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CEARÁ
História – Parte II
Livro Eletrônico
História do Ceará
História – Parte II
Daniel Vasconcellos
Sumário
Introdução.............................................................................................................................................................................3
História do Ceará – Parte II. . .......................................................................................................................................4
1. O Período 1930/1964: o Ceará durante o Estado-Novo; Repercussões da
Redemocratização; “Indústria da Seca”: DNOCS e SUDENE...................................................................4
1.1. O Ceará durante o Estado Novo........................................................................................................................9
1.2. Repercussões da Redemocratização..........................................................................................................13
1.3. “Indústria da Seca”: DNOCS e SUDENE.....................................................................................................14
2. Os Governos Militares e o “Novo” Coronelismo; A “Modernização Conservadora”.........23
2.1. Os governos militares e o “novo” coronelismo;...................................................................................23
2.2. A “Modernização Conservadora”................................................................................................................26
3. A “Nova” República: os “Governos das Mudanças”............................................................................ 28
Resumo................................................................................................................................................................................34
Mapas Mentais. . ..............................................................................................................................................................36
Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................38
Questões de Concurso................................................................................................................................................43
Gabarito...............................................................................................................................................................................62
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................63
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Introdução
Olá, querido(a) aluno(a)! Seja novamente muito bem-vindo(a)!
Vamos dar sequência ao seu processo de aprovação em um cargo público. É isso mesmo
que você leu! O resultado dos nossos bate-papos, de sua dedicação ao estudo metódico da
História do Ceará, será a sua nomeação ao cargo que pleiteia.
Antes de seguirmos, quero pedir que avalie a aula anterior, caso ainda não o tenha feito.
O seu feedback é muito importante para que eu continue produzindo aulas que atendam às
suas expectativas e necessidades.
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Como vimos na última aula, a ocupação do território do atual estado do Ceará se deu
violentamente para com as populações nativas e ocorreu, principalmente, ligada ao desen-
volvimento econômico da atividade pecuária (século XVIII) e da cotonicultura (século XIX).
No século XX, com o advento da República, o estado do Ceará viu o predomínio das oli-
garquias, de líderes messiânicos – com destaque para o Padre Cícero, apelidado de “coronel
de batina” – e do fenômeno social do banditismo social.
Antes de tratar da História do Ceará a partir do Estado Novo, é preciso contextualizar para
que você não fique perdido(a), como se a história do Ceará caísse do céu, não tivesse relação e
não fosse influenciada pelo contexto nacional ou internacional. Ora, a título de exemplo, como
há de se recordar de nossa primeira aula, a Guerra de Secessão nos Estados Unidos foi um
fator fundamental para o desenvolvimento da cultura algodoeira no estado, de tal modo que
promoveu a ocupação de novas áreas. Outro exemplo: a oligarquia acciolina, que dominou a
política cearense de 1896 e 1912, é resultado do domínio oligárquico em nível nacional.
A Revolução de 1930 pôs fim ao domínio oligárquico no Brasil e, pelo menos durante a Era
Vargas, também no Ceará. Caso acredite já conhecer bem esse recorte da História do Brasil,
pode se sentir à vontade para avançar para o subtítulo “Campos de concentração no Ceará
em 1932”. Mesmo assim, lhe convido a analisar como se deu esse processo:
A Revolução de 1930
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001. (CESPE/CEBRASPE/PM-CE/SOLDADO/2012)
Com relação à história do Ceará, julgue os itens seguintes:
No Ceará, o predomínio das oligarquias na política local teve fim com a Revolução de 1930.
O século XX, para o Ceará, foi marcado pelos ciclos de poder dos “coronéis” e por enormes
transformações de ordem social e econômica. Ainda, como veremos no tópico “2.1 Governos
militares e o novo coronelismo”, o coronelismo continuará como marca na história do Ceará.
Errado.
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Querido(a), a Era Vargas compreende o período em que Vargas passou pela presidência
da República pela primeira vez, entre 1930 a 1945. Esse momento histórico foi dividido dida-
ticamente em três fases: Governo Provisório (1930 a 1934), Governo Constitucional (1934 a
1937) e Estado Novo (1937 a 1945).
Vargas enfrentou a resistência dos paulistas com a Revolução Constitucionalista de 1932,
o que lhe obrigou a convocar uma Assembleia Constituinte. Pela Constituição de 1934, haveria
eleição para presidente da República em 1938.
Getúlio Vargas foi aperfeiçoando a Lei de Segurança Nacional (LSN) com a criação do Tri-
bunal de Segurança Nacional em 1936. A LSN foi mantida nas Constituições que se seguiram,
sendo evocada pelo Regime Militar (1964-1985) dentro da doutrina de Segurança Nacional
idealizada pela Escola Superior de Guerra.
Mesmo com o endurecimento de Vargas contra a ANL (Aliança Nacional Libertadora, de
orientação comunista), a AIB (Ação Integralista Brasileira, de orientação Fascista) pressionou
o governo para eliminar definitivamente a ameaça comunista, alegando que a ANL estaria
preparando uma nova Intentona Comunista com influência direta da União Soviética.
Assim, no dia 30 de setembro de 1937, o chefe do Estado-Maior, general Góes Monteiro,
usou o programa radiofônico Hora do Brasil para anunciar a descoberta de um plano do Partido
Comunista do Brasil e da ANL, em conjunto com organizações comunistas internacionais, para
derrubar o presidente Getúlio Vargas. Contudo, não havia essa ameaça, mas Vargas utilizou
esse argumento para instituir uma ditadura. Esse foi o Plano Cohen.
Getúlio recebeu apoio de setores tradicionais da direita brasileira como o Exército, o
empresariado e os cafeicultores. Esses grupos entendiam que o fortalecimento do poder
executivo impediria que mais revoltas acontecessem. Aproveitando-se do contexto, Getúlio
Vargas declara “Estado de Sítio” e instaura a ditadura do Estado Novo em 1937.
O Estado Novo de Getúlio foi inspirado no regime fascista do português Antônio Oliveira
Salazar, que usou essa nomenclatura pela primeira vez.
Getúlio Vargas se aproveitou da instabilidade política e outorgou a Carta Constitucional
de 1937, elaborada por Francisco Campos. Por ter inspiração na Carta Constitucional fascis-
ta polonesa, ficou conhecida como constituição “polaca”. O termo pejorativo também fazia
referência às prostitutas portuárias.
Veja um resumo dos principais acontecimentos durante a Era Vargas:
◦ Tornou-se obrigatória a disciplina de “Educação Moral e Cívica” nas escolas.
◦ Institui-se um novo valor cambial: o cruzeiro.
◦ Concepção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Vale do Rio Doce.
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O Plano Cohen foi forjado pelos militares para justificar a decretação de estado de guerra dian-
te de uma ameaça comunista à soberania nacional; com isso, Getúlio e Eurico Gaspar Dutra
lograram instituir o golpe de estado, em 1937.
Letra b.
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Embora a expressão “campos de concentração” remeta aos campos nazistas, uma situa-
ção semelhante ocorreu no Brasil. De acordo com o livro Isolamento e poder: Fortaleza e os
campos de concentração na seca de 1932, de Kênia Rios, foram construídos sete campos,
distribuídos em lugares estratégicos para garantir o encurralamento do maior número de re-
tirantes em seis municípios: Fortaleza, Crato, Ipu, Quixeramobim, Cariús e Senador Pompeu.
De acordo com estatísticas oficiais, pouco mais de um mês após a abertura dos campos,
os espaços somavam 73.918 aprisionados. Eles ficavam próximos a vias férreas, porque os
sertanejos se deslocavam de trem. Quando eles desciam, eram encaminhados para os cam-
pos. Lá era um confinamento, eles eram vigiados e não podiam sair sem autorização. Havia
muitas pessoas confinadas em um espaço para duas mil, então, aconteceu o inevitável. Muitas
doenças, epidemias e o número de mortes diárias era expressivo.
Os campos de concentração no Ceará, vendidos como uma política de amparo, faziam
parte de um projeto desenvolvido pelo governo estadual em parceria com o ministério de
Viação e Obras Públicas do governo de Getúlio Vargas, que incentivava a criação de espaços
para o confinamento de flagelados das secas, mas os utilizavam como mão de obra em obras
públicas e também nas indústrias de Fortaleza.
Com o objetivo de proteger o patrimônio histórico-cultural de Senador Pompeu, o Ministé-
rio Público do Estado do Ceará (MP/CE) firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
com a prefeitura do município para promover o tombamento de diversos pontos históricos
da região. Na lista de locais citados no acordo, estão o Campo de Concentração do Patu,
além do registro do bem imaterial da “Caminhada das Almas”, em Senador Pompeu, que leva
milhares de pessoas todos os anos em peregrinação para homenagear os mortos do campo
de concentração.
( ) O contingente de retirantes dos Campos de Concentração que não retornava para o
interior depois da passagem do período de estiagem contribuiu para o crescimento po-
pulacional e habitacional fora dos padrões impostos pelas elites de Fortaleza.
( ) Os campos de concentração eram construídos perto de estações ferroviárias, tentando
atenuar a tensão e os conflitos nestes locais ao mesmo tempo em que tentavam impe-
dir a chegada de retirantes à capital.
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Todas estão corretas. Como vimos, os campos de concentração foram uma política estatal para
impedir a migração de retirantes, também explorados como mão de obra.
Letra e.
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Caldeirão: De forma semelhante a Canudos, ele reuniu cerca de 3 mil pessoas sob a liderança
do beato Zé Lourenço, paraibano que chegara a Juazeiro por volta de 1890 e era seguidor de
Padre Cícero. Aconselhado por Padre Cícero a se estabelecer na região e trabalhar com al-
gumas das famílias de romeiros, arrendou um lote de terra no sítio Baixa Danta, em Juazeiro
do Norte. O sítio prosperou e começou a desagradar a parte da elite, sendo difamado pelos
adversários políticos de Padre Cícero. Isso culminou na exigência do dono do sítio Baixa Danta
de que os camponeses e o beato deixassem a terra. Instalando-se no sítio Caldeirão, no Cra-
to, propriedade de Padre Cícero, os camponeses formaram uma pequena sociedade coletiva
e igualitária, prosperando tanto que chegaram a vender os excedentes nas cidades vizinhas.
O sítio tornou-se, portanto, um “mau exemplo” para os sertanejos e desagradou fortemente à
Igreja e aos latifundiários que perdiam a mão de obra barata. As difamações culminaram com
a acusação de que o beato Zé Lourenço era agente bolchevique! Quando Padre Cícero morreu,
em 1934, as terras foram herdadas pelos padres salesianos, e os camponeses do Caldeirão
ficaram desamparados. Em setembro de 1936, a comunidade foi dispersa, e o sítio, incendiado
e bombardeado. Zé Lourenço e seus seguidores rumaram, então, para uma nova comunidade.
Alguns dos moradores, no entanto, resolveram se vingar e realizaram uma emboscada, matan-
do alguns policiais, o que foi respondido com um verdadeiro massacre de camponeses pelos
contingentes policiais (estima-se entre trezentos e mil mortos).
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Letra a: Errada. O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, ou Caldeirão dos Jesuítas, foi um dos
movimentos messiânicos que surgiu nas terras do Crato. Antônio conselheiro foi líder messiâ-
nico na Guerra de Canudos (Bahia, 1896 a 1897)
Letra b: Errada. Caldeirão foi um movimento messiânico que priorizava a religião, a caridade e
o servir ao próximo.
Letra c: Correta. O Beato José Lourenço organizou Caldeirão como uma cooperativa de cam-
poneses, tendo como orientação os princípios da solidariedade cristã.
Letra d: Errada. Caldeirão não tinha objetivos eleitoreiros e econômicos.
Letra e: Errada. Na época a notícia não foi divulgada por conta do regime de Vargas que via a
comunidade como comunista.
Letra c.
O início dos anos 1940, no Ceará, foi influenciado pela Segunda Guerra Mundial e as im-
plantações decorridas pelos Acordos de Washington.
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Em Fortaleza, foi montada uma base norte-americana, mudando os hábitos locais e em-
polgando a população, que passou a realizar diversos atos, manifestos e passeatas contra
o nazismo.
O Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - SEMTA foi criado e
teve sua sede em Fortaleza. Este realizou uma forte propaganda governamental a qual estimu-
lava os sertanejos a migrar para a Amazônia, onde se tornariam os Soldados da Borracha, isto
é, explorariam o látex das seringueiras. Milhares de cearenses migraram para o Norte, muitos
dos quais morreram. Graças aos soldados da borracha e sua mais-valia, os Estados Unidos e
Aliados puderam combater os exércitos do Eixo sem os seringais da Ásia para os abastecer.
A luta contra o nazismo e o posicionamento contraditório do governo brasileiro (uma dita-
dura de base fascista dentro do país lutando contra regimes autoritários fascistas no exterior)
precipitaram a derrocada do Estado Novo.
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O ponto máximo do ciclo da borracha foi depois do fim do império. Sobre o ciclo da borracha,
Boris Fausto, no livro História concisa do Brasil, afirma que “O avanço da produção, que vinha
ocorrendo em décadas anteriores, tomou grande impulso a partir de 1880”... “alcançando o
ponto máximo entre 1898 e 1910.” Outra época em que a borracha foi importante no Brasil foi
durante a segunda guerra mundial. Nesse período, os seringueiros ficaram conhecidos como
soldados da borracha.
Letra c.
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Em 1963, Virgílio Távora foi eleito governador do Ceará. Seu mandato foi até o fim em
1966, mesmo com o surgimento da Ditadura Militar, em 1964. Seu governo foi marcado pela
criação do “PLAMEG I” - Plano de Metas do Governo que visou a modernização da estrutura do
estado com a ampliação do porto do Mucuripe e a transmissão da energia de Paulo Afonso.
Foram criados ou instalados, também em seu governo, o Distrito Industrial de Maracanaú, o
BEC, a CODEC e da Companhia DOCAS do Ceará. Com o AI-2, Virgílio aderiu à ARENA, e seu
vice, Figueiredo Correia, ao MDB.
DNOCS
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em suas terras, no sertão pernambucano. O Dnocs foi a principal agência federal no Nordes-
te até a criação da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), em 1959,
construindo, inclusive, obras de infraestrutura, como estradas, ferrovias e redes de energia.
Depois do Dnocs - que ganhou esse nome em 1945 - e a Sudene, surgiriam, ainda, outras
agências que enfocavam também o desenvolvimento da Região Nordeste, como a Codevasf
(Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).
SUDENE
Criada originalmente pela Lei n. 3.692, de 1959, a Sudene veio substituir o modelo dos
dois órgãos precedentes a ela (GTDN e Codeno). Foi idealizada no governo do presidente
Juscelino Kubitschek, tendo à frente, o economista Celso Furtado, como parte do programa
desenvolvimentista então adotado.
A Sudene é uma autarquia federal, subordinada ao Ministério do Interior, com sede em
Recife, Pernambuco. O objetivo de sua criação foi a promoção e coordenação do desenvolvi-
mento do Nordeste, região que, para os fins da Sudene, compreende os estados do Maranhão,
Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e parte do
território de Minas Gerais enquadrada no Polígono das Secas, e o território federal de Fer-
nando de Noronha.
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contra as Secas (DNOCS), no princípio do século, como Inspetoria Federal, anunciava uma
ação “planejada”.
Põe-se ênfase também no muito famoso e pouco conhecido Relatório Ramagem, prepa-
rado pelo coronel Orlando Ramagem para o Conselho de Segurança Nacional sobre a seca
de 1958 e os escândalos da “indústria das secas”: aproveitando-se da miséria dos retirantes,
a corrupção se revelava nas listas de trabalhadores “fantasmas” das frentes de trabalho do
DNOCS, nas estradas que iam de nenhum lugar para lugar nenhum, nos “barracões” dos em-
preiteiros, nas obras (açudes, estradas, poços) nas fazendas dos amigos, dos chefes políticos,
dos “coronéis” e seus vassalos.
Enfim, era a estrutura do latifúndio, do coronelato, da oligarquia agrária nordestina que
capturou o DNOCS, e que, politicamente, em sua maior parte, constituía no Nordeste o Partido
Social Democrático (PSD), ao qual pertencia o próprio presidente Kubitschek. O relatório parece
ter-se constituído em elemento de pressão das forças armadas, principalmente, do Exército.
Mas a Sudene é o resultado de um processo muito mais amplo. Sinteticamente, ela é uma
forma de intervenção do Estado no Nordeste, impulsionada pelas forças sociais do pacto
da industrialização, que comandaram a expansão da economia brasileira desde a década de
1930. Seu retrato perfeito é o da ampla coalizão de forças sociais e políticas que estiveram
presentes no Seminário de Desenvolvimento do Nordeste, realizado na cidade pernambucana
de Garanhuns, em abril de 1959, quando se instalou, formalmente, o Codeno: a grande bur-
guesia industrial nacional, liderada pela Confederação Nacional da Indústria, patrocinadora do
seminário, e presidida, então, pelo industrial Lídio Lunardi; a fração industrialista da burguesia
regional nordestina, cuja figura marcante era o governador de Pernambuco, engenheiro Cid
Sampaio, eleito em 1958, por uma coligação entre a UDN, o Partido Trabalhista Brasileiro
(PTB) de João Goulart, uma dissidência do PSD de Pernambuco e as forças populares e
de esquerda, que incluíam o futuro prefeito e futuro governador Miguel Arraes; a Igreja do
Nordeste, sob a liderança ostensiva do então bispo-auxiliar de Natal, Dom Eugênio de Araújo
Sales, e na sombra, Dom Hélder Câmara, então arcebispo-auxiliar do Rio de Janeiro, mas já
muito atuante no Nordeste, onde já havia promovido e participado do I Encontro de Bispos
do Nordeste, em 1956, em Campina Grande, Paraíba (promoveria o II Encontro em Natal, Rio
Grande do Norte, em maio de 1959).
As outras classes sociais que compareciam à coalizão, e que não estavam formalmente
representadas no Seminário de Garanhuns, eram o campesinato, cuja liderança mais eminen-
te era o então deputado Francisco Julião, líder das ligas camponesas em Pernambuco e no
Brasil, e o operariado urbano, cuja representação difusa infiltrava-se por via da coligação de
forças entre a burguesia regional e a esquerda, principalmente, em Pernambuco.
De fora dessa ampla coalizão, o inimigo comum: o latifúndio nordestino, a oligarquia
agrária, os “coronéis”, que combateriam tenazmente o projeto da Sudene, no interior do apa-
relho do Estado, através do DNOCS; no Congresso Nacional, pela sua representação, no que
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22,4%; ligeiro decréscimo ocorreu para o setor serviços. No que se refere especificamente à
indústria, entre 1960 e 1974, o crescimento médio anual do valor da transformação industrial
do Nordeste deu-se a uma taxa muito próxima da do Brasil: 11,2 e 11,7%, respectivamente, e,
em muitos ramos importantes, definidores de uma moderna estrutura industrial, o crescimento
do VTI no Nordeste superou, de muito, as taxas respectivas para o Brasil: foi assim com a
metalúrgica, mecânica, materiais elétricos e eletrônicos, por exemplo.
Para um modelo que necessitava do “arrocho” salarial como fonte de acumulação e re-
pressão política da classe trabalhadora, que foi o caso do Regime Militar, o Nordeste forne-
ceu um enorme contingente de força de trabalho e os resultados foram que os salários reais
cresceram menos no Nordeste que no resto do Brasil.
Se a expansão capitalista no campo transformou a terra em capital, no Nordeste uma
estrutura fundiária já altamente concentrada facilitou aquela metamorfose. Em um proces-
so que concentrou e centralizou brutalmente o capital, o Nordeste compareceu com uma
indústria e uma agricultura que já estavam se desagregando sob o impacto da simples con-
corrência mercantil com o Centro-Sul. Quer se diga que o atraso do Nordeste potencializou a
“perversidade” do modelo da expansão capitalista no Brasil, ou o inverso, que essa expansão
“perversa” utilizou o arcaísmo das estruturas econômicas e sociais do Nordeste como base
para um crescimento exponencial, os resultados serão os mesmos.
No início da década de 1980, o Brasil entrava em uma nova fase de sua vida política. O
regime democrático ia se tornando, aos poucos, uma realidade após 20 anos de ditadura mi-
litar. No ano de 1982, ocorreu a eleição direta para os governos estaduais. Imbuídos desse
espírito de mudança, os governadores eleitos para os estados do Nordeste, que pertenciam ao
conselho deliberativo da Sudene, pretendiam que a autarquia recuperasse sua força política
junto ao Executivo visando a acelerar a marcha de seus estados rumo ao desenvolvimento.
Nesse período, a Sudene elaborou um projeto de transposição de recursos hídricos para a
região do semiárido nordestino. O aproveitamento das águas do rio São Francisco além de
minimizar o problema das secas proporcionaria — segundo o diretor-geral, José Reinaldo
Carneiro, do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS) — a geração de 2,4
milhões de empregos, o desenvolvimento da agroindústria, piscicultura e serviços, e o abas-
tecimento urbano e industrial.
Entretanto, o projeto foi recebido com frieza pelos governadores do Nordeste na reunião
do conselho deliberativo da Sudene em que foi apresentado. Adotando o silêncio, eles pro-
testavam contra a indiferença com que suas queixas vinham sendo tratadas pelo Governo
Federal, dentre elas, o descaso com o Sistema Nacional de Habitação na região e a seca, que
permanecia por quatro anos gerando problemas como a fome, a miséria e, consequentemente,
o aumento da migração.
Em 1984, a Sudene completou 25 anos de existência e, dentre análises otimistas e pes-
simistas, foi possível constatar que a região nordestina conheceu, nesse período, um efetivo
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de 1993. Nove anos, depois os sócios da empresa Sampa S/A foram condenados à pena de
reclusão pela Justiça Federal por terem participado de um esquema que desviou mais de
meio milhão de reais justamente durante a gestão de Cássio Cunha Lima.
Em janeiro de 1994, Cassio Cunha Lima foi afastado da Sudene, tendo sido substituído
pelo General Nilton Moreira Rodrigues, cuja gestão foi marcada por uma tentativa de morali-
zação. Quando ele assumiu a Sudene, tinha uma arrecadação de menos de 200 mil dólares e
estava comprometida com a liberação de mais de 3 bilhões de dólares. Quando encerrou sua
gestão, em 1998, a arrecadação da Sudene havia subido para mais de 400 milhões de dólares
e o número de projetos aprovados havia se reduzido para pouco mais de 200, enquanto em
1994, eram mais de 800.
Após essa sucessão de escândalos, em 1999, a imprensa iniciou um debate sobre a exis-
tência do órgão, extinto finalmente em 2001, por Fernando Henrique Cardoso.
A retomada das propostas de Juscelino e Furtado, porém, foi defendida pela administração
Lula, e finalmente o órgão foi, em 2002, recriado, desta feita com o nome de Agência do Desen-
volvimento do Nordeste e a sigla ADENE, ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso.
A ADENE foi criada pela medida provisória número 2 146-1, de 4 de maio de 2001, altera-
da pela medida provisória número 2 156-5, de 24 de agosto de 2001 e instalada pelo decreto
número n. 4.126, de 13 de fevereiro de 2002. Com a Lei Complementar n. 125/07, a Sudene
foi reimplantada, sendo extinta a ADENE.
Até hoje, a Sudene não obteve os resultados esperados. Criou-se a expressão “indústria
da seca” para justificar a existência do órgão e da promoção de muitos políticos.
Durante a campanha presidencial de 2002, o candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, pro-
meteu extinguir a Adene e recriar a Sudene, assim como a Sudam. Cumprindo sua promessa, o
presidente eleito enviou ao congresso, em outubro de 2003, o Projeto de Lei Complementar n.
91/2003 que previa a recriação da Sudene e da Sudam. O projeto passou por longa tramitação
no congresso, e a Sudene só foi realmente recriada com a aprovação da Lei Complementar
n. 125, de 3 de janeiro de 2007.
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História – Parte II
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( ) I – A construção de estradas pelo DNOCS teve uma importante contribuição na agiliza-
ção do socorro às vítimas das secas, no entanto, a construção de açudes em proprieda-
des particulares é ainda hoje motivo de críticas por ter proporcionado o favorecimento
das elites regionais que se utilizam da água para conseguir favorecimentos políticos.
( ) II – O surto industrial induzido pela SUDENE promoveu a modernização e o crescimento
econômico de alguns setores da economia nordestina, mas não foi capaz de reduzir os
desequilíbrios regionais a que se propunha.
( ) III – O socorro às populações atingidas pelas secas através das frentes de trabalho,
bem como outras medidas emergenciais empregadas pelo governo federal no “com-
bate à seca” foram instrumentos utilizados pelas elites e políticos nordestinos para
manter o “voto de cabresto” e outros privilégios, o que passou a ser conhecido como a
“indústria da seca”.
( ) IV – A redemocratização da sociedade brasileira permitiu que setores da sociedade civil
se organizassem e que trouxessem para o debate o questionamento sobre a ideia do
“combate à seca”, os quais afirmam que a seca não se combate, mas sim, que é uma
realidade na qual é necessário criar mecanismos de convivência. Neste sentido, várias
ONGS têm atuado para a implantação de políticas públicas que garantam a segurança
hídrica e alimentar e a convivência sustentável no semiárido nordestino.
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História – Parte II
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municipais. Renunciou seu mandato para se eleger deputado federal. O vice-governador Wal-
demar Alcântara tomou posse e terminou o mandato.
Virgílio Távora retornou ao governo em 1979, sendo o último eleito indiretamente e resgata
seu primeiro governo com a criação do PLAMEG II. Inicia a industrialização da região noroeste
do Ceará e cria o PROMOVALE (projetos de irrigação) e sua esposa, a primeira dama Luiza
Távora, implementou projetos sociais como a Central de Artesanato do Ceará. Seu governo
foi marcado pela ausência, quase que total, de oposição na Assembleia, nomeações aproxi-
madas de 16.000 pessoas para cargos públicos e várias greves.
Gonzaga Mota foi eleito pelo voto popular tomando posse em 1983 e rompe com os co-
ronéis anteriores para criar seu próprio grupo político. Seu rompimento rendeu-lhe ataques
do regime militar com a suspensão de verbas federais.
Embora o ciclo efetivo dos Coronéis tenha findado com a derrota nas eleições de 1986,
Adauto continuou fazendo política, mas, unicamente por diletantismo (Virgílio morreu em
1988, no exercício do mandato de senador, e César Cals morreu em 1991). Em todas as elei-
ções que aconteceram até aqui, Adauto tinha um lado na disputa majoritária, além de ajudar
financeiramente a alguns amigos nas disputas proporcionais. Ele votou em Cid Gomes para
governador nas suas duas eleições, e em Camilo Santana, idem. Votou em Roberto Cláudio
para prefeito de Fortaleza, e, em 2020 votou no Capitão Wagner. Adauto Bezerra foi o homem
público de atuação mais longeva da política cearense: 63 anos de militância.
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c) Criou o “Trem da Alegria”, que eram as nomeações de apadrinhados políticos sem concurso
público estadual. Ao contrário de seus aliados políticos, privou pela manutenção e fortalecimento
da economia agroexportadora no Ceará.
d) Ao final de seu governo, fez um grande acordo com os jovens empresários do Ceará e acabou
apoiando Tasso Jereissati para o Governo do Ceará e saiu candidato ao senado com o apoio
do Galego. Tasso venceu as eleições, mas Virgílio foi derrotado e se afastou da política local.
Assim como em outros estados, durante o regime ditatorial civil-militar (1964-1985), os governa-
dores foram indicados via ratificação do Senado Federal. Os governadores, geralmente do ARENA
(Aliança Renovadora Nacional – partido governista), seguiram a mesma cartilha supostamente
“desenvolvimentista” ditada em âmbito Federal. Como foi o caso de Virgílio Távora no Ceará.
A alternativa “a” lista os acontecimentos mais relevantes durante o governo de Virgílio Távora.
Letra a.
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A Nova República começou no Ceará com a eleição de Maria Luiza para o cargo de prefeita
de Fortaleza, em 1986. Foi a primeira prefeita de capital estadual eleita pelo Partido dos Tra-
balhadores e o primeiro político do sexo feminino a ser eleito para esse cargo após o regime
militar. A insatisfação com a política praticada durante a ditadura militar e o movimento de
redemocratização impulsionaram as transformações no poder político, com a decadência da
hegemonia tradicional do coronelismo.
Segundo Barreira (1993), foi sob o signo da ruptura, exemplificado no slogan “governo das
mudanças”, que um grupo de empresários liderados por Tasso Jereissati ocupou a cena política
cearense, projetando o Ceará para o restante do país como um exemplo de Estado moderno.
Diógenes (2002) destaca que tivemos no Ceará, no final dos anos 1980, a produção de novas ima-
gens políticas que se estabeleceram no cenário local, baseadas na oposição e legitimação diante
das chamadas oligarquias coronelísticas. A construção de um Ceará moderno teve por base uma
retórica das mudanças, com o governo estadual assumindo compromissos:
[...] com a superação de valores deformados, que colocavam o interesse de pequenos grupos acima
dos interesses maiores da sociedade. Compromisso com o combate a todas as formas de clien-
telismo. Compromisso com a recuperação da moralidade do serviço público, onde o Estado deve
ser visto como instrumento para a realização do bem comum e não para o serviço das oligarquias.
Compromisso com o combate à miséria e o respeito à cidadania como direito inalienável de todos
os homens e mulheres do Ceará. (CEARÁ, 1987, p.8)
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Tasso Jereissati foi eleito novamente em 1994 e reeleito em 1998, concentrando os es-
forços governamentais na construção e reforma de grandes obras, como a construção do
Porto do Pecem, o novo Aeroporto Internacional de Fortaleza, o Açude Castanhão e o início
das obras do Metrofor. O terceiro “Governo das Mudanças” (1994-1997) se caracteriza pela
privatização de empresas estatais e extinção de outros órgãos, e pelo seguimento de políticas
de inspiração neoliberal, com enxugamento da máquina administrativa, racionalização dos
investimentos, aumento de taxas de contribuição da aposentadoria etc.
Contudo, apesar de vários avanços na saúde e educação básicas e do crescimento eco-
nômico estável, a chamada Era Tasso não alterou a estrutura socioeconômica problemática
do Ceará, em especial, a ausência de distribuição de renda, o que foi duramente questionado;
a má distribuição fundiária; a enorme disparidade regional (sobretudo, entre a capital e o
interior); a parca infraestrutura fora da Região Metropolitana; e os altíssimos níveis de po-
breza – em 1999, segundo o Banco Mundial, cerca de metade dos cearenses viviam abaixo
da linha de pobreza.
No início do século XXI, consolidou-se a tendência de queda na tradicional emigração de
cearenses; no período 2001-2006, ela reverteu-se para um saldo positivo de 38,3 mil pessoas,
o que se atribui à melhoria das condições de vida e à maior estabilidade proporcionada por
programas sociais, que permitiram a fixação do pobre cearense em sua terra e o retorno de
parte dos emigrantes.
Lúcio Alcântara, eleito com o apoio de Tasso, continuou o modelo político dos governos
anteriores, mas não recebeu apoio do próprio partido e não conseguiu se reeleger em 2006,
rompendo com o PSDB e mudando para o Partido da República após deixar o cargo. Assim,
Cid Gomes foi eleito Governador do Ceará derrotando Lúcio Alcântara, em primeiro turno, com
62,38% dos votos. Quatro anos depois, foi reeleito, também no primeiro turno, com 62,31%
dos votos. Nos seus primeiros anos de mandato criou projetos nas áreas de inclusão digital e
segurança pública, além de medidas para a preparação do Estado para receber uma refinaria,
que não chegou a ser instalada, e de uma siderúrgica, concebida em 2008 e que já está em
funcionamento, desde 2016, no Complexo Portuário do Pecém.
Cid também foi responsável pela criação do CONSESP (Conselho Estadual de Segurança
Pública), prevista na Constituição Estadual de 1989, assim como na Lei Estadual n. 12.120/93.
Dando prosseguimento para o Programa de Alfabetização Idade Certa (criado no município
de Sobral), o governo do estado capacitou 15 mil professores nas 184 cidades do Ceará, im-
pactando mais de 300 mil alunos.
Outros projetos considerados estruturantes ganharam destaque ou entraram em pauta
durante sua gestão, como a construção do Cinturão das Águas, a Companhia Siderúrgica do
Pecém, o Cinturão Digital e ações sociais como a Educação Integrada, o Programa Alfabetiza-
ção na Idade Certa (Paic), posteriormente adotado pelo Governo Federal sob o nome de Pacto
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média, foram registrados 26 homicídios a cada dia, a maioria deles não tinha informações
sobre raça e nenhum indicava a identidade de gênero.
Dois anos depois do motim, o governo continua punindo militares que participaram da
paralisação ilegal. Até 22 de março, 15 policiais haviam sido excluídos da corporação, e outros
14 foram punidos com sanções disciplinares de permanência.
Um dos destaques do governo sob o comando de Camilo foi a Educação. Em diversos índices de
aprendizagem nacional, o estado apareceu entre os que mais evoluíram nos níveis fundamental e
médio, por exemplo. Em 2021, o Índice de Oportunidades da Educação Brasileira (Ioeb), metrificado
pelo Ministério da Educação (MEC) apontou que 18 dos 20 municípios com maiores notas eram
cearenses, com destaque para as cidades de Sobral e Cruz. Já no Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica (Ideb), divulgado em 2020, o Ceará registrou a maior evolução histórica do país
nos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), passando de 2,8 em 2005 para 6,3. Nessa
faixa etária, 9 das 10 melhores escolas do Brasil eram cearenses. No Ensino Médio, o estado saiu
da 12ª colocação para a 4ª do País. (G1, 2022, n.p.)
Uma das marcas da gestão de Camilo Santana também foi a ampliação da malha rodo-
viária do estado. O programa Ceará de Ponta a Ponta, por exemplo, entregou quase 3 mil km
em rodovias cearenses. Na ferroviária, o governo ampliou o Metrofor na capital e entregou o
VLT Ramal Parangaba-Mucuripe.
Além disso, o Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, bateu recorde de movi-
mentações em 2021, com mais de 22 milhões de toneladas passando pela sua estrutura. O
crescimento foi de 40,7% em relação ao mesmo período de 2020. O estado também se trans-
formou em um hub de Hidrogênio Verde, considerado como um dos combustíveis do futuro.
Foram assinados 17 protocolos com multinacionais.
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d) O chamado Governo das Mudanças foi resultante dos debates realizados em espaços insti-
tucionalizados como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas - DENOCS e Superin-
tendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE.
e) Com a total ineficiência administrativa demonstrada para a vida pública, os jovens empresá-
rios que se reuniam no Centro Industrial Cearense (CIC) para propor o chamado Governo das
Mudanças, tiveram trajetória política curta, não conseguindo a recondução de mandatos ou a
sucessão de seus integrantes nos quadros dirigentes da política no Estado do Ceará.
Letra a: Correta. O “Governo das Mudanças”, no Ceará, foi como uma alternativa à corrupção e
ao clientelismo típicos das políticas do coronelismo e ao que foi tratado como inoperância da
esquerda. Tasso Jereissati, então com 38 anos, foi eleito governador pelo Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB).
Letra b: Errada. O “Governo das Mudanças” apresentou-se, apenas, como uma mudança assu-
mindo a narrativa de ruptura com o clientelismo e assistencialismo.
Letra c: Errado. O “Governo das Mudanças” implantou um projeto de moralização, austeridade e
transparência na gestão pública, sendo o seu governo reconhecido pela UNICEF como modelo
no combate à mortalidade infantil, e pela ONU, como o estado brasileiro que mais cresceu no
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
Letra e: Errado. O chamado “Governo das Mudanças” não tem relação com debates realizados
em espaços institucionalizados como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas -
DENOCS e Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE.
Letra e: Errado. O “Governo das Mudanças”, na realidade, foi uma proposta de Tasso Jereissati
no estado do Ceará.
Letra a.
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RESUMO
A Revolução de 1930: Crise de 1929; Tenentismo; Movimento Operário; Pôs fim ao domínio
oligárquico no Brasil, mas não no Ceará
Repercussões da redemocratização:
• UDN: União Democrática Nacional: conservadora. Faustino Albuquerque. Primeiro gover-
nador do Ceará eleito com a redemocratização.
• Ceará: estado mais miserável do país.
• 1950: Governador Raul Barbosa > Banco do Nordeste do Brasil (1952), sede em Fortaleza.
Porto do Mucuripe. Usinas termoelétricas.
• 1958: Governador Parsifal Barroso: Açude de Orós. Banco do Estado do Ceará.
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A “modernização conservadora”:
• Regime Militar: Modernizar a economia desenvolvendo atividades industriais e agrícolas,
mas, mantendo a estrutura social. Objetiva o crescimento da produção agropecuária me-
diante a renovação tecnológica, sem que seja tocada ou grandemente alterada a estrutura
agrária (sem, por exemplo, uma reforma agrária).
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MAPAS MENTAIS
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( ) O contingente de retirantes dos Campos de Concentração que não retornava para o
interior depois da passagem do período de estiagem contribuiu para o crescimento po-
pulacional e habitacional fora dos padrões impostos pelas elites de Fortaleza.
( ) Os campos de concentração eram construídos perto de estações ferroviárias, tentando
atenuar a tensão e os conflitos nestes locais ao mesmo tempo em que tentavam impe-
dir a chegada de retirantes à capital.
( ) Os principais campos de concentração foram construídos próximos às Estradas de Fer-
ro de Baturité e de Sobral.
( ) Os retirantes dos campos de concentração eram empregados como mão de obra em
obras públicas e também nas indústrias de Fortaleza.
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c) Responsável pelo recrutamento dos chamados “soldados da borracha”, para assegurar a ex-
tração de látex nos seringais da Amazônia e a exportação dessa matéria-prima para os Aliados,
por meio de acordos político-econômicos firmados entre Brasil e EUA.
d) Criado como parte dos Acordos de Washington, que estabeleceu compromissos entre o Brasil
e os países Aliados no sentido da cooperação militar e econômica para ocupar e desenvolver
a Amazônia, região de fronteiras porosas e vulnerável à invasão por parte dos países do Eixo.
e) Uma instituição de fachada, como exigia o contexto de guerra, que administrava as várias
bases militares no Ceará e em outros estados nordestinos, encarregadas de garantir o forneci-
mento de combustíveis e outros insumos para a indústria norte-americana.
( ) I – A construção de estradas pelo DNOCS teve uma importante contribuição na agiliza-
ção do socorro às vítimas das secas, no entanto, a construção de açudes em proprieda-
des particulares é ainda hoje motivo de críticas por ter proporcionado o favorecimento
das elites regionais que se utilizam da água para conseguir favorecimentos políticos.
( ) II – O surto industrial induzido pela SUDENE promoveu a modernização e o crescimento
econômico de alguns setores da economia nordestina, mas não foi capaz de reduzir os
desequilíbrios regionais a que se propunha.
( ) III – O socorro às populações atingidas pelas secas através das frentes de trabalho,
bem como outras medidas emergenciais empregadas pelo governo federal no “com-
bate à seca” foram instrumentos utilizados pelas elites e políticos nordestinos para
manter o “voto de cabresto” e outros privilégios, o que passou a ser conhecido como a
“indústria da seca”.
( ) IV – A redemocratização da sociedade brasileira permitiu que setores da sociedade civil
se organizassem e que trouxessem para o debate o questionamento sobre a ideia do
“combate à seca”, os quais afirmam que a seca não se combate, mas sim, que é uma
realidade na qual é necessário criar mecanismos de convivência. Neste sentido, várias
ONGS têm atuado para a implantação de políticas públicas que garantam a segurança
hídrica e alimentar e a convivência sustentável no semiárido nordestino.
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a) V, V, V, V.
b) V, F, V, F.
c) F, F, F, F.
d) V, V, V, F.
e) F, F, V, F.
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QUESTÕES DE CONCURSO
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c) Antônio Conselheiro/Canudos.
d) Beato José Lourenço/Sedição do Juazeiro.
( ) Foi um movimento político-messiânico, articulado inicialmente pelo Padre Cícero Ro-
mão Batista para garantir votos nas suas campanhas eleitorais na recém-criada Juazei-
ro do Norte.
( ) Liderados pelo negro paraibano conhecido como beato José Lourenço, os membros do
Caldeirão viviam em uma comunidade coletiva, onde a produção era dividida por todos
os membros.
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( ) As ideias do beato José Lourenço e a estruturação social do Caldeirão como comunida-
de, começou a atrair cada vez mais nordestinos de todos os estados, reduzindo a mão
de obra barata nas fazendas de algodão e açúcar, o que vai gerar uma forte reação por
parte dos latifundiários e da Igreja Católica.
( ) A lenda do Boi Mansinho foi responsável pelo rompimento do beato José Lourenço e o
Padre Cícero Romão. Após esse rompimento, Padre Cícero autorizou a atuação forte do
exército e da polícia na destruição do Caldeirão.
( ) Considerado pela elite cearense como um antro de “comunistas” e “fanáticos”, o Cal-
deirão do Deserto de Santa Cruz era na realidade apenas uma comunidade camponesa
com base na religiosidade popular e no igualitarismo, no sertão nordestino, na primeira
metade do século XX.
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c) Como estratégia governamental para conter o fluxo de flagelados que rumavam às principais
cidades cearenses em virtude da seca iniciada em 1930.
d) Devido à necessidade de conter os fluxos migratórios de cearenses para outras regiões do
país, como o Sudeste, o que causaria a falência da economia local por falta de mão de obra.
O trecho acima revela uma estratégia política do Presidente Campos Sales, no começo da repú-
blica brasileira, para pacificar as facções regionais e organizar sua relação com o poder central.
Essa estratégia ficou conhecida na historiografia como Política:
a) Das Salvações.
b) Do Café com Leite.
c) Dos Governadores.
d) Da Boa Vizinhança.
e) Da Espada.
019. (INÉDITA/2022) Um dos fatores que mais contribuíram para o agravamento da situação
das pessoas atingidas pelos períodos de seca no Brasil foi o uso privado, por parte de políticos
locais, de verbas do Governo Federal destinadas à construção de poços e açudes públicos.
Esse fenômeno ficou conhecido como:
a) Indústria da água.
b) Transposição do Rio São Francisco.
c) Água para todos.
d) Política do açude.
e) Indústria da seca.
II – “Metade dos municípios do Nordeste - 51,7% - está em situação emergencial por causa da
seca. São 8,7 milhões de pessoas nessas áreas em estado crítico, segundo relatório da Secre-
taria Nacional da Defesa Civil.”
(Jornal “Folha de São Paulo”, novembro de 1992.)
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A leitura dos dois textos e seus conhecimentos sobre a realidade nordestina permitem afirmar que:
a) O agravamento da seca no Nordeste é cíclico e as pesquisas federais revelam que o problema
se limita à irregularidade das chuvas e vem sendo reduzido ano a ano.
b) No início do século os problemas relacionados à seca eram muito mais graves, pois não havia
ainda a ajuda governamental e a concentração das terras era muito grande.
c) A perpetuação do problema da falta de água no Nordeste tem a dupla finalidade de preservar
o clientelismo e mascarar um grande problema da Região que é a má distribuição das terras.
d) O número crescente de áreas irrigadas tem permitido hoje evitar o êxodo forçado do sertanejo,
como acontecia com maior frequência no início do século.
e) Atualmente, o problema das secas é enfrentado com muito mais seriedade que no início do
século, sendo prova disto a distribuição de “cestas básicas” e a perfuração de poços nas zonas
mais afetadas.
021. (INÉDITA/2022) Uma das medidas desenvolvidas pelo governo do Ceará, no contexto
da grande seca de 1915, foi:
a) A criação de campos de concentração para recolher os flagelados pela seca.
b) O extermínio em massa daqueles que foram atingidos pela seca.
c) A criação de um vasto sistema de poços artesianos em todas as cidades do estado.
d) Realização de m Congresso Internacional sobre a Seca.
e) A transposição dos rios próximos às regiões mais afetadas pela seca.
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“A seca ocasiona no Nordeste o colapso parcial ou total do sistema produtivo rural, dificulta o
abastecimento da população do semiárido quanto à água e aos gêneros alimentícios de primeira
necessidade e aumenta o desemprego na agricultura. A combinação desses fatores provoca
o empobrecimento generalizado, o desemprego de muitos, a pressão junto às autoridades, a
invasão de cidades, a migração forçada e a INDÚSTRIA DAS SECAS”.
Considerando na área do Sertão, a existência de apenas dois agentes sociais: de um lado, as
famílias dos trabalhadores e de outro, os grandes proprietários e chefes políticos nordestinos,
pode-se afirmar que:
a) O significado da “indústria da seca” retrata bem a situação, a seca existe não pela quantidade
de chuvas registrada durante o ano, mas pela regularidade de sua presença, e todos empobre-
cem nas estiagens prolongadas.
b) Apenas o pobre sofre porque não tem reservas para os meses de estiagem, mas há sempre
medidas governamentais que auxiliam os flagelados, impedindo-os de passar fome ou de migrar
para outras regiões.
c) O texto exagera, porque a seca como é apregoada não existe, pois há áreas do mundo onde
chove menos do que no Nordeste, e as pessoas não passam fome, portanto, outros fatores
respondem pelas condições do Sertão.
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024. (UFF/2008) “Os fatores de conservação transformaram o semiárido em uma região apa-
rentemente sem história, dada a permanência e imutabilidade dos problemas. Como se com o
decorrer das décadas nada tivesse se alterado e o presente fosse um eterno passado. A cada
seca, e mesmo no intervalo entre uma e outra, milhares de nordestinos foram abandonando a
região. Sem esperança de mudar a história das suas cidades, buscaram em outras paragens
a solução para a sobrevivência das suas famílias. Foi nos sertões que permaneceu inalterado
o poder pessoal dos coronéis, petrificado durante o populismo e pela migração de milhões
de nordestinos para o Sul”.
Fonte: (VILLA, Marco Antônio. Vida e morte no sertão: história das secas no Nordeste nos séculos XIX e XX.
São Paulo: Ática, 2000, p. 252).
025. (UFRJ) A seca nordestina é um problema antigo e mal resolvido. A ineficiência oficial
na solução do caso, implica inclusive na utilização pela opinião pública de expressões como
“indústria da seca”, de cunho nitidamente crítico e desconfiado mesmo, do destino que tem
recebido os recursos públicos aplicados nessa questão regional.
Com base no que tem sido publicado sobre esse problema e com ajuda do texto, pode-se
concluir que:
a) O fenômeno da seca vem sendo politicamente explorado.
b) A seca nordestina, climaticamente inexiste.
c) A seca tem contribuído para a indústria nordestina.
d) Há recursos públicos na indústria de combate à seca.
e) A indústria regional é pública, e a seca é do interesse privado.
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028. (IF-BA/ALUNO/2015) Leia com atenção o texto sobre República Velha (1889-1930) e,
em seguida, assinale a alternativa correta sobre esse período:
A República Velha é dividida em dois momentos: a República da Espada e a República Oligárqui-
ca. A República da Espada abrange os governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano
Peixoto. Foi durante a República da Espada que foi outorgada a Constituição que iria nortear as
ações institucionais durante a Primeira República. Além disso, o período foi marcado por crises
econômicas, como a do Encilhamento, e por conflitos entre as elites brasileiras, como a Revolução
Federalista e a Revolta da Armada. A República Oligárquica foi marcada pelo controle político
exercido sobre o Governo Federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira,
na conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período, ainda, que se desenvolveu, mais
fortemente, o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país.
Fonte: Disponível em: <www.brasilescola.com>. Acesso em: 23 set. 2015. (Adaptado).
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a) A República Velha foi marcada, politicamente, pelo Voto de Cabresto, que consistia no voto
livre apenas para os homens.
b) Durante esse período, ocorreram movimentos que pediam a volta da monarquia, como o
acontecido em Canudos-BA, liderado por Antônio Conselheiro.
c) As revoltas e os movimentos ocorridos na República Velha, como o Contestado, Canudos,
Chibata e Cangaço, nasceram de classes populares, que não eram assistidas ou privilegiadas
pelo poder público
d) Com a Proclamação da República no Brasil, houve a separação entre a Igreja Católica e o Es-
tado, permitindo, assim, o reconhecimento do casamento civil, o que foi duramente contestado
pelo Padre Cícero Romão, no Ceará.
e) A Política do Café com Leite garantia a manutenção do poder político nacional entre os
estados de São Paulo e Minas Gerais, sendo contestado na Região Nordeste pelos bandos de
Cangaceiros, sendo o de Lampião o mais famoso.
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033. (INÉDITA/2022) Na hіѕtórіа rесеntе, fоі о gоvеrnаdоr, que utіlіzаndо de uma роlítіса
аgrеѕѕіvа, mоdеrnіzоu а есоnоmіа сеаrеnѕе:
a) Gоnzаgа Моtа.
b) Таѕѕо Јеrеіѕѕаtі.
c) Lúсіо Аlсântаrа.
d) Vіrgílіо Тávоrа.
e) Јurасі Маgаlhãеѕ.
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O trecho acima aborda sobre um período da história do Cariri que deixou marcas profundas:
I – José Lourenço Gomes da Silva veio a Juazeiro em busca do padre Cícero, com o intuito
de resolver seus problemas, com o passar do tempo, estes se tornaram discípulo e mestre,
respectivamente.
II – A comunidade do Caldeirão foi destruída por forças militares estaduais em setembro de
1936, sendo uma parte da população presa.
III – No Sítio Baixa Dantas, o beato José Lourenço instaurou o culto ao “boi mansinho”, o que
levou autoridades políticas e policiais da época a intervir e destruir a comunidade.
IV – O Caldeirão foi a mais importante “comunidade” organizada e liderada pelo beato
José Lourenço.
Entre essas afirmativas, estão incorretas:
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
d) I, III, IV.
e) II, III, IV.
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c) Tem como base principal a monocultura voltada para o mercado exterior, primeiro com a
cana de açúcar e em seguida com a carne de charque e algodão.
d) Se inicia com a ocupação do território a partir do Piauí e do Maranhão: os caminhos de dentro
e de fora, segundo Capistrano de Abreu.
Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos mecanismos próprios da ordem oligár-
quica brasileira na Primeira República:
a) Com a política dos governadores, o governo estadual passou a sustentar os grupos domi-
nantes em cada estado, em troca de apoio eleitoral para o Executivo federal.
b) Com a aliança entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, detentores das maiores bancadas no
Congresso no período, as oligarquias do Centro-Sul garantiram o controle do Executivo e do
Legislativo federais.
c) Com o coronelismo, controlou-se o eleitorado no campo, incorporado ao processo político
pelo fim do critério censitário, e garantiu-se a hegemonia das oligarquias rurais regionais, inter-
ferindo no processo eleitoral.
d) Com a criação de um novo ator político (os governadores, eleitos a partir das máquinas
estaduais), os estados aprofundaram o federalismo e combateram o coronelismo, visto como
sobrevivência arcaica da ordem imperial.
e) Com o pacto federativo, acirraram-se as hostilidades existentes entre Executivo e Legislativo,
criando a disputa entre São Paulo e Minas Gerais pela presidência da república.
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Durante a Primeira República (1889-1930) brasileira, um “surto da borracha” foi afetado tam-
bém pela concorrência da produção de látex em países do Sudeste Asiático que, à época, eram
colônias de potências europeias. A região brasileira cuja economia foi mais abalada pela queda de
preços da borracha no mercado internacional, durante as primeiras décadas do século XX, foi a:
a) Mato-grossense.
b) Fluminense.
c) Nordestina.
d) Amazônica.
e) Gaúcha.
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(Mangueira, Hailton. Parnamirim: trampolim da vitória. [on-line], jun. 2010. Cordel Cultura Popular, 94))
Durante a 2ª Guerra Mundial, o envio de tropas dos Estados Unidos da América para o Teatro
de Operações foi viabilizado por meio de intensa negociação diplomática com os países lati-
no-americanos, no bojo da “Política da Boa Vizinhança” do governo de F. D. Roosevelt. Nesse
contexto, a aliança com o Brasil teve importância estratégica.
A partir da interpretação da xilogravura de Sebastião Palhares, conclui-se que a expressão
“Trampolim da Vitória”, difundida na década de 1940, refere-se ao:
a) Nordeste brasileiro, que era o território americano mais próximo da África.
b) Golfo da Guiné, cujos laços com o Brasil ganhavam força desde o período colonial.
c) Atlântico Sul, cenário de torpedeamentos por submarinos alemães bombardeados do céu.
d) Litoral da África Ocidental, de onde os aviões norte- americanos decolavam rumo à Europa.
e) Sul dos Estados Unidos da América, que forneceu o maior contingente de soldados para o front.
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(http://www.rondoniaovivo.com/noticias)
O cartaz acima foi produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo
(1937-1945), convocando brasileiros para trabalhar nos seringais amazônicos. As opções a
seguir caracterizam o contexto histórico dessa propaganda, à exceção de uma. Assinale-a:
a) A presença de soldados protegendo a costa brasileira informa, implicitamente, a função dos
trabalhadores dos seringais como “soldados da borracha”.
b) A expressão “Cada um no seu lugar!”, exaltava a participação da população ameríndia ama-
zônica como a principal mão de obra do “front” da borracha.
c) Documenta o engajamento do estado novo que incentivava o extrativismo do látex, concre-
tizado nas campanhas publicitárias que buscavam mobilizar mão de obra para os seringais.
d) A frase “Brasil para a Vitória” indicava que o Brasil se comprometia a aumentar a produção
da borracha amazônica e fornecê-la à indústria bélica dos Estados Unidos.
e) O incentivo à produção da borracha amazônica para compensar o bloqueio dos mercados
asiáticos pela presença japonesa.
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047. (FGV/VESTIBULAR/2009) “O Plano Collor foi o mais violento ato de intervenção estatal
na economia brasileira, na segunda metade do século. No entanto, ao estrangular a inflação,
ele abriu as portas para uma ampla liberalização”. (Jayme Brener, “Jornal do século XX”)
Sobre esse plano, inserido em uma ordem neoliberal, é correto afirmar que:
a) Se pautou pela ampliação do meio circulante, por meio do aumento dos salários e das apo-
sentadorias; liquidou empresas públicas e de economia mista que geravam prejuízo; estabeleceu
uma política fiscal de proteção à indústria nacional.
b) Criou um imposto compulsório sobre os investimentos especulativos para o financiamento da
infraestrutura industrial; liberou a importação dos insumos industriais e restringiu a importação
de bens de consumo não-duráveis.
c) Se estabeleceu uma nova política cambial, com um controle mais rígido realizado pelo Banco
Central; demissão em massa de funcionários públicos concursados; aumentou a renda tributária
por meio da criação do Imposto sobre Valor Agregado.
d) Objetivou a privatização de empresas estatais; diminuiu as restrições à presença do capital
estrangeiro no Brasil; gerou a ampliação das importações e eliminaram-se subsídios, especial-
mente das tarifas públicas.
e) Aumentou a liberdade sindical com uma ampla reforma na CLT e revogou a opressiva Lei de
Greve; recriou empresas estatais ligadas à exploração e refino de petróleo; congelou os capitais
especulativos dos bancos e dos investidores estrangeiros.
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No final do século XIX para o XX, o estado sofreu várias secas que ficaram marcadas na his-
tória e na vida dos cearenses. Como a capital estava se urbanizando, as medidas de combate
às secas tiveram uma relação mais direta com a remodelação de Fortaleza. Estamos falando,
entre outras medidas:
a) Da arrecadação de donativos para os retirantes para que pudessem voltar para suas cidades.
b) Da construção de campos de concentração para que ficassem num só lugar.
c) Das frentes de serviços nas quais os retirantes eram utilizados nas construções de equipa-
mentos urbanos.
d) Das quermesses feitas pela Igreja para a distribuição de alimentos para os retirantes.
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GABARITO
1. e 36. b
2. b 37. c
3. e 38. d
4. c 39. b
5. c 40. b
6. a 41. c
7. a 42. d
8. d 43. e
9. a 44. a
10. c 45. b
11. a 46. c
12. d 47. d
13. b 48. c
14. C 49. C
15. c 50. c
16. d
17. c
18. c
19. e
20. c
21. a
22. d
23. d
24. e
25. a
26. c
27. e
28. c
29. e
30. d
31. d
32. d
33. b
34. c
35. a
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GABARITO COMENTADO
I – Dois erros: tanto o governo deste político não era frequentemente associado com o corone-
lismo, quanto o coronelismo não tem boa aceitação popular.
II – Correto. Ligado à indústria e ao comércio, o candidato priorizou a política desenvolvimentista
ao invés das políticas sociais retrógradas típicas da esquerda da época.
III – Correto. Ligado à indústria e ao comércio, o candidato priorizou a política desenvolvimen-
tista ao invés das políticas sociais retrógradas típicas da esquerda da época.
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IV – Correto. Houve uma melhora administrativa no governo do estado sem deixar de ocupar
cargos comissionados com indicados políticos, pois a prática é típica de partidos como o PMDB,
ao qual ele era filiado em seu primeiro mandato de governador do Ceará (1987 / 1990).
V – Errado. Por se tratar de um governo do PMDB, de perfil de centro, a tendência foi encontrar
oposição da esquerda totalitária da época – coronelistas e sindicalistas radicais. Portanto, de
forma alguma houve tal apoio.
Letra c.
Nogueira Accioly governou o estado entre os anos de 1896 e 1912. Nesse período, os canga-
ceiros, o messianismo e o coronelismo imperavam.
O Coronelismo era uma forma de garantir a estrutura de poder durante a Primeira República
1889-1930. Era comum que os coronéis enviassem seus capangas armados para dentro da
sessão eleitoral, a fim de controlar o voto e se manterem no poder. O voto de cabresto era uma
forma de alguém poderoso controlar o voto do indivíduo. Quando Accioly foi substituído em
virtude das políticas do presidente Hermes da Fonseca, Padre Cícero também foi retirado de
suas funções políticas, visto que era apoiador de Accioly. Entretanto, com a Revolução Cearense/
Revolta de Juazeiro, conseguiram que tudo voltasse a ser como antes, e Padre Cícero voltou a
ser vice-presidente no novo governo de Accioly.
Letra a.
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“A eclosão da Intentona Comunista em 1935, em Natal, Recife e Rio de Janeiro, foi usada como
pretexto por Menezes Pimentel para perseguir adversários que foram considerados subversivos.
Com Menezes Pimentel a Igreja continuou firme, influenciando a sociedade civil, em nome da moral
e dos bons costumes. O regime instaurado fechou as lojas maçônicas, os centros espíritas e os
terreiros de candomblé na capital e no interior do Estado; as livrarias tiveram os estoques revisados
para apreensão de livros e de revistas portadoras de ideias amorais ou subversivas. Instalou-se um
serviço de controle de pensões e hotéis no sentido de controlar os hóspedes. Até os aparelhos de
rádio deveriam ser registrados na polícia”.
FONTE: História do Ceará, de Nelson Campos / Revista Fortaleza, Fascículo 4, de 30 de abril de 2006.
III – Correta. Sobre a Hospedaria Getúlio Vargas, vide artigo no site História & Historiografia:
https://histhioriografia2020.ufc.br/trabalhos/deslocados-da-seca-na-hospedaria-getulio-vargas-
-trajetorias-de-migracao-para-diversas-paragens/.
Letra d.
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1º parêntese: Falso: Padre Cícero teve participação como amigo de José Lourenço – homem
muito caridoso que tomava conta de todos no Sítio Baixa Dantas – mas não articulou nada em
benefício próprio. A história do Caldeirão dos Jesuítas é um exemplo histórico de caridade e
comunidade autossuficiente no interior do Cariri.
2º parêntese. Verdadeiro. De fato, o Sítio Baixa Dantas era administrado por José Lourenço,
homem muito caridoso e agarrado na fé cristã.
3º parêntese. Verdadeiro. De fato, o Sítio Baixa Dantas – e, posteriormente, o Caldeirão dos
Jesuítas – começou a incomodar, pois era autossuficiente, produzindo frutas e hortaliças e
toda sorte de sustento, sendo que os políticos da época dependiam da pobreza, pois, sem ela,
tornava-se impossível capitalizar politicamente o sofrimento alheio.
4º parêntese. Falso. O episódio do Boi Mansinho foi um boato que espalharam contra José
Lourenço, o qual foi preso pelas forças dos sediciosos que eram lideradas por Floro Bartolomeu,
aliado de Padre Cícero que tinha ajudado a emancipar Juazeiro e, portanto, fazia parte da arti-
culação do Pacto dos Coronéis, que havia sido derrubado com a expulsão de Antônio Nogueira
Acioli. Contudo, Padre Cícero intercedeu pela libertação de José Lourenço.
5º parêntese. Verdadeiro. De fato, tanto o Sítio Baixa Dantas quanto o Caldeirão de Santa Cruz
do Deserto não eram um antro de comunistas, mas sim, uma comunidade que funcionava como
uma irmandade cristã, muito apoiada por Padre Cícero, inclusive, o qual sagrou-se, como se
sabe, um grande crítico do comunismo.
Letra b.
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Com os “Governos das Mudanças”, encabeçado por Tasso Jereissati, ocorreu a modernização
da administração do Estado do Ceará.
Certo.
Apesar de não termos discutido essa temática ao longo da aula e não seja especificamente
cobrada em sua prova, serve-nos para compreensão da importância geoeconômica das quatro
cidades citadas.
Letra c.
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O trecho acima revela uma estratégia política do Presidente Campos Sales, no começo da repú-
blica brasileira, para pacificar as facções regionais e organizar sua relação com o poder central.
Essa estratégia ficou conhecida na historiografia como Política:
a) Das Salvações.
b) Do Café com Leite.
c) Dos Governadores.
d) Da Boa Vizinhança.
e) Da Espada.
Os governadores garantiam os votos necessários junto aos coronéis, líderes locais que detinham
o controle de currais eleitorais.
Letra c.
019. (INÉDITA/2022) Um dos fatores que mais contribuíram para o agravamento da situação
das pessoas atingidas pelos períodos de seca no Brasil foi o uso privado, por parte de políticos
locais, de verbas do Governo Federal destinadas à construção de poços e açudes públicos.
Esse fenômeno ficou conhecido como:
a) Indústria da água.
b) Transposição do Rio São Francisco.
c) Água para todos.
d) Política do açude.
e) Indústria da seca.
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II – “Metade dos municípios do Nordeste - 51,7% - está em situação emergencial por causa da
seca. São 8,7 milhões de pessoas nessas áreas em estado crítico, segundo relatório da Secre-
taria Nacional da Defesa Civil.”
(Jornal “Folha de São Paulo”, novembro de 1992.)
A leitura dos dois textos e seus conhecimentos sobre a realidade nordestina permitem afirmar que:
a) O agravamento da seca no Nordeste é cíclico e as pesquisas federais revelam que o problema
se limita à irregularidade das chuvas e vem sendo reduzido ano a ano.
b) No início do século os problemas relacionados à seca eram muito mais graves, pois não havia
ainda a ajuda governamental e a concentração das terras era muito grande.
c) A perpetuação do problema da falta de água no Nordeste tem a dupla finalidade de preservar
o clientelismo e mascarar um grande problema da Região que é a má distribuição das terras.
d) O número crescente de áreas irrigadas tem permitido hoje evitar o êxodo forçado do sertanejo,
como acontecia com maior frequência no início do século.
e) Atualmente, o problema das secas é enfrentado com muito mais seriedade que no início do
século, sendo prova disto a distribuição de “cestas básicas” e a perfuração de poços nas zonas
mais afetadas.
Apesar de o fenômeno das secas do Nordeste ser de ordem natural, há, por parte da ação de
políticos, a persistência do agravo dos efeitos das estiagens. Esses efeitos já causaram, e ainda
provocam, inúmeros transtornos e consequências gravíssimas, como o alto índice de mortali-
dade, migração em massa etc.
Letra c.
021. (INÉDITA/2022) Uma das medidas desenvolvidas pelo governo do Ceará, no contexto
da grande seca de 1915, foi:
a) A criação de campos de concentração para recolher os flagelados pela seca.
b) O extermínio em massa daqueles que foram atingidos pela seca.
c) A criação de um vasto sistema de poços artesianos em todas as cidades do estado.
d) Realização de m Congresso Internacional sobre a Seca.
e) A transposição dos rios próximos às regiões mais afetadas pela seca.
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A indústria da seca tem por base a corrupção, com desvios de verbas que seriam destinadas
ao combate à seca.
Letra d.
“A seca ocasiona no Nordeste o colapso parcial ou total do sistema produtivo rural, dificulta o
abastecimento da população do semiárido quanto à água e aos gêneros alimentícios de primeira
necessidade e aumenta o desemprego na agricultura. A combinação desses fatores provoca
o empobrecimento generalizado, o desemprego de muitos, a pressão junto às autoridades, a
invasão de cidades, a migração forçada e a INDÚSTRIA DAS SECAS”.
Considerando na área do Sertão, a existência de apenas dois agentes sociais: de um lado, as
famílias dos trabalhadores e de outro, os grandes proprietários e chefes políticos nordestinos,
pode-se afirmar que:
a) O significado da “indústria da seca” retrata bem a situação, a seca existe não pela quantidade
de chuvas registrada durante o ano, mas pela regularidade de sua presença, e todos empobre-
cem nas estiagens prolongadas.
b) Apenas o pobre sofre porque não tem reservas para os meses de estiagem, mas há sempre
medidas governamentais que auxiliam os flagelados, impedindo-os de passar fome ou de migrar
para outras regiões.
c) O texto exagera, porque a seca como é apregoada não existe, pois há áreas do mundo onde
chove menos do que no Nordeste, e as pessoas não passam fome, portanto, outros fatores
respondem pelas condições do Sertão.
d) O texto apresenta as consequências da seca no Sertão, onde os mais pobres perdem e os
mais ricos aumentam suas terras e recebem verbas emergenciais dos governos, que não che-
gam ao homem realmente necessitado.
e) Os dois sofrem com a seca, embora de formas diferentes, e os mais ricos só conseguem
ganhar em épocas de chuvas.
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024. (UFF/2008) “Os fatores de conservação transformaram o semiárido em uma região apa-
rentemente sem história, dada a permanência e imutabilidade dos problemas. Como se com o
decorrer das décadas nada tivesse se alterado e o presente fosse um eterno passado. A cada
seca, e mesmo no intervalo entre uma e outra, milhares de nordestinos foram abandonando a
região. Sem esperança de mudar a história das suas cidades, buscaram em outras paragens
a solução para a sobrevivência das suas famílias. Foi nos sertões que permaneceu inalterado
o poder pessoal dos coronéis, petrificado durante o populismo e pela migração de milhões
de nordestinos para o Sul”.
Fonte: (VILLA, Marco Antônio. Vida e morte no sertão: história das secas no Nordeste nos séculos XIX e XX.
São Paulo: Ática, 2000, p. 252).
A grande mobilidade dos nordestinos, mais do que uma decorrência das secas, foi fruto de um
sistema de dominação baseado na propriedade da terra que marginalizava homens livres e pobres.
Letra e.
025. (UFRJ) A seca nordestina é um problema antigo e mal resolvido. A ineficiência oficial
na solução do caso, implica inclusive na utilização pela opinião pública de expressões como
“indústria da seca”, de cunho nitidamente crítico e desconfiado mesmo, do destino que tem
recebido os recursos públicos aplicados nessa questão regional.
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Com base no que tem sido publicado sobre esse problema e com ajuda do texto, pode-se
concluir que:
a) O fenômeno da seca vem sendo politicamente explorado.
b) A seca nordestina, climaticamente inexiste.
c) A seca tem contribuído para a indústria nordestina.
d) Há recursos públicos na indústria de combate à seca.
e) A indústria regional é pública, e a seca é do interesse privado.
A indústria da seca é um fenômeno ligado à corrupção nos desvios de verbas da SUDENE por
parte de políticos.
Letra a.
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mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. A que importante autora bra-
sileira o texto acima se refere?
a) Clarice Lispector.
b) Cecília Meireles.
c) Cora Coralina.
d) Rachel de Queiroz.
e) Adélia Prado
Adélia Prado, apesar de não ser temática listada no edital, é um dos símbolos da cultura cearense.
Letra e.
028. (IF-BA/ALUNO/2015) Leia com atenção o texto sobre República Velha (1889-1930) e,
em seguida, assinale a alternativa correta sobre esse período:
A República Velha é dividida em dois momentos: a República da Espada e a República Oligárqui-
ca. A República da Espada abrange os governos dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano
Peixoto. Foi durante a República da Espada que foi outorgada a Constituição que iria nortear as
ações institucionais durante a Primeira República. Além disso, o período foi marcado por crises
econômicas, como a do Encilhamento, e por conflitos entre as elites brasileiras, como a Revolução
Federalista e a Revolta da Armada. A República Oligárquica foi marcada pelo controle político
exercido sobre o Governo Federal, pela oligarquia cafeeira paulista e pela elite rural mineira,
na conhecida “política do café com leite”. Foi nesse período, ainda, que se desenvolveu, mais
fortemente, o coronelismo, garantindo poder político regional às diversas elites locais do país.
Fonte: Disponível em: <www.brasilescola.com>. Acesso em: 23 set. 2015. (Adaptado).
a) A República Velha foi marcada, politicamente, pelo Voto de Cabresto, que consistia no voto
livre apenas para os homens.
b) Durante esse período, ocorreram movimentos que pediam a volta da monarquia, como o
acontecido em Canudos-BA, liderado por Antônio Conselheiro.
c) As revoltas e os movimentos ocorridos na República Velha, como o Contestado, Canudos,
Chibata e Cangaço, nasceram de classes populares, que não eram assistidas ou privilegiadas
pelo poder público
d) Com a Proclamação da República no Brasil, houve a separação entre a Igreja Católica e o Es-
tado, permitindo, assim, o reconhecimento do casamento civil, o que foi duramente contestado
pelo Padre Cícero Romão, no Ceará.
e) A Política do Café com Leite garantia a manutenção do poder político nacional entre os
estados de São Paulo e Minas Gerais, sendo contestado na Região Nordeste pelos bandos de
Cangaceiros, sendo o de Lampião o mais famoso.
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O Plano Cohen foi um engodo, uma invenção de uma conspiração comunista que não existia.
Foi criada pelo governo de Vargas com intuito de justificar o golpe para combater o avanço do
comunismo no Brasil.
Letra e.
A Revolução de 1930 rompeu com o domínio das oligarquias e colocou Getúlio Vargas no poder.
Letra d.
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Getúlio Vargas adotou uma postura de intervenção estatal na economia de modo que os recursos
naturais e as indústrias fossem fomentadas pelo governo. Também utilizou do nacionalismo
como política de controle da população e meio para justificar a estatização de setores estraté-
gicos da economia.
Letra d.
O Caldeirão foi um movimento messiânico liderado pelo beato Zé Lourenço com apoio do Pa-
dre Cícero. Formou-se em uma comunidade no sítio Baixo Danta e foi combatido pelas tropas
do governo.
Letra d.
033. (INÉDITA/2022) Na hіѕtórіа rесеntе, fоі о gоvеrnаdоr, que utіlіzаndо de uma роlítіса
аgrеѕѕіvа, mоdеrnіzоu а есоnоmіа сеаrеnѕе:
a) Gоnzаgа Моtа.
b) Таѕѕо Јеrеіѕѕаtі.
c) Lúсіо Аlсântаrа.
d) Vіrgílіо Тávоrа.
e) Јurасі Маgаlhãеѕ.
Tasso Jereissati foi o governador do Ceará que iniciou o chamado “governo das mudanças”,
modernizando a administração e a economia do estado com o discurso anticoronelismo.
Letra b.
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Governou o Ceará entre 1955 e 1958, portanto, em um período posterior a Era dos Interventores
de Getúlio Vargas (1930-1945). Estando filiado ao ARENA, exerceu, também, o cargo de senador
pelo Ceará entre 1967 e 1968.
Letra c.
Tasso Jereissati foi o governador do Ceará que iniciou o chamado “governo das mudanças”,
modernizando a administração e a economia do estado com o discurso anticoronelismo.
Letra a.
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Questão muito fácil! O clima semiárido contribui para crises hídricas e os movimentos de reti-
rantes. Ainda, possibilitou o surgimento da “indústria da seca”.
Letra b.
O trecho acima aborda sobre um período da história do Cariri que deixou marcas profundas:
I – José Lourenço Gomes da Silva veio a Juazeiro em busca do padre Cícero, com o intuito
de resolver seus problemas, com o passar do tempo, estes se tornaram discípulo e mestre,
respectivamente.
II – A comunidade do Caldeirão foi destruída por forças militares estaduais em setembro de
1936, sendo uma parte da população presa.
III – No Sítio Baixa Dantas, o beato José Lourenço instaurou o culto ao “boi mansinho”, o que
levou autoridades políticas e policiais da época a intervir e destruir a comunidade.
IV – O Caldeirão foi a mais importante “comunidade” organizada e liderada pelo beato
José Lourenço.
Entre essas afirmativas, estão incorretas:
a) Apenas a I.
b) Apenas a II.
c) Apenas a III.
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d) I, III, IV.
e) II, III, IV.
Afirmativa III: Errada. O que levou as autoridades políticas a intervir na comunidade do Caldeirão
foi a perda de mão de obra e a resistência dessa comunidade ao coronelismo
Letra c.
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a) Errada. Não foi uma ocupação pioneira por parte dos holandeses, pois ocuparam outras
regiões do Nordeste primeiro.
b) Certa. Disputas oligárquicas ocorreram desde a colonização, intensificando-se a partir da
República Velha.
c) Errada. A afirmativa inverte a ordem. Como vimos na nossa primeira aula, na verdade, a partir
do século XVII, ocorreu a ocupação do território do Ceará com a criação de gado para abas-
tecer os engenhos de açúcar no litoral brasileiro. Já no século XIX, foi a cultura do algodão a
responsável por essa ocupação.
d) Errada. A ocupação se deu por duas frentes: a do sertão-de-fora, controlada por pernambu-
canos que vinham pelo litoral; e a do sertão-de-dentro, dominada por baianos.
Letra b.
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a aparência de organização do país fosse liberal, na prática o poder foi controlado por um
reduzido grupo de políticos em cada Estado.”
Fonte: FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: EDUSP, 1995, p. 61.
Assinale a opção que caracteriza corretamente um dos mecanismos próprios da ordem oligár-
quica brasileira na Primeira República:
a) Com a política dos governadores, o governo estadual passou a sustentar os grupos domi-
nantes em cada estado, em troca de apoio eleitoral para o Executivo federal.
b) Com a aliança entre Minas Gerais e Rio de Janeiro, detentores das maiores bancadas no
Congresso no período, as oligarquias do Centro-Sul garantiram o controle do Executivo e do
Legislativo federais.
c) Com o coronelismo, controlou-se o eleitorado no campo, incorporado ao processo político
pelo fim do critério censitário, e garantiu-se a hegemonia das oligarquias rurais regionais, inter-
ferindo no processo eleitoral.
d) Com a criação de um novo ator político (os governadores, eleitos a partir das máquinas
estaduais), os estados aprofundaram o federalismo e combateram o coronelismo, visto como
sobrevivência arcaica da ordem imperial.
e) Com o pacto federativo, acirraram-se as hostilidades existentes entre Executivo e Legislativo,
criando a disputa entre São Paulo e Minas Gerais pela presidência da república.
O coronelismo foi o principal instrumento utilizado pelas oligarquias para garantir que seus
candidatos fossem eleitos, mantendo a aparência de uma República Liberal, como descrito no
texto do enunciado.
Letra c.
Durante a Primeira República (1889-1930) brasileira, um “surto da borracha” foi afetado também
pela concorrência da produção de látex em países do Sudeste Asiático que, à época, eram colô-
nias de potências europeias. A região brasileira cuja economia foi mais abalada pela queda de
preços da borracha no mercado internacional, durante as primeiras décadas do século XX, foi a:
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a) Mato-grossense.
b) Fluminense.
c) Nordestina.
d) Amazônica.
e) Gaúcha.
Querido(a), cuidado com a pegadinha. Veja que o enunciado fala sobre Mato Grosso. No entanto,
o ciclo da borracha abrangeu toda a região amazônica brasileira, que entrou em crise depois
que os ingleses levaram mudas de seringueiras para o Sudeste Asiático. A maior parte da mão
de obra utilizada na exploração do látex nos seringais era nordestina.
Letra d.
I – Falsa. Não houve aprovação de lei. O que ocorreu foi uma cogitação de um limite diário de
8 horas na jornada de trabalho e 15 dias de férias. Entretanto, foi desprezada pelos industriais.
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Como veremos mais adiante, Vargas é o responsável pela criação de uma Legislação Traba-
lhista (CLT).
II – Falsa. Ambos os movimentos citados tiveram um caráter religioso, mas esse se difere da-
quele no aspecto da terra. Os camponeses do Contestado não queriam abdicar da terra, pelo
contrário, foram expulsos da terra devido a construção da estrada de ferro.
III – Verdadeira.
Letra e.
(Mangueira, Hailton. Parnamirim: trampolim da vitória. [on-line], jun. 2010. Cordel Cultura Popular, 94))
Durante a 2ª Guerra Mundial, o envio de tropas dos Estados Unidos da América para o Teatro
de Operações foi viabilizado por meio de intensa negociação diplomática com os países lati-
no-americanos, no bojo da “Política da Boa Vizinhança” do governo de F. D. Roosevelt. Nesse
contexto, a aliança com o Brasil teve importância estratégica.
A partir da interpretação da xilogravura de Sebastião Palhares, conclui-se que a expressão
“Trampolim da Vitória”, difundida na década de 1940, refere-se ao:
a) Nordeste brasileiro, que era o território americano mais próximo da África.
b) Golfo da Guiné, cujos laços com o Brasil ganhavam força desde o período colonial.
c) Atlântico Sul, cenário de torpedeamentos por submarinos alemães bombardeados do céu.
d) Litoral da África Ocidental, de onde os aviões norte-americanos decolavam rumo à Europa.
e) Sul dos Estados Unidos da América, que forneceu o maior contingente de soldados para o front.
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Através dos Acordos de Washington, ficou definido que o Brasil permitiria que os Estados Unidos
mantivessem uma base militar no Nordeste brasileiro como estratégia da guerra no Oceano
Atlântico. Por isso, uma base militar norte-americana foi instalada em Fortaleza.
Letra a.
(http://www.rondoniaovivo.com/noticias)
O cartaz acima foi produzido pelo Departamento de Imprensa e Propaganda do Estado Novo
(1937-1945), convocando brasileiros para trabalhar nos seringais amazônicos. As opções a
seguir caracterizam o contexto histórico dessa propaganda, à exceção de uma. Assinale-a:
a) A presença de soldados protegendo a costa brasileira informa, implicitamente, a função dos
trabalhadores dos seringais como “soldados da borracha”.
b) A expressão “Cada um no seu lugar!”, exaltava a participação da população ameríndia ama-
zônica como a principal mão de obra do “front” da borracha.
c) Documenta o engajamento do estado novo que incentivava o extrativismo do látex, concre-
tizado nas campanhas publicitárias que buscavam mobilizar mão de obra para os seringais.
d) A frase “Brasil para a Vitória” indicava que o Brasil se comprometia a aumentar a produção
da borracha amazônica e fornecê-la à indústria bélica dos Estados Unidos.
e) O incentivo à produção da borracha amazônica para compensar o bloqueio dos mercados
asiáticos pela presença japonesa.
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A fraude eleitoral começava com o chamado “voto de cabresto”. Como o voto era aberto, os
coronéis influenciavam na votação. Aquele que não votasse de acordo com a vontade do co-
ronel, sofria sanções.
Letra c.
047. (FGV/VESTIBULAR/2009) “O Plano Collor foi o mais violento ato de intervenção estatal
na economia brasileira, na segunda metade do século. No entanto, ao estrangular a inflação,
ele abriu as portas para uma ampla liberalização”. (Jayme Brener, “Jornal do século XX”)
Sobre esse plano, inserido em uma ordem neoliberal, é correto afirmar que:
a) Se pautou pela ampliação do meio circulante, por meio do aumento dos salários e das apo-
sentadorias; liquidou empresas públicas e de economia mista que geravam prejuízo; estabeleceu
uma política fiscal de proteção à indústria nacional.
b) Criou um imposto compulsório sobre os investimentos especulativos para o financiamento da
infraestrutura industrial; liberou a importação dos insumos industriais e restringiu a importação
de bens de consumo não-duráveis.
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c) Se estabeleceu uma nova política cambial, com um controle mais rígido realizado pelo Banco
Central; demissão em massa de funcionários públicos concursados; aumentou a renda tributária
por meio da criação do Imposto sobre Valor Agregado.
d) Objetivou a privatização de empresas estatais; diminuiu as restrições à presença do capital
estrangeiro no Brasil; gerou a ampliação das importações e eliminaram-se subsídios, especial-
mente das tarifas públicas.
e) Aumentou a liberdade sindical com uma ampla reforma na CLT e revogou a opressiva Lei de
Greve; recriou empresas estatais ligadas à exploração e refino de petróleo; congelou os capitais
especulativos dos bancos e dos investidores estrangeiros.
Mesmo que não tenhamos estudado o caudilhismo, você deve ter em mente que o coronelismo
foi o principal instrumento utilizado pelas oligarquias para garantir o controle do eleitorado.
Letra c.
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As chamadas “frentes de serviço” foram uma forma do governo da época instrumentalizar para
si a situação de milhares de trabalhadores do interior que fugiam dos efeitos da seca. As demais
alternativas estão erradas, pois:
a) Errada. Não houve arrecadação de donativos.
b) Errada. Embora houvesse denúncias de abusos por parte dos governantes, não houve “cam-
pos de concentração”.
d) Errada. As “quermesses” não eram realizadas com esse objetivo.
Letra c.
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Daniel Vasconcellos é pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em preparatório para vestibulares e concursos. Atua como professor
concursado da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal.
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