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@profe.ale.

lopes Profe Ale Lopes História e Sociologia


Articuladas

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Colônia I
Profe Alê Lopes

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Bem-Vindas e Bem-Vindos!
@profe.ale.lopes

História e Sociologia articuladas

Estrategia Militares

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Introdução ao Sistema
Colonial Português
Profe. Ale Lopes
CRONOLOGIA DAS CONQUISTAS IBÉRICAS
1415 1419 1431 1488
• Tomada de • Tomada da Ilha • Tomada da Ilha • Bartolemeu
Ceuta - África de Madeira de Açores e passa o Cabo da
Boa Esperança,
Cabo Verde Sul da África

12 DE OUTUBRO
22 DE ABRIL DE
1498 1500
DE 1492 1494
Cristóvão Colombo • Vasco da Gama • Pedro Álvares
TRATADO DE chega a Calicute,
chega à América
TORDESILHAS Cabral chega ao
na Índia Brasil

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Oscar Pereira da Silva – O desembarque de Cabral em Porto Seguro. Museu Paulista

22 de
Abril de
1500

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Periodização da História Brasileira

Império • 1ª. República 1889


• 1500 -1822
• 1500-1530: Pré- • Era Vargas 1930
Colonização • 1º.Reinado:1822 • Período Democrático
• A partir de 1500: • Regência: 1831 1945
• Regimes Militar 1964
Implantação do • 2º.Reinado:1840
• Nova República
Sistema Colonial 1889 1985

Colônia República
Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
Momentos e modelos da implantação do
sistema colonial
sem sistema de colonização - Contrato de concessão
Pré-Colonização predominou atividade de para exploração
1501-1530 extrativismo e de extrativista
RECONHECIMENTO

COLONIZAÇÃO
PORTUGUESA
Sistema descentralizado de
colonização e formação
Capitanias
dos engenhos Hereditárias
Colonização
pós- 1530
Sistema centralizado de
colonização (a partir de Governo-Geral
1549)

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


A estrutura socioeconômica da Colônia

“Se vamos a essência da nossa formação, veremos que na realidade nos


constituímos para fornecer açúcar, tabaco, alguns outros gêneros; mais
tarde, ouro e diamantes; depois, algodão e, em seguida, café para o
comércio europeu. Nada mais que isso. É com tal objetivo, objetivo exterior,
voltado para fora do país e sem atenção a considerações que não fossem o
interesse daquele comércio, que se organizavam a sociedade e a economia
brasileiras [...]. Este início cujo caráter se manterá dominante através dos
três séculos (...) se agravará profunda e totalmente nas feições e na vida do
país. O “sentido da evolução” brasileira, ainda se afirma por aquele caráter
inicial da colonização.”
PRADO JR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1979, p. 31-32.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


(EsPCEx 2016)
As relações entre a metrópole e a colônia foram regidas pelo chamado pacto colonial,
sendo este aspecto uma das principais características do estabelecimento de um sistema de
exploração mercantil implementado pelas nações europeias com relação à América. Com
relação ao Brasil, do que constava este pacto?
a) As colônias só poderiam produzir artigos manufaturados.
b) A produção agrícola seria destinada, exclusivamente, à subsistência da colônia.
c) A produção da colônia seria restrita ao que a metrópole não tivesse condições de
produzir.
d) A colônia poderia comercializar a produção que excedesse às necessidades da
metrópole.
e) Portugal permitiria a produção de artigos manufaturados pela colônia, desde que a
matéria – prima fosse adquirida da metrópole.

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Pré-Colonização
Profe Ale Lopes
O sentido econômico do projeto colonial

No seu conjunto a colonização dos trópicos toma o aspecto e uma vasta


empresa colonial destinada a explorar os recursos naturais de um território
virgem em proveito do comércio europeu, é este o verdadeiro sentido da
colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes[...]. Tudo se disporá
naquele sentido: a estrutura bem como as atividades do país. Virá o branco
europeu para especular, realizar um negócio; inverterá seus cabedais e recrutará
mão de obra que precisa: indígenas ou negros importados.
PRADO JR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Ed. Brasiliense, 1979, p. 31-32.

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Base de todo sistema colonial

METRÓPOLE: COLÔNIA:
envio de PACTO envio de
manufaturados COLONIAL matéria-prima,
e bens de produtos
consumo de OU tropicais,
consumo metais
preciosos
EXCLUSIVO
METROPO-
LITANO

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1ª Atividade Extrativista
❖ exploração era monopólio da Coroa Portuguesa – “madeira de
lei”

❖ exploração particular por meio de contrato de concessão -


ESTANCO

❖ mão de obra indígena à base de ESCAMBO.

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Expedições pré-colonizadoras

1501 - Expedição 1503 - Expedição 1516 e 1520


Gaspar de Lemos Gonçalo Coelho Expedição Cristóvão
Facques

• Expedição de • Pareceria entre reis • Organizada para


nomeação das ilhas, e comerciantes para deter o contrabando
cabos, rios e baias do a exploração do pau- de pau-brasil por
litoral brasileiro brasil. Um desses franceses. Não foram
comerciantes era bem-sucedidas
Fernão de Noronha.
1530 - A expedição de Martin Afonso de Souza e o
início da colonização

1. Iniciar a ocupação da terra portuguesa: povoar e


explorar;
2. Combater os corsários estrangeiros;
3. Procurar metais preciosos;
4. Sistematizar o reconhecimento do litoral para
implementar a produção de cana-de-açúcar.

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 Colônia de Exploração: voltada para produção de mercadorias típicas de
exportação. MONOCULTURA. Foco: Mercado externo. Assim, predomínio da
grande propriedade rural: LATIFÚNDIO!

 Colônia de povoamento é o exato oposto da colônia de exploração:


produção voltada para o mercado interno. PLURICULTURA. Assim,
predomínio da pequena propriedade familiar.

Seria possível explorar sem povoar?


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Pega essa reflexão!!

Passados os primeiros tempos das notícias desencontradas e de tantos boatos, foi preciso
garantir o achado e impedir os ataques estrangeiros. Tinha-se que povoar e colonizar a terra,
mas também encontrar algum tipo de estímulo econômico. [...] Como se pode notar, a ideia
era obter lucro com a nova terra, antes que ela se transformasse num problema. E era esse o
“sentido da colonização”:
povoar, mas sempre pensando no bem da metrópole.

SCHWARCZ, Lilia Moritz. e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Ed. Cia das Letras, 2018, p.

Povoar e explorar são dois lados da mesma moeda!

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Pressão para a
Coroa
estabelecer um
sistema de
exploração
colonial

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(EsPCEx 2014)
“Os primeiros trinta anos da História do Brasil são conhecidos como período Pré-Colonial. Nesse
período, a coroa portuguesa iniciou a dominação das terras brasileiras, sem no entanto, traçar um plano
de ocupação efetiva, […] A atenção da burguesia metropolitana e do governo português estavam
voltados para o comércio com o Oriente, que desde a viagem de Vasco da Gama, no final do século
XV, havia sido monopolizado pelo Estado português. […] O desinteresse português em relação ao
Brasil estava em conformidade com os interesses mercantilistas da época, como observou o navegante
Américo Vespúcio, após a exploração do litoral brasileiro, pode-se dizer que não encontramos nada de
proveito”. (Berutti,2004)
Sobre o período retratado no texto, pode-se afirmar que o(a)
a) desinteresse português pelo Brasil nos primeiros anos de colonização, deu-se em decorrência dos
tratados comerciais assinados com a Espanha, que tinha prioridade pela exploração de terras situadas a
oeste de Greenwich.
b) maior distância marítima era a maior desvantagem brasileira em relação ao comércio com as Índias.
c) desinteresse português pode ser melhor explicado pela resistência oferecida pelos indígenas que
dificultavam o desembarque e o reconhecimento das novas terras.
d) abertura de um novo mercado na América do Sul, ampliava as possibilidades de lucro da burguesia
metropolitana portuguesa.
e) relativo descaso português pelo Brasil, nos primeiros trinta anos de História, explica-se pela aparente
inexistência de artigos (ou produtos) que atendiam aos interesses daqueles que patrocinavam as
expedições. Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
Estrutura Político-Administrativa
Capitanias Hereditárias (1534 - 1759) Profe. Ale Lopes
Pré- sem sistema de
Contrato de concessão
colonização -
Colonização predominou atividade para exploração
de extrativismo e de extrativista
1501-1530 RECONHECIMENTO

COLONIZAÇÃO
PORTUGUESA Sistema
descentralizado de
Capitanias
colonização Hereditárias
Colonização
pós- 1530 Sistema centralizado
de colonização Governo-Geral
(a partir de 1549)

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SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS: MECANISMO DE COLONIZAÇÃO
Deveres:
Direitos Assegurar ao Carta de doação:
Rei de Portugal Documento que garantia a As despesas
posse hereditária da terra;
Atenção: o donatário tinha necessárias à obra
Distribuir terras:
sesmarias. 10% dos lucros a posse e não a colonizadora corriam
Criar Vilas sobre TODOS os propriedade. Assim, a
produtos da terra terra não poderia ser por conta e risco do
vendida. donatário!
Exercer
autoridade O monopólio da
administrativa e extração do pau-
judicial brasil Carta Foral: Criação de Vilas e
Câmaras Municipais
Escravizar Era o documento que
indígenas
determinava esses
que era onde os
considerados
inimigos (guerra direitos e deveres do “homens-bons
justa)
donatário! exerciam o poder local.
Receber 5% do
comércio do pau-
brasil Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
Nem todas as capitanias prosperaram...
Isolamento das capitanias, uma sem relação com as outras. As distâncias
eram enormes, por isso, a comunicação e a circulação também eram difíceis

Revolta e ataques dos povos indígenas. Na prática, a ocupação era uma


expropriação do território indígena, por isso, é evidente que muitos povos
resistiram a essa ocupação (ou invasão)

Dificuldades para desenvolver a lavoura, afinal, nem todas as capitânias


possuíam terras férteis.

Dificuldade de obter mão de obra para a louva e para o extrativismo.

Falta de recursos dos donatários. Tudo isso, custava muito caro e o


custo-benefício era incerto.
Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
(EsPCEx 2019)
Do ponto de vista econômico, o sistema de capitanias, implantado em 1534, não alcançou
os resultados esperados pelos portugueses. Entre as poucas capitanias que progrediram e
obtiveram lucros, principalmente com a produção de açúcar, estavam as de

a) Rio Grande e Itamaracá.


b) São Vicente e Rio Grande.
c) Santana e Ilhéus.
d) Maranhão e Pernambuco.
e) São Vicente e Pernambuco.

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Estrutura Político-Administrativa
Governo Geral(1549-1808) Profe. Ale Lopes
1549- Governo geral

Governador-Geral Defesa da terra contra ataques estrangeiros


Objetivos do

Incentivo à busca de metais preciosos

Luta contra a resistência indígena

Apoio à religião cristã

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Funções do Governador

Militar: comando e defesa da colônia

Administrativa: relacionamento com os donatários das


capitais e assuntos ligados às finanças

Judiciária: nesse caso, o governador podia nomear os


funcionários da justiça e também poderia mudar
penalidades

Eclesiásticas: indicação de sacerdotes para as Paróquias.


Essa prerrogativa era legitimada pela Igreja Católica e
recebeu o nome de PADROADO.
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Capitanias Governo
Geral

DESCENTRALIZAÇÃO CENTRALIZAÇÃO

Ao longo do tempo....Conflitos entre interesses


locais e metropolitanos
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• Fundação da vila • França invade o RJ e • Expulsou os

Duarte da Costa - 1553-1558


Tomé de Sousa - 1549-1553

Mem de Sá - 1558-1572
de Salvador funda a França franceses do RJ
• Implantação da Antártica • Formação da
• Vinda do Padre Confederação
cultura da cana- indígena dos Tamoios
de-açúcar Ancheita.
• Fundação das • Início das "guerras
• Vinda Cia de Jesus justas" contra os
(jesuítas), Padre missões jesuíticas e indígenas resistentes à
do Colégio São Paulo colonização e à
Manoel da
Nóbrega • Conflitos entre conversão ao
colonos e jesuítas cristianismo.
• Avanço da atividade
açucareira

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(EsPCEx 2011)
Sobre o Governo Geral, instalado no Brasil pelo regimento de 1548, pode-se afirmar que
a) acabou, de imediato, com o sistema de capitanias hereditárias.
b) teve total sucesso ao impor a centralização política em toda a colônia, como forma de
facilitar a defesa do território.
c) teve curta duração, pois foi dissolvido durante a ocupação francesa do Rio de Janeiro, em
1555.
d) durou até 1808, apesar de, a partir de 1720, os governadores passarem a ser chamados de
vice-reis.
e) adotou, desde o início, o Rio de Janeiro como única capital, em virtude do grande sucesso
da cultura canavieira nas províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Estrutura sócio-econômica
Profe. Ale Lopes
A CIVILIZAÇÃO DO AÇÚCAR: TRABALHO E SOCIEDADE
A partir do século XVI a
empresa colonial giraria em
torno da cana: a formação de
vilas e cidades, a defesa de
territórios, a divisão de Economia
propriedades, as relações com
diferentes grupos sociais e até
a escolha da capital [...] A
civilização do açúcar era feita
de muitos pedaços, todos
dependentes entre si. Como se
pode notar, é possível falar em
“civilização do açúcar, já que
este invadia esferas sociais, Trabalho Sociedade
econômicas e culturais.”
SCHWARCZ, Lilia Moritz. e STARLING, Heloisa
Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Ed. Cia
das Letras, 2018.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


A IMPLANTAÇÃO DEUMA CULTURA DE EXPORTAÇÃO: A
CANA-DE-AÇÚCAR
Rio Grande
do Norte
Bahia
Pernambuco
São Vicente

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Unidade produtiva: Engenho!

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Modelo de exploração Latifúndio

Exportador
colonial

PLANTATION
Monocultor

Escravista
Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
 Casa da moenda:
Finalidade: moer e prensar para obter um caldo de cana, em grandes
engrenagens.Quem trabalhava: 1 feitor-pequeno, um lavadeiro e 15
escravos.

 Casa das fornalhas:


Finalidade: depois de moer e prensar a cana, o caldo obtido era cozido
na casa das fornalhas até formar um caldo chamado melaço. Quem
trabalhava: 1 mestre de açúcar, 1 banqueiro, 3 caldeireiros e 28 escravos

 Casa de purgar:
Finalidade: Transformar o melaço em “blocos”, a conhecida rapadura,
por meio de drenagem. O melaço ficava por duas semanas em formas de
barros com furos de drenagem. Nesse momento também se podia
produzir a aguardente (cachaça).OBS: Depois de 40 dias, três tipos de
açúcar eram produzidos, a saber: escuro, mascavo e branco. Quem
trabalhava: 1 purgador e 5 escravos.

 Secagem e embalagem
Finalidade: A última parte da produção do açúcar tinha por objetivo a
secagem e embalagem do produto. Cortava-se o melaço sólido (açúcar) e
separavam-se os diferentes açúcares. Após a separação, o açúcar era
batido, esfarelado e embalado.Quem trabalhava: 1 caixeiro e 19 escravos.
Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
O Refino do Açúcar

❑Há uma ressalva a ser feita sobre a empresa açucareira. Não


havia refinarias de açúcar no Brasil. Essa foi uma tarefa que
portugueses deixaram para holandeses.
❑Em troca do financiamento para a instalação de engenhos, o
governo português concedeu-lhes o direito de refinar e vender
o açúcar brasileiro na Europa.
❑Portanto, o capital holandês foi fundamental para a expansão
da produção e do alcance do açúcar brasileiro no mercado
internacional.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Trabalho e Sociedade
Escravidão indígena e africana Profe. Ale Lopes
Comércio escravista: uma
atividade central no mundo O TRÁFICO NEGREIRO
moderno PARA O BRASIL
2000000

“A cor logo se tornou um 1800000


1600000
marcador social
1400000
fundamental; as
1200000
categorizações, fluidas, 1000000
variavam com o tempo e 800000
com o lugar, além de 600000
delimitarem 400000
classificações sociais e 200000
status. 0
1531-1600 1601-1700 1701-1800 1801-1855
SCHWARCZ, Lilia Moritz. e STARLING, Heloisa Murgel. Brasil: uma biografia. São Paulo: Ed.
Cia das Letras, 2018, p.71. entrada de escravos por século

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Escravidão negra
❑ Os gráficos demonstram
Proporção de trabalhadores escravos negros na lavoura que:
do açúcar
Houve um substituição do
trabalho livre pela escravidão
negra.
1638
98%
Anos

Proporção trabalho livre e escravo no engenho


1591 do Conde
37% 250

200
1574 200
7% 150

0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% 100


Porcentagem
50 80
13 6
0
1635 1710

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes assalariado escravo


Distinção entre os Escravos
Boçal Ladino
Escravos de Escravos de Escravos
Ganho Eito Domésticos
• Viviam nas • Viviam no • Os senhores
cidades campo escolhiam
• Realizavam • Trabalhavam aqueles que
atividade de na lavoura (e julgava mais
comércio depois da dócil, confiável
ambulante descoberta do e bonito
• Realizavam ouro, também, • Tinham roupas
trabalho na mineração) e alimentação
temporário em • Trabalho mais melhores
troca de algum exploratório.
dinheiro Muito
castigados.
Expectativa de
vida de 5-10
anos
Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
Escravização e Aculturação dos indígenas

❑ Decreto Régio de 1570: Proibição da escravização, salvo Guerra Justa.


❑ Formação das Missões jesuíticas: aldeamento e aculturação (imposição da
cultura e religião europeias)

Trabalho indígena
1. O primeiro consistia na escravização pura e simples;

2. O segundo era o estímulo à criação de um campesinato indígena por


meio da aculturação e destribalização;

3. O terceiro consistia na busca da integração gradual do índio como


trabalhador assalariado.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Bandeirantes e
apresamento
indígena

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Estrutura social açucareira

PATERNALISMO
+
Mandonismo
+
Clientelismo

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


(Inédita/2020/Profe. Alê Lopes)
A respeito da produção de açúcar estabelecida nos engenhos no Nordeste brasileiro a
partir do século XVI é correto afirmar que
a) por dominarem o cultivo técnico, a mão-de-obra indígena foi priorizada;
b) ela desenvolveu uma sociedade organizada de forma aristocrática, patriarcal e
escravista;
c) foi financiada por capitais da Coroa e por bancos holandeses;
d) gerou uma economia monocultora e direcionada para o mercado interno, sendo que o
excedente era comercializado com a África;
e) priorizou grandes porções de terra, favorecendo o povoamento do sertão e o
comércio de gado.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


União Ibérica e Invasão
Holandesa
Profe. Ale Lopes
União Ibérica (1580-1640)

(União Ibérica - 1580-1640):


Morte de D. Sebastião: Felipe II, rei da Espanha,
Batalha de Alcácer-Quibir - 1578 Crise Dinástica assume a Coroa Portuguesa

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Conflito entre Espanha e Holanda

1581: Holanda conquista a Independência em


relação à Espanha

1621: Holandeses fundam a Cia das Índias


Ocidentais. Objetivo: Controlar o Comércio do
açúcar e dominar as possessões Ibéricas na África
e América.

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Invasão holandesa no Brasil

Em 1630, 56 navios chegaram ao litoral expulsaram o então governador da capitania, Matias


Albuquerque. Este fugiu para o interior e se estabeleceu no Arraial de Bom Jesus. Base da
resistência!
Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
Brasil Holandês – Governo de Maurício de Nassau
• Reativação econômica: concessão de créditos
aos senhores de engenho, inclusive portugueses, a
partir do dinheiro da Companhia das Índicas
Ocidentais.
✓ Até 1635 a resistência.
• Tolerância religiosa: a religião oficial dos
holandeses era o calvinismo. Assim, para ampliar as
✓ 1637, a Companhia das Índias
possibilidades de pacificação, essa medida amenizou
Ocidentais conquistou. Início conflitos com portugueses e espanhóis católicos e com
da organização da outras religiões.
administração do território
conquistado. • Reforma urbanística: Recife foi repaginado, um
grande investimento arquitetônico, com construção de
✓ Entre 1637 e 1644 os casas, pontes, ruas, saneamento básico, dentre outras
obras de infraestrutura.
holandeses reinaram na região
pernambucana.
• Estímulo à vida cultural: foi um época em que
diversos pintores retrataram a economia açucareira e o
esplendor de Pernambuco, segundo a visão pintada
nos Colônia
Brasil quadros.
– Profe Ale Lopes
1644 – Fim do Governo de Nassau e início dos conflitos

A saída de Nassau, em 1644, do comando da administração de Pernambuco.

A pressão da Companhia das Índias Ocidentais para que os engenhos


produzissem mais, pagassem mais impostos e liquidassem as dívidas dos
créditos anteriormente concedidos.

Iniciou da intolerância religiosa, proibindo católicos de praticarem


livremente a religião.

Neste cenário conflituoso, os portugueses e os luso-brasileiros a luta pela


expulsão dos holandeses.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Brasil Colônia – Profe Ale Lopes
“Nestes montes, brancos, negros e índios,
irmanados por um só ideal, o de defender a pátria
contra o invasor holandês, por duas vezes,
derrotaram poderosa força de um exército muito
superior em efetivo, em armamento e em
equipamento.”

Exército Brasileiro

Capitão
Antonio Dias Cardoso Felipe Camarão (índio) Henrique Dias (negro)
(branco)

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


As consequências para a economia colonial
❖ Entre 1624 e 1628: perda de inúmeras safras de cana de açúcar

❖ Entre 1630 e 1639: perda de 199 navios portugueses

❖ Entre 1647 e 1648: perda de 220 navios portugueses e destruição de 23 engenhos

❖ Entre 1645 e 1654: incêndio de canaviais e engenhos. Desativação de 65 de 49 engenhos


em Pernambuco

❖ 1650: Redução da capacidade produtiva. Estimava-se que Pernambuco tinha capacidade


para produzir 25 mil caixas de açúcar. Mas só produziu 6 mil caixas

❖ 1661: Paz de Haia: por intermediação da Inglaterra, a Holanda reconheceu os domínios


lusos mediante uma indenização.

❖ Aqui começava a dependência econômica da Portugal em relação à Inglaterra 

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


(EsPCEx 2019)
Durante o período conhecido por União Ibérica, ocorreu o embargo Espanhol ao comércio
das colônias portuguesas com os holandeses. Isto motivou a Holanda a atacar o Nordeste
brasileiro com a finalidade de romper o embargo e reativar as rotas comerciais entre o
Brasil e a Europa. É fato relacionado à primeira investida dos holandeses ao Brasil, ocorrida
em 08 de maio de 1624, a (o)(s)

a) conquista de Porto Calvo por Matias de Albuquerque.


b) ocupação de Salvador.
c) governo de Maurício de Nassau.
d) fundação do Arraial do Bom Jesus.
e) Batalhas de Guararapes

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Foram, respectivamente, fatores importantes na ocupação holandesa no Nordeste
do Brasil e na sua posterior expulsão:
a) o envolvimento da Holanda no tráfico de escravos e os desentendimentos entre
Maurício de Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais.
b) a participação da Holanda na economia do açúcar e o endividamento dos
senhores de engenho com a Companhia das Índias Ocidentais.
c) o interesse da Holanda na economia do ouro e a resistência e não aceitação do
domínio estrangeiro pela população.
d) a tentativa da Holanda em monopolizar o comércio colonial e o fim da dominação
espanhola em Portugal.
e) a exclusão da Holanda da economia açucareira e a mudança de interesses da
Companhia das Índias Ocidentais.

Brasil Colônia – Profe Ale Lopes


Obrigado
Obrigada
Profe Alê Lopes

@profe.ale.lopes Profe Ale Lopes História e Prof.


Sociologia
Nome do Professor
Articuladas

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