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1. (Unesp 2024) O mundo natural é o concreto, que tocamos, sentimos, no qual vivemos. O
mundo social é resultado da nossa vida em grupo e em determinado meio ambiente. O mundo
sobrenatural é o das religiões, da magia, ao qual os homens só têm acesso parcial, por meio
de determinados ritos e cerimônias. Ele é mais ou menos importante, dependendo da
sociedade. Numa sociedade como a nossa, na qual quase tudo é explicado pela ciência e pelo
pensamento lógico e racional, o espaço do sobrenatural é bastante limitado. Já nas sociedades
africanas, onde foram capturados os escravizados trazidos para o Brasil, toda a vida na terra
estava ligada ao além, a dimensões que só conhecedores dos ritos e objetos sacralizados
podiam atingir.
Sérgio Buarque Holanda. Caminhos e fronteiras. 3ª ed. — São Paulo: Companhia das Letras,
1994; g. 9.
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4. (Fuvest 2024) “Na coluna do ativo como na do passivo, seria difícil exagerar o papel do
açúcar na história do Brasil colonial. Se ele foi o produto que proporcionou a base inicial
solidamente econômica para o esforço do colonizador, foi também o que plasmou o regime de
propriedade latifundiária, instalou a escravidão africana na América portuguesa e, no seu
exclusivismo, inibiu o desenvolvimento da policultura (...), embora estimulando, em áreas
apartadas, a pecuária e a lavoura de subsistência. (...) Ele desenvolveu um estilo de vida que
marcou a existência de todas as camadas da população que integrou, reservando, contudo,
seus privilégios a uns poucos.”
MELLO, Evaldo Cabral de. Um imenso Portugal: História e historiografia. São Paulo: Ed. 34,
2002. p.110.
5. (Uea 2024) Longe do centro principal da vida da Colônia, o Norte do Brasil viveu uma
existência muito diversa do Nordeste. [...] No seu conjunto, a produção do Norte baseou-se nos
produtos da floresta, as chamadas “drogas do sertão” [...].
A grande presença de indígenas fez do Norte um dos principais campos de atividade
missionária das ordens religiosas, com os jesuítas à frente.
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7. (Unesp 2024) O espaço urbano é onde proliferavam a pobreza e certa autonomia dos
desqualificados sociais, bastante incômoda para as autoridades. Era justamente este o espaço
social das mulheres pobres, livres, forras e escravizadas. Circulavam pelas fontes públicas,
tanques, lavadouros, pontes, ruas e praças da cidade, onde era jogado o lixo das casas e o
mato crescia a ponto de ocultar escravizados fugidos: o seu espaço social era justamente o
ponto de interseção onde se alternavam e se sobrepunham as áreas de convívio das
vizinhanças e dos forasteiros; a do fisco municipal e a do pequeno comércio clandestino; as
margens da escravidão e do trabalho livre, o espaço do trabalho doméstico e o de sua
extensão ou comercialização pelas ruas…
(Maria Odila Leite da Silva Dias. “Mulheres sem história”. In: Revista de História, 1983.
Adaptado.)
Ao tratar de São Paulo do século XVIII, o excerto estabelece um paralelo entre a condição das
mulheres no espaço urbano e
a) a situação de abandono das crianças pobres da colônia.
b) a constituição de um padrão ideal de família burguesa.
c) o prevalecimento dos interesses políticos da metrópole.
d) a área de indefinição social, política ou econômica.
e) os setores da sociedade defensores de propostas identitárias.
8. (Uea-sis 2 2024) Analise o excerto sobre a lei do Diretório dos Índios, que vigorou de 1758 a
1798 no Brasil.
Ao longo dos quarenta anos em que a lei esteve em vigor, uma parcela relevante da população
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indígena transferiu-se dos locais em que vivia para as mais de cinquenta povoações erigidas
para abrigá-la. Durante esse período, aquelas populações indígenas, colonos e africanos
escravizados, reunidos no Vale Amazônico, participaram das relações econômicas da colônia e
da metrópole que, de várias maneiras, alteraram as suas antigas formas de vida.
(Mauro Cezar Coelho. “O Diretório dos Índios e as Chefias Indígenas: Uma inflexão”. Campos
7, 2006. Adaptado.)
No dia 12 de Janeiro de 1616, o capitão Francisco Caldeira Castelo Branco aportou na Baía do
Guajará, onde fundou o forte do presépio – núcleo original do que mais tarde se tornaria Belém.
Tendo assegurada essa região, restou confrontar os holandeses e, no ano de 1623, Pedro
Texeira parte do forte para expulsar os inimigos batavos, cujo último ataque e derrota final
ocorreu em 1639 na fortaleza portuguesa de Gurupá. Ainda no século XVII, com a chamada
revolta de Cumã (1617), houve um repentino e eficaz levante dos grupos Tupinambás desde a
capitania de Cumã, passando por São Luís e chegando até Belém. Nesta ocasião, os nativos
se posicionaram contra a recém-instaurada administração colonial lusa no Estado do Maranhão
e Grão-Pará, respondendo de forma armada e articulada às tentativas de colonização. Dado o
caráter da presença francesa e holandesa baseada em uma economia de trocas e que ao
máximo estabelecia feitorias, tanto francos quanto batavos construíram uma relação de
escambo cuja demanda por produtos não afetava tão profundamente a dinâmica das
populações autóctones. Dessa maneira, havia uma política de aliança e comércio que era na
medida do possível harmoniosa entre Tupinambás, franceses, holandeses e ingleses. Estes
Tupinambás ainda mantinham em sua memória coletiva a lembrança da exploradora e
conflituosa relação com os portugueses. A revolta de Cumã, enquanto uma revolta colonial, se
insere justamente nesse contexto: os Tupinambás, que já conheciam os portugueses,
passaram a usar ferramentas adquiridas no contato com os colonizadores e se impuseram
como o verdadeiro inimigo na empreitada de consolidação do território luso na Amazônia. O
início do conflito foi o ataque feito por um grupo de indígenas Tupinambás da região de Cumã
que levou a óbito 30 soldados portugueses. A suposta causa do ataque teria sido a descoberta,
por parte daqueles indígenas, dos interesses portugueses em escravizar os povos da região
que não se submetessem à vassalagem imposta pelos colonizadores ibéricos.
RAMALHO, J. P. G.; RENDEIRO NETO, M.; MALULY, V. S.; e GIL, T. L. Os grupos nativos e a
morfologia da conquista na América Portuguesa. Nuevo Mundo Mundos Nuevos. Disponível
em: <http://journals.openedition.org/nuevomundo/80168>. Acesso em: 29 jul. 2023.
10. (Uece 2023) Das 16 primeiras vilas criadas no Ceará, apenas 4 delas (Aquiraz – 1699;
Fortaleza – 1725; Aracati – 1747 e Caucaia – 1750) estavam diretamente no litoral ou bem
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próximo dele. As demais 12 vilas mais antigas localizavam-se sertão adentro, próximas a
cursos d’água ou em regiões serranas (Icó – 1735; Viçosa do Ceará – 1759; Baturité – 1762;
Crato – 1762; Sobral – 1766; Granja – 1776; Quixeramobim – 1789; Guaraciaba do Norte –
1791; Russas – 1799; Tauá – 1801; Jardim – 1814 e Lavras da Mangabeira – 1816).
11. (Fgv 2015) Em 1497 o rei dom Manuel, não querendo perder uma valiosa parcela da
população, [...] impôs o batismo obrigatório a praticamente todos os judeus, restringindo-lhes
os meios de sair do país, escravizando os que continuaram judeus e apreendendo os filhos dos
não convertidos.
Entre os desdobramentos da política do reino português com relação aos judeus, podemos
citar:
a) A presença de cristãos-novos pode ser observada apenas em Portugal.
b) Os cristãos-novos obtiveram os mesmos direitos que os cristãos-velhos portugueses.
c) A Inquisição portuguesa direcionou-se mais aos delitos sexuais que à perseguição aos
judeus.
d) O Brasil tornou-se possibilidade de refúgio aos judeus portugueses devido à vigilância
crescente na metrópole.
e) Devido à ação rigorosa da Inquisição, a questão judaica foi rapidamente solucionada em
Portugal.
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Gabarito:
Resposta da questão 1:
[C]
Resposta da questão 2:
[E]
Resposta da questão 3:
[A]
Resposta da questão 4:
[C]
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O texto destaca uma das características sociais do Brasil açucareiro: a formação de uma
sociedade hierarquizada, privilegiada e patriarcalista, centrada na figura do Senhor de
Engenho.
Resposta da questão 5:
[D]
O excerto destaca a grande presença indígena na região Norte, e o seu consequente “uso” na
principal atividade econômica desenvolvida na região, a coleta das Drogas do Sertão. A
colonização dessa região ocorreu a partir da integração do colonizador com as populações
indígenas que ali viviam. E, como em geral acontecia, tal integração foi prejudicial aos nativos.
Resposta da questão 6:
[A]
Resposta da questão 7:
[D]
O texto de Maria Odila Leite da Silva Dias. “Mulheres sem história” apresenta a perspectiva
social a respeito do papel das mulheres, no século XVIII. Remete a área de indefinição social,
política ou econômica dos mais vulneráveis. Verifica-se que as mulheres pobres, forras ou
escravizadas eram relegadas a papéis secundários, seja no âmbito público ou no âmbito
doméstico. As relações opressivas de gênero marcaram as condições políticas, econômicas e
sociais em nossa história, deixando marcas visíveis atualmente. Gabarito [D].
Resposta da questão 8:
[A]
Resposta da questão 9:
[D]
O texto é muito claro na afirmativa de que os Tupinambás, até por memória dos flagelos
sofridos na colonização portuguesa, uniram-se a outros povos para enfrentar Portugal: “(...) a
revolta de Cumã, enquanto uma revolta colonial, se insere justamente nesse contexto: os
Tupinambás, que já conheciam os portugueses, passaram a usar ferramentas adquiridas no
contato com os colonizadores e se impuseram como o verdadeiro inimigo na empreitada de
consolidação do território luso na Amazônia (...)”.
A pecuária foi uma atividade econômica que contribuiu na expansão para o interior da colônia.
Apêndice do açúcar e do ouro, pode ser considerada uma atividade secundária, responsável
pela interiorização da colonização, produção extensiva, prevaleceu mão de obra livre, visava o
mercado interno, o pagamento era feito com a cria de animais, havia certa mobilidade social. A
pecuária no interior da colônia foi bem diferente do modelo de plantation (escravidão,
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Dentro do sistema colonial, a atividade econômica ligada a pecuária foi bem diferente em
relação a economia açucareira e a mineradora. A pecuária foi uma atividade secundária,
responsável pela interiorização da colonização, prevaleceu mão de obra livre, produção
extensiva, visava o mercado interno, o pagamento ao vaqueiro era realizado com cria de
animais, havia certa mobilidade social. Gabarito [A].
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Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®
1.............240530.....Média.............História..........Unesp/2024..........................Múltipla escolha
2.............223673.....Média.............Geografia.......Fmc/2023.............................Múltipla escolha
3.............229210.....Elevada.........Geografia.......Fuvest-Ete/2023...................Múltipla escolha
4.............240746.....Baixa.............História..........Fuvest/2024.........................Múltipla escolha
5.............241187.....Baixa.............História..........Uea/2024..............................Múltipla escolha
6.............240529.....Média.............História..........Unesp/2024..........................Múltipla escolha
7.............240531.....Média.............História..........Unesp/2024..........................Múltipla escolha
9.............243992.....Baixa.............História..........Ufrgs/2024............................Múltipla escolha
10...........218201.....Média.............História..........Uece/2023............................Múltipla escolha
11...........142804.....Média.............História..........Fgv/2015..............................Múltipla escolha
12...........205873.....Média.............História..........Uece/2022............................Múltipla escolha
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