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HISTÓRIA DA ÁFRICA

HISTÓRIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA

1) Enunciada por meio de inúmeras designações ao longo dos séculos XIX e


XX, a descolonização na África foi uma plena categoria política, polêmica e
cultural. Sob esse prisma maior, a descolonização assemelhava-se a uma “luta
de libertação” ou, como sugeria Amílcar Cabral, a uma “revolução”. Em suma,
essa luta almejava a reconquista, por parte dos colonizados, da superfície, dos
horizontes, das profundezas e das eminências da sua vida. Nos meandros
dessa luta – que exigia um enorme esforço físico e capacidades extraordinárias
de mobilização de massas -, as estruturas da colonização deviam ser
desmanteladas, e instituídas novas relações entre o sujeito e o mundo,
reabilitando-se o possível.
MBEMBE, A. Sair da grande noite: ensaio sobre a África descolonizada. Luanda:
Mulembra; Mangualde: Pedago, 2014.

Sobre a descolonização do continente africano, abordada no texto


apresentado, é correto afirmar que
a) o movimento pan-africanista caracterizou-se pelo consenso quanto à
proposta de descolonização do continente, defendendo a recomposição
geopolítica por meio da fundação dos Estados Unidos da África.
b) o regime colonial salazarista utilizou-se da teoria do “lusotropicalismo”,
elaborada pelo intelectual brasileiro Gilberto Freyre, para justificar a
descolonização das possessões portuguesas na África.
c) a independência da Rodésia do Sul, atual Zimbábue, liderada pela antiga
elite branca colonial, manteve a exclusão da população negra, que levou quase
duas décadas para assumir o controle político do país.
d) o processo revolucionário na Nigéria, em Gana e em Serra Leoa
caracterizou-se por uma intensa guerra de libertação, pois a Inglaterra
recusava-se a adotar uma via diplomática para a solução dos conflitos.
e) a libertação da Argélia foi alcançada por meio de acordo internacional, com o
martinicano Franz Fanon, integrante da Frente de Libertação Nacional (FLN),
como um de seus principais mediadores.

GABARITO C

2) Érico Veríssimo, em As aventuras de Tibicuera, narrou a história de um


indiozinho frágil que cresceu e tornou-se um bravo e forte guerreiro. A narrativa
ganhou o primeiro lugar do concurso realizado pela Comissão Nacional de
Literatura Infantil no ano de 1937, o que demonstrou, mais uma vez, a
importância da incorporação do índio à construção da identidade nacional.
Sobre a relação do Estado Novo com a temática indígena no que diz respeito
ao concurso realizado em 1937, assinale a opção correta.
a) À semelhança da obra vencedora do concurso em 1937, as imagens e os
debates produzidos pelas elites e por intelectuais do governo de Vargas acerca
dos índios mantiveram as representações de coragem, beleza e origem
utilizadas pelo Romantismo do século XIX.
b) A escolha do texto como vencedor do concurso vai ao encontro dos
objetivos da campanha governamental da Marca para o Oeste, que visava à
ocupação territorial e econômica de áreas do Brasil Central e objetivava o
reconhecimento, a pacificação e a inclusão dos grupos indígenas à cidadania.
c) A Comissão de Literatura teve o apoio do Serviço de Proteção ao Índio,
criado no início do Estado Novo, sob a supervisão do marechal Cândido
Rondon, com a finalidade de localizar, constatar e promover a coexistência
pacífica entre Estado, colonizadores e indígenas.
d) Os trabalhos da Comissão de Literatura alinhavam-se ao projeto ideológico –
político do Estado, materializado pela atuação do Departamento de Informação
e Propaganda (DIP), de reescrever a história do país a partir das origens
indígenas, para entender o presente e projetar o futuro do Brasil.
e) Um dos resultados da atuação da Comissão de Literatura foi a decretação
do dia 19 de abril como data comemorativa do Índio, contribuindo para a
política de construção de uma grande nação na qual os indígenas, por sua
coragem e seu trabalho, seriam reconhecidos como agentes ativos.

GABARITO D

3)
A igreja da Lalibela, esculpida em um só bloco de pedra, faz parte de um
conjunto de outras onze igrejas construídas com a mesma técnica; tombada
pela UNESCO em 1978.
Disponível em: <http://forum.outerspace.terra.com.br>. Acesso em: 22 jul. 2014.

Os dogon são um povo da região das falésias do Bandiagara, Mali.


Disponível em: <http://www.mae.usp.br>. Acesso em 22 jul. 2014.

Cada região ou grupo humano tem seu cultivo predileto. Nas savanas
predominam os cereais, que se armazenam em celeiros – que tomam a forma
de enormes moringas de barro, com bicos ou saliências em seu bojo, para
permitir o acesso à abertura, no cimo de um gargalo truncado; celeiros
cilíndricos; celeiros dos mais variados formatos; celeiros cujas portas, quando
existem, são admiráveis obras de escultura, nas quais se traça a história mítica
do grupo – tal como ocorre entre os dogons do Mali – ou se figuram os
antepassados, para que projetam os depósitos de grãos.
SILVA, A. C. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. 3 ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
Considerando os aspectos da diversidade cultural africana aludidos nas figuras
I e II e no texto acima, avalie as afirmações a seguir.
I. As figuras apresentadas remetem a admiráveis obras de arquitetura e da
escultura da Etiópia, na África Oriental, e do Mali, na África Ocidental, que
constituem os limites geográficos da diversidade cultural desse continente.
II. A origem das obras representadas nas figuras I e II apontam para a
diversidade geográfica e humana do continente africano, subdividido em cinco
regiões, embora, em relação aos aspectos étnicos e culturais, ele se dividia em
África branca (norte) e África negra (sul).
III. Os celeiros são fundamentais na vida econômica dos povos que habitam a
savana africana, e essa importância manifesta-se de maneira vigorosa na
cultura, apresentando grande variedade estética e religiosa. IV. As culturas
africanas, expressas pela multiplicidade de estilos arquitetônicos, manifesta-se
de modo heterogêneo nos aspectos físicos e humanos sintetizados pela
geografia e, também, na filosofia, nas cosmogonias e nas artes.

É correto apenas o que afirma em


a) I e II.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III
e) I, III e IV.

GABARITO C

4)
ALENCASTRO, L. F. O tratado dos viventes. São Paulo: Cia das Letras, 2000, p.
250.

O Brasil é uma país extraordinariamente africanizado. E só a quem não


conhece a África pode escapar o quanto há de africano nos gestos, nas
maneiras de ser e de viver e no sentimento estético do brasileiro. Por sua vez,
em toda outra costa atlântica pode-se facilmente reconhecer os brasileirismos.

SILVA, A. C. O Brasil, a África e o Atlântico no século XIX. Estudos Avançados.


1994, p 3940.

Considerando o diálogo atlântico estabelecido entre europeus, africanos e


brasileiros entre os séculos XVI e XVIII, referido no mapa e no fragmento do
texto, avalie as afirmações a seguir.
I. Os portugueses, pioneiros nas expedições de exploração da costa atlântica
africana, desde o início estavam interessados no comércio de escravos, que
seriam vendidos, inicialmente, na Europa e depois nas ilhas atlânticas, no
Caribe e na América Espanhola.
II. A multiplicação das rotas comerciais transatlânticas estabelecidas pelos
europeus ao longo dos séculos XVI e XVIII, conforme observado no mapa,
favoreceu o crescimento de cidades do interior africano, visto que muitos povos
buscavam nessa região, refúgio diante das capturas ou do aprisionamento por
guerra para o comércio de escravos.
III. Os intercâmbios produzidos pelo comércio atlântico promoveram a mútua
influência entre Brasil e África, como pode ser comprovado pelos laços
estabelecidos entre comerciantes baianos e africanos da Costa da Mina, em
virtude do interesse desses últimos no tabaco produzido na Bahia.
IV. O aumento da produção açucareira no século CVII desencadeou uma
demanda considerável por escravos que, nesse período, foram fornecidos
pelos portos da Costa da Mina e de Angola, estreitando ainda mais as relações
desses com Salvador e Rio de Janeiro.

É correto apenas o que se afirma em


a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
Os atuais índios do estado de São Paulo não representam um elemento de
trabalho e de progresso. Como também nos outros estados do Brasil, não se
pode esperar trabalho sério e continuado dos índios civilizados e como os
Caingangs selvagens são um empecilho para a colonização das regiões do
sertão que habitam, parece que não há outro meio, de que se possa lançar
mão, senão o seu extermínio.

IHERING, H. A anthropologia do estado de São Paulo. Revista do Museu


Paulista, VII. São Paulo: Typ. Cardozo, Filho & Cia, 1907.

Opinião como essa, expressa em 1907, por um importante cientista teuto-


brasileiro, inspirava-se, segundo Darcy Ribeiro, em uma atitude secular
presente em qualquer área onde sobrevivam grupos indígenas no Brasil. Sobre
a reação a essa “atitude secular”, no início do século XX, avalie as afirmações
a seguir.

I. Desenvolveu-se um ideal catequizador, responsável pelo aldeamento dos


indígenas e pela entrada em cena do evangelismo protestante, bem como uma
preocupação oficial com a saúde e proteção material das propriedades dos
indígenas.
II. Organizou-se o aldeamento dos indígenas em reservas criadas com a
finalidade precípua de preservar a cultura das diversas etnias e possibilitar o
aumento da população indígena, a fim de que esses povos conseguissem
competir em igualdade com os imigrantes europeus.
III. Surgiu uma ideologia inspirada no positivismo, caracterizada pela
assistência leiga e pela crença de que bastava o Estado proteger os indígenas
de ataques externos e assisti-los socialmente para que progredissem rumo à
civilização.
IV. Criaram-se instituições de proteção e defesa dos indígenas, destacando-se
o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), criado em 1910 a partir de ações
oficiais lideradas pelo Marechal Cândido Rondon.

É correto apenas o que se afirma em

a) I e II.
b) I e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV.
GABARITO C

5)

Na análise do mapa e do gráfico sobre o ritmo do tráfico negreiro, conclui-se


que,

a) no século XIX, houve uma diminuição do fluxo de escravos africanos para


Cuba.
b) no século XIX, a proibição do tráfico negreiro nas colônias britânicas
eliminou o fluxo de escravos para a América do Norte.
c) nos séculos XVIII e XIX, o fluxo de escravos africanos para regiões de
colonização portuguesa na América sofreu pouca oscilação.
d) ao longo do século XVII, a maioria dos escravos africanos transportados
para a América dirigiu-se para colônias espanholas.
e) no último quartel do século XVII, houve um aumento do fluxo de escravos
africanos para a América Espanhola Continental.

GABARITO C

6) No seu nascedouro, a palavra “descolonização” já vem carregada de


ideologia, parecendo definir um destino histórico dos povos colonizados: depois
de ter colonizado, o europeu “descoloniza”, estando, pois, implícita a vontade
do país colonizador de abrir mão de pretensos direitos adquiridos em
determinado momento. A generalização do termo implica, de certa forma, uma
interpretação eurocêntrica da História, ou seja, a noção de que só a Europa
possui uma história ou é capaz de elaborá-la. Os outros não têm história: nem
passado a ser contado nem futuro a ser elaborado.
LINHARES, Maria Yedda Leite. Descolonização e lutas de libertação nacional. In:
REIS FILHO, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste (orgs.). O século XX.
O tempo das dúvidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. 3 v. Vol. 3: p. 41.

Nas décadas de 1950 e 1960, as reivindicações das ex-colônias africanas e


asiáticas resultaram em alterações na dinâmica bipolar do sistema
internacional da Guerra Fria. Por meio do Movimento de Países Não-Alinhados
(MPNA), os países do “Terceiro Mundo” buscaram (re)escrever a sua história e
elaborar projetos próprios para o futuro. A respeito da descolonização do
mundo afro-asiático e da formação do Terceiro Mundo, constata-se que:
a) o não-alinhamento implicou a recusa a qualquer forma de cooperação com
alguma das duas superpotências.
b) o discurso terceiro-mundista, esboçado na Conferência de Bandung,
consolidou-se no MPNA, denunciando o subdesenvolvimento como fruto da
dominação imperialista.
c) o MPNA buscou articular um polo alternativo de poder, equidistante das duas
superpotências da Guerra Fria, para atuar no Conselho de Segurança da ONU.
d) o MPNA entrou em declínio nas décadas de 1970 e 1980, devido à
“diplomacia do pingue-pongue”, à crise do pan-arabismo e ao fracasso militar
das lutas de libertação nacional.
e) a Conferência de Bandung contou com a participação exclusiva de países
subdesenvolvidos e excluiu das discussões os países alinhados aos EUA ou à
URSS.

GABARITO B

7) TABELA: TRÁFICO DE ESCRAVOS AFRICANOS, 1500-1800.

Tendo como referência a tabela acima e os conhecimentos que você


possui, analise as afirmativas seguintes com relação ao tráfico de
escravos africanos.
I. No período de 1500 a 1800, os escravos foram uma das principais
exportações das sociedades africanas através do deserto do Saara, do mar
Vermelho e do Atlântico.
II. No século XVII, o volume de escravos africanos exportados pelo Atlântico
sofreu um decréscimo, em relação ao século anterior, devido à ocupação
holandesa no litoral nordeste da América portuguesa.
III. No século XVIII, o número das exportações por meio das rotas do Atlântico
cresceu enormemente, totalizando mais de seis milhões de escravos africanos
vendidos, isto é, 87,12% do total das exportações de cativos no período.
IV. O aumento do tráfico de escravos, no século XVIII, foi causado, sobretudo,
pela expansão das propriedades agrícolas nas Américas e pela atividade
mineradora na América portuguesa.

Assinale a alternativa correta:

a) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.


b) Somente as afirmativas I, III e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas, I, II e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.

GABARITO B

8) A partir da segunda metade do século XIX, as potências europeias


começaram a disputar áreas coloniais na África, na Ásia e na Oceania. Seus
objetivos eram a busca por fontes de matérias-primas, mercado consumidor,
mão de obra e oportunidades de investimento.
As justificativas morais para essa colonização, no entanto, estavam
relacionadas com o que se chamava de darwinismo social, cujo significado é:

a) o homem branco tinha a tarefa de cristianizar as populações pagãs de outros


continentes, resgatando-as de religiões animistas e de práticas antropofágicas.
b) o homem branco de origem europeia estava imbuído de uma missão
civilizadora, através da qual deveria levar para seus irmãos de outras cores,
incapazes de fazer isso por si mesmos, as vantagens da civilização e do
progresso, resgatando-os da barbárie e do atraso aos quais estavam
submetidos.
c) os colonizadores europeus tinham a tarefa de ensinar os princípios
fundamentais da democracia, ensinando aos povos colonizados o processo de
governo democrático, permitindo-lhes se afastar de governos tirânicos e
autocratas.
d) a colonização tinha como tarefa repassar aos povos colonizados os
fundamentos da economia capitalista, para que eles mesmos pudessem
gerenciar as riquezas de seus territórios e, com isso, possibilitar o
desenvolvimento social de seu país.
e) estudar, segundo uma perspectiva antropológica, a organização das
sociedades colonizadas, conhecer seus princípios religiosos, políticos, culturais
e sociais, com o objetivo de ajudar a preservá-los.

GABARITO B

9) A longa presença de povos árabes no norte da África, mesmo antes de


Maomé, possibilitou uma interação cultural, um conhecimento das línguas e
costumes, o que facilitou posteriormente a expansão do islamismo. Por outro
lado, deve-se considerar a superioridade bélica de alguns povos africanos,
como os sudaneses, que efetivaram a conversão e a conquista de vários
grupos na região da Núbia, promovendo uma expansão do Islã que não se
apoia na presença árabe.
ARNAUT, Luiz Arnaut; LOPES, Ana Mônica. História da África: uma introdução. Belo
Horizonte: Crisálida, 2005, p. 29-30.

Sobre a presença islâmica na África é correto afirmar que:


a) O princípio religioso do esforço de conversão, a jihad, foi marcado pela
violência no norte da África e pela aceitação do islamismo em todo o continente
africano.
b) Os processos de interação cultural entre árabes e africanos, como os
propiciados pelas relações comerciais, são anteriores ao surgimento do
islamismo.
c) A expansão do islamismo na África ocorreu pela ação dos árabes,
suprimindo as crenças religiosas tradicionais do continente.
d) O islamismo é a principal religião dos povos africanos e sua expansão
ocorreu durante a corrida imperialista do século XIX.

GABARITO B

10) “(...) cabe lembrar que é quase impossível falar da África no singular, de
‘uma’ só África no Brasil: são muitas as origens, as trajetórias, as culturas. A
própria noção de ‘africano’ não existia entre os escravos até o século XIX. A
identidade de cada povo, que o mundo escravocrata dissolvia, ainda assim
prevalecia sobre a ideia da identidade africana, da África como terra de todos.
Esta só se desenvolveria na própria África nos séculos XIX e XX, a partir das
lutas de independência [no século XX].”
LIMA, Mônica. A África na sala de aula. In: Nossa história. Ano 1, nº 4, fev. 2004. p.
85.

Segundo a autora:
a) a África é uma região marcada pela miséria, doenças e conflitos.
b) a África é um continente marcado pela diversidade histórica e étnica.
c) os africanos têm o mesmo passado e a mesma etnia.
d) os africanos, desde a antiguidade, se reconheciam como africanos.
GABARITO B

11) Nem todos os brancos que chegavam do mar eram portugueses, e os


povos que viviam nas cercanias do litoral logo aprenderam a distingui-los. (...)
Se os surpreendiam, os portugueses os atacavam, queimavam e punham a
pique. Mas às vezes, ocorria o oposto. (...) Os portugueses insistiam com os
reis e notáveis do litoral para que não transacionassem com os outros
europeus, por eles qualificados de piratas. E recomendavam que lhes dessem
combate. (...) Por volta de 1560, os portugueses começaram a usar galés para
patrulhar as costas próximas ao forte da Mina. (...) Os entrepostos nas mãos de
portugueses fiéis à Coroa eram poucos e quase sempre dependentes da boa
vontade dos chefes nativos, até para seus alimentos.
SILVA, Alberto da Costa. A manilha e o libambo: a África e a escravidão, de 1500 a
1700. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

O texto descreve a conquista portuguesa:

a) no Brasil
b) nas Guianas
c) nas Índias Orientais
d) no Japão
e) na África.

GABARITO E

12) Durante a Antiguidade e a Idade Média, a África permaneceu relativamente


isolada do resto do mundo. Em 1415, os portugueses conquistaram Ceuta, no
norte do continente, dando início à exploração de sua costa ocidental. José
Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, Toda a História Acerca da África, na
época da chegada dos portugueses em Ceuta, é correto afirmar que:
a) nesse continente havia a presença de alguns Estados organizados, como o
reino do Congo, e a exploração de escravos, mas não existia uma sociedade
escravista.
b) assim como em parte da Europa, praticava-se a exploração do trabalho
servil que, com a presença europeia, transformou-se em trabalho escravo.
c) a população se concentrava no litoral e o continente não conhecia formas
mais elaboradas de organização política, daí a denominação de povos
primitivos.
d) os poucos Estados, organizados pelos bantos, encontravam-se no Norte e
economicamente viviam da exploração dos escravos muçulmanos.
e) a escravidão e outras modalidades de trabalho compulsório eram
desconhecidas na África e foram introduzidas apenas no século XVI, pelos
portugueses e espanhóis.

13) Angola, Congo, Benguela Monjolo, Cabinda, Mina Quiloa, Rebolo" (Jorge
Ben, África/Brasil-Zumbi) O texto refere-se a.
a) colônias holandesas de exploração na África do século XVI ao século XVIII.
b) grupos africanos escravizados e trazidos para o Brasil durante a
colonização.
c) reinos africanos que se rebelaram contra a colonização portuguesa na época
da independência do Brasil.
d) comunidades livres formadas por escravos fugitivos.
e) países africanos atuais que mantêm estreitos vínculos com a cultura
brasileira.

GABARITO B

14) Coube aos Xavante e aos Timbira, povos indígenas do Cerrado, um


recente e marcante gesto simbólico: a realização de sua tradicional corrida de
toras (de buriti) em plena Avenida Paulista (SP), para denunciar o cerco de
suas terras e a degradação de seus entornos pelo avanço do agronegócio.
RICARDO, B.; RICARDO, F. Povos indígenas do Brasil: 2001- 2005. São Paulo:
Instituto Socioambiental, 2006.

A questão indígena contemporânea no Brasil evidencia a relação dos usos


socioculturais da terra com os atuais problemas socioambientais,
caracterizados pelas tensões entre
a) a expansão territorial do agronegócio, em especial nas regiões Centro-Oeste
e Norte, e as leis de proteção indígena e ambiental.
b) os grileiros articuladores do agronegócio e os povos indígenas pouco
organizados no Cerrado.
c) as leis mais brandas sobre o uso tradicional do meio ambiente e as severas
leis sobre o uso capitalista do meio ambiente.
d) os povos indígenas do Cerrado e os polos econômicos representados pelas
elites industriais paulistas.
e) o campo e a cidade no Cerrado, que faz com que as terras indígenas dali
sejam alvo de invasões urbanas.

GABARITO A

15) Em geral, os nossos tupinambás ficam bem admirados ao ver os franceses


e os outros dos países longínquos terem tanto trabalho para buscar o seu
arabotã, isto é, pau-brasil. Houve uma vez um ancião da tribo que me fez esta
pergunta: “Por que vindes vós outros, mairs e perós (franceses e portugueses),
buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa
terra?”
LÉRY, J. Viagem à Terra do Brasil. In: FERNANDES, F. Mudanças Sociais no Brasil.
São Paulo: Difel, 1974.

O viajante francês Jean de Léry (1534-1611) reproduz um diálogo travado, em


1557, com um ancião tupinambá, o qual demonstra uma diferença entre a
sociedade europeia e a indígena no sentido
a) do destino dado ao produto do trabalho nos seus sistemas culturais.
b) da preocupação com a preservação dos recursos ambientais.
c) do interesse de ambas em uma exploração comercial mais lucrativa do pau-
brasil.
d) da curiosidade, reverência e abertura cultural recíprocas.
e) da preocupação com o armazenamento de madeira para os períodos de
inverno.

GABARITO A

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