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CURSO DE GEOGRAFIA
Teresina
Março 2023
FORMAÇÃO DA IDENTIDADE BRASILEIRA NO PERIODO COLONIAL
Teresina
Março 2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO:
Potiguara: ocupavam a região litorânea dos atuais estados da Paraíba e Rio Grande do
Norte.
Tapuia: este era um termo genérico utilizado pelos colonizadores portugueses para se
referir aos povos indígenas que não falavam a língua tupi. O termo incluía diversos grupos
indígenas, como os cariris, os tapuias do sertão e os Tremembé.
É importante destacar que essa lista não é exaustiva e que havia muitos outros grupos
indígenas presentes no Brasil na época. Além disso, é preciso lembrar que as fronteiras entre os
territórios ocupados por cada grupo eram fluidas e podiam mudar ao longo do tempo sem haver
um sentimento de nacionalismo ou uma noção de pátria, para os povos originários que residiam
nessas terras a tribo era a coisa mais próxima de nação que eles podiam conceber.
2 JUSTIFICATIVA:
Compreender essa parte da história brasileira e suas relações coloniais nos ajuda a
analisar como se formou a estrutura geográfica e geopolítica do Brasil e como isso influencia
nossas relações internacionais contemporâneas. Ao pensar na forma como a geografia brasileira
estuda a formação do próprio território no período colonial, é possível realizar um estudo
geográfico sobre o passado e entender a resposta particular da geografia brasileira às heranças
do período colonial, inclusive em relação ao tamanho continental do país.
Nesse sentido, as heranças deixadas pelos impérios da União Ibérica, com destaque ao
reino de Portugal, podem ser vistas em vários aspectos da formação populacional, territorial e
geopolítica brasileira no contexto colonial do século XVI, XVII e XVIII... Desde a montagem
das infraestruturas inexistentes em um continente recém-descoberto até as primeiras formas de
apropriação da natureza, a criação de cidades e a construção de um país onde antes não existia.
Esse processo foi acompanhado por uma acumulação primitiva de capital que envolveu
a expropriação de mão de obra indígena, das terras e de seus recursos naturais, por exemplo a
monocultura da cana-de-açúcar no Nordeste, posteriormente o garimpo de ouro e metais
preciosos nas Minas Gerais. A exportação de açúcar, café e tabaco eram a principal atividade
econômica tocada pelo engenho nas plantations. Moraes (2001) explica que o engenho foi
talvez o principal motor da economia colonial, constituía uma instalação industrial cara e
especializada com funções especializadas, (similar à uma linha de produção industrial) sendo
esse momento considerado o grande século do açúcar no Brasil.
3 OBJETIVOS:
Os Europeus encontraram aqui uma grande diversidade étnica e natural com povos
nativos e africanos, eram escravizados provenientes do tráfico Negreiro no mar mediterrâneo.
A miscigenação entre esses povos foi intensa e, ao longo do tempo, gerou a raça brasileira, no
Brasil deu-se origem a três tipos fundamentais de mestiços:
É importante dizer que essa miscigenação não se deu de forma tão pacífica e muitas
vezes foi forçada pela catequização na Fé Católica praticada pelos jesuítas, os jesuítas
acreditavam que a catequização dos indígenas era crucial para trazer a salvação espiritual a
essas populações e também para consolidar o domínio europeu-Lusitano nas terras recém-
descobertas. Eles ensinavam não apenas o cristianismo, mas também habilidades agrícolas,
artesanato e outras práticas que poderiam contribuir para a assimilação cultural dos indígenas
na sociedade colonial. Além dos jesuítas, outros grupos religiosos também estiveram
envolvidos na catequização dos povos nativos, como os franciscanos, dominicanos e carmelitas.
Cada grupo tinha suas abordagens e métodos específicos de conversão e educação.
Durante o século XVI, o território brasileiro foi alvo de invasões francesas que
buscavam metais preciosos, madeira, pau-brasil e terras agricultáveis para estabelecer colônias,
a França do século XVI passava por uma série de mudanças e pontos de ruptura. Entre eles a
Reforma Protestante encabeçada por Martinho Lutero, o Expansionismo Colonial liderado pela
dinastia Valois, e o Renascimento uma época de grande florescimento cultural, artístico e
intelectual. A corte real em Paris se tornou um centro importante para artistas, escritores e
pensadores renomados como Leonardo Da Vinci, Michelangelo Buonarroti, Rafael Sanzio e
Caravaggio.
No entanto, a colônia enfrentou uma série de desafios e conflitos. Além das dificuldades
naturais e da falta de suprimentos, houve tensões entre os colonos franceses e os povos
indígenas locais, houve também disputas com os colonos portugueses que já estavam na região.
Além disso, as rivalidades religiosas da época também se fizeram presentes, com a colônia
sendo um refúgio para protestantes (huguenotes) que fugiam das perseguições religiosas na
França, estabelecendo uma disputa entre Católicos e Protestantes no processo de Catequização.
Os portugueses lançaram uma expedição militar para retomar a região liderados pelo
governador-geral Mem de Sá, e em 1560 retomaram a Baía de Guanabara, expulsando os
franceses e destruindo suas fortificações. Esse episódio marcou o fim da presença francesa na
região e o estabelecimento do domínio português.
Outra invasão francesa ocorreu na região do Maranhão, onde eles fundaram a colônia
de "França Equinocial" em 1612. Essa colônia foi fundada por Daniel de La Touche e tinha
como objetivo estabelecer uma base comercial para a exploração de produtos naturais,
especialmente o pau-brasil. No entanto, assim como na Baía de Guanabara, os franceses
entraram em conflito com os portugueses e, em 1615, os portugueses conseguiram retomar o
controle da região, pondo fim à presença franceça no Brasil.
5 METODOLOGIA:
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. 1ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2020.
NETO, Manoel Fernandes. Uma guerra também se faz com mapas.V.9, Teresina: 2020.
- ANDRADE, Manuel Correia. A Questão do território no Brasil. 2ª ed. São Paulo: Editora
Hucitec, 2004.
MORAES, Antônio Carlos Robert. Bases da formação territorial do Brasil: o território colonial
brasileiro no "longo" século XVI. Tese de doutorado em Geografia Humana apresentada à
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. 1991.
RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A formação e o sentido do Brasil. 2ª ed. Curitiba:
Companhia das Letras, 1995.
REBELO, Aldo. O Quinto movimento: Propostas para uma construção inacabada. 1º Ed. Brasil.
Editora já editores, 2021.
GOMES, Ciro. Projeto Nacional: o dever da esperança / Ciro Gomes. - São Paulo: LeYa, 2020.
FREYRE, Gilberto. Casa Grande & Senzala: Formação da família brasileira sob o regime da
economia patriarcal. 48° Ed. Recife - Pernambuco- Brasil. Global Editora. 2003.
6 CRONOGRAMA:
ETAPAS JUL- SET- NOV- JAN- MAR- MAI-
AGO/2023 OUT/2023 DEZ/2023 FEV/2024 ABR/2024 JUN/2024
Levantame 01/07 a 01/09 a
nto 29/08 29/10
bibliográfi
co
Fichament 01/07 a 01/09 a 01/11 a
o de textos 29/08 29/10 29/12
7 RESULTADOS:
espera-se alcançar resultados importantes no estudo das relações da formação territorial
brasileira e sua identidade nacional no contexto colonial do século XVI. Entre os resultados
esperados estão:
(c) Identificação das heranças deixadas pela União Ibérica nos séculos XVI e XVII, e
durante todo o período colonial no Brasil, analisar aspectos da formação territorial e
geopolítica brasileira do período colonial, tais como a montagem das infraestruturas,
a apropriação da natureza, as relações entre colonizador e colonizado, criação de
cidades e a construção de um país onde antes não existia.
8 REFERÊNCIAS:
HARARI, Yuval Noah. Sapiens: Uma breve história da humanidade. 1ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2020.
NETO, Manoel Fernandes. Uma guerra também se faz com mapas.V.9, Teresina: 2020.