França, na década de 1870, para unir-se nacionalmente à Alemanha.

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Questão 45 A unificação política da Itália, ocorrida na segunda metade do século XIX, foi um
processo tardio, considerando o contexto histórico europeu. Sobre essa unificação, é CORRETO
afirmar que ela:
a) possibilitou a sua participação na corrida colonial, envolvendo-a no domínio do mercado
internacional com a Inglaterra e a França.
b) contribuiu em parte para romper o equilíbrio político-militar que, a partir do Congresso de
Viena, foi estabelecido entre as nações europeias.
c) acarretou o desenvolvimento do capitalismo a partir de um intenso surto de industrialização
que se estendeu por todo o seu território.
d) permitiu o reatamento das relações político-diplomáticas com o Vaticano e a garantia do
direito de liberdade religiosa aos cidadãos.
e) impediu o surgimento de fluxos de emigração de camponeses para o Continente Americano
através da implantação de uma política de fechamento das suas fronteiras.

Letra b.
A Unificação Italiana e a Alemã acabaram por redesenhar a configuração geopolítica da Euro-
pa, que, nessa época, vivia a onda nacionalista e imperialista que culminou na Primeira Guerra
Mundial.

Questão 46 A Itália, antes de ser unificada, era constituída de uma série de pequenos reinos
fragmentados. O reino que, sob a liderança do conde Camilo de Cavour, encabeçou o processo
de unificação, na segunda metade do século XIX, foi:
a) Reino de Piemonte-Sardenha
b) Reino de Lancaster
c) Reino de Córsega
d) Reino de Lombardia
e) Reino de Mônaco.

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Letra a.
O reino de Sardenha-Piemonte foi o responsável por buscar a unificação da Itália a partir da
ideologia nacionalista que se alastrava pela Europa no século XIX. Foi a partir das ações desse
reino que os demais reinos italianos se agregaram em um corpo político comum com estrutura
nacional.

Questão 47 (FUNIVERSA/CBM-AP/ASPIRANTE DO CORPO DE BOMBEIRO/2012) Entre


fins do século XIX e o início da Primeira Guerra Mundial (1914), prevaleceu um estilo de vida
que se manifestou sob as mais diversas expressões artísticas, típico de um período de intensa
prosperidade econômica, o qual, no Norte do Brasil, correspondeu ao chamado ciclo da borra-
cha. Esse período ficou conhecido como
a) Escola de Frankfurt.
b) Expressionismo Cubista.
c) Ancien Regime.
d) Anos Dourados.
e) Belle Époque.

Letra e.
Belle Époque foi um período da História, sobretudo no mundo ocidental, que abrange o perío-
do de 1871, quando teve fim a Guerra Franco-Prussiana, e junho de 1914, quando começou a
Primeira Guerra Mundial. Esse foi um período marcado pela euforia provocada pelo progresso
tecno-científico da segunda metade do século XIX.

Questão 48 (MARINHA/COMANDO DO 1º DISTRITO NAVAL/PRAÇA DE 2ª CLASSE/2016)


Assinale a opção que apresenta a composição correta dos blocos militares formados antes da
Primeira Guerra Mundial.
a) Tríplice Aliança (Espanha, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Estados Unidos, França e
Japão).
b) Tríplice Aliança (Rússia, Alemanha e Itália) e Tríplice Entente (Japão, Alemanha e Grã-Bre-
tanha).

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c) Tríplice Aliança (França, Alemanha e Rússia) e Tríplice Entente (Portugal, França e Estados
Unidos).
d) Tríplice Aliança (Itália, Império Austro-Húngaro e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, Ingla-
terra e França).
e) Tríplice Aliança (Brasil, Itália e Alemanha) e Tríplice Entente (Rússia, França e Espanha).

Letra d.
Memorize o mapa mental acerca dos blocos formados na Primeira Guerra.

Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como professor
concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.

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