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Brasil Colônia
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
HISTÓRIA
Brasil Colônia
Daniel Vasconcellos Araujo
Apresentação..................................................................................................................3
Brasil Colônia..................................................................................................................4
1. Brasil Colônia...............................................................................................................4
1.1. A Expansão Marítima Portuguesa e o Descobrimento do Brasil; o Reconhecimento
Geográfico e a Exploração do Pau-brasil; a Ameaça Externa e os Primórdios da
Colonização.....................................................................................................................5
1.2. A Organização Político-administrativa; a Expansão Territorial; os Tratados de
Limites........................................................................................................................... 11
1.3. A Agricultura de Exportação como Solução; a Presença Holandesa; a
Interiorização da Colonização; a Mineração e a Economia Colonial. . ............................... 21
1.4. A Sociedade Colonial; os Indígenas e a Reação à Conquista; as Lutas dos Negros;
os Movimentos Nativistas.............................................................................................33
1.5. A Arte e a Literatura da Fase Colonial; a Ação Missionária e a Educação............... 58
Resumo........................................................................................................................ 69
Mapas Mentais...............................................................................................................71
Questões Comentadas em Aula..................................................................................... 75
Questões de Concurso...................................................................................................87
Gabarito....................................................................................................................... 112
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 113
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Apresentação
Bem-vindo(a), aluno(a)! Vamos começar nossos estudos sobre a História do Brasil. O co-
nhecimento sobre essa temática é menos complexo, mas costuma ser cobrado. Antes de se-
guirmos, peço novamente que avalie as aulas anteriores, caso ainda não o tenha feito.
Veja os conteúdos que trataremos nesta aula:
5. BRASIL COLÔNIA
5.1. A expansão marítima portuguesa e o descobrimento do Brasil; o reconhecimento geo-
gráfico e a exploração do pau-brasil; a ameaça externa e os primórdios da colonização.
5.2. A organização político-administrativa; a expansão territorial; os tratados de limites.
5.3. A agricultura de exportação como solução; a presença holandesa; a interiorização da
colonização; a mineração e a economia colonial.
5.4. A sociedade colonial; os indígenas e a reação à conquista; as lutas dos negros; os mo-
vimentos nativistas.
5.5. A arte e a literatura da fase colonial; a ação missionária e a educação.
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BRASIL COLÔNIA
1. Brasil Colônia
Como vimos, Portugal foi pioneiro no processo das Grandes Navegações. Isso deu porque foi
o primeiro Estado a se centralizar e, geograficamente, estava de frente para o oceano Atlântico.
Economicamente, no século XIV, os estados Europeus estavam organizados em torno do
Mercantilismo. O mercantilismo é o conjunto de ideias e práticas econômicas adotadas durante
o Capitalismo Comercial (séculos XIV a XVIII). A base da atividade era a troca de mercadorias e
o lucro era, não em dinheiro, mas em espécie. Além disso, o objetivo das atividades comerciais
era o acúmulo de metais preciosos, entendendo que uma nação rica era aquela que tinha mais
reservas desses metais, o protecionismo do mercado e a balança comercial favorável.
Isto posto, a colonização portuguesa do Brasil se deu dentro da lógica mercantilista.
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arquipélago de Cabo Verde, portanto, tomou uma rota distante da costa africana. A rota usual
dos portugueses rumo à Índia era mais próxima da costa, mas o caminho distinto sugere que
eles tinham um roteiro diferente das demais expedições.
A rota da expedição de Cabral foi a seguinte:
• 9 de março: zarparam de Lisboa.
• 14 de março: passaram pelas Ilhas Canárias.
• 22 de março: passaram por Cabo Verde.
• 23 de março: desaparecimento da nau de Vasco Ataíde.
• 29 e 30 de março: adentraram a região de calmaria na zona equatorial.
• 10 de abril: passaram a 210 milhas de Fernando de Noronha.
• 18 de abril: estavam próximos da Baía de Todos os Santos.
• 21 de abril: avistaram sinais de aproximação de terra.
• 22 de abril: avistaram o Monte Pascoal.
O avistamento das terras, que aconteceu no dia 22 de abril de 1500, foi relatado por Pero
Vaz de Caminha, escrivão da expedição, da seguinte maneira:
No dia seguinte [22 de abril] – quarta-feira pela manhã – topamos aves a que os mesmos chamam
de fura-buchos. Neste mesmo dia, à hora de vésperas [entre 15h e 18h], avistamos terra! Primeira-
mente um grande monte, muito alto e redondo; depois outras serras mais baixas, da parte sul em
relação ao monte e, mais, terra chã. Com grandes arvoredos. Ao monte alto o Capitão deu o nome
de Monte Pascoal; e à terra, Terra de Vera Cruz.
Apesar de terem avistado no dia 22 de abril, foi só no dia seguinte que Cabral decidiu enviar
homens para a terra. Nesse momento ocorreram os primeiros contatos entre portugueses e
nativos. Em relato, Pero Vaz de Caminha afirmou que “eram pardos, todos nus, sem coisa algu-
ma que lhes cobrisse as suas vergonhas. Traziam nas mãos arcos e flechas”.
Essa primeira expedição que marcou os contatos iniciais entre portugueses e nativos foi
comandada por Nicolau Coelho. Ele e outros homens foram enviados para as margens da
praia, em um bote, para estabelecer uma relação com os indígenas. Esses contatos foram pa-
cíficos. Em uma outra passagem sobre os nativos, Pero Vaz de Caminha afirma que:
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A feição deles é parda, algo avermelhada; de bons rostos e bons narizes. Em geral são bem-feitos.
[…] Ambos […] traziam o lábio de baixo furado e metido nele um osso branco e realmente osso, do
comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um
furador. Metem-nos pela parte de dentro do lábio, e a parte que fica entre o lábio e os dentes é feita
à roque de xadrez, ali encaixado de maneira a não prejudicar o falar, o comer e o beber.
O contato foi calmo, houve troca de presentes entre as duas partes e alguns dos indígenas
foram levados à embarcação onde estava o capitão-mor, Cabral, para que ele os conhecesse.
Foram-lhes dados alimentos e vinho, mas eles rejeitaram a comida e não gostaram do que ex-
perimentaram, segundo o relato de Caminha.
Os portugueses seguiram mais alguns dias explorando a costa brasileira e, no dia 26 de
abril, um domingo, celebraram a primeira missa no Brasil, realizada pelo frei Henrique de Coim-
bra. Depois, os comandantes da expedição decidiram enviar uma embarcação para Portugal
com a notícia da descoberta da nova terra. Pero Vaz de Caminha também foi nomeado para
relatar, com detalhes, as novidades das terras encontradas.
No dia 2 de maio, a expedição de Cabral partiu do Brasil em direção à Índia. O rei português,
d. Manoel I, ficou sabendo da notícia do descobrimento da nova terra ainda em 1500. Apesar
disso, o Brasil ficou em segundo plano, uma vez que a prioridade portuguesa, naquele momen-
to, era continuar com o comércio na Índia.
Questão 1 (FGV/2019) Nas vésperas dos Descobrimentos e no próprio momento das via-
gens de Colombo, de Vasco da Gama e de Vespúcio, nenhuma das cinco representações da
Terra descritas por Crates, Aristóteles, Parmênides (as zonas), Lactâncio e Ptolomeu parece
prevalecer. Embora elas nos apareçam como absolutamente incompatíveis, as quatro primei-
ras tendem, com efeito, a conjugar-se para preservar o paradigma medieval de uma ecúmena
plana, colocada sobre uma esfera “cosmográfica”. RANDLES, RW.G.L Da Terra Plana ao Globo
Terrestre. Uma rápida mutação epistemológica (1450-1520). Lisboa: Gradiva, 1990, p. 35.
Ecúmena: área da Terra habitada pelos seres humanos.
Acerca das concepções sobre a Terra e da expansão marítima Europeia afirma-se:
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I – À época dos Descobrimentos, não havia nenhuma teoria acerca da esfericidade da Ter-
ra, o que reforçava a posição de setores religiosos que ainda sustentavam o mito bíblico
da Terra Plana.
II – A viagem de circum-navegação realizada por Fernão de Magalhães, entre 1519 e 1522,
tornouse um marco na História mundial por ter comprovado a tese da esfericidade da
Terra.
III – As lendas acerca da existência de monstros e de seres fantásticos que habitariam os
mares e terras desconhecidos faziam parte do imaginário europeu à época dos Desco-
brimentos.
Letra d.
I. Errado. Contradiz o texto quando este afirma que os autores citados desenvolveram a ideia
de uma esfera “cosmográfica” para sustentar a Terra. Os pensadores mencionados não estão
elencados em ordem cronológica, à qual deveria ser a seguinte: Parmênides (530-460 a.C.),
Aristóteles (384-322 a.C.), Crates (365-285 a.C.), Ptolomeu (90-168) e Lactâncio (250-325).
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Nesse período, a ocupação territorial se limitou a feitorias: uma mistura de forte para defe-
sa do território e armazém. Mas por que isso?
Por que a Coroa Portuguesa decidiu não explorar a colônia brasileira entre os anos de
1500 e 1530?
O interesse português neste momento era o comércio com as Índias. Ademais, os portu-
gueses não encontraram na área colonial produtos lucrativos de imediato. À exceção do pau-
-brasil, que seria extraído pelos indígenas.
Neste período a Metrópole realizou algumas expedições no litoral brasileiro, sem fins lucra-
tivos ou colonizadores:
• Em 1501, sob o comando de Gaspar de Lemos, chegou uma expedição com o objetivo
de reconhecimento geográfico.
• Em 1503, uma nova expedição, sob o comando de Gonçalo Coelho; prosseguiu o re-
conhecimento da nova terra. O navegador italiano Américo Vespúcio acompanhava as
duas expedições.
Além destas expedições de reconhecimento da nova terra, Portugal enviou outras duas
expedições (em 1516 e 1526) com objetivos militares. Foram as chamadas expedições guar-
da-costas, comandadas por Cristovão Jacques, com a missão de aprisionar navios franceses
e espanhóis, que praticavam o contrabando no litoral brasileiro.
Estas expedições contribuíram para a fixação em terras brasileiras dos primeiros povoado-
res brancos: degredados, em sua maioria.
Como disse, Entre 1500 e 1530, o único produto explorado era o pau-brasil. Como a huma-
nidade não havia passado pela Revolução Industrial, não existiam corantes sintéticos. O pau-
-brasil foi muito utilizado nas manufaturas têxteis para tingimento de tecidos. As concessões
para exploração eram dadas pela coroa e chamadas de estanco.
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Para cortar a madeira e levar aos navios era necessária uma grande quantidade de mão
de obra. A modalidade de exploração da mão de obra indígena recebeu o nome de escambo:
troca de presentes, de artefatos e animais, que não existiam aqui, pelo trabalho dos índios.
Aqui, ainda não escravizaram os índios. A Coroa Portuguesa, pelo menos nesse primeiro mo-
mento, seguia à risca o ordenamento da igreja em não escravizar os nativos, considerados
almas puras do paraíso. O navegante português Cristóvão Jacques comandou as expedições
guarda-costas, realizadas entre os anos 1516 e 1520, visando a defesa do litoral da colônia.
Por que a Coroa Portuguesa decidiu passar a explorar a colônia brasileira a partir dos
anos de 1530?
Você já teve essa informação em aula anterior, mas voltemos a ela para que não tenha que
voltar lá:
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Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Rei-
no de Portugal e a Coroa de Castela (Espanha) para dividir as terras do globo, “descobertas e
por descobrir”, por ambas as Coroas fora da Europa.
A Organização Político-administrativa
Querido(a) aluno(a), a Coroa Portuguesa voltou seus olhos para a colônia brasileira e deci-
diu povoá-la, explorá-la, a fim de resolver sua crise econômica e impedir que outras nações to-
massem o território colonial. Assim, Martin Afonso de Souza comandou a primeira expedição
colonizadora do Brasil e fundou a Vila de São Vicente em 1532.
O problema é que a coroa portuguesa não tinha recursos financeiros para promover essa
empreitada. Eis então a solução proposta: terceirizar a tarefa da colonização, entregando lotes
de terras a fidalgos (nobres portugueses). Nasceram assim as Capitanias Hereditárias.
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Capitanias Hereditárias
As Capitanias Hereditárias foram faixas de terra que partiam do litoral para o interior até a
linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. De início, foram quinze Capitanias que eram entre-
gues para usufruto do Donatário. Importante destacar que o donatário não era dono da terra,
ele possuía o direito de explorá-la, direito esse estendido a seus descendentes.
No campo jurídico, existiam dois documentos para regulamentar as relações entre a Coroa
Portuguesa e os donatários:
• Carta de Doação: documento que dava ao donatário o direito de exploração da terra e
repassar esse direito a seus descendentes. Também autorizava o donatário a construir
vilas e engenhos com o objetivo de povoar.
• Carta Foral: documento que regulamentava tributos e a divisão dos lucros da capitania
entre a Coroa e os Donatários.
O sistema de Capitanias era extremamente vantajoso para a Coroa Portuguesa, pois trans-
feria a responsabilidade da empresa de colonização para os fidalgos. Entretanto, os donatários
passaram por grandes dificuldades: desenvolver a colônia com poucos recursos financeiros, a
distância em relação à metrópole (Portugal) e os constantes conflitos com os nativos.
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Diante dessas dificuldades, a maioria das capitanias não conseguiu vingar, desenvolver
sua economia e gerar tributos para a Coroa. As únicas exceções foram a Capitania de Pernam-
buco e a Capitania de São Vicente.
Governo Geral
Com o fracasso das Capitanias Hereditárias, em função da falta de recursos dos donatá-
rios para a empreender a colonização, a Coroa Portuguesa optou por modificar a estrutura de
organização política da Colônia. Nascia, assim, o Governo Geral. Importante destacar que as
Capitanias Hereditárias continuaram existindo, sendo extintas apenas em 1759 pelo Marquês
de Pombal, Primeiro Ministro Português.
O Governo Geral representou uma medida político-administrativa adotada pela Coroa Por-
tuguesa (Rei Dom João III), em 1548, a fim de centralizar, administrar, restabelecer o poder e re-
forçar a colonização no período do Brasil Colônia, após o fracasso das capitanias hereditárias.
Tomé de Souza foi o primeiro governador-geral do Brasil, chegando em Salvador em 1549.
O governo geral era comandado pelo governador geral, que detinha grande autoridade, pos-
sibilitando a criação de novos cargos políticos com o intuito de dividir as diversas tarefas: ou-
vidor-mor (assuntos judiciais), provedor-mor (questões financeiras), alcaide-mor (funções de
organização, administração e defesa militar) e capitão-mor (questões jurídicas e de defesa).
O governador geral, indicado pelo rei, seria responsável pelo desenvolvimento econômico
da colônia, desde criação de engenhos, administração e proteção de terras, inserção dos indí-
genas na população, dentre outros.
Os três primeiros governadores gerais que administraram o Brasil Colônia foram: Tomé de
Souza (1549 a 1553), seguido de Duarte da Costa (1553 a 1558) e Mem de Sá (1558 e 1572). A
administração de Tomé de Sousa iniciou o processo de restabelecimento da Coroa Portuguesa nas
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terras brasileiras. Por conseguinte, Duarte da Costa entrou em diversos conflitos com os indí-
genas; por outro lado, Mem de Sá, aproveitou para se aproximar dos índios e utilizá-los como
força para combater os franceses invasores.
Embora Portugal tenha dividido o país em dois polos, após a morte de Mem de Sá (em
1572), do qual a sede do norte era em Salvador e a sede do Sul, no Rio de Janeiro, o governo
geral foi extinto em 1808, com a chegada da família real ao Brasil. Observe que o sistema de
Governo geral, auxiliou na consolidação da dominação portuguesa no Brasil.
Questão 2 (FGV/2008) “...se V.A. não socorre a essas capitanias e costas do Brasil, ainda
que nós percamos a vida e fazendas, V.A. perderá o Brasil.” (Carta, de 1548, enviada ao rei de
Portugal, pelo capitão Luís de Góis, da capitania de São Vicente)
O documento:
a) mostra que São Paulo e São Vicente foram as duas únicas capitanias que não conseguiram
prosperar.
b) alerta a Coroa portuguesa a que mude com urgência a política, para não perder sua nova
colônia.
c) revela a disputa entre donatários, para convencer o Rei a enviar auxílio para suas respectivas
capitanias.
d) exagera o risco de invasão do território, quando não havia interesse estrangeiro de explorá-lo.
e) demonstra a incapacidade dos primeiros colonizadores de estabelecer atividade econômica
no território.
Letra b.
Eliminando alternativas esta questão fica fácil de resolver. O sistema de capitanias hereditárias
não surtiu o efeito esperado pela coroa portuguesa, fazendo com que houvesse uma mudança
no sistema de administração do território, com a criação do Governo Geral.
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A Expansão Territorial
Durante o primeiro século da colonização, apenas um trecho do litoral brasileiro era ocupa-
do e efetivamente povoado, mesmo assim, de forma intermitente. Isso se explica pela concen-
tração, nessa área da colônia, das únicas atividades lucrativas para a metrópole: a produção de
açúcar e a extração do pau-brasil.
No século XVII, teve início a expansão territorial, interiorizando a colonização lusa, em que
se destacaram três figuras humanas: o bandeirante, organizando as expedições de apresa-
mento indígena e de prospecção mineral; o vaqueiro, ocupando as áreas de pastagens nor-
destinas e criando o gado, e, finalmente, o missionário, principalmente o jesuíta, envolvido na
catequese e na fundação das missões.
Bandeirantes
Os Bandeirantes empreenderam várias expedições. Reuniam indivíduos que iam aos ser-
tões coloniais com a intenção de capturar indígenas para uso como mão de obra escrava.
Nestas primeiras expedições, o armamento básico utilizado eram arco e flecha (mesmo po-
derio bélico de muitos indígenas que se intencionava capturar). Por conta de seus propósitos,
muitas bandeiras se constituíram como verdadeiras expedições de apresamento. No contexto
da União Ibérica, (1580-1640), os bandeirantes ultrapassaram os limites do Tratado de Torde-
silhas (1494) e ampliaram os domínios portugueses na América.
A União Ibérica (1580 a 1640) foi a unificação das Coroas espanhola e portuguesa a partir da
crise sucessória do trono português. Essa crise de sucessão decretou o fim da Dinastia de Avis
e coroou o rei Filipe II, da Espanha, como rei tanto de Portugal quanto da Espanha. O rei de Por-
tugal, D. Sebastião, desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir contra os mouros no Marrocos,
em 1578. Como o rei não havia deixado herdeiros para sucedê-lo, quem assumiu foi seu tio-a-
vô, D. Henrique. No entanto, D. Henrique acabou morrendo dois anos depois e, como também
não possuía herdeiros diretos, assumiu Felipe II da Espanha, unificando as coroas.
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Na segunda metade do século XVII, o contexto de crise econômica que assolou o Império
Português na Europa e suas possessões ultramarinas na América e na África foi desencade-
ado por uma série de investidas de outras nações. Colônias na África foram tomadas pelos
holandeses e o açúcar brasileiro enfrentava a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas.
Naquela situação, a Coroa portuguesa estimulou a procura por metais preciosos em suas co-
lônias. As bandeiras somaram-se a expedições oficiais financiadas pela própria Coroa deno-
minadas de Entradas.
Existiam três tipos de expedições:
• entradas eram expedições oficiais (organizadas pela Coroa) que saiam do litoral em
direção ao interior do Brasil.
• Descidas foram expedições dos jesuítas do Pará que tinham criado na Amazônia um sis-
tema bem estruturado de “aldeias” de aculturação indígena. Buscando índios para estas
aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedições fluviais, subindo o Tocantins.
• Bandeiras eram expedições organizadas e financiadas por particulares, principalmente
paulistas. Partiam de São Paulo e São Vicente rumo às regiões centro-oeste e sul do
Brasil. Em seguida, as principais bandeiras em Goiás.
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Missionários
A igreja Católica teve um papel de destaque na colonização americana. Várias ordens reli-
giosas atuaram no Brasil: carmelitas, dominicanos, beneditinos e jesuítas.
A Companhia de Jesus, criada em 1534, por Inácio de Loyola, surgiu no contexto da
Contrarreforma e com o objetivo de consolidar e ampliar a fé católica pela catequese e pela
educação.
A ação catequista dos jesuítas na colônia gerou um intenso conflito com os colonos que
queriam escravizar os índios. A existência de um grande número de índios nas Missões atraía
a cobiça dos colonos, que destruíam as Missões e vendiam os índios como escravos.
A Companhia de Jesus, pela catequese, não tinha exatamente intensões humanitárias,
pois dominavam culturalmente os índios, facilitando sua submissão à colonização e impon-
do um novo modo de vida. O excedente de produção – realizado pelo trabalho indígena – era
comercializado pelos jesuítas. A catequização do índio fortaleceu e incentivou a escravidão
negra, pelo tráfico negreiro.
Várias aldeias jesuítas foram criadas na região sertaneja objetivando a catequese e a “civi-
lização” dos indígenas. Também ensinavam os membros da elite colonial que, posteriormente,
eram encaminhados à Europa para cursar Direito, Medicina ou Engenharia.
Os portugueses sempre tiveram interesse na região Sul, atraídos pela prata que escoava
pelos rios da bacia Platina e pelo rico comércio peruano. Desde cedo, portanto, alimentavam o
sonho de criar um estabelecimento na região.
Em 20 de janeiro de 1680, D. Manuel Lobo fundou a Colônia do Santíssimo Sacramento,
à margem esquerda do estuário do Prata, atual cidade uruguaia de Colônia. Assim, garantiu a
presença portuguesa em uma área importante dentro do império colonial espanhol e, ao mes-
mo tempo, abriu espaço para o contrabando inglês na bacia do Prata. A fundação de Sacra-
mento abriu um período de sucessivos conflitos e debates diplomáticos entre os dois países,
que se estenderam até o século XVIII. A ocupação do Rio Grande do Sul e Santa Catarina está
inserida nesse processo.
Vaqueiros
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Rio São Francisco surgiram como as principais regiões pecuaristas da colônia, o que garantiu
a ocupação de um grande território do interior brasileiro.
Outra região que se voltaria também para a pecuária seria o sul de Minas Gerais, já no século
XVIII. Ali, a criação de gado envolvia certa técnica superior, fazendas com cercados, pastos bem
cuidados e rações extras para os animais; no manejo dos rebanhos era utilizada a mão de obra
escrava. O seu mercado era representado pelas zonas urbanas mineradoras, o que provocou
uma diversificação da produção: gado bovino, muares, suínos, caprinos e equinos.
Também os Campos Gerais, correspondendo ao interior de São Paulo e Paraná, foram ou-
tra região de pecuária, com a produção de animais de tiro para a região mineradora. Nessa
região predominava a mão de obra livre, constituída pelos tropeiros.
Por fim, a pecuária seria desenvolvida ainda no Rio Grande do Sul, no século XVIII. Nesse
caso específico, a pecuária promoveu não apenas a ocupação do território rio-grandense, mas,
também, o seu povoamento. A atividade criatória gaúcha utilizava-se do trabalho livre, haven-
do, contudo, o emprego paralelo de escravos e dos indígenas oriundos das missões. Voltada
também para o abastecimento da região das Gerais, a pecuária gaúcha desenvolveu a indús-
tria do charque e a criação de gado bovino, muar, equino e ovino.
Há que se destacar também a construção de fortificações na bacia Amazônica ao longo
do século XVII, como meio de garantir a posse da região. Em 1616, por exemplo, iniciou-se a
construção do Forte do Presépio, primeira construção de Belém do Pará.
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b) os produtores de soja e os pecuaristas que expandiram suas atividades para a região norte;
c) os produtores de borracha e os missionários que catequizavam os indígenas;
d) os bandeirantes que visavam escravizar os indígenas e as missões jesuítas;
e) os bandeirantes de sertanismo de contrato e os grandes pecuaristas que serviam aos en-
genhos.
Letra d.
Muito fácil. Como vimos, os principais grupos que se destacaram na expansão territorial foram
os missionários, bandeirantes e vaqueiros.
Os Tratados de Limites
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Os inacianos e os indígenas da região das missões não aceitaram a troca, e o resultado foi
a Guerra Guaranítica, em que espanhóis e portugueses destruíram as sete grandes missões
jesuíticas, onde se desenvolvia uma verdadeira civilização missioneira. Como resultado disso,
o Convênio de El Pardo (1761) anulava as decisões de Madri relacionadas ao Sul da América.
Em 1777, para recuperar o território de Santa Catarina invadido por uma esquadra espa-
nhola, Portugal aceitou os termos do Tratado de Santo lldefonso, que outorgava à Espanha os
direitos de soberania sobre Sacramento e os Sete Povos das Missões.
Mesmo com as determinações que passavam para as mãos espanholas o Sul do Brasil, co-
lonos brasileiros ocuparam os Sete Povos, conquistando, a partir daí o território que correspon-
de atualmente ao estado do Rio Grande do Sul. A presença de brasileiros na região provocou
a assinatura do Tratado de Badajós, de 1801, reconhecendo definitivamente a incorporação
daquela área aos domínios lusitanos.
TRATADOS DE LIMITES
Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu a divisão
Tratado de Tordesilhas – 1494 do globo terrestre em dois hemisférios por um meri-
diano localizado 370 léguas a Oeste das ilhas de
Cabo Verde.
Firmado entre Portugal e a França para estabelecer
Primeiro Tratado de Utrecht – 1713 os limites entre os dois países na costa norte do
Brasil. Estas disposições serviram, quase dois sécu-
los após, para defender a posição brasileira na ques-
tão do Amapá.
Também entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os
Tratado de Madri – 1750 limites entre as colônias dos dois, na América do Sul,
respeitando a ocupação realmente exercida nos ter-
ritórios e abandonando inteiramente a “linha de Tor-
desilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para
o domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil
ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje.
Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas
Tratado de Santo Ildefonso – 1777 gerais os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri,
embora com prejuízo para Portugal no extremo sul
do Brasil.
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Letra e.
Com auxílio da tabela acima fica fácil né. Daí a necessidade de você memorizá-la.
Para se situar, antes de darmos sequência, entendo ser necessário que faça um pequeno
apontamento sobre o entendimento do que são os “Ciclos Econômicos da História do Brasil”.
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Isso é importante para que consiga relacionar a atividade econômica do período com os even-
tos sociais e políticos que se sucedem a longo do curso. Esse esquema é de grande utilidade
na resolução de questões sobre conflitos na Colônia, principalmente relacionadas ao ciclo do
açúcar e do ouro.
Para colonizar era necessário estabelecer um meio de exploração. Nesse sentido, a ativi-
dade escolhida foi o cultivo da cana-de-açúcar.
Dentro da lógica mercantilista, era preciso estabelecer um produto de exploração e um
mercado consumidor para outros produtos trazidos da África e Europa. Assim, através do co-
mércio triangular, traziam escravos da África e mercadorias europeias e trocavam pelo melaço.
Entregavam o melaço para os holandeses, que refinavam e distribuíam o açúcar no mercado
europeu.
O grande centro econômico da colônia portuguesa nos primeiros séculos da colonização
foi, sem sombras de dúvidas, Pernambuco. Tanto o foi, que a capital administrativa da Colônia
passou a ser Salvador, pela proximidade de Pernambuco. Para se ter uma ideia, quando a eco-
nomia açucareira entrou em decadência e surgiu a economia mineradora na região de Minas
Gerais, a capital administrativa da colônia passou a ser o Rio de Janeiro.
Mas por que o açúcar foi a atividade escolhida pelos portugueses?
• O preço do açúcar na Europa estava elevado;
• Os portugueses já tinham a experiência da atividade na Ásia;
• O clima e a terra fértil (solo de massapê) eram propícios.
Unidade Produtora:
• Casa Grande: residência do Senhor de Engenho e seus familiares.
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A produção e exportação de açúcar para a Europa foi a principal atividade econômica bra-
sileira no século XVI e parte do XVII. Como vimos, os Engenhos de Açúcar, espalhados princi-
palmente pelo Nordeste brasileiro, geravam riqueza para os senhores, para a coroa portuguesa
(tributos) e para os comerciantes holandeses (refino e distribuição).
Quando ocorreu a União Ibérica (1580-1640), Portugal foi unificado ao reino espanhol sob
controle do Rei Felipe II da Espanha, inimigo da Holanda. Este, proibiu que os portugueses re-
passassem o açúcar produzido no Brasil para os Holandeses, que decidiram invadir o Nordeste
brasileiro. Ficaram aqui de 1630 a 1654, quando foram expulsos.
Ocorre que, com a expulsão dos holandeses, o controle da colônia, e, portanto, da produção
do açúcar, voltou a mão dos portugueses. Mas antes de todo esse imbróglio, merece se desta-
car que os portugueses não refinavam e nem distribuíam o açúcar no mercado europeu. Os ho-
landeses, que já dominavam as técnicas de refinamento e a logística da distribuição comercial,
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Questão 5 (FGV/2014) Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente
engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem
e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais
próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com
água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelhados; ou,
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pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco número
de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente.
ANTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p.69.
O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse respei-
to é correto afirmar:
a) O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o pe-
ríodo colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e o rio
Parnaíba.
b) A produção de açúcar no Nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças à
implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
c) Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto nos
engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
d) Os grandes engenhos desenvolviam todas as etapas de produção do açúcar, do plantio,
passando pela moagem, a purga, a secagem e até a embalagem.
e) A produção de açúcar no sistema de “plantation” ficou restrita aos domínios lusitanos das
Américas, durante a época colonial, o que garantiu bons lucros aos produtores locais e aos
comerciantes reinóis.
Letra d.
O texto deixa claro que nos engenhos reais (portanto, nos grandes engenhos) todas as etapas
da produção do açúcar eram feitas, porque tais engenhos contavam com “(...) todas as partes
de que se compõem e todas as oficinas (...)”. Logo, nesses engenhos ocorriam o plantio, a mo-
agem, a purga, a secagem e a embalagem.
A Presença Holandesa
Como vimos, até 1530, Portugal e Espanha reinaram absolutos pelos mares. A tecnologia
de navegação que levaram séculos para desenvolver, foi copiada em trinta anos por ingleses,
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franceses e holandeses. Essas novas potências marítimas não reconheciam o Tratado de Tor-
desilhas e passaram a tentar colonizar a costa brasileira. Exemplos disso foram:
• as Invasões Holandesas na região Nordeste (Salvador em 1624 e Recife em 1630).
• as Invasões Francesas. Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da França
Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial.
Os holandeses criaram uma empresa que seria responsável por recuperar o comércio do
açúcar invadindo o Nordeste brasileiro: a Companhia das Índias Ocidentais. Após serem der-
rotados em Salvador, tiveram a sorte de encontrar e saquear um navio espanhol carregado de
prata sul-americana! Com o capital, se prepararam para voltar ao Brasil, agora em Pernambuco,
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onde conseguiram triunfar. Os brasileiros e portugueses até tentaram montar uma resistência,
no chamado Arraial do Bom Jesus, mas foram traídos por Domingos Calabar e caíram diante
das tropas holandesas.
Administração Holandesa
Em 1637 a, W.I.C. (Cia. Das Índias Ocidentais) enviou Maurício de Nassau para administrar
os negócios na Nova Holanda (Pernambuco).
Nassau governou percebendo que teria que atuar de forma pacífica com os senhores de
engenho. Ao invés de pressioná-los, proibiu a agiotagem praticada por agentes holandeses
e conseguiu empréstimos para os senhores de engenho. Como “mimo” ainda concedeu a li-
berdade religiosa dos católicos. Ocorre que os Holandeses eram calvinistas (religião cristã
protestante) e costumavam impor seu credo em suas colônias. Ainda promoveu obras de ur-
banização no Recife.
Era um humanista, influenciado pelo Renascimento Cultural e, por isso, estimulou as ci-
ências e as artes. Construiu um observatório astronômico, criou o jardim botânico. Trouxe
grandes mestres da pintura flamenga como Albert Eckout e Frans Post. Convidou diversos
artistas e cientistas para um grande projeto que ele mesmo definiu como “exploração profunda
e universal da terra”.
Entretanto, esses gastos com a colônia provocaram desavenças com a W.I.C. A Cia. Das
Índias Ocidentais era uma empresa que visava o lucro maximizado. Foi para isso que Nassau
foi chamado a governar. Por isso, em maio de 1644 Maurício de Nassau retorna a Holanda.
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Você se lembra que no “Pulo do Gato” anterior declarei todo o meu amor ao Maurício de
Nassau? Então. Se eu o admiro pelo que fez em Pernambuco, imaginem os que viveram isso!
Brincadeiras à parte, o fato é que o retorno de Maurício de Nassau à Europa foi seguido de
um acirramento das tensões religiosas em função da Reforma Protestante e da Contrarrefor-
ma Católica. Além disso, a W.I.C. decidiu cobrar os empréstimos realizados aos senhores de
engenho pelas mãos de Nassau e ainda aumentar os tributos.
Os conflitos começaram em maio de 1645. João Fernandes Vieira, um próspero senhor de en-
genho de Pernambuco, liderou o movimento com o importante auxílio de alguns africanos libertos
e de índios potiguares (estes liderados por Antônio Felipe Camarão, conhecido como Poti).
A Batalha do Monte Tabocas foi a principal batalha ocorrida no início do da Insurreição. Os
holandeses sofreram uma grande derrota. As notícias dessa vitória fizeram com que recebes-
sem apoio de tropas vindas da Bahia.
O relacionamento da Holanda com o Portugal era, no mínimo, interessante. Na Europa
apoiava os portugueses contra o domínio espanhol, ao mesmo tempo em que mantinha a ocu-
pação de colônias portuguesas na África e no Brasil.
Em 1648, Espanha e Holanda assinaram um tratado de paz. Por ele, todas as conquistas
do movimento de insurreição deveriam ser devolvidas aos holandeses. Isso causou ainda mais
indignação dos insurretos.
Em 19 de abril de 1648 e em 19 de fevereiro do ano seguinte aconteceram a Primeira e a
Segunda Batalha dos Guararapes.
A vitória das tropas da Insurreição abriu caminho para o retorno do domínio português na re-
gião a partir de 1654. Também é considerada símbolo da fundação do Exército Brasileiro.
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Letra b.
Abençoado(a), essa não é difícil. Lembre-se do imbróglio envolvendo a unificação das coroas
Portuguesa e Espanhola (União Ibérica). Como a Espanha era inimiga da Holanda, proibiu a
colônias portuguesas sobre seu controle de comercializarem com os holandeses. Insatisfeitos
com a perda do comércio lucrativo do açúcar, os holandeses decidiram invadir o Brasil. Não se
esqueça das principais características da presença holandesa, principalmente durante o go-
verno de Maurício de Nassau: tolerância religiosa, concessão de empréstimos, investimentos
em urbanização e artes.
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A Interiorização da Colonização
A crise açucareira no Brasil impulsionou a busca por novas riquezas no interior. A procura
por metais preciosos, pelo extrativismo vegetal na Amazônia e por mão de obra escrava indí-
gena foram alguns dos focos principais das expedições exploratórias intensificadas no século
XVII.
Além das Entradas, Bandeiras e Missões, outras atividades promoveram a interiorização
da colonização:
Mineração: atividade concentrada no interior, inclusive em áreas situadas além dos antigos
limites de Tordesilhas, como as minas de Goiás e Mato Grosso. A mineração nessas áreas,
principalmente em Minas Gerais, provocou nas primeiras décadas do século XVIII um decrés-
cimo populacional em Portugal em função do intenso povoamento dessas áreas mineradoras
do interior.
Tropeirismo: era o comércio com vistas ao abastecimento das cidades mineradoras de Mi-
nas Gerais. Os tropeiros conduziam verdadeiras tropas de gado do Rio Grande do Sul até a feira
de Sorocaba, em São Paulo. Daí, os tropeiros partiam para os polos mineradores de Minas Ge-
rais. Além de venderem gado (vacum e muar principalmente) nessas áreas, os tropeiros também
transportavam e vendiam mantimentos no lombo do gado. Ao longo do “Caminho das Tropas”
surgiram vários entrepostos de comércio e pernoite dos tropeiros, os chamados “pousos de tro-
pa”, que deram origem a importantes povoados no interior de Santa Catarina e Paraná.
Pecuária: a exclusividade do litoral para as áreas açucareiras, conforme determinava a
Coroa no início da colonização, permitiu o desenvolvimento de fazendas pecuaristas no inte-
rior nordestino, principalmente durante a invasão holandesa, quando a expansão canavieira
eliminou o pasto de muitos engenhos. A expansão da pecuária para o interior de Pernambuco
seguiu a rota do Rio São Francisco até alcançar Minas Gerais no início do século XVIII, quando
a pecuária passou a abastecer muito mais as cidades mineradoras do que os engenhos.
Note que as atividades econômicas subsidiárias da cana-de-açúcar, foram responsáveis
pela interiorização, principalmente ao longo das margens dos rios.
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do século XVII, época em que as exportações do açúcar nordestino decaiam pela concorrência
mundial pelo mercado consumidor.
A descoberta de grandes quantidades de ouro no Brasil tornava-se um motivo de esperan-
ças de enriquecimento e estabilidade econômica para os portugueses.
Sem espanto, notamos que os primeiros exploradores a procurarem ouro e metais valiosos
no Brasil tinham o escopo de levá-los à metrópole, onde seriam desfrutados.
Entretanto, estas incursões pioneiras no litoral e interior do país não ocasionaram muitos
resultados além dos conhecidos, que fora a conquista do território.
As grandes jazidas de ouro foram descobertas em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso,
em fins do século XVII e início do século XVIII, onde foram divididas em forma de lavras (lotes
auríferos para exploração, a exemplo das sesmarias latifundiárias de monocultura). O ouro,
inicialmente, era encontrado na forma de aluvião – um tipo sedimentado do metal solvido em
depósitos de cascalho, argila e areia. Logo em seguida, começou-se a exploração de rochas
localizadas nas encostas das montanhas, empregando-se a técnica conhecida como grupiara
(grandes sistemas de prospecção foram construídos, desde escavações das encostas até ca-
nais de drenagem e ventilação.)
A exploração do ouro em Minas desencadeou uma grande onda migratória de portugueses
e de pessoas de outras regiões da colônia no século XVII. Cerca de 30 a 50 mil aventureiros
vieram em direção às minas à procura de enriquecimento. A densidade populacional aumentou
sobremaneira nessa região e aumentaria ainda mais com a presença dos escravos que, en-
carregados do trabalho braçal, passaram a compor a base da sociedade mineradora. Durante
o auge deste ciclo, no século XVIII, foi gerado um grande fluxo de pessoas e mercadorias nas
regiões citadas, desenvolvendo-as intelectual (chegada de ideias iluministas trazidas pela elite
recém-intelectualizada) e economicamente (produção alimentar para subsistência e pequenas
manufaturas).
Além da formação de uma nova composição social, houve também um novo sistema de fisca-
lização, desenvolvido pela Coroa Portuguesa especialmente para a atividade mineradora. Esse
sistema começava com a política de distribuição das terras, que eram repartidas em datas ou
lotes para exploração. Cada arrendatário de um lote tinha o direito de explorar as jazidas de seu
domínio, desde que respeitasse o Regimento dos Superintendentes, Guardas-Mores e Oficiais
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Deputados para as minas de Ouro, que foi elaborado em 1702. Esse regimento criou a Intendên-
cia das Minas, um tipo de governo especial vinculado diretamente a Lisboa.
A primeira resolução da Intendência das Minas foi estipular a porcentagem do tributo da riqueza
obtida em cada jazida. A primeira forma de tributo foi o quinto, isto é, 20% do que era produzido na
prospecção deveria ser remetido à Coroa Portuguesa. Entretanto, esse sistema mostrou-se muito
vulnerável e passível de fraudes, fato que obrigou a coroa a estipular outro sistema, o da finta, que
consistia na remessa de 30 arrobas anuais de ouro para a Coroa. Houve ainda a criação das Casas
de Fundição, cujo objetivo era transformar todo o ouro extraído em barras, na própria colônia, após
ter sido retirada a quinta parte, que era remetida à Coroa. Só depois desse processo, os mineradores
tinham o direito de negociar a parte que lhe restava.
Mais adiante, a coroa portuguesa ainda associou aos tributos um sistema de capitação, que esti-
pulava também porcentagens sobre as posses do minerador, como os seus escravos. Além disso,
o governo português criou o sistema da derrama, uma espécie de cobrança retroativa dos quintos
atrasados e de um imposto a mais sobre aqueles que eram cobrados. Essas medidas acabaram
por resultar em alguns conflitos coloniais, como a Revolta de Vila Rica, em 1720, e a Guerra dos
emboabas, e, 17081.
Na década de 1730, houve, ainda em Minas, a criação do Distrito diamantino, que passou
a ser dirigido pela Intendência dos Diamantes. O objetivo era estabelecer o controle sobre a
administração da extração de diamantes, tal como já havia sido feito com o ouro
Mediante a falta de metais preciosos, vemos que o enrijecimento da fiscalização e a co-
brança de impostos foi responsável por vários incidentes entre os mineradores e as autorida-
des portuguesas. Em 1789, esse sentimento de insatisfação e a criação da derrama, instigaram
a organização da Inconfidência Mineira. Mais do que um levante anticolonialista, tal episódio
marcou o desenvolvimento da crise mineradora no território colonial.
Até 1763, Salvador era considerada uma cidade mais moderna e equipada, mas a desco-
berta do ouro e o consequente risco de contrabando “exigia” uma capital mais perto da mina.
No caso, das minas gerais, que ficavam em Minas Gerais. Daí a transferência da capital da
colônia para o Rio de Janeiro.
Entre 1750 e 1770, Portugal arcava dificuldades econômicas internas decorrentes de má
administração e desastres naturais, além disso, sofria pressão pela Inglaterra, a qual, ao se
industrializar, buscava consolidar seu mercado consumidor, bem como sua hegemonia mun-
dial. Ao fim do século XVIII, o escasseamento das jazidas de ouro foi seguido pela recupera-
ção das atividades no setor agrícola. A valorização de produtos como o algodão, açúcar e o
1 FERNANDES, Cláudio. “Mineração no Brasil Colonial”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/
mineracao-no-brasil-colonial.htm. Acesso em 20 de julho de 2022.
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Sociedade Açucareira
Algumas curiosidades ilustram bem como era o cotidiano do engenho de açúcar. Vamos
a elas:
Existiam muito mais escravos do que moradores da Casa Grande. Além do açúcar, a cana
também foi utilizada como matéria-prima para outros produtos. A cachaça era um resíduo
descartado da produção do açúcar e usada pelos escravos para preparar a carne do cacha-
ço (macho) e da cachaça (fêmea), uma espécie de porco selvagem. Foi o porco o quem deu
nome à bebida.
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Sociedade Mineradora
O grande fluxo de pessoas na região das minas produzia uma estrutura social diferenciada.
Dela faziam parte os setores mais ricos da população, chamados “grandes” da sociedade –
mineradores, fazendeiros, comerciantes e altos funcionários, encarregados da administração
das Minas e indicados diretamente pela metrópole.
Compunham o contingente médio, em atividades profissionais diversas, os donos de ven-
das, mascates, artesãos (como alfaiates, carpinteiros, sapateiros) e tropeiros. E, ainda, peque-
nos roceiros que, em terrenos reduzidos, entregavam-se à agricultura de subsistência. Planta-
vam roças de milho, feijão, mandioca, algumas hortaliças e árvores frutíferas. Também faziam
parte deste grupo os faiscadores – indivíduos nômades que mineravam por conta própria.
Deslocavam-se conforme o esgotamento dos veios de ouro.
No final do século XVIII, essa camada social foi acrescida de elementos ligados aos nú-
cleos de criação de gado leiteiro, dando início à produção do queijo de Minas. Incluíam-se
também nessa camada intermediária os padres seculares. Na colônia, poucos membros do
clero ocupavam altos cargos como, por exemplo, o de bispo. Este morava na única cidade da
capitania: Mariana.
Diferente da organização social da sociedade açucareira, a sociedade mineradora se orga-
nizou com as seguintes características:
Burocrática: o poder se concentrava nas mãos dos funcionários da administração da Co-
roa Portuguesa, devido à necessidade de maior fiscalização da atividade aurífera. Lembre-se
de que, na sociedade açucareira, o poder era patriarcal.
Urbana: em função da própria atividade mineradora, o núcleo urbano surgiu no entrono da
extração, com o surgimento de atividades econômicas subsidiárias da primeira.
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I – Em Minas Gerais, a escravidão foi a principal forma de exploração de mão de obra, tanto
nas lavras, como nas atividades urbanas, nos séculos XVII e XVIII.
II – As Minas Gerais apresentavam média menor de posse de cativos por proprietário do
que as zonas açucareiras.
III – A região mineradora apresentava médias de alforria mais elevadas do que as verifica-
das, ao longo do século XVIII, em Pernambuco e Bahia.
Letra e.
Todas as alternativas trazem informações corretas. A escravidão predominava; os senhores
de escravos, por terem atividades muito menores do que a lavoura açucareira, possuía menor
quantidade de escravos; era possível que os escravos conseguissem sua alforria. Ao final da
aula, verá um mapa mental destacando as características da sociedade mineradora (urbana,
burocrática e com certa mobilidade). Ele é chave para solucionar questões como essa.
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A catequização dos nativos era muito difícil porque se enfrentava a resistência dos índios.
É bom ressaltar que eles já possuíam sua crença. Os Caetés, por exemplo, realizavam rituais
antropofágicos em que praticavam o canibalismo na crença de que absorveriam as qualidades
de seus inimigos. Ficaram conhecidos em relatos não comprovados por terem efetivado esse
ritual com Dom Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo brasileiro.
O estado português usou o argumento da Guerra Justa, para praticar a violência contra os
indígenas resistentes. No entanto, caso os nativos se convertessem, eram preservados.
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os aliados dos portugueses, eram fundamentais para o fortalecimento dos portugueses, eram
vassalos do Rei de Portugal e defensores das fronteiras do Brasil português.
Os índios aldeados não apenas participaram dos combates, como forneceram as armas e
a tática de guerra. A metáfora dos “muros” e “baluarte” usada pelos portugueses para designar
os índios aliados, significando proteção, foi repetida ao longo de toda época colonial.
A Coroa portuguesa concedia vários benefícios e honrarias às lideranças indígenas suas
aliadas, como a concessão de hábitos das ordens militares. Com o hábito da ordem militar, o
índio adquiria o título de “dom” e, frequentemente, uma tença, um rendimento dado pelo rei, e,
na hierarquia colonial, passava a ser um nobre vassalo do rei de Portugal.
A política indigenista levou à formação de uma elite colonial indígena com o intuito de
fortalecer as alianças e lealdade dos índios e a considerar os índios aliados à semelhança dos
colonos europeus.
Os índios que se destacavam pela lealdade passavam a ocupar cargos oficiais, como o de
juiz ou vereador, nas câmaras de algumas vilas e cidades do Brasil Colônia. Recebiam honras e
privilégios que os distinguiam dos outros colonos e faziam parte da “nobreza da terra”.
O cargo de governador dos índios, primeiramente atribuído a Filipe Camarão, um grande
guerreiro e hábil estrategista da tribo dos potiguares, tinha também, como função, organizar
os aldeamentos indígenas e o recrutamento dos terços dos índios, onde tinha servido como
capitão-mor.
Os índios não só guardavam as fronteiras como também controlavam os escravos africa-
nos, propensos a se insurgir ou fugir e se juntarem aos europeus inimigos dos portugueses.
Por serem exímios em seguirem pistas, os índios eram também contratados pelos proprietá-
rios de engenhos para capturar e resgatar escravos fugidos dos engenhos e fazendas. Nesse
processo também, auxiliavam os capitães do mato (negros ou mulatos livres) na captura de
escravos fugidos.
Além disso, a partir de um certo momento, a própria Igreja Católica passou, através prin-
cipalmente dos jesuítas, a fazer um trabalho de catequização junto aos índios, dificultando,
aos portugueses e seus filhos meio índios e tribos aliadas, a escravização dos índios aliados
dos franceses. Esta posição foi defendida pelos jesuítas no Brasil, que, por seu lado, também
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tinham escravos, o que gerou conflitos com a população local interessada na escravatura, cul-
minando em conflito, na chamada “botada dos padres fora” em 1640.
Nos séculos XVII e XVIII, a faixa esquerda do rio Amazonas transformou-se num espaço
de captura de indígenas para serem vendidos dentro e fora das Guianas por traficantes que
partiam de Caiena.
Escravidão indígena voluntária: Em 30 de julho de 1566, foi criada a lei que regulamentou pela
primeira vez a escravidão voluntária dos índios. Segundo essa lei, baixada por uma junta con-
vocada por Mem de Sá, “os índios só poderiam vender-se a si mesmos em caso de extrema
necessidade, sendo que todos os casos deveriam ser obrigatoriamente submetidos à autori-
dade para exame”.
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Letra c.
Em antropologia é muito usado o conceito de etnocentrismo. Quando se observa uma cultura
diferente, deve-se despir-se dos preconceitos. Quando se olha o outro do ponto de vista de sua
própria cultura, fatalmente caímos em julgamentos. Lembrando que a antropofagia carregada
de simbolismo, pois acreditavam que absorviam as virtudes dos inimigos vítimas de seu cani-
balismo.
Querido(a), a escravidão não é uma invenção dos Portugueses nem foram eles os res-
ponsáveis por introduzir essa prática no continente africano. Os africanos de tribos inimigas
capturavam negros para serem vendidos nas Feitorias do litoral africano. Mas, antes de se-
guirmos, preciso atentá-lo(a) para uma característica fundamental das economias europeias
que influenciou consideravelmente o Tráfico de Escravos. Estamos falando, novamente, do
Mercantilismo.
Os Portugueses realizavam o chamado comércio triangular: trocavam o açúcar brasileiro
por escravos africanos, traziam os escravos nos navios negreiros e trocavam por mais do açú-
car brasileiro. Trocavam manufaturados europeus por escravos e pelo açúcar etc.
O tráfico negreiro para o Brasil ocorreu do século XVI ao XIX. Tratava-se de uma migração
forçada de Africanos para o país que chegou a cerca de 5 milhões de pessoas. Comerciantes
africanos, brasileiros, portugueses, holandeses e ingleses dominavam a atividade.
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Dentro da lógica mercantilista, o escravo era uma mercadoria. Assim, embarcações vinham
das feitorias do litoral africano carregadas de pessoas escravizadas, como animais são hoje
transportados para o abate. Abaixo, uma ilustração da distribuição espacial dos escravos nos
porões dos navios negreiros. Observe:
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• Ciclo da Costa da Mina, hoje chamado Ciclo de Benim e Daomé (século XVIII – 1815):
traficou iorubás, jejes, minas, hauçás, tapas e bornus;
• Período de tráfico ilegal, reprimido pela Inglaterra (1815-1851). Para fugir à fiscalização
dos navios ingleses buscaram rotas alternativas ao tráfico tradicional do litoral ocidental
africano capturando escravos por exemplo em Moçambique.
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Quando obtinham sucesso na fuga, buscavam encontrar outros fugidos. Foi assim que
nasceram os quilombos.
Quilombo: a palavra possui etimologia banta referente a acampamentos de guerreiros na
mata. Em 1740, o Conselho Ultramarino de Portugal usou a definição em postagem ao rei:
“Toda habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que
não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”. Os quilombos foram uma resis-
tência de trincheira, em defesa de um território.
O Quilombo mais emblemático talvez seja o de Palmares, hoje localizado no atual estado
de Alagoas, em terras que pertenciam a Pernambuco.
De início, Palmares era um pequeno povoado com poucos quilombolas. Entretanto, o con-
flito com os holandeses acabou enfraquecendo a fiscalização e centenas de escravos fugiram
engrossando o contingente populacional. Principalmente entre 1630 e 1650 o crescimento do
número de habitantes foi vertiginoso.
Palmares, a terra das palmeiras, era formada por vários mocambos (núcleos de povoa-
mento), entre eles os principais foram: Subupira, Macaco e Zumbi. Com terra fértil, era cercada
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por alta cerca de pau a pique. Produziam a cultura de milho, mandioca, feijão e bananeiras.
Caçavam, pescavam e produziam artesanatos como cestos, cerâmicas, artigos de metalurgia.
O excedente de produção era comercializado com vilarejos da redondeza.
Historiadores estimam que viviam cerca de 20 mil quilombolas em Palmares. Obviamente,
os senhores que perdiam suas “propriedades” não estavam dispostos a assumir este prejuízo.
Para se protegerem, os quilombolas criaram três guarnições com cerca de 200 guerreiros para
cada uma das três entradas.
O primeiro rei de Palmares foi Ganga Zumba, filho de uma princesa do Congo. Em 1678, o
governador de Pernambuco, Aires Souza e Castro selou um acordo com Ganga Zumba, decre-
tando a liberdade de todos os negros nascidos em Palmares. Esse foi o Acordo de Recife.
Alguns quilombolas não aceitaram os termos postos no acordo. É certo que havia uma
diferenciação de status entre os quilombolas. Aqueles que chegavam aos quilombos pelos
próprios meios eram mais prestigiados enquanto que os libertados por ações de guerrilha
eram desprivilegiados e colocados em trabalhos mais pesados. Assim, Ganga Zumba foi enve-
nenado por opositores e Zumbi assumiu o controle de Palmares.
Zumbi não apoiou o Acordo do Recife e continuou recebendo escravos fugidos. A reação
da Coroa Portuguesa foi enérgica. Várias excursões militares foram realizadas até que, em
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1694, o bandeirante paulista Domingos Jorge Velho liderou as forças oficiais e destruiu Palma-
res. Apensar de Zumbi e mais um pequeno grupo conseguirem fugir, em 20 de novembro de
1679, foi morto, degolado e sua cabeça foi enviada até o Recife como troféu. Sua luta marca
as comemorações do Dia da Consciência Negra.
Prezado(a) aluno(a), mais adiante voltaremos a tratar da escravidão africana quando dis-
cutiremos o movimento abolicionista.
Essa migração, somada a existência de povos nativos e à chegada dos europeus fez com
que a miscigenação se tornasse um traço evidente no nosso país. Recorde comigo a miscige-
nação básica da nossa cultura:
• Mulato: resultado da mistura de brancos e africanos – na época colonial, quase sempre
branco e negra –, vem de mula;
• Cafuzo ou carafuzo ou caboclo: é resultado da união entre negro e índio;
• Mameluco: mestiço de branco e índio.
Algumas curiosidades ilustram bem como era o cotidiano do engenho de açúcar. Vamos
a elas:
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Existiam muito mais escravos do que moradores da Casa Grande. Além do açúcar, a cana
também foi utilizada como matéria-prima para outros produtos. A cachaça era um resíduo
descartado da produção do açúcar e usada pelos escravos para preparar a carne do cacha-
ço (macho) e da cachaça (fêmea), uma espécie de porco selvagem. Foi o porco o quem deu
nome à bebida.
Os senhores de engenho logo utilizaram da bebida para “acostumar” o escravo ao trabalho
na lavoura. Logo nas primeiras horas do dia, já serviam dozes aos negros.
Não era raro que o senhor de engenho tivesse relações com suas escravas. Apesar de
ocorrerem muitos estupros das “mercadorias”, haviam casos em que as escravas seduziam o
senhor de engenho visando um trabalho no interior da Casa Grande para fugir do sofrimento
da lavoura.
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Letra a.
O tráfico de escravos da África também ocorreu para outras regiões do continente americano.
No entanto, a banca está pedindo a resposta com base no mapa. Assim, de fato, trata de um
comércio que envolvia o Brasil e a costa atlântica africana. Ademais, ainda não lhe apresentei
as leis abolicionistas. Uma delas, A Lei Eusébio de Queirós (Lei n. 581), promulgada dia 4 de
setembro de 1850, visava a proibição do tráfico de escravos. Apesar de oficialmente o tráfico
ser proibido, o tráfico ilegal continuou até a abolição em 1888.
Os Movimentos Nativistas
As rebeliões coloniais ou revoltas nativistas foram aquelas que tiveram como causa prin-
cipal o descontentamento dos colonos brasileiros com as medidas tomadas pela coroa portu-
guesa. Ocorreram entre o final do século XVII e início do XVIII. A maior parte destas revoltas foi
reprimida com violência pela coroa portuguesa, como forma de controlar seu domínio sobre a
colônia brasileira.
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Principais causas:
• monopólio português do comércio de mercadorias.
• Preços elevados cobrados pelos produtos comercializados pelos portugueses.
• Medidas da metrópole que favoreciam os portugueses, principalmente os comerciantes.
• Conflitos culturais, políticos e comerciais entre colonos e portugueses.
• Altos impostos cobrados pela coroa portuguesa, principalmente sobre a extração de
ouro realizada pelos colonos brasileiros.
• Exploração colonial praticada por Portugal.
• Rígido controle, através de leis, imposto pela metrópole sobre o Brasil.
Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites co-
loniais.
• Revolta dos Beckman de 1684;
• A Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• A Revolta de Felipe dos Santos de 1720;
• A Guerra dos Mascates. 1710 e 1711.
Rebeliões Separatistas: visam a independência em relação a Portugal.
• Inconfidência Mineira 1789;
• Conjuração Baiana 1798;
• Insurreição Pernambucana de 1817. (A Insurreição Pernambucana 1645-1654 é a que
expulsou os holandeses.)
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A Revolta de Beckman foi uma rebelião nativista ocorrida na cidade de São Luís (estado
do Maranhão) em 1684. Foi causada pela insatisfação dos comerciantes, proprietários rurais e
população em geral com a Companhia de Comércio do Maranhão, instituída pela coroa portu-
guesa em 1682. Os comerciantes reclamavam do monopólio da Companhia, enquanto os pro-
prietários rurais contestavam os preços pelos quais a Companhia pagava por seus produtos.
O fato é que grande parte da população maranhense estava insatisfeita com a baixa qua-
lidade e altos preços cobrados pelos produtos manufaturados comercializados pela Compa-
nhia na região. Outros produtos como trigo, bacalhau e vinho chegavam à região em quan-
tidade insuficiente, demoravam para chegar e ainda vinham em péssimas condições para o
consumo.
Contudo, o principal problema foi a falta de mão de obra escrava na região. Os escravos
fornecidos pela Companhia eram insuficientes para as necessidades dos proprietários rurais.
Uma solução seria a escravização de indígenas, porém os jesuítas eram contrários.
Na noite de 24 de fevereiro de 1684, os irmãos Manuel e Tomás Beckman, dois proprie-
tários rurais da região, com o apoio de comerciantes, invadiram e saquearam um depósito
da Companhia de Comércio do Maranhão. Os revoltosos também expulsaram os jesuítas da
região e tiraram do poder o governador.
A corte portuguesa enviou ao Maranhão um novo governador para acabar com a revolta e
colocar ordem na região. Os revoltosos foram presos e julgados. Os irmãos Beckman e Jorge
Sampaio foram condenados a forca.
A Revolta de Beckman foi mais um movimento nativista que mostra os conflitos de inte-
resses entre os colonos e a metrópole. Foi uma revolta que mostrou os problemas de mão de
obra e abastecimento na região do Maranhão. As ações da coroa portuguesa, que claramente
favoreciam Portugal e prejudicava os interesses dos brasileiros, foram, muitas vezes, motivos
de reações violentas dos colonos. Geralmente eram reprimidas com violência, pois a coroa não
abria mão da ordem e obediência em sua principal colônia.
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Questão 10 (FGV/2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador elei-
to por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assisten-
tes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas
paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora
assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que
por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a altera-
do povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar
alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas
paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores
que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para
Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão.
2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela
a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para
impedir a sua liberação.
b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da Com-
panhia de Comércio do Maranhão.
c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob a
sua guarda.
d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holan-
deses na região.
e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interes-
ses dos colonos maranhenses.
Letra b.
A questão remete à Revolta de Beckman que ocorreu no Maranhão no ano de 1684, liderada
pelos irmãos Manuel e Tomás Beckman. O Maranhão era uma região muito pobre tendo as
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“drogas do sertão” como o produto mais importante. Havia também a pequena lavoura com
mão de obra indígena o que desagradava aos jesuítas. Os conflitos entre colonos e padres
jesuítas eram constantes. Para resolver estes problemas, a coroa portuguesa criou, em 1682,
a Companhia Geral do Comércio do Estado do Maranhão visando incentivar a colonização
da região. A Companhia vendia seus produtos a preço mais elevados e oferecia muito pouco
pelos produtos dos colonos como algodão, açúcar e madeira. Assim, os irmãos Beckman
ocuparam a cidade de São Luís expulsando os representantes da Companhia e os padres
jesuítas.
A Guerra dos Emboabas foi um conflito armado ocorrido na região das Minas Gerais entre
os anos de 1708 e 1709, envolvendo os bandeirantes paulistas e os emboabas (portugueses
e imigrantes de outras regiões do Brasil). O confronto tinha como causa principal a disputa
pela exploração das minas de ouro recém-descobertas na região das Minas Gerais. Os pau-
listas queriam exclusividade na exploração da região, pois afirmavam que tinham descoberto
as minas.
Os emboabas eram liderados pelo português Manuel Nunes Viana, enquanto os paulis-
tas eram comandados pelo bandeirante Borba Gato. O conflito mais importante e sangrento
ocorreu em novembro de 1708 no distrito de Ouro Preto. Os embobas dominaram a região das
minas e os paulistas se refugiaram na área do Rio das Mortes.
Como consequência, os paulistas foram derrotados e a Coroa Portuguesa criou a Capita-
nia de São Paulo e Minas de Ouro. Além disso, a cobrança do quinto (20%) foi regulamentada
e a Coroa Portuguesa assumiu a exploração de ouro na região das Minas Gerais.
Por outro lado, os bandeirantes paulistas, expulsos da região das Minas Gerais, foram
em busca de ouro nas regiões de Goiás e Mato Grosso, onde encontraram novas minas para
explorar.
Também conhecida como Revolta de Vila Rica, este movimento nativista ocorreu no ano
de 1720, na região das Minas Gerais, durante o período do Ciclo do Ouro.
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A região de Minas Gerais produzia muito ouro no século XVIII. A coroa portuguesa aumen-
tou muito a cobrança de impostos na região. O quinto, por exemplo, era cobrado sobre todo
outro extraído (20% ficavam com Portugal). Esta cobrança ocorria nas Casas de Fundição.
Era proibida a circulação de ouro em pó ou em pepitas. Quem fosse pego desrespeitando as
leis portuguesas era preso e recebia uma grave punição (degredo para a África era a principal).
Os donos das minas estavam sendo prejudicados com as novas medidas da Coroa para
dificultar o contrabando do ouro em pó. A Coroa Portuguesa decidiu instalar quatro casas de
fundição, onde todo ouro deveria ser fundido e transformado em barras, com o selo do Reino
(nessa mesma ocasião era recolhido o imposto de cada cinco barras, uma ficava para a Coroa
portuguesa).
Assim, só poderia ser comercializado o ouro em barras com o selo real, acabando com o
contrabando paralelo do ouro em pó e consequentemente, com o lucro maior dos donos das
minas. Então, esses últimos organizaram essa revolta para acabar com as casas de fundição,
com os impostos e com o forte controle em cima do contrabando.
Felipe dos Santos Freire era um rico fazendeiro e tropeiro (dono de tropas de mulas para
transporte de mercadorias). Com seus discursos e ideias atraiu a atenção das camadas mais
populares e da classe média urbana de Vila Rica. Defendia o fim das Casas de Fundição e a
diminuição da fiscalização metropolitana.
A revolta durou quase um mês. Os revoltosos pegaram em armas e chegaram a ocupar Vila
Rica. Diante da situação tensa, o governador da região, Conde de Assumar, chamou os revolto-
sos para negociar, solicitando que abandonassem as armas.
Após acalmar e fazer promessas aos revoltosos, o conde ordenou às tropas para que inva-
dissem a vila. Os líderes foram presos e suas casas incendiadas. Felipe dos Santos, conside-
rado líder, foi julgado e condenado à morte por enforcamento.
Como consequências, a Coroa procurou limitar as vias de acesso às Minas e o escoamento
da produção, visando inibir o contrabando e a evasão fiscal. Para facilitar essa tarefa, foi criada
a Capitania de Minas Gerais, separada da Capitania de São Paulo.
Os revoltosos realizaram uma marcha até a sede do governo da capitania em Mariana, e
como o governador Conde de Assumar não tinha como barrar a força dos donos das minas, ele
prometeu que as casas de fundição não seriam instaladas e que o comércio local seria livre de
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impostos. Os rebeldes voltaram então para Vila Rica, de onde haviam saído. Aproveitando a tré-
gua, o conde mandou prender os líderes do movimento, cujas casas foram incendiadas. Muitos
deles foram deportados para Lisboa, mas Filipe do Santos foi condenado e executado. Assim,
essa revolta não conseguiu cumprir seus objetivos e foi facilmente sufocada pelo governo.
Felipe dos Santos foi morto porque ele e sua tropa demoliram as casas de fundição. Por
seu caráter nativista e de protesto contra a política metropolitana, muitos historiadores consi-
deram este movimento como um embrião da Inconfidência Mineira (1789).
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Letra a.
A Revolta de Vila Rica ou Revolta de Filipe dos Santos foi uma sublevação colonial contra a co-
brança do quinto nas Casas de Fundição, o mais importante imposto do ouro. Líder da revolta,
Filipe dos Santos foi morto, enforcado e esquartejado.
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Enquanto o Renascimento estava em alta na Europa com a arte voltada para os ideais clás-
sicos, o Brasil estava sendo colonizado pelos portugueses. Nesse contexto, o foco artístico era
bem diferente. Na história da arte este período que se estende, aproximadamente, do ano 1500
a 1822 ficou conhecido como Arte Colonial Brasileira.
A Arte Colonial Brasileira se expressou especialmente pela escultura, desenho, pintura e
arquitetura que eram utilizados principalmente na construção e ornamentação de igrejas, con-
ventos e mosteiros. Por meio de desenhos e pinturas desse período é possível conhecer o co-
tidiano do país que estava sendo transformado. A igreja católica, que foi uma grande financia-
dora da arte na Europa, também investiu no Brasil trazendo para cá os Jesuítas responsáveis
pela construção de grandiosas igrejas, repletas de ouro e esculturas de santos católicos.
Na arquitetura é possível destacar as primeiras construções logo após a chegada dos por-
tugueses no Brasil. Eram casas bastante simples feitas de madeira ou taipa e coberta por
palha. Com o passar do tempo começam a aparecer as capelas que compunham o centro
das pequenas vilas formadas pelos portugueses. O início da arquitetura religiosa no Brasil se
desenvolveu de forma sóbria e seguiu o estilo maneirista caracterizado pelas fachadas geo-
métricas, janelas simples e com decoração quase inexistente.
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O estilo Barroco pode ser identificado no Brasil a partir do século XVII, estendendo-se para
os séculos posteriores, especialmente na arquitetura religiosa. Apesar desse estilo começar
a ser difundido no Brasil ainda com traços do Barroco europeu, aos poucos, foi ganhando ca-
racterísticas singulares em cada região do país. O interior dessas igrejas se destaca sobretudo
pelo requinte, com decoração baseada em anjos, pássaros, cachos de uvas e flores tropicais,
além de esculturas em pedra sabão ou madeira. A construção de naves poligonais e plantas
em elipses entrelaçadas também, são de origem desse período. Destacam-se nesse período
os artistas portugueses Manuel de Brito e Francisco Xavier de Brito.
A escultura desse período, também está intimamente ligada a arte religiosa e serviu para
facilitar o doutrinamento católico além da decoração de igrejas.
Na escultura se evidencia a dramaticidade e teatralidade das expressões, o movimento
e exuberância das formas. Aleijadinho e Mestre Ataíde, na Região de Minas Gerais, são os
nomes que mais se destacam nesse cenário. A escultura do período colonial se sobressai
pelo estilo próprio que eliminou qualquer proximidade com a escultura Barroca europeia. As
obras eram feitas em pedra-sabão e madeiras e eram pintadas com cores fortes, comumente
douradas, além de serem ornamentadas com coroas de ouro e prata, olhos de vidro, dentes de
marfim, vestimentas de tecidos e cabelos reais.
A pintura também é de cunho religioso. Suas principais características cromáticas eram o
vermelho, o azul, o dourado e o branco e eram realizadas geralmente com tinta óleo ou tempera
sobre madeira ou tela. A perspectiva, também, era bastante usada na pintura do teto das igrejas.
A Arte Barroca (séc. XVII e XVIII) foi estabelecida como ideologia religiosa da Contrarrefor-
ma, como ideologia política na defesa do poder Absoluto do rei e como ideologia colonialista
na aculturação e controle dos povos colonizados. A própria região delineou o estilo Barroco,
dando-lhe características peculiares. Observe os exemplos da arte barroca:
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Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes. Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco
Os Sete Profetas do escultor Aleijadinho, Igreja do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
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Além das construções patrocinadas pela Igreja Católica e pelo Estado Português, muitas
irmandades leigas também construíram suas igrejas. Mais do que um templo de oração, era
também local de reuniões dos membros que, quando faleciam, eram enterrados em cemitérios
no subsolo ou nos jardins. Para se ter uma ideia, existiram irmandades até de escravos libertos
em Minas Gerais.
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I – “A visita dos anjos a Abraão”, gravura francesa de Michel Dermane, publicada em Paris
(1728-30) e imediatamente difundida na América portuguesa.
II – “Abraão adora os três anjos”, pintura de Manuel da Costa Ataíde na Igreja de São Fran-
cisco de Assis de Ouro Preto, entre 1801 e 1812.
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A partir das imagens e de seus respectivos contextos de produção, assinale a afirmativa que
descreve corretamente a relação entre o barroco na Europa e na América portuguesa.
a) O barroco europeu é um paradigma que foi transposto sem modificações para a América
portuguesa.
b) As matrizes do barroco europeu circulam na colônia, onde são reapropriadas com técnicas
e matérias-primas próprias.
c) O barroco brasileiro busca uma emancipação do modelo europeu, para forjar uma identida-
de nacional.
d) O barroco mineiro baseia-se no repertório pictórico francês, para superar a matriz lusa.
e) A arte colonial brasileira imita os estilos formais do barroco europeu e replica suas temá-
ticas.
Letra b.
A arte barroca no Brasil Colônia adaptou as técnicas e temáticas europeias e os adaptaram a
realidade local, utilizando de outras matérias-primas, como a pedra sabão.
Literatura
A Era colonial da literatura brasileira começou em 1500 e vai até 1808. É dividida em Qui-
nhentismo, Seiscentismo ou Barroco e o Setecentismo ou Arcadismo. Recebe esse nome pois
nesse período o Brasil era colônia de Portugal.
Quinhentismo
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A obra que mais merece destaque é a Carta de Pero Vaz de Caminha. Escrita na Bahia em
1500, o escrivão-mor da tropa de Pedro Álvares Cabral descreve suas impressões sobre a nova
terra para o rei de Portugal.
Barroco ou Seiscentismo
O Barroco é o período que se estende entre 1601 e 1768. Tem início com a publicação do
poema Prosopopeia, de Bento Teixeira e termina com a fundação da Arcádia Ultramarina, em
Vila Rica, Minas Gerais.
O Barroco literário brasileiro desenvolve-se na Bahia, tendo como pano de fundo a econo-
mia açucareira. Dois estilos literários que marcaram essa escola foram: o cultismo e o con-
ceptismo.
O primeiro utiliza uma linguagem muito rebuscada e, por isso, é também caracterizado
pelo ‘jogo de palavras’. Já o segundo, trabalha com a apresentação de conceitos, portanto, é
apontado como ‘jogo de ideias’. Um dos maiores representantes foi o poeta Gregório de Ma-
tos, conhecido como “boca do inferno”. Além dele, merece destaque o padre Antônio Viera e
seus Sermões.
Arcadismo ou Setecentismo
O Arcadismo é o período que se estende e 1768 a 1808 e cujos autores estão intimamente
ligados ao movimento da Inconfidência, em Minas Gerais.
Agora, o pano de fundo é a economia ligada à exploração do ouro e das pedras preciosas.
Além disso, destaca-se o relevante papel desempenhado pela cidade de Vila Rica (Ouro Preto).
A simplicidade, a exaltação da natureza e os temas bucólicos são as principais características
dessa escola literária.
No Brasil, esse movimento tem início com a publicação de “Obras Poéticas”, de Cláudio
Manuel da Costa, em 1768. Além dele, merece destaque o poeta Tomás Antônio Gonzaga e
sua obra “Marília de Dirceu” (1792).
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Letra b.
Esta questão envolve interpretação do texto. Além disso, é preciso se recordar das principais
características da literatura barroca.
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A educação que foi desenvolvida no Brasil durante os três séculos de colonização era res-
trita, inicialmente, a alguns filhos de colonos e a índios aldeados. Até meados do século XVIII,
as bases do que se ensinava na Colônia consistiam nos métodos da educação jesuítica.
Os missionários da Ordem fundada por Inácio de Loyola atuavam na conversão dos povos
nativos da América e eram herdeiros da escolástica tardia, que predominava na região da Pe-
nínsula Ibérica no início da Idade Moderna. Essa cultura foi levada aos colonos brasileiros.
A educação dos jesuítas centrava-se nos princípios da educação liberal da Idade Média,
na divisão dos ramos do conhecimento em duas classes: Trivum (Gramática, Retórica, Lógica
ou Dialética) e do Quadrivium(Astronomia, Geometria, Aritmética, Música). Entretanto, o que
se ensinava no Brasil Colônia era basicamente a primeira parte: as disciplinas associadas ao
Trivium, como gramática e retórica. Esse tipo de aplicação simplificada do método medieval
implicou uma formação profundamente literária e estilizada.
O método pedagógico utilizado seguia as normas do Colégio de Évora, de 1563, e da Ratio
Studiorum, manual pedagógico jesuíta do final do século XVI. Nos cursos inferiores valoriza-
va-se a gramática, considerada indispensável à expressão culta, e a memorização como pro-
cedimento para a aprendizagem. Nos cursos superiores, subordinava-se a filosofia à teologia.
Para alguns intérpretes, a educação jesuítica teria deixado marca excessivamente literária na
formação brasileira.
A pedagogia jesuítica tinha um caráter tridentino, ou seja, remetia ao Concílio de Trento da
Igreja Católica, organizado no século XVI e com propósitos contrarreformistas. Se lembra da Con-
trarreforma Católica? Contrapunha-se ao modelo de ensino que se apregoava em outros países
da Europa, influenciados pela ciência moderna e pelo racionalismo. Essa incompatibilidade acir-
rou-se no século XVIII com o advento da filosofia iluminista, sobretudo aquela que se desenvolveu
na França. Portugal, que se caracterizava por suas raízes medievais, teve que empreender uma
reforma cultural e educacional nesse período, comandada pelo Marquês de Pombal.
As reformas pombalinas tiveram grande impacto nas colônias portuguesas, especialmen-
te no Brasil, haja vista que, como elas, os jesuítas foram expulsos dos domínios portugueses.
Assim, a educação, antes administradas por esses missionários, passou a ser de responsabilidade
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do Estado Português. A expulsão da Ordem dos jesuítas ocorreu por intermédio do decreto de
3 de setembro de 1759, mas antes mesmo disso, Pombal havia elaborado um alvará no dia 28
de junho de 1759 para a criação das aulas régias, isto é, aulas que eram ministradas por pro-
fessores nomeados pelo governo.
As aulas régias tinham o nítido objetivo de preencher a lacuna deixada pelos jesuítas e
secularizar o ensino. Com esse modelo de educação pombalino, deu-se ênfase aos estudos
menores de aprendizagem, que se tornava mais rápida e eficaz. O objetivo último era preparar
uma elite necessária para fins econômicos e políticos, pela qual ansiava o Estado. Na virada do
século XVIII para o século XIX, tornou-se muito comum a elite local da colônia do Brasil enviar
seus filhos para a cidade de Coimbra, em Portugal, com o intuito de eles completarem a sua
formação.
Em 1800, houve uma importante exceção no âmbito educacional da colônia. Tratava-se do
centro de educação fundado no Seminário de Olinda, que, em vez de preservar os estudos tipi-
camente voltados para teologia e filosofia, acabou se tornando um núcleo para o aprendizado
de variadas disciplinas e um centro difusor de ideias liberais e maçônicas.
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b) 3 – 2 – 1
c) 3 – 1 – 2
d) 2 – 3 – 1
e) 2 – 1 – 3
Letra e.
Querido(a), sei que ainda não estudamos os períodos imperial e republicano. No entanto, com
um pequeno exercício de lógica, é possível gabaritar a questão. No período colonial, como se
recorda, os jesuítas foram os principais responsáveis pela educação. Obviamente, a formação
de um sistema público de educação somente surgiu na metade do século XX.
Querido(a) aluno(a), chegamos ao final de mais uma parte teórica. Seguimos estritamente
o que está listado no edital. Entenda que seguir a cronologia do edital favorece o seu entendi-
mento sobre se enxerga o processo histórico.
Na sequência, estude o resumo e os mapas mentais. Faça todos os exercícios com calma,
de preferência, agora! Insisto nisso porque a memorização dos conteúdos passa por três fa-
ses necessárias: o contato com o conteúdo, sua revisão e o exercício de fixação. Por isso, não
deixe de fazê-los. Ah, não se esqueça de avaliar a aula.
Na próxima aula trataremos do Brasil Imperial. Continue focado!
Abraço,
Professor Daniel.
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RESUMO
Sistema Colonial Português na América
• Até 1530: pré-colonização
• Após 1530: colonização de fato. Estabelecimento das Capitanias Hereditárias como for-
ma de terceirizar o empreendimento de ocupação do território. Com o fracasso das Ca-
pitanias o governo português decidiu pela criação do Governo Geral, a fim de centralizar
o pode na Colônia.
Escravidão: a maior parte dos negros trazidos da África eram Bantos ou Sudaneses e fo-
ram utilizados principalmente na atividade açucareira, mineradora e nas lavouras de café. Re-
sistência negra através de Quilombos.
Lavoura açucareira: grande contingente de mão de obra escrava sustentava a atividade em
péssimas condições de vida. As bases da economia açucareira eram a exportação e o latifún-
dio rural.
Instituições eclesiásticas: visando aumentar a quantidade de fiéis, a igreja, através da co-
roa portuguesa, promoveu a catequização dos nativos e enviou a irmandade jesuíta. As re-
lações de colaboração entre o estado português e a igreja podem ser exemplificados pelos
regimes de Beneplácito e do Padroado.
Atividade mineradora: a descoberta de ouro na região de Minas Gerais e, posteriormente,
em Goiás e Mato Grosso, fez surgir sociedades urbanas e aumentar o controle da metrópole na
colônia, inclusive transferindo a capital de Salvador para o Rio de janeiro, devido à proximidade
da região mineradora.
Invasões Estrangeiras: invasões holandesas na região Nordeste (Salvador em 1624 e Reci-
fe em 1630). Invasões Francesas. Tomada do Rio de Janeiro em 1555 com fundação da França
Antártica; e a fundação da cidade de São Luís do Maranhão com a França Equinocial.
Expansão territorial: as bandeiras e entradas foram importantes movimentos de desbra-
vamento e ocupação do território da Colônia. As missões jesuítas também contribuíram para
a interiorização. Destaque também para as atividades subsidiárias da lavoura açucareira e
da mineração, como a pecuária que se desenvolveu a longos das margens dos rios na região
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Nordeste e nos campos da região sul. Além disso, foram celebrados importantes tratados de
fronteiras com nações europeias. Sobre esses tratados consulte os mapas mentais.
Reformas Pombalinas: o Marquês de Pombal, influenciado pelos ideais iluminas, foi o re-
presentante do despotismo esclarecido, promovendo reformas para o desenvolvimento racio-
nal da economia portuguesa. Expulsou os jesuítas do Brasil e criou a primeira universidade
leiga de Portugal. Aumentou a fiscalização sobre a colônia e a arrecadação de impostos.
Rebeliões Nativistas: são rebeliões entre colonos ou em defesa do interesse das elites
coloniais.
• Revolta dos Beckman de 1684;
• a Guerra dos Emboabas de 1708 e 1709;
• a Revolta de Felipe dos Santos de 1720;
• a Guerra dos Mascates. 1710 e 1711.
Arte e Literatura
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MAPAS MENTAIS
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TRATADOS DE LIMITES
Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu a divisão do globo
Tratado de Tordesilhas – 1494 terrestre em dois hemisférios por um meridiano localizado 370
léguas a Oeste das ilhas de Cabo Verde.
Firmado entre Portugal e a França para estabelecer os limites
Primeiro Tratado de Utrecht – 1713 entre os dois países na costa norte do Brasil. Estas disposições
serviram, quase dois séculos após, para defender a posição brasi-
leira na questão do Amapá.
Também entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os limites entre
Tratado de Madri – 1750 as colônias dos dois, na América do Sul, respeitando a ocupação
realmente exercida nos territórios e abandonando inteiramente a
“linha de Tordesilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para o
domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um
perfil próximo ao de que dispõe hoje.
Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas gerais os limites
Tratado de Santo Ildefonso – 1777 estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuízo para
Portugal no extremo sul do Brasil.
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Revoltas Nativistas
Revolta dos Beckman Falta de mão de obra escrava. Contra a Compa-
(1684) nhia Geral do Comércio do Maranhão.
A Guerra dos Emboabas Disputa pela exploração do ouro entre Paulistas e
(1708 e 1709) “Emboabas”.
A Revolta de Felipe dos Santos Contra a criação das Casas de Fundição.
(1720)
A Guerra dos Mascates. Comerciantes do Recife contra os senhores de
(1710 e 1711) engenho de Olinda.
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Questão 2 (FGV/2008) “...se V.A. não socorre a essas capitanias e costas do Brasil, ainda
que nós percamos a vida e fazendas, V.A. perderá o Brasil.”
(Carta, de 1548, enviada ao rei de Portugal, pelo capitão Luís de Góis, da capitania de São Vicente)
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O documento:
a) mostra que São Paulo e São Vicente foram as duas únicas capitanias que não conseguiram
prosperar.
b) alerta a Coroa portuguesa a que mude com urgência a política, para não perder sua nova
colônia.
c) revela a disputa entre donatários, para convencer o Rei a enviar auxílio para suas respectivas
capitanias.
d) exagera o risco de invasão do território, quando não havia interesse estrangeiro de explo-
rá-lo.
e) demonstra a incapacidade dos primeiros colonizadores de estabelecer atividade econômi-
ca no território.
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Questão 5 (FGV/2014) Dos engenhos, uns se chamam reais, outros inferiores, vulgarmente
engenhocas. Os reais ganharam este apelido por terem todas as partes de que se compõem
e todas as oficinas, perfeitas, cheias de grande número de escravos, com muitos canaviais
próprios e outros obrigados à moenda; e principalmente por terem a realeza de moerem com
água, à diferença de outros, que moem com cavalos e bois e são menos providos e aparelha-
dos; ou, pelo menos, com menor perfeição e largueza, das oficinas necessárias e com pouco
número de escravos, para fazerem, como dizem, o engenho moente e corrente. A
NTONIL, André João. Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Edusp. 1982, p.69.
O texto oferece uma descrição dos engenhos no Brasil no início do século XVIII. A esse respei-
to é correto afirmar:
a) O engenho de açúcar foi a principal unidade econômica do sertão nordestino durante o pe-
ríodo colonial, permitindo a ocupação dos territórios situados entre o rio São Francisco e o rio
Parnaíba.
b) A produção de açúcar no Nordeste brasileiro colonial, em larga escala, foi possível graças à
implantação do sistema de fábrica e ao uso do vapor como força motriz nas moendas.
c) Os engenhos da Bahia utilizavam, sobretudo, mão de obra escrava africana, enquanto nos
engenhos pernambucanos predominava o trabalho indígena.
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Sobre a ocupação holandesa em parte da atual Região Nordeste, assinale a afirmativa correta.
a) Mostrou-se insustentável após a Restauração portuguesa, em função da aliança luso-bri-
tânica.
b) Era o resultado de conflitos de ordem global que envolviam holandeses, espanhóis e portu-
gueses.
c) Organizou-se de modo a dispensar o trabalho de africanos escravizados e de índios alde-
ados.
d) Representou um momento de intolerância religiosa em relação a outras matrizes culturais.
e) Caracterizou-se pelo aumento dos índices de produção da lavoura a níveis inéditos para os
padrões portugueses.
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c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
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Questão 10 (FGV/2016) Reverendo padre reitor, eu, Manoel Beckman, como procurador elei-
to por aquele povo aqui presente, venho intimar a vossa reverência, e mais religiosos assisten-
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tes no Maranhão, como justamente alterados pelas vexações que padece por terem vossas
paternidades o governo temporal dos índios das aldeias, se tem resolvido a lançá-los fora
assim do espiritual como do temporal, então e não tem falta ao mau exemplo de sua vida, que
por esta parte não tem do que se queixar de vossas paternidades; portanto, notifico a altera-
do povo, que se deixem estar recolhidos ao Colégio, e não saiam para fora dele para evitar
alterações e mortes, que por aquela via se poderiam ocasionar; e entretanto ponham vossas
paternidades cobro em seus bens e fazendas, para deixá-las em mãos de seus procuradores
que lhes forem dados, e estejam aparelhados para o todo tempo e hora se embarcarem para
Pernambuco, em embarcações que para este efeito lhes forem concedidas.
João Felipe Bettendorff, Crônica dos Padres da Companhia de Jesus no Estado do Maranhão.
2ª Edição, Belém: SECULT, 1990, p.360.
O movimento liderado por Manuel Beckman no Maranhão, em 1684, foi motivado pela
a) proibição do ensino laico no Brasil colonial e pelas pressões que os jesuítas realizavam para
impedir a sua liberação.
b) questão da mão de obra indígena e pela insatisfação de colonos com as atividades da Com-
panhia de Comércio do Maranhão.
c) ameaça dos jesuítas de abandonarem a região e pela catequese dos povos indígenas sob
a sua guarda.
d) crítica dos colonos maranhenses ao apoio dos jesuítas aos interesses espanhóis e holan-
deses na região.
e) tentativa dos jesuítas em aumentar o preço dos escravos indígenas, contrariando os interes-
ses dos colonos maranhenses.
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(Laura de Mello e Souza, Norma e conflito: aspectos da história de Minas no século XVIII)
I – “A visita dos anjos a Abraão”, gravura francesa de Michel Dermane, publicada em Paris
(1728-30) e imediatamente difundida na América portuguesa.
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II – “Abraão adora os três anjos”, pintura de Manuel da Costa Ataíde na Igreja de São Fran-
cisco de Assis de Ouro Preto, entre 1801 e 1812.
A partir das imagens e de seus respectivos contextos de produção, assinale a afirmativa que
descreve corretamente a relação entre o barroco na Europa e na América portuguesa.
a) O barroco europeu é um paradigma que foi transposto sem modificações para a América
portuguesa.
b) As matrizes do barroco europeu circulam na colônia, onde são reapropriadas com técnicas
e matérias-primas próprias.
c) O barroco brasileiro busca uma emancipação do modelo europeu, para forjar uma identida-
de nacional.
d) O barroco mineiro baseia-se no repertório pictórico francês, para superar a matriz lusa.
e) A arte colonial brasileira imita os estilos formais do barroco europeu e replica suas temá-
ticas.
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No texto, entre outras marcas do estilo de época que se convencionou chamar de Barroco,
encontra-se o
a) emprego predominante de vocabulário elevado, de extração erudita, majoritariamente com-
posto de palavras raras e preciosas.
b) estabelecimento de um jogo de oposições semânticas produzidas, no caso, pelo espelha-
mento mútuo do poeta e da Bahia.
c) uso intensivo da obscuridade semântica, conferindo ao texto caráter hermético e misterioso.
d) eu lírico dilacerado, tensionado por sua divisão entre a veneração dos bens terrenos e a reli-
giosidade exaltada, de caráter místico.
e) recurso ao tema do “fugere urbem” (fuga à cidade), como modo de criticar a sociedade de-
cadente da Bahia.
1) Período Colonial
2) Período Monárquico
3) Período Republicano
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( ) Numerosas escolas superiores foram criadas, mas a educação não era objeto de preo-
cupação do governo.
( ) Numerosos colégios foram fundados pelos jesuítas por todo o país.
( ) Numerosas reformas educacionais impulsionaram a formação de um sistema público
de ensino.
Assinale a opção que apresenta a relação correta, de cima para baixo.
a) 1 – 2 – 3
b) 3 – 2 – 1
c) 3 – 1 – 2
d) 2 – 3 – 1
e) 2 – 1 – 3
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 15 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
O quadro acima representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus, em que o indígena da
costa brasileira é retratado como rei mago, inovando a tradicional cena do relato bíblico.
Sobre o projeto missionário português, assinale a afirmativa correta.
a) Incorporou os nativos, a fim de universalizar a religião cristã.
b) Segregou os indígenas, relegando sua evangelização a ordens religiosas.
c) Converteu os indígenas, a partir de uma visão multiculturalista.
d) Equiparou heresia e paganismo, para submeter os povos autóctones.
e) Negou a humanidade dos nativos, em função de suas crenças politeístas.
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Com base no mapa, sobre a evolução territorial da América portuguesa, assinale a afirmativa
correta.
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Com relação às invasões holandesas do século XVII, e com base na análise do frontispício,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) As invasões holandesas se inserem no quadro das relações internacionais entre os paí-
ses europeus, disputando o controle do comércio do açúcar.
( ) A capitulação holandesa, em 1654, imposta pelo poderio português, é objeto de propa-
ganda no frontispício mediante a sobreposição do escudo da Restauração a um mapa
que alude aos domínios do Império ultramarino português.
( ) A especificidade do conflito em terras coloniais, marcado pelo uso de emboscadas com
pequenos grupos, em constante movimento, está indicada na referência à “guerra brasí-
lica” no título da obra.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e V.
e) F, F e V.
1) Cafuzo
2) Caboclo
3) Nissei
( ) Termo usado para denominar a descendência de ameríndios e brancos.
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Questão 21 (FGV/2017) O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia
a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das intenções aristocráticas da
nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo
tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos
e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde
o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico
atlântico de escravos passou a ser controlado pelas comunidades mercantis locais (...).
João Fragoso et alii. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX), 1998.
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Questão 23 (FGV/2015)
[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negli-
genciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto
que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de coloni-
zação desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era um
meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos com
a manutenção da força de trabalho escrava.
Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, in Resende, m.e.l. e VILLALTA,
L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do
Tempo, 2007, p. 323.
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Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Pro-
víncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que
a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses de-
vem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo aos repre-
sentantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-conquistadas, caso
de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências euro-
peias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras entre
essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de capital
holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucarei-
ra, fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços
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fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o
domínio português.
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na Améri-
ca portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste
açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta à influência
estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma
guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do continente e
obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se defender da marinha
de guerra holandesa.
Questão 26 (FGV/2014) O trabalho escravo nas minas tinha singularidade, era uma realidade
bem distinta das áreas agrícolas. O complexo meio social lhe permitia maior iniciativa e mobi-
lidade.
(Neusa Fernandes, A Inquisição em Minas Gerais no século XVIII. p. 66)
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com a concentração dos seus quase 350 engenhos de açúcar, domina a produção mundial de
açúcar. Além do mais, nessa disputa entre a Holanda, Portugal e Espanha, quero provar que
a colonização holandesa é a mais benéfica. Minha intenção é fazê-los felizes… sejam portu-
gueses, holandeses ou os da terra, ricos ou pobres, protestantes ou católicos romanos e até
mesmo judeus.
Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fecha
agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da ordem
de dezoito milhões de florins.
Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado.
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que
a) as bases religiosas da colonização holandesa no Nordeste brasileiro produziram uma
organização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento
com juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários
católicos.
b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no coti-
diano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da companhia
holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as demais religiões.
c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no Nordeste da América portuguesa trouxe
benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção, mas repro-
duziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não no produtivo.
d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da
lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações
inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.
e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção açuca-
reira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o
que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em retomar a região
invadida pela Holanda.
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Questão 30 (FGV/SP) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:
a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;
b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricul-
tura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;
c) os índios brasileiros falavam todos a chamada “língua geral” tupi-guarani;
d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinha a pesca abundante e
muitos frutos do mar de conchas, que formaram os “sambaquis”;
e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas culturas
e nações.
Questão 31 (FGV/SP) “(...) assistimos no final do século XVII, após a descoberta das minas,
não a uma nova configuração da vila nem à ruptura brusca com o padrão anterior, ao contrá-
rio, à consolidação de todo um processo de expansão econômica, de mercantilização e de
concentração de poder nas mãos de uma elite local. A articulação com o núcleo mineratório
dinamizará este quadro mas não será, de forma alguma, responsável por sua existência.”
BLAJ, Ilana. A trama das tensões. São Paulo, Humanitas, 2002, p. 125.
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ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa um
lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a única
alternativa INCORRETA:
a) A mão de obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil,
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos índios
como mão de obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
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b) Somente após 1570, a produção açucareira atingiu seu ápice, suplantando a Ilha da Madeira
mantendo-se o maior produtor e exportador do mundo até o início do século XIX.
c) A economia açucareira encontra concorrência quando, apoiadas por Ingleses, algumas ilhas
das Antilhas passam a ser grandes concorrentes do açúcar brasileiro.
d) O açúcar proporcionou grandes riquezas aos donos de engenhos, principalmente em Per-
nambuco e São Paulo, onde o sistema de capitanias obteve o maior êxito.
e) Os holandeses, comandados por Nassau, invadem o Nordeste brasileiro em 1630 e se insta-
lam na região mais próspera da economia açucareira brasileira.
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d) Os 12 donatários vieram para o Brasil a fim de observar as condições de clima, relevo e pos-
sibilidades do solo para cultivos e adaptações de plantas asiáticas.
e) Apesar do balanço desfavorável e de todos os vícios que legaram a estrutura fundiária do
Brasil, as capitanias definem o embrião da futura ocupação do Brasil.
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d) Minifúndios
e) Casas-grandes
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Com base nos conhecimentos sobre a escravidão, é correto afirmar que a imagem:
a) revela a fraternidade com que eram tratados os escravizados.
b) sintetiza a ausência de sofrimento dos escravizados.
c) confirma a civilidade no trato com os escravizados.
d) revela o cuidado com os direitos sociais dos escravizados.
e) representa a humilhação dos indivíduos escravizados.
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1) Os bandeirantes, em busca de índios para o trabalho em São Paulo, iniciaram suas expe-
dições pelo sul do Brasil, inclusive arremetendo contra as Missões, onde viviam os índios
guaranis e os jesuítas.
2) A maior contribuição dos jesuítas no período colonial foi a transformação efetiva da
cultura original dos indígenas, tornando-os monogâmicos, trabalhadores disciplinados e
fiéis à Igreja Católica.
3) Os bandeirantes contribuíram para consolidar as fronteiras do Brasil, mas também pren-
deram e mataram milhares de índios, o que provocou o despovoamento no interior do
país e o extermínio de alguns povos indígenas.
4) Os bandeirantes, depois de caçar e exterminar milhares de índios, passaram a procurar
ouro na região que seria logo chamada de Minas Gerais, cujo trabalho baseou-se na uti-
lização da mão de obra escrava oriunda da África.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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d) consistiu na invasão armada dos grupos indígenas aos assentamentos portugueses, com a
finalidade de capturar invasores para serem comidos ritualmente.
e) foram guerras de retaliação que os portugueses realizavam em territórios ocupados pelos
holandeses após serem atacados por eles.
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GABARITO
1. d 21. e 41. a
2. b 22. d 42. b
3. d 23. e 43. d
4. e 24. c 44. d
5. d 25. a 45. a
6. b 26. c 46. c
7. e 27. a 47. d
8. c 28. c 48. a
9. a 29. c 49. a
10. b 30. e 50. b
11. a 31. b 51. e
12. b 32. c 52. c
13. b 33. a 53. a
14. e 34. d 54. c
15. a 35. d 55. e
16. b 36. b 56. d
17. a 37. b 57. d
18. b 38. d 58. a
19. d 39. c 59. b
20. c 40. d 60. e
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GABARITO COMENTADO
Questão 15 (FGV/PREFEITURA DE SALVADOR BA/PROFESSOR/HISTÓRIA/2019)
O quadro acima representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus, em que o indígena da
costa brasileira é retratado como rei mago, inovando a tradicional cena do relato bíblico.
Sobre o projeto missionário português, assinale a afirmativa correta.
a) Incorporou os nativos, a fim de universalizar a religião cristã.
b) Segregou os indígenas, relegando sua evangelização a ordens religiosas.
c) Converteu os indígenas, a partir de uma visão multiculturalista.
d) Equiparou heresia e paganismo, para submeter os povos autóctones.
e) Negou a humanidade dos nativos, em função de suas crenças politeístas.
Letra a.
Questão de interpretação e contextualização. Interpretação porque o indígena está incorpo-
rado ao universo cultural cristão da pintura. Contextualização porque você sabe do papel dos
jesuítas na evangelização e conversão dos nativos à fé católica.
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a) a ocupação de zonas centrais da Capitania de Mato Grosso, em torno das missões e fazen-
das dos jesuítas já existentes, que serviram de apoio para o comércio local.
b) a imigração de portugueses e bandeirantes para a Capitania de Mato Grosso e a fundação
de duas vilas, a Vila de Cuiabá e a Vila Bela da Santíssima Trindade.
c) a integração dos indígenas à sociedade colonial, mediante as oportunidades de trabalho nos
garimpos e pelo incremento na comercialização das drogas do sertão.
d) a instalação de casas de fundição, para controlar a circulação de ouro e de prata na região,
e a criação do Forte do Príncipe da Beira, para impedir o contrabando de metais preciosos.
e) a criação da Capitania de Mato Grosso e Cuiabá, em terras desmembradas da Capitania de
Minas Gerais, oferecendo sesmarias para os colonos, a fim de favorecer sua ocupação.
Letra b.
Querido(a), está questão é muito específica, voltada para um concurso que cobra conhecimen-
tos sobre a colonização de Rondônia. Não encontrará em seu concurso uma questão assim.
No entanto, ela serve para você compreender o processo de interiorização do território brasi-
leiro.
a) Errada. A ocupação listada ocorreu nos séculos XVI e XVII.
b) Certa. Devido à descoberta do ouro, portugueses e bandeirantes fundaram vilas no Mato
Grosso e em Goiás. Lembre-se de que os paulistas saíram de Minas devido à derrota na Guerra
dos Emboabas.
c) Errada. A integração dos indígenas ocorreu com as missões dos padres jesuítas, séculos
XVI e XVII. Antes da chegada dos colonos eles já comercializavam as drogas do sertão.
d) Errada. A criação do Forte do Príncipe da Beira foi para fortificar e defender as fronteiras no
vale do Guaporé.
e) Errada. Foram desmembradas da capitania de MT e não de MG.
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Letra a.
Como meio de proteção da região amazônica, os portugueses construíram o Forte do Presé-
pio, primeira construção de Belém do Pará.
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Com base no mapa, sobre a evolução territorial da América portuguesa, assinale a afirmativa
correta.
a) A demarcação estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas se inseriu na disputa pelo controle
das rotas que garantiam o acesso às Índias: o périplo africano para Castela e a passagem pelo
Cabo da Boa Esperança para Portugal.
b) O Tratado de Madri revogou o de Tordesilhas e utilizou um novo conceito de fronteira, com
base na posse efetiva da terra e nos acidentes geográficos e naturais, incluindo parcelas do
território que as bandeiras haviam desbravado.
c) A consequência do Tratado de 1750 foi a renúncia, pela Espanha, à Colônia do Sacramento,
fundada no Rio da Prata e próxima a Montevidéu, em troca da definição do rio Uruguai como
fronteira oeste do Brasil com a Argentina.
d) Os Tratados de Madri e Santo Ildefonso tiveram como foco a ocupação da região amazônica
e o controle do contrabando de ouro e da população indígena nesse território.
e) O Tratado de Santo Ildefonso ampliou as possessões lusas na América, em conformidade com
os territórios que haviam sido efetivamente ocupados pela Coroa portuguesa na bacia platina.
Letra b.
Celebrado entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os limites entre as colônias dos dois, na
América do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos territórios e abandonando
inteiramente a “linha de Tordesilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para o domínio da
Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje.
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Com relação às invasões holandesas do século XVII, e com base na análise do frontispício,
assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) As invasões holandesas se inserem no quadro das relações internacionais entre os paí-
ses europeus, disputando o controle do comércio do açúcar.
( ) A capitulação holandesa, em 1654, imposta pelo poderio português, é objeto de propa-
ganda no frontispício mediante a sobreposição do escudo da Restauração a um mapa
que alude aos domínios do Império ultramarino português.
( ) A especificidade do conflito em terras coloniais, marcado pelo uso de emboscadas com
pequenos grupos, em constante movimento, está indicada na referência à “guerra brasí-
lica” no título da obra.
As afirmativas são, respectivamente,
a) F, V e F.
b) F, V e V.
c) V, F e F.
d) V, V e V.
e) F, F e V.
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Letra d.
Todas as afirmativas estão corretas. Chamo sua atenção para o fato de que a terceira afirmati-
va pode lhe gerar dúvidas. No entanto, como as duas primeiras são relativamente fáceis de se
constatar que são verdadeiras, não há opção V, V, F. Infere-se, portanto, que a última afirmativa
é correta.
1) Cafuzo
2) Caboclo
3) Nissei
( ) Termo usado para denominar a descendência de ameríndios e brancos.
( ) Termo utilizado para designar a descendência de imigrantes japoneses.
( ) Termo usado para nomear os descendentes de negros africanos e ameríndios.
Assinale a opção que mostra a relação correta, de cima para baixo.
a) 1 – 3 – 2.
b) 1 – 2 – 3.
c) 2 – 3 – 1.
d) 2 – 1 – 3.
e) 3 – 2 – 1.
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Letra c.
Essa exige que você compreenda os vocábulos das miscigenações. Recorde: Mulato: resulta-
do da mistura de brancos e africanos – na época colonial, quase sempre branco e negra –, vem
de mula; cafuzo ou carafuzo ou caboclo: é resultado da união entre negro e índio; Mameluco:
mestiço de branco e índio.
Questão 21 (FGV/2017) O que queremos destacar com isso é que o tráfico atlântico tendia
a reforçar a natureza mercantil da sociedade colonial: apesar das intenções aristocráticas da
nobreza da terra, as fortunas senhoriais podiam ser feitas e desfeitas facilmente. Ao mesmo
tempo, observa-se a ascensão dos grandes negociantes coloniais, fornecedores de créditos
e escravos à agricultura de exportação e às demais atividades econômicas. Na Bahia, desde
o final do século XVII, e no Rio de Janeiro, desde pelo menos o início do século XVIII, o tráfico
atlântico de escravos passou a ser controlado pelas comunidades mercantis locais (...).
João Fragoso et alii. A economia colonial brasileira (séculos XVI-XIX), 1998.
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Letra e.
Como o texto ressalta, existiam na Colônia comerciantes de escravos que agiam sem a anuên-
cia da Coroa Portuguesa. Esses comerciantes acabavam por ajudar a formar certa autonomia
colonial e mercantil frente a Coroa.
Letra d.
A questão remete a agricultura durante o Brasil Colonial. Caracterizou-se pelo plantation, ou
seja, latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visando o mercado externo. O açúcar
foi o principal produto e foi com ele que começou efetivamente a colonização do Brasil com a
implantação das Capitanias Hereditárias em 1534. No entanto, no final do século XVIII com a
crise da mineração, o algodão (produzido no Nordeste) ganhou destaque na pauta de exporta-
ção do Brasil devido as guerras de independência dos Estados Unidos bem como a Revolução
Haitiana.
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Questão 23 (FGV/2015)
[...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negli-
genciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto
que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de coloni-
zação desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era um
meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos com
a manutenção da força de trabalho escrava.
Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, in Resende, m.e.l. e VILLALTA,
L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do
Tempo, 2007, p. 323.
Letra e.
Neste contexto ocorreu o “Plantation”, isto é, prevaleceu o trabalho escravo, o latifúndio, a
monocultura e a economia visava ao mercado externo. Apesar deste modelo de colonização,
outras atividades econômicas foram importantes como forma de reprodução da estrutura so-
cial. A agricultura tinha sua função nesta engrenagem colonial no sentido de alimentar a mão
de obra. A pecuária, por sua vez, foi fundamental. O gado representava o alimento, o transporte,
o couro etc.
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Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Pro-
víncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que
a) os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses de-
vem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo aos repre-
sentantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-conquistadas, caso
de Angola.
b) as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências euro-
peias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras entre
essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de capital
holandês.
c) a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucareira,
fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços forne-
cedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o domínio
português.
d) o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na Améri-
ca portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste
açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta à influência
estrangeira.
e) a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma
guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do continente e
obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se defender da marinha
de guerra holandesa.
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Letra c.
A questão remete ao conflito da dinastia Habsburgo (Espanha) que dominava boa parte da
Europa no século XVII contra a Holanda denominada Repúblicas das Províncias Unidas. O his-
toriador Charles Boxer afirmou que este conflito foi tão amplo que pode ser denominado de
Primeira Guerra Mundial considerando que no império de Filipe II Habsburgo o sol nunca se
põe (o império incorporava quase toda América Latina, Espanha, Portugal e boa parte da Itália
e Alemanha além das Filipinas). O conflito ocorreu porque a Holanda pertencia a Espanha e por
motivos religiosos e econômicos principalmente, a Holanda se emancipou em 1581. Daí Filipe
II, rei da Espanha e “dono do mundo” implantou um boicote econômico contra a Holanda. Esta
reagiu e criou a Companhia das Índias Orientas e a Companhia das Índias Ocidentais em 1621.
Esta última visava invadir o Nordeste do Brasil para dominar a produção do açúcar.
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Letra a.
No período citado no texto (1625-1650), portugueses e holandeses disputavam o domínio dos
dois principais portos do Atlântico Sul: o litoral brasileiro e o litoral de Angola. Nesse sentido,
houve uma queda significativa do tráfico português de escravos, o que resultou numa fome de
cativos. Assim, o bandeirantismo de apresamento indígena foi incentivado na Colônia brasilei-
ra para suprir a falta dos escravos.
Questão 26 (FGV/2014) O trabalho escravo nas minas tinha singularidade, era uma realida-
de bem distinta das áreas agrícolas. O complexo meio social lhe permitia maior iniciativa e
mobilidade.
(Neusa Fernandes, A Inquisição em Minas Gerais no século XVIII. p. 66)
Letra c.
A organização social das minas permitia uma frouxidão na relação escrava, uma vez que os ca-
tivos podiam trabalhar como faiscadores, artesãos ou trabalhadores liberais, o que aumentou
consideravelmente a compra de alforrias. Memorize o mapa mental sobre as características
da sociedade mineradora.
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Letra a.
As invasões holandesas no Nordeste – Bahia e Pernambuco – ocorreram no contexto das
“Guerras do Açúcar” entre Holanda e Espanha. A potência Ibérica controlava Portugal e suas
colônias e, como forma de retaliar os holandeses foi decretada a proibição do comércio de
açúcar brasileiro, representando grande prejuízo para os investidores holandeses.
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Senhores, a Companhia das Índias Ocidentais, que financiou a campanha das Américas, fecha
agora o balanço dos últimos quinze anos com um saldo devedor aos seus acionistas da ordem
de dezoito milhões de florins.
Moradores
Viva! Já ganhou! (...) Viva ele! Viva!
Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra. Calabar: o elogio da traição, 1976. Adaptado.
Sobre o fato histórico ao qual a obra teatral faz referência, é correto afirmar que
a) as bases religiosas da colonização holandesa no Nordeste brasileiro produziram uma orga-
nização administrativa que privilegiava a elite luso-brasileira, ao oferecer financiamento com
juros subsidiados e parcelas importantes do poder político aos grandes proprietários católicos.
b) a grande distância entre as promessas de tolerância religiosa e a realidade presente no coti-
diano dos moradores da capitania de Pernambuco deu-se porque os dirigentes da companhia
holandesa impuseram o calvinismo como religião oficial e perseguiram as demais religiões.
c) a presença da Companhia das Índias Ocidentais no Nordeste da América portuguesa trouxe
benefícios aos proprietários luso-brasileiros, como o financiamento da produção, mas repro-
duziu a lógica do colonialismo, ao concentrar a riqueza no setor mercantil e não no produtivo.
d) a felicidade prometida pelos invasores holandeses não pôde ser efetivada em função da
lógica diplomática presente na relação entre Portugal e Holanda, pois se tratava de nações
inimigas desde o século XV, em virtude da disputa pelo comércio oriental.
e) as promessas dos invasores holandeses se confirmaram, e a elite ligada à produção açuca-
reira e ao comércio colonial foi amplamente beneficiada, principalmente pelo livre comércio, o
que explica a resistência desses setores sociais ao interesse português em retomar a região
invadida pela Holanda.
Letra c.
A presença holandesa no Brasil colonial, através do governo das Companhias das Índias Oci-
dentais, ajudou por desenvolver a capitania de Pernambuco, em especial na produção de açú-
car. Mas a presença holandesa não modificou o panorama social da Colônia, beneficiando,
assim, as elites.
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Letra c.
Querido(a), lembre-se do MEEL da economia açucareira.
Questão 30 (FGV/SP) Com relação aos indígenas brasileiros, pode-se afirmar que:
a) os primitivos habitantes do Brasil viviam na etapa paleolítica do desenvolvimento humano;
b) os índios brasileiros não aceitaram trabalhar para os colonizadores portugueses na agricul-
tura não por preguiça, e sim porque não conheciam a agricultura;
c) os índios brasileiros falavam todos a chamada “língua geral” tupi-guarani;
d) os tupis do litoral não precisavam conhecer a agricultura porque tinha a pesca abundante e
muitos frutos do mar de conchas, que formaram os “sambaquis”;
e) os índios brasileiros, como um todo, não tinham homogeneidade nas suas variadas culturas
e nações.
Letra e.
Eram vários povos com características culturais diferentes.
Questão 31 (FGV/SP) “(...) assistimos no final do século XVII, após a descoberta das minas,
não a uma nova configuração da vila nem à ruptura brusca com o padrão anterior, ao contrá-
rio, à consolidação de todo um processo de expansão econômica, de mercantilização e de
concentração de poder nas mãos de uma elite local. A articulação com o núcleo mineratório
dinamizará este quadro mas não será, de forma alguma, responsável por sua existência.”
BLAJ, Ilana. A trama das tensões. São Paulo, Humanitas, 2002, p. 125.
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a) à vila de São Luís e ao seu papel de núcleo articulador entre a economia exportadora e o
mercado interno colonial.
b) à vila de São Paulo, cuja integração a uma economia de mercado teria ocorrido antes da
descoberta dos metais preciosos.
c) à vila de Ouro Preto, importante centro agrícola e pecuarista encravado no interior da Amé-
rica portuguesa.
d) à vila de Cuiabá, principal entreposto de tropeiros e comerciantes que percorriam as precá-
rias rotas do Centro-Sul.
e) à vila de Mariana, importante centro distribuidor de indígenas apresados pelos bandeirantes.
Letra b.
Analisando o documento oferecido na questão, percebemos que a mineração somente acele-
rou um processo de diversificação econômica que já acontecia antes da descoberta das jazi-
das de metais e pedras preciosas. De tal modo, não podemos colocar a atividade mineradora
como evento fundamental na criação de novos centros urbanos e na diversificação da econo-
mia colonial. Como exemplo, o gabarito indica a cidade de São Paulo como um centro urbano
que já experimentava tal situação antes do desenvolvimento da mineração.
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Letra c.
Celebrado entre Portugal e a Espanha, estabeleceu os limites entre as colônias dos dois, na
América do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos territórios e abandonando
inteiramente a “linha de Tordesilhas”. (A Colônia de Sacramento passaria para o domínio da
Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje.
Letra a.
Afirmativa I. Correta.
Afirmativa II. Correta.
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Afirmativa III. Errada. O ciclo da cana ocorreu no Nordeste no século XVI com os engenhos
escravistas. O ciclo do café ocorreu no Sudeste em meados do século XIX, na transição da
escravidão para a mão de obra livre. No ciclo do café ocorreu o processo de abolição da escra-
vidão e a imigração europeia
Afirmativa IV. Errada. A articulação entre América e África, descreve a produção canavieira
colonial.
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ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor
Esta composição de Paulo César Pinheiro imortalizada pela voz de Clara Nunes representa um
lamento em relação ao fato lamentável da escravidão no Brasil. Sobre esta assinale a única
alternativa INCORRETA:
a) A mão de obra escrava foi a base de sustentação da economia colonial e imperial.
b) A identificação de escravos como crioulos revelava a sua condição de nascido no Brasil,
diferente do africano que era o recém-chegado, trazido pelo tráfico.
c) O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pelo uso dos índios
como mão de obra.
d) A escravidão africana teve início com a descoberta do ouro na primeira metade do século
XVIII na região, que hoje, chamamos de Minas Gerais.
Letra d.
Querido(a), essa é para gabaritar! Lembre-se do mapa mental sobre os ciclos econômicos.
Pela ordem cronológica: pau-brasil, cana-de-açúcar, ouro, café. Também se lembre do MEL
(monocultura, escravidão, exportação, latifúndio) da economia açucareira. Agora basta um
mero exercício de lógica: a alternativa afirma que a escravidão começou com a descoberta do
ouro, no entanto, se o açúcar surgiu antes e utilizava da mão de obra escrava, a alternativa “d”
só pode estar errada.
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Letra d.
Como você há de se recordar, as únicas capitanias que prosperaram foram a de Pernambuco e
São Vicente (São Paulo) principalmente em razão da exploração da atividade açucareira.
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Letra b.
Tratado de Santo Ildefonso foi o acordo assinado em 1 de outubro de 1777 na cidade espanho-
la de San Ildefonso, na província espanhola de Segóvia, na Comunidade Autónoma de Castela
e Leão, com o objetivo de encerrar a disputa entre Portugal e Espanha pela posse da colônia
sul-americana do Sacramento, situação que se prolongava desde a Paz de Utrecht e a guerra
de 1735-1737. O tratado foi intermediado pela Inglaterra e pela França, que tinham interesses
políticos internacionais na pacificação das relações entre Portugal e Espanha. Com a assinatu-
ra do tratado, a rainha de Portugal, D. Maria I, e o rei da Espanha, Carlos III, praticamente revali-
daram o Tratado de Madrid (1750) e concederam fundamento jurídico a uma situação de fato:
os espanhóis mantiveram a colônia e a região dos Sete Povos das Missões, que depois passou
a compor grande parte do estado do Rio Grande do Sul e do Uruguai; em troca, reconheceram
a soberania dos portugueses sobre a margem esquerda do rio da Prata, cederam pequenas
faixas fronteiriças para compensar as vantagens obtidas no sul e devolveram a ilha de Santa
Catarina, ocupada poucos meses antes.
Letra b.
Essa é uma questão de interpretação da realidade. Você não pode associar o termo escravo ao
negro africano pelo simples fato de que ser negro não é igual à condição de escravo. Escravo
é termo corretamente atribuído a uma condição de trabalho. Outro detalhe é que, na Grécia
Antiga, de etnia ariana existia a escravidão por dívida.
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Letra d.
Esta questão, em particular, pode levar o candidato a entender que a alternativa a estaria cor-
reta. Entretanto, a África não esteve isolada do comércio com outras regiões, realizando intera-
ções com variados povos que atracavam seus navios no litoral. A alternativa correta é a letra d,
pois os portugueses somente conseguiram empreender o comércio de escravos construindo
feitorias e realizando acordos com chefes tribais locais.
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Letra c.
a) Errada. O primeiro engenho na colônia foi construído na Capitania de São Vicente.
b) Errada. Em 1880 a produção açucareira estava em crise desde a expulsão dos holandeses
que ofereceram concorrência com suas colônias nas Antilhas.
d) Errada. Pernambuco e São Vicente foram as Capitanias de maior sucesso na Colônia.
e) Errada. Não foram os espanhóis que invadiram o Nordeste, foram os holandeses. Além dis-
so, Nassau não participou da invasão e, sim, da administração.
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Letra d.
Querido(a), a afirmativa d contradiz a afirmativa a. Portanto, uma delas é a incorreta. Na reali-
dade, muitos donatários sequer vieram para a colônia deixando algumas capitanias sem efeti-
va ocupação. Ademais, eram sim 15 capitanias doadas a 14 donatários e não 12, como afirma
a alternativa d.
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a) O Sistema Colonial se nos apresenta como o conjunto das relações entre as metrópoles e
suas respectivas colônias.
b) O Sistema Colonial pode ser situado no período entre a baixa Idade Média e o Renascimento
seguindo a tradição de vários historiadores.
c) O Sistema Colonial do Mercantilismo que dá sentido à colonização europeia entra em crise
com os Descobrimentos Marítimos.
d) No sistema colonial a Metrópole deve se constituir em favor essencial do desenvolvimento
econômico da colônia dando-lhe maior mercado.
e) Na colonização, a política mercantilista, conquanto fosse pautada no montante de metal
nobre existente dentro de cada nação não estabelecia uma prática competitiva.
Letra a.
b) Errada. O sistema colonial se situa na Idade Moderna.
c) Errada. Ganha impulso com os descobrimentos.
d) Errada. A Metrópole decidia pela colonização de povoamento ou de exploração.
e) Errada. Existia sim concorrência entre as metrópoles pela maior arrecadação de metais
preciosos.
Letra b.
O Marquês de Pombal objetivava o aumento da fiscalização sobre a região mineradora com a
maior proximidade da Capital da colônia.
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Letra d.
Portugal não tinha interesse em colonizar o Brasil, inicialmente, porque não encontrara ouro.
As expedições buscavam reconhecer as terras e preservá-las do ataque de estrangeiros que
desrespeitavam o Tratado de Tordesilhas.
Letra d.
Salvador foi a primeira capital da colônia.
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Letra a.
A atividade mineradora na colônia do Brasil favoreceu sobremaneira o desenvolvimento/forta-
lecimento do mercado interno, aumentando as atividades subsidiárias da mineração, como a
pecuária e a agricultura.
Letra c.
Cristóvão Jacques comandou as expedições guarda-costas, realizadas entre os anos 1516
e 1520.
Letra d.
A extração e comercialização de pau-brasil, pelo sistema de “estanco”, foi a primeira atividade
econômica desenvolvida pelos portugueses na colônia do Brasil entre os anos 1504-1530.
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Letra a.
A pecuária nasceu da necessidade de abastecimento da população envolvida nas atividades
principais da colônia: a agricultura da cana-de-açúcar, nos séculos XVI, e XVII, e a mineração,
no século XVIII.
Letra a.
Como vimos, essas foram as únicas Capitanias que vingara, principalmente em função do
plantio de cana-de-açúcar.
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Letra b.
Querido(a), essa questão está muito mais para português do que para história. A banca quer
saber se você sabe a definição de latifúndio.
Letra e.
No ano de 1530 chegou a primeira expedição colonizadora, chefiada por Martin Afonso de
Souza, com os objetivos de expulsar os estrangeiros, procurar ouro e outras riquezas e fun-
dar povoados para garantir a defesa do litoral. Essa expedição trazia sementes, instrumentos
de trabalho, animais domésticos e muitas pessoas, que deveriam construir suas casas, fazer
plantações, explorar riquezas, abrir estradas e aqui ficar morando. Em 1532, Martin Afonso de
Souza fundou a primeira vila no Brasil, que recebeu o nome de Vila São Vicente, no litoral do
atual Estado de São Paulo.
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Letra c.
Na lógica do Pacto Colonial (ou exclusivo colonial), encontramos a colônia ficando limitada
pelo fornecimento de matéria-prima para a Metrópole. Esta tem a responsabilidade de elabo-
rar a matéria-prima, transformando-a num produto manufaturado. A venda da manufatura, que
possui maior valor agregado, garantia o lucro para a Metrópole.
Letra a.
Forma do Estado viabilizar o acesso à terra no Brasil, gerando concentração fundiária. As Car-
tas de Doação e a Carta Foral Foram leis que regularizavam a posse e os direitos dos donatá-
rios sobre as Capitanias Hereditárias no início da colonização portuguesa no Brasil. A Carta
de Doação era o documento que comprovava a doação de uma Capitania Hereditária a um
donatário pela Coroa Portuguesa. A Carta Foral era o documento que regulamentava os direi-
tos e deveres dos donatários sobre a Capitania que recebiam. Dentre eles, a proibição de re-
vendê-la, a de explorar nela o pau-brasil. Caso fosse encontrado metal precioso, a maior parte
deles ficaria com a Coroa. Entre os direitos, ao donatário ficaria o de administrar, o de cuidar
da justiça e de doar de sesmarias. Povoar, fundar vilas eram obrigações dos donatários sobre
as Capitanias Hereditárias.
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Letra c.
Como vimos, foi a atividade açucareira que permitiu o sucesso das capitanias de São Vicente
e Pernambuco.
Com base nos conhecimentos sobre a escravidão, é correto afirmar que a imagem:
a) revela a fraternidade com que eram tratados os escravizados.
b) sintetiza a ausência de sofrimento dos escravizados.
c) confirma a civilidade no trato com os escravizados.
d) revela o cuidado com os direitos sociais dos escravizados.
e) representa a humilhação dos indivíduos escravizados.
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Letra e.
Questão de interpretação de fácil resolução. A foto mostra como a população negra escraviza-
da era humilhada.
Letra d.
Durante o primeiro ciclo econômico do Brasil, qual seja o ciclo do pau-brasil, a mão de obra
indígena foi utilizada na modalidade de escambo. Também é bom destacar que os nativos não
possuíam imunidade para várias doenças trazidas pelos portugueses.
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Com base no texto e nos conhecimentos sobre a expansão de territórios e a fixação de frontei-
ras no Brasil colonial, considere as afirmativas a seguir:
1) Os bandeirantes, em busca de índios para o trabalho em São Paulo, iniciaram suas expe-
dições pelo sul do Brasil, inclusive arremetendo contra as Missões, onde viviam os índios
guaranis e os jesuítas.
2) A maior contribuição dos jesuítas no período colonial foi a transformação efetiva da
cultura original dos indígenas, tornando-os monogâmicos, trabalhadores disciplinados e
fiéis à Igreja Católica.
3) Os bandeirantes contribuíram para consolidar as fronteiras do Brasil, mas também pren-
deram e mataram milhares de índios, o que provocou o despovoamento no interior do
país e o extermínio de alguns povos indígenas.
4) Os bandeirantes, depois de caçar e exterminar milhares de índios, passaram a procurar
ouro na região que seria logo chamada de Minas Gerais, cujo trabalho baseou-se na uti-
lização da mão de obra escrava oriunda da África.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Letra d.
Apesar da ação jesuíta, os indígenas não se tornaram trabalhadores disciplinados. Muitos até
trabalhavam nas missões, mas visando a subsistência e não nas lavouras de cana-de-açúcar.
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Letra a.
A guerra Justa foi um conceito criado pelos portugueses empregado para justificar a captura,
aprisionamento e escravização dos indígenas.
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Letra b.
Dentre as características da sociedade colonial brasileira mais marcante citamos a escravidão
africana, o latifúndio e o patriarcalismo, entre outras.
Letra e.
A afirmação é errada porque existiram sim conflitos na região mineradora. Entre eles, destaque
para a Guerra dos Emboaba (1708/9) e a Revolta de Vila Rica ou Felipe dos Santos (1720).
Daniel Vasconcellos
Daniel Vasconcellos é Pós-graduado em Docência do Ensino Superior pela Faculdade Darwin (2013).
Graduado em História pelo Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM (2003). Possui mais de 15
anos de experiência em docência nas áreas de História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Metodologia
Científica, no Ensino Médio, Superior e em Preparatório para Vestibulares e Concursos. Atua como professor
concursado da Secretária de Estado da Educação do Distrito Federal.
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