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A sede insaciável do Ouro estimulou a tantos a deixarem suas terras e a meterem-se por caminhos
tão ásperos como são os das minas que, dificultosamente se poderá dar conta dos números de
pessoa que atualmente lá estão[...]. Cada ano, vem nas frotas quantidade de portugueses e de
estrangeiros para passarem as minas. Das cidades vilas recôncavos e Sertões do Brasil, vão
brancos pardos e pretos, e muitos índios que os paulistas servem. A descrição acima refere-se a
sociedade formada na região de minas gerais no século XVIII.
A respeito dessa sociedade, considere as seguintes afirmações.
2ª) Como as diferenças entre a escravidão na África e no Brasil colonial contribuíram para a
construção de identidades sociais distintas em cada contexto?
A) Na África, a escravidão promoveu uma estrutura social mais fluida, onde os escravos podiam
ascender socialmente, contribuindo para uma identidade mais heterogênea, enquanto no Brasil
colonial, a escravidão perpetuou uma divisão social rígida, criando uma identidade mais
estratificada e hierárquica.
C) Na África, a escravidão muitas vezes implicava uma relação mais próxima entre senhores e
escravos, onde os escravos podiam manter suas línguas e tradições culturais, resultando em uma
identidade social que incorporava elementos tanto da cultura dominante quanto da cultura dos
escravos, enquanto no Brasil colonial, a escravidão tendia a suprimir a identidade cultural dos
escravizados, levando a uma assimilação forçada à cultura dominante.
3ª) “O homem nasce livre, e por toda a parte encontra-se a ferros. O que se crê senhor dos demais
não deixa de ser mais escravo do que eles. (...) A ordem social, porém, é um direito sagrado que
serve de base a todos os outros.(...) Haverá sempre uma grande diferença entre subjugar uma
multidão e reger uma sociedade. Sejam homens isolados, quantos possam ser submetidos
sucessivamente a um só, e não verei nisso senão um senhor e escravos, de modo algum
considerando-os um povo e seu chefe. Trata-se, caso se queira, de uma agregação, mas não de
uma associação; nela não existe bem público, nem corpo político.”
(Jean-Jacques Rousseau, Do Contrato Social. [1762]. São Paulo: Ed. Abril, 1973, p. 28,36.)
Sobre Do Contrato Social, publicado em 1762, e seu autor, é correto afirmar que:
C) Rousseau defendia a necessidade de o homem voltar a seu estado natural, para assim garantir
a sobrevivência da sociedade.
E) O livro não tem nenhuma relação com a produção iluminista da época, e apesar do nome não
trata da organização da sociedade no seu estágio social.
A) era escravocrata, rigidamente estratificada do ponto de vista social e tinha em seu topo uma
classe proprietária bastante dependente do capital holandês.
E) era rigidamente controlada pelo estado; empregava o trabalho escravo, mas permitia também
o aparecimento de pequenos proprietários e trabalhadores independentes; acabou favorecendo,
indiretamente, a acumulação capitalista que deu origem à Revolução Industrial inglesa
5ª) “Os vadios são o ódio de todas as nações civilizadas, e contra eles se tem muitas vezes
legislado; porém as regras comuns relativas a este ponto não podem ser aplicáveis ao território
de Minas; porque estes vadios, que em outra parte seriam prejudiciais, são ali úteis”.
Desembargador J.J. Teixeira Coelho. “Instruções para o governo da capitania de Minas Gerais (1780)”. Apud SOUZA,
Laura de Mello e. Os desclassificados do ouro. A pobreza mineira no século XVIII. Rio de Janeiro: Graal, 1982
A partir da leitura do excerto, que aborda aspectos da sociedade mineira do século XVIII, é correto
afirmar que, nessa sociedade,
B) a legislação colonial limitava a circulação dos vadios pela colônia, impedindo-os de ingressar
na região das Minas.
D) os contratadores preferiam engajar vadios no trabalho nas minas, gerando revoltas dos
trabalhadores especializados.
6ª) Qual é a visão de Jean-Jacques Rousseau sobre a educação, conforme expressa em sua obra
"Emílio ou Da Educação"?
A) A educação deve ser rigidamente controlada pelo Estado, com um currículo padronizado para
todos os alunos.
B) A criança deve ser completamente livre desde o nascimento, sem interferência externa, para
desenvolver suas faculdades naturais.
D) A criança deve ser submetida a um regime de disciplina rigorosa desde cedo, para moldar seu
caráter de acordo com as normas sociais.
B) O contrato social é um pacto entre os cidadãos, onde estes renunciam a parte de sua liberdade
em troca da proteção e dos benefícios do Estado.
C) O contrato social é uma teoria que defende a divisão absoluta de poder entre o rei, o clero e a
nobreza.
D) O contrato social é uma doutrina que preconiza a anarquia como forma ideal de organização
política.
A) O Ciclo do Ouro foi um período de rápida industrialização nas cidades brasileiras, impulsionado
pela descoberta de novas técnicas de mineração.
B) O Ciclo do Ouro foi caracterizado pela exploração e extração massiva de ouro nas regiões de
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, durante os séculos XVII e XVIII.
C) O Ciclo do Ouro teve pouco impacto na economia brasileira, uma vez que a maior parte do
ouro extraído era exportada para outros países.
D) O Ciclo do Ouro foi um período marcado pela paz e estabilidade social, com uma distribuição
justa da riqueza entre os diferentes grupos sociais.
E) O Ciclo do Ouro foi exclusivamente uma atividade controlada pelo Estado português, que
supervisionava toda a produção e comércio do metal precioso.
9ª) Qual das seguintes afirmações melhor descreve a diferença entre os tipos de escravidão no
Brasil e na África?
A) Na África, a escravidão era principalmente doméstica, com escravos sendo utilizados para
realizar tarefas domésticas e agrícolas, enquanto no Brasil a escravidão estava centrada na
produção de açúcar, café e outros produtos agrícolas em larga escala.
B) Tanto na África quanto no Brasil, a escravidão era baseada em sistemas rígidos de castas,
onde a origem étnica dos escravos determinava seu status e oportunidades.
10ª) Qual das seguintes afirmativas melhor descreve uma diferença significativa entre os sistemas
de escravidão no Brasil e na África?
E) Enquanto na África a escravidão era muitas vezes um aspecto cultural e ritualístico, no Brasil
ela era mais estritamente econômica e baseada na exploração do trabalho forçado para benefício
dos proprietários de terra e negócios.