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HISTÓRIA

Ocupação e Colonização
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OCUPAÇÃO E COLONIZAÇÃO
HISTÓRIA DE PERNAMBUCO

1. Ocupação e colonização - Contatos iniciais do europeu com o nativo local, Capitanias


Hereditárias, Duarte Coelho.

2. A importância do açúcar para a economia local.

3. Formação de Olinda e Recife.

4. A presença holandesa e o governo de Maurício de Nassau.

5. Movimentos de resistência e emancipacionistas - Formação de Quilombos,


Insurreição Pernambucana (1654), Guerra dos Mascates (1710), Revolução Pernambucana
(1817), Confederação do Equador (1824), Guerra dos Cabanos (1835), Revolução Praieira
(1848).

6. Pernambuco e a República.

7. Manifestações da cultura popular pernambucana – Frevo, Maracatu, culinária, festas


populares.

8. Herança Afrodescente em Pernambuco.

Na abordagem inicial, o foco se direciona para a ocupação e colonização, além dos


primeiros contatos entre europeus e nativos locais no contexto das capitanias hereditá-
rias, com ênfase na atuação de Duarte Coelho. Embora o edital não explicitamente men-
cione a necessidade de informações detalhadas sobre a pré-história de Pernambuco, é
relevante explorar a organização dos povos indígenas na região antes da chegada dos
europeus e franceses. Este conhecimento contribui para uma compreensão mais ampla
do cenário antes da colonização.
Posteriormente, a análise se estende ao sistema das capitanias hereditárias em geral,
sem especificar inicialmente a Capitania de Pernambuco. A exploração do contexto do
“arte coelho” introduzirá um aprofundamento nas particularidades da Capitania de Per-
nambuco, destacando sua importância histórica, especialmente no cenário da
produção açucareira no Brasil colonial.

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A análise posterior abrange a relevância do açúcar durante todo o período colonial,


incluindo a dinâmica da chegada dos holandeses e a formação das cidades de Olinda e
Recife. O curso gravado sobre a história de Olinda para um concurso específico na cidade
é mencionado, indicando uma abordagem mais aprofundada sobre o contexto local.
O estudo então se estende aos períodos subsequentes da história brasileira, abor-
dando presença holandesa, governo de Maurício de Nassau, movimentos emancipató-
rios, quilombos, insurreição pernambucana, guerra dos mascates e revolução pernam-
bucana. Esses eventos são situados dentro do contexto mais amplo da história do Brasil,
proporcionando aos alunos um entendimento abrangente.
Além disso, são destacados temas relacionados à República, que teve início em 1889 e
se estende até os dias atuais. O conteúdo inclui aspectos culturais e populares de Pernam-
buco, como frevo, maracatu, culinária, festas populares, além de explorar a herança
afro- descendente no contexto pernambucano. O edital é apontado como mais complexo
do que
inicialmente pode parecer, ressaltando a importância de desvendá-lo detalhadamente.
5m
OCUPAÇÃO E COLONIZAÇÃO – CONTATOS INICIAIS DO EUROPEU COM O
NATIVO LOCAL, CAPITANIAS HEREDITÁRIAS, DUARTE COELHO.

HISTÓRIA
Em 1501, a expedição do navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral da colônia
portuguesa. Nessa época, teve início o processo de colonização de Pernambuco.

Obs.: na história brasileira, é comumente afirmado que, de 1500 a 1530, não houve uma
colonização efetiva no Brasil, sendo esse período denominado de pré-colonial.
Portugal, nesse contexto, direcionou seu interesse principalmente para as feitorias
em vez do Brasil. A exploração estava mais voltada para as especiarias da Índia, e,
por não encontrar metais preciosos no Brasil inicialmente, Portugal estabeleceu
feitorias, concentrando-se, sobretudo, na exploração do pau-brasil.

Essas feitorias consistiam em fortificações localizadas no litoral do território brasileiro.


Por meio de uma relação de troca estabelecida com os indígenas, os portugueses
adquiriam o pau-brasil, uma matéria-prima que gerava uma tintura valiosa e
significativa na Europa devido ao seu elevado preço. A informação inicial destaca que
Pernambuco foi palco de uma dessas feitorias, e o estudo abordará locais específicos,
como o Cabo de Santo Agostinho e o Rio São Francisco.

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Entre 1534 e 1536, Dom João III, rei de Portugal, instalou o sistema de Capitanias
Hereditárias no Brasil e, entre os primeiros 14 lotes distribuídos, estava a Capitania de
Pernambuco, chamada de Nova Lusitânia. Seu donatário era Duarte Coelho, que assim
a batizou.
Em 1535, ele se estabeleceu no local onde fundou a vila de Olinda.
No período colonial, o estado tornou-se um grande produtor de açúcar, sendo res-
ponsável por mais de metade das exportações brasileiras. Sua prosperidade, entretanto,
chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam a região, sob o
comando de Mauricio de Nassau, que se estabeleceu no Recife, fazendo-a capital do
Brasil holandês. Nassau realiza várias obras de urbanização, amplia a lavoura da cana,
fazendo o estado pernambucano prosperar.
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Pernambuco é um estado do Nordeste brasileiro, tendo como limites Paraíba,
Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí. Possui uma área de 98.076,021 km² e 185 municípios.

Obs.: essas regiões, como Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí, durante o período colonial,
não superaram Pernambuco em importância. Pernambuco destaca-se como uma
figura central no nordeste brasileiro. Esse destaque histórico é evidenciado, por
exemplo, pela Revolução Pernambucana, que visava a expulsar os holandeses, e
pela Guerra dos Mascates, que refletia uma perspectiva de protagonismo por
parte dos brasileiros em oposição aos comerciantes portugueses.

Após esses eventos históricos, como a Insurreição Pernambucana de 1817 contra


Dom João, a Confederação do Equador de 1824 contra Dom Pedro I, a Revolução Praieira
de 1848 contra Dom Pedro II, e a Guerra dos Cabanos durante o período regencial em
1842 e 1835, percebe-se o protagonismo de Pernambuco na história brasileira.

https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/historico
Povos indígenas

• Resgate difícil de seu passado e de sua História devido à relação etnocêntrica


dos europeus.

O ano de 1501 marca o início do relato do IBGE, mas, para entender o contexto dos
nativos quando Portugal chegou ao Brasil, é essencial abordar o período anterior. A
che- gada de Portugal ao Brasil estava vinculada ao mercantilismo, uma política de
interven- ção estatal característica das monarquias absolutas. Nesse contexto, Portugal
buscava estabelecer o colonialismo, um pacto em que a metrópole explorava a
colônia, rece-
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bendo suas riquezas, enquanto a colônia consumia exclusivamente produtos


provenien- tes da metrópole, funcionando como um local de exploração de recursos.
Portugal chegou ao Brasil em 1494, com o contexto do Tratado de Tordesilhas, que
dividia o mundo entre Espanha e Portugal. A Bula Intercoeteira, emitida em 1493, esta-
beleceu a linha divisória no Oceano Atlântico, porém, passou pelo meio do oceano.
Por- tugal reivindicou uma extensão a oeste, resultando na linha imaginária que definia
as possessões portuguesas na América. Pernambuco, portanto, estava sob o domínio
por- tuguês devido ao Tratado de Tordesilhas.
A recuperação da história dos indígenas é desafiadora devido à visão superior que os
portugueses tinham sobre sua própria cultura. Além disso, os indígenas não possuíam
sistemas de escrita ou leitura, levando alguns períodos da história do Brasil a serem
denominados como pré-história devido à falta de registros escritos.
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• Geralmente, 4 grandes grupos linguísticos: Tupi, Jê (Tapuias), Nu-aruaque e Caraíba.

Antes da chegada dos europeus, a região que compreendia Pernambuco abrigava


nativos de quatro grandes grupos linguísticos: Tupi, Jê, Nuaruac e Caraíba. Em
Pernam- buco, predominavam os povos Tupi, alguns Jê e os povos Cariris em termos
linguísticos. Esses povos não tinham conhecimento da escrita nem da leitura, o que
levou os portu- gueses a enxergarem, de maneira etnocêntrica, essas comunidades como
menos desen- volvidas em comparação com a cultura europeia. O primeiro contato foi
marcado por essa perspectiva de superioridade por parte dos portugueses.

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• Pontos comuns:
• Ágrafos
• Nações > Tribo > Aldeias > Chefe (morubixaba) > decisões tomadas pelos
adultos masculinos.
• Autoridade religiosa do Pajé.
• Sociedade Tipicamente igualitária.
• Diferenciação das atividades pelo sexo e idade.
• Caça, Pesca e Coleta.
• Inexistência de propriedade privada.
• Nômades
• Casamentos monogâmicos, não sendo rara a poligamia.
• Diversas aldeias praticavam a antropofagia.

Obs.: é importante destacar que os indígenas na região, que viria a ser Pernambuco,
não eram homogêneos em suas relações. Diferentes tribos mantinham suas
próprias dinâmicas sociais, que incluíam guerras, rivalidades e tradições guerreiras.
O bispo Sardinha, por exemplo, foi devorado em um ritual antropofágico por
indígenas. Contudo, é crucial observar que nem todos os indígenas praticavam
o canibalismo; essa era uma prática específica de algumas tribos, e generalizações
devem ser evitadas.

Quando se aborda a antropofagia, refere-se a um ritual no qual, em determinadas


circunstâncias, um indivíduo poderia consumir a carne de seu inimigo, alguém que tivesse
causado mal à sua aldeia ou até mesmo alguém que fosse admirado. Esse ritual era
rea- lizado para adquirir as habilidades e a força do inimigo ou como uma forma de
punição por suas ações prejudiciais enquanto vivo. É importante destacar que essas
sociedades não podem ser rotuladas como canibais no sentido estrito do termo, pois o
canibalismo, nesse contexto, não ocorria como uma prática regular de subsistência,
mas sim em cir- cunstâncias específicas e simbólicas.
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Os diferentes grupos tribais do Brasil se caracterizavam pela utilização de uma téc-


nica rudimentar na obtenção dos meios de subsistência.
Isto se refletia na exploração dos recursos naturais, bastante limitada, e na maior
ocupação do tempo nas tarefas que garantissem a sobrevivência. Embora a caça, a pesca
e a coleta fossem atividades comuns a todas as tribos, assumiam maior importância
para as nômades que desconheciam a agricultura. A atividade agrícola era realizada
quase que somente em terrenos florestais, dada a sua fertilidade. Quando os primeiros

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europeus chegaram ao território brasileiro, no início do século XVI, vários grupos


indíge- nas ocupavam a região Nordeste. No litoral, predominavam as tribos do tronco
linguís- tico tupi, como os Tupinambás, os Tabajaras e os Caetés, os mais temíveis. No
interior, habitavam grupos dos troncos linguísticos Jê, genericamente denominados
Tapuias.

Obs.: a expressão “Tapuia”, para os portugueses, significava “língua presa”, indicando


que esses indígenas não falavam a língua Tupi, na qual os portugueses
encontravam maior facilidade de compreensão. Quando se deparavam com
troncos linguísticos diferentes, fora do tronco Tupi, como o macro Jê e o
aruaque, os portugueses geralmente agrupavam todos esses indígenas sob o
termo “tapuia”, considerando- os como falantes de línguas menos acessíveis e, por
vezes, rotulando-os como os mais selvagens.

• Quando os portugueses chegaram a este território que viria a ser o Brasil, em 1500:
• Em torno de 5 milhões de pessoas
• A maioria dessa população estava no litoral
• Lilia Schwarcz e Heloisa Starling caracterizam quatro áreas do atual território
brasi- leiro ocupado pelos indígenas às vésperas da chegada dos portugueses:
– Litoral
– Campos do Cerrado
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– Região do Xingu
– Várzea do Amazonas

SCHWARCZ, Lilia. STARLING, Heloísa. Brasil: uma biografia. 2. ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2015.

• Vestígios seguros mostram que a ocupação de Pernambuco ocorreu a cerca de


11.000 anos, na região de Chã do Caboclo, em Bom Jardim, e Furna do Estrago, em
Brejo da Madre de Deus.
• Furna do Estrago – foi descoberta uma importante necrópole pré-histórica, com
125 metros quadrados de área coberta, onde se resgataram 83 esqueletos
huma- nos em bom estado de conservação.
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GRUPOS INDÍGENAS DE PERNAMBUCO:


ITAPARICA: esse grupo indígena moldou uma tradição cultural responsável por
pro- duzir artefatos de pedra lascada há mais de 6.000 anos.
CARIRIS VELHOS: responsável pela produção de pinturas rupestres datadas de apro-
ximadamente 2.000 anos. O sítio de Alcobaça, localizado na zona rural do município de
Buíque, desperta interesse da comunidade cientifica internacional pela quantidade de
pinturas rupestres.
CAETÉS, TABAJARAS: Grupos indígenas já desaparecidos.
PANKARARU (em Tacaratu) e os ATIKUM (em Floresta): Nos brejos de altitude do
Estado de Pernambuco, ainda encontramos os PANKARARU, em Tacaratu, e os ATIKUM,
em Floresta.

Antes da chegada do português colonizador, a região do atual Estado de Pernambuco


era habitada por uma população indígena que tinha o domínio do território, no qual exis-
tiam as primitivas aldeias dos Tabajaras e dos Caetés.
Eliane Maria Vasconcelos do Nascimento
NAO RESTA A MENOR DÚVIDA que a terra para onde se encaminhara Duarte Coelho,
signifi- cava mesmo em língua tupi “furo do mar”. Os indígenas chamavam a entrada da
barra de Pêra-
-Nhambuco, que quer dizer Pedra Furada ou Buraco, em alusão à abertura que há nos
exten- sos arrecifes naturais de pedra ali existentes, e por onde entravam os navios no
ancoradouro. Inicialmente, o nome de Pêra-Nhambuco não fora dado à barra do Recife, mas
sim à de Itamaracá. Eugênio de Castro chega a afirmar que por isso teria havido até um
«Pernam- buco Velho» e um «Pernambuco Novo». A despeito do donatário ter pretendido
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de Nova Lusitânia as terras que lhe haviam sido doadas, prevaleceu o nome indígena, pela
constante referência dos íncolas, melhor aceita por eufonia, pelos lusos, que, sem com-
preender bem, começaram a chamar de Pará-Nhambuco, até atingir por fim a corruptela
hoje conhecida de “Pernambuco”
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GUERRA, FLAVIO - História de Pernambuco

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Admilson Costa Santos.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela
leitura exclusiva deste material.

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